Curso “A Administração Pública
em ano eleitoral”
Agentes Públicos
z Definição: “são todas as pessoas físicas incumbidas,
definitivamente ou transitoriamente, do exercício de
alguma função estatal”. (MEIRELLES, 2002: 73)
z Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97):
Art. 73, § 1º - Reputa-se agente público, para os efeitos
deste artigo, quem exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos
órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta, ou fundacional.”
Agentes Públicos
z Importância da definição jurídica:
a) todos aqueles abrangidos pela designação de “agentes públicos” serão considerados “autoridade” para fins de Mandado de Segurança;
b) o Estado responsabiliza-se pelos atos praticados por estes agentes;
c) os atos dos agentes públicos repercutem perante as Leis nº 4.898/65 (atos de abuso de autoridade) e nº 8.429/92 (ato de improbidade administrativa)
d) as vedações eleitorais englobam os agentes públicos responsáveis pelo ato impugnado.
Lei das eleições
z Art. 22, da LC nº 64/90: abuso de autoridade; abuso
do poder político; abuso do poder econômico; utilização indevida de veículos e meios do comunicação social.
z Art. 73, da Lei nº 9.504/97: condutas vedadas
z Sanções: multa, cassação do registro ou do diploma
do representado/beneficiado, inelegibilidade por 3 anos do representado/beneficiado
Lei das eleições
z Jurisprudência
Recurso contra expedição de diploma. Art. 262, IV, do Código Eleitoral. Prefeito. Abuso de poder político.
Inauguração de escola municipal. Conduta. Candidato. Participação. Objeto. Representação. Art. 77 da Lei no 9.504/97. 2. A prática de uma das condutas
vedadas pela Lei no 9.504/97, mesmo que já tenha sido objeto de representação, pode vir a ser apurada em investigação judicial e ensejar a aplicação do disposto no art. 22 da LC no 64/90, desde que seja demonstrada potencialidade de a prática influir na disputa eleitoral. (TSE, Ac. nº
Lei das eleições
z Jurisprudência
Representação. Mensagem eletrônica com conteúdo
eleitoral. Veiculação. Intranet de Prefeitura. Conduta
vedada. Art. 73, I, da Lei no 9.504/97. Caracterização. (...) 2. Para a configuração das hipóteses enumeradas no
citado art. 73 não se exige a potencialidade da
conduta, mas a mera prática dos atos proibidos. 3.
Não obstante, a conduta apurada pode vir a ser considerada abuso do poder de autoridade, apurável por meio de
investigação judicial prevista no art. 22 da Lei Complementar no 64/90, quando então haverá de ser verificada a
potencialidade de os fatos influenciarem o pleito. (...) (TSE, Ac. nº 21.151, de 27.3.2003, rel. Min. Fernando Neves.)
Lei das eleições
z Jurisprudência
(...) Representação. Propaganda irregular.
Caracterização. Registro. Art. 73 da Lei no 9.504/97.
Princípio da proporcionalidade. (...) 1. Para imposição
das sanções previstas no art. 73 da Lei no 9.504/97, não se examina a potencialidade
ofensiva, basta a simples conduta. 2. De acordo
com o princípio da proporcionalidade, a pena deverá
ser aplicada na razão direta do ilícito praticado. (Ac. de 21.3.2006 no Respe no 24.883, rel. Min. Humberto
Calendário eleitoral – Resolução/TSE nº 22.579
z 1º de janeiro - Data a partir da qual
fica proibida a
distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por
parte da Administração Pública
, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou deprogramas sociais autorizados em lei e já em execução
orçamentária no exercício anterior
, casos em que oMinistério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa (Lei nº
9.504/97, art. 73, § 10).
z Cuidado: é no ano da eleição, e não somente até as
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• Pergunta: é lícita subvenção social para:
1) Escolas de samba? 2) APAEs? 3) CTGs? 4) Associação de Moradores? 5) Clube de Futebol? 6) Hospital privado?
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z Jurisprudência:
“Embora a Lei Eleitoral vede, desde a Lei n. 11.300, a distribuição de bens, valores ou benefícios, no ano
eleitoral, devem ser decotadas da proibição legal
aquelas feitas com nítido propósito assistencial e sem conotação eleitoral. As doações que não
contenham essa característica e nem base em outra exceção legal, atraem a incidência da sanção
pecuniária que recomenda fixação, à mingua de motivo em sentido contrário, do mínimo legal.” (TRE/SC,
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z Jurisprudência:
CONSULTA – CONVÊNIO – ART. 73, § 10 DA LEI N. 9.504/73 – CONHECIMENTO. Tomando por base os conceitos doutrinários acerca de convênio
administrativo – o qual decorre de um ajuste em que
há mútua colaboração entre seus participantes para atingir objetivo comum -, bem como as regras
prescritas na Lei n. 8.666/93 para sua formalização,
tem-se que não se enquadra no disposto no § 10 do art. 73, que pressupõe distribuição gratuita de
bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, ou seja, repasse sem qualquer
contraprestação ou atuação conjunta. (TRE/SC,
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z Jurisprudência:
Não obstante, tenho que a concessão de benesses a empresas no ano da eleição sem estar devidamente amparada em lei específica, e, ainda, sem obedecer aos requisitos e às exigências da Lei Complementar n. 101/2000, bem como, da Lei Complementar nº
101/2000, bem como, da Lei n. 8.666/93, poderá subsumir-se na regra insculpida no § 10 do art. 73,
caracterizando distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública. (TRE/SC, Resolução nº 7.560, julgado em 12/12/2007)
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z Jurisprudência:
Investigação judicial. Governador. Candidato à
reeleição. Abuso de poder político. Notícias em jornais. Inépcia da inicial. Indícios de ilicitude. Rejeição.
Programa social. Distribuição gratuita de bens.
Autorização em ano anterior. Necessidade. Conduta vedada. Ocorrência. Implementação suspensa. Abuso não configurado.
- É vedada a implementação de projetos sociais que envolvam a distribuição gratuita de bens, valores e benefícios quando autorizados por lei editada no
mesmo ano em que são realizadas eleições.
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z Jurisprudência:
Recurso contra a expedição de diploma. Abuso do
poder econômico e político e uso indevido de meio de comunicação social (...) Distribuição de cestas básicas a gestantes e lactantes. Remissão de débitos de IPTU.
Programas antigos e regulares. Quanto à remissão de débitos do IPTU, "(...) Verifico, porém, pela prova dos autos, tratar-se de um programa implantado pela
Prefeitura, em cumprimento a promessa de campanha, havendo lei a amparar a remissão. (...) Além disso, não encontrei nenhuma evidência da utilização deste
programa em benefício do recorrido nas eleições de 2002. (...) (TSE, Ac. nº 642, de 19/8/2003, rel. Min. Fernando Neves.)
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Art. 73 São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a
igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido
político ou coligação, bens móveis ou imóveis
pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária;
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z Jurisprudência:
Resta configurada a conduta vedada no art. 73,
inciso I, da Lei n. 9.504/1997 quando o candidato
se utiliza de bem público, mesmo que de uso
comum, para o fim de realizar comício de
encerramento de campanha eleitoral, não
havendo necessidade de comprovação da
potencialidade de o ato influir no resultado do pleito. Responsabilidade do candidato a vice e do agente público que, presentes, não impediram a realização do evento. (TRE/SC, Acórdão nº 19.864, julgado em 17/02/2005)
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z Jurisprudência:
(...) Conduta vedada. Art. 73, inciso I, da Lei no 9.504/97. (...)"
NE
: "De qualquer modo, restou assentado no acórdão regional o fato de que oagravante utilizou máquina de xerox do município para copiar material de propaganda eleitoral, o que
caracteriza conduta vedada no art. 73, I, da Lei no 9.504/97, sujeitando o agente público infrator ao
pagamento da multa prevista no § 4o do art. 73 da Lei no 9.504/97. (TSE, Ac. nº 5.694, de 25.8.2005, rel.
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III - ceder servidor público ou empregado da
administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato,
partido político ou coligação, durante o horário de
expediente normal, salvo se o servidor ou
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z Jurisprudência:
(...) Representação. Conduta vedada. Caracterização. Incidência do § 5o do art. 73 da Lei no 9.504/97. Para a caracterização de violação ao art. 73 da Lei no 9.504/97, não se cogita de potencialidade para influir no resultado do pleito. A só prática da conduta vedada estabelece presunção objetiva da desigualdade. Leva à cassação do registro ou do diploma. Pode ser executada imediatamente. (...)" NE:
Utilização de assessor jurídico do município, ocupante
de cargo em comissão, em prol de campanha eleitoral e de
equipamento de fax da Prefeitura para remessa ao juiz
eleitoral da comarca de resultado de pesquisa eleitoral.
(Tse, Ac. nº 24.862, de 9.6.2005, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, red. designado Min. Luiz Carlos Madeira.)
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IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de
candidato, partido político ou coligação, de
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter
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• Jurisprudência
(...) Representação. Conduta vedada. Art. 73, IV, §§ 4o e 5o, da Lei no 9.504/97. (...)”
NE
: Candidato à reeleição, que se vale de discurso em palanque, para mencionar programa de distribuição de cestas básicas custeado pelo município. “(...) os desvirtuamentos na prestação de informações aos eleitores podem vir a caracterizar abuso do poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação social ou propagandaeleitoral extemporânea. (TSE, Ac. de 14.2.2006 no AgRgAg no 6.350, rel. Min. Humberto Gomes de Barros.)
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z 5 de julho (3 meses antes) – Data a partir da qual
são vedadas aos agentes públicos as seguintes condutas (art. 73):
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar
vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda,
ex officio
, remover,transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, até a posse dos eleitos, sob pena de
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a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; c) nomeação dos aprovados em concursos públicos
homologados até 5 de julho de 2008;
d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do chefe do Poder Executivo;
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• Jurisprudência:
“Essa norma não proíbe a realização de concurso público, mas, sim, a ocorrência de nomeações,
contratações e outras movimentações funcionais desde os três meses que antecedem as eleições até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito.
Pode acontecer que a nomeação dos aprovados ocorra muito próxima ao início do período vedado pela Lei
Eleitoral, e a posse poderá perfeitamente ocorrer
durante esse período.” (TSE, Resolução nº 21806,
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• Jurisprudência:(...) 1. A contratação e demissão de servidores temporários
constitui, em regra, ato lícito permitido ao administrador público, mas que a Lei Eleitoral torna proibido, nos três meses que
antecedem a eleição até a posse dos eleitos, a fim de evitar qualquer tentativa de manipulação de eleitores. (TSE, Ac. nº 21.167, de 21.8.2003, rel. Min. Fernando Neves.)
(...) Servidor público. Dispensa. Art. 73, V, da Lei no 9.504/97. (...) A remoção ou transferência de servidor público, levada a cabo na circunscrição do pleito, nos três meses que o
antecedem e até a diplomação dos eleitos, configura afronta ao art. 73, V, da Lei no 9.504/97. (...) (TSE, RMS nº 410, rel. Min. José Delgado, julgado em 02/05/2006)
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5 de julho (3 meses antes) – Realizar transferência
voluntária de recursos da União aos estados e
municípios, e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos
destinados a cumprir obrigação formal
preexistente
para execução de obra ou de serviçoem andamento
e comcronograma prefixado
, e os destinados a atender situações de emergência e deCalendário eleitoral – Resolução/TSE nº 22.579
• Jurisprudência:
(...) respondo negativamente à consulta para assentar que, por força do disposto no art. 73, VI,
a
, da Lei no 9.504/97, é vedado à União e aos estados, até as eleições municipais, a transferência voluntária derecursos aos municípios - ainda que constitua objeto de convênio ou de qualquer outra obrigação preexistente ao período - quando não se destinem à execução já fisicamente iniciada de obras ou serviços, ressalvadas
unicamente as hipóteses em que se faça necessária para atender a situação de emergência ou de calamidade
pública. (...) (TSE, Res. nº 21.908, de 31.8.2004, rel. Min. Peçanha Martins.)
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• Jurisprudência:
“A transferência de recursos públicos entre entes federativos
em face de convênio não constitui obrigação
contratual e, portanto, caracteriza o ilícito descrito no
art. 73, VI, da Lei n. 9.504/1998.” (TRE/SC, Acórdão nº 18.541, julgado em 23/09/2003)
“É vedada à União e aos estados, nos três meses que antecedem o pleito, a transferência voluntária de verbas,
ainda que decorrentes de convênio ou outra obrigação
preexistente, desde que não se destinem à execução de obras ou serviços já iniciados.” (TSE, Resolução nº 22.284, julgado em 29/06/2006)
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z 5 de julho (3 meses antes) – Data a partir da qual é
vedado aos agentes públicos cujos cargos estejam em disputa na eleição (Lei nº 9.504/97, art. 73, VI,
b
ec
, e § 3º):I - com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar
publicidade institucional dos
atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos
municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta
, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;Calendário eleitoral – Resolução/TSE nº 22.579
z “Muitos candidatos à reeleição, pouco antes dos três
meses anteriores ao pleito, lançam propaganda
institucional maciça, nos programas de maior audiência em todos os canais de televisão. O desvio de finalidade é patente, devendo a Justiça Eleitoral sustar o abuso. Essa prática distorcida pode configurar até mesmo
abuso do poder político a ensejar a própria cassação do registro do candidato à reeleição.” (PINTO, Djalma.
Direito eleitoral. 4º ed. rev. amp. São Paulo: Atlas, 2008)
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z Jurisprudência:
Resposta negativa à primeira indagação. Os pré-candidatos entrevistados não poderão manifestar
propostas de campanha, cuja veiculação será permitida somente após a escolha em convenção partidária e o início da propaganda eleitoral, nos termos do art. 1º da Res.-TSE nº 22.158/2006. (TSE, Res. 22.231, consulta 1.247, rel. Min. José Delgado, julgado em 08/06/2006) • No mesmo sentido, art. 24 da Res. nº 22.718/2008
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z Jurisprudência:
Recurso especial. Eleição 2000. Representação. Conduta vedada. Propaganda institucional (art. 73, VI, b, da Lei no 9.504/97). Quebra do princípio da impessoalidade (art. 74 da Lei no 9.504/97, c.c. o art. 37, § 1o, da Constituição Federal). (...) A só prática da conduta vedada estabelece presunção objetiva da desigualdade. Leva à cassação do registro ou do diploma. Pode ser executada imediatamente. (...) Recurso conhecido e a que se dá provimento para
cassar o diploma do prefeito, estendendo-se a decisão ao vice-prefeito". NE: Divulgação de propaganda
institucional com publicidade pessoal - distribuição de informativo municipal com referência a obras e serviços municipais, contendo a fotografia do
candidato à reeleição. (TSE, Ac. nº 21.380, de 29.6.2004,
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z Jurisprudência:
A publicação de edital de licitação não pode ser
considerada publicidade institucional para efeito de aplicação da legislação eleitoral, já que não tem por objetivo enaltecer ato, obra, programa, serviço ou campanha do poder público.
Descaracterizada a veiculação de publicidade
institucional em desacordo com a legislação eleitoral, não há como concluir, nesse caso, pela suposta
ocorrência de conduta vedada aos agentes públicos, restando inviabilizada possível cassação de diploma. (TRE/SC, Acórdão nº 20.352, re. Des. Pedro Manoel Abreu, julgado em 21/11/2005)
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z Jurisprudência:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. ART. 73 DA LEI Nº 9.504/97. PROPAGANDA INSTITUCIONAL. NÃO-CONFIGURAÇÃO.
Divulgação, por meio de folder, de atrações
turísticas do município, sem referência à
candidatura do Prefeito à reeleição. Inexistência de conotação eleitoral. Agravo desprovido. (TSE, Res. nº 25.299, rel. Min. Gilmar Ferreira Mendes, julgado em 06/12/2005)
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z Jurisprudência:
CARTAZ QUE DIVULGA FESTIVIDADE MUNICIPAL – MENÇÃO AO APOIO DA PREFEITURA – NÃO
CONFIGURAÇÃO.
Não se tratando de propaganda de ato, programas,
obras, serviços ou campanhas de órgãos públicos, mas de divulgação de festa tradicionalmente realizada no municípios, apoiada pela Prefeitura, não há que se falar em publicidade institucional. (TRE/SC, Acórdão nº 19.438, julgado em 21/09/2004)
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z Jurisprudência:
Admite-se a permanência de placas relativas a obras publicas em construção, no período em que é vedada a publicidade institucional, desde que delas não
constem expressões que possam identificar
autoridades, servidores ou administrações cujos dirigentes estejam em campanha eleitoral. (TSE,
Acórdão nº 57, rel. Min. Fernando Neves, julgado em 13/08/1998)
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z Jurisprudência:
Nada justifica, porém, a presença de placas
relativas a obras já concluídas, situações em que o
registro há de se resumir à anotação de praxe, em registro comemorativo da inauguração, geralmente afixado no interior da obra acabada, respeitando-se sempre a regra constitucional que impede o uso da publicidade para promoção pessoal. (TSE, Acórdão nº 57, rel. Min. Fernando Neves, julgado em 13/08/1998)
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Jurisprudência:
I. A penalidade de cassação de registro ou de diploma prevista no § 5º do art. 73 da Lei nº 9.504/97 não
constitui hipótese de inelegibilidade. Precedente.
II. Na linha da atual jurisprudência, é irrelevante a
data em que foi autorizada a publicidade
institucional, pois a sua divulgação nos três meses que antecedem o pleito é conduta vedada ao
agente público, ficando o responsável sujeito à pena de
multa no valor de cinco a cem mil UFIRs (art. 73, § 4º, da Lei nº 9.504/97) e o candidato beneficiado pela conduta vedada sujeito à cassação do registro ou do diploma e à pena de multa (art. 73, §§ 5º e 8º da Lei das Eleições). (TSE, RESPE nº 24739 , rel. Min. Francisco Peçanha
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Art. 73, VII - realizar, em ano de eleição, antes do
prazo fixado no inciso anterior, despesas com
publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam a média dos
gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou
do último ano imediatamente anterior à eleição. 1) A média é mensal, semestral ou anual?
2) A maior média ou a maior?
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Jurisprudência:
1. A distribuição de publicidade institucional efetuada nos
meses permitidos em ano eleitoral deve ser feita no interesse e conveniência da administração pública, desde que
observada, como valor máximo, a média de gastos nos três anos anteriores ou do ano imediatamente anterior à eleição. No caso em concreto, pelo que registrado no acórdão
recorrido, vê-se que o valor gasto no primeiro semestre de 2000 não ultrapassou a média anual, estando,
consequentemente, dentro do permitido por lei. (TSE, Acórdão AG nº 2506, rel. Min. Fernando Neves da Silva, julgado em 12/12/2000)
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Jurisprudência:
REPRESENTAÇÃO ELEITORAL - CONDUTA VEDADA - ART. 73, VII, DA LEI N. 9.504/1997 - PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE PEDIDO AFASTADA - CANDIDATO A VICE-GOVERNADOR QUE NÃO INTEGRAVA A EQUIPE
GOVERNAMENTAL À ÉPOCA DOS FATOS EM APURAÇÃO
-ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM - CÁLCULO DO LIMITE DE GASTOS COM PROPAGANDA INSTITUCIONAL EM ANO
ELEITORAL - INEXISTÊNCIA DE NORMA LEGAL QUE
DETERMINE A OBSERVÂNCIA DE PROPORCIONALIDADE SEMESTRAL - IMPROCEDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO.”
(TRE/SC, Acórdão nº 21682, rel. Dr. Jorge Antônio Maurique, julgado em 21/05/2007)
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Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida
após o dia 5 de julho do ano da eleição.
§ 3º A violação do disposto neste artigo sujeitará o
responsável pela divulgação da propaganda e, quando
comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de vinte mil a cinqüenta mil UFIR ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior. (Lei nº 9.504/97)
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• Jurisprudência:Propaganda eleitoral antecipada. Art. 36, § 3º, da Lei nº 9.504/97. Multa. Mensagem de agradecimento. Jornal. Caracterização.
1. A fim de verificar a existência de propaganda subliminar, com propósito eleitoral, não deve ser
observado tão-somente o texto dessa propaganda, mas também outras circunstâncias, tais como imagens,
fotografias, meios, número e alcance da divulgação. 2. Hipótese em que as circunstâncias registradas no
acórdão recorrido trazem clara mensagem de ação política, em que se destaca a aptidão do beneficiário da
propaganda para exercício de função pública. (TSE, Acórdão nº19.905, rel. Min. José Delgado, julgado em 22/08/2003)
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• Jurisprudência:(...) Conduta vedada. Art. 74 da Lei no 9.504/97. Configurada. Pedido de voto em tribuna de Câmara Municipal. Publicidade dos atos por TV a cabo.
Infringência ao § 1º do art. 37 da Constituição
Federal. Desnecessidade de aferir-se potencialidade, não obstante havida. (...)"
(TSE, Ac. nº 25.064, de 18.8.2005, rel. Min. Luiz Carlos Madeira.)
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• Jurisprudência:(...) Versada propaganda eleitoral
extemporânea, divulgando-se a vida pregressa do político e as obras a serem realizadas, caso
retorne ao Executivo local, forçoso é concluir pela incidência da Lei nº 9.504/97. Tratando-se de tema eleitoral, sobrepõe-se a busca do equilíbrio na disputa à organização que é própria a esta última." (TSE,
Acórdão nº 5.702, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/9/2005)
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• Jurisprudência:
"(...) Propaganda eleitoral extemporânea. Jornal. Mensagem em homenagem ao Dia das Mães com
fotografai do pré-candidato. Menção ao pleito
futuro. Indicação do partido e da ação política a ser desenvolvida. Caracterização. Art. 36, § 3º,
da Lei nº 9.504/97. (...)" (TSE, Acórdão nº 5.703, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/9/2005).
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• Jurisprudência:"Consulta. Diferença entre propaganda eleitoral e promoção pessoal. 1. A colocação de cartazes em táxis e ônibus
(busdoors) divulgando lançamento de livro, programa de rádio ou televisão, apenas com foto do candidato, sem conotação eleitoral, configura mera promoção pessoal, destacando-se que o excesso pode configurar abuso de poder. A menção ao cargo que ocupa, o qual em nada está relacionado aos produtos objeto da publicidade, configura propaganda eleitoral. 2. Mensagens festivas contendo
apenas o nome do candidato, sem conotação eleitoral, não configuram propaganda eleitoral.
Precedentes." (TSE, Res. nº 21.104, rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 23/5/2002).
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5 de julho (3 meses antes) – Data a partir da qual é
vedado aos agentes públicos cujos cargos estejam em disputa na eleição (Lei nº 9.504/97, art. 73, VI,
b
ec
, e § 3º):II -
fazer pronunciamento em cadeia de rádio e de
televisão, fora do horário eleitoral gratuito
, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se dematéria urgente, relevante e característica das
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z Jurisprudência:
(...) Propaganda institucional. Alegação de violação ao art. 73, VI,
c,
da Lei nº 9.504/97. Não configurada.(...)"
NE:
Condenação por propaganda antecipada de prefeito que realizou pronunciamento em rádio, com destaque para as suas obras e para a atuaçãofuncional, fazendo menção à responsabilidade do eleitor no dia da eleição, bem como exaltando a sua preparação para continuar a administrar o município. (TSE, Ac. nº 19.283, de 8.5.2001, rel. Min. Costa
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z 5 de julho (3 meses antes) –
Data a partir da qual é vedado aos candidatos aos cargos de prefeito e de vice-prefeito
participar de
inaugurações de obras públicas
(Lei nº 9.504/97, art. 77,caput
).Data a partir da qual é vedada, na
realização de
inaugurações,
a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos (Lei nº 9.504/97, art. 75).Calendário eleitoral – Resolução/TSE nº 22.579
z Jurisprudência:
“A participação em evento público, no exercício da
função administrativa, por si só, não caracteriza
“inauguração de obra pública”. (TSE, Acórdão nº 608, julgado em 25/05/2004)
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z Jurisprudência:
Representação. Improcedência. Descumprimento. Art. 77 da Lei no 9.504/97. Não-configuração. Prefeito. Ausência.
Pedido. Registro. Condição de candidato não averiguada. 1. A condição de candidato somente é obtida a partir da
solicitação do registro de candidatura. Assim sendo, como ainda não existia pedido de registro de candidatura à época do comparecimento à inauguração da obra pública, o art. 77 da Lei no 9.504/97 não incide no caso em exame. Nesse
sentido: Acórdão no 22.059, Agravo Regimental no Recurso Especial no 22.059, rel. Min. Carlos Velloso, de 9.9.2004. Agravo regimental a que se nega provimento. (TSE, Ac. nº 5.134, de 11.11.2004, rel. Min. Caputo Bastos.)
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z Jurisprudência:
Propaganda institucional. Obra pública. Solenidade de descerramento de placa inaugural com nome do chefe do Executivo local. Ausência de violação ao art. 73, VI,
b
, da Lei no 9.504/97. Proibições contidas na LeiEleitoral devem ser entendidas no contexto de uma reserva legal proporcional, sob pena de violação a outros princípios constitucionais. (...)"
(TSE, Ac. nº 4.592, de 3.11.2005, rel. Min. Gilmar Mendes.)
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z Jurisprudência:
Não há proibição legal a que candidato a cargo do Poder Legislativo participe de inauguração de obra pública. (Ementa não transcrita por não reproduzir a decisão quanto ao tema.)
(TSE, Ac. nº 4.514, de 10.2.2004, rel. Min. Peçanha Martins.)
Revisão geral anual
z Sempre na mesma data e sem distinção de índices (art.
37, X)
z Competência privativa do Chefe do Poder Executivo, e
valerá para todos os poderes (sempre por lei específica).
z Súmula 339, do STF - Não cabe ao poder judiciário,
que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
Revisão geral anual
(...) a implementação da revisão geral anual aos servidores públicos requer:
a) que se refira exclusivamente às perdas do poder aquisitivo nos últimos doze meses anteriores à data-base estabelecida no
Município;
b) previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias e dotação suficiente na Lei do Orçamento Anual (art. 169, § 1º, da Constituição Federal);
c) lei específica, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo (art. 37, X, da Constituição Federal);
d) previsão de disponibilidade financeira para pagamento integral das despesas com pessoal até o final do exercício, inclusive do décimo-terceiro salário, evitando a inscrição em Restos a Pagar e comprometer o orçamento do exercício seguinte;
e) adoção de medidas para retorno ao limite de despesa total com pessoal, no prazo de dois quadrimestres, caso ultrapassado o
limite máximo (art. 23 da Lei Complementar nº 101/00). (TCE, prejulgado nº 1565, julgado em 26/07/2004)
Revisão geral anual
z Conforme calendário eleitoral, caso a revisão geral
anual dê-se após 8 de abril de 2008 (180 dias antes), somente será permitida a recomposição da perda do
poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, sob pena de multa e caracterização de ato de improbidade
administrativa (art. 73, VIII, da Lei nº 9.504/97). Exemplo: revisão geral anual em maio de 2008,
somente poderá recompor as parcelas relativas a janeiro, fevereiro, março e abril do corrente ano. • Isto não fere o artigo 37, X, da CRFB?
Revisão geral anual
z Jurisprudência:
“O encaminhamento de projeto de lei de revisão geral de remuneração de servidores públicos que exceda à mera recomposição da perda do poder aquisitivo sofre expressa limitação do art. 73, inciso VIII, da Lei nº 9.504/97, na
circunscrição do pleito, não podendo ocorrer a partir do dia 9 de abril de 2002 até a posse dos eleitos, conforme dispõe a Resolução/TSE nº 20.890, de 9.10.2001.
A aprovação do projeto de lei que tiver sido encaminhado antes do período vedado pela lei eleitoral não se encontra obstada, desde que se restrinja à mera recomposição do poder aquisitivo no ano eleitoral.” (TSE, Resolução nº
Revisão geral anual
Segundo o TSE (...), a revisão geral anual da remuneração não pode exceder a recomposição da perda do seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, ou seja, no caso das eleições municipais de 2004, das perdas verificadas entre 1º de janeiro deste ano até a data da lei
específica que conceda a revisão geral, caso aprovada após a data de 06 de abril de 2004. O agente público infrator fica sujeito às sanções de
multa de cinco a cem mil UFIR (§ 4º do art. 73 da Lei nº 9.504/97),
extensível aos partidos, coligações e candidatos que delas se
beneficiarem (§ 7º do art. 73 da Lei nº 9.504/97) e, caso considerado ato de improbidade administrativa, a que se refere o artigo 11, inciso I, da Lei nº 8.429, de 02/06/92, sujeito às cominações do art. 12, inciso III, da Lei de Improbidade Administrativa, que incluem: ressarcimento
integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da remuneração percebida pelo
agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de três anos . (TCE, prejulgado nº 1565, julgado em 26/07/2004)
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• Lembrete:Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins do disposto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, ficando o responsável, se
candidato, sujeito ao cancelamento do registro de sua
candidatura. (Lei nº 9.504/97)
Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
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• Jurisprudência:A Justiça Eleitoral é competente para apreciar ação de investigação judicial eleitoral proposta com fundamento no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 c.c o art. 74 da Lei nº 9.504/97, para apurar a ocorrência de abuso de autoridade em propaganda institucional. Em se
tratando de eleição municipal, é competência originária do Juiz Eleitoral a apreciação de violação ao art. 74 da Lei nº 9.504/97, ocorrida em propaganda institucional. (Informativo TSE, ano VII, nº 9, p. 1, rel. Min. Peçanha Martins).
Calendário eleitoral – Resolução/TSE nº 22.579
• Jurisprudência:
(...) Abuso do poder político e de autoridade (arts. 74 da Lei no 9.504/97 e 37, § 1o, da Constituição
Federal). (...) Para a configuração do abuso, é
irrelevante o fato de a propaganda ter ou não sido veiculada nos três meses antecedentes ao pleito. (...)"
NE
: Veiculação de publicidade institucional nos três meses anteriores à eleição, com promoção pessoal do prefeito e conseqüente infração ao princípio daimpessoalidade. A discussão acerca da data da
autorização da propaganda é irrelevante e (...) teria pertinência em casos de representação para apuração de conduta vedada. (TSE, Ac. nº 25.101, rel. Min. Luiz Carlos Madeira, de 9/8/2005)
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• Jurisprudência:
Recurso especial. Conduta vedada. Art. 74 da Lei no
9.504/97. Configurada. Pedido de voto em tribuna de
Câmara Municipal. Publicidade dos atos por TV a cabo. Infringência ao § 1o do art. 37 da Constituição
Federal. Desnecessidade de aferir-se potencialidade, não obstante havida. A publicidade institucional não supõe o dispêndio de recursos públicos; é suficiente por si só, ainda mais quando se evidencia um sistema de compensação
entre o órgão de divulgação e a entidade pública.
Divergência não caracterizada. Recurso especial desprovido. (TSE, Ac. nº 25.064, de 18.8.2005, rel. Min. Luiz Carlos
Limite de despesa com pessoal
Art. 21, parágrafo único. Também é nulo de pleno
direito o ato de que resulte aumento da despesa
com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
Cuidado: a revisão geral anual não é vedada por esta
norma (TCE/SC, prejulgado nº 1565, julgado em 26/07/2004), desde que não represente reajuste “mascarado”.
Limite de despesa com pessoal
Não há impedimentos na Lei de Responsabilidade Fiscal para que os Municípios promovam a revisão geral
anual dos vencimentos de seus servidores, ainda
que a despesa total com pessoal esteja acima do
limite prudencial.
Entretanto, se o Município aplicar o índice de correção da inflação e ocorrer extrapolação dos limites do art. 20 da Lei Complementar nº 101/2000, deverá no prazo de dois quadrimestres se readequar aos mesmos,
adotando as medidas previstas no art. 23 da Lei de
Responsabilidade Fiscal. (TCE/SC, prejulgado nº 1379, julgado em 21/05/2003)
Limite de despesa com pessoal
A nomeação de candidatos em concurso público dentro dos últimos cento e oitenta dias de final de mandato do titular de Poder ou órgão somente é
possível se as despesas decorrentes destas nomeações tiverem a proporcional
compensação, relativamente ao aumento da receita
corrente líquida ou a diminuição da despesa com pessoal, de forma que o percentual de
comprometimento verificado no mês anterior ao início do 180º (centésimo octagésimo) dia não seja
ultrapassado até o último dia do mandato. (TCE/SC, prejulgado nº 1252, julgado em 14/10/2002)
Federação Catarinense de Municípios - FECAM
Marcos Fey Probst
Advogado e assessor jurídico da FECAM marcos@fecam.org.br