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APRESENTAÇÃO. Alexandre Mesquita Presidente da AOJUS-DF

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Academic year: 2021

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1 APRESENTAÇÃO

A Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal – AOJUS/DF, entidade que congrega os

oficiais do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, tem a honra de

apresentar este livreto com informações importantes a respeito da atividade desenvolvida pelos oficiais de justiça federais, profissionais encarregados do cumprimento das ordens judiciais, objetivando instruir e esclarecer os prepostos de Condomínios verticais e horizontais do Distrito Federal sobre sua co-responsabilidade social na efetivação das decisões judiciais.

Na primeira parte do livreto, apresentamos algumas informações de fácil entendimento dirigida imediatamente aos funcionários das portarias e, ao final, esclarecemos de forma mais abrangente sobre a postura que os agentes do Condomínio, administradores e síndicos devem adotar nas hipóteses de se depararem com o oficial de justiça.

Solicitamos que este livreto seja distribuído aos porteiros e aos seguranças do Condomínio para conhecimento. Desde logo, colocamo-nos à disposição para sanar quaisquer dúvidas.

Alexandre Mesquita

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Sr. Funcionário, fique atento:

01 - Os oficiais de justiça são representantes da Justiça, não se confundem com as partes e atuam em estrito cumprimento às leis do país, devendo estar devidamente identificados com a carteira de identificação funcional expedida pelo Tribunal;

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02 - Normas internas do Condomínio não se sobrepõem às determinações judiciais, ou seja, aos

mandados judiciais, que são ordens derivadas de leis e da própria Constituição;

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03 - Via de regra, o horário estabelecido em lei para cumprimento das ordens judiciais é das 06 às 20 horas, contudo, quando se trata de mandados criminais, ou quando há autorização judicial expressa, o mandado pode ser cumprido a qualquer hora;

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04 - Nenhum morador pode determinar horário para

cumprimento de ordem judicial;

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05 - No cumprimento de mandados judiciais, os oficiais de justiça não podem ter negado o acesso às áreas comuns do condomínio, nem tal entrada pode

ser condicionada à autorização do morador a ser intimado, notificado ou citado;

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06 – Ao cumprirem ordens de reintegração de bens móveis, busca e apreensão de bens e pessoas e outros semelhantes, a fim de evitar que a parte se furte à ordem judicial, o oficial de justiça pode determinar que ela não seja contatada e seu descumprimento

pode configurar crime de favorecimento pessoal;

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07 – O oficial de justiça é responsável pela efetivação da diligência, cabendo-lhe estabelecer como e quando o mandado será cumprido;

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09 - Negar informações solicitadas pelos oficiais de justiça, prestar informações falsas, tentar impedir ou retardar a entrada de oficial de justiça portador de ordem judicial, exigir informações sigilosas como condicionante para ingresso ou condicionar o ingresso do oficial a determinados dias ou horários, ou à autorização de morador, etc., são condutas, que configuram crime, se praticadas por funcionários de condomínios.

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Cumprimento de

ordens judiciais em

condomínios

PARA SABER MAIS

SOBRE O ASSUNTO

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AOS SÍNDICOS E ADMINISTRADORES

DE CONDOMÍNIOS

Diante de reiteradas comunicações dos oficiais de

justiça em atividade no Distrito Federal, dando conta de que os empregados em serviço nas portarias de diversos condomínios estão obstaculizando o cumprimento de ordens judiciais, vimos, por meio da presente, informar e pedir a colaboração para o seguinte:

Os síndicos e seus prepostos nos condomínios, exercem uma atividade que os deixam muito próximos da comunidade e, por esta razão, devem colaborar com a realização da justiça em benefício da coletividade e da ordem social. Ante a atuação do Judiciário, representado pelo oficial de justiça, em cumprimento das ordens judiciais, essa colaboração é de fundamental importância para que se cumpram as determinações e se reveste de benefícios para os próprios moradores do condomínio e da região.

As normas internas, regimentais, condominiais, pactuais, convencionais ou de qualquer espécie, todas de natureza infralegal (de hierarquia inferior à lei),

não têm o condão de se contrapor e revogar determinações judiciais, que decorrem de normas (leis) abstratas e cogentes (obrigatórias a todos).

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Os oficiais de justiça e sua função

Os oficiais de justiça são serventuários da Justiça, servidores públicos investidos na função, em cargo efetivo, mediante concurso público. A maioria é pós-graduada em direito e especialistas no cumprimento de medidas constritivas.São todos prepostos do juízo que determinou a ordem, materializada pelo mandado judicial que portam. São todos a ponta de lança da justiça, representando e fazendo cumprir as ordens emanadas pelo Judiciário.

Representam o Judiciário , são o longa manus dos juízes, ou seja, são eles os próprios juízes executantes na rua, assim, frustrar ou tentar impedir a execução da ordem judicial afronta diretamente ao juízo que determinou seu cumprimento e se consubstancia em prática de crime.

Os oficiais de justiça agem em observância à lei do país, cujos atos estão submetidos ao poder correcional do TJDFT e do juízo emissor da ordem cumprida, mediante provocação do prejudicado em processo administrativo próprio ou judicial.

Cabe ao juiz e à lei, determinar e autorizar a forma e o horário de cumprimento dos mandados judiciais. É importante esclarecer que o horário previsto em lei, para cumprimento das ordens compreende das 06 h até 20 h, de segunda a sábado (mandados judiciais expedidos em processos penais não se submetem a

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horário para cumprimento). Todavia, a lei também permite o cumprimento em horário especial, que neste caso, poderá ser a qualquer hora, desde que autorizado pelo juiz do processo. Logo, norma interna de condomínio, empregado de portaria ou qualquer outra pessoa NÃO poderá impor hora para cumprimento da ordem judicial.

Insatisfações quanto aos horários de cumprimento do mandado são matérias de defesa da parte diretamente interessada, não cabendo ao condomínio suscitar irregularidade ou obstar o cumprimento da determinação judicial.

Os oficiais de justiça têm poder coercitivo e de polícia para realizar o cumprimento do mandado. Este poder é fiscalizado pelo juiz emissor da ordem.

Relação entre os funcionários do condomínio

e os oficiais de justiça

A parceria entre os oficiais de justiça e os valorosos empregados dos condomínios é, como já mencionado, de grande valor e, em alguns casos, fundamental para o cumprimento dos mandados judiciais.

Já foi possível observar que nos condomínios verticais, em que os seguranças trabalham com

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observância aos preceitos legais, o índice de inadimplência, ocorrências policiais e medidas constritivas executadas pelos oficiais de justiça caem vertiginosamente, chegando a níveis inexpressivos, ao passo que em condomínios em que se pratica atos de favorecimento pessoal, o número de ocorrências aumenta.

Para que o judiciário dê a resposta adequada, com agilidade, rapidez razoável e efetividade pretendida pela população em geral, é indispensável que a sociedade assuma sua cota de responsabilidade, corroborando com os esforços do judiciário para reduzir o tempo de duração dos processos. Essa agilidade depende de um rápido e efetivo cumprimento das decisões judiciais para que se atinja o padrão de excelência almejado por todos.

Quanto às condutas de porteiros e

seguranças do condomínio

Reiteradas vezes os representantes dos condomínios vêm recusando prestar informações sobre o paradeiro, horários e hábitos dos moradores do endereço, telefone ou qualquer outro dado útil para a localização do destinatário da determinação judicial, que tenha

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conhecimento.

Negando-se a consultar lista de moradores para confirmar se o citando/intimando reside no local.

Impedindo a entrada dos oficiais de justiça nas áreas comuns, corredores e garagens.

Negando-se a interfonar aos apartamentos para conferir se o citando/intimando reside no local, e ainda, pretendendo determinar horário ou forma de cumprimento do mandado. Prestando informações falsas ou imprecisas sobre os moradores do condomínio com dolo (vontade livre e consciente), objetivando frustrar o cumprimento da ordem judicial.

Exigindo informações sobre o mandado judicial como condicionante para a entrada em dependências do condomínio. Há que se observar que tais informações dizem respeito tão somente ao destinatário da ordem judicial e que também estão sob o manto do segredo de justiça (Processos relativos à vara de família, criminais, Lei Maria da Penha, cíveis sobre estado de pessoa, busca e apreensões, dentre outros), por isso não há amparo legal ou fático que permita a terceiros tomarem conhecimento dos termos do mandado. Revelar o conteúdo da ordem judicial somente servirá para satisfazer curiosidade pessoal do funcionário e de terceiros o que poderá fomentar desavenças dentro do condomínio e mais demandas judiciais.

Permitindo a entrada na área comum somente com certas condições e horários, impostos pelo condomínio

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ou pelo morador que, muitas vezes, procura se ocultar ao recebimento da comunicação ou à realização da constrição judicial.

Recusando-se a identificar e receber citações/intimações decorrentes do art. 227, do C.P.C. (hora certa) e comunicações judiciais.

Quebrando o sigilo da diligência: mesmo com expressa determinação em contrário, comunicando ao morador do endereço, que este pode ser réu em processo criminal ou destinatário de medidas constritivas determinadas pela justiça, ou ainda avisando sobre o ato a ser praticado pelo oficial de justiça, frustrando assim a efetivação da medida.

É importante salientar que essas atitudes dos funcionários dificultam e, em alguns casos, impedem o cumprimento de mandados em ações, muitas vezes, de interesse do próprio condomínio.

Ao impedir ou dificultar o trabalho dos oficiais de justiça, o preposto do Condomínio poderá incidir na prática de crimes.

A ilegalidade nas condutas acima descritas

Dificultar ou obstruir o cumprimento de ordem judicial, desacatar o oficial de justiça no desempenho de suas funções e não atender às intimações para

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abertura de portas das áreas comuns, bem como não apresentar identificação, constituem crimes previstos nos arts. 330 e 331 do Código Penal.

Os porteiros e seguranças dos condomínios alegam que obedecem a ordens superiores. Porém, ressaltamos que essas ordens não excluem a culpabilidade, porque não se enquadram na previsão do art. 22, do Código Penal. Esta se dirige a agentes públicos no cumprimento de ordem legal de superior hierárquico.

E mais, como já informado acima, essa ordem é manifestamente ilegal, na medida em que impede a entrada do portador de uma ordem judicial no condomínio. Portanto, o funcionário será responsabilizado juntamente com o emissor da ordem impeditiva do cumprimento da determinação judicial, conforme previsto no art. 29, do Código Penal.

Finalmente cumpre acrescentar que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei para se furtar à responsabilização civil e criminal de seus atos, conforme Decreto-Lei 4.657/42 e artigo 21 do Código Penal. Assim, não poderá alegar que desconhece a ilegalidade de seus atos.

Em face dessas atitudes dos empregados das portarias, os oficiais de justiça foram orientados a instruírem os empregados dos diversos condomínios, antes de tomarem atitudes drásticas como a denúncia de prática de crime e/ou prisão em flagrante dos porteiros em serviço no condomínio.

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Como tais condutas continuam sendo praticadas por alguns funcionários de condomínios no Distrito Federal, solicitamos a colaboração de vossa senhoria no sentido de corrigir possíveis desvios de conduta de seus empregados, evitando responsabilização e transtornos futuros.

Agradecemos sua atenção e desde logo nos colocamos à disposição para maiores esclarecimentos, se necessários, pelo nosso site (www.aojus.org.br) ou pelos telefones 3343-0072 ou 3326-0915.

Referências

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