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Sexualidade e novas tecnologias: uma análise de conhecimentos dos alunos do 8º ano do ensino fundamental / Sexuality and new technologies: a knowledge analysis of 8 th grade elementary students

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Sexualidade e novas tecnologias: uma análise de conhecimentos dos alunos do

8º ano do ensino fundamental

Sexuality and new technologies: a knowledge analysis of 8 th grade elementary

students

DOI:10.34117/bjdv5n11-320

Recebimento dos originais: 22/10/2019 Aceitação para publicação: 27/11/2019

Carla Graciela Batista de Aguiar

Mestranda em Ciências da Educação pelo Atenas College University, Graduada em Ciências Biológicas, Pós-graduada em Ensino de Ciências

Email: carlagraciela2010@hotmail.com

Diógenes José Gusmão Coutinho

Professor Orientador: Doutor em Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE E-mail: alphadiogenes@gmail.com

RESUMO

A sexualidade é responsável por uma parcela significativa de uma vida plena e saudável, está inserida em todas as esferas da sociedade e representa uma etapa muito importante da formação moral e psicológica do indivíduo. O presente estudo visa refletir sobre os fatores que dificultam o favorecimento da propagação de conhecimento sobre orientações sexuais no espaço escolar em análise uma turma de 8º ano de o Ensino fundamental da rede pública do município de João Alfredo- PE. Uma variante que necessita ser destacada é que o aluno deve atuar como propagador de seu conhecimento utilizando as novas tecnologias a seu favor e para isso o ambiente escolar deve dar noções assertivas de sites confiáveis de pesquisas, bem como direcionamento do senso crítico no sentido de buscas aos questionamentos. Como objetivo geral destaca-se o reconhecer tecnologia como uma das possiblidades para a expansão da retirada de dúvidas relativas à sexualidade e específicos identificar mecanismos seguros para busca do tema sexualidade nas redes sociais e desenvolver o senso crítico do aluno sobre sites seguros de busca para as pesquisas. Sendo assim, as orientações repassadas na escola devem ser consistentes e provocar as necessidades dos mesmos em nível de ajuda para sanar as dificuldades e até mesmo as ansiedades, por muitas vezes injustificadas por falsas ideias e conceitos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa contando com o apoio dos teóricos EISENSTEIN (2013), FOUCAUT (1982), FERREIRA& LEÃO (2015) entre outros que montarão o referencial dando base ao tema.

Palavras chaves: Sexualidade. Escolas. Novas tecnologias.

ABSTRACT

Sexuality is responsible for a significant portion of a full and healthy life, is inserted in all spheres of society and represents a very important stage in the moral and psychological formation of the individual. This study aims to reflect on the factors that make it difficult to favor the spread of knowledge about sexual orientations in the school space under analysis in an 8th grade class of public elementary school in the city of João Alfredo-PE. A variant that needs to be highlighted is that the student should act as a propagator of his knowledge using the new technologies to his advantage and for this the school environment must give assertive notions of reliable research sites,

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as well as directing the critical sense towards search. to the questions. The general objective is to recognize technology as one of the possibilities for the expansion of the removal of doubts related to sexuality and to identify safe mechanisms to search the sexuality theme in social networks and to develop the student's critical sense about safe search sites for sexuality. researches. Thus, the guidelines passed on at school must be consistent and provoke their needs at the level of help to remedy difficulties and even anxieties, often unjustified by false ideas and concepts. This is a qualitative research with the support of the theorists EISENSTEIN (2013), FOUCAUT (1982), FERREIRA & LEÃO (2015) and others who will build the framework based on the theme.

Keywords: Sexuality. Schools. New technologies.

1 INTRODUÇÃO

O período de conscientização de uma maior autonomia é durante a adolescência. É uma etapa significativa da vida humana. Nessa época surgem muitos conflitos e expectativas sobre o mundo social, a vida e o corpo. A escola é uma instituição mediadora não só de conteúdos pré-fabricados como também é formadora de cidadãos críticos e atuantes. O ser humano constitui-se por meio das relações que estabelece e por isso pode-se dizer que os momentos transformadores do indivíduo ocorrem quando ele se vincula ou se desvincula de alguém. Isso acontece principalmente pelo ser humano por natureza ser um indivíduo social. Isto é, precisa de interação para a sua sobrevivência. A vivência dessas situações marca intensamente a história pessoal e oferece traços especiais às ações de cada um.

A busca pela descoberta sexual é um processo que vem se desenvolvendo desde a infância. No entanto, a busca do prazer sexual se ganha força na adolescência o que também define o indivíduo tornando-o seguro ou inseguro de si. Essa busca pode acarretar conflitos e expectativas sobre a que deve ser explorado.

Com as novas formas de interação social surge a necessidade de mediar a transmissão de conhecimentos tecnológicos a fim de tornar o aluno crítico e autônomo. A busca sobre o conhecimento sexual muitas vezes conta com o achismo e imprecisão de respostas o que é muito preocupante. Desta forma a presente pesquisa contou com a participação de alunos de uma turma do 8º ano do Ensino fundamental. Com o crescimento internet é preciso fornecer subsídios de pesquisas válidos e pertinentes para sanar as dúvidas adequadamente. Tendo como objetivo geral desta forma reconhecer a tecnologia como uma das possiblidades para a expansão da retirada de dúvidas relativas à sexualidade e como objetivos específicos identificar mecanismos seguros para busca do tema sexualidade nas redes sociais e desenvolver o senso crítico do aluno sobre sites seguros de busca para as pesquisas.

A comunicação encara na atualidade muitas formas de expansão o que pode ser positivo ou negativo. É importante refletir sobre seu uso e como pode favorecer o indivíduo.

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2 METODOLOGIA

Tendo em vista que a educação tem atravessado um grande processo de transformações, buscando mostrar sua importância, esse trabalho baseou-se, inicialmente, na identificação dos principais benefícios do processo interventivo por meio de um questionário que deu base a análise de dados.

Essa pesquisa centra-se em uma análise qualitativa com o objetivo de levantar problemas, compreender as dificuldades estabelecendo métodos comuns para a melhoria das aulas e melhor entendimento dos jovens por parte dos conteúdos relativos à sexualidade. Conforme (MOREIRA,2002, p.45):

A pesquisa qualitativa tem como finalidade conseguir dados voltados para compreender as atitudes, motivações e comportamentos de determinado grupo de pessoas. Objetiva entender o problema do ponto de vista deste grupo em questão. É importante perceber que é um tipo de investigação que considera apenas aspectos subjetivos que não podem ser traduzidos em números. No entanto, vale observar que a partir desta pesquisa pode ser criada uma hipótese. E esta pode ser testada usando-se a pesquisa quantitativa.

Desta forma foram selecionados artigos e livros pertinentes ao tema atentando para bibliografias relevantes e atuais, destacando as mais antigas por serem de livros clássicos ao tema. A pesquisa utilizou para coleta de dados um questionário. Foca-se dessa forma na análise dos conhecimentos pertinentes a uma turma de alunos do 8º ano do Ensino Fundamental relativos à sexualidade. A turma conta com 10 alunos que quiseram participar da pesquisa sendo 5 meninos e 5 meninas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A formação crítica de cada indivíduo reflete em suas concepções e no apoio que recebe das instituições sociais. A escola deve atuar como mediadora nessa formação crítica fortalecendo bases para que o indivíduo se torne consciente de si e dos outros. Nesse novo cenário social tecnológico as mídias devem ser usadas como apoio para expansão de conhecimento sobre a sexualidade de forma segura. O ambiente escolar pode atuar nessa nova perspectiva dando noções de buscas seguras para o aluno. Esse mecanismo também permite que o aluno se sinta mais seguro em relação a tirada de dúvidas que são algo singular de cada indivíduo.

Muitas vivências no início da puberdade e adolescência e mesmo durante o amadurecimento da sexualidade estão relacionadas com a identidade sexual que deve ser construída pelo ser. “Falsas ideias e falta de esclarecimento muitas vezes são fatores que atrapalham o desenvolvimento e formação crítica e por esses fatores há uma perda na formação de ideais e estende-se a propagação

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de falsos dogmas”. ZAGURY (2008, p.16). Muitas vezes medos sociais também são barreiras para a aceitação sexual e o indivíduo acaba se tornando refém deste medo.

3.1 FORMAÇÃO DO SENSO CRÍTICO PARA BUSCAS ONLINE

Os jovens são indivíduos que estão em desenvolvimento de ideias e vezes sem conta essas ideias principalmente em relação à sexualidade são desprovidas de um fundamento concreto são muitas vezes achismos ou informações transmitidas por terceiros (amigos, internet entre outros). Podem-se em uma observação atenta perceber diferentes tipos de comportamento nessa fase da vida e que são absolutamente normais porque ainda se encontra em processo de formação a personalidade. EISENSTEIN (2013, p.64) “Com o advento das novas tecnologias, estamos diante de uma nova revolução, não só dos novos padrões de comunicação e relacionamento social, mas também da maneira como se aprende e manifesta a sexualidade, inclusive nas redes sociais.”

O prazer principalmente o sexual é algo natural ao indivíduo e deve ser compreendido tendo em vista que não há uma vida plena e harmoniosa quando o ser não se aceita e se reconhece em uma esfera de compreensão por suas necessidades. Sendo assim, sexualidade é vida e deve ser mediada principalmente no ambiente escolar.

Muitas vezes essas mudanças de comportamento são interpretadas erroneamente como atos de rebeldia ou mau comportamento exatamente pela falta de entendimento do processo pelo qual o jovem vem passando. Assim é dever não só familiar dar nortes aos jovens em relação da sexualidade como também das instituições públicas. De acordo com (EISENSTEIN, 2013, p.62):

A curiosidade das novas descobertas durante a adolescência encontra na internet um espaço ilimitado, em todas as direções e ao alcance de todos, sem fronteiras ou barreiras culturais, e tudo portátil através de um computador ou um telefone celular ou equipamentos mais sofisticados, porém cada vez mais accessíveis, como smart-phones, i-pads e tablets.

Falsas ideias geram graves problemas para o jovem que nessa busca por alto afirmação e integração ao meio deixa-se confundir por ideias pré-concebidas. Segundo (GUIMARÃES, 2001, p.36) “A melhor forma de auxiliá-los é dialogar e tratar a sexualidade como algo natural que faz parte do crescimento e desenvolvimento do ser humano, propondo momentos para conversas, conhecer os sonhos, os anseios e os planos futuros dos adolescentes”. Como mostra Ferreira e Leão (2015, p. 67), “a EAD revestida do uso da tecnologia avançada que é a internet, vem acompanhada de outros interesses que são considerados importantes para o desenvolvimento da qualidade do ensino no Brasil.”

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As buscas online são um fator atual e que dá um grande leque de possibilidades para o trabalho em sala de aula. Em relação a sexualidade é importante a mediação através de mecanismos seguros onde deve-se instigar a pesquisa na busca por sanar dificuldades.

Assim, sendo vários pensadores começaram a enfocar a sexualidade de forma a torná-la mais clara e explicar seus fenômenos a realidade dos mecanismos de pesquisa o que é um grande passo. Quanto mais claras e populares são as explicações sobre a sexualidade melhor vão sendo as formas se se atingir seus objetivos. Os participantes da pesquisa são jovens da zona rural que tem idades variadas entre 12 a 14 anos. Como um dos critérios para o relato das opiniões de forma imparcial escolheu-se cinco adolescentes de ambos os sexos. As respostas foram transpassadas tal qual o texto original para que se compreenda as ideias de cada participante.

Compreender o significado de sexualidade não é apenas a formação de um conceito e sim o desenvolvimento de uma postura consciente de conhecimento sobre si próprio e o que lhe agrada e lhe faz bem. Assim Monteoliva destaca que:

Mesmo dentro de um esquema de desenvolvimento normal, a puberdade poderia ser considerada como um momento sintomático de despersonalização: mudança física caracterizada por um rápido crescimento corporal. As pulsões que despertam e um novo esquema corporal que deverá ser assimilado criarão no púbere uma dificuldade dolorosa de autor e conhecimento: reação de estranheza ante si mesmo e perante o mundo do qual faz parte. (MONTEOLIVA, 1990, p. 86).

Todas essas mudanças que são fatores naturais precisam de orientação e o desenvolvimento do reconhecimento de seu corpo. Abaixo quadro com respostas fornecidas pelos alunos sobre a definição de sexualidade.

Quadro 1: Definição de sexualidade: Gênero

Feminino Masculino

Aluna 1: É tipo uma coisa que poucos falam

mais é super importante pra mim falar não é fácil mas é bem importante. Eu acho que a sexualidade é uma coisa pessoal.

Aluno 1: Sexo

Aluna 2: A sexualidade envolve todas as

relações que interfere no psicológico das

Aluno 2: A sexualidade envolve a prática do sexo, o contato com o outro, o sentimento e

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pessoas. também as DST’s.

Aluna 3: Ela envolve outros fatores, ela

envolve todos os sentimentos, as doenças das DST’s e todas as relações que interfere no psicológico das pessoas.

Aluno 3: Entendo que existem várias coisas sobre sexualidade uma delas é uma relação entre dois jovens.

Aluna 4: Sexualidade é um envolvimento

que envolve sentimentos.

Aluno 4: O tema sexualidade envolve bastante coisa, pois envolve maneiras de se cuidar porque tem varias doenças sexualmente transmissíveis e varias outras.

Aluna 5: Sexualidade é onde envolve todos

os nossos sentimentos.

Aluno 5: Para mim sexualidade não é apenas só sexo e sim, que a pessoa deve se cuidar, porque existem variarias doenças sexualmente transmissíveis.

Quanto às noções sobre o conceito de sexualidade é importante reconhecer as ideias para se montar uma visão das dificuldades e compreensão dos alunos, sendo assim, as respostas ao conceito de sexualidade foram: “É tipo uma coisa que poucos falam mais é super importante pra mim falar não é fácil mas é bem importante. Eu acho que a sexualidade é uma coisa pessoal.” (ALUNA 1).

Em relação à sexualidade e formação de seu conceito 45% dos entrevistados mostrou fazer associação do conceito apenas ao ato sexual e 55% dos demais entrevistados despertou a percepção para a sexualidade como um processo de envolvimento também do psicológico. Abaixo a resposta de um dos alunos. Sobre o mesmo questionamento ele salientou que “Para mim sexualidade não é apenas só sexo e sim, que a pessoa deve se cuidar, porque existem variarias doenças sexualmente transmissíveis.” (ALUNO 5).

As respostas fornecidas sobre os conceitos de sexualidade revelaram que há uma noção presente na formação crítica que vai além da sexual. No entanto, nota-se que nas respostas existe uma ênfase em relação ao tema não ser enfocado com frequência. Ainda destaca-se o silenciamento que dá margem a interpretações por vezes equivocadas do que é sexualidade e sua prática. “O trabalho sobre sexualidade com adolescentes deve perpassar temáticas que envolvem desde o descobrir do próprio corpo até o ato sexual em si.” MONESI (1993, p.12).

Muito sobre sexualidade vem sendo debatido ao longo do tempo, no entanto ainda há muito a se modificar de sua ação reflexiva no contexto da sala de aula tendo em foco a relação que se estabelece desde o princípio das formações sociais ocidentais. (FOUCAULT, 1984, p.243) “Nas

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sociedades ocidentais, durante séculos, se ligou o sexo à busca da verdade, sobretudo a partir do cristianismo.” A busca pela compreensão do que é sexualidade muito ainda é debatida no tocante ao contexto social e a escola fazendo parte desse assunto deve procurar ao máximo ampliar os horizontes dos alunos facilitando assim neste período de mudança.

Apenas um aluno simplificou que sexualidade é “sexo”, deixando assim, ver que os entrevistados tem uma noção mesmo que simplista que sexualidade não é apenas o ato sexual e sim um conjunto de fatores necessários ao desenvolvimento tanto físico quanto psicológico.

No ambiente escolar a temática, seja com crianças ou adolescentes, deve ser realizada de modo contínuo e permanente ou, pelo menos, por um tempo efetivo, para que possam ser discutidas, além de informações, atitudes das pessoas frente à sexualidade coletiva e a sexualidade individual. Além disso, o trabalho deve ter a característica de partir das dúvidas das crianças e jovens dos temas por eles emergentes. Essa visão já internalizada de sexualidade deve ser melhor explorada para que se compreenda a sexualidade como uma necessidade para a vida. Cada grupo de jovens tem suas particularidades e interesses. Assim sendo, entendemos que a Educação Sexual deve ser conduzida e preparada por alguém que seja do agrado e da confiança do contingente infanto-juvenil. Trata-se de um processo lento de conquista. O professor é o melhor agente para a mediação desse papel e para isso precisa estar consciente desse desenvolvimento de ideias de forma continua. De acordo com o Guia de Orientação Sexual (1994, p.46):

Orientador sexual, portanto, é aquele educador que para transmitir a seus alunos conhecimentos na área da sexualidade leva em conta o modo de vida deles, seus valores e suas ideias. Além de se dispor a trazer informações científicas, pode criar oportunidades para um permanente diálogo e para a discussão das questões que chegam à sala de aula, colaborando efetivamente para a formação de seus alunos como cidadãos, para que estes tenham uma vida melhor e mais saudável.

O diálogo é a ferramenta básica no processo de educar para a sexualidade. Há crianças e adolescentes que perguntam muito, outras nada interrogam e outras, ainda, precisam de um ambiente encorajador para levantar questões. Todos devem ser considerados, são "seres sexuais", portanto devem ter acesso a material informativo sobre a sexualidade e dispor de bibliografia adequada à idade em que se encontram. O diálogo é o exercício natural para o desenvolvimento da relação adulta, para o encontro entre as pessoas. A Escola precisa reassumir o trabalho de educação sexual, mas não para repreendê-la e sim para mudar visões distorcidas ou negadas da sexualidade, sem, contudo, substituir a família, porque a criança não chega à escola sem ideias, mas já com diversas inscrições acerca do sexo.

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Em relação ao debate acerca das dúvidas sobre as formas de pesquisas sobre a temática as respostas variaram. Abaixo quadro com as respostas dos alunos:

Quadro 2: Diálogo sobre sexualidade e dúvidas de como é abordado. Gênero

Feminino Masculino

Aluna 1: Sim, com o professor e também

fala também nos livros.

Aluno 1: Não

Aluna 2: Nem sempre, acho que deveria ser abordado de uma forma mais natural, conversando mais sem vergonha, pois muitas vezes não dá pra tirar a dúvida quando tem séries menores com agente ou quando alguém começa a brincar de mais sobre o assunto.

Aluno 2: Não

Aluna 3: Sim! Quando tem palestras e ano passado no 7º Ano.

Aluno 3: Não

Aluna 4: Não Aluno 4: Não muito, pois sou muito vergonhoso sobre sexualidade mais presto atenção no que as pessoas

Aluna 5: Não Aluno 5: Sim, pois conversamos entre amigos de se cuidar e etc.

Nas opiniões fornecidas nota-se que centraram-se mais na observação de que a sexualidade pode ter um espaço maior no diálogo dos ambientes sociais. Em relação à mediação a aluna 2 respondeu que:

Nem sempre, acho que deveria ser abordado de uma forma mais natural, conversando mais sem vergonha, pois muitas vezes não dá pra tirar a dúvida quando tem séries menores com agente ou quando alguém começa a brincar de mais sobre o assunto. (ALUNA 2)

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Outro aluno reforça sua fala na questão do receio pessoal de dialogar sobre o tema. “Não muito, pois sou muito vergonhoso sobre sexualidade mais presto atenção no que as pessoas debatem em aula.” (ALUNO 4). Todos os entrevistados responderam à questão, no entanto 4 alunos (40%) responderam que não há dialogo e outros 4 alunos (40%) responderam que sim existe um diálogo sobre o tema. Os outros 2 alunos (20%) fugiram do que foi questionado na pergunta não atendendo assim a formação de uma resposta conclusiva.

A questão do silenciamento por receio e vergonha também deve ser mediado na preparação do aluno, para que se sinta mais seguro e confortável na temática da sexualidade. Como explicitado é um processo lento que deve estar voltado à realidade do aluno. 4 alunos no questionário são claros em ressaltar que não há diálogo sobre sexualidade e orientações sexuais e isso é preocupante tendo em vista que todas as disciplinas podem trabalhar orientações sexuais e temáticas.

A interação família-escola torna-se fundamental, para que a sexualidade não se torne alvo da duplicidade de discursos e de atitudes. A as mídias e mecanismos de busca podem auxiliar essa autonomia quando respaldadas com segurança e criticidade. Deve-se ter em mente que a tarefa da educação sexual pode ser difícil aos professores, uma vez que são pertencentes a uma cultura carregada de equívocos e tabus, e nem sempre, se sentem disponíveis, tranquilos e maduros frente à própria sexualidade. Mesmo assim, a Escola é o espaço privilegiado para que crianças e adolescentes possam fazer seus questionamentos.

Quadro 3: Abordagem do tema sexualidade em sala de aula Gênero

Feminino Masculino

Aluna 1: No debate, em uma conversa. Aluno 1: Através de explicações e debates na sala de aula.

Aluna 2: Palestras, trabalhos com apresentações sobre formas de prevenir a gravidez e as DST’s, orientações de pessoas que trabalham na área da saúde e nas aulas com a professora tirando dúvidas.

Aluno 2: Explicações na sala de aula.

Aluna 3: Através de debate, informais e

questionários.

Aluno 3: Através de explicação, debate, com nós alunos.

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explicações. assunto, mas explica formas de se cuidar e etc.

Aluna 5: Debatendo, explicando, ensinando

como se usa o preservativo.

Aluno 5: Explicação conversa e debate.

A questão referente à abordagem em sala de aula levanta a temática de como o educador media noções sobre sexualidade os alunos responderam que “Eles comentam pouco sobre esse assunto, mas explica formas de se cuidar e etc.” (ALUNO 4)”

Nos debates de sexualidade, os jovens muitas vezes fazem perguntas que os pais e mesmo os professores não se atrevem a fazer. São gerações diferentes, sinalizando relações de fechamento-abertura frente ao discurso do sexo. Por isso a necessidade do trabalho com a busca por respostas direcionadas ao tema é tão importante no sentido de tornar o aluno mais critico e consciente de onde buscar informações assertivas, lembrando da importância do diálogo aberto. Há uma unanimidade de 90% dos entrevistados de que a abordagem só se dá em momentos pontuais, ou seja, datas específicas e depois são deixados durante um longo período adormecidos. E os 10% restantes não deixaram clara a visão sobre a temática. De acordo com Freire:

“A pedagogia deve ser vivenciada deve ser a pedagogia do reencontro e do respeito à subjetividade, visto que, ao reforça-la, é possível evitar os erros do subjetivismo, além de que “essa importância da subjetividade é assumpção do corpo consciente, que quer dizer, eu não sou matéria, mais sou um corpo consciente. E meu corpo consciente tem que ser sujeito que lida, que trata, que discute, que decide”, muito diferenciado portanto, do corpo submisso, objeto e alienado.” (FREIRE,1997, p.09).

No entanto a superação por parte dessas barreiras deve ser armada do diálogo. Todos os outros entrevistados comentam que a interação é vista através dessa ferramenta. A educação sexual estimula a troca de ideias e possibilita mudanças nas relações sociais, superando, assim, o machismo, os preconceitos e engodos.

O professor não precisa ser um especialista em Educação Sexual, mas apenas um profissional devidamente informado sobre a sexualidade humana que reflita sobre ela, sendo capaz de criar contextos pedagógicos adequados e selecionar estratégias de informação, de reflexão e de debate de ideias, reciclar-se e atualizar seus conhecimentos de forma a ensinar a pensar, tornando-se mediador do conhecimento.

A escola é lugar eleito para inserir, no processo educacional uma educação preventiva. Quando se fala em sexualidade, pressupõe-se falar de intimidade e de relações afetivas. É preciso

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também apoio de pessoas envolvidas na área da saúde e da psicologia, pois os profissionais na área também são agentes na formação de ideias. A enfermagem e a psicologia se aproximam dessa temática, na medida em que ambas lidam com a produção de cuidados, relacionado a serviços para a comunidade, preparo para as ações educativas junto à população em relação ao comportamento, enfim, ao indivíduo como um todo, tratando-se de corpo e da mente. Guia de Orientação Sexual:

A Enfermagem e a psicologia, associadas à Educação se fortalecem ao desenvolver ações com terminalidade e resolutividade no âmbito da promoção, prevenção, proteção da saúde, no nível individual e coletivo, que por meio de crítica e reflexão, são capazes de compreender a realidade socioeconômica, política e educacional do país e de instrumentalizarem para a participação ativa no âmbito do planejamento, da produção e da oferta das ações de saúde, além de buscar e produzir conhecimento para o desenvolvimento de sua prática profissional, podendo-se engajar na pedagogia, sendo esse um dos principais veículos de ensino – aprendizagem em todos os níveis educacionais. (BRASIL, 1994, p.56)

A saúde está, pois, diretamente ligada à educação, no sentido de que estes são dois pilares da sobrevivência humana, que se encontra em uma constante construção. Desta forma, os enfermeiros, ao desenvolverem suas funções, entre elas a educação preventiva, têm um grande papel na escola, principalmente no ensino fundamental, através da instrumentalização científica dos professores e entendimento das necessidades dos alunos.

A falta de debate e reflexão crítica aumenta a vulnerabilidade com relação às Doenças Sexualmente Transmissíveis e também o risco de uma gravidez precoce. Hoje, apesar de se acreditar que temas relacionados à sexualidade, estão sendo mais falados, muitos jovens como exposto no questionário ainda não se sentem à vontade para expor dúvidas ou sentimentos. Por isso a necessidade da tecnologia como auxilio. Desta forma Monesi diz que:

É importante trabalhar sexualidade de forma mais ampla na escola utilizando a multi e inter e a transdisciplinaridade, considerando as dimensões biológica, psicológica, social, contribuindo para o fortalecimento da autoestima e da identidade pessoal. (MONESI, 1993, p.23)

No entanto, para que as orientações surtam um efeito significativo elas precisam ser mediadas de forma sistemática e continua e nas respostas dadas pelos alunos fica exposto que esses debates são muito poucos e que devem acontecer como uma maior frequência. Propagar o conhecimento digital de forma critica e assertiva é uma forma eficiente de desenvolver a temática e as noções do aluno sobre ele próprio através do corpo.

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A Sexualidade para ser compreendida, não pode ser separada do indivíduo, posto que seja moldada nas relações que o sujeito estabelece, desde a mais tenra idade, consigo mesmo e com os outros. O trabalho de educação preventiva, ligado à sexualidade, envolve definição de diretrizes que contemplem a formação integral do adolescente e a participação efetiva de todos integrantes do universo escolar. “Na realização da educação sexual, são fundamentais posturas seguras e assertivas, e ainda, o corpo docente deve passar por capacitação profissional, com relação ao conteúdo, tanto técnico-científico como metodológico e vivencial.” (MONESI, 1993, p. 56).

Os alunos se comportam e se relacionam entre si, tentando buscar reconhecer-se e serem reconhecidos a partir de uma posição sexuada. Nesse caso, é importante discutir e entender como adquirem e constroem posição relativa à sexualidade e gênero.

Quadro 4: Frequência com que o tema é comentado. Gênero

Feminino Masculino

Aluna 1: Professor e livros. Aluno 1: Na minha escola tem orientações duas vezes ao ano, através de palestras e agente de saúde.

Aluna 2: Existem, mas as palestras

acontecem com pessoas da área da saúde e da educação que vem e nos orientam sobre o assunto. Só abordam talvez algumas vezes ao ano.

Aluno 2: Na minha escola duas vezes ao ano o agente de saúde vem dar palestras.

Aluna 3: Uma vez ao ano. Orientando nós

alunos e tirando nossas dúvidas.

Aluno 3: Uma delas é sobre o uso da camisinha para não pegar alguma doença e outras coisas.

Aluna 4: Minha escola faz palestras 2 vezes Aluno 4: Orientam para sempre usar

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por ano. as doenças sexualmente transmissíveis.

Aluna 5: Sim, a professora debate na sala. A

escola enfoca duas vezes ao ano.

Aluno 5: Existe em palestra todos os anos.

Nas falas dos adolescentes, de inúmeras formas, a sexualidade aparece como questão primordial, necessitando discussões efetivas sobre o tema.

Destaca-se que em relação à frequência da abordagem sobre as orientações sexuais na escola há nas respostas fornecidas pelos alunos um percentual de 20% que declaram que só há esclarecimentos uma vez ao ano, 40% dizem que as orientações só são repassadas duas vezes ao ano e os demais 40% deixam claro que o professor faz as orientações em sala de aula. Não evidenciando a quantidade de vezes que o tema foi abordado.

Quadro 5: Fontes de procura para esclarecimentos sobre o tema. Gênero

Feminino Masculino

Aluna 1: Na escola. Aluno 1: Em casa

Aluna 2: No posto de saúde com a

enfermeira ou com a professora.

Aluno 2: Em casa

Aluna 3: Com amigos da família, pois não

tenho intimidade com minha mãe.

Aluno 3: Na internet e nas televisões.

Aluna 4: No posto de saúde como a

enfermeira ou com a professora.

Aluno 4: Na família, na escola e com amigos.

Aluna 5: Nos livros com amigos e minha

família.

Aluno 5: Em casa

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Em relação à abordagem da sexualidade na família os alunos relatam à participação nas questões ligadas à expansão dos seus conhecimentos sexuais “Nos livros com amigos e minha família.” (ALUNO 4).

Dos alunos entrevistados a maioria 60% destacou que as orientações sexuais são acessíveis em seu dia a dia através da internet, o posto de saúde, a escola, os livros e os amigos como fonte de informações. Apenas 40% citam a família como referência para a orientação das informações referentes à sexualidade.

A família é o primeiro contato social em que se estabelecem relações afetivas, conflitos e onde o indivíduo começa a formar sua visão sexual mesmo que de forma inconsciente. O apoio familiar é alicerce na formação de noções sobre sexualidade seja, por exemplo, como do tratamento do pai em relação a mãe seja através do debate sobre o tema que deve existir. A visão que os pais têm de sexo são passadas mesmo que não se fale diretamente sobre o tema. Ribeiro (2010, p.35) cita que:

Neste contexto, que não há dúvida de que os primeiros educadores sexuais seriam os próprios pais, porque a eles compete a maior parcela de responsabilidade na formação dos filhos. Entretanto, como os pais, via de regra, têm dificuldades em falar sobre sexo com os filhos (dificuldades estas, na maioria dos casos, de cunho cultural), foi deixado a cargo da escola a realização desta tarefa.

A família muitas vezes sente dificuldade em lidar com as questões sexuais que são uma necessidade premente ao jovem e essa tarefa geralmente fica a cargo dos educadores. Na resposta dada pelo aluno observa-se esse reconhecimento quando questionado onde encontra respostas para suas dúvidas referentes ao tema “Com amigos da família, pois não tenho intimidade com minha mãe.” (ALUNO 5).

O grande desafio é capacitar-se para desenvolver o trabalho, uma vez que a educação sexual não pode ser dissociada da educação como um todo. Portanto, faz-se necessária a preparação dos professores, tornando-os bem informados, prontos e conscientes da importância de sua atuação na área da sexualidade.

Essas medidas são algo simples que com o apoio das secretarias de educação poderia ser realizado. A melhoria da qualidade de informação dos jovens é uma necessidade e um direito que lhe é assistido. É preciso conciliar as teorias que já são uma fonte considerável de informações com uma prática significativa que deve estabelecer uma proposta continua de trabalho e não visões sobre o tema citadas apenas algumas vezes ao ano ou na ministração de conteúdo.

O uso das novas tecnologias fornece uma ponte de apoio e uma melhor compreensão de dúvidas mas para isso é importante que o aluno tenha proficiência e entendimento do que procurar e não se ater a informações inverídicas. É cada vez mais importante tornar os jovens conhecedores de

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si mesmos e de seu corpo assegurando assim uma maior eficiência de entendimento de mudanças que são fatores naturais.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os adventos tecnológicos trazem uma série de possibilidades de trabalhos com a sexualidade que devem ser explorados para uma mediação efetiva. No entanto, esse processo de facilitação pode gerar uma série de dúvidas no aluno quando não há um maior entendimento de métodos de busca. É importante deixar claro que durante a pesquisa observou-se as dificuldades dos alunos sobre a temática mesmo com tantas formas de pesquisa existentes. As possibilidades são muitas e o direcionamento e mediação por parte da escola é de sua importância nesse processo. Mecanismos de pesquisa trazem um leque de possiblidades de favorecimento e informação. O senso crítico para buscar deve ser melhor explorado principalmente no ambiente escolar e essa é uma das principais reflexões do presente estudo.

Despertar a busca consciente no aluno promove assim, uma melhor mediação do conhecimento. É papel do educador nesse processo atentar para o uso da internet de forma positiva uma vez que ela está cada vez mais forte tanto em informações quanto em novas formas de ver e reconhecer o conhecimento.

Um aluno preparado se desenvolve de forma efetiva e nota-se na pesquisa que ainda é tímido o trabalho com as mídias sociais no universo educacional principalmente em relação a sexualidade.

REFERÊNCIAS

EISENSTEIN, Evelyn. Desenvolvimento da sexualidade da geração digital: Adolescência e saúde. 2013. Disponível em: file:///C:/Users/Krla/Downloads/v10s1a08%20(4).pdf

FERREIRA, G. R.; LEAO, A. M. C. Estudo dos cursos de formação em Educação Sexual que

utilizam as tecnologias digitais. In: IV Seminários Enlaçando Sexualidades, 2015, Salvador -

Bahia. Anais IV Seminário Enlaçando Sexualidades (2015). Salvador: Eduneb, 2015.

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Referências

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