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Jogo Didático como instrumento mediador no ensino de nomenclatura de hidrocarbonetos

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114 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018

JOGO DIDÁTICO COMO INSTRUMENTO MEDIADOR NO ENSINO DE

NOMENCLATURA DE HIDROCARBONETOS

DIDACTIC GAME AS MEDIATOR INSTRUMENT IN TEACHING HYDROCARBONS NOMENCLATURE

Antonio Raiol Palheta Junior

Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus XIX/Salvaterra, ajrayol@hotmail.com

Dehmy Jeanny Pedrosa de Barros

Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus XIX/Salvaterra, deh.jeanny09@gmail.com

Arilson Silva da Silva

Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus XIX/Salvaterra, ariquimica15@hotmail.com

Lucicléia Pereira da Silva

Departamento de Ciências Naturais da Universidade do Estado do Pará (UEPA), lucicleia09@gmail.com

Resumo

Com tantos empecilhos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, é importante que o professor busque estratégias de ensino que visem resgatar/despertar o interesse do aluno em estudar, como a utilização de jogos didáticos. Diante disso, este estudo objetivou elaborar e aplicar como estratégia mediadora no ensino de nomenclatura de hidrocarbonetos um jogo didático denominado “Dominó Químico”. A estratégia de ensino foi desenvolvida durante o Estágio Supervisionado: Vivências no Ensino Médio, realizado em duas escolas estaduais de ensino médio, localizadas na cidade de Salvaterra, arquipélago de Marajó, PA. Para coleta de dados, foram aplicados questionários (contendo perguntas abertas e fechadas) para professores e alunos, os dados obtidos foram interpretados, categorizados e agrupados por semelhanças. A estratégia permitiu aos alunos serem construtores do seu conhecimento, a partir de uma participação ativa, possibilitando-lhes agir, refletir e criar hipóteses. O jogo apresentado foi uma alternativa válida para o ensino de nomenclaturas de hidrocarbonetos, pois possibilitou ao aluno formar e nomear diferentes compostos hidrocarbônicos de maneira dinâmica, prazerosa e efetiva.

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115 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 Abstract

Difficulties in the development of quality education, it is an important question that the teacher should seek teaching strategies aimed at rescuing / arousing the student's interest in studying, like the use of educational games. The current study aimed to elaborate and apply as teaching strategy learning from hydrocarbon nomenclature in a didactic game called "Chemical Domino". The teaching strategy was developed during the supervised internship at the undergraduate level: Experiences fulfilled in two public School, located at Salvaterra city, Marajó Island, PA. In the data collection, questionnaires (containing open and closed questions) were applied to teachers and students, the data obtained were interpreted, categorized and organized by similarities. The didactic game allowed the students to be creators of their own knowledge, from an active participation, allowing to act, to reflect and to create hypotheses. The "Chemical Domino" game was a valid alternative for the teaching of hydrocarbon nomenclatures, as it enabled the student to form and name, different hydrocarbon compounds dynamically, pleasantly and competently.

Keywords: Teaching and learning; Ludic; Chemical Domino.

Introdução

Há tempos se discute a forma como é trabalhado o ensino de química nas escolas públicas, pois cada vez mais se torna perceptível o desinteresse dos alunos pelas aulas, evidenciado no desempenho aquém do esperado nas avaliações letivas, desmotivando-os ainda mais, contribuindo para estatísticas da evasão escolar. Fatores como metodologias ultrapassadas, falta de material didático, infraestruturas precárias das escolas, difícil acesso ao local de estudo e contexto socioeconômico do aluno, são alguns dos motivos que acentuam os baixos índices no rendimento escolar (MARUN, 2008; SILVA, 2016; SOUSA, 2013).

Com tantos empecilhos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, é importante que o professor busque estratégias de ensino que visem resgatar/despertar o interesse do aluno em estudar. Lima, Oliveira e Martins (2016) chamam a atenção para as aulas diferenciadas, uma vez que as aulas expositivas, por si só, não conseguem despertar o interesse e a curiosidade dos discentes em aprender.

A utilização de recursos didáticos diferentes dos tradicionalmente utilizados, é uma alternativa válida para alavancar o processo de ensino-aprendizagem. Araújo (2014) descreve que o uso de recursos variados, facilitam a compreensão dos conteúdos, somando forças na constante busca pelo aprendizado dos estudantes, garantindo assim, um ensino de qualidade.

Segundo Nicola e Paniz (2016), para tornar a aula dinâmica e atrativa, existem diversos recursos que podem ser utilizados pelos professores, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos. Cunha (2012) destaca os jogos didáticos, relatando que são estratégias de ensino que possibilitam apresentar conteúdos programados; avaliar a assimilação de conceitos; revisar e/ou sintetizar pontos ou

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116 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 conceitos importantes; destacar e organizar temas e assuntos relevantes, além de integra-los de forma interdisciplinar e contextualizar conhecimentos.

Para Silva et al. (2015) e Nicácio, Almeida e Correia (2017), os jogos didáticos são importantes ferramentas educacionais, com possibilidade de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, nos diferentes níveis de ensino e nas diversas áreas do conhecimento, pois representam e proporcionam formas descontraídas de trabalhar as dificuldades dos alunos, facilitando a construção do conhecimento.

Para Campos, Bortoloto e Felicio (2003), o jogo quando possui caráter lúdico, torna-se mais interessante, pois os alunos ficam entusiasmados quando recebem a proposta de aprender de uma forma mais interativa e divertida, resultando em um aprendizado significativo.

De acordo com Jesus et al. (2013) o lúdico pode ser uma ferramenta de fundamental importância para a relação ensino e aprendizagem, em qualquer contexto linguístico, principalmente no ensino da Química, uma vez que pode contribuir de forma eficaz para o aprimoramento desta ciência, tornando mais fácil, eficiente e agradável o aprendizado, fator importante, já que pesquisas mostram que o ensino de Química geralmente vem sendo estruturado em torno de atividades que levam à memorização de informações, fórmulas e conhecimentos que limitam o aprendizado dos estudantes e contribuem para a desmotivação em aprender e estudar esta disciplina (SANTOS et al., 2013).

A Química é a chave para a explicação de diversos fenômenos recorrentes no dia-a-dia, por esse motivo é imprescindível que seja contemplada no currículo do Ensino Básico (SILVA JÚNIOR; BIZERRA, 2016). As temáticas ensinadas nesta área do conhecimento, muitas vezes são trabalhadas sem relação com o cotidiano do educando, dificultando a compreensão de grande parte dos alunos do ensino médio (CARDOSO; COLINVAUX, 2000; RAMOS; SANTOS; LABURÚ, 2017).

Para reverter esta situação, é necessário buscar estratégias didáticas que estimulem e motivem os alunos a compreenderem os assuntos trabalhados em sala de aula (SOARES; OKUMURA; CAVALHEIRO, 2003), e, seguramente, o uso de atividades lúdicas é uma opção com elevado potencial para auxiliar o professor, visto que proporcionam uma prazerosa e divertida forma de estudar, além de oferecer ao educador uma maneira diferente de avaliar a assimilação dos discentes em relação aos conteúdos estudados, de ressignificar o conhecimento e também permitindo a identificação das dificuldades de aprendizagem (SILVA; LACERDA; CLEOPHAS, 2017; ZANON; GUERREIRO; OLIVEIRA, 2008).

Dentre os conteúdos abordados no ensino médio na disciplina de Química, é de se destacar as funções orgânicas e dentre elas os hidrocarbonetos, função que engloba uma gama de compostos variados e importantes, presentes em diversos produtos do cotidiano, como o petróleo e seus derivados, o gás natural, entre outros, além de serem a base para o entendimento das demais funções orgânicas (SOLOMONS; FRYHLE, 2012).

Quando trabalhado o tema hidrocarbonetos no ensino médio, verifica-se que a abordagem comumente efetivada em sala, consiste na transmissão-recepção de com a

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117 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 memorização de regras e fórmulas que, muitas vezes, deixam lacunas no processo de aprendizagem (MILITÃO et al., 2013).

Ao reconhecer as dificuldades que permeiam o trabalho do professor nesse nível de ensino durante a vivência no estágio supervisionado, optou-se por elaborar e aplicar como estratégia mediadora no ensino de nomenclatura de hidrocarbonetos o jogo didático “Dominó Químico”. A atividade foi desenvolvida com estudantes do ensino médio de duas escolas públicas da cidade de Salvaterra-PA.

Metodologia Área de estudo

Este estudo foi desenvolvido durante o Estágio Supervisionado: Vivências no Ensino Médio, realizado nas escolas estaduais de ensino médio “Salomão Matos” e “Ademar Nunes de Vasconcelos”, localizadas na cidade de Salvaterra, arquipélago de Marajó, PA.

O Estágio Supervisionado faz parte do quadro de disciplinas obrigatórias do curso de Licenciatura em Ciências Naturais - Habilitação em Química, da Universidade do Estado do Pará, e tem como propósito possibilitar ao estagiário vivenciar o ambiente e a dinâmica das escolas de ensino médio, integrando teoria e prática relativas aos diferentes componentes curriculares do curso de formação, possibilitando-lhe o desenvolvimento de competências e habilidades da docência, como: domínio de classe, postura em sala de aula, métodos de ensino que promovam a aprendizagem, entre outras ações que contribuam para a sua formação docente.

Durante a primeira semana de vivência nas escolas (campos de estágio), solicitou-se aos professores de química permissão para realizar a abordagem do conteúdo de hidrocarbonetos, para desenvolvimento da proposta didática de intervenção. Na tabela 1, tem-se as turmas nas quais se trabalhou a temática e o quantitativo de alunos envolvidos.

Tabela 1: Séries, turmas e quantitativo de alunos envolvidos na intervenção didática

Escolas Série Turma Nº de alunos participante do jogo didático

Salomão Matos 3ª SM-3ºA 30

3ª SM-3ºB 23

Ademar Nunes de Vasconcelos 2ª ANV-2º 17

3ª ANV-3º 20

Em cada turma, a intervenção ocorreu em dois momentos: abordagem teórica do assunto e aplicação do jogo didático Dominó Químico como instrumento mediador no desenvolvimento de habilidades relacionadas a nomeação de hidrocarbonetos, destacando conceitos importantes para aprendizagem.

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118 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 Para confecção das peças, demarcou-se em papeis-cartões, quadrados com dimensões 4cm x 4cm, sendo recortados com auxílio de uma tesoura. Nos quadrados desenhou-se, utilizando um pincel atômico, as ligações químicas simples, dupla e tripla e os elementos químicos constituintes dos hidrocarbonetos, Carbono (C) e Hidrogênio (H), como ilustrado na Figura 1-A. Foram confeccionadas 10 caixas com dimensões de 10cm x 10cm x 13cm, cada uma comportando 75 peças do jogo, sendo 12 peças de C; 26 de H; 32 de ligações simples; 3 de ligações duplas e 2 de ligações triplas (Figura 1-B).

Figura 1: (A) Peças e (B) caixas do jogo confeccionadas Fonte: autores

O Jogo: sua concepção e regras

O jogo nomeado Dominó Químico é uma adaptação do jogo de dominó clássico para o ensino de nomenclatura de hidrocarbonetos, tornando-o uma ferramenta educativa que possibilita aos estudantes construir compostos hidrocarbônicos na estrutura de Kekulé para concomitantemente os nomear, tendo como essência do jogo clássico, o agrupamento das peças para a formação dos compostos.

O jogo foi elaborado para ser utilizado em grupos contendo até seis integrantes. Os participantes de um mesmo grupo competem entre si, pois aquele que adiciona a peça que completa a estrutura de um composto hidrocarboneto, detém o direito de nomeá-lo e em acerto da nomenclatura, é atribuído a ele uma pontuação proporcional a quantidade de carbono que o composto formado e nomeado contém.

Para iniciar o jogo primeiro formam-se os grupos, a cada um é entregue uma caixa do Dominó Químico. Cada participante de um mesmo grupo deve retirar, de forma aleatória, sete peças da caixa, as remanescentes permanecem como opção de compra. Cada grupo deve sortear um integrante para iniciar a partida e estabelecer a ordem de jogar.

O participante sorteado deve destacar a primeira peça (semelhante ao dominó clássico, aonde coloca-se um carrilhão para dar início a partida), em seguida, os demais integrantes, seguindo a ordem de jogar estabelecida, adicionam suas peças ao jogo, até haver a formação de um composto hidrocarboneto na estrutura de Kekulé completo.

As peças a serem adicionadas são encaixadas dentro das possibilidades daquelas que já estão em evidência, obedecendo a estrutura química atribuída ao jogo, exemplo, em uma peça H, o aluno só poderá encaixar peças de ligação simples; na peça C, poderá encaixar qualquer peça ligação, seja ela simples, dupla ou tripla; e nas peças ligações, poderá encaixar as peças elementos, desde que seja obedecida a quantidade de ligações

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119 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 que os elementos podem realizar. A partir da segunda rodada, iniciará o jogo o vencedor da partida anterior.

Regras: a partida deve ser iniciada com uma peça elemento, caso o participante não tenha posse, deverá compra-la na caixa; os elementos químicos presentes na estrutura formada tem que fazer todas as ligações de sua natureza (ex.: C 4 ligações e H 1); não colocar ligação ou elemento seguido de outro (ex.: == ou CH) e não formar o gás Hidrogênio (ex.: H–H).

Abordagem teórica do assunto Hidrocarbonetos

O primeiro momento em cada turma, consistiu em ministrar o assunto hidrocarbonetos por meio de uma aula expositiva e dialogada, sendo utilizado Datashow como instrumento de apoio. Durante seu desenvolvimento foram trabalhados conhecimentos primordiais acerca dos hidrocarbonetos, tais como, produtos formados por esta classe presente no cotidiano, explanando sua importância e utilização; reconhecimento dos elementos que o constituem, e por fim, as normas estabelecidas pela IUPAC para nomenclatura dos compostos hidrocarbônicos. Esta etapa foi desenvolvida em dois tempos de aula, o que correspondeu a 90 minutos.

Atividade envolvendo o jogo didático

O segundo momento consistiu na execução da atividade envolvendo o jogo didático Dominó Químico, com o objetivo de desenvolver nos estudantes, habilidades de nomenclaturas dos compostos hidrocarbonetos e também destacar pontos importantes do conteúdo. Para inicia-la, adotou-se os procedimentos descritos no item O Jogo: sua concepção e regras. O estudante de cada turma que obteve a maior pontuação ao término da atividade, foi premiado com uma caixa do jogo didático.

Ao final da atividade foram aplicados dois questionários, um direcionado aos alunos, contendo quatro perguntas (três abertas e uma fechada), relacionadas a idealização de aulas que lhes promoveria maior aprendizagem; utilização de estratégias didáticas diferenciadas no ensino; e avaliação do jogo didático. O outro foi direcionado aos professores de química das turmas, contendo três perguntas abertas relacionadas a utilização de estratégias didáticas em sala de aula e ao jogo aplicado. A elaboração do questionário seguiu orientações de Cohen, Manion e Morrison (2011).

Os dados obtidos com os questionários foram interpretados, categorizados e agrupados por unidades de significado (semelhanças e divergências), considerando os objetivos de cada questão proposta, e então tabulados. Para estes procedimentos adotou-se as orientações de Prodanov e Freitas (2013).

Modalidade de pesquisa utilizada

Este estudo baseia-se do ponto de vista de seu objetivo, em uma pesquisa de natureza descritiva e exploratória conforme Kauark, Manhães e Medeiros (2010). O caráter descritivo ocorreu por meio da observação do grupo estudado e o exploratório por utilização de questionários (contendo perguntas abertas e fechadas), afim de coletar

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120 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 dados dos alunos para serem estudos pelos mediadores da intervenção didática. Em se tratando da abordagem ao problema, enquadra-se na pesquisa qualitativa, a qual Guerra (2014) infere que os dados coletados são predominantemente descritivos e subjetivos, visando a interpretação das respostas concedidas pelos envolvidos na pesquisa.

Fluxograma com resumo das etapas de desenvolvimento da proposta didática

Figura 2: fluxograma das etapas desenvolvidas na intervenção didática Fonte: autores

Resultados e Discussão

A atividade desenvolvida nas turmas, envolvendo o jogo Dominó Químico, trouxe momentos de interação, diversão e sobre tudo conhecimentos a respeito do tema abordado. Nas figuras 3 e 4 são ilustrados momentos da realização do jogo. Araújo, Nascimento e Viana (2016) enfatizam que o jogo didático desperta e estimula os estudantes, principalmente aqueles que se desinteressaram pelos estudos por não compreenderem o conteúdo, desta forma o jogo torna-se um instrumento de estudo interessante.

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Figura 3: momentos da realização do jogo na escola SM, (A) turma SM-3ºA, (B) turma SM-3ºB, construindo compostos hidrocarbônicos na estrutura de Kekulé

Fonte: autores

Figura 4: momentos da realização do jogo na escola ANV, (A) turma ANV-2º e (B) turma ANV-3º, construindo compostos hidrocarbônicos na estrutura de Kekulé

Fonte: autores

Por meio das respostas dadas ao questionário aplicado, verificou-se quais aspectos do processo de ensino e aprendizagem devem ser melhorados, para promover um ensino de qualidade. Na primeira pergunta, os alunos responderam como idealizavam as aulas de química de modo que lhes promovesse melhor aprendizado. As repostas foram categorizadas e dispostas na tabela 2.

Tabela 2: Aulas idealizadas pelos alunos que lhes proporcionaria melhor aprendizado 1ª pergunta do questionário direcionado aos alunos

Na sua concepção, como você idealiza as aulas de química de forma que lhe proporcione melhor aprendizado?

Categorias definidas às respostas

% de alunos por turma com menções

aos termos categorizados Exemplos de citações às categorias

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Jogos e dinâmicas 40,0% 60,9% 29,4% 45,0%

“Deveriam promover mais

jogos de aprendizagem, pois são formas divertida e promovem ao aluno a vontade de aprender mais

(Aluno da turma ANV-3º); “Com mais dinâmicas, pois

assim os alunos se esforçam mais, e assim entendem o conteúdo facilmente” Aluno

da turma SM-3ºA).

Experimentação 10,0% 8,7% - -

“Aulas com mais

experimentos feitos pelo professor seria melhor e me promoveria mais aprendizado” (Aluno da turma

SM-3ºB).

Aulas expositivas 13,3% - 17,6% -

“Explicando detalhadamente

e fazendo pergunta após a explicação” (Aluno da turma

ANV-2º). Métodos diversificados (jogos, experimentação, vídeos, apresentação de trabalhos, visita ao laboratório, aulas expositivas etc.) 13,3% 8,7% 35,3% 35,0%

“Através de jogos didáticos,

visita ao laboratório, realização de experimentos, exposição de trabalhos etc.”

(Aluno da turma ANV-2º); “Aulas mais dinâmicas, com

jogos, vídeos e parodias sobre determinado assunto

(Aluno da turma SM-3ºA).

Não responderam ou

não deixaram explícito 23,3% 21,7% 17,6% 20,0%

“Idealizo uma que me

possibilite ganhar muito conhecimento e aprendizado

(Aluno da turma SM-3ºA). Analisando a tabela 2, verifica-se que os métodos de ensino mais idealizados envolvem jogos didáticos e dinâmicas, seguidos por estratégias diversificadas (jogos experimentação, vídeos, entre outros), demonstrando que os alunos estão abertos a protagonizarem o processo de aprendizagem por meio de diferentes metodologias.

Silva, Alexandrino e Souza (2012) ao entrevistarem alunos do ensino médio na cidade de Itapetinga, constataram que a maioria definiu as aulas de Química como extremamente conteudistas e por esse motivo, os estudantes gostariam que o professor apresentasse aulas mais dinâmicas, com utilização de estratégias diferenciadas para abordagem dos conteúdos.

Quadros et al. (2017) ao aplicarem questionários para alunos do ensino médio solicitando que descrevessem sobre uma aula de química da qual não haviam gostado, obtiveram comentários como: conteúdos sem relação com a vida; críticas ao trabalho do professor; aula não interativa, entre outros. Os autores constataram ainda que os discentes desejavam que as aulas envolvessem experimentos, que fossem relacionadas

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123 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 ao contexto em que vivem e que o uso de recursos diversificados ocorresse frequentemente.

Por meio da segunda indagação, verificou-se como os educandos avaliavam a utilização de jogos didáticos no ensino dos conteúdos de Química. Para a maioria dos alunos da turma SM-3ºA, a utilização de jogos didáticos como estratégia de ensino facilita o aprendizado e possibilita maior interação entre os envolvidos, tornando desta forma a aula mais dinâmica e interessante. Por outro lado, para uma aluna a utilização de jogos é indiferente pela seguinte justificativa: “considero indiferente, pois não é comum ter jogos ou dinâmicas nas aulas”.

Alves e Bianchin (2010) ressaltam que alguns profissionais da educação, não estão aproveitando o potencial que os jogos didáticos proporcionam em sala de aula. Para os autores, esses profissionais esquecem de que os jogos são considerados excelentes auxiliares para fornecer limites, estabelecer liberdade, conviver com regras, fortalecendo a formação de um cidadão.

Segundo Silva, Lacerda e Cleophas (2017) os jogos didáticos não resolverão todas as dificuldades encontradas no ensino de Química, mas, certamente, ele contribuirá para amenizar a problemática relacionada aos aspectos motivacionais, a falta da diversificação didático-metodológica em sala, a passividade do aluno, pois o jogo o torna mais ativo em seu processo de aprendizagem, entre outros aspectos.

Para os estudantes da turma SM-3ºB, a avaliação da utilização de jogos em sala é definida pelo comentário da aluna A, “avalio como ótimo, pois facilita a compreensão e anima os momentos em aula, pois na minha opinião, aulas com muitas explicações/informações e quadro cheio de conteúdo difíceis de entender é muito chato e dificulta a compreensão”.

Os comentários dos alunos das turmas ANV-2º e ANV-3º se assemelham aos da turma SM-3ºA, aonde evidenciam principalmente a interação e a facilidade de aprender o conteúdo por meio de jogos didáticos.

Ramos, Santos e Laburú (2017) ao fazerem pergunta idêntica para alunos do 3° ano do Técnico em Informática para Internet, no IFPR Campus Telêmaco Borba, obtiveram respostas semelhantes as descritas pelos estudantes participantes da intervenção didática.

Na terceira pergunta, solicitou-se aos discentes que avaliassem a utilização do jogo didático Dominó Químico como ferramenta mediadora no aprendizado de nomenclaturas de hidrocarbonetos em ótimo, bom, regular, ruim ou indiferente, justificando o motivo de sua avaliação. Na tabela 3, estão ilustradas as avaliações proferidas.

Tabela 3: avaliação do jogo didático Dominó Químico segundos os alunos 3ª pergunta do questionário direcionado aos alunos

Como você avalia o jogo didático Dominó Químico para o aprendizado de nomenclaturas de Hidrocarbonetos? justifique.

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Avaliação

% das classificações escolhidas por

turma Justificativas

SM-3ºA SM-3ºB ANV-2º ANV-3º

Ótimo 70,0% 60,9% 70,6% 70,0%

“Achei muito interessante, na aula teórica

não tinha compreendido direito, mas depois de jogar pude compreender muito melhor essas nomenclaturas” (Aluno da

turma ANV-3º).

“Porque muitos ainda não haviam

compreendido o assunto, mas com o jogo ficou bem mais fácil, a gente tenta, e com isso a gente aprende mais com facilidade, por isso achei uma ótima ideia” (Aluno da

turma ANV-2º).

Bom 26,7% 39,1% 29,4% 30,0%

“Os jogos nos estimulam e assim

aprendemos e consertamos os nossos erros, o dominó químico é um bom jogo para tirar dúvidas” (Aluno da turma

SM-3ºB).

“É bastante legal, aprendemos a nomear

os compostos e é um jogo bastante interessante” (Aluno da turma SM-3ºA).

Regular 3,3% - - - -

Ruim - - - - -

Indiferente - - - - -

Ao analisar as justificativas da tabela 3, observa-se que os alunos avaliam o jogo Dominó Químico como uma ferramenta que contribuiu efetivamente para o aprendizado do conteúdo, uma vez que relataram que a atividade, estimulou a participarem mais da aula e promovendo bons desempenhos em se tratando das nomenclaturas dos compostos, algo que na explicação exclusivamente teórica parecia difícil e ao ser executado por meio do jogo, tornou-se fácil de entender.

O jogo proposto possibilitou ao aluno ser o construtor do seu conhecimento, a partir de uma participação ativa, tendo o professor como o mediador entre o saber e o aluno, possibilitando-lhe agir, refletir, criar hipótese e construir seu conhecimento. Por meio do jogo o aluno necessita desenvolver estratégias, deparando-se por algumas vezes com dificuldades para elabora-las. Fato este que transforma o jogo em um importante gerador de dificuldades, estimulando o aluno a analisar a situação para a elaboração e confirmação de hipóteses que resolvam a situação (OLIVEIRA; CALEJON, 2016).

Segundo Zanon, Guerreiro e Oliveira (2008), o jogo ganha espaço como ferramenta de aprendizagem na medida em que estimula o interesse do aluno, desenvolve níveis diferentes de experiência, ajuda a construir novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade. Dessa forma, o jogo Dominó Químico simboliza uma ferramenta pedagógico que leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem, enquanto os alunos passam a ser agentes ativos neste processo.

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125 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 Cunha (2012) descreve que os jogos didáticos, quando levados à sala de aula, proporcionam aos estudantes modos diferenciados para aprendizagem de conceitos e desenvolvimento de valores, dessa forma, o jogo torna-se importante recurso didático para o ensino, sendo perceptível nas respostas obtidas dos alunos das duas escolas envolvidas na pesquisa.

Na quarta e última pergunta, os alunos deveriam demarcar por meio de uma escala de 1 a 3 a opção que mais aproximava-se da sua opinião acerca do jogo Dominó Químico, sendo o nº 1 correspondente a: não vejo o jogo como algo bom para meu aprendizado; nº 2: o jogo não soma e nem interfere no meu aprendizado e nº 3: o jogo me facilitou entender o conteúdo, pois construir os compostos e nomeá-los fez surgir dúvidas quanto a nomenclatura que ainda não havia me deparado. As opções indicadas pelos alunos estão ilustradas na tabela 4.

Tabela 4: opiniões dos alunos acerca do jogo Dominó Químico 4ª pergunta do questionário direcionado aos alunos Em uma escala de 1 a 3, demarque o número que mais

aproxima-se da sua opinião a respeito do jogo didático utilizado na atividade.

% das opções escolhidas por turma SM-3ºA SM-3ºB ANV-2º ANV-3º 1) Não vejo o jogo como algo bom para meu

aprendizado. 0% 0% 0% 0%

2) O jogo não soma e nem interfere no meu

aprendizado. 0% 0% 0% 5%

3) O jogo me facilitou entender o conteúdo, pois montar os compostos para nomeá-los fez com que algumas dúvidas surgissem quanto a nomenclatura, as quais ainda não havia me deparado.

100% 100% 100% 95%

Os percentuais relacionados na tabela 4 apontam que a ferramenta somou para o conhecimento dos alunos acerca do conteúdo abordado durante a intervenção didática, aonde a escolha da maioria pela opção nº 3 indica que o surgimento das dúvidas em relação a nomenclatura dos compostos e os seus esclarecimentos pelos mediadores do jogo, foi o grande diferencial para a assimilação do conteúdo em questão.

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126 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 Segundo Oliveira e Binsfeld (2016) a carência de interações entre professores e alunos no ensino de Química do nível médio dificulta a aprendizagem, pois o uso da linguagem no que tange aos conhecimentos científicos é pouco explorado em sala de aula. Contrapondo-se a isso, o jogo realizado promoveu a aproximação professor-aluno, fazendo com que a timidez em retirar dúvidas quanto ao conteúdo, comum neste nível de ensino devido ao medo de fazer perguntas tidas “insignificantes”, foram deixadas de lado, pois os estudantes sentiam-se muito mais confiantes em soluciona-las, visto que tinham clara convicção do que perguntar.

Por meio do jogo Dominó Químico o aluno constrói o conhecimento, ou seja, não se dá em sua forma acabada. Desse modo, o educando reordena o conteúdo, adaptando-o à sua estrutura cadaptando-ognitiva prévia, até relaciadaptando-onar cadaptando-om as relações e leis científicas, as quais posteriormente são assimiladas por ele (RIBEIRO, 2005).

Opinião dos professores acerca da utilização de estratégias didáticas no ensino e o jogo didático Dominó Químico

Na primeira pergunta do questionário aplicado aos professores, buscou-se saber se estes consideravam importante a utilização de estratégias didáticas diferenciadas nas abordagens aos conteúdos programáticos da disciplina de química. As respostas para o questionamento foram:

“Sim, o uso das mais diversas estratégias didáticas possibilitam melhor aprendizado, uma vez que a química é vista por muitos alunos como uma disciplina difícil” (Professor-SM).

“Sim, recursos audiovisuais, jogos interativos, aulas motivacionais, modelagens, vídeos, visitas técnicas, projetos científicos, são estratégias que promovem uma melhor aprendizagem aos alunos” (Professor-ANV).

Silva et al. (2012) relatam que a utilização de variados recursos didáticos é uma importante ferramenta para facilitar a aprendizagem e superar lacunas deixadas pelo ensino tradicional. Quando se faz uso de recursos diferentes o aluno acaba por se interessar mais pelas aulas, melhorando seu desempenho em sala de aula (NICOLA; PANIZ, 2016).

Para Rossasi e Polinarski (2007) o processo ensino-aprendizagem deve ser dinâmico e coletivo, exigindo parcerias entre professor/aluno e aluno/aluno, e uma forma de estabelecer estas relações dialógicas, é optando por modalidades didáticas que permitam esse tipo de interação.

Nicola e Paniz (2016) ao perguntarem para professores de Cacequi, Nova Esperança do Sul, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul no estado do Rio Grande do Sul, se consideravam importante a utilização de recursos variados nas aulas, obteve resposta semelhante as descritas pelos professores.

Na pergunta subsequente, solicitou-se aos docentes que classificassem em ótimo, bom, regular, ruim ou indiferente, a utilização do jogo didático Dominó Químico no ensino e aprendizagem de nomenclaturas de hidrocarbonetos, justificando o motivo pelo qual optaram pela classificação.

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127 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 “Ótimo, o jogo possibilita o envolvimento do aluno com a prática do aprendizado, quebrando a ideia de que estudar química é ‘chato’” (Professor-SM).

“Bom, com esse jogo é possível verificar a aprendizagem de conceitos como a tetravalência do carbono, fórmulas estruturais de Kekulé, formação de cadeias carbônicas e nomenclatura” (Professor-ANV).

Concordando com Cunha (2012) e Kishimoto (2009) que descrevem que os jogos didáticos quando bem empregados, ou seja, quando há o equilíbrio entre a suas funções, educativa e lúdica, possibilitam o desenvolvimento de uma atividade que facilita o entendimento de conteúdos, que muitas vezes são abstratos para os alunos e de difícil compreensão. Cavalcanti e Soares (2010) destacam que o uso de jogos e atividades lúdicas permitem avaliar ou diagnosticar dificuldades conceituais em determinados conteúdos, possibilitando intercâmbio de ideias, bem como corrigir falhas evidenciadas.

Questionados se utilizariam o jogo didático Dominó Químico como atividade para mediação no ensino de nomenclaturas dos hidrocarbonetos, os professores responderam: “Sim, pois promove a participação do aluno na aula, possibilitando melhor aprendizado e desenvolvimento dos educandos” (Professor-SM).

“Sim, devido ter se mostrado eficaz no que tange a aceitação dos alunos e como verificação de aprendizado teórico” (Professor-ANV).

A aceitação do jogo pelos professores e seus relatos sobre as contribuições que o material utilizado promove em sala de aula é um indício que a estratégia pode ser utilizada como importante aliada do processo de ensino e aprendizagem. Para Eleutério e Gonzaga (2009) qualquer recurso didático, quando bem elaborado e explorado de forma adequada pelo professor, se torna uma estratégia importante para melhorar o aprendizado do educando. Por meio de jogos, por exemplo, o aluno é induzido a participar do processo de investigação, a manusear diferentes materiais e instrumentos, a organizar suas observações e a compreender conceitos básicos.

Ainda segundo os autores, os jogos no processo educativo, podem ser instrumentos didáticos excelentes para promover a aprendizagem dos alunos do ensino médio, pois transformam o ensino de Química em algo fascinante, tornando-os desta forma fortes aliados do professor, no que diz respeito à aprendizagem, pois possibilitam ao educando desenvolver seu pensamento e raciocínio, desafiar sua inteligência para encontrar soluções para problemas referentes a sua aprendizagem.

Considerações Finais

A função educativa e mediadora na construção de conhecimentos por parte dos alunos durante a aplicação do jogo Dominó Químico foi facilmente observada, verificando-se o favorecimento da aprendizagem em clima de alegria e prazer. Os resultados obtidos mediante a aplicação do jogo, nas quatro turmas envolvidas na intervenção didática, retrataram que este se apresenta como excelente ferramenta metodológica para as aulas de Química.

Para os estudantes, além da motivação e interesse, outro destaque para o jogo foi o potencial em ajudar no esclarecimento de dúvidas referentes ao conteúdo estudado,

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128 REnCiMa, v. 9, n.5, p. 114-132, 2018 sendo possível a superação de erros cometidos pelos discentes quanto a quantidades de ligações que os elementos C e H podem realizar, além de esclarecer dúvidas acerca da nomenclatura de alguns compostos.

Segundo Silva e Amaral (2011) o jogo durante a sua execução também serve como um instrumento avaliativo, aonde por intermédio dele o aluno pode perceber se os conteúdos foram realmente assimilados, se sua aprendizagem foi condizente com pretendido.

No jogo Dominó Químico dois pontos merecem atenção do docente, o tempo, pois dependendo da competitividade estabelecida nos grupos, alguns compostos podem demorar a ser formados, podendo acarretar na extrapolação do tempo de aula, desta forma, faz-se necessário avisar quando esta estiver a se encerrar; o outro ponto condiz a preparação do docente, visto que a formação dos compostos depende diretamente da competitividade de cada grupo, ou seja, grupos mais competitivos tendem a formar compostos mais complexos, que necessitam de esclarecimento de regras que muitas vezes são omitidas neste nível de ensino, logo, o professor deve estar preparado para solucionar qualquer dúvida referente as normas de nomenclatura.

Mediante aos resultados obtidos, conclui-se que o jogo apresentado é uma alternativa válida para o ensino de nomenclaturas de hidrocarbonetos, pois possibilita ao aluno formar e nomear diferentes compostos hidrocarbônicos de maneira dinâmica, prazerosa e efetiva. Por meio da estratégia, o educando pode solucionar, com a ajuda do professor, dúvidas quanto a nomenclatura dos compostos orgânicos, acordando com um dos pontos que Benedetti Filho et al. (2009) descreve acerca do lúdico, aonde a sua utilização em sala de aula possibilita ao professor, observar as conquistas e dificuldades enfrentadas pelos alunos, principalmente quanto aos problemas de interpretação de conceitos e definições.

O jogo exposto não apresenta complexidade para ser confeccionado, logo, professores e alunos podem reproduzi-lo para ser utilizado no espaço escolar como estratégia didática diferenciada, beneficiando tanto o educador no processo avaliativo do aprendizado, quanto ao educando, referente a exercitar, de maneira descontraída, o conteúdo que lhe foi apresentado.

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Tabela 1: Séries, turmas e quantitativo de alunos envolvidos na intervenção didática
Figura 1: (A) Peças e (B) caixas do jogo confeccionadas  Fonte: autores
Figura 2: fluxograma das etapas desenvolvidas na intervenção didática  Fonte: autores
Figura 4: momentos da realização do jogo na escola ANV, (A) turma ANV-2º e (B) turma ANV-3º,  construindo compostos hidrocarbônicos na estrutura de Kekulé
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