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ASPECTOS GENÉTICOS E MICROSCÓPICOS DOS TECIDOS

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Academic year: 2019

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APOSTILA

PRÁTICA

ASPECTOS GENÉTICOS E

MICROSCÓPICOS DOS

TECIDOS

SY154

PROF. CAIO TALES ÁLVARES DA COSTA

(2)

MICROSCÓPIO ÓPTICO

As estruturas de um microscópio óptico são divididas nas partes mecânica e óptica, como mostra a tabela abaixo.

Parte Mecânica Parte Óptica

- Pé ou base - Oculares

- Tubo (encaixe das oculares) - Objetivas

- Mesa com charriot - Condensador

- Revólver (encaixe das objetivas) - Macrométrico e micrométrico

OCULARES

O microscópio que será utilizado é um microscópio binocular, ou seja, ele possui duas oculares que são a parte do microscópio por onde se observa a imagem. Por isso, a maneira correta de se observar a imagem neste tipo de microscópio é com os dois olhos abertos.

As oculares possuem a capacidade de ampliar a imagem em 10 vezes e elas estão encaixadas numa estrutura denominada tubo ou canhão.

As oculares podem se aproximar ou se distanciar e essa regulagem permite que você as posicione corretamente de acordo com a distância entre seus olhos.

Em microscópios binoculares há, na base de uma ou de ambas oculares, um anel de ajuste denominado anel de dioptria, usado para equalizar possíveis diferenças no ponto de foco entre os olhos.

MESA

A mesa do microscópio (ou platina) possui um dispositivo usado para prender a lâmina que contém o material histológico a ser observado.

Esta mesa possui uma abertura por onde atravessa a luz que sai do condensador para que o material histológico seja iluminado. O dispositivo que prende a lâmina é movimentado por dois reguladores que se encontram abaixo da mesa à direita que recebem o nome de charriot. Um destes reguladores movimenta a lâmina para frente e para trás e o outro para a esquerda e direita. Desta forma o charriot serve para posicionar corretamente a lâmina de modo que o material a ser observado seja iluminado pela luz que sai do condensador e atravessa a abertura da mesa.

CONDENSADOR

O condensador é a parte do microscópio que converge a luz em direção à lâmina e se encontra abaixo da mesa alinhado com a abertura da mesma. Abaixo da mesa e à esquerda existe um regulador para abaixar ou levantar o condensador. Esta regulagem modifica o contraste da imagem. Você deverá deixar o condensador levantado ao máximo principalmente nos casos de cortes histológicos bem corados e abaixá-lo quando os cortes estiverem pouco corados ou não corados. Como veremos mais a frente, existe outra regulagem para controla o contraste da imagem.

OBJETIVAS

O revólver é a parte do microscópio onde estão encaixadas as quatro objetivas: 4 (de pequeno aumento ou panorâmica), 10 (de médio aumento), 40 (de grande aumento) e 100 (de imersão). Esses números que estão inscritos nas objetivas indicam a capacidade de ampliação de cada uma delas. As objetivas 4, 10 e 40 são denominadas objetivas secas e são parafocais, isto é, se o objeto está focalizado com uma, estará muito perto de sê-lo com as outras. A objetiva 100 é usada com óleo de imersão, cujo índice de refração é maior que o do ar, permitindo um melhor aproveitamento dos raios luminosos que incidem sobre o corte produzindo, consequentemente, uma imagem de melhor qualidade.

O revólver pode girar em sentido horário ou anti-horário e essa característica permite o engate correto de cada uma das objetivas.

AMPLIAÇÃO TOTAL

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LIMITE DE RESOLUÇÃO

Além de ampliar, as objetivas possuem a função de aumentar a definição da imagem. Esta função se torna importante já que conforme se amplia uma imagem, ocorre uma perda de sua definição.

Limite de resolução corresponde à menor distância existente entre dois pontos, que permite que eles sejam observados individualmente. Por exemplo, dois pontos separados por 0,1 µm em um sistema óptico com limite de resolução de 0,2 µm, serão vistos como um ponto único. Porém, se o sistema óptico possuir um limite de resolução igual ou menor do que 0,1 µm, esses dois pontos serão vistos como pontos separados. Portanto, quanto menor o limite de resolução, maior será a definição (riqueza em detalhes) da imagem observada. O limite de resolução de uma objetiva é inversamente proporcional a sua abertura numérica, ou seja, quanto maior a abertura numérica, menor o limite de resolução e consequentemente maior a definição da imagem. Observe a fórmula a seguir.

LR: limite de resolução.

K: constante cujo valor é de 0,61.

L: comprimento de onda da luz empregada, aproximadamente 0,55 µm. AN: abertura numérica.

O limite de resolução da objetiva 100 é de 0,2 µm, o que permite a obtenção de imagens nítidas aumentadas entre 1000 e 1500 vezes. Objetos menores que 0,2 µm não são vistos com nitidez no microscópio óptico, como é o caso dos grânulos citoplasmáticos do neutrófilo humano. Objetos de dimensão igual ou maior que 0,2 µm são nitidamente observados como os grânulos do eosinófilo humano. O que determina a definição da imagem é o limite de resolução do sistema óptico e não o seu poder de aumento. Portanto, a resolução de uma imagem depende essencialmente da objetiva, pois as oculares apenas ampliam a imagem nela projetada pela objetiva.

Observe na tabela abaixo que a objetiva 100 é a que possui a maior abertura numérica e consequentemente o menor limite de resolução. Sendo assim, a objetiva 100 é a que proporciona uma maior riqueza em detalhes.

Ainda na tabela abaixo, a working distance significa a distância entre a objetiva e a lâmina na posição de foco. Observe que a objetiva 4, na posição de foco, fica 2,5 cm da lâmina e a objetiva 100 menos de 1,5 milímetro.

Objetiva Abertura

Numérica (AN) Working Distance

4 0,10 25 mm

10 0,25 5,6 mm

40 0,65 0,6 mm

100 1,25 0,14 mm

MACROMÉTRICO E MICROMÉTRICO

O macrométrico (regulador maior e externo) e o micrométrico (regulador menor e interno) são os focalizadores da imagem. Quando eles são girados, a mesa sobe ou desce.

O macrométrico é um focalizador grosseiro, ou seja, ele não permite uma focalização precisa da imagem, pois quando ele é girado, a mesa se movimenta rapidamente.

Já o micrométrico permite um ajuste e uma focalização muito mais precisa, pois quando ele é girado, a mesa se movimenta lentamente.

Nunca você poderá utilizar o macrométrico quando as objetivas 40 ou 100 estiverem posicionadas. Em outras palavras, somente utilize o macrométrico na objetiva 4 ou 10. Isto é necessário, pois as objetivas 40 e 100 são objetivas que, na posição de foco, ficam muito próximas da mesa do microscópio. Um movimento rápido da mesa, neste momento, poderia facilmente danificar a objetiva ou provocar a quebra da lâmina. As objetivas 4, 10, 40 e 100 são parafocais, isto é, o foco de uma fica próximo do foco da outra, usando-se, após a focalização na objetiva 4, somente o micrométrico para um pequeno ajuste.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

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pois, a ampliação provoca a diminuição da área observada e consequentemente da quantidade de luz que chega aos olhos. O inverso também é verdadeiro, ou seja, na passagem da objetiva 40 para a objetiva 10 e depois para a objetiva 4 ou na passagem da objetiva 100 para a objetiva 4 será necessário diminuir a intensidade luminosa.

2. Como observado no item anterior, a quantidade de luz que chega aos nossos olhos diminui conforme a imagem é ampliada. Portanto, na objetiva 100 a quantidade de luz que chega aos nossos olhos é mínima. Por isso, somente na objetiva 100 é necessário utilizar o óleo de imersão. Este óleo tem a função de recuperar a quantidade de luz perdida com a ampliação.

3. Abaixo da mesa do microscópio existe um dispositivo metálico que regula a luz que atravessa o condensador. Quando este dispositivo é colocado na extrema direita, o diafragma se fecha, a luz que sai do condensador diminui e a imagem aparece com contraste máximo, ou seja, a imagem ganha em contorno, mas perde sua cor interna. Em contrapartida, quando tal dispositivo é colocado na extrema esquerda, o diafragma se abre, a luz que sai do condensador aumenta e a imagem perde em contorno, mas ganha na sua coloração interna. Faça esse teste!

4. Toda a vez que se quiser ampliar uma determinada estrutura será necessário centralizar esta estrutura antes de posicionar a próxima objetiva. Por exemplo, se você encontrar uma célula na objetiva 4 e quiser ampliá-la, você terá primeiro que colocá-la (movimentando o charriot) no centro do campo visual da objetiva 4 e assim posicionar a objetiva 10. O mesmo procedimento terá que ser feito da objetiva 10 para a 40.

5. Observando a imagem pelas oculares é possível ver, em qualquer uma das objetivas, uma seta. Esta seta, na verdade, se encontra somente na ocular direita e serve para indicar as estruturas observadas. Por exemplo, se o professor pediu para você encontrar uma determinada estrutura e se você não tem ainda certeza se a estrutura encontrada é realmente a estrutura pedida pelo professor, você poderá (movimentando o charriot) indicar com a seta a estrutura encontrada e chamar o professor ou o monitor para confirmar a sua indicação.

FOCALIZAÇÃO

POSIÇÃO FUNDAMENTAL DO MICROSCÓPIO

Para se iniciar o processo de focalização, sempre será necessário que o microscópio esteja na chamada posição fundamental. A posição fundamental, descrita a seguir, inclui a verificação e o posicionamento correto de 5 itens do microscópio.

1. Objetiva 4 posicionada. 2. Mesa abaixada ao máximo.

3. Condensador levantado ao máximo.

4. Dispositivo que regula contraste posicionado na extrema esquerda (diafragma aberto). 5. Luz ligada na intensidade mínima.

FOCALIZAÇÃO CORRETA DE UM CORTE HISTOLÓGICO Da Objetiva 4 Até a Objetiva 40

1.Deixar o microscópio na posição fundamental.

2. Colocar a lâmina com a preparação sobre a mesa do microscópio, prendendo-a pelo dispositivo apropriado.

3. Movimentar a lâmina pelo charriot e posicioná-la de modo que o material a ser observado fique iluminado. Observar por fora da ocular.

4. Levantar a mesa ao máximo utilizando o macrométrico. Observar por fora da ocular ainda.

5. Observando pela ocular, descer a mesa utilizando o macrométrico até que a imagem apareça no campo visual.

6. Em seguida utilizar a focalização micrométrica.

7. Girar o revólver em sentido horário e engatar a objetiva 10. 8. Ajustar novamente o foco utilizando somente o micrométrico. 9. Girar o revólver em sentido horário e engatar a objetiva 40.

10. Antes de retirar a lâmina do microscópio, girar o revólver em sentido anti-horário até alinhar novamente a objetiva 4.

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Como Utilizar a Objetiva 100 (de Imersão)

1.Deixar o microscópio na posição fundamental.

2. Focalizar a estrutura a ser observada na objetiva 4 (panorâmica), como feito anteriormente. 3. Colocar uma gota de óleo de imersão sobre o centro iluminado da lâmina.

4. Virar em seguida o revólver em sentido anti-horário engatando diretamente a objetiva 100 (imersão). 5. Observar pela ocular controlando cuidadosamente somente o micrométrico (nunca o macrométrico) e ajustando o foco.

6. Não é permitido em hipótese alguma, após a colocação da gota de óleo, posicionar a objetiva 40, pois esta jamais poderá entrar em contato com o óleo.

7. Antes de retirar a lâmina do microscópio, girar o revólver em sentido horário e alinhe novamente a objetiva 4.

8. Abaixar a mesa do microscópio ao máximo, deixando o microscópio na posição fundamental.

EXERCÍCIO

Observe o esquema do microscópio abaixo e complete a legenda nomeando as estruturas indicadas por letras na figura. Compare a figura com o microscópio que será utilizado nas aulas práticas.

LEGENDA

A: ________________________________ B: ________________________________ C: ________________________________ D: ________________________________ E: Garra do charriot

F: ________________________________ G: ________________________________ H: controlador da intensidade luminosa I: _________________________________ J: saída de luz da lâmpada

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INTRODUÇÃO

PRÁTICA 01: INTERPRETAÇÃO DE CORTE HISTOLÓGICO EM TÚBULOS

SEMINÍFEROS DO TESTÍCULO

INTRODUÇÃO

Conforme o ângulo que uma determinada estrutura é cortada pelo micrótomo, a imagem dessa estrutura poderá ser observada de maneiras diferentes no microscópio. Assim, uma mesma estrutura poderá ser vista com formatos diferentes quando for cortada transversalmente, obliquamente e longitudinalmente (observe a figura a seguir). É o que acontece, por exemplo, quando observamos um testículo no microscópio. Como os túbulos seminíferos são túbulos extremamente contorcidos, eles são cortados sob diferentes ângulos pelo micrótomo durante a preparação da lâmina. Os túbulos seminíferos cortados transversalmente produzem imagem esférica, túbulos seminíferos cortados obliquamente produzem imagem elíptica e túbulos seminíferos cortados longitudinalmente produzem imagem extremamente alongada.

LÂMINA: TESTÍCULO (HE).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 10 observe um túbulo seminífero em corte transversal, um túbulo seminífero em corte oblíquo e um túbulo seminífero em corte longitudinal.

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NÚCLEO CELULAR

PRÁTICA 02: CICLO CELULAR EM CÉLULAS DA RAIZ DA CEBOLA

INTRODUÇÃO

As células que se dividem ativamente passam por uma sequência definida de eventos conhecidos como o ciclo celular. Geralmente, o ciclo celular é dividido em interfase (com três fases) e mitose (com quatro fases). A interfase, a fase entre duas divisões mitóticas, já foi considerada como uma fase de repouso da célula. Nada poderia ser mais distante da verdade, já que este período é caracterizado por uma intensa atividade celular. A fase S é dividida em três períodos: G1, S, e G2.

- G1: nessa fase a célula acabou de passar pela mitose. É um período de intensa síntese proteica, pois a célula

deve restaurar seu tamanho original e aumentar o número de suas organelas. Além disso, é a fase em que a célula realmente cumpre sua função para o tecido ou órgão.

- S: nesse período ocorre a duplicação do material genético, uma fase preparatória para a realização da próxima mitose.

- G2: nesse período ocorre a formação de estruturas celulares diretamente relacionadas com a mitose que está

preste a ocorrer.

A mitose é dividida em quatro fases principais:

- Prófase: condensação gradual do DNA, desaparecimento do nucléolo, desintegração do envoltório nuclear, migração dos centrossomos para os polos da célula e início da formação das fibras do fuso (microtúbulos) pelos centrossomos.

- Metáfase: O DNA no seu grau máximo de condensação se apresenta na forma de cromossomos que migram para ocentro da célula (equador celular) guiados pelas fibras do fuso.

- Anáfase: as fibras do fuso começam a se encurtar. Rompem-se os centrômeros de cada cromossomo duplicado e as cromátides separadas migram para polos opostos.

- Telófase: descondensação do DNA e reaparecimento do envoltório nuclear. A célula passa a ter dois núcleos idênticos ao núcleo inicial. A citocinese, que tem participação dos microfilamentos do citoesqueleto, é o evento responsável por dividir essa célula em duas células filhas geneticamente idênticas entre si e idênticas a célula original.

LÂMINA: MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA (HEMATOXILINA FÉRRICA).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 100 observe as diferentes fases do ciclo celular: intérfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase. 2) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 100 e indique as fases observadas. Complete as células vazias com a fase mais longa e, portanto, a mais comumente observada: a intérfase.

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EPITÉLIOS E GLÂNDULAS

PRÁTICA 03: EPITÉLIO SIMPLES PAVIMENTOSO DA CÁPSULA DE BOWMAN E

EPITÉLIO CÚBICO SIMPLES DOS TÚBULOS CONTORCIDOS PROXIMAIS E DISTAIS

INTRODUÇÃO

O túbulo urinífero é atualmente considerado a unidade funcional do rim sendo formado pelo néfron e pelo túbulo coletor ligado ao néfron. O túbulo coletor teve que ser considerado como parte da unidade funcional do rim, pois nele ainda ocorrem processos de reabsorção do filtrado. O túbulo urinífero está envolvido com dois processos básicos: filtração do sangue e reabsorção do filtrado. Cada rim possui cerca de 1 milhão de néfrons. Cada néfron consiste em duas partes: (1) o corpúsculo renal, onde o plasma sanguíneo é filtrado e (2) a parte tubular, onde o filtrado será transportado e gradualmente reabsorvido. O corpúsculo renal tem dois componentes: o glomérulo e a cápsula renal (ou de Bowman). Já a parte tubular do néfron é formada pelo túbulo contorcido proximal, parte reta do proximal, alça de Henle, parte reta do distal e túbulo contorcido distal.

Os corpúsculos renais e os túbulos contorcidos proximais e distais são encontrados exclusivamente no corte renal, a região mais externa do rim. Na região medular, a porção mais interna do rim, estão os túbulos coletores em grande quantidade, alças de Henle e parte reta do túbulo distal.

O glomérulo é uma rede de capilares entre a arteríola aferente e a arteríola eferente. A cápsula é uma bolsa revestida por uma única camada de células pavimentosas formando o epitélio simples pavimentoso que envolve o glomérulo. No processo de filtração, alguns componentes do plasma sanguíneo atravessam a parede dos capilares glomerulares, caem no espaço capsular e passam para a parte tubular do néfron onde grande parte desse filtrado será reabsorvida. Ao lado dos corpúsculos renais são encontrados os túbulos contorcidos proximais e distais ambos revestidos por uma única camada de células cúbicas formando o epitélio cúbico simples com a membrana plasmática apical das células cúbicas possuindo microvilosidades voltadas para o lúmen por onde passa o filtrado. Embora o epitélio de revestimento dos túbulos contorcidos proximais e distais seja o mesmo, é possível diferenciá-los. O lúmen do túbulo contorcido proximal se apresenta ocluído e suas células epiteliais mais altas e esgarçadas. Já o lúmen do túbulo contorcido distal é mais amplo e suas células epiteliais são mais baixas.

LÂMINA: RIM (HE).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 04 observe a presença de vários corpúsculos renais na região do córtex renal.

2) Na objetiva 10 observe alguns vasos sanguíneos renais e alguns corpúsculos renais rodeados por túbulos contorcidos proximais e distais.

3) Na objetiva 40 observe um corpúsculo renal rodeados por túbulos contorcidos proximais.

4) Na objetiva 100 observe os capilares glomerulares com glóbulos vermelhos, o espaço de Bowman, o epitélio simples pavimentoso da cápsula de Bowman e o epitélio cúbico simples do túbulo contorcido proximal.

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PRÁTICA 04: EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO DO ESÔFAGO E

GLÂNDULAS MUCOSAS

INTRODUÇÃO

O esôfago é um tubo muscular, medindo aproximadamente 25 cm de comprimento, que transporta o bolo alimentar da faringe ao estômago. Sua mucosa, formada por epitélio estratificado pavimentoso, apresenta-se com dobras que dão a impressão de seu lúmen estar obstruído. Entretanto, durante o processo de deglutição, o esôfago é distendido e as dobras desaparecem. No tecido conjuntivo (ou lâmina própria), existem vários ácinos mucosos que secretam muco e ductos que ligam os ácinos mucosos à superfície do epitélio por onde o muco será liberado. O muco lubrifica o epitélio protegendo-o contra o atrito do alimento durante o processo de deglutição.

Na região do epitélio próxima à membrana basal existe grande quantidade de células, pois é o local de formação de novas células através mitoses. As células recém-formadas nessa região empurram as células que estão acima delas para cima e depois serão elas que serão empurradas pelas novas células que surgirão abaixo. Essas células, quando chegam na superfície do epitélio, aproximadamente 3 semanas após sua formação, já estão achatadas e ressecadas e, assim, descamam.

LÂMINA: ESÔFAGO (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 04 e 10 observe o epitélio estratificado pavimentoso, um ducto e a grande quantidade de porções secretoras de glândulas mucosas localizadas no tecido conjuntivo denominado lâmina própria.

2) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 10 e indique as estruturas observadas.

3) Na objetiva 40 observe o epitélio estratificado pavimentoso com as células pavimentosas na superfície e com grande quantidade de células na região do epitélio próxima a membrana basal.

4) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 40 e indique as estruturas observadas. 5) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 05: EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO CILÍNDRICO CILIADO DA

TRAQUEIA E GLÂNDULAS SEROMUCOSAS

INTRODUÇÃO

A traqueia é um tubo cuja parede é reforçada por cerca de 10 anéis de cartilagem em forma de ferradura cuja abertura está voltada para o esôfago. O epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, também chamado epitélio respiratório, contém células cilíndricas com cílios voltados para o lúmen e algumas células caliciforme produtoras de muco. No tecido conjuntivo (ou lâmina própria) são encontradas porções secretoras de glândulas seromucosas. Assim como acontece em outras regiões do trato respiratório, o epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado e o muco liberado na superfície filtram o ar inspirado. Partículas de poeira ficam retidas no muco produzido pelas células caliciformes do epitélio e pelas glândulas seromucosas. O fluido seroso, produzido por essas glândulas, entra em contato com os cílios se colocando entre o muco e a membrana plasmática apical das células cilíndricas ciliadas. A movimentação dos cílios das células cilíndricas movimenta esse fluido que, por sua vez, provoca a movimentação do muco. A movimentação dos cílios das células cilíndricas movimenta o muco e as partículas aderidas a ele em direção à laringe, para serem posteriormente eliminadas.

LÂMINA: TRAQUEIA (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 04 e 10 observe o epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, as porções secretoras de glândulas seromucosas, o tecido conjuntivo denominado lâmina própria e a cartilagem hialina do anel cartilaginoso que sustenta a traqueia.

2) Nas objetivas 40 e 100 observe o epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, as porções secretoras de glândulas seromucosas na lâmina própria, a membrana basal que separa o epitélio da lâmina própria, os cílios das células cilíndricas e as células caliciformes.

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PRÁTICA 06: EPITÉLIO ESTRATIFICADO DE TRANSIÇÃO DA BEXIGA E EPITÉLIO

SIMPLES PAVIMENTOSO DE VASO SANGUÍNEO

INTRODUÇÃO

A bexiga urinária é essencialmente um órgão de armazenamento de urina. Sua mucosa apresenta numerosas pregas, que desaparecem quando a bexiga fica distendida pelo acúmulo de urina. As células do epitélio de transição se tornam maiores à medida que migram para a superfície adquirindo uma forma mais arredondada. Durante a distensão, a espessura do epitélio diminui e as células mudam de forma se tornando pavimentosas. A membrana plasmática dessas células epiteliais possui placas contendo uma substância lipídica impermeável que, na visão microscópica, se torna bem evidente na superfície do epitélio. Além disso, as células superficiais do epitélio de transição são unidas por junções oclusivas, que também contribuem para a impermeabilidade desse epitélio. Dessa forma, as células do epitélio de transição atuam como uma barreira que impede a urina de penetrar no tecido conjuntivo abaixo. Nesse tecido conjuntivo não são encontradas glândulas porém muitos vasos sanguíneos podem ser observados. O epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos, denominado endotélio, é o simples pavimentoso.

LÂMINA: BEXIGA (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 04 e 10 observe o epitélio estratificado de transição e o tecido conjuntivo abaixo denominado lâmina própria com ausência total de glândulas mas com muitos vasos sanguíneos. Observe também as pregas da mucosa.

2) Nas objetivas 40 e 100 observe o epitélio estratificado de transição, o local da membrana basal e a placa impermeável na superfície do epitélio. No tecido conjuntivo observe também um vaso sanguíneo e seu revestimento endotelial formado por uma única camada de células pavimentosas.

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PRÁTICA 07: EPITÉLIO SIMPLES CÚBICO DOS FOLÍCULOS TIREOIDIANOS

INTRODUÇÃO

A glândula tireoide produz os hormônios T3 e T4, hormônios denominados hormônios tireoidianos, e ainda um outro denominado calcitonina. Os hormônios tireoidianos T3 e T4 são produzidos pelas células foliculares e a calcitonina é produzida pelas células parafoliculares, células situadas fora dos folículos. Os hormônios T3 e T4 estimulam a taxa de metabolismo do corpo. A calcitonina ajuda a diminuir os níveis de cálcio no sangue facilitando a entrada de cálcio nos ossos.

Ao contrário da maioria das glândulas endócrinas, as quais armazenam seus hormônios dentro das próprias células secretoras, a glândula tireoide armazena seu produto de secreção no lúmen de centenas de bolsas denominadas folículos tireoidianos. Cada folículo tireoidiano é a unidade estrutural e funcional da glândula tireoide e sua parede é formada por um epitélio simples cúbico envolvendo um lúmen cujo interior se encontra uma solução proteica denominada coloide que contém certa quantidade de uma grande proteína chamada tireoglobulina (TGB). Os hormônios T3 e T4 são sintetizados a partir da TGB e cada folículo possui quantidade de coloide suficiente para atender as necessidades hormonais de várias semanas. Antes dos hormônios serem liberados na corrente sanguínea, a TGB é endocitada pelas células cúbicas da parede folicular e clivada por enzimas lisossômicas produzindo, dessa forma, os hormônios T3 e T4. O iodo é essencial para síntese dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), pois ele deve se ligar à TGB antes dela ser endocitada pelas células cúbicas. Deste modo, as células foliculares secretam hormônios que devem antes ser iodados. Exatamente por isso a ANVISA aprovou um regulamento técnico que estabelece o teor de iodo no sal para consumo humano.

LÂMINA: TIREOIDE (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 04 e 10 observe os vários folículos tireoidianos de diferentes tamanhos e com diferentes quantidades de coloide no seu lúmen. Observe também o epitélio simples cúbico que forma a parede do folículo cujas células possuem núcleos redondos.

2) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 10 e indique as estruturas observadas.

3) Na objetiva 40 observe o epitélio cúbico simples formado pelas células foliculares que formam a parede dos folículos.

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PRÁTICA 08: GLÂNDULA SALIVAR SUBMANDIBULAR

INTRODUÇÃO

A maior parte da saliva é secretada por três pares de glândulas salivares principais: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. Essas glândulas contêm porções secretoras, denominadas ácinos, responsáveis pela formação da saliva. Como a secreção salivar é formada tanto por uma parte mucosa como por uma parte serosa, existem dois tipos diferentes de ácinos: os ácinos mucosos, responsáveis pela secreção do muco salivar, e os ácinos serosos, responsáveis pela secreção da parte fluida da saliva. Ambos possuem lúmens estreitos, porém as células do ácino mucoso são brancas devido ao muco armazenado no seu citoplasma e seus núcleos achatados estão na base da célula. Já as células do ácino seroso não são claras e seus núcleos são redondos e localizados no centro da célula. Os ácinos estão diretamente ligados a pequenos ductos que se unem a outros ductos formando ductos cada vez maiores. Os menores ductos são chamados ductos intercalares. Os ductos intercalares se unem formando ductos maiores denominados ductos estriados. Vários ductos estriados se unem formando ductos denominados ductos excretores. Os maiores ductos são revestidos por epitélio cúbico estratificado.

Como acontece com quase todos os órgãos, as glândulas salivares são revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo que envia septos para o interior da glândula, subdividindo-a em lóbulos. Finas lâminas de tecido conjuntivo penetram nos lóbulos, levando vasos sanguíneos e nervos para o interior da glândula.

As glândulas parótidas estão localizadas abaixo e à frente das orelhas e secretam saliva na cavidade oral através dos ductos excretores que desembocam ao nível do segundo molar superior. As glândulas submandibulares são encontradas abaixo da base da língua e seus ductos excretores desembocam lateralmente ao frênulo da língua. As glândulas sublinguais estão acima das glândulas submandibulares e seus ductos excretores abrem-se no assoalho da boca.

A glândula parótida contém apenas ácinos serosos, mas as glândulas submandibulares e glândulas sublinguais são consideradas glândulas mistas, pois contêm tanto ácinos serosos como ácinos mucosos. Alguns ácinos mucosos dessas glândulas salivares mistas são cobertos por células serosas organizadas nas chamadas meia-lua serosas que são ácinos mistos que contêm tanto células mucosas como células serosas.

LÂMINA: GLÂNDULA SUBMANDIBULAR (HE).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 04 observe a cápsula os septos de tecido conjuntivo que divide a glândula salivar em lóbulos, a grande quantidade de ácinos mucosos e alguns ductos.

2) Nas objetivas 10 e 40 observe ácinos mucosos, ácinos serosos, ducto intercalar, ducto estriado e ducto excretor. 3) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 40 e indique as estruturas observadas.

o epitélio cúbico simples formado pelas células foliculares que formam a parede dos folículos.

4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 09: EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO DA

EPIDERME

INTRODUÇÃO

A pele é composta por duas camadas: uma externa, a epiderme, e uma camada mais profunda, a derme. A epiderme é composta por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, derivado do ectoderma. Situada diretamente abaixo da epiderme está a derme constituída por um tecido conjuntivo denso não modelado.

A maior parte da pele humana é pele fina com exceção da pele das palmas das mãos e das plantas dos pés que é considerada pele espessa. Na pele espessa, mas não na pele fina, o contato entre a epiderme e a derme ocorre através de projeções do tecido conjuntivo da derme, as papilas dérmicas, que se interdigitam com invaginações da epiderme, as cristas epidérmicas. Independentemente do tipo de pele, seu epitélio é constituído por dois tipos principais de células: os queratinócitos e os melanócitos.

Aproximadamente 90% das células da epiderme são queratinócitos que, além de produzirem queratina, produzem a vitamina D em reposta à radiação solar. A vitamina D estimula a absorção de cálcio no intestino delgado. Os queratinócitos estão continuamente sendo descamados na superfície da epiderme e, por isso, devem ser constantemente renovados. Esta renovação se dá através da atividade mitótica na região do epitélio próxima à membrana basal. Os queratinócitos entram em mitose à noite, e à medida que novos queratinócitos vão sendo formados, aqueles situados em posições superiores continuam sendo empurrados em direção à superfície. Ao longo de seu trajeto em direção à superfície, eles começam a acumular filamentos de queratina no seu citoplasma. Finalmente, à medida que se aproximam da superfície, eles morrem e são descamados liberando todo o conteúdo de queratina que produziram. Esse processo leva aproximadamente 30 dias.

Os melanócitos estão localizados por entre os queratinócitos, são encontrados numa região próxima à membrana basal e possuem a função de produzir melanina, pigmento responsável pela cor da pele. Os melanócitos

transferem a melanina aos queratinócitos. A melanina, ao entrar nos queratinócitos, forma um “guarda-chuva” de

proteção ao redor dos seus núcleos protegendo essas células contra os efeitos deletérios da radiação ultravioleta. A produção de melanina também é ativada pela radiação solar.

LÂMINA: PELE FINA (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 04 e 10 observe a epiderme com queratina na sua superfície e a derme diferenciando esses dois tecidos que fazem parte da pele.

2) Nas objetivas 40 e 100 observe na epiderme os melanócitos com grânulos de melanina, os queratinócitos com seus núcleos protegidos pelos grânulos de melanina e as fibras de queratina na superfície da epiderme.

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PRÁTICA 10: ANEXOS DA EPIDERME

INTRODUÇÃO

As glândulas sudoríparas estão localizadas na pele da maior parte do corpo e são importantes órgãos de termorregulação. Sua porção secretora é enovelada e localizada profundamente na derme ou na hipoderme. A porção secretora de cada glândula desemboca num ducto estreito e tortuoso que atravessa a derme e se abre na superfície da epiderme através de um poro sudoríparo. As glândulas sudoríparas são écrinas (merócrinas) quanto ao modo de liberação de seu produto de secreção. No entanto, na puberdade, glândulas sudoríparas apócrinas são ativadas. As glândulas sudoríparas apócrinas estão localizadas em regiões específicas como, por exemplo, nas axilas, ao redor dos mamilos e na região anal e liberam uma secreção com odor característico.

As glândulas sebáceas são encontradas na derme de todo o corpo, com exceção das palmas das mãos e plantas dos pés e são mais abundantes na face e no couro cabeludo. O produto de secreção das glândulas sebáceas, o sebo, é uma mistura oleosa, semelhante a uma cera, que facilita a manutenção da textura da pele e a flexibilidade dos pelos. As glândulas sebáceas são apêndices dos folículos pilosos e seus ductos se abrem no terço superior dos folículos pilosos, onde eles liberam seu produto de secreção de modo a recobrir as hastes dos pelos e, finalmente, a superfície da pele. Em relação ao modo de liberação de seu produto de secreção, as glândulas sebáceas são consideradas holócrinas.

Os pelos são estruturas queratinizadas e pigmentadas por melanina que se projetam na superfície da pele. Os folículos pilosos são os órgãos formadores dos pelos e, como as glândulas, também originam de invaginações da epiderme que invadem a derme. A porção basal expandida do folículo piloso é denominada raiz que contém as células que se proliferam determinando o crescimento do pelo.

LÂMINA: PELE FINA (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 10 e 40 observe na derme folículos pilosos (Fpi), glândulas sebáceas (Gse) e glândulas sudoríparas (Gsu).

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TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO

PRÁTICA 11: TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO

INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo denso possui predominância acentuada de fibras colágenas formadas por colágeno tipo I e, por isso, trata-se de um tecido muito resistente às forças de tração. O tecido conjuntivo denso modelado possui as fibras colágenas paralelas umas às outras. Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta a trações exercidas somente num determinado sentido. Os tendões, ligamentos e aponeuroses representam exemplos típicos de tecido denso modelado. Os tendões, por exemplo, são estruturas cilíndricas alongadas que ligam os músculos esqueléticos aos ossos. Devido à sua riqueza em fibras colágenas, são brancos e inextensíveis. São formados por feixes de fibras colágenas que se orientam no mesmo sentido das forças que lhe são aplicadas. Por entre os feixes de fibras colágenas existem fibroblastos, também denominados células tendinosas, e pequena quantidade de substância fundamental. O tendão é pouco vascularizado e possui baixa taxa metabólica, necessitando de um tempo maior para a síntese de colágeno, aumentando dessa forma o tempo de recuperação após a ocorrência de lesões.

LÂMINA: TENDÃO (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 10 e 40 observar a grande quantidade de fibras colágenas dispostas paralelamente e os fibroblastos.

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PRÁTICA 12: TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO

INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo denso não modelado possui as fibras colágenas em feixes arranjados sem orientação fixa. Nesse tecido, as fibras colágenas formadas por colágeno tipo I formam uma trama tridimensional, o que confere ao tecido certa resistência às trações exercidas em qualquer direção. O conjuntivo denso não modelado é encontrado, por exemplo, na derme profunda da pele, nas cápsulas articulares, nas cápsulas que envolvem vários órgãos internos como o coração, os rins, o fígado, os testículos e os linfonodos, nas válvulas cardíacas e revestindo ossos e cartilagens.

MATERIAL

1) Lâmina: PELE FINA (HE). 2) Microscópio.

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 10 e 40 observar a grande quantidade de fibras colágenas dispostas aleatoriamente e os fibroblastos.

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PRÁTICA 13: TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO

INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo elástico é formado por feixes paralelos de fibras elásticas. A riqueza em fibras elásticas confere ao tecido elástico sua cor amarela típica e uma grande elasticidade. O tecido elástico é pouco frequente, sendo encontrado, por exemplo, nos pulmões e nas grandes artérias denominadas artérias elásticas.

MATERIAL

1) Lâmina: ARTÉRIA DE GRANDE CALIBRE (VERHOEFF). 2) Microscópio.

PROCEDIMENTO

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PRÁTICA 14: TECIDO CONJUNTIVO FROUXO

INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo frouxo é um tecido conjuntivo muito comum. Ele preenche o espaço entre as fibras musculares, serve de apoio para os epitélios das membranas mucosas e serosas, forma uma camada em torno dos vasos sanguíneos e linfáticos e é encontrado na derme superficial. O tecido conjuntivo frouxo contém todos os elementos estruturais típicos do conjuntivo propriamente dito. As células mais comuns são os fibroblastos, macrófagos, mastócitos e plasmócitos. Não há predomínio acentuado de nenhum tipo de fibra, ou seja, fibras colágenas (formadas por colágeno do tipo I), fibras elásticas e fibras reticulares estão presentes em quantidades equivalentes. No entanto, as fibras reticulares não podem ser observadas pois são extremamente finas e devem receber uma coloração específica para a sua observação.

O tecido conjuntivo frouxo é o tecido que se coloca abaixo dos epitélios dos tratos digestivo e respiratório, e é nesse tecido que o organismo ataca, em primeiro lugar, os antígenos, as bactérias e outros invasores. Deste modo, o tecido conjuntivo frouxo contém muitas células de defesa como os macrófagos que realizam fagocitose e os plasmócitos que produzem anticorpos. Também estão presentes células responsáveis pela reação alérgica e inflamatória como os mastócitos. Outras células, que originalmente circulam na corrente sanguínea, como os neutrófilos e os eosinófilos, penetram no tecido conjuntivo em resposta a uma agressão tecidual.

O peritônio é uma membrana serosa do corpo e, portanto, formado por epitélio pavimentoso simples (mesotélio) e tecido conjuntivo frouxo abaixo. O peritônio é dividido em peritônio parietal e peritônio visceral. O peritônio parietal reveste a parede interna da cavidade abdominal. Já o peritônio visceral recobre alguns órgãos situados no interior da cavidade abdominal. O estreito espaço entre as partes parietal e visceral do peritônio, contendo um líquido seroso lubrificante, é chamado cavidade peritoneal. Ao contrário das outras membranas serosas, pericárdio e pleuras, que revestem de modo regular o coração e os pulmões, o peritônio contém grandes dobras que envolvem os órgãos internos e que formam o peritônio visceral. Essas dobras ligam os órgãos uns aos outros e os órgãos às paredes da cavidade abdominal. Elas também contêm vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos que suprem os órgãos abdominais. Existem quatro dobras peritoneais principais: omento maior, omento menor, mesocolo e mesentério.

LÂMINA: MESENTÉRIO - MASTÓCITOS (AZUL DE TOLUIDINA - FUCSINA).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 10 observar os mastócitos e as fibras colágenas.

2) Nas objetivas 40 e 100 observar fibra colágena, fibra elástica e mastócitos.

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TECIDO ADIPOSO

PRÁTICA 15: TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR E MULTILOCULAR

INTRODUÇÃO

As células do tecido adiposo unilocular (gordura branca ou amarela) são células grandes que armazenam gordura na forma de uma única e grande gota, que cresce tanto que empurra o citoplasma e o núcleo para a periferia, de encontro à membrana plasmática. O tecido adiposo unilocular é intensamente suprido com vasos sanguíneos que são conduzidos por septos de tecido conjuntivo que penetram no tecido envolvendo cada célula adiposa. O tecido adiposo unilocular é o maior depósito de energia do corpo. Localizado embaixo da pele, o tecido adiposo unilocular modela a superfície sendo, em parte, responsável pelas diferenças de contorno entre o corpo da mulher e do homem. Forma também coxins absorventes de choques, principalmente na planta dos pés e na palma das mãos. Como as gorduras são más condutoras de calor, o tecido adiposo contribui para o isolamento térmico do organismo. A coloração branca deste tipo de tecido adiposo se deve à gordura armazenada nas células, no entanto, se a dieta for especialmente rica em nutrientes contendo carotenoides, este tecido adiposo terá uma cor amarela. Praticamente todo o tecido adiposo presente no adulto é do tipo unilocular.

As células adiposas do tecido adiposo multilocular (gordura parda) contrastam com as células do tecido adiposo unilocular uniloculares em vários aspectos. Primeiro, as células do tecido adiposo multilocular são menores e armazenarem gordura em muitas gotículas pequenas. Além disso, o núcleo da célula adiposa multilocular é esférico e não é empurrado contra a membrana plasmática, permanecendo no centro da célula. O tecido adiposo multilocular está associado com a produção de calor no corpo. As células multiloculares podem oxidar os ácidos graxos aumentando muito a produção de calor no corpo. A oxidação dos ácidos graxos leva à produção de calor (e não de ATP) devido a presença da termogenina, uma proteína transmembrana localizada na membrana interna das mitocôndrias das células adiposas multiloculares. O tecido adiposo multilocular possui uma coloração parda por causa de sua rica vascularização e porque suas células contêm muito mais mitocôndrias do que as células uniloculares. Não está bem claro se esse tipo de tecido adiposo existe nos adultos. No recém-nascido, ele é encontrado na região do pescoço e na região abdominal.

LÂMINA: TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR E MULTILOCULAR (HE)

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar o tecido adiposo unilocular e multilocular e septos de tecido conjuntivo penetrando no tecido adiposo unilocular.

2) Na objetiva 40 observar o tecido adiposo unilocular e indicar núcleo da célula adiposa unilocular e núcleo de fibroblasto.

3) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 40 e indique as estruturas observadas.

4) Na objetiva 40 observar o tecido adiposo multilocular e indicar núcleo da célula adiposa multilocular, núcleo de fibroblasto e várias gotículas de gordura no citoplasma.

5) Faça um esquema da imagem produzida pela objetiva 40 e indique as estruturas observadas. 6) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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TECIDO CARTILAGINOSO

PRÁTICA 16: CARTILAGEM HIALINA

INTRODUÇÃO

A cartilagem hialina é a cartilagem mais comum do corpo. Ela está localizada no nariz, na laringe, nos anéis da traqueia e dos brônquios oferecendo suporte a estes órgãos. Ocorre também nas extremidades ventrais das costelas onde se articulam com o esterno e nas cartilagens articulares das articulações sinoviais, onde absorve choques e evita desgaste ósseo. Forma o esqueleto fetal e constitui os discos epifisários dos ossos longos participando de seu crescimento.

A nutrição da cartilagem hialina ocorre a partir dos vasos sanguíneos do pericôndrio, uma membrana formada por tecido conjuntivo denso não modelado que reveste quase todas as peças de cartilagem hialina. O pericôndrio também serve como fonte de novas células da cartilagem, participando do seu crescimento.

Três tipos de células estão relacionados com a cartilagem: células condrogênicas, condroblastos e condrócitos. As células condrogênicas estão localizadas na camada celular do pericôndrio e são células ainda indiferenciadas podendo se multiplicar por mitoses e se diferenciar em condroblastos. Os condroblastos são células que sintetizam intensamente a matriz cartilaginosa e conforme sintetizam a matriz ficam aprisionados pela própria matriz que eles mesmos sintetizaram e neste momento passam a ser chamados de condrócitos. Os condrócitos não possuem grande atividade de síntese de matriz cartilaginosa e apenas mantém uma pequena atividade de síntese. Durante o processo de elaboração das lâminas histológicas os condrócitos sofrem retração, e como a matriz é um tecido rígido, eles ficam menores do que os espaços por eles ocupados na matriz. Assim, quando observados na microscopia, são referidos como condrócitos no interior de lacunas.

A matriz extracelular da cartilagem hialina, como acontece no tecido conjuntivo propriamente dito, é constituída por substância fundamental e pelas fibras. A substância fundamental da cartilagem é também formada por glicosaminoglicanas (GAGs), proteoglicanas e por glicoproteínas adesivas. A matriz da cartilagem hialina é rica em fibras colágenas formadas por colágeno do tipo II. Diferentemente das fibras colágenas formadas por colágeno tipo I, as fibras colágenas formadas por colágenos tipo II não são observadas na microscopia óptica.

LÂMINA: TRAQUEIA (HE)

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar o pericôndrio e a matriz extracelular da cartilagem hialina com vários condrócitos no interior de lacunas.

2) Na objetiva 40 observar o pericôndrio com células condrogênicas, condroblastos, condrócitos dentro de lacunas e grupos isógenos.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 10 e 40 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 17: CARTILAGEM ELÁSTICA

INTRODUÇÃO

Além de conter os componentes normais da matriz da cartilagem hialina, a matriz da cartilagem elástica contém uma densa rede de fibras elásticas ramificadas.

A cartilagem elástica está localizada na orelha externa, nas tubas auditivas externa e interna e na epiglote (cartilagem epiglótica). Em todas essas localizações, a cartilagem elástica é circundada por um pericôndrio semelhante àquele encontrado ao redor das cartilagens hialinas. A cartilagem elástica também possui as mesmas células encontradas na cartilagem hialina, sendo também encontrados os grupos isógenos, porém os condrócitos da cartilagem elástica são mais numerosos e maiores e por isso, os grupos isógenos são mais facilmente observados na microscopia. Além disso, a cartilagem elástica passa pelos mesmos processos de crescimento da cartilagem hialina (aposicional e intersticial) e possui a mesma dificuldade de regeneração em caso de lesões. Por outro lado, a cartilagem elástica está menos sujeita a processos degenerativos e não sofre calcificação durante o processo de envelhecimento.

LÂMINA: ORELHA (VERHOEFF)

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar o pericôndrio, matriz extracelular da cartilagem elástica com vários condrócitos no interior de lacunas e fibras elásticas.

2) Na objetiva 40 observar o pericôndrio com células condrogênicas, condroblastos, condrócitos dentro de lacunas, grupos isógenos e fibras elásticas.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 10 e 40 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 18: CARTILAGEM FIBROSA

INTRODUÇÃO

A cartilagem fibrosa, ou fibrocartilagem, é uma combinação entre tecido conjuntivo denso modelado e cartilagem hialina tendo, além das fibras colágenas formadas por colágeno do tipo II comumente encontradas nas cartilagens, fibras colágenas formadas por colágeno do tipo I comumente encontradas no tecido conjuntivo propriamente dito. Os condrócitos estão localizados por entre as fibras colágenas isoladamente ou em fileiras. As cartilagens fibrosas não possuem pericôndrio e, por isso, só podem realizar o crescimento intersticial.

A cartilagem fibrosa é encontrada nos discos intervertebrais, nos discos das articulações esterno-clavicular e temporo-mandibular (ATM), nos meniscos da articulação do joelho e na sínfise púbica. Essas cartilagens, como não são revestidas pelo pericôndrio, são nutridas pelo líquido sinovial. No caso da cartilagem fibrosa dos discos intervertebrais, que não é banhada pelo líquido sinovial, depende de um processo de difusão dos tecidos vizinhos, para receber substâncias nutritivas. A presença de cartilagem fibrosa nesses locais indica a importante função desse tecido de oferecer resistência às forças de compressão.

LÂMINA: MENISCO (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar vários condrócitos no interior de lacunas e fibras colágenas na matriz extracelular. 2) Na objetiva 40 observar condrócitos dentro de lacunas, grupos isógenos, fibras colágenas na matriz extracelular e ausência de pericôndrio na superfície da cartilagem.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 10 e 40 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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TECIDO ÓSSEO

PRÁTICA 19: OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

INTRODUÇÃO

A maioria dos ossos planos do crânio é formada por ossificação intramembranosa que ocorre num tecido mesenquimal ricamente vascularizado. As células mesenquimais começam a sofrer uma série de divisões celulares, porém as células produzidas por essas divisões não são mais células mesenquimais e sim osteoblastos. Esses osteoblastos se colocam em posição formando uma membrana que delimita um espaço interno e iniciam a síntese de matriz óssea para o lado de dentro dessa membrana de osteoblastos, daí o nome ossificação intramembranosa. Essa região de formação óssea é um centro de ossificação. O osso primário inicialmente formado, denominado osteoide, sofre calcificação ao mesmo tempo em que alguns osteoblastos se tornam aprisionados pela matriz óssea e se transformam em osteócitos. A atividade mitótica contínua das células mesenquimais proporciona uma fonte constante de osteoblastos. Vários centros de ossificação são formados, que se fundem entre si para formar, no final do processo, um osso único. As fontanelas (moleiras) observadas entre os ossos frontal e parietal de um recém-nascido são regiões de mesênquima que ainda não sofreram ossificação.

LÂMINA: OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar a cavidade nasal e o osso frontal em formação.

2) Na objetiva 40 observar osso primário com osteócitos no interior de lacunas dentro de lacunas, vasos sanguíneos e osteoblasto na superfície. No mesênquima observar também vasos sanguíneos e células mesenquimais. 3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 10 e 40 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 20: OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

INTRODUÇÃO

O disco epifisário possui um papel chave no alongamento ósseo durante o crescimento com participação do hormônio de crescimento humano (hGH). Esse processo de crescimento ósseo inicia no lado epifisário do disco epifisário, com a atividade dos condrócitos. Sob influência do hGH, esses condrócitos se dividem por mitose formando a zona de cartilagem seriada e depois ainda aumentam de volume formando a zona de cartilagem hipertrófica provocando um aumento da largura do disco epifisário. A medida que nova cartilagem se forma no lado epifisário do disco epifisário, condrócitos no lado diafisário morrem formando a zona de cartilagem calcificada Osteoblastos e vasos sanguíneos invadem a zona de cartilagem calcificada formando a zona de ossificação onde a cartilagem calcificada será gradativamente substituída por ossso.

LÂMINA: OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL (TRICÔMICO DE MASSON).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 4 observar zona de ossificação do centro primário, disco epifisário, zona de ossifocação do centro secundário e cartilagem articular.

2) Na objetiva 40 observar no disco epifisário as quatro zonas de cartilagem: zona de cartilagem normal, zona de cartilagem seriada, zona de cartilagem hipertrófica e zona de cartilagem calcificada.

3) Na objetiva 100 observar na zona de ossificação do centro primário ou na zona de ossificação do centro secundário, osteoclasto, osteoblastos, cartilagem calcificada, osteoide, osso primário, osteócitos no interior do osso primário e glóbulos vermelhos no interior de vasos sanguíneos.

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PRÁTICA 21: SISTEMAS DE HAVERS EM OSSO SECUNDÁRIO

INTRODUÇÃO

O osso secundário é um osso maduro constituído de lamelas. Os osteócitos, no interior de suas lacunas, estão localizados geralmente entre as lamelas. Além de ser mais calcificada, a matriz do osso secundário, diferentemente do que ocorre no osso primário, não possui as fibras colágenas distribuídas aleatoriamente. Dentro de uma mesma lamela, as fibras colágenas são todas paralelas entre si, porém são perpendiculares às fibras colágenas das lamelas vizinhas. Essa distribuição das fibras colágenas que se alternam em ângulo de 90 graus entre uma lamela e outra, aumenta a resistência do osso, lembrando a disposição das barras de aço incorporadas ao concreto reforçado de uma construção civil.

Os sistemas de Havers são cilindros constituídos de lamelas concentricamente arrumadas ao redor de um canal chamado canal de Havers por onde passam vasos sanguíneos e nervos. Canais de Havers de sistemas de Havers vizinhos estão conectados um ao outro por canais de Volkmann que também possuem vasos sanguíneos e nervos e estão orientados perpendicularmente aos canais de Havers. Os canais de Volkmann também ligam os canais de Havers aos vasos sanguíneos do periósteo e aos vasos sanguíneos da cavidade medular.

Um dos problemas de um tecido que possui uma matriz calcificada como é a matriz óssea é de não permitir a difusão de nutrientes. Dificilmente os nutrientes que circulam no interior dos vasos sanguíneos localizados nos canais de Havers e de Volkmann chegariam aos osteócitos se dependessem apenas de difusão pela matriz óssea. Assim, os osteócitos adquiriram prolongamentos citoplasmáticos e esses prolongamentos produzem na matriz óssea os chamados canalículos. Os prolongamentos dos osteócitos localizados próximos aos canais de Havers e de Volkmann atingem os vasos sanguíneos desses canais. Os prolongamentos de osteócitos mais distantes se comunicam por junções abertas com os prolongamentos de osteócitos mais próximos desses canais e assim os nutrientes podem atingir todos os osteócitos sem necessitar de difusão pela matriz.

LÂMINA: OSSO COMPACTO DESCALCIFICADO (HE) – SISTEMA DE HAVERS.

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 04 observar diferentes sistemas de Havers ou ósteon distribuídos pelo osso. 2) Na objetiva 10 observar nos sistemas de Havers canal de Havers, canal de Volkman e lacunas. 3) Na objetiva 40 observar canal de Havers, lacunas e canalículos.

4) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 10 e 40 e indique as estruturas observadas. 5) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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TECIDO SANGUÍNEO

PRÁTICA 22: ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE

INTRODUÇÃO

O sangue é um fluido levemente alcalino (pH 7,4), é responsável por aproximadamente 8% do peso corporal tendo um volume total de aproximadamente 5 L em um adulto normal. O sangue é constituído pelo plasma e pelos elementos figurados representados pelas hemácias (ou eritrócitos), leucócitos e plaquetas.

Os eritrócitos são as menores e as mais numerosas células do sangue (em torno de 5 milhões por µL de sangue) não possuindo núcleo e nem organelas e sendo responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono.

Os leucócitos são classificados em dois grupos: (1) os granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) os quais possuem grânulos específicos em seu citoplasma e (2) os agranulócitos (monócitos e linfócitos) os quais não possuem grânulos específicos em seu citoplasma. Tanto os granulócitos quanto os agranulócitos possuem grânulos inespecíficos que são seus lisossomas. O número de leucócitos é muito menor do que o de eritrócitos sendo encontrado entre 6.500 e 10.000 leucócitos por µL de sangue.

Os neutrófilos compreendem aproximadamente 65% dos leucócitos e possuem núcleo dividido em vários lóbulos. Nas mulheres, o núcleo apresenta um apêndice característico em formato de baqueta de tambor, o qual contém o segundo cromossoma X, inativo e condensado denominado corpúsculo de Barr ou cromatina sexual, porém nem sempre se encontra evidente.

Os eosinófilos constituem aproximadamente 3% do total de leucócitos do sangue e possuem um núcleo bilobulado. Os grânulos específicos se coram intensamente em tonalidade avermelhada pela coloração Rosenfeld. Os basófilos constituem aproximadamente 1% do total de leucócitos e possuem um núcleo em forma de S, o qual está frequentemente encoberto pelos grânulos que se coram com uma tonalidade que varia do azul-escuro ao preto com a coloração Rosenfeld.

Os monócitos são as maiores células circulantes do sangue, constituem aproximadamente 6% dos leucócitos, possuem um grande núcleo em forma de rim e seu citoplasma cora-se em azul-acinzentado.

Os linfócitos compreendem aproximadamente 25% dos leucócitos e são células um pouco maiores do que os eritrócitos e possuem um núcleo arredondado que ocupa quase todo o citoplasma da célula.

As plaquetas são pequenos fragmentos celulares anucleados em forma de disco, derivados de megacariócitos da medula óssea e são encontradas aproximadamente entre 250.000 e 400.000 plaquetas por µL de sangue.

LÂMINA: ESFREGAÇO DE SANGUE HUMANO (ROSENFELD).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 100 observar e indicar eritrócitos, plaquetas, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos. 4) Faça um esquema das células e das plaquetas observadas na imagem produzida pela objetivas 100.

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TECIDO MUSCULAR

PRÁTICA 23: MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

INTRODUÇÃO

O músculo estriado esquelético está fixado aos ossos e é responsável pelo movimento do esqueleto e pela manutenção da posição e da postura do corpo. O músculo estriado visceral é histologicamente idêntico ao músculo estriado esquelético, porém está ligado a tecidos moles e não ao esqueleto como, por exemplo, os músculos da língua, da faringe, do diafragma, da porção superior do esôfago e de alguns esfíncteres como o esfíncter externo da uretra e o externo do ânus.

O sarcoplasma da fibra muscular esquelética é repleto de miofibrilas facilmente observadas quando as fibras são cortadas transversalmente. As miofibrilas são formadas por sequência de sarcômero. Cada sarcômero, por sua vez, é constituído por conjuntos de filamentos finos e grossos que se distribuem de tal modo ao longo de todo o comprimento da fibra muscular que faz com que a fibra muscular, quando visualizada em corte longitudinal, apresente faixas claras e escuras dispostas alternadamente, denominadas estriações.

Os tecidos conjuntivos relacionados ao músculo esquelético são o endomísio, o perimísio e o epimísio. O endomísio é uma camada delicada de tecido conjuntivo frouxo que circunda cada fibra muscular. Apenas vasos sanguíneos de pequeno diâmetro e axônios de neurônios estão presentes no endomísio correndo paralelamente com as fibras musculares. O perimísio é uma camada de tecido conjuntivo mais espessa que circunda um grupo de fibras musculares para formar um feixe ou fascículo. Vasos sanguíneos mais calibrosos e nervos seguem seu curso no perimísio. O epimísio é formado de tecido conjuntivo denso que circunda o músculo. O principal suprimento vascular e nervoso do músculo penetra nele pelo epimísio.

LÂMINA: MÚSCULO DA LÍNGUA (HEMATOXILINA FÉRRICA).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observar a mucosa do dorso da língua com as papilas linguais, o epitélio e a lâmina própria. Observar os feixes de fibras em corte longitudinal e os feixes de fibras em corte transversal inseridos na lâmina própria.

2) Nas objetivas 40 e 100 observar as estriações nas fibras cortadas longitudinalmente e as miofibrilas nas fibras cortadas transversalmente, o perimísio que separa o feixe de fibras em corte longitudinal do feixe de fibras em corte transversal, o endomísio que reveste individualmente as fibras de um feixe, o núcleo de fibroblastos localizados tanto no perimísio como no endomísio e o núcleo das fibras musculares esqueléticas localizados na periferia da fibra muscular.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 40 e 100 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 24: MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO

INTRODUÇÃO

O músculo estriado cardíaco difere do músculo estriado esquelético e do músculo liso por ter a capacidade de se contrair por si próprio e independente do sistema nervoso. Um sistema de células musculares cardíacas modificadas, denominadas células auto-rítmicas, é responsável pela contração do coração.

Comparadas às fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares cardíacas têm menor comprimento, maior diâmetro e não são tão circulares na secção transversa. São ramificadas, o que dá, às fibras individuais, aparência de um Y. Cada célula muscular cardíaca possui um único e grande núcleo central de formato oval, embora algumas células possam apresentar dois núcleos.

As células musculares cardíacas formam junções altamente especializadas, denominadas discos intercalares, que unem uma célula à outra através de suas extremidades. Os discos intercalares possuem grande quantidade de desmossomas que mantem unidas as fibras musculares cardíacas e de junções comunicantes (junções abertas ou gap junctions) que permitem um fluxo rápido de potenciais de ação de uma célula para outra.

LÂMINA: CORAÇÃO – DISCO INTERCALAR (HEMATOXILINA FÉRRICA).

PROCEDIMENTO

1) Na objetiva 10 diferencie a região de corte transversal das fibras da região de corte longitudinal das fibras. 2) Nas objetivas 40 e 100 identifique, na região de corte longitudinal das fibras, o local de ramificação da fibra, as estriações, o núcleo das fibras musculares cardíacas, capilares sanguíneos e disco intercalares.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 40 e 100 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

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PRÁTICA 25: MÚSCULO LISO

INTRODUÇÃO

O músculo liso é formado por feixes de células fusiformes com as extremidades afiladas. O músculo liso está presente nas paredes de vasos sanguíneos, na parede de vísceras ocas, como o estômago, intestinos, útero, bexiga urinária, no trato respiratório, no músculo eretor dos pelos, nos músculos da íris que ajustam o diâmetro pupilar e no corpo ciliar que ajusta o foco do cristalino.

Igualmente às células musculares cardíacas, as células musculares lisas se conectam por junções comunicantes, permitindo que o impulso elétrico possa passar de uma célula para outra produzindo, desse modo, uma atividade de contração coordenada da musculatura lisa.

A célula muscular lisa possui um único núcleo localizado no centro da célula. Quando a célula está contraída ele tem um aspecto de saca-rolha e quando a célula está relaxada, o núcleo é visto como uma estrutura alongada em corte longitudinal. Já em corte transversal, o núcleo é visto como uma estrutura de forma circular.

LÂMINA: INTESTINO DELGADO - DUODENO (HE).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 diferencie a região de corte transversal das fibras da região de corte longitudinal das fibras. 2) Na objetiva 40 identifique, na região de corte transversal das fibras o núcleo circular e, na região de corte longitudinal da fibra o núcleo alongado.

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PRÁTICA 26: MEDULA ESPINHAL

INTRODUÇÃO

A medula espinhal localizada no canal vertebral é protegida pelas vértebras e é circundada por três membranas de tecido conjuntivo denominadas meninges, dura-máter, aracnoide e piamáter. A medula espinhal verdadeiramente flutua no líquido cefalorraquidiano (LCR) que ocupa o espaço entre as duas meninges internas denominado espaço subaracnoideo. No interior da medula espinhal, o LCR também circula no canal central.

Em corte transversal, a medula espinhal exibe uma substância branca externa e uma substância cinzenta interna com forma da letra H. A substância branca é um agregado de axônios mielinizados de muitos neurônios, embora contenha também células da neuroglia e vasos sanguíneos, mas nunca corpo celular de neurônio. Esses axônios viajam de uma região a outra agrupados em feixes denominados tratos. A cor esbranquiçada da mielina dá à substância branca o seu nome. Já a substância cinzenta contém corpos celulares neuronais, dendritos, axônios, terminais axônicos, células da neuroglia e vasos sanguíneos. As sinapses ocorrem apenas nas regiões de substância cinzenta que tem essa cor por conter pouca ou nenhuma mielina.

LÂMINA: MEDULA ESPINHAL (NITRATO DE PRATA).

PROCEDIMENTO

1) Nas objetivas 4 e 10 observe as regiões de substância branca e de substância cinzenta, a dura-máter e a aracnoide fundidas, a pia-máter aderida no tecido nervoso da medula espinal, o espaço subaracnóideo, o canal central e a fissura mediana ventral.

2) Nas objetivas 40 e 100 observe na região de substância cinzenta, os corpos celulares de neurônios com dendritos e axônio e as células ependimárias que revestem o canal central.

3) Nas objetivas 40 e 100 observe na região de substância branca, os axônios envolvidos pela bainha de mielina formada pelo oligondendrócito.

3) Faça um esquema da imagem produzida pelas objetivas 04 e 100 e indique as estruturas observadas. 4) Compare as observações realizadas em sala de aula com as fotomicrografias apresentadas no atlas.

Referências

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