Rentabilidade do Setor Elétrico Brasileiro
Rentabilidade do Setor Elétrico Brasileiro
Estudo Completo
Estudo Completo
Fevereiro de 2006
Realização
Stern
Stern
Stewart
Stewart
& Co.
& Co.
VALUE ADVISORS
VALUE ADVISORS
Stern
Stern
Stewart
Stewart
& Co.
& Co.
VALUE ADVISORS
VALUE ADVISORS
New York Johannesburg London Munich Tokyo Milan Melbourne Sao Paulo Beijing Singapore Mumbai Bangkok New York Johannesburg London Munich Tokyo Milan Melbourne Sao Paulo Beijing Singapore Mumbai Bangkok
Apoio
Índice
Índice
1.
Sumário Executivo
2.
Introdução
3.
Amostra e Metodologia
4.
Desempenho econômico 1998 -2004
5.
Comparação com o desempenho econômico em outros mercados
6.
Desempenho na BOVESPA no período 1998 -2004
7.
Conclusões
8.
Apêndices
Introdução
Introdução
O setor de energia elétrica é de fundamental importância no desenvolvimento do país. Desempenha
papel decisivo na cadeia produtiva e impacta diretamente o bem-estar da população.
De acordo com a Aneel, o mercado de energia elétrica apresenta um crescimento em torno de 4,5%
ao ano, devendo ultrapassar a casa dos 100 mil MW em 2008. Estudos demonstram a necessidade de investir cerca de US$ 6 a 7 bilhões por ano para expansão da matriz energética brasileira para atender o crescimento da economia. Daí a necessidade de se garantir estabilidade no marco regulatório e rentabilidade adequada dos investimentos, de modo a permitir novos aportes no setor.
Com a privatização do setor, os investidores passaram o imprimir maior dinamismo às empresas,
buscando otimizar o emprego do capital no cumprimento dos cronogramas de investimentos estabelecidos. Mas, para que isto continue ocorrendo, é imprescindível garantir uma atratividade mínima.
A atratividade mínima está ligada ao lucro econômico do negócio. Para obter lucro econômico um
empreendimento deve ser capaz de remunerar adequadamente seus acionistas. E um investidor que aplica seu dinheiro no setor espera uma remuneração compatível com o risco incorrido.
Em 2004, as empresas da CBIEE tiveram R$40 bilhões de receita líquida. O grupo apresentou R$21
bilhões de capital social de acionistas e em torno de R$35 bilhões em empréstimos. Apesar dos lucros apresentados no período pós-racionamento, houve destruição de valor no setor de energia no período de 1998 a 2004, isto é, o nível de lucro ainda não foi suficiente para cobrir o custo de oportunidade do capital investido.
Em função deste cenário, a Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica – CBIEE
solicitou à Stern Stewart&Co um estudo que revelasse a rentabilidade das empresas privadas no
setor de energia elétrica brasileiro no período de 1998 a 2004.
O conceito de
O conceito de
Economic
Economic
Value
Value
Added
Added
(EVA
(EVA
®
®
)
)
EVA®= Lucro Operacional menos um Encargo pelo uso do Capital (custo de oportunidade)
Receita 1.000
- Despesas Operacionais 400
- IR @ 30% 180
= Lucro Operacional 420
Capital 2.000
Custo de Capital x 15%
- Encargo de Capital 300
= EVA® 120
Receita Despesas operac. e impostos EVA® = Encargo de Capital Lucro Operacio nal 1.000 580 420 300 120 -Ilustrativo Resultado operacional após impostos Resultado operacional após impostos
Figura I: Break-Down Ilustrativo do EVA
Custo de Oportunidade do Investimento
Custo de Oportunidade do Investimento
EVA® é uma estimativa de Lucro Econômico depois de subtrair todas as despesas operacionais,
Capital Empregado
Capital Empregado
Gráfico I: Build up do Capital empregado
Cap. Giro 10,4
Outros LP 10,4 17,2
Imobilizado 27,6 36,8
Ajustes EVA 64,4 8,9
Capital 73,4
Build up - Capital Empregado 2004 (R$ bilhões)
10,4
17,2
36,8
8,9
73,4
Cap. Giro Outros LP Imobilizado Ajustes EVA Capital
O setor de energia elétrica apresenta
intenso uso de capital produtivo.
65% do capital empregado é composto por
ativos fixos e capital de giro líquido.
Outros itens importantes no capital são o
ativo fiscal (prejuízo acumulado) e o ativo regulatório dos reajustes tarifários.
Capital Empregado Médio (R$ bilhões)
29
42
52
61
73 77 74
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
CAGR: 17%
Gráfico II: Capital empregado médio
O capital empregado teve um crescimento
médio de 17% ao ano, refletindo os investimentos produtivos, o crescimento do ativo regulatório e o acúmulo de prejuízo fiscal gerados no período.
Análise do setor pelo EVA
Análise do setor pelo EVA
O EVA mede a rentabilidade econômica sob a perspectiva interna da companhia, isto é, com base no
seu resultado operacional.
Os EVAs das empresas CBIEE são negativos por todo o período analisado.
O EVA acumulado (soma simples) indica uma perda econômica total de R$55 bilhões. Se corrigirmos
as perdas acumuladas pelo custo de capital, a destruição de valor foi ainda maior, da ordem de R$ 94 bilhões.
Gráfico IV: EVA acumulado Gráfico III: EVA anual
EVA® Anual (R$ bilhões)
(7,1)
(13,1) (13,2)
(5,3) (6,4)
(7,8) (2,6)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
EVA® Acumulado (R$ bilhões)
(2,6) (10,5)
(16,8)
(22,1)
(35,3)
(48,4)
(55,5)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Spread histórico de rentabilidade do setor
Spread histórico de rentabilidade do setor
EVA = (ROIC
1– WACC
2) x Capital Empregado
O retorno sobre o capital foi afetado pelas crises do setor em 1999 e 2002 (reflexo da crise de 2001),
ao passo que o custo de capital foi afetado pelas condições macroeconômicas (risco país e inflação).
Entretanto, observamos uma tendência positiva de recuperação dos retornos relativos nos períodos
subseqüentes às crises.
Recuperação Recuperação
Gráfico V: Análise Spread EVA
(1) ROIC = Return on Invested Capital (2) WACC = Weighted Average Cost of Capital
ROIC (Retorno s/ Capital) e Custo de Capital
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 ROIC WACC
Spread histórico de rentabilidade do setor
Spread histórico de rentabilidade do setor
Gráfico VI: Ilustração de Spread EVA positivo Gráfico VII: Spread EVA
ROIC (Retorno s/ Capital) e Custo de Capital
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ROIC WACC
Um setor economicamente rentável apresenta
retornos iguais ou superiores ao mínimo exigido tendo em vista o risco do setor.
Entretanto, o setor de energia elétrica apresenta
um cenário oposto, onde a rentabilidade fica em média 10 pontos percentuais abaixo do nível mínimo exigido.
Um investidor racional não investiria seu dinheiro em ações (risco alto) para obter uma rentabilidade igual à da renda fixa.
Retorno sobre capital ≥Custo de Capital Retorno sobre capital < Custo de Capital
Spread Positivo (Superávit)
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Análise Comparativa
Análise Comparativa
O Spread (ROIC – WACC)
representa o EVA em relação ao tamanho do capital.
Teoricamente, mercados regulados
devem buscar uma rentabilidade igual à mínima exigida pelo setor, o que indica que não existem ganhos em excesso.
A análise da rentabilidade de outros
mercados mostra spreads próximos do zero, o que pode indicar que o capital tem uma remuneração compatível com o risco do negócio (variando entre spreads positivos e negativos na amostra).
O spread da amostra brasileira é
inferior aos dos outros mercados.
EUA/Canadá Europa
Japão Amostra CBIEE América Latina
Spread (ROIC - Custo de Capital)
(20)% (15)% (10)% (5)% 0% 5%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Empresas CBIEE: ROIC semelhante + WACC mais elevado = EVA negativo
Performance em Bolsa
Performance em Bolsa
TSR
TSR
–
–
Total
Total
Shareholder
Shareholder
Return
Return
A performance interna (EVA) das empresas refletiu-se na perspectiva externa, ou seja, na rentabilidade
auferida pelos investidores sobre suas ações no período.
O desempenho das empresas de energia elétrica foi bem inferior ao do mercado acionário (utilizando-se
como base o IBX), com um TSR acumulado de 216% da CBIEE vs 511% do IBX.
TSR - Total Shareholder Return (Base 100)
100 200 300 400 500 600 700
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
CBIEE IBX
Crescimentto Médio 35% a.a.
Gráfico IX: TSR
Crescimento Médio 21% a.a.
MVA
MVA
–
–
Market
Market
Value
Value
Added
Added
O Market Value Added representa o valor global agregado líquido do investimento.
O valor de mercado de uma companhia (Dívida+Capital Próprio) também pode ser expresso em termos
de EVA®:
¾ Valor de Mercado = Capital + MVA, onde MVA = Soma dos valores presentes dos EVAs® futuros
esperados.
¾ Pode ser encarado como uma “fotografia” das projeções futuras de EVA em uma determinada data.
É um valor dinâmico, ou seja, muda conforme o capital e as perspectivas do mercado.
Figura II: Ilustração MVA
Valor de
Valor de
Mercado
Mercado
Total
Total
Capital
Capital
Empregado
Empregado
EVA®Futuro
EVA®Futuro
EVA®Futuro MVA > 0:
Valor presente dos EVAs esperados é positivo
MVA < 0:
MVA
MVA
–
–
Market
Market
Value
Value
Added
Added
Tabela I: Análise MVA
MVA (R$ bilhões) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Dívida Líquida 14,4 17,3 20,5 24,7 29,2 23,4 22,7 Valor de Mercado do Equity 8,9 14,5 16,3 16,5 12,4 20,4 28,2
(=) Valor de Mercado 23,3 31,8 36,7 41,2 41,7 43,8 50,9
(–) Capital Contábil 32,6 44,0 48,5 58,4 71,2 66,2 65,5
(=) MVA (9,4) (12,2) (11,7) (17,2) (29,5) (22,4) (14,6)
Gráfico X: MVA
O Valor de Mercado Adicionado (MVA) equivale
à diferença entre o capital investido na empresa (Capital operacional medido a valor contábil, utilizado no cálculo do EVA) e o seu valor de
mercado (Equity1 + Debt)
¾ O MVA representa o valor presente dos
EVAs futuros esperados pelas empresas
¾ Amostra das empresas da CBIEE listadas
em bolsa
Até 2004, o desempenho econômico esperado
não era suficiente para recuperar o investimento de capital feito no setor
Valor Presente dos Fluxos de EVA é negativo.
MVA - Valor de Mercado Adicionado
(14,6) (22,4)
(29,5) (17,2)
(11,7) (12,2)
(9,4)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Conclusões
Conclusões
O setor apresentou rentabilidade permanentemente negativa no período de 1998-2004;
¾ Apesar dos níveis de retorno sobre capital (ROIC) do setor serem semelhantes ao de empresas comparáveis de outras países, os mesmos não são suficientes para remunerar o capital, tendo em vista o risco associado ao setor no Brasil.
A perda econômica acumulada no período é de R$55 bilhões;
Dentre os mercados avaliados, o Brasil foi o que apresentou a pior geração de valor sobre o
investimento;
O EVA ainda é negativo, mas apresenta uma trajetória com perspectivas de reversão do cenário.
Gráfico VIII: Spread EVA outros mercados
Spread (ROIC - Custo de Capital)
(20)% (15)% (10)% (5)% 0% 5%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
EUA/Canadá Japão
América Latina Europa
Conclusões (cont.)
Conclusões (cont.)
Uma rentabilidade adequada dos investimentos é condição fundamental
para garantir a sustentabilidade do setor e de toda a economia brasileira
Rentabilidade
adequada ao
Custo de
Capital
Promove
os Investimentos
necessários
Gera
Empregos
Garante a
Infra-Estrutura
necessária para o
crescimento
Aumenta a
competitividade
do País
Índice
Índice
1.
Sumário Executivo
2.
Introdução
3.
Amostra e Metodologia
4.
Desempenho econômico 1998 -2004
5.
Comparação com o desempenho econômico em outros mercados
6.
Desempenho na BOVESPA no período 1998 -2004
7.
Conclusões
8.
Apêndices
Introdução
Introdução
O setor de energia elétrica é de fundamental importância no desenvolvimento do país. Desempenha
papel decisivo na cadeia produtiva e impacta diretamente o bem-estar da população.
De acordo com a Aneel, o mercado de energia elétrica apresenta um crescimento em torno de 4,5%
ao ano, devendo ultrapassar a casa dos 100 mil MW em 2008. Estudos demonstram a necessidade de investir cerca de US$ 6 a 7 bilhões por ano para expansão da matriz energética brasileira para atender o crescimento da economia. Daí a necessidade de se garantir estabilidade no marco regulatório e rentabilidade adequada dos investimentos, de modo a permitir novos aportes no setor.
Com a privatização do setor, os investidores passaram o imprimir maior dinamismo às empresas,
buscando otimizar o emprego do capital no cumprimento dos cronogramas de investimentos estabelecidos. Mas, para que isto continue ocorrendo, é imprescindível garantir uma atratividade mínima.
A atratividade mínima está ligado ao lucro econômico do negócio. Para obter lucro econômico um
empreendimento deve ser capaz de remunerar adequadamente seus acionistas. E um investidor que aplica seu dinheiro em certo setor espera uma remuneração compatível com o risco incorrido.
Em 2004, as empresas da CBIEE tiveram R$40 bilhões de receita líquida. O grupo apresentou R$21
bilhões de capital social de acionistas e em torno de R$35 bilhões em empréstimos. Apesar dos lucros apresentados no período pós-racionamento, houve destruição de valor no setor de energia no período de 1998 a 2004, isto é, o nível de lucro ainda não foi suficiente para cobrir o custo de oportunidade do capital investido.
Em função deste cenário, a Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica – CBIEE
solicitou à Stern Stewart&Co um estudo que revelasse rentabilidade das empresas privadas no setor
de energia elétrica brasileiro no período de 1998 a 2004.
Para isso, utilizou o conceito do Economic Value Added – EVA, uma medida mais completa que as
Índice
Índice
1.
Sumário Executivo
2.
Introdução
3.
Amostra e Metodologia
4.
Desempenho econômico 1998 -2004
5.
Comparação com o desempenho econômico em outros mercados
6.
Desempenho na BOVESPA no período 1998 -2004
7.
Conclusões
8.
Apêndices
O Setor de Energia Elétrica possui grande relevância
O Setor de Energia Elétrica possui grande relevância
Empresas da CBIEE em 2004:
¾
R$40 bilhões de Receita Líquida;
¾
Capital Empregado em 2004 de R$ 74 bilhões;
¾
Cerca de 40 mil empregos diretos;
¾
33 milhões de unidades atendidas;
¾
R$23,8 bilhões de capitalização na Bolsa de Valores.
Investimentos necessários: US$6 a US$7 bilhões/ano para expansão da matriz energética
brasileira para atender o crescimento da economia.
Introdução ao conceito de EVA
Introdução ao conceito de EVA
Conforme mencionado anteriormente, analisamos a rentabilidade passada do setor através do EVA®, ou
Economic Value Added, uma métrica de desempenho econômico desenvolvida na década de 80 pela Stern Stewart & Co.(1)
Seu conceito é bastante simples e remonta à idéia de lucro econômico, que preconiza que só existe
lucro quando todos os custos são cobertos, inclusive o custo de oportunidade do capital. O lucro econômico é um conceito intuitivo e antigo que compõe a base da microeconomia moderna, e tornou-se conhecido a partir da publicação de “Principles of Economics” em 1890, de Alfred Marshall, onde afirmava que, “para se calcular o ganho ou prejuízo real de um empreendimento, é necessário subtrair do resultado operacional do negócio um encargo pelo uso do capital, a uma taxa adequada para o período”(2)
(1)O conceito do EVA® foi primeiramente publicado por G. Bennett Stewart em 1990 no livro “The Quest For Value: A
Guide For Senior Management”.
O conceito de custo de oportunidade
O conceito de custo de oportunidade
Um exemplo bastante simples ajuda a ilustrar o conceito do custo de oportunidade. No início da década
de 80, a regulamentação do setor bancário nos Estados Unidos limitava o retorno que os bancos podiam oferecer a investidores em seus títulos de renda fixa (CDB). No entanto, as corretoras não eram cobertas por essa regulamentação e podiam oferecer papéis com retornos mais elevados. Nesse período, enquanto os bancos ofereciam CDB com retorno de 5%, as corretoras ofereciam investimentos com retorno de 15%. Como consequência, na época houve uma forte migração de recursos dos bancos para as corretoras, pois os investidores decidiram trocar rendimentos de 5% por 15% ao ano, com risco semelhante.
Este episódio revela uma questão interessante: por que os investidores sacaram seus investimentos dos
O conceito de custo de oportunidade
O conceito de custo de oportunidade
O EVA é uma medida que indica o real nível de rentabilidade do negócio ao levar em conta o custo de oportunidadedo acionista.
Custo de oportunidade pode ser entendido como a maior remuneração que seria obtida caso o investidor decidisse aplicar seu capital em uma oportunidade com risco semelhante.
Figura I: Exemplo do Custo de Oportunidade
Imagine as seguintes opções para investir um Capital de US$1.000
= US$150
= US$50
X US$1.000 X US$1.000
15% a.a. 5% a.a.
Opção B
Opção A Este é o Custo
A ponta do iceberg
A ponta do iceberg
Como podemos ver na tabela comparativa abaixo, as métricas da Contabilidade Tradicional não chegam tão a fundo na apuração dos custos envolvidos como faz o EVA.
Tabela I: Métricas tradicionais vs EVA
Considerado via Encargo sobre o Capital Investido
Incluído
Não considera
Custo do capital de terceiros Incluída Incluída Não considera Depreciação Incluídos Incluídos Não considera IR/CSSL Considerado via Encargo sobre o Capital Investido
Não considera Não
considera
Custo do capital de acionistas
Incluídos Incluídos
Incluídos Receitas, Custos e
Introdução ao conceito de EVA (cont.)
Introdução ao conceito de EVA (cont.)
EVA®= Lucro Operacional menos um Encargo pelo uso do Capital (custo de oportunidade)
Resultado operacional após impostos
Receita 1.000
- Despesas Operacionais 400
- IR @ 30% 180
= Lucro Operacional 420
Capital 2.000
Custo de Capital x 15% - Encargo de Capital 300
= EVA® 120
Receita Despesas Operacio-nais e Impostos EVA = Encargo de Capital Lucro Opera-cional 1.000 580 420 Resultado operacional após impostos
Figura II: Break-Down Ilustrativo do EVA
Ilustrativo
Custo de Oportunidade do Investimento
300
Custo de Oportunidade do Investimento
-120
Introdução ao conceito de EVA (cont.)
Introdução ao conceito de EVA (cont.)
Gurus de Administração como Peter F. Drucker reforçaram a mesma idéia. Na edição de
Janeiro-Fevereiro de 1995 da revista Harvard Business Review, Peter Drucker coloca que “um negócio opera
com prejuízo até que seu lucro supere seu custo de capital”(1). Neste mesmo artigo ele também diz que,
“por medir o valor adicionado acima de todos os custos, inclusive o de capital, o EVA® mede, na realidade, a produtividade de todos os fatores de produção”.
“Um negócio opera com prejuízo até que seu lucro supere seu custo de capital.”
“Por medir o valor adicionado acima de todos os custos, inclusive o de capital, o EVA mede, na realidade, a produtividade de todos os fatores de produção.”
Por que o EVA?
Por que o EVA?
O setor de energia elétrica é altamente intensivo em capital em qualquer lugar do mundo. E as métricas
contábeis tradicionais são inadequadas para avaliar o seu real desempenho, já que o custo de oportunidade do capital do acionista não é capturado.
A análise isolada de medidas de lucro, como o EBITDA(1), Lucro Líquido ou outros indicadores
contábeis, muitas vezes leva a conclusões distorcidas quanto à rentabilidade econômica:
¾ O EBITDA, embora seja uma métrica amplamente aceita e utilizada pelo mercado como indicador
de desempenho operacional, desconsidera dois importantes custos associados às empresas de capital intensivo: a depreciação e o encargo de capital. O encargo de capital representa o montante necessário para remunerar todo o capital investido pelo seu custo de oportunidade.
¾ O lucro líquido também não engloba o custo de oportunidade do capital do acionista.
Os principais componentes do EVA
Os principais componentes do EVA
®
®
EVA = NOPAT – (WACC x Capital Empregado)
NOPAT: (Net Operating Profit After Tax) é o lucro operacional produzido pelo Capital empregado na empresa, independente de como este Capital é financiado.
Capital Empregado: representa o quanto foi investido na empresa para produzir o NOPAT. É o montante a ser remunerado depois de cobrir todas as despesas da operação e impostos.
WACC: é o Custo de Capital da empresa, calculado como uma média ponderada entre o custo do capital de terceiros (Dívida) e o custo do capital próprio (Patrimônio Líquido).
Para a apuração do EVA das empresas da CBIEE desenvolvemos a aplicação direta da metodologia na determinação dos três componentes mencionados acima.
Calculando o NOPAT
Calculando o NOPAT
NOPAT é um dos demonstrativos financeiros da contabilidade EVA® e deriva do Demonstrativo de
Resultados.
De forma simples, NOPAT é o lucro operacional depois dos impostos e da depreciação, mas excluindo
encargos financeiros (decisões de financiamento) e receitas ou despesas não operacionais. Em outras palavras, o NOPAT é igual ao lucro operacional caso a empresa seja totalmente financiada por capital próprio (não tenha dívidas).
Figura III: Break-down ilustrativo do NOPAT
RECEITAS
CUSTOS, DESPESAS e DEPRECIAÇÃO
IMPOSTOS
NOPAT
RECEITAS
CUSTOS, DESPESAS e DEPRECIAÇÃO
IMPOSTOS
Calculando o Capital Empregado
Calculando o Capital Empregado
Capital é o segundo demonstrativo financeiro da contabilidade EVA e deriva do Balanço Patrimonial da
empresa. Em linhas gerais, o Capital Empregado representa o volume de recursos empregado na empresa para que ela possa gerar o NOPAT. Desta forma, o cálculo do Capital deve ser consistente com a definição do NOPAT.
Podemos pensar no Capital de duas formas: onde o obtemos (financeiro), e onde o aplicamos
(operacional):
¾ Sob uma perspectiva operacional, Capital é a soma do Capital de Giro com o Imobilizado da
empresa.
¾ Do ponto de vista financeiro, Capital é a soma do Capital Próprio com o Capital de Terceiros.
Figura IV: Ilustrativo do Capital Empregado
Como usamos
Onde conseguimos
CAPITAL
DE GIRO
ATIVO
IMOBILIZADO
BANCOS
ACIONISTAS
Como usamos
Onde conseguimos
CAPITAL
DE GIRO
ATIVO
PERMANENTE
BANCOS
Calculando o Capital Empregado (cont.)
Calculando o Capital Empregado (cont.)
Capital Financeiro: representa as origens dos recursos utilizados pela companhia e é equivalente ao Passivo do Balanço Patrimonial. Ele é composto por Capital de Terceiros, Capital de Acionistas e Ajustes. O Capital de Terceiros compreende todas as dívidas onerosas da empresa, incluindo aquelas não contabilizadas no Balanço Patrimonial, como dívidas com fundos de pensão, etc. O Capital de Acionistas compreende o Patrimônio Líquido. Os passivos não onerosos não aparecem no Capital Financeiro, ao contrário do que ocorre no Balanço Patrimonial. Estes passivos não onerosos são excluídos do Capital da empresa porque representam uma fonte de financiamento espontâneo, cujo custo já está reconhecido no Custo dos Produtos Vendidos. Desta maneira, o custo deste capital já está incorporado no NOPAT e seria cobrado em duplicidade caso o incluíssemos no Encargo de Capital.
Custo médio ponderado de capital
Custo médio ponderado de capital
-
-
WACC
WACC
Na prática, o Custo Médio Ponderado de Capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC)
corresponde à média do custo marginal da dívida depois de impostos e do custo do capital dos acionistas (custo de oportunidade), ponderado com base na estrutura de capital utilizada pela empresa.
Para o presente estudo, foi calculado um WACC considerando-se os parâmetros de uma empresa
“sintética”, equivalente ao conjunto de todas as companhias envolvidas no trabalho.
Trataremos, na seqüência, do custo de dívida, do custo de capital próprio, da relação Dívida/Capital
Próprio e, finalmente, do WACC apurado para o setor para o período de 1998 a 2004.
( )
D
E
D
t
1
d
D
E
E
e
K
WACC
+
−
+
+
=
K
¾ Ke: custo do capital próprio (CAPM¹)¾ Kd: custo da dívida
¾ t: taxa marginal de imposto
¾ E: Capital próprio
¾ D: Dívida
Custo da Dívida Custo do Capital Próprio Estrutura de Capital
WACC
WACC
¹ Capital Asset Pricing Model
Custo da dívida (Kd)
Custo da dívida (Kd)
O Custo da Dívida usado no cálculo do Custo de Capital corresponde à taxa que uma empresa pagaria,
nas condições de mercado do período analisado, para obter um novo financiamento de longo-prazo (Custo para se captar o próximo R$ de dívida)
Em geral, o endividamento das empresas do setor elétrico é composto de uma cesta de recursos, que
inclui dívidas de mercado (empréstimos e financiamentos contraídos junto a instituições financeiras nacionais e internacionais, e debêntures), e empréstimos e financiamentos contraídos junto ao BNDES;
As captações junto ao BNDES devem ser tratadas separadamente das dívidas de mercado por terem um
custo diferenciado em relação a outras fontes de crédito e por apresentarem participação relevante no setor.
Custo da dívida
Custo da dívida
Figura VI: Fórmula de Cálculo do Custo da Dívida
K
d Reais= W
BNDESx i
BNDES+ W
Mercadox i
Mercado iBNDES: Taxa de juros BNDES
¾ Estimado como a taxa de juros de longo prazo do BNDES (TJLP) acrescida de “spread” de 4%.
¾ O spread sobre a TJLP foi estimado pelas captações de algumas das maiores empresas da
CBIEE
imercado: Taxa de juros de mercado
¾ Estimamos os juros de mercado como uma taxa atrelada ao CDI (CDI + 1,5%) – indexador
utilizado usualmente para debêntures / dívidas em moedas estrangeiras vinculadas a
operações de “hedge”
Assumimos que as dívidas em moeda estrangeira estão com 100% de swap para CDI.
O spread de 1,5% sobre o CDI é baseado em emissões de debêntures de algumas
empresas-membro da CBIEE
WBNDES : participação de dívida do BNDES na cesta de recursos
¾ Consideramos a participação média ponderada de dívida do BNDES na composição total do
Custo da dívida (cont.)
Custo da dívida (cont.)
Apresentamos a seguir o cálculo do custo da dívida:
Tabela V: Custo da Dívida em Reais Nominais
Custo da Dívida (Kd) - em R$
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
Custo de dívida de mercado antes de impostos
K
M BR30%
27%
19%
19%
21%
25%
18%
Custo de dívida de BNDES antes de impostos
K
BNDES17%
17%
15%
14%
14%
16%
14%
Percentual da Dívida de BNDES
W
BNDES37%
22%
23%
12%
19%
22%
24%
Custo de dívida antes de impostos
C
DP BR25%
25%
18%
18%
19%
23%
17%
Custo de capital próprio
Custo de capital próprio
A metodologia do CAPM foi usada para calcular o retorno esperado para um investimento em ações de
uma empresa no setor de energia elétrica. E este retorno esperado pode ser entendido como o custo de oportunidade do acionista.
Figura VII: Fórmula de Cálculo do Custo do Capital Próprio
Taxa Livre de Risco
K
e
= RFR + CRP +
β
* MRP
Taxa Livre de Risco
“Market Risk Premium” Beta
RFR¹ – Taxa Livre de Risco (Retorno que pagam os títulos do governo americano),
ajustada por um prêmio de risco país (CRP²), para se chegar ao RFR local
Beta – Sensibilidade dos retornos de uma ação em relação ao retorno do portifólio de
mercado. Indica o quão arriscada é a ação em relação ao mercado. Um Beta maior que 1,0 significa que a ação é mais arriscada que o índice de mercado.
MRP – Diferença entre retorno esperado do mercado acionário e retorno esperado em
títulos livres de risco. Historicamente, o spread é de 6%
O produto do beta pelo MRP é chamado prêmio pelo risco da ação
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Taxa Livre de Risco:
Por definição, para o RFR (Taxa livre de risco), o retorno esperado é igual ao retorno realizado, isto é,
não há variância em torno do retorno esperado.
Para que isso aconteça, duas condições devem ser satisfeitas:
¾ Não pode haver risco de default (inadimplência);
¾ Não pode haver incerteza sobre o risco de reinvestimento, o que implica que a taxa deve ser de um
título de cupom zero com o mesmo prazo do fluxo de caixa analisado.
Para análises de longo prazo utilizamos o yield (retorno) de um título do governo americano de longo
prazo como aproximação para a taxa livre de risco. Dentre os títulos disponíveis, utilizamos o T-Bond¹ com prazo de 10 anos por:
¾ Refletir melhor as expectativas inflacionárias no longo prazo;
¾ Ser menos afetado pela oferta e demanda ou intervenções no curto prazo;
¾ Ser uma taxa de referência líquida e visível.
Para esse estudo, consideramos uma média móvel de 12 meses.
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Gráfico I: Yield do T-Bond de 10 anos
3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% jan/ 86 jan/ 87 jan/ 88 jan/ 89 jan/ 90 jan/ 91 jan/ 92 jan/ 93 jan/ 94 jan/ 95 jan/9 6 jan/ 97 jan/9 8 jan/ 99 jan/0 0 jan/ 01 jan/0 2 jan/ 03 jan/0 4 jan/ 05 19/10/87
Crash da Bolsa
15/01/91
Guerra do Golfo
26/01/96
FED Eases Discount Rate to 5.0%
15/08/98
Crise na Ásia
11/09/01 Atentado Terrorista em NY 3.37 % Mínimo 9.59 % Máximo 1.56 % Desvio Padrão 6.45 % Média
1986 a 2005
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Prêmio de risco país (CRP):
Como a taxa livre de risco refere-se ao mercado americano, deve-se realizar um ajuste para incorporar o
fato de que o ativo analisado está no Brasil, país com risco distinto dos Estados Unidos.
As duas metodologias mais utilizadas no mercado para estimar o prêmio de risco país para o Brasil são:
¾ Metodologia do “yield” dos títulos brasileiros
Baseia-se no “yield” (retorno) dos títulos soberanos do país.
Esta taxa é estimada usualmente a partir da média diária de um ano do EMBI+ Brazil¹
(“Spread”)
Gera prêmios de risco país voláteis e muito sujeitos a oscilações de curto prazo
¾ Metodologia do “spread” soberano
Baseia-se no “rating” do país atribuído pelas agências de classificação de risco, como
Standard & Poor’s, Moody’s etc.
Observa-se a média dos “yields” (retornos) de títulos de longo prazo em moeda estrangeira de
empresas com o mesmo “rating” (fonte: Standard & Poor’s, Bloomberg, dentre outras).
Não diferencia países de empresas: assume que o “yield” dos títulos de um país serão
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Comparação entre as metodologias:
Apesar do descolamento em períodos de instabilidade, a utilização do EMBI+ Br é a recomendada para a análise pelos seguintes fatores:
¾ É a taxa de referência
do mercado financeiro para o risco país
¾ A utilização de médias
móveis suaviza o impacto dos
descolamentos nos períodos de recessão
¾ Sua forma de cálculo
permite fácil comunicação 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% 22% 24% 26% 28% 30% jan/ 96 jun/ 96 nov /96 ab r/ 97 s e t/9 7 fev /9 8 ju l/9 8 dez /98 mai /99 o u t/9 9 mar /0 0 ago/ 00 jan/ 01 jun/ 01 nov /01 ab r/ 02 s e t/0 2 fev /0 3 ju l/0 3 dez /03 mai /04 o u t/0 4 mar /0 5 ago/ 05 Yi e ld
Spread Soberano EMBI + GT10
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Utilizamos a média diária de dois anos do EMBI+ Brasil (“Spread”), para evitar a volatilidade de curto
prazo.
EMBI+ Brasil
3% 6% 9% 12% 15% 18% 21% 24%
jan/98 mai/98 set/98 jan/99 mai/99 set/99 jan/00 mai/00set/00 jan/01 mai/01set/01 jan/02 mai/02 set/02 jan/03 mai/03 set/03 jan/04 mai/04 set/04 jan/05 mai/05 set/05
Diário Média 1 Ano Média 2 Anos Média 1 Mês
Sp
read
Gráfico III: Embi+ Brasil
4,9 % 2005
6,8 % 2004
9,3 % 1999
6,4 % 1998
11,1 % 2003
11,6 % 2002
8,2 % 2001
8,8 % 2000
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Agregando o CRP ao RFR obtemos o que poderíamos chamar de Taxa livre de risco para o Brasil (em
US$)
Para estimar-se a taxa livre de risco em R$, basta converter a taxa em US$ utilizando a teoria da
paridade do poder de compra (Purchase Power Parity):
¾ A variação relativa entre os poderes de compra de duas moedas (valorização / desvalorização) é
ditada pelo comportamento das inflações destes países.
¾ É importante ressaltar que esta conversão deve ser feita pelas inflações esperadas de longo prazo.
Tabela III: Cálculo da taxa livre
RFR Brasil
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005E
RFR USA (US$)
5,2%
5,7%
6,0%
5,0%
4,5%
4,0%
4,2%
4,2%
CRP (US$)
6,4%
9,3%
8,8%
8,2%
11,6% 11,1%
6,8%
4,9%
RFR Brasil (US$)
11,6% 15,0% 14,7% 13,2% 16,1% 15,1% 11,0%
9,1%
Inflação Brasil
1,7%
8,9%
6,0%
7,7%
12,5%
9,3%
7,6%
5,5%
Inflação EUA
1,5%
2,2%
3,4%
2,8%
1,6%
2,3%
2,7%
2,6%
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Prêmio de Risco de Mercado:
O MRP é o prêmio sobre a taxa livre de risco exigida pelos investidores para investir em uma cesta com
todos os ativos do mercado, cujo risco é o médio de todos os ativos, com o Beta de 1,0.
Por praticidade e disponibilidade de informações, utiliza-se índices de ações como uma aproximação
para esta cesta de ativos disponíveis no mercado.
¾ O índice de ações normalmente utilizado é o S&P500.
No período de 1926 a 1995, a diferença média entre os retornos das ações e dos títulos do governo
norte-americano de longo prazo é de 6,0% ao ano.
¾ Utilizamos a média aritmética por ela representar melhor retornos esperados.
Figura VIII: Prêmio de Risco de Mercado
Período Histórico T - Bills T - Bonds
1928 - 2002 7.67% 6.35%
1962 - 2002 5.17% 3.66%
1992 - 2002 6.32% 2.15%
Média Aritmética
Utilizamos umCusto de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Foi feita uma pesquisa no website do Prof. Damodaran em que aproximadamente 7500 pessoas responderam qual a taxa utilizada como melhor estimativa do prêmio de risco de mercado para um mercado maduro. Os resultados estão na tabela abaixo:
Figura IX: Pesquisa MRP site Damodaran
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Beta da Ação:
O Beta é obtido da regressão dos retornos da ação com os retornos de um índice de mercado, e
representa a sensibilidade do retorno da ação em relação ao retorno deste índice.
Estimamos o Beta desalavancado do setor de energia elétrica a partir de uma amostra de empresas
brasileiras listadas em bolsa, respeitando critérios de:
¾ Liquidez das ações: Empresas com ações de baixa liquidez foram desconsideradas da amostra por
não apresentarem dados mínimos para a determinação de seu Beta. Consideramos as empresas que participam do IBX mais a CPFL Energia;
¾ Setor de atuação no mercado de energia elétrica: Calculamos o beta consolidado do setor
considerando empresas dos grupos de:
Geração
Transmissão
Distribuição
Integradas (empresas que atuam em mais de um setor da cadeia)
¾ Utilizamos uma amostra alternativa (peers América Latina) para o cálculo do Beta do setor e
Beta
Beta
-
-
Peers
Peers
Tabela IV: Cálculo do Beta
# Nome da Empresa Tipo de
Empresa
Beta Alavancado
Dívida / Equity (Média 5 anos)
Peso Índice
IBX
Beta Desalavancado
1 Eletrobrás Integrado 1,0 1,4 0,8% 0,5
2 CEMIG Integrado 1,0 0,5 1,7% 0,8
3 Copel Integrado 1,0 0,5 0,3% 0,8
4 Light Integrado 1,0 2,3 0,0% 0,4
5 Coelce Integrado 0,7 0,9 0,1% 0,4
6 CELESC Integrado 0,7 0,2 0,1% 0,6
7 CPFL Integrado 0,4 0,5 0,3
8 CESP Geração 1,1 9,5 0,1% 0,2
9 TRACTEBEL ENERGIA SA Geração 0,4 0,8 0,3% 0,2 10 TRANSMISSÃO PAULISTA Transmissão 1,0 -0,2 0,3% 1,2 11 Eletropaulo Distribuição 1,4 1,6 0,2% 0,7
Consolidado 0,54
Fonte: Bloomberg
Como o estudo envolve empresas com operação em todos os setores da cadeia de energia elétrica,
utilizamos o Beta consolidado de 0,54 (empresas brasileiras) para o cálculo do custo de capital próprio do setor de energia elétrica.
Para efeito de comparação, verificamos o beta desalavancado do setor informado pelo Prof.
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
Alavancagem:
A alavancagem, que representa a relação entre a dívida e o capital próprio, afeta o custo de capital de
duas maneiras:
¾ Aumentando o risco do capital próprio: este efeito é refletido no aumento do beta alavancado da
empresa (βL); e
¾ Alterando diretamente o custo de capital, já que indica a proporção entre dívida e capital próprio na
estrutura de capital.
Para o estudo, utilizamos a Estrutura de capital com base em valor de mercado do capital próprio, porque
é teoricamente a mais correta, refletindo corretamente a realidade econômica.
Utilizamos a Estrutura de capital existente no final de cada ano fiscal, pois é importante indicar as
alterações na alavancagem da companhia ao longo do período.
Os valores de Dívida líquida/Capital Total adotados são uma média ponderada por valor de mercado do
Custo de capital próprio (cont.)
Custo de capital próprio (cont.)
A partir da alavancagem calculada, ajustamos o Beta do setor (0,54) de forma a considerar o risco
financeiro no custo de capital próprio da “empresa sintética”.
A fórmula utilizada para a realavancagem é definida por Hamada:
¾ BU: Beta desalavancado do setor
¾ BL: Beta alavancado da empresa sintética
¾ t: taxa marginal de imposto
¾ E: Capital próprio
¾ D: Dívida
A realavancagem de um beta de 0,54 com uma relação D/E de 60% fornece um Beta Alavancado de 0,8
(2004), por exemplo.
Figura X Fórmula de Cálculo do Beta desalavancado
(
)
−
×
+
×
=
E
D
t
1
1
β
O Custo de capital para as empresas da CBIEE
O Custo de capital para as empresas da CBIEE
Gráfico IV: Análise do Custo do Capital Próprio Gráfico V: Custo do Capital Próprio vs Custo da Dívida
Custo de Capital Próprio¹ vs. Custo de Dívida após impostos (R$)
19% 21% 29% 37% 25% 23% 28% 18% 17% 15% 14% 14% 19% 13%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Custo de "equity" (em R$) Custo de dívida após impostos (em R$)
¹Custo de Capital Próprio Convertido de US$ para R$ por PPP
Custo de Capital Próprio (US$)
5% 6% 6% 5% 5% 4% 4%
6%
9% 9%
8% 12% 11%
7% 6% 5% 5% 6% 8% 5% 5% 20% 16% 17% 20% 20% 19% 24%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
RF CRP βL x MRP Série4
O gráfico acima mostra a influência da taxa livre de risco americana, do prêmio de risco país e do Beta. Lembrando que o prêmio de risco de mercado foi mantido constante.
O custo de capital próprio é muito afetado pela variação no prêmio de risco país.
De 2000 pra cá, o custo da dívida manteve-se praticamente inalterado.
Gráfico VI: WACC
Custo Médio Ponderado de Capital - WACC (R$)
18%
24%
19% 19%
23% 24%
18%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Aplicando a ponderação por
Estrutura de Capital do slide
Índice
Índice
1.
Sumário Executivo
2.
Introdução
3.
Amostra e Metodologia
4.
Desempenho econômico 1998 -2004
5.
Comparação com o desempenho econômico em outros mercados
6.
Desempenho na BOVESPA no período 1998 -2004
7.
Conclusões
8.
Apêndices
Considerações gerais do estudo
Considerações gerais do estudo
O cálculo do EVA das empresas da amostra respeitou os seguintes critérios:
¾ Transparência na metodologia e critérios adotados para o estudo.
¾ Comparabilidade e consistência das operações no período analisado:
Participações cruzadas e mudanças de controle acionário entre as empresas devem ser
ajustadas para evitar dupla contagem;
O EVA deve tentar refletir 100% da operação de energia elétrica da empresa,
independentemente da participação da controladora na mesma.
O EVA é calculado a partir das demonstrações contábeis das empresas no nível operacional:
¾ A quase totalidade do ágio de privatização (ágio contábil, definido por preço pago menos valor dos
ativos líquidos) não foi considerada no capital empregado das empresas, refletindo portanto, apenas o capital produtivo.
O critério de consolidação utilizado para cada uma das empresas/grupos procurou refletir 100% das
Análise do setor por medidas tradicionais
Análise do setor por medidas tradicionais
A análise do setor de energia elétrica com base somente nos números contábeis tradicionais leva a
conclusões erradas sobre o nível de rentabilidade econômica no período 1998/2004.
A Receita Líquida, por exemplo, indica um crescimento praticamente contínuo no período. A exceção se
dá em 2002, ano afetado pela retenção acentuada no consumo de energia em virtude do Programa Emergencial de 2001.
A margem de lucro líquido, mesmo afetada pelas crises cambias de 1999 e 2002 e pela retenção no
consumo em 2002, apresenta uma tendência de recuperação a partir de 2003.
Gráfico VII: Receita Líquida e Margem Líquida
Receita Líquida (R$ bilhões)
15,1 18,8
23,8
32,2 30,0 34,8
39,8
2%
5% 4%
-22% 0%
-7% 4%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Re ce ita Líquida Ma rge m Líquida *
Medidas tradicionais podem levar a conclusões erradas sobre o nível de
rentabilidade econômica
Análise do setor por medidas tradicionais (cont.)
Análise do setor por medidas tradicionais (cont.)
Cap. Giro 0,0
Outros LP 0,0 21.442.165,3 Imobilizado 21.442.165,3 0,0
Ágio 21.442.165,3 0,0
Ajustes EVA 21.442.165,3 0,0
Capital 21.442.165,3
Lucro Líquido (R$ bilhões)
0,6
(1,3)
(0,0) 0,5
(6,7)
1,3 2,2
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
O EBITDA e a Margem EBITDA são crescentes com exceção do ano de 2002. E o lucro líquido, apesar
de afetado pelas crises cambiais de 1999 e 2002 e pela crise energética de 2001, também apresenta uma tendência de recuperação a partir de 2003.
Lucro líquido positivo nem sempre significa rentabilidade econômica positiva, simplesmente por que não
leva em consideração o custo do capital do acionista. E esse também não foi o caso no setor de energia elétrica no Brasil, como veremos na análise EVA a seguir.
EBITDA (R$ bilhões)
9,5 7,7 5,7 9,1 5,5 3,7 3,0 28% 20% 20% 23% 19% 22% 24%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
EBITDA Ma rge m EBITDA
Gráfico VIII: EBITDA e Margem EBITDA Gráfico IX: Lucro Líquido
EVA Consolidado 1998
EVA Consolidado 1998
–
–
2004
2004
Cálculo tradicional do EVA:
EVA
=
NOPAT
−
Custo
de
Capital
x
Capital
Tabela V: Detalhamento cálculo tradicional EVA
EVA (R$ MM) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
(+) NOPAT 2.793 2.361 3.417 6.309 3.512 5.000 6.309
Capital médio 29.450 42.404 52.274 61.035 73.146 76.902 73.906
Custo de Capital 18% 24% 19% 19% 23% 24% 18%
(–) Encargo de capital (5.417) (10.205) (9.769) (11.576) (16.692) (18.137) (13.361) (= ) EVA (2.623) (7.843) (6.352) (5.268) (13.180) (13.137) (7.052)
EVA negativo ao longo de todo o período
causado pelas crises no setor e no país que pioraram o quadro econômico do setor em 2002 e 2003
Desvalorização cambial em 1999 elevou os
custos operacionais e o custo do capital
A crise energética de 2001 refletiu-se nos anos
de 2002 e 2003 na redução da receita. A
elevada alavancagem operacional (custos fixos) impediu uma acomodação dos custos,
reduzindo a rentabilidade do setor
Tendência de recuperação nos anos posteriores
às crises. Lucro operacional insuficiente para remunerar o
encargo de capital
Gráfico X: EVA anual
EVA® Anual (R$ bilhões)
(7,1)
(13,1) (13,2)
(5,3) (6,4)
(7,8) (2,6)
EVA Consolidado 1998
EVA Consolidado 1998
–
–
2004 (cont.)
2004 (cont.)
Cálculo alternativo do EVA:
EVA
=
(Re
torno
sobre
Capital
−
Custo
de
Capital
)
x
Capital
Tabela VI: Detalhamento cálculo alternativo EVA
EVA (R$ MM) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
a ROIC 9% 6% 7% 10% 5% 7% 9%
b Custo de Capital 18% 24% 19% 19% 23% 24% 18%
a-b Spread -9% -18% -12% -9% -18% -17% -10%
c Capital Médio 29.450 42.404 52.274 61.035 73.146 76.902 73.906
axc EVA (2.623) (7.843) (6.352) (5.268) (13.180) (13.137) (7.052)
Um setor economicamente rentável apresenta
retornos iguais ou superiores ao mínimo exigido tendo em vista o risco do setor. Entretanto, o setor de energia elétrica apresenta um cenário oposto, onde a rentabilidade fica em média 10 pontos percentuais abaixo do nível mínimo exigido
O retorno sobre capital foi afetado negativamente
pelas crises do setor em1999 e 2002 (reflexo da crise de 2001), enquanto que o custo de capital foi afetado pelas condições macroeconômicas (risco país e inflação)
Entretanto, observamos uma tendência positiva de
recuperação dos retornos relativos nos períodos subseqüentes às crises
Retorno sobre Capital < Custo de Capital
Recuperação Recuperação
ROIC (Retorno s/ Capital) e Custo de Capital
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ROIC WACC
EVA Acumulado
EVA Acumulado
O EVA acumulado no período (soma simples, sem considerar o custo de oportunidade destas perdas)
indica uma perda econômica total de R$55 bilhões.
Se corrigirmos as perdas acumuladas pelo custo de capital, a destruição de valor foi ainda maior, da
ordem de R$ 91 bilhões.
Gráfico XII: EVA acumulado
EVA® Acumulado (R$ bilhões)
(2,6) (10,5)
(16,8)
(22,1)
(35,3)
(48,4)
(55,5)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Comparação EVA x Medidas Tradicionais em 2004
Comparação EVA x Medidas Tradicionais em 2004
A comparação dos indicadores contábeis com o EVA da amostra
CBIEE confirma: a contabilidade tradicional não conta toda a história.
Figura XI: Break-down EVA 2004
100
Lucro Operac12
– = EVA® Receita Bruta Receita Líquida = Encargo de Capital61
24
(12)
– Custos Despesas + IRFonte: Stern Stewart
* Números normalizados em base 100
27
Impostos e outras deduções
Em 2004, para cada R$ 100 de Receita Bruta houve uma perda econômica de R$12, mesmo tendo sido apresentado um
lucro operacional de R$12.
–
73
Spread histórico de rentabilidade do setor
Spread histórico de rentabilidade do setor
Gráfico XIII: Ilustração de Spread EVA positivo Gráfico XIV: Spread EVA
Spread Positivo (Superávit)
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ROIC WACC
ROIC (Retorno s/ Capital) e Custo de Capital
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ROIC WACC
Um setor economicamente rentável apresenta
retornos iguais ou superiores ao mínimo exigido tendo em vista o risco do setor
Entretanto, o setor de energia elétrica apresenta
um cenário oposto, onde a rentabilidade fica em média 10 pontos percentuais abaixo do nível mínimo exigido
Um investidor racional não investiria seu dinheiro em ações (risco alto) para obter uma rentabilidade igual à da renda fixa.
Spread histórico de rentabilidade do setor
Spread histórico de rentabilidade do setor
O retorno sobre o capital foi afetado pelas crises do setor em 1999 e 2002 (reflexo da crise de 2001),
ao passo que o custo de capital foi afetado pelas condições macroeconômicas (risco país e inflação)
Entretanto, observamos uma tendência positiva de recuperação dos retornos relativos nos períodos
subseqüentes às crises.
Gráfico XI: Análise Spread EVA
ROIC (Retorno s/ Capital) e Custo de Capital
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 ROIC WACC
Recuperação Recuperação
Retorno sobre Capital (1998
Retorno sobre Capital (1998 –
–
2004)
2004)
Tabela VII: Retorno sobre o Capital
Indicadores (R$ MM) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Vendas Líquidas 15.087 18.787 23.770 32.222 29.981 34.769 39.822 NOPAT 2.793 2.361 3.417 6.309 3.512 5.000 6.309 Capital Médio 29.450 42.404 52.274 61.035 73.146 76.902 73.906
A Margem NOPAT 19% 13% 14% 20% 12% 14% 16%
B Giro do Capital 0,51x 0,44x 0,45x 0,53x 0,41x 0,45x 0,54x
AxB ROIC 9% 6% 7% 10% 5% 7% 9%
WACC 18% 24% 19% 19% 23% 24% 18%
Spread -9% -18% -12% -9% -18% -17% -10%
Margem NOPAT e Giro de Capital
04 03 01 00 02 98 99 10% 11% 12% 13% 14% 15% 16% 17% 18% 19% 20%
0,2x 0,3x 0,4x 0,5x 0,6x 0,7x 0,8x
Giro de Capital
Margem NO P A T Capital Receita ceita Re NOPAT Capital de Giro NOPAT Margem
ROIC= × = ×
RO
IC 7%
RO
IC 5%
Gráfico XV: Margem NOPAT e giro de Capital
A abertura do retorno sobre capital
(ROIC) permite verificar quais os fatores que impactaram o EVA da amostra
Margem NOPAT: Elevada volatilidade
(alto custo fixo, custo de compra de energia e volatilidade da receita)
Giro de Capital: Crescimento estável
de receita e capital
Capital Empregado
Capital Empregado
Gráfico XVI: Build up do Capital empregado
Cap. Giro 10,4
Outros LP 10,4 17,2
Imobilizado 27,6 36,8
Ajustes EVA 64,4 8,9
Capital 73,4
Build up - Capital Empregado 2004 (R$ bilhões)
10,4
17,2
36,8
8,9
73,4
Cap. Giro Outros LP Imobilizado Ajustes EVA Capital
O setor de energia elétrica apresenta
intenso uso de capital produtivo.
65% do capital empregado é composto por
ativos fixos e capital de giro líquido.
Outros itens importantes no capital são o
ativo fiscal (prejuízo acumulado) e a ativo regulatório dos reajustes tarifários.
Capital Empregado Médio (R$ bilhões)
29
42
52
61
73 77 74
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
CAGR: 17%
Gráfico XVII: Capital empregado médio
O capital empregado teve um crescimento
NOPAT (Lucro Operacional)
NOPAT (Lucro Operacional)
Gráfico XVIII: Build up do NOPAT
NOPAT - Lucro Operacional (R$ bilhões)
6,3 5,0 3,5 6,3 3,4 2,4 2,8
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
CAGR: 15%
Receita 39,8
Gastos 7,8 32,1
Prov. 7,8 0,2
Rec Regulat. 8,0 0,7
Outros Op. 8,1 0,6
IR 6,3 1,8
NOPAT 6,3
Build up - NOPAT 2004 (R$ bilhões)
39,8
32,1
0,2 0,7 0,6 1,8
6,3
Receita Gastos Prov. Rec Regulat.
Outros Op. IR NOPAT
Gráfico XIX: NOPAT
Margem de lucro operacional média de 15%
de 1998 a 2004.
Elevada alavancagem operacional do setor:
Relevante parcela dos gastos composto de custos fixos (depreciação e compra de energia) – variações na demanda real (em relação à projetada) afetam diretamente a margem das empresas.
Crescimento médio de 15% (em linha com
o crescimento do capital).
O lucro operacional das empresas,
representado no estudo pelo NOPAT, apresentou relativa volatilidade no período devido às crises de 1998 e 2001.
Os anos de crises são seguidos por
Evolução NOPAT / Capital
Evolução NOPAT / Capital
A tabela abaixo mostra a evolução do NOPAT e do Capital
Empregado da amostra CBIEE ao longo do período de 1998 a 2004.
Tabela VIII: Evolução NOPAT
NOPAT (R$ MM)) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 CAGR
Receita Líquida 15.087 18.787 23.770 32.222 29.981 34.769 39.822 18%
(–) Custos e Despesas (12.093) (15.064) (18.314) (23.104) (24.250) (27.114) (30.352) 17%
(=) EBITDA 2.994 3.723 5.456 9.117 5.732 7.655 9.469 21%
(–) Depreciação (418) (826) (1.148) (1.449) (1.548) (1.665) (1.710) 26%
(=) EBIT 2.575 2.897 4.308 7.668 4.184 5.989 7.759 20%
(–) Outras Despesas (Receitas) 856 53 (5) 461 390 502 383 -13%
(–) IR/CS (638) (589) (886) (1.821) (1.062) (1.491) (1.833) 19%
(=) NOPAT 2.793 2.361 3.417 6.309 3.512 5.000 6.309 15%
Tabela IX: Evolução Capital empregado
Capital (R$ 000) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 CAGR
(+) Ativo Circulante Operacional 4.859 5.957 7.504 12.212 15.664 13.700 16.203 22%
(–) Passivo não-oneroso CP (1.803) (2.338) (3.263) (6.180) (6.148) (5.785) (5.844) 22%
(=) Capital de Giro Líquido 3.057 3.619 4.242 6.031 9.516 7.915 10.359 23%
(+) Imobilizado Líquido 22.255 28.915 34.652 36.788 37.062 37.238 36.847 9%
(+) Outros Ativos (Passivos) LP 5.865 11.284 11.666 18.591 22.316 20.379 17.201 20%
(+) Ajustes EVA 726 3.009 3.687 5.539 10.450 8.929 8.944 NA
Índice
Índice
1.
Sumário Executivo
2.
Introdução
3.
Amostra e Metodologia
4.
Desempenho econômico 1998 -2004
5.
Comparação com o desempenho econômico em outros mercados
6.
Desempenho na BOVESPA no período 1998 -2004
7.
Conclusões
8.
Apêndices
Análise Comparativa
Análise Comparativa
Com o objetivo de estabelecer uma referência para a análise das empresas locais, selecionamos uma
amostra de empresas de países desenvolvidos:
¾ EUA/Canadá (62 empresas);
¾ Europa (23 empresas);
¾ Japão (9 empresas);
¾ América Latina (10 empresas).
Para cada uma das amostras, calculamos seu EVA (com base nos dados disponíveis na Bloomberg) e
as comparamos com os resultados da amostra da CBIEE:
¾ Spread (ROIC – WACC);