Prof. Ivan Passos www.mktpassos.com mktpassos@gmail.com
Parte 01
1
Prof. Ivan Arenque Passos
2 Ivan Arenque Passos, casado, 44 anos, Bacharel em Administra€•o em Com‚rcio Exterior – UNIP/SP,MBAmarketing – FGV/ES, Administra€•o Estrat‚gica – University Central Florida EUA, Mestrando Administra€•o Estrat‚gica – Coordenador Acad„mico (GBS- IBMEC)
Efetua as seguint es at ribuições:
Diretor da M KTPASSOS- Consultoria e treinamento em Adm. e Marketing. Coordenador da P•s-gradua‚ƒo em marketing. -FESV
Diretor de Marketing da Assoc. Coml. Espirito Santo –ACES. Consultor Comercial da G3Social Marketing.
Analista de talentos para o mercado de trabalho. (Head Hunter) Palestras e treinamento empresas. (SIPA)
Professor nas áreas:
Qualidade, Marketing, Log…stica, COMEX, Sistema de Informa€•o, Produ€•o, RH
Est eve t rabalhando nas seguint es em presas
EM ENTA
Breve
hist•ria
do
com…rcio
internacional:
protecionismo e liberalismo. O ambiente internacional
do com…rcio; organismos, tratados e regulamentos
internacionais. O quadro institucional do com…rcio
exterior brasileiro. O Sistema Integrado de Com…rcio
Exterior - Siscomex. Incentivos † exporta‚ƒo; barreiras
†
importa‚ƒo.
Nomenclatura
de
mercadorias.
Incoterms. Pagamentos internacionais e c‡mbio. As
opera‚ˆes de exporta‚ƒo e importa‚ƒo.
3
CONTEÚDO PROGRAM ÁTICO UNIDADE I – O AMBIENTE INTERNACIONAL DO COM‰RCIO 1.1 - O Quadro Conceitual do Com…rcio Exterior
1.2 - As doutrinas do com…rcio internacional: protecionismo versus liberalismo 1.3 - InfluŠncia dos processos de integra‚ƒo no com…rcio exterior
1.4 - O sistema internacional de com…rcio: organismos p‹blicos e privados UNIDADE II – O COM‰RCIO EXTERIOR BRASILEIRO
2.1 - Hist•rico do com…rcio exterior brasileiro
2.2 - Estrutura do com…rcio exterior do Brasil: •rgƒos intervenientes
2.3 - Normas administrativas, fiscais e cambiais do com…rcio exterior brasileiro 2.4 - O Sistema Integrado de Com…rcio Exterior – Siscomex.
UNIDADE III – CONCEITOS BŒSICOS 3.1 - Incentivos, subs€dios e dumping 3.2 - Barreiras tarif•rias e nƒo-tarif•rias 3.3 - Nomenclaturas de mercadorias
3.4 – Intervenientes e operadores do com…rcio UNIDADE IV – A pr•tica do com…rcio exterior 4.1 - Condi‚ˆes de Venda – Incoterms 4.2 - Pagamentos e aspectos cambiais 4.3 - Roteiro da exporta‚ƒo
4.4 - Roteiro da importa‚ƒo
UNIDADE I – O AMBIENTE INTERNACIONAL DO COM•RCIO
1.1 - O Quadro Conceit ual do Comércio Exterior
1.2 - As dout rinas do comércio int ernacional:
protecionismo versus liberalismo
1.3 - Influência dos processos de integração no
comércio exterior
1.4 - O sist ema int ernacional de comércio:
organismos públicos e privados
5
Introdu‚ƒo
•
Existem mecanismos no comércio internacional que visam
estimular e engrandecer a Economia Internacional
•
Geralmente esse mecanismos são:
t rat ados, convenções,
regras uniformes, cláusulas
etc, que estabelecem as regras
nas transações entre países
•
Todos esses mecanismos tem período de vigência
6
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
Tratados e acordos comerciais
•
Convenção internacional de Genebra, que estabeleceu
normas relativas a títulos cambiários (cheques, letras de
câmbio e notas promissórias)
•
Regras uniformes editadas pela Câmara de Comércio
Internacional (CCI)
•
INCOTERM S
•
Gatt e OM C
•
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
7
ORGANISMO INTERNACIONAIS DE
COM‡RCIO.
- Organiza€•o Mundial do Com‚rcio-
OMC
- Cˆmara do Com‚rcio Internacional –
CCI
- Organizaۥo Internacional do Trabalho-
OIT
- Organiza€•o Mar…tima Internacional -
OMI
- Comit„ Mar…timo Internacional-
CMI
- Banco Internacional de Reconstru€ao e
Desenvolvimento –
BIRD
- Fundo Monet‰rio internacional –
FMI
Banco Interamericano de Desenvolvimento
-BID
Organismos Internacionais que atuam
no Comércio Exterior
•
A
OM C
foi fundada em 1995, inclui 145 países e
está sediada em Genebra, na Suíça. A OM C tem sido
utilizada para promover uma extensa série de
políticas relativas ao comércio, investimentos e
desregulamentações que exacerbam a desigualdade
entre o Norte e o Sul, e entre os ricos e pobres
dentro dos países.
9
FUNÇÕES DA OM C:
•
1 - Implementar, administrar e executar o acordo que
criou a própria OM C, inclusive seus anexos;
•
2 - atuar como um fórum para negociações
multilaterais de comércio internacional;
•
3 - servir como um tribunal para dissolução de litígios
ou disputas;
•
4 - Rever as práticas e políticas de comércio
estabelecidas pelos Estados M embros.
10
•
E mais: a OM C coopera com o Fundo M onetário
Internacional (FM I) e com o Banco M undial com fito
de alcançar uma coerência na política econômica
global.
•
Para ser aceita, a entrada de um novo país membro
deverá contar com a aprovação de 2/ 3 da maioria do
Conferência M inisterial dos membros da OM C.
11
GATT
- GENERAL AGREEM ENT ON
TARIFFS AND TRADE (1947)
•
O GATT é um tratado multilateral hoje subscrito por países
que juntos representam mais de quatro quintos do comércio
mundial.
•
Há, portanto, uma aproximação, a qual se caracteriza em
virtude de gradativa eliminação das barreiras tarifárias e
não-tarifárias aplicadas pelos Estados aos produtos provenientes
de outros Estados-Partes do trabalho.
•
Criou a Organização M undial do Comércio (OM C), para
promover e proteger o livre comércio.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
(
UNCTAD
)
foi estabelecida em 1964, em Genebra, Su…€a, atendendo Šs reclama€‹es do pa…ses subdesenvolvidos, que entendiam que as negocia€‹es realizadas no GATTn•o abordavam os produtos por eles exportados, os produtos prim‰rios. A UNCTAD ‚ Œrg•o da Assembl‚ia Geralda Organiza€•o das Na€‹es Unidas (ONU), mas suas decis‹es n•o s•o obrigat•rias. Ela tem sido utilizada pelos pa…ses subdesenvolvidos como um grupo de press•o.
Incrementar o com‚rciointernacional para acelerar o desenvolvimento econŽmico, coordenando as pol…ticasrelacionadas com pa…ses subdesenvolvidos. Para tal finalidade a UNCTAD dedica-se a negociar com os pa…sesdesenvolvidos para que reduzam os obst‰culos tarif‰rios e n•o-tarif‰rios ao com‚rcio de produtos origin‰rios de pa…ses subdesenvolvidos.
Como a cl‰usula da na€•omais favorecida do GATT impedia que os pa…ses
desenvolvidos concedessem incentivos aduaneiros aos subdesenvolvidos, pois teriam que estend„-los aos demais pa…ses, surgiu a id‚ia de estabelecer um sistemade prefer„ncias tarif‰rias aplic‰vel apenas aos pa…ses subdesenvolvidos, reduzindo os direitos aduaneiros sobre os produtos manufaturados exportados pelos pa…ses subdesenvolvidos.
13
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
a) Tratados e acordos comerciais
•
São acertos firmados entre nações em que se
estabelecem objetivos e período de vigência
•
O objetivo poderia ser o aumento de comércio
entre países, mediante reduções de tarifas
alfandegárias. As partes estabelecem:
Os produtos beneficiados, mediante listas
As quantidades a serem negociadas
Os valores globais do acordo e o prazo de duração
14
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
a) Tratados e acordos comerciais
•
Acordos bilaterais: acordo firmando entre dois
países
•
M ultilaterais
: acordo firmados com mais de dois
países
•
Acordo ou tratados de natureza monetária:
estabelece uma série de medidas monetária, como
obrigatoriedade de paridades fixas
•
Acordo comercial: versa sobre tarifas comerciais
15
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
•
Acordo ou Tratado: Cláusula De Nação M ais
Favorecida.
EX:
Nação A firma acordo com nação B, com CNM F, assim, se A assinar acordo com outra Nação (C), t odos os benefícios concedidos a C serão ext ensivos a B
•
Incondicional: quando as vantagens são estendidas
automaticamente
•
Condicional: quando as vantagens são estendidas
desde que haja concessão recíproca
PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DO ACORDO
•
Cláusula da Nação M ais Favorecida
•
Princípio da Igualdade
•
Princípio da Transparência
•
Escape Clause
17
A cl‰usula de
escape
‚ o termo geral que designa o
mecanismo que permite a violaۥo das regras de um
determinado acordo, sob certas condi€‹es. Em com‚rcio
internacional, o exemplo cl‰ssico de cl‰usula de escape ‚ o
das salvaguardas, que possibilitam a ado€•o de restri€‹es
Šs importa€‹es por meio de diversos mecanismos. As
salvaguardas s•o medidas de prote€•o adotadas pelos
governos e podem consistir em eleva€‹es de tarifas acima
do n…vel consolidado, bem como na imposi€•o de restri€‹es
quantitativas (quotas), a fim de limitar a importaۥo de um
determinado produto, embora em condi€‹es normais a
utilizaۥo de tais mecanismos seja proibida.
18
Sistemas e Órgãos Governamentais de
Controle Comércio Exterior
Presidência da República
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior
Secretária do Comércio Exterior
SECEX
Ministério da Fazenda
Banco Central do Brasil BACEN
Banco do Brasil S.A
Secretaria da Receita Federal
SRF Ministério das Relações Exteriores Câmara de Comércio
Exterior CAMEX
19
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
b) Convenção internacional de Genebra
Em 1931, os países membros da Liga das Nações
reuniram-se em Genebra para adotar uma lei
uniforme para cheques, letras de câmbio e notas
promissórias
A finalidade era dirimir conflitos de diversas leis
vigentes
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
c. Regras uniformes do CCI para com„rcio
internacional para cobran‚as e cartas de cr„dito
A CCI sediada editou regras uniformes para
diversas modalidades de operações bancárias
(carta crédito, cobranças)
A finalidade dessas regras é dirimir conflitos
decorrentes de costumes e leis diversas entre os
países
21
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
d) INCOTERMS
Em 1936 a Câmara de Comércio Internacional (CCI)
elaborou o INCOTERM S. Cláusulas que define os
direitos e obrigações de cada parte (compradores e
vendedores) nas compras e vendas de
mercadorias. Envolve:
O pont o de ent rega da mercadoria
O local exato da divisão das responsabilidades Os cust os das part es int ervenient es
As mais usuais são: FOB, C&F, C& I, CIF e FAS
22
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
d) GATT (
General Agreement on Tariffs and Trade
) –
Acordo Geral sobre Tarifas e Com„rcio
Acordo firmado em Genebra em 1947 entre 23
nações, denominado GATT
O acordo se refere a tarifas do comércio
internacional
Seu objetivo geral é eliminar barreiras comerciais e
o protecionismo
23
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
Princ…pios do GATT
O comércio deve ser conduzido de forma não
discriminatória
Deve ser condenado o uso de qualquer restrição
quantitativa
As disputas devem ser resolvidas através de
consultas
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
•
Exceções previstas pelo GATT
Os pa€ses em dificuldades em seus Balan‚as de Pagamentos
podem estabelecer tarifas restritivas, autorizado pelo FMI e
com per€odo estabelecido
Os pa€ses subdesenvolvidos podem quebrar as regras do
GATT, para acelerar seu desenvolvimento econŽmico
Quando a produ‚ƒo nacional agr€cola e de pesca estiver
sujeita a restri‚ˆes e controles, esses mesmos controles e
restri‚ˆes podem ser extensivos aos importados
25
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
•
GATT e os Blocos Econômicos
O GATT nƒo proibia a forma‚ƒo de blocos
econŽmicos desde que o objetivo fosse a redu‚ƒo de
tarifas entre seus membros
Se outros blocos se sentirem lesados podem recorrer
ao GATT para aprecia‚ƒo
26
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
•
Rodadas de Negociações
Pa€ses signat•rios reuniam-se para reuniˆes para
estabelecerem negocia‚ˆes
Esse ato ficou conhecido como “Rodadas”
•
Rodada Uruguai
A Rodada Uruguai iniciou no Uruguai em 1986, na cidade de
Punta del Este e terminou em 1994 na cidade de Marrakesh
27
Instrumentos de cooperação no comércio
internacional
•
Rodada Uruguai
Objetivo de estabelecer acordos no com…rcio
mundial: Incluiu servi‚os, direitos autorais e
mercadorias
•
Produtos agr€colas:
Houve cortes de tarifas protencionistas
Nƒo foi eliminado os subs€dios
•
Servi‚os:
Audiovisuais (cinema, televisƒo) ficaram fora das
negocia‚ˆes
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
Organiza‚ƒo Mundial do Com„rcio (OMC) – a
Rodada do Uruguai transformou o GATT em OMC
Início em 1995 com adesão de 124 países
Objetivo desenvolver o comércio internacional
Inclui serviços e direitos de propriedade intelectual
Personalidade jurídica
29
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
Reuniƒo em Seattle
1999 em Seattle (EUA) reunião da OM C, participação
de 135 países
Não houve grandes mudanças, permaneceu o
subsídios agrícolas
30
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
Rodada de DOHA – rodada do desenvolvimento
•
2001, cidade de Doha, no Catar. Não houve avanços nas
negociações
•
2003, Cancún. Também fracassou
•
Assim, o Brasil passou a liderar um grupo de 20 nações,
conhecido por G-20
Lut ar pela quebra de barreiras dos produt os agrícolas Firmar acordos bilat erais de comércio ent re países e blocos
econômicos
31
Instrumentos de coopera‚ƒo no com„rcio
internacional
•
G-20 em 2005 em Hong Kong
•
G-20 em 2006 em Genebra
Objetivo continua sendo o fim do subsídios dos EUA
aos agricultores
Redução de tarifas aduaneiras na importação de
produtos agrícolas
•
Essas duas reuniões fracassaram
Outros mecanismos de fomento ao Comércio
internacional
•
Órgãos Internacionais
FM I, BIRD e BIS
•
Órgãos Regionais
União Européia
Aladi
M ercosul
Nafta
Alca
33
3.3 As exceções à cláusula
da naۥo mais
favorecida que de alguma forma responderam
pelo fracasso na sua aplicaۥo:
- Zonas comerciais de ˆmbito regional e sistemas
preferenciais.
- Pa…ses em via de desenvolvimento e pa…ses de
com‚rcio de Estado.
-Cl‰usulas protecionistas.
-
Pagina 70 livro
34
Principais críticas:
- Elevado número de exceções à CN+F.
- Por muito tempo somente se tratou da diminuição de obstáculos
tarifários (direitos aduaneiros).
- As exceções comprometeram o princípio de reciprocidade de
tratamento.
- Os acordos não acompanharam o dinamismo crescente do
comércio internacional.
- O estudo das vantagens comparadas foi subestimado no GATT.
A interpretação de algumas cláusulas que influenciavam positiva
ou negativamente a eficácia do acordo.
3.4 As criticas ao GATT
35
Pag. 71 – Jose Manuel
Antes da institucionalização da OMC (1994):
- Genebra, 1947, com a participa€•o de 23 pa…ses;
- Annecy, 1949, com 13 pa…ses participantes;
- Torquay, 1950-1951, com 38 pa…ses participantes;
- Genebra, 1955-1956, com 28 participantes;
- Dillon, 1960-1961, com 26 pa…ses participantes;
- Kennedy, com 62 pa…ses participantes;
- T•quio, 1073-1979;
-Uruguai, come€ada em Montevid‚u, em 1986, e
encerrada em Marrakesh (Marrocos) em 1994, com
123 pa…ses participantes.
-Pag. 73 – Jose Manuel
3.5 Rodadas de negociações
37
3.6 OMC
•Atividades mais significativas:
1. Redu€•o de tarifas alfandeg‰rias
2. 2. Abertura de setores protegidos
3. Regulamenta€•o e liberaliza€•o de servi€os
4. Prote€•o Š propriedade intelectual
5. Regulamentaۥo da valorizaۥo aduaneira
6. Regulamenta€•o de medidas sanit‰rias e
fitossanit‰rias
7. Disciplinamento das medidas antidumping
Pag. 75 – Jose Manuel
383.7 pr•ticas desleais de COMEX
Definiۥo
- S•o consideradas pr‰ticas desleais no com‚rcio exterior
de mercadorias aquelas que tenham como finalidade
desestimular ou eliminar a ind•stria local.
▪ Tipos de pr‰ticas desleais
▪ salvaguarda,
▪ dumping,
▪ subs…dios e medidas compensat•rias.
39
Cobertores ter‚o taxa antidumping Brasil amplia restriƒ„es a calƒados da
China
Pag. 79 -Jose Manuel
3.7 pr•ticas desleais de COMEX
Defesa comercial
A rea€•o dos pa…ses importadores a tais pr‰ticas ‚
denominada defesa comercial.
A autoridade investigadora brasileira para fins das
investiga€‹es que autorizam a aplica€•o de medidas de
defesa comercial ‚ o Departamento de Defesa Comercial
(DECOM).
40
3.9 Salvaguarda na OMC
Definiƒ‚o
• S‚o disposiƒ„es que facultam um pa…s, no †mbito de
um acordo internacional para a liberalizaƒ‚o do com‡rcio,
a suspender temporariamente, em tudo ou em parte, a
aplicaƒ‚o de disposiƒ„es ou o cumprimento de
obrigaƒ„es, desde que existam condiƒ„es que justifiquem
sua colocaƒ‚o em pr•tica e que esta se ajuste ˆs normas
processuais estabelecidas para esses efeitos.
(Cl•usulas de Salvaguarda – Caderno da Aladi - NŠ 2)
Pag. 71 – Jose Manuel
41
3.9 Salvaguarda na OMC
Pela Cl•usula de Salvaguarda qualquer pa…s pode
denunciar unilateralmente o Acordo:
• Salvaguardas em mat‡rias agr…colas
• Desenvolvimento econ‹mico
• Balanƒo de pagamento
Esta cl•usula ‡ mais uma das anulaƒ„es aos princ…pios
gerais do Acordo
42
3.9 Salvaguarda na OMC
Objetivo:
As medidas de salvaguarda tŒm como objetivo
aumentar, temporariamente, a proteƒ‚o ˆ ind•stria
dom‡stica que esteja sofrendo preju…zo grave ou
ameaƒa de preju…zo grave decorrente do aumento, em
quantidade, das importaƒ„es, em termos absolutos
ou em relaƒ‚o ˆ produƒ‚o nacional, com o intuito de
que durante o per…odo de vigŒncia de tais medidas a
ind•stria dom‡stica se ajuste, aumentando a sua
competitividade.
43
3.9 Salvaguarda na OMC
Inovaƒ„es na salvaguarda:
• Proibi€•o de medidas da ‰rea cinza (pag 80)
• Estabelecimento de prazos para todas as medidas de
salvaguarda.
Solicitaƒ‚o da medida
• Secretaria de Com‚rcio Exterior (SECEX) ou outros •rg•os
e entidades interessados do Governo Federal
• Empresas ou associa€‹es representativas de empresas
que produzam o bem objeto da solicitaۥo
.
3.9 Salvaguarda na OMC
Outras medidas de suspens•o unilateral:
• Art. XX: Permite a ado€•o de medidas de moralidade
p•blica, de prote€•o Š sa•de e Š vida de pessoas e animais e
de preservaۥo de vegetais, de proteۥo de patentes e
direitos autorais, de tesouros nacionais de valor art…stico,
hist•rico ou arqueol•gico e ainda de prote€•o Šs
mat‚rias-primas nacionais, indispens‰veis ao abastecimento da
ind•stria transformadora do pa…s.
45
Contra salvaguarda, restaurantes boicotam vinhos brasileiros
Sudbrack, D.O.M., Aprazível e Piselli vetam rótulos de vinícolas envolvidas com pedido de proteção ao vinho nacional
Em 16 de mar€o, o empres‰rio Pedro Hermeto, propriet‰rio do badalado restaurante Apraz…vel, no Rio de Janeiro, visitava a vin…cola Don Giovanni, em Bento Gon€alves (RS), para fazer uma encomenda de duas caixas de espumante da marca. A ideia era, t•o logo recebesse o produto, inseri-lo em sua carta de bebidas. Contudo, ao ser informado de que um grupo de produtores ga•chos havia protocolado no Minist‚rio do Desenvolvimento (MDIC) um pedido de revisão das regras de importação de vinhos no Brasil, Hermeto cancelou imediatamente o pedido.
O dono da vin…cola, Ayrton Giovannini, integra o grupo de empres‰rios do setor que solicitou ao governo a cria€•o de uma salvaguarda para proteger o vinho nacional da concorr„ncia estrangeira. Hermeto foi al‚m e tirou de sua carta de vinhos – conhecida por guardar extensa lista de nomes brasileiros – todos os r•tulos de vin…colas envolvidas com o pedido protecionista. “A retirada da carta ‚ uma medida infelizmente necess‰ria como forma de manifestar press•o e se fazer ouvir. Esse pedido de salvaguarda ‚ indefens‰vel”, afirma Hermeto.
Assim como o Apraz…vel, outros restaurantes nacionais seguiram o mesmo caminho e penalizaram as vin…colas autoras do projeto. S•o elas: Miolo, Salton, Dal Pizzol, Casa Valduga, Aurora, Alian€a, Lovara e Don Giovanni, entre outras, por meio de •rg•os de classe e sindicatos. No in…cio desta semana, ao menos uma voltou atr‰s. A Salton emitiu um comunicado dizendo que n•o compactuava com a posi€•o do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), um dos •rg•os que negocia as medidas protecionistas com o MDIC.46
47
Com o apoio da bancada gaúcha no Congresso, o governo abriu investigação para avaliar a possibilidade de aplicar SALVAGUARDA ao vinho nacional. O pedido veio atrav‚s do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), da União Brasileira de Viticultura (Uvibra), da Federa€ão das Cooperativas do Vinho (Fecovinho) e do Sindicato da Ind•stria do Vinho do estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho).
Vale dizer que muitos pequenos produtores, mesmo sufocados na recente burocracia do selo fiscal, são contr‰rios a medida.
AÇÃO: Salvaguarda;OBJETIVO: limitar importa€ões de vinho;DADOS: a importa€ão de vinhos cresceu de 37 milhões de litrospara 72 milhões, de 2005 a 2011.
IM POSTOS:a alíquota de importação para vinhos europeus, americanos e australianos subiria de 27% para 55%.Pa…ses vizinhos como Argentina e Uruguai–hoje protegidos por tratados do M ercosul, e tamb‚m o Chile, respons‰vel por quase 37% dos vinhos importados no Brasil, tamb‚m seriam afetados com a cria€ão de“cotas m‰ximas”,“defini€ão de pre€o m…nimo para o produto”e“mudan€a na pol…tica de licen€as”para pa…ses do M ercosul.
CAUSA e EFEITO: se aprovado, muitos dão como certa a reversão no atual quadro de expansão do mercado e da cultura do vinho no Brasil, com severa retra€ão no consumo. O maior prejudicado, como sempre, ser‰o consumidor que pagar‰mais por menos. De volta ao“Leite da mulher amada”, Liebfraumilch!
3.9 Salvaguarda na OMC
Art. XXI:
Estabelece exce€‹es sempre que se trata
de mat‚ria contr‰ria aos
interesses de segurança dos
países
, tais como o com‚rcio de armas, muni€‹es ou material
de guerra em geral.
•
Art. XIX:
Qualquer pa…s poderia elevar direitosaduaneiros ou
impor restri€‹es quantitativas devido a
circunstâncias
imprevistas
desde que evocasse que essa importaۥo
provocaria preju…zo grave Š economia.
3.10 DUMPING
Definição:
• Considera-se que h‰ pr‰tica de dumping quando uma
empresa exporta para o Brasil um produto a pre€o (valor de
exporta€•o) inferior Šquele que aplica a produto similar nas
vendas para seu mercado interno (valor normal).
O dumping
poderá ser efetuado em diferentes modalidades
:
Espor‰dico.
Predat•rio.
Persistente.
Pag. 81 – Jose Manuel
49
3.10 DUMPING
Condi€‹es para aplica€•o da medida:
A aplicaۥo de uma medida antidumping que ocasiona o
emprego de um direito antidumping requer que, no ˆmbito de
um processo administrativo, seja realizada uma
investigação
,
com a participaۥo de todas as partes interessadas, por meio
da qual dados e informa€‹es s•o conferidos e opini‹es s•o
confrontadas
50
3.10 DUMPING
Investigação
:
-Necess‰ria para que o
DECOM
possa propor uma aplicaۥo
de uma medida
- ‡ preciso ampla possibilidade de defesa
- Transpar„ncia na condu€•o do processo
Comprovação da prática
-Exist„ncia de dumping
-Danos a produ€•o dom‚stica e
- prova de um nexo causal
51
Brasil lidera investigações de dumping no G-20 •Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
O Brasil abriu mais processos antidumping que todos os pa…ses do G-20 nos •ltimos seis meses - resultado da pol…tica de defesa comercial mais ativa do governo Dilma Rousseff. Foram 25 novas investiga€‹es de dumping iniciadas pelo Pa…s entre outubro de 2010 e abril de 2011, quase o triplo do mesmo per…odo do ano anterior. O Brasil foi seguido por “ndia (15 investiga€‹es), Argentina (11) e Estados Unidos (9).
O relat•rio ‚ feito a cada seis meses pela Organiza€•o Mundial do Com‚rcio (OMC), pela Organiza€•o para Coopera€•o e Desenvolvimento EconŽmico (OCDE) e pela Confer„ncia das Na€‹es Unidas para o Com‚rcio e o Desenvolvimento (Unctad).
"‡ consequ„ncia da mudan€a de atitude da defesa comercial brasileira, que est‰ mais ativa", disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. "N•o ‚ protecionismo, porque s• adotamos pr‰ticas permitidas pela OMC."
3.11 SUBSIDIOS E MEDIDAS
COMPENSATÓRIAS
Formas mais usuais de medidas de subsídio às
exportações:
- Tarifas de transporte interno e fretes para exportaۥo em
condi€‹es mais favor‰veis;
- Concess•o de financiamentos governamentais a empresas
em fun€•o de seu desempenho nas exporta€‹es;
- Fornecimento pelo governo de produtos ou servi€os
importados para uso na produۥo de mercadorias exportadas;
- Isenۥo ou reduۥo de impostos ou encargos sociais em
fun€•o das exporta€‹es;
- Concess•o de pr„mios Šs exporta€‹es.
53
3.11 SUBSIDIOS E MEDIDAS
COMPENSATÓRIAS
Medidas compensatórias
• Objetivo:
• Compensar o subs…dio concedido no pa…s exportador
para fabricaۥo, produۥo, exportaۥo ou transporte de
qualquer natureza, cuja exporta€•o cause dano Š
ind•stria dom‚stica.
Solicitação de medida
• A ind•stria dom‚stica aciona o DECOM, expondo as
evid„ncias de subs…dios
• Julgada a exposi€•o suficiente, ‚ aberta uma investiga€•o
54
3.12 A DEFESA COMERCIAL NA OMC
Funcionamento
• A Defesa Comercial ‚ tratada na OMC por comit„s, em
reuni‹es semestrais em que se discutem temas relacionados a
aspectos controversos da interpretaۥo e implementaۥo
dos acordos.
55
3.12 A DEFESA COMERCIAL NA OMC
Comitês:
-
Práticas Antidumping
• acompanha as investiga€‹es em curso abertas contra
exporta€‹es procedentes de outras na€‹es ou territ•rios
aduaneiros.
- Subsídios e Medidas Compensatórias
• disciplina a utiliza€•o das subven€‹es e regulamenta as
medidas que os pa…ses podem adotar para contrabalan€ar os
efeitos do ssubs…dios.
- Salvaguardas
• disciplina a forma como os pa…ses podem restringir
temporalmente importa€‹es de produtos para proteger
determinado setor de um aumento de importa€‹es de um
produto que acuse ou ameace causar dano grave a esse setor.
3.13 CONFERENCIA DAS NAÇÕE UNIDAS
PARA O COMÉRCIO E O DESENVOLVIMENTO
(UNCTAD)
UNCTAD
‡ um f•rum privilegiado das Na€‹es Unidas para o tratamento
integrado do com‚rcio, desenvolvimento e assuntos
relacionados com as ‰reas de finan€as, tecnologia,
investimento e desenvolvimento sustent‰vel.
Objetivo
O desenvolvimento e a integra€•o de forma amig‰vel dos
pa…ses em desenvolvimento na economia mundial.
57
3.13 CONFERENCIA DAS NAÇÕE UNIDAS
PARA O COMÉRCIO E O DESENVOLVIMENTO
(UNCTAD)
- Funções chaves
- Funciona como um f•rum para delibera€‹es
intergovernamentais
- Empreende pesquisa, an‰lises pol…ticas e coleta de dados,
promovendo debates de representantes governamentais e
especialistas
- Fornece assist„ncia t‚cnica a solicita€‹es de pa…ses em
desenvolvimento
58
3.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
-
O que é SGP?
‡ uma redu€•o geral ou parcial do impostos de
importa€•o (Margem de Prefer„ncia)
-
Quem concede?
Os pa…ses desenvolvidos (OCDE)
-
Quais produtores?
-Em determinados produtos, quando origin‰rios e procedentes
de pa…ses em desenvolvimento
-Pag. 87 – Jose Manuel
59
3.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
Objetivo
Promover um acesso privilegiado dos pa…ses em
desenvolvimento, em bases n•o rec…procas, ao mercado dos
pa…ses desenvolvidos, para que possam superar o problema da
deteriora€•o dos termos de troca e assim conseguir avan€ar
etapas do processo de desenvolvimento.
3.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
Características
Unilateral e não-recíproco
: s•o concedidos tratamentos
tarif‰rio preferencial, sem contrapartida;
Autônomo
: cada outorgante possui seu pr•prio esquema,
que cont‚m a lista de produtos eleg…veis ao benef…cio,
respectivas margens de prefer„ncias e regras a serem
cumpridas para a concess•o do benef…cio;
Temporário
: cada esquema ‚ v‰lido por um prazo
determinado, normalmente renovados
Autorização da OMC
: precisam ser autorizados e por
tempo determinado.
61
3.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
Pa…ses outorgantes
- Austr‰lia (n•o
CONCEDE BENEF“CIOS AOBrasil)
-
BIELOR”SSIA- Bulg‰ria
- Canad‰
- Estados Unidos (+Porto Rico)
- Federaۥo Russa
- Jap•o
- Noruega
- Nova Zelˆndia
- Su…€a
- Turquia
- Uni•o Europ‚ia
623.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
Condições para a obtenção do benefício
O produto deve estar coberto pelo esquema do SGP do
outorgante.
O produto deve ser origin‰rio do pa…s benefici‰rio exportador,
conforme as regras de origem estabelecidas pelo outorgante.
O produto deve ser transportado diretamente do pa…s
benefici‰rio exportador para o pa…s outorgante importador.
Apresentar, Š alfˆndega de desembarque do produto, a prova
de origem adequada (Certificado de Origem – Form “A”).
63
3.14 O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
(SGP)
Administração do SGP no Brasil
A administra€•o SGP ‚ exercida pela SECEX/MDIC, por
meio do Departamento de Negocia€‹es Internacionais
Funções
:
▪ Elabora€•o das normas e dispositivos que ir•o reger o SGP;
▪ Divulga€•o e atualiza€•o das informa€‹es recebidas dos
pa…ses outorgantes.
▪ Esclarecimentos de d•vidas das autoridades alfandeg‰rias
quanto ao atendimento Šs regras determinadas pelos
3.15 O SISTEMA GLOBAL DE PREFERÊNCIAS
(SGPC)
SGPC
‡ um acordo estabelecidos entre os pa…ses em
desenvolvimento
Entra em vigor em 19/4/1989 (ratificado em 25/5/1991)
Participa€•o reservada apenas aos pa…ses membros
Objetivo
funcionar como uma instˆncia para o intercˆmbio de
concess‹es comerciais entre os membros (G - 77) e
ser um instrumento para a promo€•o do com‚rcio entre
seus membros
65
3.15 O SISTEMA GLOBAL DE PREFERÊNCIAS
(SGPC)
SGPC
Produtos beneficiados
S•o beneficiados produtos exportados que obt„m redu€•o da
tarifa de importa€•o em vigor no pa…s exportador, devendo
satisfazer as regras de origem e estar acompanhados do
certificado SGPC (Federa€‹es das Ind•strias credenciadas)
66
3.16 A CAMARA DE COMERCIO
INTERNACIONAL
CCI
‡ a •nica organiza€•o empresarial que representa
mundialmente os interesses empresariais.
Constituiu-se em Paris (1919), onde tem sua sede.
Os membros da CCI s•o empresas que efetuam transa€‹es
internacionais e organiza€‹es empresariais.
Pag. 91 – Jose Manuel
67
3.16 A CAMARA DE COMERCIO
INTERNACIONAL
Objetivo
Atuar em favor de um com‚rcio livre, criando instrumentos que
o facilitem, com a convic€•o de que as rela€‹es econŽmicas
internacionais conduzem Š prosperidade das na€‹es e Š paz
entre os pa…ses.
3.16 A CAMARA DE COMERCIO
INTERNACIONAL
Atuação
- Arbitragem e resoluۥo de conflitos
- Defesa do livre com‚rcio
- Sistema de economia de mercado
- Autorregulaۥo das empresas
- Publicaۥo de regras e usos uniformes
- Pagamentos internacionais
- Publicaۥo de termos comercias
- Lutas contra a corrupۥo e outros crimes comerciais
69
SOUSA, J. M. Fundamentos do com‚rcio internacional. S•o Paulo: Saraiva, 2009.
(comercio exterior – vol. 2)
MAIA, J. M. Economia internacional e com‚rcio exterior. 12. ed. S•o Paulo: Atlas, 2008. BRASIL. Minist‚rio das Rela€‹es Exteriores. Divis•o de Programas de Promo€•o Comercial. Exporta€•o Passo a Passo. Bras…lia: MRE, 2004.
70
ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR
BRASILEIRO
Banco Central do Brasil BACEN controle cambial
Ministério da Fazenda (MF)
Secretaria da Receita Federal- SRF controle aduaneiro
Secretaria de Comércio Exterior -SECEX controle comercial
Câmara de Comércio Exterior - CAMEX Secret.Executiva
DEINT Depto. de Negociações Internacionais
DECEX Depto. de Operações de Com. Exterior
DEPLA Depto. de Planej.e Des. do
Com. Exterior DECOM
Depto. de Defesa Comercial
SISBACEN SISCOMEX Exportadores/Importadores
REDE DE BANCOS MDIC -Ministério do
Desenvolvimento Ind. e Com. Exterior PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MRE - Ministério Rel. Exteriores
SCS-Sec.Com. Serviços
Cacex
-
Carteira de Comércio Exterior do
Banco do Brasil
S.A
criada em 1953no governo de Get•lio Vargasem substitui€•o a antiga Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil.
Entre suas principais fun€‹es estavam o licenciamento de exporta€‹ese importa€‹es, o financiamento do com‚rcio exteriorbrasileiro e a constru€•o das estat…sticas oficiais sobre exporta€‹es e importa€‹es.
Apesar de nunca ter sido oficialmente extinta, a Cacex foi desativada no governo de Collora partir do ano de 1990. Atualmente, as fun€‹es da Cacex est•o distribu…das pela administra€•o direta, na Secretaria de Com‚rcio Exterior (Secex) e na Ag„ncia de Promo€•o de Exporta€‹es e Investimentos( Apex-Brasil), ambas subordinadas ao Minist‚rio do Desenvolvimento, Ind•stria e Com‚rcio Exterior (MDIC).
73
Câmara de Comércio Exterior
(Camex)
O •rg•o mais importante, e atuante, no com‚rcio exteriorbrasileiro ‚ ligado diretamente a Presid„ncia da Rep•blica. Trata-se da Camex(Cˆmara de Com‚rcio exterior). A Camexfoi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma Secretaria Executiva. Atualmente, nenhuma medida que afete o com‚rcio exteriorbrasileiro pode ser editada sem discuss•o pr‚via da Cˆmara.
Participam da Camexos seguintes Minist‚rios: MDIC, Casa Civil, Rela€‹es Exteriores, Fazenda, Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Agr‰rio.
Entre as principais atribui€‹es/compet„ncias, podemos destacar:
- Definir diretrizes e procedimentos relativos Š implementa€•o da pol…tica de com‚rcio exteriorvisando Š inser€•o competitiva do Brasil na economiainternacional;
- Estabelecer as diretrizes para as negocia€‹es de acordos e conv„nios relativos ao com‚rcio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;
- Orientar a pol…tica aduaneira, observada a compet„ncia espec…fica do Minist‚rio da Fazenda;
- Formular diretrizes b‰sicas da pol…tica tarif‰ria na importa€•oe exporta€•o; - Fixar as al…quotas do imposto de exporta€•o;
- Fixar as al…quotas do imposto de importa€•o;
- Fixar direitos antidumping e compensat•rios, provis•rios ou definitivos, e salvaguardas.
74
Ministério das Relações Exteriores
(MRE)
Atua no marketing externo, fazendo a promo€•o e divulga€•o de oportunidades comerciais no estrangeiro. O MRE atua, especificamente, em duas frentes de trabalho: -- a promo€•o comercial das exporta€‹esbrasileiras
- as negocia€‹es internacionais, sempre buscando o interesse da pol…tica externa brasileira.
A promo€•o comercial busca dar assist„ncia Šs empresas brasileiras interessadas no processo de internacionaliza€•o de suas atividades. Este servi€o ‚ feito atrav‚s dos SECOMs.
Os SECOMs s•o as “antenas” do Departamento de Promo€•o Comercial do MRE, instalados em mais de 50 postos estrat‚gicos no exterior. S•o respons‰veis por - captar e divulgar as informa€‹es de oportunidades comerciais e de investimentos para empresas brasileiras.
- pesquisas de mercados para produtos brasileiros com oportunidades no exterior.
75
Secretaria de Comércio Exterior
(SECEX)
O SECEX tem como principal fun€•o assessorar o MDIC na condu€•o das pol…ticas de com‚rcio exterior. ‡ o •rg•o estrat‚gico do Minist‚rio e ‚ respons‰vel pela gest•o do controle comercial. O SECEX normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de com‚rcio exteriorde acordo com as diretrizes da Camexe do MDIC. Entre os seus principais objetivos, podemos destacar:
- Propor medidas de pol…ticas fiscal e cambial, de financiamento, de seguro, de transportee fretes e de promo€•o comercial;
- Participar das negocia€‹es em acordos ou conv„nios internacionais relacionados ao com‚rcio exterior;
- Formular propostas de pol…ticas de com‚rcio exteriore estabelecer normas necess‰rias a sua implementa€•o.
Pode-se dizer, assim, que o SECEX ‚ o carro-chefe do MDIC na gest•o do com‚rcio exteriorbrasileiro. O SECEX est‰ estruturado em quatro departamentos: DECEX, DEINT, DECOM e DEPLA.
Minist‡rio do Desenvolvimento, Ind•stria e
Com‡rcio Exterior
(MDIC)
‡ o minist‚rio respons‰vel pelas decis‹es e execu€•o das diretrizes pol…ticas de com‚rcio e exerce sua fun€•o atrav‚s do •rg•o gestor SECEX – Secretaria de Com‡rcio Exterior.
O MDIC foi criado em 1999 e tem como ‰rea de compet„ncia, no com‚rcio exterior, os seguintes assuntos, entre outros:
Pol…tica de desenvolvimento da ind•stria, do com‚rcio e dos servi€os; Pol…ticas de com‚rcio exterior;
Regulamenta€•o e execu€•o dos programas e atividades relativas ao com‚rcio exterior;
Aplica€•o dos mecanismos de defesa comercial participa€•o em negocia€‹es internacionais relativas ao com‚rcio exterior;
77
DECEX
(Departamento de Com‡rcio Exterior)
‡ a parte operacional da SECEX. ‡ encarregado por elaborar e implementar os dispositivos regulamentares, no aspecto comercial, do com‚rcio exteriorbrasileiro. Envolve o licenciamento de mercadorias importa€•oe exporta€•o, al‚m da gest•o do Sistema Brasileiro de Com‚rcio Exterior(SISCOMEX);
DEINT (Departamento de Negociaƒ„es Internacionais) – Coordena os trabalhos de negocia€‹es internacionais brasileiras a qual o Brasil participa;
DECOM (Departamento de Defesa Comercial)– Coordena as atividades de combate ao com‚rcio desleal Šs empresas e produtos brasileiros. O DECOM acompanha e supervisiona os processos instaurados no exterior contra empresas brasileiras, dando-lhes assist„ncias e assessoria cab…vel.
DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Com‡rcio Exterior) – Coordena a pol…ticas e programas aplic‰veis ao com‚rcio exterior. ‡ um departamento que coleta, analisa e sistematiza os dados e informa€‹es estat…sticas, de onde partem as propostas objetivando o desenvolvimento do com‚rcio externo brasileiro.
78
Minist‡rio da Fazenda (MF)
Respons‰vel pela pol…tica monet‰ria e fiscal, o MF (como ‚ comumente chamado) zela pela defesa e pelos interesses fazend‰rios, de fiscaliza€•o e controle de entrada e sa…da de mercadoria do com‚rcio exterior.
No Com‚rcio exterior, sua interven€•o ‚ feita atrav‚s do principal •rg•o atuante e operacional, a Receita Federal do Brasil. Este •rg•o, que muitas vezes possui status de Minist‚rio, atua na fiscaliza€•o aduaneira de mercadorias, produtos e bens que ingressam no pa…s ou s•o enviados ao exterior. ‡ respons‰vel tamb‚m pela cobran€a dos direitos aduaneiros incidentes nessas opera€‹es. Al‚m da RFB, o MF atua exerce esta compet„ncia atrav‚s do Banco Central do Brasil (BACEN).
79
Principais Atribuições do Departam ento de
Negociações I nternacionais
(DEI NT)
•
Participar das negociações de Tratados Internacionais de
comércio de bens e serviços, em coordenação com outros
Órgãos governamentais, nos âmbitos multilateral,
hemisférico, regional e bilateral;
•
Administrar, no Brasil, o Sistema Geral de Preferências (SGP) e
o Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC), bem
como os regulamentos de origem dos Acordos Comerciais
firmados pelo Brasil.
Principais Atribuições do Departam ento de
Defesa Com ercial
(DECOM)
•
Propor a abertura e conduzir investigações e revisões,
mediante processo administrativo, sobre a aplicação de
medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas;
•
Propor a regulamentação dos procedimentos relativos às
investigações de defesa comercial;
•
Apoio ao exportador.
81
Principais Atribuições do Departam ento de
Planejam ento e Desenvolvim ento do
Com ércio Exterior
(DEPLA)
• Coletar, analisar, sist emat izar e disseminar dados e informações estatísticas de comércio exterior, bem como elaborar a Balança Comercial Brasileira;
• Planejar, coordenar e implement ar ações e programas visando ao desenvolviment o da cult ura export adora (1ª Export ação, Redeagent es e Encomex);
• Gerenciar sist emas de consult as e divulgação de informações de comércio ext erior (Alicew eb, Radar Comercial, Port al do Export ador).
82
Principais Atribuições do Departam ento de
Normas e Com petitividade no Com ércio
Exterior
(DENOC)
Financiamento e Seguro às Exportações
Internacionalização de Empresas
Parceria Gov.-Univ.-Inst. (ex. PROCOM EX)
Normas
Administrar o benefício fiscal de redução a zero da alíquota do IR no pagamento de despesas com promoção comercial de produtos brasileiros no exterior (Sistema de Registros de Informações de Promoção - SISPROM ).
Logística83
Banco Central do Brasil
(BACEN)
Criado pela Lei 4.595/1964, o BACEN ‚ a autoridade monet‰ria e o principal executor das pol…ticas formuladas pelo Conselho Monet‰rio Nacional, colegiado respons‰vel por apontar as diretrizes gerais das pol…ticas monet‰ria, cambial e credit…cia.
Al‚m das compet„ncias de autoridade monet‰ria, o BACEN autoriza os estabelecimentos banc‰rios a comprar ou vender moedas estrangeiras no Brasil. Esta obriga€•o se d‰ pelo fato de no Brasil n•o ser permitido o livre curso de moedas estrangeiras, tanto a pessoas f…sicas como jur…dicas. Esta regulamenta€•o do controle cambial se encontra no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI).
Organograma da Secretaria de Comér ci oExterior
85
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
VAZQUES, José Lopes. Com ércio Ext erior Brasileiro. Edit ora At las. Ano: 2007, 8ª edição. M ENDONÇA, Paulo C. C.; KEEDI, Sam ir. Transport es e seguros no com ércio ext erior. São Paulo: Aduaneiras, 1997.
RATTI, Bruno. Com ércio int ernacional e câm bio. 10. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001 M INERVINI,, Nicola. Export ador. 3. ed. Sao Paulo: M akron, 2001
BIBLIOGRAFIA COM PLEM ENTAR
KEEDI, Sam ir. ABC do com ércio ext erior: abrindo as prim eiras páginas. 3.ed. São Paulo : Aduaneiras, 2010.
Faro, Ricardo e Faro, Fát im a. Curso d e Com ércio Ext erior: Visão e Experiência Brasileira. Edit ora At las. Ano: 2007. 1ª edição.
LUDOVICO, Nelson. Com ércio ext erior: preparando sua em presa para o m ercado global. São Paulo: Thom son, 2002.
CASTRO, José August o de. Export ação: aspect os prát icos e operacionais. São Paulo: Aduaneiras, 2001.