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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULADE INTEGRADA AVM

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULADE INTEGRADA AVM

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA

Por: Atomir Garcia Filho

Orientadora Profª. Mary Sue

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como resultado parcial da obtenção do grau de especialista em Administração e Supervisão Escolar.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus amigos, esposa e filhos que muito contribuíram para a realização desse meu trabalho, pois muitas vezes se privaram de minha companhia para que eu pudesse me dedicar à obtenção desse título.

Agradeço, também, à minha cara orientadora, Prof.ª Mary Sue, pela paciência que sempre teve com minhas dificuldades para cumprir os prazos e na execução do trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico meu trabalho à minha esposa e a meus filhos que muito me auxiliaram dando força para continuar quando muitas vezes pensei em desistir.

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RESUMO

Nesse trabalho, buscaremos mostrar que o processo ensino- aprendizagem, quando desenvolvido pela escola em parceria com a família propicia a todos um melhor entendimento e acompanhamento do processo. Isso, com certeza, fará com que os resultados encontrados serão melhores.

Mostraremos uma visão geral do processo e, depois, uma visão separadas da influência dos professores no processo e da família. Nesses capítulos, buscaremos mostrar a necessidade da participação de cada um na formação do educando.

Uma solução para a melhoria dos resultados encontrados é a facilitação da participação e integração dos pais com a escola.

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METODOLOGIA

Para a realização desse trabalho, fizemos uma leitura dos textos e livros mencionados nas Referências bibliográficas. Além disso, acompanhamos o processo de construção da relação família-escola numa instituição em particular para ter subsídios para coletar os dados que embasaram partes da pesquisa. Após a coleta dos dados e leitura da bibliografia recomendada, fizemos algumas entrevistas com educadores, técnicos em assuntos educacionais, extremamente ligados ao acompanhamento dos alunos e com alguns pais nas várias escolas visitadas.

Após essa coleta de informações, iniciamos a escrita do trabalho tentando relatar as situações encontradas e as conclusões às quais chegamos buscando, dessa forma auxiliar novos trabalhos relacionados a essa tema que venham a ser escritos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇAO 08

CAPÍTULO I – A Escola e a família 10

CAPÍTULO II – A Importância da reunião de pais 23

CAPÍTULO III – Agentes socializadores 29

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46

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INTRODUÇÃO

Estamos vivendo um momento histórico de inúmeras transformações e constantes mudanças, em que todos necessitam se preparar para enfrentar novos desafios e modificar paradigmas.

Para tanto, precisamos da apresentação de propostas pedagógicas que possam alavancar a qualidade do ensino nas escolas públicas. Há a necessidade em desenvolver um Projeto Político Pedagógico que busque a implantação de atividades inovadoras, permitindo, dessa forma, a integração da cultura educacional das instituições de ensino com aspectos democráticos capazes de fortalecer as políticas pedagógicas.

Esses aspectos democráticos estão relacionados aos interesses dos órgãos públicos responsáveis pela educação no país, funcionários das escolas, estudantes, pais e comunidade em geral. Sendo assim, para o desenvolvimento do projeto, é necessário que as escolas realizem um debate interno para analisar as principais necessidades de todos os envolvidos no processo, procurando estabelecer mudanças que fortaleçam a formação e o aprendizado do aluno.

Para elevar a qualidade de ensino no Brasil, é necessário o desenvolvimento de propostas pedagógicas consistentes que possam proporcionar, realmente, a realização das atividades educacionais propostas pelas instituições de ensino. E, através da identificação de problemas e necessidade de solução para os mesmos, possam vir a contribuir para estimular o interesse de todos os indivíduos que devem fazer parte do escopo das pessoas responsáveis.

Se através do ensino podemos construir uma pessoa de caráter ilibado e formar um profissional competente, torna-se claro que a educação é o melhor caminho a ser seguido para incentivar e gerar cidadãos conscientes de seu

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papel na sociedade. Portanto, a escola é o caminho para a construção de uma sociedade mais digna e justa.

Dentro desse aspecto, a integração escola e família se destaca com o objetivo comum de educar crianças e adolescentes para a vida e sociedade nos dias atuais. A escola não pode viver sem a família e, vice-versa. É através dessa interação, cujo objetivo maior é o desenvolvimento do bem-estar e da aprendizagem do educando, que podemos contribuir para sua formação integral, dando-lhe atenção na escola e em casa, de forma complementar.

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CAPÍTULO I – A ESCOLA E A FAMÍLIA

Iniciaremos esse trabalho apresentando os principais conceitos e teorias encontrados em referenciais bibliográficos e fontes documentais consultados para embasar seu conteúdo teórico e oferecer maiores esclarecimentos sobre os tópicos abordados.

Nessa etapa, buscaremos aprofundar nosso objeto de estudo, tendo como finalidade um maior entendimento sobre o problema que deu origem a essa pesquisa, visando a análise e uma correta interpretação de seus dados , devidamente citados, no decorrer dos capítulos.

Os conceitos pesquisados e descritos, assim como exemplificação do processo, serão apresentados nos seguintes tópicos e ordem:

ESCOLA E FAMÍLIA

A IMPORTÂNCIA DA REUNIÃO DE PAIS AGENTES SOCIALIZADORES

1.1 – A Escola e a família

A visão direcionada à análise das políticas educacionais nas escolas sofreu alterações em meados da década de 80, quando uma nova tendência buscou superar a vertente social criada pelo homem por meio de situações dicotômicas que exaltavam a relação entre o indivíduo e o objeto.

Esta nova vertente tinha o principal objetivo de evitar práticas dualistas, já que "o sujeito, que a ciência moderna lançara na diáspora do conhecimento irracional, regressa investido da tarefa de fazer erguer sobre si uma nova ordem científica.” (BOAVENTURA, 1981, p.43)

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Assim, como reflexo dessa teoria, encontramos o desenvolvimento de atividades escolares inovadoras, com caráter mais humanista e que permitiam que o homem se estabelecesse como o centro do aprendizado. No entanto, a presença da natureza e da sociedade em geral eram consideradas humanas também.

O projeto político-pedagógico constitui-se em uma referência importante para a reflexão ética do trabalho escolar, podendo redimensionar as ações do coletivo que o concebe, elabora e avalia. Refletindo acerca de suas concepções de homem, sociedade, educação, ensino, aprendizagem, currículo, avaliação etc, os sujeitos da escola podem imprimir um caráter mais crítico ao componente ético de suas ações, distanciando-se de práticas individualistas rumo a outras que tomem o coletivo como foco. (SOUSA, 2001,p. 227)

As instituições de ensino são formadas pelos interesses de dois lados. Um deles, é constituído pelo órgão público responsável pelas leis direcionadas ao desenvolvimento de novas políticas pedagógicas. Do outro lado, encontramos o escopo de profissionais de ensino, grupos de alunos e, consequentemente, seus pais e a sociedade. Em alguns momentos, há um confronto de opiniões, uma que o governo de nosso país não possui recursos suficientes para atender a todos os pedidos, necessidades e exigências da população.

O ideal seria realizar um debate para que fosse feita a análise dos interesses mais importantes para, em seguida, identificar os recursos disponibilizados. Aí sim, eles seriam colocados em prática.

Cada escola interagem diversos processos sociais: a reprodução das relações sociais, a criação e a

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transformação de conhecimentos, a conservação ou destruição da memória coletiva, o controle e a apropriação da instituição, a resistência e a luta contra o poder estabelecido. (EZPELETA; ROCKWELL, 1986, p. 58)

A escola mantém seu papel de socializar o indivíduo a partir do momento que o aluno compreende a rotina que lhe é exigida e quando o mesmo passa a aproveitar e usufruir dos recursos disponibilizados pelas atividades pedagógicas, usando essas experiências para alcançar sua realização pessoal e futuramente profissional.

Geralmente, notamos que muitas instituições de ensino, sejam elas públicas ou particulares, atualmente, possuem algumas discordâncias referentes à metodologia de ensino ou, até mesmo, quanto à maneira com que buscam chamar a atenção dos alunos para que eles tenham comprometimento para cumprir suas atividades acadêmicas. Apesar disso, ainda encontramos muitos alunos e pais que não estão satisfeitos com a maneira com que a escola conduz o processo ensino aprendizagem. Sentem falta de alguma coisa, mas não sabem explicitar o que é.

Dessa forma, o desempenho do papel social da escola é ainda muito complexo, apresentando resultados em prazos muito longos para que possamos ver o reflexo das mudanças realizadas nos últimos anos. As instituições estabelecem normas para serem seguidas pelos professores e alunos, buscando resolver divergências, impondo alianças e realizando acordos. Tais ações visam a integração do aluno com as práticas docentes, permitindo que “se apropriarem do saber científico, filosófico e artístico, de tal maneira que esse saber se torne uma mediação na construção de uma prática social de resistências às brutais formas de alienação hoje existentes.” (DUARTE, 2000, p. 282). Mas, infelizmente, nem sempre esse é o resultado que encontramos ao final do processo.

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Assim, entendemos que a educação, independente dos diversos públicos e/ou níveis envolvidos necessita de melhorias constantes, substituindo as antigas atividades educacionais por outras mais recentes, que ofereçam melhores resultados. É preciso estar sempre atento às políticas pedagógicas, às novas filosofias de trabalhos existentes e às novas tecnologias educacionais para ampliar a base estudantil, tornando a escola um local mais próximo dos alunos e de seus pais. Precisamos entender que a escola é um local que tem como uma de suas principais funções formar cidadãos mais responsáveis em relação à vivência social e educacional, refletindo em seu cotidiano e que esse trabalho é contínuo e de todos os envolvidos. Não basta a escola traçar seus objetivos. A família e os alunos têm que compactuar com eles no sentido mais amplo desse acordo que é, na verdade, um acordo de desenvolvimento de um trabalho coletivo.

A sala de aula funciona não como o corpo simples de alunos-e-professor regidos por princípios igualmente simples que regram a chatice necessária das atividades pedagógicas. A sala de aula organiza sua vida a partir de uma complexa trama de relações de aliança e conflitos, de imposição de normas e estratégias individuais ou coletivas de transgressão, de acordos. A própria atividade escolar, como o dar aula, fazer prova, era apenas um breve corte, no entanto poderoso e impositivo, que interagia, determinava relações e era determinada por relações sociais, ao mesmo tempo internas e externas aos limites da norma pedagógica. (BRANDÃO, 1986, p.121)

As atividades básicas das instituições de ensino devem estar baseadas nas ações focadas no modo de ensino, no potencial de aprendizado dos alunos e nos recursos que viabilizem essas ações. Só com a integração de todos

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estes fatores, o principal objetivo do papel social da escola, oferecer a melhor qualidade de ensino para toda a população, será alcançado.

Para uma perspectiva construtiva, a escola deve manter um processo de comunicação entre ela e os pais, assim como, conscientizar todos os envolvidos que o aluno deve compreender que ele é o responsável pelo próprio interesse em se manter informado e em constante aprendizado. Os estímulos externos praticados pela escola são muito importantes, mas sem sua vontade de mudar, nada acontecerá.ele é o ator principal desse processo e precisa ter essa clareza para interagir com seus professores e pais para garantir a melhoria de seus resultados – formais e informais.

A visão dos indivíduos hoje não é mais aquela de que a escolas devem exercer seu papel com autodeterminação político-administrativa. Ou seja, possuírem autonomia suficiente para estipular melhoras nos sistemas educacionais estabelecidos pelo governo, sem a interferência dos outros envolvidos no processo. Hoje, se entende que pais e, principalmente, os alunos devem partilhar dessas decisões, verificando, juntos, qual o melhor caminho a seguir.

De acordo com a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a expressão autonomia das escolas modernas não aparece explicitamente. Entretanto, ela estabelece que as instituições devem ter liberdade, organizando seu regimento de acordo com sua realidade. As diretrizes servem para orientar o trabalho e os planejamentos desenvolvidos e não, para engessar o trabalho das escolas e das diversas comunidades envolvidas. Apesar desse fato, a autonomia praticada atualmente não tem sido suficiente para alavancar a qualidade de ensino das escolas no Brasil, pois o atual sistema educacional ainda apresenta sintomas de escassez de elementos capazes de solucionar os problemas da educação brasileira que têm raízes muito antigas. A solução só surtirá efeito alongo prazo e com muita insistência de todos. Não podemos iniciar os projetos e abandoná-los sempre que houver um governante novo no

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poder ou à frente do Ministério, das Secretarias Municipais ou Estaduais de Educação. O desenvolvimento da Educação é um processo apolítico. É referente à formação do cidadão em sua forma mais ampla e requer responsabilidade dos envolvidos em fazer com que ele aconteça, da melhor forma possível.

Hoje em dia, escrevemos muito sobre autonomia em documentos diversos. Entretanto, no que se refere à sua prática, podemos notar uma carência imensa nas políticas públicas direcionadas ao setor educacional.

Devido às constantes transformações do mundo do trabalho que exigem profissionais sejam cada vez mais qualificados, a necessidade de professores especializados aumentou e se tornou uma preocupação vigente no sistema de ensino brasileiro. O professor precisa estar cada vez mais integrado com as novas habilidades requisitadas pelo mundo do trabalho, tornando-as de fácil acesso aos alunos. Essas atividades deveriam ser desenvolvidas a partir do ingresso do aluno nas instituições escolares, mas, muitas vezes, por falta de recursos humanos e/ou de atualização dos mesmos, isso não acontece.

Assim, é preciso que as políticas educacionais tratem de forma especial a melhoria da execução dos projetos de autonomia para que as escolas tenham meios suficientes de elevar as competências e habilidades de seus profissionais para enfrentar uma sociedade totalmente globalizada, que exige um sistema de ensino consistente capaz de vencer as dificuldades que encontrarão no mundo do trabalho e sejam capazes de se manterem atualizados quanto às novas tecnologias usadas.

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A autonomia escolar direcionada ao desenvolvimento de propostas pedagógicas, normalmente, é um problema enfrentado pelas instituições publicas, já que elas dependem de órgãos públicos que controlam todo o orçamento, sistemas educacionais e dão as diretrizes, muitas vezes com

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conteúdos defasados que devem ser seguidos por todas, independente da região em que se localizam. Não podemos esquecer a extensão territorial de nosso país que influencia muito no desenvolvimento do trabalho educativo. Não podemos comparar e querer que uma escola de Santa Catarina tenha o mesmo plano político pedagógico, as mesmas diretrizes, conteúdos, rendimento e trabalhos desenvolvidos que uma no Pará, por exemplo. As realidades, a cultura e até mesmo o clima interferem na rotina da comunidade escolar. O trabalho dos pais são muito distintos de uma região para outra o que faz com que, em conseqüência, seus objetivos e expectativas também difiram. Um projeto que atenda à realidade das escolas deve ser individual, por instituição, respeitando as diferenças regionais e culturais, sob pena de que a própria escola não atenda à diversidade de sua clientela.

A escola pública é uma instituição social muito específica com uma tarefa de ensino eminentemente social que, por isso mesmo, exigiria um esforço coletivo para enfrentar com êxito as suas dificuldades porque essas dificuldades são antes institucionais que de cada professor. Mas, de fato o que se tem é um conjunto de

professores preparados bem ou mal, para um

desempenho individualizado e que, por isso, resistem à idéia de que os próprios objetivos escolares são sócioculturais e que até mesmo o êxito no ensino de uma disciplina isolada deve ser aferido em termos da função social da escola. (AZANHA, 1998, p. 21)

A escola deve servir como base para o desenvolvimento do ser humano, se responsabilizando por sua formação plena. Portanto, é a escola que tem a função de verificar e, em conjunto com a sociedade, estabelecer as mudanças que necessitam ser realizadas, devendo ser propostas, planejadas, analisadas e colocadas em prática, sempre em conjunto com os pais ou responsáveis pelos alunos.

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O processo de comunicação quando é desenvolvido de forma coletiva, com a colaboração de todos – professores, técnicos, alunos e responsáveis - tem maior possibilidade de melhorar os resultados alcançados, as práticas educativas enquadrando as ações estabelecidas pelo projeto na política educacional da escola de forma consistente e evolutiva, respondendo perguntas tais como: "que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja e para que projeto de sociedade?" (GADOTTI, 2000, p. 42)

Sendo assim é possível alcançar os objetivos propostos a partir de ações prioritárias para a construção de uma nova política educacional de acordo com a realidade. Deve haver comprometimento de todos os indivíduos que fazem parte desse processo, podendo ser, professores, diretores, alunos pais e todos os membros da sociedade em geral.

Para VEIGA (1995), este projeto deve procurar uma direção estabelecida por uma ação intencional, mantendo o comprometimento em contribuir para o andamento do projeto de melhoria da educação, estando diretamente ligado a questões sociais e políticas, principalmente focados nos interesses da população. Do ponto de vista pedagógico, a escola busca formar cidadãos responsáveis, inteligentes, críticos e comprometidos com práticas humanistas, interferindo positivamente para a formação de uma sociedade mais justa.

Para que a escola consiga alcançar a autonomia proposta e desenvolver a democracia e a realidade social e econômica, deve focar suas ações na criação de um espaço onde a sociedade possa apresentar suas ideias servindo como fonte de reflexão para todos os interessados.

Além de palavras, uma organização voltada principalmente para a formação do indivíduo deve se comunicar a partir de iniciativas concretizadas através de ações. À Instituição não basta, simplesmente, anunciar seus princípios. Ela deve cumpri-los detalhadamente, sendo que suas metas e

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objetivos devem estar integrados com os elementos que formam toda a cultura da escola.

De acordo com KANNAANE (1994), os elementos que envolvem a comunicação organizacional de uma empresa permitem que os princípios sociais e profissionais sejam compreendidos por todos os níveis hierárquicos, chegando assim, até os consumidores.

As interações sociais, expectativas e

necessidades refletem os anseios do trabalhador, assinalando esse segmento. E quando se consegue criar esse clima que propicie a satisfação das necessidades dos participantes canalizando seus comportamentos

motivados para a realização dos objetivos da

organização, tem-se um clima propício ao aumento da eficácia da mesma (KANAANE,1995, p.123).

Segundo ROMAN (2002), a organização deve direcionar seus esforços para atender duas dimensões: a ética e a estética. A dimensão ética envolve a ação de elaborar estratégias para suprir as necessidades da empresa em relação a boas ações, ou seja, devem estar ligadas com os valores da sociedade em geral. Já a dimensão estética envolve o atendimento dos elementos que estão ligados à imagem da empresa em relação ao seu público alvo.

A comunicação articula e integra as diversas partes da organização e a mantém estruturada. A qualidade desses liames, por sua vez, é resultado da administração inteligente dos processos interacionais das pessoas que compõem essa organização. Não basta, porém, considerar os relacionamentos administrativos entre “caixinhas” componentes de um organograma. Mais

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do que isso, implica reconhecer que uma organização é constituída pela interação dos funcionários que ocupam essas “caixinhas”, e que essa organização é definida pelas ações conjuntas desses funcionários. (ROMAN, 2002, p. 35-36)

Através do ensino podemos construir uma pessoa competente e formar um profissional. A melhoria da educação de um país é o melhor caminho a seguir para incentivar a responsabilidade social e gerar cidadãos socialmente responsáveis e aptos ao mundo do trabalho. Podemos afirmar, ainda, que a escola é o melhor caminho, ou o único, para a construção de uma sociedade mais digna e justa.

A escola, assim como a família, participa ativamente do processo de aprendizagem infantil. Sendo assim, ela desempenha um papel fundamental na construção das novas dimensões da nossa sociedade. Até aqui, portanto, podemos dizer que o papel da escola consiste na construção intelectual e moral de seus alunos. Serrano (2002), citando Durkheim, diz que o meio social tem grande influência na formação da moral e, portanto, é preciso repensar nossos valores e o processo educacional.

Atualmente, a educação se expande para além da aquisição de informação. A formação intelectual do indivíduo não pode mais existir sozinha. Ela deve ser complementada com a formação profissional, moral, do cidadão como um todo. Para dar várias opções aos alunos, as escolas oferecem hoje em dia, vários cursos extracurriculares que buscam complementar a formação dos alunos, inserindo atividades que despertem tanto o autoconhecimento quanto o papel social. A escola, o aluno e a própria família precisam estar conscientes do papel que cada um tem na sociedade atual.

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...a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos

podem ser amplamente transformados pelas

circunstâncias de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal. Os meios em que vive a criança e aqueles com que ela sonha constituem a “forma” que amolda sua pessoa. Não se trata de uma marca aceita passivamente.

A escola é o ambiente ideal para trabalharmos com o desenvolvimento da responsabilidade, pois tem acesso direto à formação do cidadão consciente. As novas propostas de atuação nesse segmento são baseadas não apenas no assistencialismo, mas em solidariedade, cidadania e desejos de transformações. Através de temas como: diferenças entre as pessoas, cooperação e respeito, as crianças e os adolescentes vivenciam situações que promovem reflexões em relação à sociedade. É necessário incentivar as pessoas, a buscarem novos caminhos e soluções positivas para o país, a fim de que tenhamos uma sociedade mais digna e justa.

No processo educativo, precisamos considerar como ponto de partida a realidade social e histórica em que tanto a criança como o educador estão inseridos. Partindo desse pressuposto, consideramos que a função da escola é dar condições para que o aluno compreenda o mundo em que vive, assumindo, assim, uma atitude crítica e construtiva, principalmente nas etapas iniciais de sua formação que são muito marcantes no desenvolvimento humano, de acordo com a obra REFERENCIAIS CURRICULARES: EDUCAÇÃO INFANTIL, 2001.

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Sabemos que a participação da família na vida escolar da criança é imprescindível para seu crescimento pessoal e social, de forma que a educação possa ser inserida de maneira significativa para os alunos por intermédio de experimentações, e por meio destas fazer do contexto escolar uma fase de muito estímulo e prazer.

Assim, compreendemos a fala de Wallon quando esse afirma que o estudo do desempenho escolar do aluno não pode ser feito isoladamente. Esse estudo deve ser feito tomando por base o estudo do meio em que ela se desenvolve:

O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá responder às suas necessidades e às suas aptidões sensório-motoras e depois psicomotoras. O principal do desenvolvimento é a integração em dois sentidos: Integração organismo-meio; e Integração cognitiva, afetiva e motora. (Wallon ,1975, p. 164-165)

A aprendizagem não significa apenas acúmulo de conhecimentos. Ela deve implicar, também, uma compreensão de como esses conhecimentos podem ser utilizados. Aprendizagem supõe uma integração harmônica entre o saber e o agir, entre o sentir e o pensar.

Junto à família, a escola desempenha um papel fundamental na construção dos valores do indivíduo, pois é nela e a partir dela que recebemos grande parte das informações do mundo do aluno.

O nosso mundo está em constante mudança e a educação precisa preparar o aluno a questionar, refletir, mudar e criar. Não basta apenas ensinar o que é conhecido, precisamos preparar o aluno para lidar com os problemas que vão surgindo, não só em sua vida acadêmica, mas principalmente, em sua vida enquanto cidadão integrante da sociedade.

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A família é o primeiro contexto no qual o aluno desenvolve padrões de socialização. Desse modo, ele se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária que vai refletir na sua vida escolar. Sendo assim, o sucesso da tarefa da escola depende da colaboração familiar ativa. Não podemos colocar a família a parte do trabalho desenvolvido pela escola, pois, em muitos momentos o indivíduo é aluno, filho e cidadão, ao mesmo tempo. A tarefa de ensinar não compete apenas à escola, porque o aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação e do cotidiano. Sendo assim, é preciso que professores, família e comunidade tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de todos.

Devemos sempre salientar o importante papel da família no desempenho escolar dos filhos e concluir que há uma relação interdependente entre as condições sociais da origem das famílias e a maneira que se relacionam com as escolas.

Há uma dificuldade grande em fazer com que esse trabalho seja feito por todos os envolvidos. A família demonstra que possui preocupação e desejo de envolver-se com os assuntos escolares. Por outro lado, os discursos dos educadores demonstram o interesse na participação dos pais em situações que acontecem fora dos muros da escola, como o auxílio nas tarefas de casa. Entretanto, temerosos de que estes últimos, ao obterem uma ampliação de poder frente à gestão escolar, terminem por invadir áreas que segundo eles não lhes pertencem, como por exemplo: avaliação dos professores, definição de calendário e currículos escolares, entre outros, os professores acabam ofertando possibilidades de participações restritivas, ou exigem um conhecimento que os pais não possuem, acabando por afastar a família.

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CAPÍTULO II - A IMPORTÂNCIA DA REUNIÃO DE PAIS

A reunião de pais é uma prática utilizada pelas escolas com o intuito de reunir os pais de alunos com o corpo docente da instituição, principalmente no que diz respeito aos ensinos fundamental e médio.

Tais reuniões nasceram com o propósito de apresentar aos pais ou responsáveis os resultados obtidos pelos alunos na escola, mostrar como ele vem se portando na escola e abrir espaço para discussões e suas possíveis reclamações e/ou sugestões.

Esse espaço de integração entre os responsáveis e a escola se torna essencial uma vez que, como dito anteriormente, são os maiores responsáveis pela socialização dos alunos, pelo seu pleno desenvolvimento. Hoje, cremos que a escola e a família precisam ser parceiros para que os resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem seja o mais completo possível.

A iniciativa de convidar para as reuniões de responsáveis deve partir da escola, de acordo com agendamento prévio. Aos pais cabe a participação com interesse das mesmas, devendo saber que é de grande valia e importância a convivência e o conhecimento do meio escolar de seu filho. Analisando o lado familiar, podemos dizer que essencial a participação na vida escolar dos filhos, informando-se sobre seu desempenho, ações e necessidades.

A reunião de pais deve ser compreendida como um importante instrumento de aproximação entre a família e a escola. Mesmo não sendo o único meio de contato entre família e escola, se trata de um instrumento importante e fundamental para que os pais se aprimorem como verdadeiros educadores dos filhos, compartilhando com os docentes, técnicos educacionais e demais responsáveis as dificuldades, os desafios e, até mesmo, as possíveis

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soluções para os entraves encontrados no caminho da construção do processo educativo.

A importância da realização das reuniões entre a escola e os responsáveis está interligada ao projeto pedagógico construído pela escola. A instituição pode trabalhar com um sistema de ensino voltado apenas para a aprendizagem de conteúdos das disciplinas formais. Entretanto, entendemos que a maneira mais completa de trabalhar é a construção coletiva, embasada numa forma mais ampla, preocupada com a formação de cidadãos, com o encontro entre os professores e os pais, assumindo, então, uma parceria na educação dos alunos.

Normalmente a equipe pedagógica responsável pela formação dos alunos possui pontos de vista comuns aos das famílias no que diz respeito à educação, o que faz com que a troca de experiências seja fundamental para que o conhecimento sobre o trabalho desenvolvido seja bem amplo.

A parceria entre os responsáveis e a escola, quando afinada, contribui para a formação cidadã dos alunos além de solidificar a construção dos conhecimentos acadêmicos.

Os pais vêem atrativos para irem à escola quando conseguem perceber que têm voz ativa, ou seja, que são ouvidos pelos professores e diretores e que existe um retorno para suas sugestões, reclamações ou propostas.

A família é responsável pela escolha da instituição em que o aluno estudará. Independente da escola ser pública ou privada, eles, junto com os professores e técnicos que trabalham na instituição devem participar do projeto pedagógico desenvolvido pela escola.

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Normalmente, os professores consideram os pais ausentes no processo de construção da educação dos filhos. Por sua vez, os pais delegam à escola toda a obrigação da formação do educando. Dentro deste contexto, os professores precisam trabalhar para restabelecer a relação entre a família e a escola e procurar aproximar os pais, dentro de suas possibilidades de tempo, das atividades realizadas pela escola com os alunos. Os pais precisam ter consciência de seu papel na complementação da educação dos filhos, da importância que têm na formação das crianças.

A interação entre a família e escola não deve se restringir apenas às reuniões formais que ocorrem nas unidades escolares. O ideal seria que essas visitas acontecessem com regularidade, havendo assim um maior acompanhamento e um intercâmbio entre todos os segmentos, fazendo com que as famílias participem efetivamente do cotidiano escolar.

É imprescindível que estejam em contato com a vivência social e escolar de seus filhos, pois o processo de integração tende a enriquecer o desempenho da criança. Aquelas cujas famílias se envolvem no seu processo de desenvolvimento escolar são motivadas e possuem um bom desempenho em relação a aprendizagem.

Num processo em que escola e família conseguem trabalhar em parceria, tendo o objetivo comum de educar crianças e adolescentes, muitos dos conflitos no contexto escolar são superados. É preciso um acompanhamento permanente dos pais e parceria com a escola.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p.63):

A atuação do professor em sala de aula deve levar em conta fatores sociais, culturais e a história de cada aluno, como também características pessoais de déficit sensorial, motor ou psíquico, ou de superdotação

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intelectual. Deve-se dar especial atenção ao aluno que demonstrar a necessidade de resgatar a auto-estima. Trata-se de garantir condições de aprendizagem a todos os alunos, seja por meio de incrementos na intervenção pedagógica ou de medidas extras que atendam às necessidades individuais.

O trabalho dos pais integrados com o desenvolvido pela escola se torna essencial para que todos falem a mesma linguagem, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem. O principal objetivo dessa interação é o trabalho em conjunto, que tem o intuito de propiciar o desenvolvimento de comportamentos, que contribuirão na formação integral do educando.

Os objetivos a serem alcançados devem ser traçados pela escola buscando transformar o processo de construção da formação dos alunos num movimento contínuo e dinâmico, com uma proposta pedagógica coerente, reconhecendo que a aprendizagem é constituída na interação do conhecimento, na realidade e vivência no âmbito familiar. Esses itens devem ser levados em conta na construção do projeto pedagógico da instituição.

Sabemos que as reuniões de pais, são os momentos mais representativos destas intersecções entre família e escola. Apesar da incompleta enumeração dos aspectos preponderantes na relação família escola, aspectos estes como se nota, principalmente de ordem afetiva e moral, vê-se que a tarefa de se construir uma parceria entre tais instituições se faz mister, uma vez que a escola não sustenta ou talvez jamais tenha sustentado a posição de substituta da família na função educadora, tão pouco, lhe caberá assumir uma postura de resistência e rivalidade, baseada em uma aproximação unilateral, que venha a submeter a família, a partir da exagerada consideração de uma possível ignorância e incapacidade desta última para educar e socializar.

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CAPÍTULO III - AGENTES SOCIALIZADORES

3.1 – O docente e a escola

Segundo MUNIZ (1992), as diversas transformações no ambiente estão exigindo uma nova proposta para fortalecer o compromisso de colaboradores com sua função. Isso ocorre devido ao aumento da concorrência, fazendo com que os objetivos fiquem dependentes do profissionalismo dos seus funcionários. Portanto, o comportamento dos colaboradores deve ser trabalhado de modo a compartilhar tarefas a fim de atingir metas.

Quando o ambiente de trabalho e as tarefas direcionadas aos empregados são baseados em valores morais e éticos, o trabalho pode ser avaliado como significativo, levando em consideração que ele influencia na criação de um conceito de si próprio servindo como fonte de auto-estima. Segundo BULHÕES (1994), o trabalho, quando construído como ação formadora de um cidadão, contribui para a definição de aspectos fisiológicos, morais, sociais e econômicos.

Os trabalhadores em geral possuem a necessidade de aprendizado, uma vez que ela influencia em sua realização pessoal e seu desenvolvimento profissional.

O educador pode ser conceituado como um especialista em conhecimento, sendo que é esperado que ele tenha uma postura que apresente em sua personalidade um profissional equilibrado, seguro, que demonstre confiança e conhecimento, conseguindo conciliar o intelectual com o emocional, seu lado ético e deixando transparecer o pedagógico.

... educar é criar cenários, cenas e situações em

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aprendentes de pessoas, símbolos sociais e significados da vida e do destino possam ser criados, recriados, negociados e transformados. Aprender é participar de vivências culturais em que, ao participar de tais eventos fundadores, cada um de nós se reinventa a si mesmo (BRANDÃO, 2002, p. 26).

A arte de educar deve ser trabalhada de forma continuada uma vez que leva um profissional a ser responsável pela formação de outros futuros profissionais. É necessário que este se preocupe em ofertar aos alunos uma aprendizagem contínua para que a formação ocorra da forma mais completa possível.

Esse trabalho deve se dedicar a trabalhar com inúmeras diferenças pessoais e culturais, lidando com cada uma de forma diversa, desenvolvendo e despertando as qualidades e habilidades que cada educando trás dentro de si.

O processo de liderança engloba essa situação uma vez que o profissional deve saber encarar com responsabilidade e ética dificuldades relacionadas ao aprendizado, personalidades diversas, diferenças étnicas e sociais.

O educador deve ter gestos e personalidade marcantes, mostrando que a realização do processo se trata de lidar com seres humanos capazes de evoluir, humanizar e também aprender.

... não se pode formar o educador com partes desconexas de conteúdos, principalmente quando essas partes representam tendências opostas em educação: uma tendência generalista e uma outra tecnicista. Essas tendências (...) a primeira quase que exclusivamente na parte comum, considera que ela se caracteriza, “grosso

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modo”, pela desconsideração da educação concreta como objeto principal e pela centralização inadequada nos fundamentos em si (isto é, na psicologia e não na educação; na filosofia e não na educação, e assim por diante). A segunda, por sua vez, é identificada com as

habilitações, consideradas como especializações

fragmentadas, obscurecendo seu significado de simples divisão de tarefas do todo que é a ação educativa escolar. (Bissoli da Silva 1999, p. 70)

As práticas cotidianas do educador muitas vezes encontram pelo caminho muitos percalços que dificultam seu trabalho e onde é necessário se manter sempre motivado, assim como motivar seus alunos, considerando que sua rotina da escola, muitas vezes, não propicia tal feito. O educador passa por uma rotina muito repetitiva com uma vasta quantidade de altos e baixos, de satisfação e decepção.

A formação do educador expressa hoje o conflito de posições teórico-metodológicas. Com base nessa afirmativa, a Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia, analisou propostas de formação do profissional de educação e apresentou uma proposta de diretrizes curriculares a ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação. Tal comissão defende a tese de que o educador deve ter a formação de um “profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e na gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade profissional”.

É preciso que as políticas educacionais tenham autonomia suficiente para elevar as competências de seus profissionais para enfrentar uma sociedade totalmente globalizada que exige um sistema de ensino consistente. Atualmente, a educação se expande para além da aquisição de informação. O

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aluno, sua família e a própria escola, precisam estar conscientes do papel que têm na sociedade atual.

Para VEIGA (1995), a educação deve procurar uma direção estabelecida por uma ação intencional, mantendo o comprometimento em contribuir para o andamento do conhecimento, estando diretamente ligado a questões sociais e políticas focados, principalmente, nos interesses da população. Do ponto de vista pedagógico, a escola busca formar cidadãos responsáveis, inteligentes, críticos e comprometidos com práticas humanistas, interferindo positivamente para a formação de uma sociedade mais justa.

Atualmente, baseamos o processo ensino-aprendizagem em valores relacionados à disciplina, onde são executados e exigidos princípios de civilidade, visando a socialização dos indivíduos de maneira produtiva, tanto para a realização pessoal e profissional, quanto para a comunidade em geral.

Desde a década de 80, as mudanças na estrutura familiar transferiram a responsabilidade da questão da socialização dos alunos para as escolas, tornando-as responsáveis não só pela propagação e evolução de seu conhecimento, mas também para a construção de seu caráter e personalidade junto ao meio social.

Dentro desse processo exigiu-se uma adaptação dos professores onde eles tiveram de se adaptar do modelo dito como “tradicional” para o profissional “educador”, não sendo responsável apenas por transmitir informações, mas também, por desenvolver em seus alunos valores, respeito e solidariedade.

A construção profissional do educador pode ser baseada em modelos ou parâmetros, que vão depender de sua personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas e situações, por exemplo. A capacidade de relacionamento e comunicação afeta a forma de motivação de si próprio e de seus alunos.

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A palavra motivação vem do Latin “motivus”, que está relacionado a movimento, coisa móvel. Pode-se concluir através do próprio significado da palavra que o ato de motivar uma pessoa tem o intuito de provocar através de um novo ânimo, um incentivo para se movimentar em busca de suas conquistas. Segundo MONTANA e CHARNOV (1998):

A motivação é o processo de estimular um individuo para ela agir de modo a realizar um objetivo desejado. Existem muitas teorias da motivação. Uma das mais antigas é a tradicional, baseada na suposição de que o dinheiro é o principal motivador. (MONTANA e CHARNOV, 1998, p.205)

A motivação pode ser o fator capaz de aumentar substancialmente a produtividade e satisfação. Segundo Vergas (apud FIORELLI, 2004, p. 118) “motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa que nasce de nossas necessidades interiores”.

O educador deve possuir capacidade de liderança para motivar, gerenciar, planejar e comunicar-se com os alunos, já que a motivação não surge apenas da observação e do trabalho com pessoas, ela está inserida nos comportamentos e no nível de desempenho de cada um.

Uma forma de estabelecer esse vínculo é mostrar interesse pelos alunos. Devem desenvolver um bom relacionamento com os alunos, sendo que tal atitude é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança ou expectativas otimistas, conforme o caso.

Quando buscam uma orientação com ênfase na satisfação dos seus alunos, possuem maior facilidade em atingir seus objetivos, pelo fato de produzirem ações destinadas ao que querem e precisam. Neste contexto,

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elaboram estratégias para resolver quando preciso os problemas ocorridos e se comprometem em manter um nível de atenção de acordo com seus desejos e acabam por manter um relacionamento satisfatório entre ambas as partes.

CARVALHO (1994) relata que o processo de desenvolvimento prepara o indivíduo para posições mais complexas em termos de carreira profissional, tendo como papel principal ampliar as potencialidades do indivíduo, capacitando-o a ocupar cargos que envolvem maior responsabilidade e poder. Contudo, este desenvolvimento deve ser pautado na ética profissional do indivíduo. O treinamento é, também, um tipo de educação, que pode ser institucionalizada ou não, visando adaptar a pessoa para a realização do exercício de determinada função ou de tarefa específica, em determinada empresa. Todas as atividades a ele relacionadas devem consistir na aplicação de um somatório de atividades técnicas provenientes da pedagogia e psicologia, objetivando a aprendizagem de novas respostas a situações específicas.

... a Formação Profissional ou Educação Técnica é um sistema intencional voltado para criar habilitações, tanto quanto possível permanentes, para os papéis que a sociedade exige na produção de bens e serviços. Coloca o indivíduo em um panorama completo, integrando-o como ente produtor de alguma coisa mas, também, como ser social que julga e dirige seus atos de trabalho. SANTOS (1978, P.128)

O sucesso pedagógico do educador e, por conseguinte, do processo depende da capacidade de expressar sua competência intelectual e seu conhecimento. Segundo MARIA LUCI PRESTES (2002), o conhecimento pode ser conceituado como a apreensão intelectual de um fato ou de uma verdade, como o domínio (teórico ou prático) de um assunto, uma arte, uma ciência ou uma técnica.

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PEDRO DEMO enfatiza que:

Somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões. Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca. (DEMO, 2002, p.67)

Um professor deve se mostrar, sempre, ser competente e humano, um profissional que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a compreender as situações, buscando as melhores soluções possíveis.

A instituição escolar é um fenômeno relativamente recente na história da humanidade, somente surgiu como prática corrente, por causa das exigências crescentes de um mundo cada vez mais industrializado.

No século XX, o acesso à escola tomou proporções nunca antes imaginadas; a dedicação cada vez maior de homens e mulheres ao trabalho fez com que as funções da família começassem a ser divididas com a escola, esta progressivamente passou a ter um papel maior na formação dos indivíduos e a se tornar de grande importância educacional.

Além de fornecer modelos comportamentais, fontes de conhecimento e de ajuda para o alcance da independência emocional da família, a escola também passa a ser o local para a formação do ser social e para o desenvolvimento do processo de transmissão-assimilação do conhecimento – que pode ser utilizado pelo aluno em seu meio de sociabilidade como instrumento de sua prática.

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Mas o que se verifica em grande parte das escolas, é um ensino massificado, onde o ritmo é o de uma linha de montagem industrial. Em decorrência, temos alunos assumindo o valor de notas ou conceitos que os conduzem à aprovação (sinônimo de sucesso) ou à reprovação (sinônimo de fracasso).

A inserção da família no contexto escolar representa uma fase muito importante na vida da criança, pois implica um processo de mudança em que ela inicia a saída do aconchego do mundo familiar até então conhecido para estabelecer maiores relações na sociedade.

Para muitas crianças como também para seus pais, esta fase pode revestir-se de um caráter assustador, gerando medo, ansiedade e insegurança, por isso, exige de ambos os lados um grande esforço para a adaptação.

Neste estágio de adaptação é importante que os educadores estejam preparados para lidar com todas as emoções emergentes e, na medida do possível, tenham a sensibilidade de compartilhar com a criança e com seus genitores a repercussão dessas vivências.

Também é imprescindível que a escola saiba explorar este momento, estimulando os pais a refletirem sobre os aspectos emocionais envolvidos na relação com os filhos, incentivando a percepção de quanto estes aspectos influem no desenvolvimento, crescimento e socialização das crianças. Esta seria uma maneira de auxiliar os pais a tomarem consciência das suas próprias emoções e atitudes, orientando-os para o caminho de uma conduta mais adequada e condizente com relação aos filhos.

Para isto, é fundamental que os pais acreditem na escola como um ambiente seguro e acolhedor e, ao mesmo tempo, é necessário a participação e o seu acompanhamento da vida escolar das crianças.

A sintonia entre escola e família torna-se um elemento facilitador para que a vida escolar seja vivenciada com maior tranqüilidade, deste modo, os

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pais podem transmitir segurança a seus filhos e, conseqüentemente, facilitar o processo de adaptação.

As imagens de família segura, de família protetora, entre outras, estão sendo formadas desde as relações iniciais que as crianças desfrutam dentro do contexto familiar, e são estes sentimentos que vão confortar os alunos nos períodos em que a família não estiver presente. Mas cabe também à escola esforçar-se para proporcionar um ambiente estável e seguro, em que as crianças se sintam bem.

Aos poucos, parte do sentimento de segurança que ela experimenta, que é encontrado no seio familiar, passa a ser transmitido pelo adulto mais próximo, que no contexto escolar é o professor.

O contato com outros companheiros também contribui, entre tantas outras coisas, para que o jovem aluno se acostume à rotina escolar, passando a ter interesse pelos objetos, atividades e conhecimentos escolares – isto favorece o seu desenvolvimento pessoal e intelectual.

O terreno objetivo da sala de aula, as relações e as atividades nela realizadas despertam nos alunos a necessidade de valorização, assim são gerados os sentimentos de confiança em si e nos outros; e mais, permitem que as crianças vivenciem, mutuamente, experiências diversas como: o embate, o conhecimento, a aceitação, ao mesmo tempo em que se auxiliam e se fortalecem, imitam seus companheiros, descobrem coisas.

Esse contato com outras crianças e sob a autoridade efetiva ou disfarçada de outros adultos faz com que os jovens alunos progridam e se preparem espontaneamente para a realidade objetiva da vida escolar, das regras, da sociabilidade, saindo do seu egocentrismo e chegando à objetividade apresentada.

A escola ao incentivar a busca de um fim objetivo em determinada atividade, além de estimular o desejo de aprender, também propicia que a criança tome consciência dos seus progressos tanto em relação aos

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conhecimentos adquiridos como à sua capacidade criadora, fazendo com que ela obtenha estima e aprovação, servindo-se disto, como um meio de consolidação da sua personalidade.

3. 2 - A família

No ambiente escolar existem dois tipos de famílias: as que demonstram interesse pela vida escolar de seus filhos, participando do processo educacional, das atividades da escola e das necessidades afetivas e aquelas que consideram sua participação dispensável, se omitindo do processo escolar e da sua importância na construção da afetividade, motivação e incentivo de seus filhos.

Dentro desse contexto podemos afirmar que o fracasso ou sucesso escolar dos alunos é diretamente influenciado por diversos fatores, sendo que a integração da família com a escola é apenas um deles.

A atuação da família na escola deve ser uma ação complementar à ação educativa. Nunca deve funcionar como uma substituta da escola que não assume suas responsabilidades e tenta passá-las para os pais.

A escola necessita da participação ativa dos pais, tendo por conseqüência encontrar maneiras de atraí-los. Os melhores exemplos de integração escola/família estão entre as comunidades mais participativas, ainda que menos favorecidas economicamente, e não entre as mais instruídas.

Tanto as comunidades escolares como as comunidades familiares não podem permanecer distanciadas em seu processo de desenvolvimento e funcionamento organizacional, mas devem estar vinculadas e abertas aos recursos educacionais que dispõem e determinar por sua dimensão educativa que pretendem aplicar no processo de desenvolvimento humano, e mais precisamente no acompanhamento das novas gerações.

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Uma instituição que deseja se desenvolver e aprimorar necessita, primeiramente, conhecer os próprios atributos e deficiências para que possa potencializar seus pontos positivos e minimizar os negativos.

Para isso, muitas delas vêm, atualmente, instituindo questionários de avaliar e se autoavaliar como elemento fundamental no processo ensino-aprendizagem. A finalidade desses instrumentos de avaliação é favorecer a autoavaliação institucional da escola, na medida em que a partir das respostas apresentadas, a escola poderá conhecer as sugestões, expectativas e necessidades que os responsáveis e os alunos pensam/têm. Essas informações facilitarão a elaboração de planos de aperfeiçoamento, permitindo otimizar a qualidade da educação que a instituição oferece e fazendo com que os responsáveis precisem conversar com os alunos para conhecerem melhor os acontecimentos, processos e atividades executadas pela escola e em que esses influenciam seu processo de crescimentos.

Esse trabalho, quando solicitado, é muito importante para a escola, já que só os entes envolvidos diretamente no processo poderão comunicar o que pensam e sentem por ela.

A partir do nascimento, o aluno é inserido num contexto familiar que se torna responsável pelos cuidados físicos, pelo desenvolvimento psicológico, emocional, moral e cultural desta criança na sociedade. Com isso, através do contato humano a criança supre suas necessidades e inicia a construção dos seus esquemas relacionados à percepção, à coordenação motora, à cognição, à linguagem e ao lado emocional.

Também é a partir da família que o aluno estabelece ligações emocionais próximas, intensas e duradouras sendo cruciais para o estabelecimento de protótipos de liames subseqüentes para uma socialização adequada.

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O ambiente familiar é o ponto primário da relação direta com seus membros, onde a criança cresce, atua, desenvolve e expõe seus sentimentos, experimenta as primeiras recompensas e punições, a primeira imagem de si mesma e seus primeiros modelos de comportamentos – que vão se inscrevendo no interior dela e configurando seu mundo interior. Isto contribui para a formação de uma “base de personalidade”, além de funcionar como fator determinante no desenvolvimento da consciência, sujeita a influências subseqüentes.

A família também desenvolve um papel importante nas formas de representação do mundo exterior, pois é através dela que se dá a inserção do sujeito neste mundo e onde começa a apreensão do conjunto de determinações – processo este que lhe possibilita viver o universal de forma particular e, neste movimento, construir-se.

É imprescindível que no relacionamento entre pais e filhos os sentimentos de carinho e segurança possam ser transmitidos de modo que, conseqüentemente, levem a criança a explorar mais o ambiente, acarretando num maior aprendizado.

Muitos especialistas no assunto acreditam que o afeto encontrado no seio familiar pode ser entendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar, influenciando a velocidade com que se constrói o conhecimento, ou seja, quando a criança se sente mais segura, aprende com mais facilidade.

A família funciona como o primeiro e mais importante agente socializador para o aluno. Sendo assim, é o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização em que a criança constrói o seu modelo de aprendiz e se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária e que vai se refletir na sua vida escolar. Segundo VALADÃO, 1997:

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Independentemente de como a família é constituída, esta é uma instituição fundamental da sociedade, pois é nela que se espera que ocorra o processo de socialização primária, onde ocorrerá a formação de valores. Este sistema de valores só será confrontado no processo de socialização secundário, isto é, através da escolarização e profissionalização, principalmente na adolescência. (Valadão; Santos, 1997, p. 22).

Passamos a trabalhar com a possibilidade de que o modelo de aprendizagem não se caracterize como algo de cunho somente individual, mas também como modelo desenvolvido em uma rede de vínculos. Assim, a família se revela não somente como fator indispensável na estabilidade emocional da criança como também na sua educação, com isso, o sucesso da tarefa da escola depende da colaboração familiar ativa.

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CONCLUSÃO

A arte de educar deve ser trabalhada de forma continuada, uma vez que o processo educacional é construído continuamente e em conjunto por pais e escola conseguindo destacar nas crianças e adolescentes a confiança e conhecimento, conseguindo, dessa forma conciliar o intelectual com o social

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Dentro desse processo de evolução da educação, exigiu-se um processo de adaptação dos professores onde eles tiveram de se transformar do modelo dito como “tradicional” para o profissional “educador”. Não sendo responsável apenas por transmitir informações, mas trabalhando em seus alunos valores, respeito, solidariedade.

A família passa a integrar esse contexto, passando valores aos filhos, assim como indicando caminhos à escola através de sugestões e reclamações e a partir dos quais, pode ocorrer a melhoria do trabalho desenvolvido. Uma vez que na escola se convive com inúmeras diferenças pessoais e culturais, cabendo através desse processo de parceria entre escola e família desenvolver e despertar as qualidades e habilidades escondidas em cada aluno.

Tanto a família quanto o educador não possui modelo ou parâmetros, depende de sua personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas e situações. A capacidade de relacionamento e comunicação afeta a forma de motivação de todos.

O educador deve possuir capacidade de liderança para motivar, gerenciar, planejar e comunicar-se com os educandos, uma vez que a motivação não surge apenas da observação e do trabalho com pessoas, ela está inserida nos comportamentos e no nível de desempenho de cada um.

À família cabe o papel de se inserir na comunidade escolar, participando ativamente da formação intelectual e social do mesmo, nunca

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devendo se deixar levar pelo ponto de vista de que sua presença é dispensável, assim como demonstrar para o filho questões sentimentais que influenciam diretamente em todo esse processo de formação.

Podemos concluir, então, que a melhor alternativa é a divisão de responsabilidades entre os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, ou seja, a família e a escola caminhando lado a lado, em busca da execução de objetivos comuns.

Tanto a família quanto a escola têm o objetivo de educar crianças e adolescentes, por isso, parece evidente que ambas devam manter uma relação de proximidade e cooperação, porém, o que parece tão óbvio não ocorre de fato.

O que se tem observado, por um lado, é que a escola reclama a ausência da família no acompanhamento do desempenho escolar da criança, da falta de pulso dos pais para colocar limites aos filhos e da dificuldade que muitos deles encontram em transmitir valores éticos e morais considerados importantes para a convivência em sociedade. E por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança da escola para que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem da criança, da ausência de um currículo mais voltado para a transmissão de valores e para a preparação do aluno perante os desafios não-acadêmicos da sociedade e do mundo do trabalho.

O que na verdade falta é uma maior integração e comunicação entre a escola e a família para o preparo e o acompanhamento do que é passado para o aluno na sua vida escolar.

Ao mesmo tempo em que se é aluno também se é filho e vice-versa, o que faz com que família e escola estejam interligadas; entretanto, é importante que se perceba quais são as funções e as responsabilidades de cada uma, para as duas não ficarem em um “jogo de empurra”, onde o aluno acaba

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ficando no meio, quando na realidade, ele é a personagem de importância indiscutível para ambas, mas suas necessidades ainda continuam à espera de um olhar mais apurado.

Contudo, ao pensarmos nos alunos como filhos e cidadãos, veremos que é impossível colocar à parte escola, família e sociedade, pois a tarefa de ensinar não compete apenas ao professor, até mesmo porque o aluno não aprende apenas na escola, entre outras coisas, ele aprende também através da família, dos amigos, das pessoas consideradas significativas, dos meios de comunicação, do cotidiano. Por isso, é preciso que professores, família e comunidade tenham claro que a escola, por sua complexidade, precisa contar com o envolvimento de todos.

Família e escola precisam, juntas, criar uma força de trabalho para superarem as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva; para isto, é fundamental que se encarem como parceiras de caminhada, pois ambas as duas são responsáveis pelo que produzem - podendo reforçar ou contrariar a influência uma da outra.

Portanto, é imprescindível que família e escola atuem juntas como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando, pois é através da educação que vão se constituir em agentes institucionais capazes de exercer seu papel para a mudança da estrutura social.

A aprendizagem se caracteriza, então, como modelo desenvolvido em uma rede de vínculos e, podemos citar a família como o primeiro contexto na qual se desenvolvem padrões de socialização onde a criança constrói o seu modelo de aprendiz e se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária.

As experiências e sentimentos brotados no decorrer do relacionamento cotidiano familiar são de grande influência no comportamento da criança,

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funcionando como base futura para a interação escolar e motivação da aprendizagem. Desta forma, a família é fator indispensável não somente na estabilidade emocional da criança como também na educação, sendo assim, a colaboração familiar ativa se reflete diretamente no sucesso da tarefa escolar.

A escola tem grande importância educacional na formação do ser social, por isso, a sintonia entre escola e família é fundamental para que criem uma força de trabalho capaz de provocar a mudança da estrutura social. Portanto, a parceria de ambas é necessário para que juntas atuem como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando.

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Referências

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