A produção de Carvão Vegetal na
Região Centro Oeste
Aspectos da Inovação
Prof. D. Sc. Daniel Camara Barcellos
daniel‐barcellos@uol.com.b
daniel@renabio.org.br
.
Roteiro
1 –A produção de carvão no Brasil 2 – A posição do Brasil em termos
de avanços tecnológicos. 3- Apresentação de inúmeras
opções em tecnologia de opções em tecnologia de
produção de carvão vegetal. Das mais rudimentares as mais
d h j avançadas hoje.
4 – Apresentar novas tecnologias complementares;p ;
5 – Apresentar os novos conceitos e desafios a serem
conquistados conquistados.
Madeira como energia – carvão vegetal
•
O Brasil é o País líder no mundo
na utilização do carvão vegetal
ç
g
como termo-redutor na indústria
siderúrgica
O
•
O uso de carvão vegetal como
redutor do minério de ferro no
Brasil data de 1 591 em fundições
Brasil data de 1.591 em fundições
artesanais para produzir
ferramentas de uso agrícola na
lô i
colônia .
•
O Brasil é o único país no mundo
onde o carvão vegetal tem uma
onde o carvão vegetal tem uma
aplicação industrial considerável.
Madeira como energia – carvão vegetal
Raio de consumo de carvão vegetal pelas siderúrgicas pelas siderúrgicas em MG10 maiores desafios mundiais (próximos 50 anos)
Á Produção de carvão 1 - Água 2 - Energia Produção de carvão. • Processo ineficiente energeticamente (50% perdas) A bi l l id 3 - Alimentos 4 - Meio ambiente • Ambientalmente poluidor Fase de transiçãoFase de
5 – Pobreza6 - Educação Produção de carvão está se tornando
Inovação
ç
7 - Democracia 8 - População
Produção de carvão está se tornando • Eficiente energeticamente
• Ambientalmente correto
• Cada vez mais cobrada da sociedade 8 População
9 - Doenças
10 Terrorismo e Guerra
• Cada vez mais cobrada da sociedade Î Compram junto com o produto algo mais Î Selo verde, condições sociais di di õ t b lhi t di
10 - Terrorismo e Guerra dignas, condições trabalhistas dignas, etc. A sociedade hoje olha além das necessidades básicas.
Tecnologias de produção de carvão - Tradicional
Todo o desenvolvimentopartiu das tecnologias t di i i d
tradicionais, sendo os fornos circulares de alvenaria ainda a base da produção de carvão vegetal no Brasil
Inovação Tecnológica ou Avanço tecnológico
O Setor de carvão nos ultimos 10 anos tem
passado por muitas inovações
passado por muitas inovações
CRIATIVIDADE é pensar coisas novas, enquanto que INOVAÇÃO é fazer coisas novas e valiosas
INOVAÇÃO é fazer coisas novas e valiosas.
Idéias = Patrimônio da humanidade = Não tem valor Inovação = Tem valor => Valor materializado a partir d idéi
das idéias
Brasil Î Famoso pela criatividade no entanto não é o mais inovador.
Nem sempre a inovação é o resultado da criação de Nem sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo, mas, com muita freqüência, é o resultado da combinação original de coisas já
Inovação Tecnológica ou Avanço tecnológico
Quem trabalha com inovação tem que ter:
CABEÇAS NAS NUVENS E PÉS NO CHÃO!
CABEÇAS NAS NUVENS E PÉS NO CHÃO!
Cabeças nas nuvens = pensar como os
Cabeças nas nuvens pensar como os
grandes.
Pé
hã
ã
d id
d
Pés no chão = porque não somos doidos de
levar tudo que pensamos adiante.
A inovação se inicia quando uma tecnologia
está ascendendo e não quando entra em
d
lí i (CURVA S d i
ã !)!!!
Avanço tecnológico no Mundo
A competitividade está intimamente relacionado com a geração de tecnologias Processos, produtos, equipamentos, etc. todas empresas têm!, p , q p , p
O que é o fator de competição hoje no mundo moderno ? Conhecimento. A diferença entre uma empresa e outra hoje é a geração e o usufruto do CONHECIMENTO.
Cadeia produtiva
Fl d d i d ti d ã t
Fluxo da cadeia produtiva do carvão vegeta
Evolução/inovação se dá á i l d d i nos vários elos da cadeia.
E a cada nova mudança ocorre interferência acima
e/ou abaixo da cadeia
Conhecimento não se Conhecimento não se
compra, conhecimento se aluga! Porque uma empresa
ã t h i t não tem conhecimento, quem tem conhecimento são as pessoas que fazem parte da empresa!
Cadeia Produtiva - Novos conceitos
(novos conceitos e novas premissas) Resíduos
Co-geração ( p ) Carbonização de alto rendimento beneficiamento
Sair da caixa
Geração de energia térmica Co geração alto rendimento
Briquetes
Cadeia Produtiva – Escala específica
325 350 P é Gases Hidro b t II Fase exotérmica Fase endotérmica 250 275 300 325 Pré-secagem Secagem oxigenados Hidro carbonetos I carbonetos II 175 200 225 250 rat u racombustão dos gases
100 125 150 175 Te m p e g 25 50 75 100
Fluxo da cadeia produtiva do carvão vegetal
0 25
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
T (h)
Tecnologias de produção de carvão – Sistema forçado
Primeiro modelo forno container Década de 80 (Brasil)
Conceito adotado do princípio de Conceito adotado do princípio de carbonização em laboratório: resfriamento acontece fora do equipamento de carbonização e equipamento de carbonização, e exaustão de gases forçados
Pai de inúmeras tecnologias que evoluiram e algumas se encontram hoje no mercado
Forno Container UFV Forno Container UFV Forno Bricarbrás
Forno Isomóvel Forno Isomóvel
Tecnologias de produção de carvão
2001 - UFV 2001 UFV Surgimento do conceito Incineração de “fumaça” •Tese de Mestrado• Patente Forno Container •Surgimento do queimador de fumaça denominado na ç época de fornalha de
Tecnologias de produção de carvão
2004/2005 - UFV Surgimento do conceito Surgimento do conceito Isolamento removível Redução no investimento para aplicações industriais para aplicações industriais. Aproveitamento de energiapara secagem.
Novo Conceito: Novo Conceito: Sincronismo de fornos para otimizar controle de
poluição p ç
Tecnologias de produção de carvão – Sistemas industriais
Surgiram sistemas com conceitos Surgiram sistemas com conceitos semelhantes ao forno container
desenvolvido na década de 80, porém mais evoluídos .
Forno Rima
Forno JG Metálico
T
l
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d
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Tecnologias de produção de carvão
Outras tecnologias comerciais
Tecnologia DPC
Tecnologia Ondatec Novos
Carbonização por microondas Tecnologia Ondatec
Novos Conceitos
Tecnologias de produção de carvão
Retortas verticais
Sistema de d produção contínua Sistema LambiotteTecnologias de produção de carvão
Outras tecnologias
g
Si t f ê d l id
Sistema francês desenvolvido com apoio do CIRAD
Tecnologias de produção de carvão
Fornos Retangulares
g
Modelo tecnológico adotada pelos grandes produtores pelos grandes produtores Inúmeros modelos, com
diferentes capacidades diferentes capacidades
Tecnologia de grande escala t t d lh que tem apresentado melhor
Tecnologias de produção de carvão - FR
EconomiaEconomia de escala
Tecnologias Complementares - Queimadores
•Diversos modelos
•Diferentes potenciais térmicos •Exaustão natural •Exaustão forçada •Materiais especiais Queimadores permitem/permitirão h ganhos: Ambientais Energéticos Econômicos
Tecnologias Complementares - Recuperadores
C it it l d
Conceito muito explorado na década de 80, porém tem sido pouco explorado atualmente. No entanto tem ainda espaço e mercado com o desenvolvimento de produtos específicos
Tecnologias Complementares - Resfriamento
Diferencial em PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE •Sistemas forçados •Sistemas naturais •Conceito gás-ar •Conceito gás-água •Diferentes tomadasDiferentes tomadasTecnologias Complementares - Secagem
Diferencial em RENDIMENTO E PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE •Artificial • Dentro do forno • Externamente ao forno Secar lenha ≠ Secar madeira • Externamente ao forno •Natural • Sistema de colheita • Procedimentos de extração Secar madeira (serrada)Secar máximo com
• Procedimentos de extração • Período de estocagem
• Matéria prima (genética) • Matéria prima (processo)
Secar máximo com mínimo de energia
e com mínimo de investimento
Combinação de tecnologias
Si t d i ã d i t
Sistema de supervisão de equipamentos •Adequação para as condições reais (calor, poeira, pessoal);
Si t d tã d d
Sistemas de gestão adequados:
Rastreabilidade de processo/matéria-prima/produto
Pró imos passos Próximos passos:
• Automação de equipamentos = Fornos, queimadores, resfriadores, secadores, etc. •Integração WEB
Tecnologias Complementares – Co-geração
S
Seguindo o exemplo das usinas de álcool que produzem:
(álcool e açucar) + energia elétrica
( ç ) g
as UPCs produzirão:
carvão + energia elétrica + outros produtos
Este será um dos FUTUROS
produtos
Este será um dos FUTUROS
das unidades produtoras de
Tecnologias Complementares – Co-geração
FUTURO FUTURO
Logística
A logística é uma fator
A logística é uma fator
chave no
desenvolvimento e
desenvolvimento e
Combinação de tecnologias
Combinação de tecnologias
1 - A curva de evolução é rápida!
2 A d
t bilid d
fl ibilid d é ESTRATÉGIA
i
2 - A adaptabilidade e flexibilidade é a ESTRATÉGIA mais
segura
3 A inovação tem que fazer sentido!
3 - A inovação tem que fazer sentido!
C
bi
ã d t
l
i
Combinação de tecnologias
5 – Pule para a próxima curva
p
p
6 – O projeto tem que ser PROFUNDO, INTELIGENTE,
COMPLETO E ELEGANTE.
(
)
Outros Desenvolvimentos
Espectroscopia de carvão vegetal
Espectroscopia de carvão vegetal
250oC 300oC 350oC
450oC
400oC
2007 UFV
2007 - UFV
1ª tese sobre tema
Vários trabalhos em
Vários trabalhos em
andamento em outras
Outros Desenvolvimentos – Identificação de carvão vegetal
por técnicas ópticas
por técnicas ópticas
FUTURO: Ferramentas
FUTURO: Ferramentas
adequadas ao controle da
ilegalidade e da
ilegalidade e da
corrupção na cadeia
produtiva.
Outros Desenvolvimentos – Carbonização
sobre pressão
sobre pressão
Salto em RENDIMENTO
33%
Î 50%
33% Î 50%
Ganho relativo de mais de 50%
1 MDC
Î 1 5 MDC
1 MDC Î 1,5 MDC
Precisamos :1 Fonte externa de calor ÎQueimadores 1 - Fonte externa de calor ÎQueimadores 2 - Projetos mecânicos Î Escala maior
Futuro Promissor - Unidades de produção de carvão vegetal
híbridas
33% de rendimento Carbonização tradicional Secagem Gases C ã Gerados Cogeração 50% d di t Combustão dos gases Energia Térmica Carbonização pressão 50% de rendimentoOutros Desenvolvimentos – Lignina
60 80 100 m assa (%) = α-Celulose 80 100 m assa (%) 20 40 60 V ariação de m = = = α-Cel.+(NH4)2SO4 1% α-Cel.+(NH4)2SO4 5% α-Cel.+(NH4)2SO4 15% 20 40 60 V ariação de m = Lignina = Lig. = Lig. = Lig + (NH4)2S O4 1% + (NH4)2S O4 5% + (NH4)2S O4 15% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Temperatura (oC) V 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 T emp eratura (oC ) V Lig. + (NH4)2S O4 15%Fração Produtos Rendim.
Carvão Resíduo Sólido 55
Alcatrão Compostos Fenólicos 15 Salto em
Alcatrão Compostos Fenólicos 15
Liq. Condensado H2O, metanol,
acetona, ac. acético
20 GNC CO, CO2, CH4 10 Total 100 Salto em RENDIMENTO 33-38% Î 55% Total 100
Outros Desenvolvimentos – Briquetes
Combustíveis sólidos de alta densidade energética Aproveitando de resíduos (Mix): lodo de ETE/ETA. (Mix): lodo de ETE/ETA. Resíduos agrícolas, etc.
Desafios
1. Desenvolvimento de queimadores mais eficientes
2. Melhoria no potencial de resfriamento dos p “resfriadores”de fornos e uso de técnicas diferenciadas como uso de “agentes
inertizantes” para acelerar o resfriamento inertizantes para acelerar o resfriamento do forno;
3. Desenvolvimento de sistemas de secagem artificial de lenha economicamente viáveis; artificial de lenha economicamente viáveis; 4. Desenvolvimento de técnicas para
melhoria da secagem natural de lenha; 5 I t ã t i ã d i l Î 5. Integração e parametrização de ciclos Î Reduzir interdependência Î Favorecer flexibilização;
6. Aperfeiçoamento dos sistemas de supervisão e gestão (adequação da informatica);
Desafios
7 Introdução de sistemas de automação em 7. Introdução de sistemas de automação em
fornos, queimadores, secadores, etc. Î
Industrialização real da produção de carvão. 8 Desenvolvimento de um forno industrial
8. Desenvolvimento de um forno industrial pressurizado Î Possibilidade de ganhos expressivos. SISTEMA HÍBRIDO
9 E i d l Î i d
9. Economia de escala Î equipamentos cada vez maiores e com maiores interligações;
10. Aproveitamento total dos resíduos como fonte p de energia: Moinha, casca e resíduos
florestais, fumaça, RSU, etc.
11. Surgimento de plantios (madeira, graminéas, 11. Surgimento de plantios (madeira, graminéas,
etc.) como fonte complementar para co-geração e bicombustíveis sólidos;
12 Intensificação de classificação de madeira: 12. Intensificação de classificação de madeira:
Seja por bitola, por diâmetro, por
ausência/presença de casca, por classe de id d t
Desafios
13. Intensificação da classificação de carvão para atender as evoluções nos alto fornos; 14 Evolução /otimização da logística de
14. Evolução /otimização da logística de matéria-prima/produto.
15. Desenvolvimento de novas técnicas
espectrométricas na avaliação da qualidade espectrométricas na avaliação da qualidade do carvão e madeira voltados para o setor de produção de carvão;
16. Consolidação de técnicas eficientes para identificação da origem do carvão vegetal; 17. Surgimento de novas metodologias de g g
sequestro de carbono;
18. Produção de eletricidade a partir da fumaça de carbonização
de carbonização.
19. Novos processos e produtos
Agradecimentos
UNICAMP através ilustríssimo Reitor Fernando Ferreira Costa
Coordenador do AGRENER GD 2010 o ilustríssimo Sr. Luis Augusto
Barbosa Cortez
Toda a comissão organizadora que se empenhou pelo evento
Toda a comissão organizadora que se empenhou pelo evento
A todos os componentes formados nesta mesa
A todo o público presente
Contato: