A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO ATRAVÉS DO AUDIO-VISUAL NAS ESCOLAS RURAIS DE JATAÍ
Estéfano Dias
Por meio deste projeto pretende-se contribuir para uma análise dos problemas a serem vencidos; um exemplo: á distancia que professores (as) e alunos (as) enfrentam no cotidiano entre suas práticas e seus objetivos. Trazendo para a sociedade uma nova perspectiva social e real. Para acadêmicos em geral, fornecer dados quase desconhecidos, trabalhando com cinema em sala de aula nos dando a oportunidade de adquirir uma nova maneira de ministrar nossas aulas e também de estabelecer parâmetros de intelectualidade em relação a nossa profissão (professor ‘a’), além de isso mostrar aos alunos uma nova forma de conhecer, e trabalhar com as novas tecnologias: filmes e suas interpretações.
Para tanto nossa opção é trabalhar com as escolas do espaço rural e sua clientela por entendermos que este universo é pouco privilegiado pelo nosso olhar de professor/pesquisador e por querer saber qual a relação didático/pedagógica que se dá neste universo entre a educação e a sétima arte.
Todo o trabalho que será realizado nas escolas rurais tem como centro o uso do áudio-visual em sala de aula. Das oito instituições de ensino existentes na zona rural de Jataí – local onde vamos desenvolver nossa pesquise – sete serão usadas no documentário em função de uma analise prévia e imediata, havendo quatro etapas no processo de execução:
primeira etapa seguirá a finalidade de escolha das sete escolas rurais a serem filmadas, as pessoas que serão entrevistadas e toda uma programação elaborada a partir da analise da Secretária Municipal de Educação tendo em vista a disponibilidade das escolas rurais e da secretária.
Segunda etapa terá as entrevistas marcadas as datas num período de dois meses, com seis alunos e quatro professores; tratando especificamente do cinema em sala de aula.
Terceira etapa ficará a cargo de explorar toda bibliografia que será usada no trabalho, nisto, terei por finalidade o uso de artigos em sua maioria.
Quarta e ultima etapa será preparado as filmagens e edição dos DVDs; sendo que isto terá o mais longo uso de todo processo.
Na região de Jataí com a implantação de plano de Cargos e Salários os professores das escolas rurais foram mais valorizados, e escolas e alunos obtiveram uma maior atenção; havendo com isso uma atuação diferenciada dos professores. A Secretaria Municipal de Educação de Jataí vem estimulando o uso do cinema nas escolas da zona rural e minha pesquisa de conclusão de curso tem por finalidade estudar esta realidade; as relações dos alunos do campo com a sétima arte.
O campo, este novo espaço estruturado do capitalismo, é o lugar do ensino atribuído às escolas rurais e que vão construir novos padrões de pensamento. Sendo que, os órgãos públicos estão intervindo diretamente na educação RURAL. Por meio do conhecimento em sala de aula, pretende-se superar as possíveis causas da estrutura estudantil defasada e da falta da motivação dos professores e alunos.
Em um documento feito em 1982, o INEP destaca pontos essenciais sobre o ensino rural. Suas estruturas foram construídas no período de 1964 surgindo às primeiras escolas rurais e constataram-se a necessidade de constataram-se formar no meio ruralista tais instituições que na verdade serviriam de base suplementar ao trabalhador rural da época. Documento que hoje esta defasada e precisando de uma nova análise prática e teórica.
Por meio de analises interpretativas pretende-se verificar quais são os maiores problemas de se trabalhar com os assuntos
especificados de cada filme com seus variados estilos de contextualização; trazendo com isso referências reflexivas sobre o uso do filme nos livros didáticos, as interdisciplinaridades e sobre a história nova; eles nos darão uma visão geral sobre o modo de auto analise acadêmica e que os mesmos fazem referenciais de filmes, mas, o despreparo e a falta da contextualização atrapalham o professor e confunde o aluno.“ A expressão 'a nova história' é mais bem conhecida na França – La nouvelle histoire – é o título de uma coleção de ensaios editada pelo renomado medievalista francês Jacques Le Goff.” (cit. Peter Burke, A Escrita da História-Novas Perspectivas, pág. 9).
As variantes formas de se incentivar; estudos dos professores das escolas num todo, nos dão referenciais ao ensino no período de globalização em que a oralidade e a imagem dentro da sala de aula revelam-se por meios de novos formatos de 'instrução do conhecimento' a averiguação de evoluções na perspectiva do ensino público. Essa nova história esta associada a École des Annales, onde se estuda o grupo de économies, societés, civilisations. Tais características históricas revelam os novos modelos de trabalhos dentro das escolas.
Através de analises de catálogos ‘vídeo escola 1989-1993’e artigos referente ao ensino nas escolas rurais que tem com o uso de filmes e suas interpretações, pretende-se verificar quais são os maiores problemas ao se trabalhar com os temas abordados pelos filmes.
Contudo, ao analisar os artigos de Monteiro, Francisco Gleison da Costa; que faz referências reflexivas sobre o uso do filme nos livro didático, sobre sua interdisciplinaridade e o uso da história nova. Sossai, Fernando César e Mendes, Geovana Lunardi Mendonça; os dão referenciais ao ensino no período de globalização em que a oralidade e a imagem dentro da sala de aula revelam-se por meio
destes novos formatos de ‘instrução de conhecimento’ a averiguação das evoluções na perspectiva do ensino publico.
Todo o projeto documental é formado na análise de perspectiva social e de interação entre as instituições de ensino e seus alunos por meio dos filmes e de suas interpretações frente às concepções do social, político, religioso e principalmente sobre as questões do dia a dia. Neste contexto almeja-se do aluno o perceber dos fatos que estão ao seu redor.
Uma pesquisa de diagnóstico sobre os recursos áudio visuais nas instituições de ensino rural terá como objetivo principal verificar a situação dos professores através da interpretação analítica de filmes junto com os alunos. Por meio de uma pesquisa de campo que terá como principio fundamental abordar as escolas rurais de Jataí com entrevistas, questionários aos professores, alunos e seus familiares; analisar os problemas de cada região onde estão situadas as escolas, para que seja organizado um documentário.
Pesquisando se o professor (a) tem dificuldades em ministrar suas aulas, pelos métodos de contextualização cinematográfica. É nesse meio escolar que será organizado trabalhos de extensão de estudos em cima de análises de filmes, sendo que o alvo é o aluno. Com isso poderá constatar se os seus alunos têm o mesmo problema de seus professores, ou se eles não entendem as questões levantadas nos filmes ou, ainda, se estes estudantes através da complexidade dos filmes não estão preparados para análises temáticas. Essa análise será desempenhada em sete das oito escolas a com a projeção de filmes para todos os alunos e professores das instituições rurais, pois, estas constituem em aproximadamente oitocentos alunos divididos por regiões distintas.
Diante disso, é que se apresenta a problemática dessa pesquisa que intenta identificar: quais as relações de instrução sobre os recursos áudio visuais nas instituições de ensino rural? Os professores debatem o filme utilizado em sala por meio da
interpretação analítica junto com seus alunos? Esse professor (a) tem dificuldades em ministrar suas aulas, pelos métodos de contextualização cinematográfica e histórica? Objetivando assim: averiguar se os alunos e professores estão aptos à realidade da globalização ou se eles não entendem as questões levantadas nos filmes.
Através de debates os alunos e professores passam sua interpretação, que, nem sempre condiz com o que de fato esta representada no filme contextualizado, isso não vai significar que as varias maneiras de interpretação estão erradas. As complexidades dos filmes são muitas vezes para analises temáticas e o professor deve estar inserido dentro da história do filme para criar uma concepção de sua história temática.
Investigar em seu conjunto por uma nova vertente de trabalho de pesquisa estudantil em um meio ruralista; que tem nos estudos suas temporalidades de aprendizagem distintas especialmente por questões políticas, sociais e por que não dizer também pela “ingenuidade” das pessoas que tinham uma visão de estudo demasiadamente “fraca”.
Aperfeiçoar a capacidade do aluno e professor nas interpretações dos filmes por meio de debates e discussões, assistindo alguns filmes de fácil analise espaço-temporal. Fazer com que os alunos se interessem pelos novos meios de estudo que é o filme e que este tem como função principal mostrar lhe a varias vertentes sociais, políticas, culturais.
A produção cinematográfica quando usada em sala de aula deve servir para integrar alunos e professores. Para os acadêmicos em geral, trabalhar com cinema em sala de aula é a oportunidade de adquirir uma nova forma de ministrar aulas, além disto, é a ocasião de mostrar aos alunos um novo modelo de auto conhecimento. Neste contexto almeja-se do aluno perceber os fatos que estão ao seu redor e que podem estar, também, na película exibida.
A sétima arte hoje em dia nas salas de aula deve ser de integração com os alunos e professores; havendo com isso uma abordagem diferente, dentro de soluções na analise específica, em que, podem justificar a falta de um modo estrutural na escola e dentro das secretarias de educação. Por intermédio deste projeto pretende-se contribuir para uma analise dos professores e alunos destas instituições, pois, trabalhar com o filme é estar mostrando a realidade vivida no dia a dia e as varias maneiras de interpretações. Nisto, todas as possibilidades de uma amostragem mais profunda desta realidade será realizada para avaliar as sistemáticas dos filmes, ou seja, isto poderá indicar, quais serão ás mudanças que irão acontecer neste contexto social de escolaridade (professores e alunos) em função do filme na sala de aula com informações do vídeo sendo analisado.
O autor Marcos Napolitano nos diz que: o trabalho em sala de aula com o cinema ajuda ao reencontro da cultura que alunos e professores talvez ainda não conheçam, pois, interpretar os filmes é trazer o mundo para a escola; seja ela urbana ou rural. O filme mal analisado pode se tornar um filme inútil, isto é, muitas vezes os professores não levam em conta as problemáticas da escolha do filme; especialmente se o mesmo não está dentro do contexto pré-estabelecido pelo livro didático. Os conhecimentos técnicos do professor sobre equipamentos em relação a instituição que trabalha deve ser levado em conta, pois, se não obtiver certeza se os mesmos estão em bom estado de uso, isso vai prejudica-lo. O processo curricular, suas habilidades e competências nos conceitos extra classe devem ser aprimorados, ou seja, abranger nesse espaço estruturado novos meios de estudos e que devem ser atribuídos ás escolas rurais e que vão mudar os padrões de pensamento na esperança de se expandir a intelectualidade pelos filmes.
O estudo da história é hoje em dia uma vasta e ampliada relação de datas e nomes em que o historiador tem como material de
analise os documentos escritos, mas, para se pensar em história das novas faces de pesquisa a nova história tem como chave sua evolução no principio da pesquisa através da história das imagens em que Ivan Gaskell nos revela o novo modelo de utilização dos recursos áudio-visuais, serem e estarem em constante ampliação, há vários historiadores que consideram que o material visual é mais usado como, um equipamento ilustrativo. Havendo assim uma carência de utilização da história das imagens, que acabam transformando o áudio-visual em uma problemática para os historiadores e também há uma falta de suplementação profissional por quem escreve o texto dos filmes históricos em relação ao conhecimento básico da história.
Mas, não só nas questões históricas os filmes são usados; pois, estes estão em plena evolução e assim cada vez mais os recursos áudio-visuais são experimentados seja na história como também em outras disciplinas. O principal fator de emergência na questão metodológica é que professores e alunos terão e deveram se adaptar as novas tecnologias, ou, serão considerados atrasados ou até mesmo “primitivos”. E é através das analises cinematográficas que alunos estão sendo incluídos neste novo contexto evolutivo da sociedade moderna, assim, todos os professores são responsáveis pelos problemas de seus alunos dentro da instituição que trabalha na concepção de entendimento sobre o que é novo e serve de proveito em sala de aula.
O uso de filmes na sala de aula é mais uma forma de ajudar tanto o professor quanto o aluno, pois, as possibilidades são imensas; no campo do desenvolvimento humano caracterizado pelo: caráter, respeito, etc. Com isto, os professores “novos” com vidas mais engajadas na educação do homem. Nas características educacionais hoje; não se pode mudar muita coisa, mas, havendo professores com responsabilidade e amor a profissão, usar o filme em sala de aula será uma ótima proposta para trabalhar com alunos do ensino rural que em sua maioria não estão inseridos no meio estrutural das novas
tecnologias, apesar que estas estão frequentemente sendo empregadas na agricultura e pecuária de suas regiões. Neste contexto de analise os alunos ainda não estão totalmente inseridos neste meio tecnológico.
Todas estas questões serão levantadas no que diz respeito a estrutura social, escolar, e principalmente na função do professor em estar frequentemente analisando seus alunos. Além da analise dos filmes em si, pretende-se analisar o trabalho efetivo na dinâmica do professor, e como seus alunos levam em consideração este contraste educacional em pleno avanço nas escolas de todas as regiões sejam elas urbanas ou rurais. No entanto, as transformações relacionadas a educação em formação por meio das bases; político pedagógico fomenta um maior compromisso do professor em sala de aula acabando por se tornar cada vez mais atrativo para alunos o trabalho em sala de aula devido ao empenho da instituição escolar em manter o professor e atuando com seus alunos nas questões escolares.
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