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(1)

Fun¸

Fun¸c˜

oes Polinomiais

oes Polinomiais

0.1

0.1 Exerc

Exerc´

´ıcios Recom

ıcios Recomendados - u

endados - unidade 12

nidade 12

1.

1.   Sejam  Sejam P P ((xx) ) ee pp((xx) polinˆ) polinˆomios n˜omios n˜ao identicamente nulos tais que gr [ao identicamente nulos tais que gr [P P ((xx)])] >> gr gr [[ p p((xx)])]. . (e(emm qu

que e gr gr sisignignifica o fica o gragrau u do polido polinˆnˆomiomio.) o.) ProProve que exive que existe um polinˆste um polinˆomioomio q q ((xx) tal que gr[) tal que gr[P P ((xx))

 −

 −

 p

 p((xx))q q ((xx)])] << gr gr [[P P ((xx)]. )]. UsaUsando repetidndo repetidamenamente te este fato, mostreste fato, mostre e que existque existem pem poliolinˆnˆomiosomios q q ((xx) ) ee rr((xx) tais que) tais que P P ((xx) ) == pp((xx))q q ((xx) +) + r r((xx), com gr [), com gr [rr((xx)])] << gr gr [[ p p((xx)]. )]. Os polOs polinˆinˆomiosomios q q ((xx) ) ee rr((xx), tais), tais que

que P  P ((xx) ) == p p((xx))q q ((xx)) ++ rr((xx) com gr [) com gr [rr((xx)])] < < gr  gr [[ p p((xx)], chamam-se respectivamente o)], chamam-se respectivamente o  quociente   quociente  e  e oo

resto

resto da divis˜ da divis˜ao deao de P P ((xx) por) por p p((xx).). Sejam

Sejam

P ((xx) ) == a ann++kk x xn+n+kk ++ a ann++kk

11xxnn++kk

11 ++

·· ·· ··

++ a a11xx + + a a00

 p

 p((xx) ) == b bnnxxnn ++ b bnn

11xxnn

11 ++

·· ·· ··

+ b+ b11xx + + b b00,,

com

com k k

 ≥

 ≥

 1, 1, a ann++kk

 

 

= = 00, , bbnn

 

 

= 0. Para simplificar a nota¸= 0. Para simplificar a nota¸c˜c˜ao, vamos escreverao, vamos escrever P  P ((xx) ) == a ann++kk x xn+n+kk++P P 11((xx),),

ee pp((xx) ) == bbnnxxnn ++ p p11((xx): ): notnotememos quos que gre gr



P P 11((xx))



 ≤

 ≤

nn + + k k

 −

 −

 1 e  1 e ggrr



 p p11((xx))



 ≤

 ≤

nn

 −

 −

1. 1. TTomaomandondo

q  q ((xx) ) == aann++kk bbnn x xkk, temos, temos P  P ((xx))

q q ((xx)) p p((xx) ) == a ann++kk x xnn++kk ++ P  P 11((xx))

a ann++kk b bnn bbnn xx k k

q q ((xx)) p p11((xx)) = = P  P 11((xx))

q q ((xx)) p p11((xx)) Como gr

Como gr



P P ((xx))

q q ((xx)) p p((xx))



 =  = grgr



P P 11((xx))

q q 11((xx)) p p11((xx))



 n n ++kk

11 < < gr gr [[P P ((xx)], a primeira afirma¸)], a primeira afirma¸c˜c˜aoao

est´

est´a provada.a provada. S

Se gre gr [[P P ((xx))

q q ((xx)) p p((xx)])] <  < nn, a segunda afirma¸, a segunda afirma¸c˜c˜ao ao tatamb´mb´em em esest´t´a provada.a provada. S

Se gre gr [[P P ((xx))

q q ((xx)) p p((xx)])]

 ≥

 ≥

nn, denotemos por, denotemos por q q 11((xx) o polinˆ) o polinˆomioomio q q ((xx) definido acima e) definido acima e rr11((xx) ) ==

P ((xx))

q q ((xx)) p p((xx)(=)(= P  P 11((xx))

q q 11((xx)) p p11((xx)). N´)). N´os vamos repetir o procedimento acima comos vamos repetir o procedimento acima com rr11((xx) ) nono

lugar de

lugar de P P ((xx).). Se gr[

Se gr[rr11((xx)] )] == nn ++ kk

 −

 −

1, 1, escrevescrevemosemos rr11((xx) ) == aa



nn++kk

11xxnn++kk

11 ++ P P 22((xx). ). TTomaomandondo q q 22((xx) ) ==

a a



nn++kk

11 bbnn x xkk

11, temos, temos rr11((xx))

q q 22((xx)) p p((xx) ) == a a



nn++kk

11xxnn++kk

11 ++ P  P 22((xx))

a a



nn++kk

11bbnn bbnn xx k k

11

q q 22((xx)) p p11((xx)) = = P  P 22((xx))

q q 22((xx)) p p11((xx)),, portanto portanto gr gr [[rr11((xx))

q q 22((xx)) p p((xx)] = gr [)] = gr [P P 22((xx))

q q 22((xx)) p p11((xx)])]

 n n + + k k

22.. Se gr

Se gr



rr11((xx))



 <  < nn++ kk

1, tomamos1, tomamos q  q 22((xx) = 0. ) = 0. ComComoo P  P ((xx))

q q 11((xx)) p p((xx) ) == r r11((xx) temos, em qualquer) temos, em qualquer

um dos dois casos: um dos dois casos:

P ((xx))



q q 11((xx) +) + q  q 22((xx))



 p p((xx) ) == r r22((xx))

e

e grgr

{{

P P ((xx))



q q 11((xx) +) + q  q 22((xx))



 p p((xx))

}}

 = g = grr [[rr22((xx)])] <  < nn ++ k k

1.1.

Continuando este processo, obteremos

Continuando este processo, obteremos q q 11((xx)), . . . , q  , . . . , q  kk((xx) tais que) tais que

gr

gr

{{

P P ((xx))



q q 11((xx) +) +

·· ·· ··

++ q  q kk((xx))



 p p((xx))

}}

 <  < n.n.

Escrevendo

Escrevendo q q ((xx) ) == q q 11((xx) ) ++

 · ··· ··

 + +  q  q kk((xx) ) ee rr((xx) ) == P P ((xx))

 −

 −



q q 11((xx) ) ++

 · ··· ··

 +  q  + q kk((xx)], )], temotemoss P P ((xx) ) ==

 p

 p((xx)) q q ((xx) +) + r r((xx) e gr [) e gr [rr((xx)])] < < gr  gr [[ p p((xx)].)]. 2.

2. ProProve a ve a uniunicidcidade ade do do quociquocienente te e e do do restresto, o, ististo o ´´e, e, sese P P ((xx) ) == pp((xx))q q 11((xx) ) ++ r r11((xx) ) ee P P ((xx) ) ==  p

 p((xx))q q 22((xx) +) + rr22((xx), com gr [), com gr [rr11((xx)] e gr [)] e gr [rr22((xx)] ambos menores do que gr [)] ambos menores do que gr [ p p((xx)], ent˜)], ent˜aoao q q 11((xx) ) == q  q 22((xx))

(2)
(3)

Se

Se P P ((xx) ) == p p((xx))q q 11((xx) +) + r r11((xx) ) ee P P ((xx) ) == p p((xx))q q 22((xx) +) + r r22((xx), temos,), temos,

 p

 p((xx)) ((q q 11((xx))

q q 22((xx)) )) == r r22((xx))

rr11((xx)).. ((

∗∗

))

Se

Se q q 11((xx) fosse diferente de) fosse diferente de q q 22((xx), ), ter´ter´ıamos ıamos gr [gr [ p p((xx)) ((q q 11((xx))

 −

 −

q q 22((xx))]))] >> gr gr [[ p p((xx)] enquanto que)] enquanto que gr

gr



rr11((xx))

rr22((xx))



 < < gr  gr [[ p p((xx)], contrariando a igualdade (*). Logo, devemos ter)], contrariando a igualdade (*). Logo, devemos ter q q 11((xx))

q q 22((xx) ) = = 00

ee rr11((xx))

rr22((xx) = 0.) = 0.

3.

3.   Diz-se que o n´  Diz-se que o n´umero realumero real αα   ´  ´e e uma uma raiz raiz de de multiplicidademultiplicidade mm   do polinˆ  do polinˆomioomio pp((xx) quando se) quando se tem

tem pp((xx) ) = = ((xx

 α α))mmq q ((xx), com), com q q ((αα))

 

 

= 0= 0. . (S(See mm = 1 ou = 1 ou mm = = 2,2, αα   chama-se respectivamente  chama-se respectivamente uma raiz simp

uma raiz simples ou les ou uma raiz duplauma raiz dupla.) .) ProProve queve que αα ´ ´e e uma uma raiz raiz simplesimples s dede pp((xx) se, e somente se,) se, e somente se, tem-se

tem-se pp((αα) = 0 e) = 0 e pp



((αα))

 

 

= = 0. 0. Prove tamb´Prove tamb´em em queque αα ´ ´e e uma uma raiz raiz dupla dupla dede pp((xx) se, e somente se,) se, e somente se,

 p

 p((αα) ) == p p



((αα) = 0 e) = 0 e pp



((αα))

 

 

= 0. Generalize.= 0. Generalize.

Se

Se pp((xx) ) = = ((xx

αα)) q q ((xx), com), com q q ((αα))

 

 

= 0, temos= 0, temos pp



((xx) ) == q q ((xx) ) + (+ (xx

αα)) q 



((xx); portanto); portanto pp



((αα) ) ==

q ((αα))= = 0.



0.

Reciprocamente, suponhamos

Reciprocamente, suponhamos pp((αα) = 0 e) = 0 e pp



((αα))

 

 

= 0= 0. . CoComomo pp((αα) = 0, existe) = 0, existe mm

 ≥

 ≥

 1 tal que 1 tal que

 p  p((xx) ) = = ((xx

α))α mmq ((xx), com), com q  q ((αα))



= 0. Derivando, temos = 0. Derivando, temos p p



((xx) ) == m m ((xx

α))α mm

11q ((xx)) ++ ((xx

αα))mm



((xx).). Afirmamos:

Afirmamos: mm = 1.  = 1. De fatDe fato, seo, se m m >> 1, ent˜ 1, ent˜aoao pp



((αα) = 0, contrariando a hip´) = 0, contrariando a hip´otese.otese.

Se

Se αα ´ ´e e uma uma raiz raiz de de multmultipliciiplicidade dade 2 2 do do polinˆpolinˆomioomio pp((xx) quando se tem) quando se tem pp((xx) ) = = ((xx

αα))22q ((xx),),

com

com q  q ((αα))

 

 

= 0. Derivando temos= 0. Derivando temos p p



((xx) = ) = 22 ((xx

αα)) q q ((xx)) ++ ((xx

αα))22



((xx); ); substitsubstituindouindo x x = = α α, temos, temos

 p

 p



((αα) = 0. Derivando novamente, temos) = 0. Derivando novamente, temos

 p

 p



((xx) ) = = 22 q q ((xx) + ) + 22 ((xx

αα)) q 



((xx)()(xx

αα))22



((xx) substituindo) substituindo x x = = α α, temos, temos pp



((αα) ) = = 22 q q ((αα))

 

 

= = 0.0. Reciprocame

Reciprocamente, nte, suponhamossuponhamos pp((αα) ) == pp



((αα) = 0 e) = 0 e pp



((αα))

 

 

= 0.= 0.. . CoComomo pp((αα) = 0, existe) = 0, existe mm

 ≥

 ≥

11

tal que

tal que pp((xx) ) = = ((xx

α))α mmq ((xx), com), com q q ((αα))

 

 

= 0. Derivando, temos= 0. Derivando, temos pp



((xx) ) == m m ((xx

αα))mm

11q ((xx) + ) + ((xx

α α))mmq q 



((xx) ) ee p p



((xx) ) == m m ((mm

1)1) ((xx

αα))mm

22q ((xx)) ++ mm ((xx

αα))mm

11



((xx)) ++ ((xx

αα))mmq q 



((xx). Afirmamos:). Afirmamos: m

m = 2. De fato, se = 2. De fato, se m m >> 2, ent˜ 2, ent˜aoao pp



((αα) = 0, contrariando a hip´) = 0, contrariando a hip´otese.otese.

4.

4.  Certo ou errado: Certo ou errado: αα ´ ´e e rairaiz z dupdupla la dede pp((xx) ) se, se, e e somente se, somente se, ´´e e raiz raiz simples dsimples dee pp



((xx).).

Erra

Errado. do. N˜N˜ao ´ao ´e e verdade verdade que que uma uma raiz raiz simples simples dede pp



((xx) seja raiz dupla de) seja raiz dupla de pp((xx). ). TTomemomemos, poros, por

exemplo,

exemplo, f f ((xx) ) == xx22 + 1; ent˜+ 1; ent˜aoao pp



((xx) ) = = 22 xx: : ´´e e claro claro queque xx =  = 0 0 ´´e e raiz raiz simples simples dede pp



((xx), mas n˜), mas n˜aao o ´´ee

raiz de

raiz de p p((xx).). 5:

5:   Determine o polinˆ  Determine o polinˆomioomio pp((xx) ) de de menor menor grau grau possposs´´ıvel tal ıvel tal queque pp(1) = 2(1) = 2, , pp(2) = 1(2) = 1, , pp(3) = 4 e(3) = 4 e  p

 p(4) = 3.(4) = 3.

usando o sistema:

usando o sistema: ComComo o s˜s˜ao dados 4 valores, procuramos um polinˆao dados 4 valores, procuramos um polinˆomio de grauomio de grau

 ≤

 ≤

  3  3: : isistoto ´´e,

e, proprocurcuramoamoss pp((xx) ) == aa + + b b xx + + c c xx22 ++ d d xx33 tais que pp(1) = 2tais que (1) = 2, , pp(2) = 1(2) = 1, , pp(3) = 4(3) = 4, , pp(4) = 3.(4) = 3.

Substituindo os valores acima, temos Substituindo os valores acima, temos

 p  p((11) ) = = 2 2 ==

aa ++ b b + + c c + + d d = = 2 2 ((11))  p  p((22) ) = = 1 1 ==

aa + 2+ 2 bb + 4 + 4 cc + 8 + 8 dd = = 1 1 ((22))  p  p((33) ) = = 4 4 ==

aa + 3+ 3 bb + 9 + 9 cc + 27 + 27 dd = = 4 4 ((33))  p  p((44) ) = = 3 3 ==

aa + 4+ 4 bb + 16 + 16 cc + 64 + 64 dd = = 3 3 ((44)) (2) (2)

((11) ) ==

77 dd + 3 + 3 cc + + b b = =

1 1 ((55)) (3) (3)

((22) ) ==

1919 dd + 5 + 5 cc + + b b = = 3 3 ((66)) (4) (4)

((33) ) ==

37 dd + 737  + 7 cc + + b b = =

1 1 ((77)) (6) (6)

((55) ) ==

1212 dd + 2 + 2 cc = = 4 4 ((88)) (7) (7)

((55) ) ==

3030 dd + 4 + 4 cc = = 0 0 ((99)) De (8) temos

De (8) temos cc = = 22

 6 6 dd. . SubsSubstitutituindindo em (9), obtemoo em (9), obtemoss dd ==

44

33  , que substituido em (8), d´  , que substituido em (8), d´aa cc = 10. Substituindo esses valores em (5) temos = 10. Substituindo esses valores em (5) temos bb = =

 −

 −

6565

33 . . FinalFinalmente, submente, substituinstituindo esses valdo esses valoresores em (5), temos

(4)

Logo Logo pp((xx) ) ==

 4 4 33 xx 3 3 + 10+ 10 xx22

 6 65533 xx + 15. + 15. usando o polinˆ

usando o polinˆomio de interpola¸omio de interpola¸c˜c˜ao de Lagrange:ao de Lagrange: Como Como temos temos 4 pon4 pontos, tos, procuramos procuramos umum polinˆ

polinˆomio de grauomio de grau

 ≤

 ≤

 3. O polinˆ 3. O polinˆomioomio p p((xx) tal que) tal que pp((xx00) ) == y y00, , pp((xx11) =) = y y11, , pp((xx22) ) == y y22, , pp((xx33) ) == y y33

´´e e dadado do pporor  p  p((xx) ) == y y00 ((xx

xx11)) ((xx

xx22)) ((xx

xx33)) ((xx00

xx11)) ((xx00

xx22)) ((xx00

xx33)) + + y y11 ((xx

xx00)) ((xx

xx22)) ((xx

xx33)) ((xx11

xx00)) ((xx11

xx22)) ((xx11

xx33)) + + + + y y22 ((xx

xx00)) ((xx

xx11)) ((xx

xx33)) ((xx22

xx00)) ((xx22

xx11)) ((xx22

xx33)) + + y y33 ((xx

xx00)) ((xx

xx11)) ((xx

xx22)) ((xx33

xx00)) ((xx33

xx11)) ((xx33

xx22))

Oberve que todas as parcelas se anulam quando

Oberve que todas as parcelas se anulam quando x x = = x x00 enquanto que a primeira fica enquanto que a primeira fica y y00; da mesma; da mesma

maneira, todas as parcelas se anulam quando

maneira, todas as parcelas se anulam quando xx == xx11 enquanto que a segunda fica enquanto que a segunda fica yy11, todas as, todas as

parcelas se anulam quando

parcelas se anulam quando xx == xx33 enquanto que a terceira fica enquanto que a terceira fica yy22 e todas as parcelas se anulam e todas as parcelas se anulam quando

quando xx = = x x44 enquanto que a quarta fica enquanto que a quarta fica yy33..

Neste exemplo, temos

Neste exemplo, temos xx00 = = 11, , xx11 = 22, , x= x33 = = 33, , xx33 = = 44, , yy00 = = 22, , yy11 = = 11, , yy22 = = 44, , yy33 = = 3.3.

Portanto Portanto  p  p((xx) ) = = 22 ((xx

2)2) ((xx

3)3) ((xx

4)4) (1 (1

2)(12)(1

3)(13)(1

4)4) + 1+ 1 ((xx

1)1) ((xx

3)3) ((xx

4)4) (2 (2

1)(21)(2

3)(23)(2

4)4) + + + 4 + 4 ((xx

1)1) ((xx

2)2) ((xx

4)4) (3 (3

1)(31)(3

2)(32)(3

4)4) + 3+ 3 ((xx

1)1) ((xx

2)2) ((xx

3)3) (4 (4

1)(41)(4

2)(42)(4

3)3) = =

 4 4 33 xx 3 3 + 10+ 10 xx22

656533 xx + 15 + 15 Observa¸

Observa¸cc˜˜aaoo::   O polinˆ  O polinˆomio dado poromio dado por nn + 1 pontos pode ser de grau menor que + 1 pontos pode ser de grau menor que nn. . DeteDetermirminar onar o polinˆ

polinˆomioomio pp((xx) de grau menor ou igual a 3 tal que) de grau menor ou igual a 3 tal que pp(0) = 3(0) = 3, , pp(1) = 2(1) = 2, , pp((

1) = 51) = 5, , pp(2) = 5.(2) = 5. usando o sistema:

usando o sistema:   procuramos  procuramos p p((xx) ) == a a xx33++bb xx22++cc xx++dd tais que tais que p p(0) = 3(0) = 3, , pp(1) = 2(1) = 2, , pp((

1) 1) == 55, , pp(2) = 5(2) = 5  p  p((00) ) = = 3 3 ==

dd =  = 33  p  p((11) ) = = 2 2 ==

aa ++ b b + + c c = = 0 0 ((11))  p  p((

11) ) = = 5 5 ==

⇒ −

aa ++ b b

cc = = 2 2 ((22))  p  p((44) ) = = 3 3 ==

44 aa + 2+ 2 bb + + c c = = 1 1 ((33)) Somando (1) e (2) temos 2

Somando (1) e (2) temos 2 bb = 2 e portanto = 2 e portanto b b = 1. Substituindo em (1), temos = 1. Substituindo em (1), temos a a ++ cc = =

1, donde1, donde cc = =

11

aa  (4). Substituindo em (3), temos (4). Substituindo em (3), temos a a = 0. Finalmente, substituindo esses valores em (4) = 0. Finalmente, substituindo esses valores em (4) temos

temos c c = =

1. Logo1. Logo pp((xx) ) == x x22

xx + 3. + 3. 6.

6.   Seja  Seja pp((xx) um polinˆ) um polinˆomio cujo grauomio cujo grau nn ´ ´e e um um nn´´umero ´umero ´ımpar. ımpar. Mostre Mostre que eque existem nxistem n´´umeros reaisumeros reais x

x11, , xx22 tais que tais que p p((xx11)) < < 0  0 ee p p((xx22)) > > 0.  0. Conclua Conclua dada´´ı que ı que todo todo polinˆpolinˆomio de omio de graugrau ´´ımpar admite ımpar admite pelopelo

menos uma raiz real. menos uma raiz real.

Seja

Seja p p((xx) ) == a annxxnn++ aann

11xxnn

11++

·· ·· ··

++ aa11xx ++ aa00, com, com a ann

 

 

= = 00, , nn ´´ımparımpar; ; vamos vamos supsupor or queque a ann >> 0 0

(o caso

(o caso aann < < 0  0 ´´e e tratado tratado analogamente). analogamente). EscrevemosEscrevemos

 p  p((xx) ) == x xnn



aann + +  a  ann

11 x x ++

·· ·· ··

++ a a11 x xnn

11 ++ a a00 x xnn



 = = x x n n((aa n n + + g g((xx)) )) ((

∗∗

)) em que em que gg((xx) ) == aann

11 x x ++

·· ·· ··

++ a a11 x xnn

11 ++ a a00 x xnn.. ´´

E intuitivo que a parcela

E intuitivo que a parcela

||

gg((xx))

||

fica arbitrariamente pequena desde que tomemosfica arbitrariamente pequena desde que tomemos

||

xx

||

suficientementesuficientemente gran

grande. de. VVamoamos tornar ests tornar esta afirmaa afirma¸¸c˜c˜ao mais preao mais precicisasa. . DeDenotnotememos poros por K K   o maior dos n´  o maior dos n´umerosumeros

||

aann

11

||

, . . . ,, . . . ,

||

aa11

||

,,

||

aa00

||

  e 1.   e 1. AfiAfirmrmamamos queos que

 | |

gg((xx))

||

<<

a ann

22 , para todo , para todo xx comcom

 | |

xx

||

>>

22 nn K K  a ann

(5)

Como

Como

 | |

xx

||

 > > 1 temos 1 temos 11

||

xxkk

|| ≤

 ≤

11

||

xx

||

 para todo para todo kk

 ≥

 ≥

 1, portanto 1, portanto

||

gg((xx))

| | ≤



aann

11 x x



++

·· ·· ··

++



a a11 x xnn

11



++



a a00 x xnn



||

K K xx

||

++

·· ·· ··

++ K K 

||

xxnn

11

||

++ K  K 

||

xxnn

|| ≤

 ≤

nn K 

||

xx

||

<< aann 22 e ent˜ e ent˜aoao a

ann + + g g((xx))

 a ann

− ||

gg((xx))

| ≥

| ≥

 a ann

a ann 22 == a ann 22 Levando esta informa¸

Levando esta informa¸c˜c˜ao em (*), temos: seao em (*), temos: se x x >> 22 nn K K  a ann ee x x >> 1, ent˜ 1, ent˜aoao  p  p((xx))

 x xnn aann 22 >> 0 0 e e sese x x <<

22 nn K K  a ann

ee x x <<

1, ent˜1, ent˜ao (lembrando queao (lembrando que nn ´ ´e ´e ´ımımpapar r e e pporortatantntoo xxnn << 0) 0)

 p

 p((xx))

 x xnn aann

22 << 0 0 .. Como todo polinˆ

Como todo polinˆomiomio o ´´e e uma uma funfun¸¸c˜c˜ao ao cocontnt´´ınuınua a ee pp((xx11)) < < 0  0 ee pp((xx22)) > > 0, existe ao menos um 0, existe ao menos um xx

∗∗

entre

entre xx11 ee xx22 tal que tal que pp((xx

∗∗

) = 0.) = 0.

7.

7.   Seja  Seja pp((xx) ) == a annxxnn ++ a ann

11xxnn

11++

·· ·· ··

++ a a11xx + + a a00, com, com a ann

 

 

= = 0.0.

a)

a) Prove que se Prove que se n n  ´ ´e e ppaarr,, pp((xx) tem o mesmo sinal que) tem o mesmo sinal que aann, para, para

 | |

xx

||

 suficientemente grande. suficientemente grande.

b)

b) Prove que se Prove que se nn ´ ´e e ´´ıımmppaarr,, pp((xx) tem o mesmo sinal que) tem o mesmo sinal que aann para valores positivos muito grandes para valores positivos muito grandes

de

de xx e tem sinal oposto de e tem sinal oposto de aann para valores negativos de para valores negativos de xx para os quais para os quais

 | |

xx

||

 ´ ´e e muitmuito o gragrandende..

c)

c) Conclua de (a) e (b) que Conclua de (a) e (b) que

||

 p p((xx))

||

cresce ilimitadamente, indiferentemente,cresce ilimitadamente, indiferentemente, n n par o par ouu ´´ımpar, ımpar, quandquandoo

||

xx

||

 cresce ilimitadamente. cresce ilimitadamente. Vamos supor que

Vamos supor que a ann >> 0 (o caso 0 (o caso a ann < 0 ´< 0 ´e e tratatratado do de de modmodo ao an´n´alogoalogo). ). Como nComo no exero exercc´´ıo anterıo anterior,ior,

temos temos

 p

 p((xx) ) == x xnn((aann + + g g((xx)) )) ((

∗∗

))

e, denotando por

e, denotando por K K  o maior dos n´ o maior dos n´umerosumeros

 | |

aann

11

||

, . . . ,, . . . ,

||

aa11

||

,,

||

aa00

||

 e 1, temos e 1, temos

||

gg((xx))

||

 < < aann

22 ,, para para todotodo xx comcom

||

xx

||

 > >

22 nn K K  a ann

portanto, para todo

portanto, para todo x x  c comom

 | |

xx

||

 > > 22 naan K K 

n

n , temos, temos

a

ann + + g g((xx))

 ≥

 ≥

 a ann

− ||

gg((xx))

| ≥

| ≥

 a ann

 a  ann 22 == a ann 22 >> 0 0 a)

a) S See nn ´ ´e e papar, r, tetemomoss  p

 p((xx) ) == x xnn((aann + + g g((xx)) )) == x xnn

a ann

22 >> 0 0,, para para todotodo x x >>

22 nn K K  a ann .. Como

Como n n >>   0, temos  0, temos xxnn >>   0, portanto  0, portanto pp((xx)) >>   0  0: : asassisimm pp((xx)) >> 0 0 ee aann  tˆ  tˆem em o o mesmo mesmo sinal sinal sese

||

xx

||

 > > 22 nn K K  a ann .. b)

b) Este  Este caso ´caso ´e e tratado tratado de de modo modo an´an´alogo. Suponhamosalogo. Suponhamos a ann >> 0. Como em (a), temos 0. Como em (a), temos

||

gg((xx))

| | ≤

aann

22 ,, para para todotodo x x >>

22 nn K K  a a

(6)

e portanto an + g(x)

 an

− |

g(x)

| ≥

an 2

an 2 = an 2 , que implica  p(x) = xn(an + g(x)) = xn an 2 > 0, para todo x > 2 n K  an . Analogamente, se x <

2 n K  an , temos

 |

g(x)

| ≤

an 2   e portanto an + g(x)

 an

− |

g(x)

| ≥

an 2

an 2 = an 2 , que implica p(x) = xn(an + g(x)) = xn an

2 < 0 (note que agora n ´e ´ımpar e x < 0), para todo x < 2 n K 

an

.

c) A conclus˜ao ´e ´obvia.

8.   Sejam p(x) e q (x) dois polinˆomios. Se gr [ p(x)] > gr [q (x)], ent˜ao para todo x   com valor absoluto suficientemente grande, tem-se

 |

 p(x)

|

 >

|

q (x)

|

.

Sejam p(x) = an+r xn+r+

· · ·

+ a1x + a0 e q (x) = anxn+

· · ·

+ a1x + a0, com an+r

 

= 0 e bn

 

= 0.

Vamos escrever  p(x) = xn+r(an+r + g1(x)) e q (x) = xn(bn + g2(x)) ent˜ao  p(x) q (x) = xn+r(a n+r + g1(x)) xn(b n + g2(x)) = x r (a n+r + g1(x)) bn + g2(x)

Procedendo como nos Exerc´ıcios 6 e 7, mostramos que existe T 

R tal que

 |

g1(x)

|

<

|

an+r

|

2 e

|

g2(x)

|

 <

 |

bn

|

2 , para todo x com

 |

x

|

 > T . Portanto temos

|

an+r + g1(x))

| ≥ |

an+r

| − |

g1(x))

| ≥ |

an+r

| − |

an+r

|

2

≥ |

an+r

|

2

|

bn + g2(x)

| ≤ |

bn

|

+

|

g2(x)

| ≤ |

bn

|

+

 |

bn

|

2

≤ |

bn

|

2 Portanto

|

 p(x)

|

|

q (x)

|

=

 |

xr (an+r + g1(x))

|

|

bn + g2(x)

|

≥ |

xr

||

an+r

|

2 2

|

bn

|

=

 |

xr

| |

an+r

|

|

bn

|

Para

 |

x

|

 >

|

bn

|

|

an+r

|

1/r , temos

 |

 p(x)

|

|

q (x)

|

> 1, ou seja

 |

 p(x)

|

 >

|

q (x)

|

.

9.  Mostre que se n ´e um n´umero par ent˜ao o polinˆomio p(x) = xn+ xn

1+

· · ·

+ x + 1 n˜ao possui raiz real.

A express˜ao de p(x) ´e a soma de uma PG de raz˜ao x; portanto, se x= 1, temos

 p(x) = 1

x

n+1

1

x =

xn+1

1 x

1 .

Como x

 

= 1 e n + 1 ´e ´ımpar, temos xn+1

1

 

= 0; assim, p(x)

 

= 0, para todo x

 

= 1. Al´em disso, como p(1) = n + 1 temos que x = 1 n˜ao ´e raiz de p. Logo p n˜ao possui raiz real.

10.   Tomando x0 = 3, use a rela¸c˜ao de recorrˆencia xn+1 =

1

2

xn + 5 xn

 para calcular

√ 

5 com trˆes algarismos decimais exatos. (Por exemplo: sabemos que 1,414 ´e uma aproxima¸c˜ao de

√ 

2 com

(7)

trˆes algarismos decimais exatos porque 1, 4142 < 2 < 1, 4152:) x1 = 1 2

3 +  5 3

 = 7 3 = 2, 3333 . . . x2 = 1 2

 7 3 +  5

×

3 7

 = 47 21 = 2, 2380952... x3 = 1 2

 47 21 + 5

×

21 47

 =  2207 987 = 2, 2360688 . . .

 ≈

 2, 236 x4 = 1 2

 2207 987 +  5

×

987 2207

 =   4870847 2178309 = 2, 2360678 . . .

 ≈

 2, 236

Como 2, 2362 < 5 < 2, 23612, temos que 2,236 ´e uma aproxima¸c˜ao de

√ 

5 com trˆes algarismos

decimais exatos.

11. Usando o m´etodo de Newton, estabele¸ca um processo iterativo para calcular

√ 

3 a e aplique-o

afim de obter um valor aproximado de

√ 

3

2. (veja a Figura abaixo ilustrando o m´etodo de Newton) O m´etodo de Newton ´e xn+1 = xn

 p(xn)

 p

(xn)

. Neste exerc´ıcio p(x) = x3

a e portanto p

(x) = 3 x2

e o m´etodo de Newton fica

xn+1 = xn

x3 n

a 3 x2 n = xn + x3 n

a 3 x2 n = 2 3 xn + a 3 x2 n Para calcular

√ 

3

2, a rela¸c˜ao de recorrˆencia fica xn+1 = 2 3

xn + 1 x2 n

Tomando x0 = 1, temos x1 = 2 3

1 + 1 1

 = 4 3 = 1, 3333 . . . x2 = 2 3

4 3 + 16 9

 = 91 72 = 1, 26388 x3 = 2 3

91 72 + 722 912

 = 1, 259933 x4 = 2 3

1, 2599 + 1 1, 2599

 = 1, 2599

Como 1, 25993 < 2 < 1, 263 vemos que uma aproxima¸c˜ao procurada ´e 1, 2599.

M´etodo de Newton

A figura abaixo ilustra o m´etodo de Newton: o ponto x1 em que a reta tangente intercepta o

eixo Ox ´e dado por x1 = x0

p(x0)  p

(x0) y = p(x) y = p(x0) + p(x0) (x

x0) x0  p(x0) x1

.

(x0 , p(x0)) y   x 

(8)

0.2 Outros exerc´ıcios

1) a) Mostre que se m, n

Z s˜ao tais que m + n

√ 

5 = 0, ent˜ao m = n = 0¿

b) Encontre a, b

Z de modo que que p(x) = 3x3 + ax2 + bx + 2a seja divis´ıvel por x2

2x

4. a) N˜ao podemos ter n

 

= 0, pois a igualdade m + n

√ 

5 = 0 implicaria que

√ 

5 =

 −

m/n, um absurdo pois

√ 

5 /

Q.

Se n = 0, ent˜ao substituindo n = 0 na igualdade m + n

√ 

5 = 0, temosm = 0. b)  Para que p(x) = 3x3 + ax2 + bx + 2a  seja divis´ıvel por x2

 2x

 4.devemos ter p(x) = (x2

2x

4)( px + q ), para p, q 

 ∈

Z, ou seja 3x3 + ax2 + bx + 2a = mx3 + (

2m + n)x2 + (

4 p

2q ))x

4q  portanto





 p = 3

2 p + q  = a

4 p

2q  = b

4q  = 2a

Substituindo p = 3 nas outras equa¸c˜oes, temos q  = a+6 (1)

 −

2q  = b+12 (2) a =

2q    (3). Substituindo (3) em (1) e (2), temos a =

4 e b =

 −

16.

outro modo:Como 1 +

√ 

5 e 1

√ 

5 s˜ao ra´ızes de p, pois s˜ao ra´ızes de x2

2x

4), temos 0 = p(1 +

√ 

5) = 16 + 8

√ 

5 + a(6 + 2

√ 

5) + b(1 +

√ 

5) + 2a = 16 + 8a + b +

√ 

5(8 + 2a + b) que, pela parte (a), implica

 16 + 8a + b = 0

8 + 2a + b = 0 portanto a =

4 e b =

 −

16.

Exerc´ıcio Novo 3. adaptado de S  Determine a , b e c de tal modo que a fun¸c˜ao polinomial f (x) = x4

3 x3 + ax2 + b x + c seja divis´ıvel por x2 + 1 e x = 1 seja raiz de f .

Como x = 1 seja raiz de f , temos que x

1 ´e fator de f (x). Denotemos por m a outra raiz real de f (x). Temos f (x) = (x2 + 1)(x

1)(x + m). Efetuando o produto, temos f (x) = x4

3 x3 + (m + 1)x2

(m + 1) x + m. Para que f (x) = x4

3 x3 + (m + 1)x2

(m + 1) x + m = x4

3 x3 + ax2 + b x + c devemos ter





m + 1 = 3 =

 m = 2 a = m + 1 =

 a = 3 b =

(m + 1) =

 b =

3 c = m =

 c = 4 Logo, a = 3, b =

3, c = 2.

Fun¸c˜

oes Exponenciais

0.3 Exerc´ıcios Recomendados - unidade 13

1.  Como vocˆe explicaria a um aluno no Ensino Fundamental que a0 = 1? E que a

n = 1 an ?

Explica¸c˜oes do livro do Elon: A igualdade

anam = an+m (1)

foi demonstrada para quaisquer n, m

 ∈

 N. A fun¸c˜ao exponencial ser´a definida com o objetivo de manter esta igualdade v´alida quaisquer que sejam x, y

 ∈

R.

Como a igualdade (1) continua v´alida para n = 0, temos a0a = a0a1 = a0+1 = a1 = a. Como

a

= 0, temos (cancelando a), a0 = 1.

Como a igualdade (1) continua v´alida para m, n

 ≤

 0, temos a

nan = an

n = a0 = 1. Logo,

a

n = 1 an.

2. Como vocˆe explicaria a um aluno no Ensino Fundamental que a1/2 =

 √ 

a  ? E que an/m =

m

(9)

Como a igualdade (1) continua v´alida para r, s

 ∈

Q, temos a1/2a1/2 = a(1/2)+(1/2) = a1 = a;

pela defini¸c˜ao de raiz quadrada, temos a1/2 =

 √ 

a.

Mostremos que an/m =

√ 

man = ( m

√ 

a)n.

Da igualdade

(an/m)m = an/man/m

· · ·

an/m

    

m   fatores

= an/m+n/m+

···

+n/m = an e da defini¸c˜ao de raiz m-´esima, temos an/m = m

√ 

an. A outra igualdade ´e verificada de modo

an´alogo.

3.  Mostre que para todo p

N, tem-se que

√ 

n am = np

√ 

am p.

Denotemos x =

√ 

n am; ent˜ao xn = am. Multiplicando sucessivamente o primeiro membro dessa

igualdade por xn e o segundo por am (que ´e igual a xn), temos xnxn

· · ·

xn

    

=(xn)p=xn p

= amam

· · ·

am

    

=(am)p=am p

ou seja xn p = am p. Pela defini¸c˜ao de raiz (n p) -´esima, temos x = np

√ 

am p, ou seja,

√ 

n am = np

√ 

am p

4.   Mostre que a fun¸c˜ao f : Q

 →

R definida por f (r) = ar ´e crescente se a > 1 e decrescente se

0 < a < 1.

Suponhamos a > 1. Em primeiro lugar, notemos que ar > 1, para todo r > 0: de fato, como as fun¸c˜oes x

 ∈

R

 →

xm

R e z 

 ∈

[0,

)

 →

z 1/n

R s˜ao crescentes, temos a1/n > 11/n = 1 e

portanto am/n > 1m = 1.

Agora, dados r, s

 ∈

 Q, com r < s, temos a

s

ar = a

s

r > 1, donde concluimos que ar < as. Logo

f  ´e crescente.

O caso 0 < a < 1 ´e consequˆencia do caso acima. Se 0 < a < 1, ent˜ao b = 1/a > 1 e a fun¸c˜ao g(x) = bx ´e crescente: se x < y, temos

bx < by, ou seja 1 ax <

1

ay,   donde a

y < ax.

5. Uma alga cresce de modo que, em cada dia, ela cobre uma superf´ıcie de ´area igual ao dobro da coberta no dia anterior. Se esta alga cobre a superf´ıcie de um lago em 100 dias, qual ´e o n´umero de dias necess´arios para que duas algas, da mesma esp´ecie da anterior, cubram a superf´ıcie do mesmo lago? E se forem quatro algas? Vocˆe consegue responder a esta pergunta para 3 algas?

Se A(t) denota a ´area coberta do lago no dia t, por uma alga, pelos dados do problema temos A(t) = 2tA(0) ´e a ´area da superf´ıcie do lago. Como uma alga cobre a superf´ıcie do lago em 100

dias, temos que A(100) = 2100A(0). Por outro lado, 2 algas cobrem 2 A(t) no dia t. Portanto, 2100A(0) = 2

·

2tA(0) . (1)

Como A(0)

= 0, temos 2t = 299, donde obtemos t = 99. Assim, o n´umero de dias necess´arios para

que duas algas, de mesma esp´ecie, cubram a superf´ıcie do lago ´e 99. Analogamente, se forem 4 algas, elas cobrem 4 A(t) no dia t e a equa¸c˜ao (1) fica 2100A(0) = 4

·

2tA(0), donde temos t = 98.

No caso de termos trˆes algas, observamos que (1) n˜ao pode ser resolvida apenas com as propri-edades de exponencia¸c˜ao. Vamos precisar da no¸c˜ao de logartimos, que estudaremos na pr´oxima unidade.

0.4 Exerc´ıcios Recomendados - unidade 14

1.   Como vimos nesta unidade, a defini¸c˜ao da fun¸c˜ao exponencial real envolve uma no¸c˜ao de convergˆencia, ou de continuidade. Evidentemente, estes conceitos n˜ao s˜ao adequados para o Ensino M´edio. Entretanto, podemos introduzir uma ideia intuitiva do significado de ax, com x

(10)

irracional, com base em uma no¸c˜ao de aproxima¸c˜ao, com o apoio da calculadora ou do computador. Elabore uma atividade para explicar aos seus alunos no Ensino M´edio o significado de 2π (por

exemplo).

2.  Esboce os gr´aficos das fun¸c˜oes f : R

R abaixo (sem usar t´ecnicas de c´alculo diferencial). (a) f (x) = 2x2 , (b) f (x) = 2

x2 , (c) f (x) = 21

x2 , (d) f (x) = 21/x, (e) f (x) = 2x

3, (f) f (x) = 3

12

x. (a) A fun¸c˜ao f (x) = 2x2

´e par, pois f (

x) = 2(

x)2

= 2x2

= f (x): assim, o gr´afico ´e sim´etrico em rela¸c˜ao ao eixo Oy, f (0) = 20 = 1. Al´em disso, f  ´e crescente em [0,

): de fato, 0 < x < y

x2 < y2

2x2

< 2y2

. Analogamente, ela ´e decrescente em (

−∞

, 0]. Quando

 |

x

|

 ´e grande, f (x) ´e grande (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

→ ∞

).

(b) A fun¸c˜ao f (x) = 2

x2

´e par, pois f (

x) = 2

(

x)2

= 2

x2

= f (x): assim, o gr´afico ´e sim´etrico em rela¸c˜ao ao eixo Oy, f (0) = 20 = 1. Quando

|

x

|

´e grande, f (x) ´e pequeno (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

0). Notemos que f (x) = 1/f (x).

(c) Consideremos a fun¸c˜ao f (x) = 21

x2

; como f (x) = 2 g(x), o gr´afico de h tem a mesma forma que o gr´afico de f : o gr´afico ´e sim´etrico em rela¸c˜ao ao eixo Oy, f (0) = 2. Quando

 |

x

|

 ´e grande, f (x) ´e pequeno (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

0).

(d)   O dom´ınio da fun¸c˜ao f (x) = 21/x ´e R

 − {

0

}

e n˜ao R. Analisemos o que acontece nas vizinhan¸cas de x   = 0: quando x >   0 ´e pequeno, 1x  ´e grande, portanto f (x) = 21/x ´e grande (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

→ ∞

); quando x < 0 est´a pr´oximo de 0,



x1



 ´e grande, portanto f (x) = 21/x ´e

pequeno (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

0). f  ´e decrescente em (

−∞

, 0) e em (0,

): no intervalo (0,

) temos 0 < x < y

1 y < 1 x

2 1/y < 21/x

Quando

 |

x

|

 ´e grande,



1

x



 ´e pequeno, portanto f (x) est´a pr´oximo de 20 (

|

x

| → ∞ ⇒

f (x)

1).

(e) A fun¸c˜ao f (x) = 2x

3 ´e crescente, f (0) =

2, lim

x

+

f (x) = +

, limx

→−∞

f (x) =

3.

(f) A fun¸c˜ao f (x) = 3

12

x ´e crescente, f (0) = 2, lim

x

+

f (x) = 3, limx

→−∞

f (x) =

−∞

. y = 21/x   x y 1  y = 2−x2 y = 21−x2 2 1 1   x  y = 2x2 y   x 

(11)

y = 3

1 2 x 3 2 y   x  y = 2x

3

3

2 y   x 

3.  Sabendo-se que os gr´aficos das fun¸c˜oes f (x) = ax e g(x) = x2

1 se intersectam em um ponto de abscissa 3, determine o n´umero a.

Temos f (3) = g(3), ou seja, a3 = 32

1, ou a3 = 32

1. Logo, a = 2. 4.  Resolva as seguintes inequa¸c˜oes exponenciais:

(a) 32 x+2

3x+3 > 3x

3 (b) 2x

1 > 21

x (c) 4x+1/2 + 5

·

2x + 2 > 0

Em cada um dos itens denotamos por S  o conjunto solu¸c˜ao das inequa¸c˜oes propostas. (a) 32 x+2

3x+3 > 3x

3

 ⇐⇒

 32 x

·

32

3x

·

33

3x + 3 > 0

⇐⇒

 9 (3x)2

28

·

3x + 3 > 0:

Fazendo 3x = y, obtemos 9 y2

28 y + 3 > 0, que ´e equivalente a termos y < 19 ou y > 3. Como y = 3x, a condi¸c˜ao fica 3x < 1

9 ou 3x > 3, isto ´e, 3x < 3

2 ou 3x > 3, mostrando que x <

 −

2 ou

x > 1. Assim, S  = (

−∞

,

2)

(1, +

). (b) 2x

1 > 21

x

⇐⇒

 2x

1 > 22x

 ⇐⇒

 2x(2x

1) > 2 (2x)2

2x

2 > 0:

Fazendo 2x = y, obtemos y2

y

2 > 0, que ´e equivalente a termos y <

 −

1 ou y > 2. Mas, y = 2x, logo 2x <

 −

1 ou 2x > 2. Lembrando que 2x > 0 para todo x

 ∈

 R, temos 2x > 2, ou seja x > 1. Assim, S  = (1, +

). (c) 4x+1/2 + 5

·

2x + 2 > 0

⇐⇒

 4x

·

41/2 + 5

·

2x + 2 > 0

 ⇐⇒

 2

·

(2x)2 + 5

·

2x + 2 > 0.

Fazendo 2x = y, obtemos 2 y2 + 5 y + 2 > 0, que ´e equivalente a termos y <

 −

2 ou y >

 −

12. Como y = 2x, segue que 2x <

 −

2 ou 2x >

 −

12. Lembrando que 2x > 0 para todo x

 ∈

R, temos 2x >

12, ou equivalentemente, x

R. Assim, S  = R.

5.  Mostre que lim

h

0a

h = 1.

Vamos utilizar o Lema 8.3 do livro N´umeros e Fun¸c˜oes Reais: Fixado o n´ umero real  a

= 1, em  todo intervalo n˜ ao degenerado de R+ existe alguma potˆencia ar, com r

 ∈

Q.

Suponhamos a > 1. O caso 0 < a < 1 ´e tratado de modo an´alogo. Fixe 0 < ε < 1. Pelo lema 8.3, existem s

Qe r

 ∈

Qtais que 1

ε < as < 1 < ar < 1 +ε. Como a0 = 1 e a fun¸c˜ao ax, x

R, ´e crescente, temos que s < 0 e r > 0. Tome δ  = min

{−

s; r

}

. Note que δ > 0. Seja h

 ∈

 R tal que

δ < h < δ . Ent˜ao, 0

 h < δ  ou

δ < h < 0. Se 0

 ≤

 h < δ , ent˜ao 1 = a0

 ah < aδ

 ar < 1 +ε,

mostrando que, neste caso, ah

1 < ε. Analisemos o caso

 −

δ < h < 0. Como δ 

 ≤ −

s, ou seja s

 ≤ −

δ , temos as

a

δ. Temos ent˜ao 1

ε < as

a

δ < ah < a0 = 1, mostrando que, neste

caso, 1

ah < ε. Assim, nos dois casos, temos

 |

ah

1

|

 < ε. Como 0 < ε < 1 foi tomado de modo arbitr´ario, fica provado que lim

h

0a

h = 1.

0.5 Outros Exerc´ıcios

1.   (FGV) A fun¸c˜ao P (t) = 60

·

(1, 04)t representa a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) em bilh˜oes de d´olares de um pa´ıs no ano t adotando-se a seguinte conven¸c˜ao:

t = 0 representa o ano de 1996; t = 1 representa o ano de 1997; t = 2 representa o ano de 1998;

(12)

a) Qual ´e a estimativa do PIB em 2005?

b) Em que ano o PIB ser´a o dobro do que era em 1996? E o triplo?

Em geral, em que ano o PIB ser´a igual ao PIB inicial multiplicado por x? a) A estimativa do PIB em 2005 ´e P (9) = 60

·

(1, 04)9 = 60

×

1, 423312 = 85, 3986.

b) Para determinar o ano em que o PIB ser´a o dobro, procuramos t tal que P (t) = 2 P (0), ou seja, 60

·

(1, 04)t = 120; ; assim procuramos t tal que (1, 04)t = 2. Por tentativa na calculadora,

temos (1, 04)17 = 1, 9479 e (1, 04)18 = 2, 0258. Logo, o PIB ser´a o dobro em 1996 + 29 = 2014. Para determinar o ano em que o PIB ser´a o triplo, procedendo de modo an´alogo, temos (1, 04)28 = 2, 9987 e (1, 04)29 = 3, 11865. Logo, o PIB ser´a o triplo em 1996 + 28 = 2025.

Para determinar o ano em que o PIB ser´a multiplicado por x, precisamos usar logaritmo (assunto que ser´a visto a seguir; para aproveitar o enunciado vamos resolver este exerc´ıcio aqui). Procuramos t tal que P (t) = x P (0), ou seja, 60

·

(1, 04)t = 60 x; simplificando e usando logaritmo,

t = log x

log(1, 04) anos. Se T   denota o menor n´umero inteiro maior que t, o valor do PIB ser´a multiplicado por x no ano 1996 + T .

2.  (FGV) Um autom´ovel vale hoje R$ 20000,00. Estima-se que o seu valor y  daqui a x anos seja dado pela fun¸c˜ao exponencial y = a

·

bx. Sabendo que o valor estimado para daqui a 3 anos ´e R$

15000,00:

a) Qual ´e o valor estimado daqui a 6 anos?

b) um outro autom´ovel tem valor estimado y daqui a x anos dado por y = c(0, 8)x. Daqui a

quantos anos o valor deste ve´ıculo se reduzir´a `a metade?

a) Como y(0) = 20000, temos a = 20000. Como y(3) = 15000, temos 20000

·

b3 = 15000, donde b3 = 45. Portanto y(x) = 20000

·

(45)x/3. Ent˜ao y(6) = 20000

·

(45)2 = 11250.

Procuramos x tal que c (0, 8)x = c

2 , ou seja, (0, 8)x = 1

2 . Usando uma calculadora, obtemos

(0, 8)2 = 0, 64, (0, 8)3 = 0, 512 e (0, 8)4 = 0, 4096. Logo, entre 3 e 4 anos o valor do ve´ıculo se

(13)

Cap´ıtulo 1

Fun¸c˜

oes Logar´ıtmicas e Exponenciais

1.1 Exerc´ıcios Recomendados - unidade 15

1.   Use as aproxima¸c˜oes log10 2

 

0, 301, log10 3

 

0, 477 e log10 5

 

0, 699 para obter valores aproximados para:

(a) log109 (b) log1040 (c) log10200 (d) log103000 (e) log10 0, 003 (f) log10 0, 81. Solu¸c˜oes:

(a) log10 9 = log10 32 = 2 log

10 3

 

 0, 954

(b) log10 40 = log10 4

·

10 = log10 4 + log10 10 = 2 log10 2 + 1

 1, 602 (c) log10 200 = log10 2

·

100 = log10 2 + 2 log10 10

 2, 301

(d) log10 3000 = log10 3

·

103 = log

10 3 + 3 log10 10

 3, 477

(e) log10 0, 003 = log10 3

·

10

3

 0, 477

3 =

 −

2, 523 (f) log10 0, 81 = log10 34

·

10

2 = 4 log

10 3

2 log10 10

 4

·

0, 477

2 =

0, 092.

2.   Uma interpreta¸c˜ao do logaritmo decimal ´e a sua rela¸c˜ao com a ordem de grandeza, isto ´e, com o n´umero de algarismos na representa¸c˜ao decimal. As quest˜oes a seguir exploram esta rela¸c˜ao. (a) Considere o n´umero x = 58.932, 1503. Qual ´e a parte inteira de log10x?

(b) Considere x >   1 um n´umero real cuja parte inteira tem k   algarismos. Mostre que a parte inteira de log10x ´e igual a k

1.

(c) Generalizando o item anterior, considere o sistema de numera¸c˜ao posicional de base b

 ≥

2. Mostre que, se a representa¸c˜ao de um n´umero real x > 1 nesse sistema tem k algarismos, ent˜ao, a parte inteira de logbx ´e igual a k

1.

Solu¸c˜oes:

(a) Como a fun¸c˜ao log10 ´e crescente e 104 < x < 105, temos 4 = log

10 104 < log10x < log10 105 = 5.

Logo, a parte inteira de log10x ´e 4.

(b)  Se a parte inteira de x tem k  algarismos, ent˜ao 10k

1

x < 10k. Como a fun¸c˜ao log10 ´e crescente, temos k

1 = log10 10k

1

log10x < log10 10k = k. Logo, a parte inteira de log

10x ´e

k

1.

(c) Escrevemos a representa¸c˜ao de um n´umero real x  nesse sistema de base b como x =

k

1

 j=0

a j b j + R ,

em que R ´e a parte decimal  de x  e  a0, . . . , ak

1 s˜ao d´ıgitos entre 0 e b

1 e ak

1

 ≥

 1 (s˜ao usados

k d´ıgitos nessa representa¸c˜ao porque, por hip´otese, ela tem k algarismos). Assim bk

1

 ak

1bk

1

k

1

 j=0 a j b j + R = x < bk . Portanto

(14)

Logo, a parte inteira de logbx ´e k

1.

3.   Considere x , y

 ∈

R tais que x = 10k y, com k

 ∈

Z. Qual ´e a rela¸c˜ao entre log10x e log10y? De x = 10ky temos log10x = log10 10k + log10y = k + log10y.

4.  (a) Mostre que uma fun¸c˜ao logar´ıtmica transforma toda progress˜ao geom´etrica em uma pro-gress˜ao aritm´etica.

(b) Interprete a propriedade acima com base no crescimento da fun¸c˜ao logar´ıtmica.

(c) A propriedade demonstrada no item (a) pode ser considerada uma caracteriza¸c˜ao para as fun¸c˜oes logar´ıtmicas, isto ´e, ´e verdade que uma fun¸c˜ao ´e logar´ıtmica se, e somente se, transforma toda progress˜ao geom´etrica em uma progress˜ao aritm´etica?

Solu¸c˜oes:

(a)  Seja a1, a2, .. . , an, . . .   uma PG de raz˜ao c >  0. Para todo k = 1, 2, . . . , n , . . .   temos

ak+1

ak

= c. Sejam b1 = log a1, b2 = log a2, .. . , bn = log an, . . . . Temos ent˜ao

bk+1

bk = log ak+1

log ak = log

ak+1

ak

 = log c. Logo, b1, b2, .. . , bn, . . .  ´e uma PA de raz˜ao log c.

outro modo:   Seja ak = a0rk uma PG de raz˜ao r. Ent˜ao

log ak = log(a0rk) = log a0 + log(rk) = log a0 + k log r

Sejam b0 = log a0 e s = log r. Ent˜ao log transforma ak na PA bk = b0 + k s = log a0 + k log r =

log(aork) = log ak.

(b) Os termos da PG (q k) crescem exponencialmente enquanto que os logaritmos de seus termos crescem lineamente constante k logq q .

k k + 1 qk qk+1 . . . . y  x  . . . . PA . . . . . PG y  x 

(c) Seja f : (0, +

)

 →

R uma fun¸c˜ao mon´otona injetiva que transforma toda PG em uma PA. Vamos mostrar que existe a > 0, a

= 1 tal que f (x) = logax + f (1).

A fun¸c˜ao g : (0, +

)

R, definida por g(x) = f (x)

f (1), ´e mon´otona injetiva e transforma toda PG em uma PA e satisfaz g(1) = 0.

A fun¸c˜ao h : R

R dada por h(y) = g(2y) transforma toda PA em uma PA: de fato, se y1, y2, . . . , yn ´e uma PA (de raz˜ao r), ent˜ao 2y1, 2y2, . . . , 2yn ´e uma PG (de raz˜ao 2r) e, como g

transforma PG em PA, temos que g(2y1) , g(2y2) , . . . , g(2yn) ´e uma PA.

Sejam n

N e y

 ∈

R; a PA de raz˜ao y

n y , . . . ,

y, 0, y, 2 y,

 · · ·

, n y

´e transformada por h na PA de raz˜ao h(y) (lembre que h(0) = g(20) = g(1) = 0):

(15)

Como esta ´e uma PA de raz˜ao h(y), temos

h(2 y) = 2 h(y), . . . , h(n y) = n h(y) e

h(

y) =

 −

h(y), . . . , h(

n y) =

 −

n h(y)

Isto mostra que, para todo m

 ∈

 Z e todo y

 ∈

 R, temos h(m y) = m h(y). Pelo Teorema Funda-mental da Proporcionalidade (Teorema 5.8 do livro N´umeros e Fun¸c˜oes Reais, p´agina 98), existe c

 ∈

R  tal que h(y) = c y, para todo y

R. Logo h(yc) = y   para todo y

R. Temos ent˜ao g(2y/c) = y, para todo y

 ∈

R, ou seja, denotando a = 21/c, temos g(ay) = y, para todo y

 ∈

R: assim, g   ´e a inversa da fun¸c˜ao exponencial y

R

→

ay

(0, +

). Logo, g(x) = logax e f (x) = g(x) + f (1) = logax + f (1).

outro modo:

Sejam g e h como acima. Como a fun¸c˜ao h transforma toda PA de R em uma PA, por uma consequˆencia do Teorema Fundamental da Proporcionalidade (veja a p´agina 104 do livro N´umeros e Fun¸c˜oes Reais), h ´e uma fun¸c˜ao afim; mas, como h(0) = 0, temos que h ´e linear: existe uma constante c (c

 

= 0 pois h ´e injetiva) tal que h(y) = c y, para todo y

 ∈

R: ent˜ao h(yc) = y, para todo y

R. Temos ent˜ao g(2y/c) = y, para todo y

R, ou seja, denotando a = 21/c, temos g(ay) = y, para todo y

 ∈

 R: assim, g ´e a inversa da fun¸c˜ao exponencial y

 ∈

 R

 →

ay

(0, +

). Logo, g(x) = logax e f (x) = g(x) + f (1) = logax + f (1).

5.   (UNIRIO/1994) Um explorador descobriu, na selva amazˆonica, uma esp´ecie nova de planta e, pesquisando-a durante anos, comprovou que o seu crescimento m´edio variava de acordo com a f´ormula A = 40

·

(1, 1)t, em que a altura m´edia A ´e medida em cent´ımetros e o tempo t em anos.

Sabendo-se que log10 2

= 0, 30 e log10 11

= 1, 04, determine:

(a) a altura m´edia, em cent´ımetros, de uma planta dessa esp´ecie aos 3 anos de vida; (b) a idade, em anos, na qual a planta tem uma altura m´edia de 1, 6 m.

Solu¸c˜oes:

(a) A altura m´edia aos 3 anos de vida ser´a A = 40

·

(1, 1)3 = 53, 24 cm .

(b) Para A = 1, 6 m = 160 cm, temos 40 (1, 1)t = 160, ou seja (1, 1)t = 4 ou

t = log10 4 log10(1, 1) =

0, 60

0, 04 = 15anos.

6.  (UERJ/2008) Admita que, em um determinado lago, a cada 40cm de profundidade, a intensi-dade de luz ´e reduzida em 20%, de acordo com a equa¸c˜ao I  = I 0 (0, 8)h/40, em que I  ´e a intensidade

da luz em uma profundidade h, em cent´ımetros, e I 0 ´e a intensidade na superf´ıcie. Um nadador

verificou, ao mergulhar nesse lago, que a intensidade da luz, em um ponto P, ´e de 32% daquela observada na superf´ıcie. Determine um valor aproximado para a profundidade do ponto P .

Como a intensidade ´e I  = 0, 32 I 0, temos I 0 (0, 8)h/40 = 0, 32 I 0. Cancelando I 0, temos

(0, 8)h/40 = 0, 32, donde obtemos 40h log10(0, 8) = log10(0, 32). Agora log10(0, 8) = log10 23

log10 10

 −

0, 097 e log10(0, 32) = log10 25

log10 100

  −

0, 495. Portanto h

 204, 1 cm.

7. O acidente do reator nuclear de Chernobyl, URSS, em 1986, lan¸cou na atmosfera grande quantidade do is´otopo radioativo estrˆoncio-90, cuja meia-vida ´e de vinte e oito anos. Supondo ser este is´otopo a ´unica contamina¸c˜ao radioativa e sabendo que o local poder´a ser considerado seguro quando a quantidade de estrˆoncio-90 se reduzir, por desintegra¸c˜ao, a 1/16 da quantidade inicialmente presente, em que ano o local poder´a ser habitado novamente?

Solu¸c˜ao:

Designando por Q(t) a quantidade de estrˆoncio-90 no instante t  e por Q0 a quantidade inicial,

temos Q(t) = Q0 (0, 5)t/28 = Q0/2t/28. Ent˜ao

Q0

(16)

O local poder´a ser habitado no ano 1986+112=2098.

outro modo: Em 2014(= 1986 + 28), haver´a 1/2 da quantidade inicial de estrˆoncio-90, em 2042(= 2014 + 28), haver´a metade da quantidade que havia em 2014, portanto 1/4 da quantidade inicial, em 2070(= 2042 + 28), haver´a 1/8 da quantidade inicial, em 2098(= 2070 + 28), haver´a 1/16 da quantidade inicial.

8.  Os gr´aficos a seguir foram desenhados em eixos x

y

 com escalas logar´ıtmicas decimais. Isto ´e,

se xy  ´e o sistema de coordenadas cartesianas convencional, ent˜ao x

 = log10x e y

 = log10y. A

 janela gr´afica ´e 0, 1

 x

 ≤

 10 e 0, 1

 y

 ≤

 10.

(a) O gr´afico acima, `a esquerda, representa a fam´ılia de curvas y = k x, em que k

 ∈

N varia de 1 a 10. Explique por que as curvas tˆem este aspecto.

(b) O gr´afico acima, `a direita, representa a fam´ılia de curvas y = xk, em que k

 ∈

N varia de 1 a 10. Explique por que as curvas tˆem este aspecto.

(c) Observe que os intervalos escolhidos para ambos os eixos nessa escala come¸cam em 0, 1. Como vocˆe justificaria essa escolha? Faria sentido come¸car os eixos em 0?

(d) Nesses eixos, cada unidade linear corresponde a uma multiplica¸c˜ao por 10. Explique esta afirma¸c˜ao. 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Solu¸c˜oes:

(a) De y = k x   temos log10y   = log10k + log10x   ou, denotando Y   = log10y, K   = log10k e X   = log10x, temos Y  = K  + X . Assim as curvas tra¸cadas s˜ao Y  = X  (K   = log1 = 0), Y  = X  + log 2, . . . , Y   = X  + log 10 = X  + 1.

(b) De y = xk temos log

10y = k log10x ou, denotando Y  = log10y e  X  = log10x, temos Y  = k X .

(c) N˜ao pode come¸car os eixos em x = 0, pois n˜ao est´a definido log10 0.

(d) Porque ´e utilizado o log na base 10: log(10 Z ) = log 10 + log Z  = 1 + log Z 

9.   Em algumas situa¸c˜oes, para expressar certas grandezas, ´e mais conveniente empregar as cha-madas escalas logar´ıtmicas do que as escalas lineares convencionais. Este ´e o caso, por exemplo, da escala Richter de terremotos. Na escala Richter, a intensidade I  de um terremoto, expressa em graus, ´e definida da seguinte forma:

I  = 2

3 log10

 E  E 0

em que E  representa a energia liberada pelo terremoto, medida em kW h, e E 0 = 10

3kW h.

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