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Os autores deste material não se responsabilizam pela utilização de qualquer um dos exercícios ou dicas nele contidos, sendo estes baseados em experiências pessoais e profissionais dos autores, não constituindo o presente relatório, em qualquer hipótese, uma recomendação de investimento.
O objetivo deste livro é apenas o de ensinar os conceitos básicos para investimento em bolsa de valores, através de exemplos reais e exercícios hipotéticos. É recomendado a todos os leitores deste livro fazerem sua pesquisa própria no que constam decisões sobre seus investimentos.
As informações, sugestões e opiniões contidas neste relatório tem como objetivo prover informações e sugestões, assim sendo informamos que o retorno e o risco associado de quaisquer decisões de investimento ou desinvestimento tomadas a partir de suas informações e sugestões, são exclusivamente do usuário deste livro. As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança por parte dos autores.
Ao ler este livro você concorda que nem os autores nem as suas empresas serão responsáveis por quaisquer resultados com relação a qualquer informação contida nesse livro.
Lucas Andrade trabalhou em diversos fundos e bancos de investimento em São Paulo e Rio de Janeiro, é formado em Economia pela FGV-SP e fundador do Investidor Inteligente.
Caio d’Amoed trabalhou no mercado financeiro, é formado em Administração pelo Ibmec-RJ e Finanças pela UFF, sendo
Feito Para Você Por:
As corretoras são instituições que operam com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários diversos (ações, títulos públicos, letras financeiras, debêntures, entre tantos outros).
São as corretoras que fazem a intermediação entre os investidores e o mercado financeiro, seja na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BMF&Bovespa) ou o mercado de renda-fixa (Cetip), onde são negociados estes títulos e valores mobiliários aqui no Brasil.
As corretoras tem autorização do Banco Central para operar e são auditadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Elas podem ser vinculadas a bancosou independentes.
Qualquer pessoa que queira investir diretamente em ações precisa abrir conta em uma corretora de valores (igual a uma conta bancária). Apenas através de uma corretora é que se pode negociar na bolsa de valores, porque são elas que tem acesso à CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), onde suas ações ficam registradas em seu nome.
Você pode também investir em ações através de algum Fundo de Investimento em Ações (FIA) ou Fundos de Investimentos Multimercado (FIM).
Essa também é uma opção, mas em geral investir nesses fundos requer uma aplicação inicial mínima e você pagará taxas de administração e performance ao seus gestores do fundo de investimento.
Para comprar e vender ações você precisa ter uma conta ativa em uma corretora. Esse processo atualmente é bastante simples e geralmente instruído no próprio site da corretora, que irá pedir a você apenas alguns documentos básicos. Após a abertura da conta você transfere o dinheiro que irá utilizar para investir em ações e/ou outros títulos ou produtos. Todo lucro das operação irão ficar acumulados também nesta sua conta corrente da corretora e sempre que quiser pode pedir o resgate para sua conta bancária! Em contrapartida, a corretora cobra de você uma taxa de
corretagem por operação, além de outras taxas (como a de custódia) e emolumentos operacionais da BVM&F. A corretora faz a intermediação entre você e a Bolsa.
Atualmente, é mais comum que você utilize a própria plataforma online de negociação da corretora – o chamado homebroker. Também é possível que você ligue para a mesa de operação da sua corretora e envie sua ordem diretamente a ela, se desejar. Além disso, hoje é comum contar com aplicativos para celular e tablet.
Existem corretoras que tem seu foco no chamado público de varejo (pessoas físicas) enquanto outras, geralmente ligadas a grandes bancos, tem foco em clientes institucionais de maior poder aquisitivo. Muitas corretoras oferecem uma gama de produtos diferentes aos clientes, desde atendimento diferenciado, amplo acesso a produtos financeiros pelas suas plataformas, até relatórios de notícias e ações. Em geral, corretoras de bancos tem custos mais elevados e serviços/ferramentas de menor qualidade.
Além de analisar os custos de corretagem existem diversos aspectos a serem levados em conta na escolha de uma corretora:
1 Modelo de negócio: é uma corretora online e integrada, oferecendo facilidade para abrir conta, solicitar resgate, ser atendido, enviar ordens? É focada no público de varejo, com liderança e serviços personalizados a este público?
2 Tecnologia e ferramentas: é uma corretora com homebroker fácil de usar e estável, que ofereça agilidade e praticidade? Tem aplicativo para celular? Permite fazer operações como aluguel de ações, entre outras?
3 Atendimento: oferece atendimento qualificado e acessível através de telefone, chat ou e-mail? Com certeza, muitas vezes você terá de resolver questões, sendo este um ponto muito importante.
4 Diversidade de produtos: oferece facilidade e plataforma para investimento e gerenciamento de outros produtos como títulos públicos, renda-fixa de diferentes emissores, ações, fundos imobiliários, fundos de investimentos, etc?
5 Custos operacionais: tem taxa de custódia e corretagem competitiva com o mercado e os serviços/atendimento oferecido?
Programa de Qualificação Operacional (PQO): este é um selo concedido pela BM&Fbovespa às corretoras que possuem infraestrutura tecnológica, de atendimento e transparência na execução com eficiência e eficácia das suas atividades relacionadas.
É sempre muito importante lembrar que os relatórios de análises de ações que algumas corretas disponibilizam devem ser avaliados com especial cuidado.
As corretoras não são empresas independentes de análise, pois elas ganham mais com o maior número de negócios (ordens executadas). Se você já acompanha nossos conteúdos do Investidor Inteligente sabe que nem sempre negociar ações com alta frequência é o melhor caminho para ganhar na Bolsa e por isso recomendamos que conheça a Blue Chip.
Os custos para investir envolvem tanto a utilização do serviço das corretoras, como também aqueles da própria BMF&Bovespa, empresa administra mercado de títulos (como a Bolsa de Valores de São Paulo) e faz os serviços de liquidação, compensação e registro na Bolsa de Valores. Veja abaixo os principais custos:
1 Taxa de Corretagem: o principal custo quando você compra ações. A taxa de corretagem é formada por um valor fixo somado a um valor variável, de acordo com o volume total de operações realizadas. Esse custo varia entre as corretoras, que podem cobrar um valor fixo por cada ordem de compra ou venda ou então seguir a Tabela Bovespa, onde a taxa fica entre 0% a 2% do valor transacionado (mais comum em ordens através da mesa de operações).
2 Taxa de Custódia: a taxa cobrada pela corretora pela manutenção dos seus ativos sob guarda da instituição custodiante (BMF&Bovespa). Essa taxa é mensal e varia de corretora para corretora, podendo ser mais baixa se você não fizer nenhuma movimentação em sua conta naquele mês, ou até mesmo isenta de taxa em alguns casos específicos de corretoras.
3 Taxa de Emolumento, Liquidação e Registro: basicamente são taxas cobradas pela BMF&Bovespa e CBLC, que estão já envolvidas na negociação (boleta) e que dão base para processamento de ordens e registro de propriedade das ações. Esse custo em geral varia entre 0,02% a 0,13% do valor transacionado.
4 Imposto de Renda: alíquota de 15% sobre o lucro líquido obtido após os custos operacionais para venda de ações em datas diferentes e se o valor financeiro por ordem ultrapassar R$20 mil; 20% sobre o lucro líquido para operações de day-trade (compra e venda no mesmo dia). Ganhos com dividendos são isentos. Já o recebimento de Juros Sobre Capital Próprio (JSCP), uma outra forma de uma empresa distribuir lucro aos acionistas, está sujeito a imposto de 15% (porque nesse caso a empresa considera JSCP como despesa nas suas demonstrações contábeis e não pagou ainda imposto sobre esse valor, tal como é o caso dos dividendos).
O mercado de corretagem está cada vez mais competitivo no Brasil e cada vez mais as corretoras buscam aprimorar seus serviços com diferenciais e preços competitivos.
Na tabela da página seguinte listamos as principais corretoras brasileiras e os custos nas operações com Tesouro Direto, corretagem com ações e taxa de custódia, conforme
Taxa Tesouro Direto
(Anual) Corretagem de Ações (Lote Padrão) Taxa de Custódia (Ações - Mensal) Isenção da Taxa Custódia (Condição)
Rico 0,10% 9,8 12,5 Ter 2 operações no mês
Mirae 0,20% 2,90 10
-Guide 0,20% 14 16,90
-Agora 0,23% 20 14,99 Ter 1 operação no mês
Ativa 0,20% 15 9,80 R$30 em corretagem no mês
Clear - 7,50 -
-Coinvalores 0,25% Tabela Bovespa 15
-Concordia 0,35% Tabela Bovespa 8,02
-Easyinvest - 10 30 R$30 em corretagem no mês
Gradual 0,20% 10 10
-Modal Mais - 8,99 -
-MyCap 0,20% 5 10
-Planner 0,20% Tabela Bovespa - R$20 15
-Socopa 0,10% 7 10 Ter 1 operação no mês
Solidez 0,40% Tabela Bovespa - R$14,99 11
-Spinelli / HB Invest 0,08% 11,90 8,02
-XP Investimentos - 14,90 -
-Banco do Brasil 0,50% Variável - R$20 Variável - R$9
-Abaixo está a Tabela Bovespa do mercado de renda variável. Ela impõe um teto no valor das corretagens cobradas pelas instituições. Tais valores são aplicados em geral para ordens enviada via mesa de operações, com um valor mínimo fixo de corretagem.
Financeiro no dia Valor Fixo Percentual do volume
De R$ 0,01 a R$ 135,07 R$ 2,70 0,00 %
De R$ 135,08 a R$ 498,62 R$ 0,00 2,00 %
De R$ 498,63 a R$ 1.514,69 R$ 2,49 1,50 %
De R$ 1.514,70 a R$ 3.029,38 R$ 10,06 1,00 %
A custódia de ações e títulos de renda-fixa são registrados no CPF (Cadastro de Pessoa Física) de seus investidores, de forma centralizada na BM&FBovespa e Cetip. Assim, em caso de falência, apesar das dificuldades processuais, o investidor pode transferir sua custódia para outra intermediadora.
Através do Canal Eletrônico do Investidor (CEI) da BM&FBovespa e do Cetip Certifica você confere os ativos de sua propriedade.
É por esse motivo, também, que é muito importante que você não apenas considere o preço de corretagem quando da escolha de sua corretora, mas considere também aquelas líderes de mercado.
É prudente evitar deixar muito dinheiro parado na conta da corretora, que poderia vir a fazer parte da massa falida em caso de uma possível falência. Porém, há o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP) da BVM&Fbovespa, no valor de até R$120 mil, que pode ser acionado em caso de falência da corretora e perda do dinheiro na corretora. O selo do Programa de Qualificação Operacional (PQO) da BVM&FBovespa atesta a credibilidade dos processos e execuções de uma corretora. A auditoria da corretora é um dos parâmetros para manter este selo. Prefira sempre corretoras que possuam o selo.
A escolha de qual corretora você deve usar pode parecer algo complexo, porém aqui vão algumas dicas para ajuda-lo a tomar essa decisão tranquilamente:
Antes de você escolher é importante que tenha definido qual será seu objetivo como investidor e também o quanto está pensando em investir inicialmente.
Algumas corretoras são focadas em atender clientes que fazem altos investimentos e outras pequenos investidores, outras aqueles que negociam diariamente, por exemplo.
O fator mais fácil de comparar, obviamente, é o preço da corretagem cobrada. Agora, é bom lembrar que se você não for um day trader (quem negocia diariamente) ou um scalper (que negocia muito também), a taxa de corretagem acaba não pesando tanto. Em segundo lugar, pesquise (opinião de amigos,
fóruns da internet ou profissionais da área) se o serviço de homebroker, por exemplo, é estável e não costuma dar problemas. Também o atendimento e quais serviços ofertados!
Por fim, lembre-se: para ganhar na Bolsa é preciso estudar! Por isso veja aqui nosso
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