• Nenhum resultado encontrado

RESUMO. Palavras-chave: Algas. Eutrofização. Floração. INTRODUÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESUMO. Palavras-chave: Algas. Eutrofização. Floração. INTRODUÇÃO"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

145

Ficoflórula de alguns corpos de água lênticos do município de Alegre – Espírito Santo

Diego Camuzi Cassiano1,Felipe Aparecido Gabriel de Miranda1, Lúcia Helena Sipaúba Tavares2e Atanásio Alves do Amaral1

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Alegre atanasio@ifes.edu.br

2 Centro de Aquicultura da Universidade estadual Paulista – Campus de Jaboticabal

RESUMO

Esse trabalho teve o objetivo de conhecer a diversidade de algas da região sul do Espírito Santo, verificando-se a sazonalidade de ocorrência dos organismos. amostras de fitoplâncton foram coletadas com garrafa de Van Dorn de 5 L, filtrando-se a água em rede de plâncton com malha de 5 µm. Os organismos foram fixados com formalina a 8%. As macroalgas perifíticas e bentônicas foram coletadas manualmente e as florações foram coletadas com o próprio frasco onde foram fixadas e armazenadas. A identificação foi feita com o auxílio de literatura especializada. De acordo com a frequência de ocorrência nas amostras, os taxa foram classificados em constantes, comuns e raros.Foram identificados 55 taxa específicos, distribuídos em 6 Filos: Cyanobacteria (7 espécies), Chlorophyta (17 espécies), Charophyta (13 espécies), Euglenophyta (7 espécies), Bacillariophyta (10 espécies) e Chrysophyta (1 espécie). Chlorophyta apresentou a maior diversidade de espécies, seguido por Chrysophyta e Bacillariophyta. Nos viveiros de cultivo não foi observada diferença entre os períodos seco e chuvoso. Nas lagoas naturais, o número de espécies e de indivíduos foi maior no período chuvoso. Os gêneros Oscillatoria (Cyanobacteria) e Spirogyra (Chlorophyta) são constantes no perifíton. Periodicamente os Euglenoides cobrem a superfície da água, predominando os gêneros Euglena e Phacus quando a água está relativamente transparente e os gêneros Strombomonas e Trachelomonas quando a água está barrenta. Florações de Volvox (Chlorophyta) e de Synura (Chrisophyta) são observadas apenas nos viveiros de cultivo de peixes, após adubação com uréia e com esterco de frango, respectivamente. As populações de algas são afetadas pelas condições ambientais.

Palavras-chave: Algas. Eutrofização. Floração.

INTRODUÇÃO

O termo algas inclui vários grupos de organismos aquáticos autotróficos, unicelulares ou muiticelulares, que vivem suspensos, aderidos a substratos ou fixos ao sedimento dos corpos de água. As algas que vivem suspensas constituem o fitoplâncton e as que vivem aderidas constituem o perifíton (ESTEVES, 2011).

O fitoplâncton de água doce é representado por um grupo diversificado de organismos pertencentes aos Filos Cyanobacteria (cianobactérias), Chlorophyta (clorófitas), Charophyta (carófitas), Euglenophyta (euglenófitas ou euglenoides), Chrysophyta (crisófitas), Bacillariophyta (bacilariófitas ou diatomáceas), Xantophyta (xantófitas), Cryptophyta (criptófitas) e Dinophyta (dinófitas) (BICUDO; MENESES, 2006; ESTEVES, 2011). Algumas espécies de cianobactérias filamentosas, clorófitas e carófitas ocorrem no perifíton e algumas espécies de carófitas, bacilariófitas e euglenófitas são encontradas no sedimento. As algas são importantes indicadores ambientais, capazes de revelar situações de poluição intermitente ou contínua e de integrar todas as variáveis ambientais (ALMEIDA, 1998). As bacilariófitas (diatomáceas), devido à grande diversidade (vários milhares de espécies de água

(2)

146 doce), ao caráter cosmopolita e à sensibilidade variável à poluição, é um indicador biológico muito utilizado para a avaliação da qualidade de cursos de água doce. As Carófitas Zignemafíceas são associadas a ambientes oligotróficos e as euglenófitas são geralmente associadas a ambientes eutrofizados (ESTEVES, 2011).

Esse trabalho teve o objetivo de conhecer a diversidade de algas da região sul do Espírito Santo, verificando-se a sazonalidade de ocorrência dos organismos.

MATERIAL E MÉTODOS Caracterização da área de estudo

O município de Alegre, área de 772,7 k m2 e a lt it ude de 277 m, localiza-se no sul do Estado do Espírito Santo (Figura 1). O clima é tropical de altitude (Cwa), caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. As t e mper at uras mé d ia s do verão e do inver no são 29,7ºC e 18,5ºC, resp ect iva me nt e. A pre c ip it aç ão p lu vio mét r ic a a nu a l é d a o rde m d e 1.326 mm, co m 23 3 mm no período seco (ma io a set e mbro ) e 1.09 3 mm no período chuvoso (o ut ubro a abr il). A pr inc ipa l at ivid ade e co nô mic a d a reg ião é agro ss ilv ipa st o ril (PRE FEITUR A MUNICIP AL DE ALEG RE, 2012) A reg ião é cer cada de mo rro s, mu it a s vez es ut iliza do s co mo áre a d e p ast age m para o gado . Às marg e ns da s e st radas que co rt am o mu nic íp io e xist e m mu it a s la go as nat ura is e a lgu ma s art ific ia is , ut iliz ada s par a de ss ede nt ação do gado . V ive iro s de cu lt ivo de p e ixe s são e nco nt rado s no I fes – C a mpu s de Alegr e e e m p eque nas pro pr iedad es rura is do mu nic íp io .

Figur a 1: Lo ca liza ção do M inic íp io de Ale gre no Est ado e no Bras il Fo nt e: Wik ip éd ia (Ficheiro: EspiritoSantoMunicipAlegre.svg)

Coleta e análise das amostras

Foram amostradas 2 lagoas naturais e 2 lagoas artificiais, localizadas às margens da Rodovia ES 482, 4 caixas de fibrocimento fertilizadas com esterco de frango e 6 viveiros de cultivo de peixes, localizados no Ifes – Campus de Alegre, e 6 viveiros de cultivo de peixes localizados em propriedades rurais do município. As coletas foram realizadas nos períodos seco e chuvoso, durante cinco anos, a partir de 2007.

As amostras de fitoplâncton foram coletadas com garrafa de Van Dorn horizontal com capacidade para 5 l, filtrando-se a água em rede de plâncton com malha de 5 µm. Os

(3)

147 organismos foram fixados acrescentando-se formalina a 8% na mesma quantidade do volume final da amostra. As macroalgas perifíticas e bentônicas foram coletadas manualmente e as florações foram coletadas com o próprio frasco onde foram fixadas e armazenadas, colocando-se a boca do frasco na superfície da água e deixando-o encher até um quarto da sua capacidade. A identificação foi feita com o auxílio de bibliografia especializada, utilizando-se microscópio de luz direta com aumento de 400 X.

De acordo com a frequência de ocorrência nas amostras, os taxa foram classificados em constantes (≥ 50%), comuns (entre 10 e 50%) e raros (entre 1 e 10%) (SAMPAIO et al., 2002).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os taxa identificados correspondem a 55 espécies, distribuídas em 6 Filos (Tabela 1), mas existem outros, ainda não identificados. Em relação ao hábito e ao período de ocorrência, quando aparecem duas siglas para a mesmo taxon, na Tabela 1, a sigla à esquerda representa a situação mais comum. .

Observou-se que, em alguns corpos d’água, no período chuvoso, o número de espécies aumenta, em função do aumento da eutrofização. Nesse período as populações de cianobactérias e de euglenoides são mais numerosas do que no período seco. Nos viveiros de piscicultura, não se observa grande diferença entre os dois períodos, pois o ambiente está sempre eutrofizado, devido ao fornecimento de ração e à liberação de excretas e de dejetos pelos peixes (SIPAÚBA-TAVARES, 2000). Nos viveiros de piscicultura, o manejo parece influenciar as populações de algas mais do que as condições ambientais (SIPAÚBA-TAVARES, MILLAN; AMARAL, 2010).

A maior diversidade de espécies foi encontrada entre as clorófitas, o que corresponde ao esperado, pois elas são as algas mais abundantes nos corpos de água doce (ESTEVES, 2011). As carófitas e as diatomáceas também apresentaram grande diversidade de espécies. Esses 3 grupos de algas ocorrem indistintamente nos períodos seco e chuvoso e a presença deles indica que o ambiente não é altamente eutrofizado, apesar das áreas de pastagem ao redor das lagoas naturais e artificiais e apesar do manejo, nos sistemas de cultivo de peixes. Os grupos indicadores de alto grau de eutrofização estão presentes em maior quantidade apenas no período chuvoso.

A constância dos gêneros Oscillatoria (Cyanobacteria) e Spirogyra (Chlorophyta) foi observada em todos os corpos d’água em que havia perifíton. O gênero Spirogyra forma densas massas na superfície da água, sendo encontrado flutuando ou aderido a rochas, folhas e galhos submersos. Quando analisadas sob microscópio, as amostras revelam a presença do gênero Oscillatoria entre os filamentos de Spirogyra, constituídos por duas espécies. Alguns filamentos atingem cerca de 30 cm de comprimento. A composição de espécies e a dinâmica da comunidade perifítica dependem das condições ambientais (FERNANDES, 2005; RODRIGUES et al., 2005), portanto a presença constante de Oscillatoria e Spirogyra indica estabilidade do meio, ao longo do período de estudo, e condições semelhantes, nos diversos locais de amostragem. Os baixos valores de índice de diversidade do perifíton indicam condições limitantes do meio (BOHR et al. apud POMPÊO; MOSCHINI-CARLOS, 2003). As florações de Euglenoides são comuns nos viveiros de cultivo de peixes e também nas lagoas, onde formam uma massa verde na superfície da água. Essas florações ocorrem periodicamente e duram quase dois meses, sendo observadas em qualquer época do ano, embora mais frequentes no período quente.

(4)

148

Tabela 1: Composição, hábito e ocorrência da ficoflórula do município de Alegre, onde: C =

constante; c = comum; r = rara; A = abundante; Se = seco; Ch = chuvoso; L: lagoa; V: viveiro de cultivo de peixes; F: Caixa de fibrocimento

TAXON ESPÉCIES Nº DE HÁBITO OCORRÊNCIA LOCAL DE OCORRÊNCIA PERIODO DE FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA Cyanobacteria Anabaena sp. 1 Pla L / V Ch c Arthrospira sp. 1 Pla L / V Ch / Se c Lyngbya sp. 1 Pla L / V Ch r Merismopedia sp. 1 Pla L / V Ch / Se r Microcystis sp. 1 Pla L / V Ch c

Oscillatoria sp. 1 Per / Pla L / V / F Ch / Se C / A

Pseudanabaena sp. 1 Pla L / V Ch r

Chlorophyta

Ankistrodesmus sp. 1 Pla V Se / Ch c

Chodatellopsis elliptica 1 Pla V Se / Ch r

Closterium parvulum 1 Pla L / V Se / Ch c

Closterium sp. 1 Pla L / V Se / Ch c

Desmodesmus armatus 1 Pla V Se / Ch c

Dictyosphaerium sp. 1 Pla V Se / Ch c Eutetramons sp. 1 Pla V Se / Ch c Pediastrum spp. 4 Pla L / V Se / Ch c Pleurotaenium sp. 1 Pla V Se / Ch c Pseudostaurastrum sp. 1 Pla V Se / Ch c Scenedesmus acuminatus 1 Pla L / V Se / Ch c

Scenedesmus linearis 1 Pla L / V Se / Ch c

Scenedesmus quadricauda 1 Pla L / V Se / Ch c Scenedesmus sp. 1 Pla L / V Se / Ch c Volvox sp. Pla L / V Ch c Charophyta Bambusina sp. 1 Pla L* Ch r Chara spp. 2 Ben L** Ch / Se C / A Closterium sp. 1 Pla V Se c Cosmarium sp. 1 Pla V Se c Mougeotia sp. 1 Per V Se c Pleurotaenium sp. 1 Pla V Se c

Spirogyra spp. 2 Per / Pla L / V / F Ch / Se C / A

Staurastrum tetracerum 1 Pla L / V Se c

Staurodesmus sp. 1 Pla L / V Se c

Xanthidium sp. 1 Pla V Se r

Zygnema sp. 1 Per L / V / F Se c

Euglenophyta

Euglena acus 1 Pla L / V Ch / Se c / A

Euglena sp. 1 Pla L / V Ch / Se c / A

Phacus longicauda 1 Pla L / V Ch / Se c / A

Phacus pleuronectes 1 Pla L / V Ch / Se c / A

Strombomonas

acuminatus

(5)

149 TAXON Nº DE ESPÉCIES HÁBITO LOCAL DE OCORRÊNCIA PERIODO DE OCORRÊNCIA FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA Trachelomonas pulchella 1 Pla / Ben V Ch / Se c / A

Trachelomonas sp. 1 Pla / Ben V Ch / Se c / A

Bacillariophyta

Asterionella sp. 1 Pla V Se / Ch r

Aulacoseira sp. 1 Ben / Pla V Se / Ch c / A

Gyrosigma sp. 1 Pla V Se / Ch c

Navicula spp. 5 Pla L / V Se / Ch c

Surirella spp. 2 Pla L / V Se / Ch c / A

Chrysophyta

Synura uvella 1 Pla V / F Ch c / A

* Encontrada em apenas uma lagoa natural. ** Encontrada em apenas duas lagoas naturais. Os gêneros Euglena e Phacus predominam quando a água está relativamente transparente e os gêneros Strombomonas e Trachelomonas predominam nas águas barrentas. As florações de euglenoides são indicadores de eutrofização (ESTEVES, 2011).

Em alguns viveiros de cultivo de peixes, são comuns extensas florações de Volvox (Chlorophyta), após adubação com uréia, e de Synura (Chrisophyta), após adubação com esterco de frango, seguida de redução da taxa de renovação de água. Essas florações parecem não afetar os peixes e outros organismos aquáticos, servindo inclusive de alimento para os mesmos, como se pode observar ao aproximar-se do viveiro. Verifica-se que essas algas ocorrem em ambientes eutrofizados, visto que as florações sempre ocorrem após adubação.

CONCLUSÕES

Nos corpos de água naturais, as populações de algas são afetadas pelas condições ambientais e nos viveiros de cultivo, pelo manejo realizado.

As espécies presentes variam de acordo com as condições ambientais, atuando como indicadores das mudanças ocorridas no ecossistema.

AGRADECIMENTOS

Ao Ifes, pela bolsa de iniciação científica do primeiro autor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, S. Utilização das Diatomáceas na avaliação da qualidade das águas doces. Tese de doutoramento, Universidade de Aveiro. 1998.

BICUDO, C. E. M.; MENESES, M. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. 2. ed. São Carlos: RiMa, 2006.

ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. FERNANDES, V. O. Perifíton: conceitos e aplicações da Limnologia à engenharia. In: ROLAND, F; CÉSAR, D.; MARINHO, M. Lições de Limnologia. São Carlos: RiMa, 2005. p. 351-364.

(6)

150 POMPÊO, M. L. M.; MOSCHINI-CARLOS, V. M. Macrófitas aquáticas e perifíton: aspectos ecológicos e metodológicos. São Carlos: RiMa, 2003.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ALEGRE. A cidade: características geográficas. Disponível em: http://www.alegre.es.gov.br. Acesso em: 20 abr. 2012.

RODRIGUES, L.; FONSECA, I. A.; LEANDRINI, J. A.; FELISBERTO, S. A.; SILVA, E. L. V. Distribuição espacial da biomassa perifítica em reservatórios e relação com o tipo de substrato. In: RODRIGUES, L.; THOMAZ, S. M.; AGOSTINHO, A. A.; GOMES, L. C. Biocenoses em reservatórios: padrões espaciais e temporais. São Carlos: RiMa, 2005.

SAMPAIO, E. V.; ROCHA, O.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; TUNDISI, J. G. Composition and abundance of zooplankton in the limnetic zone of seven reservoirs of the Paranapanema River, Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 6, n. 3, p. 525-545. 2002.

SIPAÚBA-TAVARES, L. H. Utilização de biofiltros em sistemas de cultivo de peixes. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 21, n. 203, p. 38-43, mar./abr. 2000.

SIPAÚBA-TAVARES, L. H.; MILLAN, R. N.;AMARAL, A. A. do.Influence of management on plankton community of fishponds during the dry and rainy seasons. Acta Limnologica Brasiliensia, v. 22, n. 1, p. 70-79. 2010.

Referências

Documentos relacionados

y (De Moor5, 2000; Schiodt et al, 16 , 2002) A osteoradionecrose constitui a complicação mais seria do tratamento radioterápico do câncer da região de cabeça e pescoço...

- Identificar como o big data big data  pode ajudar as Instituições Financeiras na tomada  pode ajudar as Instituições Financeiras na tomada de decisões estratégicas, na

Medrado: um materializado pelas rochas localizadas abaixo da Camada de Cromitito Principal, e que é caracterizado por um aumento gradual das composições dos

A eutrofização é o acúmulo de nutrientes como o nitrogênio e o fósforo que causa florações de algas das quais as mais conhecidas são as cianobactérias, que podem

As estratégias de poder sobre a vida se encarregam do funcionamento desta sociedade disciplinar que se vale de mecanismos do Estado, instituições normalizadoras

Do ponto de vista clínico, o seu mal-estar, inerente a todo o con- texto já descrito, condicionou uma série de episódios de somatização de difícil abordagem (quando olhados fora do

Governança Corporativa Comitê Executivo Assembleia de Acionistas Conselho de Administração Comitê De Pessoas Comitê De Produtos Comitê Regulatório Comitê Financeiro Comitê

Você está participando do Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca - SAEMI. Sua participação é muito importante para sabermos como está a educação em nosso