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Revista Nº 60 COLÉGIO SANTA MARIA. Leitura. tratada como prioridade prazerosa

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Academic year: 2021

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COLÉGIO SANTA MARIA

Revista

Nº 60

Leitura

tratada como

prioridade

prazerosa

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Leitura

Destaque

sério

Leitura levada a

Ilu str aç ões : 123RF

Comunidade Leitora

Na Educação Infantil, foi implantado neste ano o Projeto Comuni-dade Leitora nas classes do Pré. Fora da sala de aula, nos jardins do Colégio, por exemplo, os alunos escolhem dentre as histórias selecio-nadas, em qual grupo querem ficar e ouvem a história que mais atraiu sua atenção, pelo título ou pela ilustração da capa dos exemplares dis-postos em cartazes no corredor das salas.

Além de conhecer a dinâmica de outra professora, têm contato com colegas de outras salas, exercitando a convivência e seu poder de es-colha. No retorno à sala de aula, são incentivados a recontar a história que ouviram aos colegas, aprimorando o relato oral. A atividade per-mite que as crianças se apropriem da sequência narrativa, das falas dos personagens e experimentem o convencimento de que a história que ouviram era mesmo interessante. Em seguida, escrevem a

histó-No ano da Bienal do Livro de São Paulo, a importância da leitura para crianças e

adultos ganha destaque. No Colégio Santa Maria, o assunto é tratado como prioridade

desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Inúmeras atividades objetivam formar

leitores autônomos e entusiasmados com a riqueza contida nos livros. É um alento

saber, por exemplo, que os alunos do 2º ano lerão 11 títulos até o final deste ano.

Um saldo extraordinário, principalmente se comparado com o número de livros lidos

anualmente pelos brasileiros – 4 por pessoa em 2011, conforme apontou a pesquisa

“Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Ibope Inteligência e Instituto Pró-Livro.

Conheça alguns dos projetos desenvolvidos pelas séries!

ria, com o repertório que construíram, para que seja posteriormente organizado com o grupo e a professora na linguagem convencional. Os livros também são levados para a leitura com a família, em casa. “Ter contato diário com a leitura do adulto, antes de se tornar leitor con-vencional, é uma forma de apropriar-se da cultura, de procedimentos e formar o gosto literário além do desejo de tornar-se um leitor indepen-dente”, afirmam Edith Sonagere Nakao e Sueli A. Gonçalves Gomes.

Ampla leitura

Até o final do ano, os alunos do 2º ano do Fundamental I terão lido 11 livros. O saldo surpreendente é resultado de um amplo projeto da série, denominado “Ler é muito bom”. Além do trabalho focado nas habilidades de leitura e escrita, é realizado o rodízio de livros entre as salas, que funciona assim: cada turma adota um livro escolhido

crite-“Eu comecei a gostar de ler bem novinha. Há pouco tempo,

a leitura começou a influenciar demais a minha vida e eu comecei a

considerar a ideia de ser escritora quando crescer. É essa a verdadeira

riqueza de nossas vidas, a literatura.

Natália Hauk Poliche, 7º E

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Leitura

Leitura

riosamente pelo corpo docente. Após a leitura individual, o tema é explorado oralmente pelos alunos ao se fazer análise e reflexão linguística. Ao final de cada livro, o aluno tem a oportunidade de escrever seu texto baseado no gênero lido e explorado, rela-cionando a leitura à produção escrita individual. Dessa forma, cada aluno do 2º ano lê dois livros no primeiro semestre e ou-tros nove títulos durante o segundo semestre, época em que a leitura já faz parte do universo do estudante, com a possibilida-de possibilida-de compreensão, não somente possibilida-de possibilida-decodificação. Além possibilida-desse trabalho, há momentos de leitura em sala, quando os alunos escolhem entre obras variadas que são dispostas numa estante para compartilhar com os colegas nas “aulas de leitura”, e a troca quinzenal de livros com a biblioteca da escola,  acompanhada de uma atividade de leitura e contação de histórias.

“Entre os livros lidos neste ano, “A dama das Camélias” e “Venha ver o

pôr do sol” foram os meus dois favoritos até o momento. São envolventes,

inquietantes, inesquecíveis viagens através da alma humana.”

Andressa Pugliese, 8º G

Gêneros textuais

O estudo de gêneros textuais é de extrema importância para a promo-ção da aprendizagem da linguagem oral e escrita. A compreensão dos diferentes usos dos textos nas práticas sociais, tão necessária para a formação do estudante, deve começar cedo.

Com o objetivo de compreender algumas mudanças ocorridas na so-ciedade paulistana e vivenciar a escrita em situações de uso real, o 3º ano do Fundamental I elegeu a carta pessoal como um dos gêneros a ser estudado. O trabalho partiu da leitura dos livros “As cartas de Ron-roroso” e “De carta em carta”, nos quais a estrutura e a função social da carta começaram a ser exploradas. Em seguida, foram realizadas leituras de cartas reais e fictícias, até que foi escrita uma carta para os avós, que teve como assunto principal suas lembranças de infância e juventude. O assunto é base do projeto de inserção social, que tem a valorização do idoso na família como um dos temas.

Já o 4º ano elegeu o gênero “notícia” para desenvolver a habilidade de ler para se informar e comentar. Os alunos manuseiam jornais em sala de aula e comentam as notícias lidas e ouvidas, comportando-se

nessa etapa como leitores. Eles são estimulados a identificar a explo-ração de fatos inusitados, notícias atemporais ou de maior relevância, impactantes e de alguns dos elementos estruturais da notícia (man-chete, lide, desenvolvimento, declaração). A produção de textos, a aná-lise e reflexão sobre a língua e a linguagem também são contempladas

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Leitura

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Caleidoscópio

Destaque

no conjunto das atividades propostas. Eles produzem, noticiam fatos ocorridos com sua turma de forma escrita e depois por meio de um “jornal falado”, com uso do microfone.

O “artigo de divulgação científica” é o gênero escolhido para o 5º ano. Tudo começa com a análise de textos da revista Ciência Hoje das Crian-ças, sendo o primeiro “Como funciona o cérebro”. Chamamos a atenção dos alunos para as expressões que os auxiliam na compreensão textual, por exemplo: isto é, ou seja. A explicação dos termos técnicos ou mais distantes do vocabulário infantil acontece pela definição, exemplifica-ção e parafrasagem. Na verdade, aprende-se a parafrasear, pois escreve--se de outra forma o que anteriormente já se tinha dito. Na última eta-pa, o aluno produz o seu artigo de divulgação científica para crianças, que será postado no blog da série ou ficará exposto no mural da sala.

Além das letras

Um texto literário pode se prestar ao simples deleite da leitura ou se mostrar como fomentador de ideias e, desta forma, oportuniza a refle-xão de temas caros à formação. “A república dos argonautas”, trabalha-do no 7º ano trabalha-do Fundamental II, é um bom exemplo disso. Instigatrabalha-dos

pela obra, os alunos pesquisaram a etimologia e as acepções da pala-vra “república” e viram como ela se aplica ao contexto atual. Com a colaboração do professor Gilberto de Carvalho Soares, de Geografia, a obra ganhou ainda mais sentido por ser usada em uma perspectiva multidisciplinar, que se atrelou à leitura de reportagem de um jornal da semana, que traçava o mesmo assunto em suas páginas: a ditadura militar brasileira. É a partir dessas leituras e conversas dirigidas entre alunos e professores que se dão o entendimento e as inferências no processo da leitura.

Projeto Literário

Em Língua Portuguesa, a habilidade de ler é enfatizada no trabalho com as leituras extraclasse, consideradas instrumentos para a forma-ção da competência leitora e linguística dos alunos do 6º ao 9º ano do Fundamental II. O Projeto de Leituras está vinculado ao projeto de cada série e à Campanha da Fraternidade e contempla uma diversida-de diversida-de gêneros, numa seleção diversida-de temáticas que leva em conta não só o universo do aluno, mas que reflete as grandes questões da socieda-de, da ética, do conhecimento, emoções e sentimentos. Os prazos de leitura são ajustados conforme as sequências didáticas das diferentes disciplinas. Ao longo do período combinado, o professor constante-mente retoma o andamento da tarefa. Nesse caso, o papel do educa-dor é o de mediaeduca-dor, de facilitaeduca-dor, que interage com seus alunos num processo dialógico e de motivação, para instigar o leitor.

“A leitura faz o ser humano ganhar em liberdade e autonomia para

compreender o mundo e também poder transformá-lo.”

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Leitura

Leitura

Poe e o conto de suspense

Para desenvolverem a escrita do conto, um dos gêneros abordados na 1ª série do Ensino Médio, os alunos estão confrontando as técnicas uti-lizadas pelo criador dos contos de mistério Edgar Allan Poe. Conceitos como tensão narrativa e unidade de efeito, defendidas também por autores do porte de Julio Cortázar, por exemplo, passam a fazer parte do cotidiano dos alunos que se aventuram pela escrita desse gênero tão peculiar. O livro de Poe que dá base ao trabalho é “Histórias Extraordiná-rias”. Assim, pode-se, também, aproveitar melhor o filme O corvo (The raven), em cartaz no Brasil, cujo enredo envolve um assassino em série que mata inspirado nos contos de Edgar Allan Poe, que aparece no filme como o protagonista. Em se tratando da questão didático-pedagógica, a leitura orientada da obra de Edgar Allan Poe pode servir como um va-lioso instrumento para ajudar os alunos a desenvolver sua habilidade de escrever histórias com qualidade narrativa.

A necessidade da leitura

Refletindo a necessidade da leitura imposta pela sociedade, que, nessa fase, o aluno traduz por vestibular, as aulas de Literatura do Ensino Médio têm como objetivos despertar o interesse pela leitu-ra, tornando-a um ato de deleite, fazer com que perceba a atualida-de atualida-de textos mesmo que centenários, mostrar que temas dissemi-nados por essas obras especiais encontram ecos em seu cotidiano e, enfim, resgatar a leitura como forma de entretenimento. De todas as atividades desempenhadas, não há uma sequer que se compare à leitura de obras literárias. Se não for por meio de leitura – só para citar algumas obras que os alunos da 2ª e da 3ª séries do Ensino Médio leram ou lerão neste ano - como entrar em contato, de forma profunda, com o grau máximo da comple-xidade do ser humano que transparece em obras como “Memó-rias póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, ou de “São Bernardo”, de Graciliano Ramos? Como ter acesso às lembranças de uma criança de forma tão poética como o angolano Ondyaki fez em “Os da minha rua”? Como entrar em contato com os problemas sociais de nosso país da forma artísti-ca como são trabalhados em “Vidas seartísti-cas”, de Graciliano Ramos, em “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, e em “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo?

O prazer da leitura na Biblioteca

Pe. Moreau

A leitura no Colégio Santa Maria constitui um dos elementos estruturais do desenvolvimento educacional e a biblioteca é um recurso de apoio ao corpo discente e docente. São efetuados mensalmente mais de 2.300 empréstimos em média, concentrados principalmente na Educação In-fantil e no Ensino Fundamental. Há, também, um grande número de funcionários dos mais variados setores que desfrutam do acervo, o que deixa evidente que o Brasil não é um país de “não leitores” e sim de pes-soas que não têm acesso aos livros e que locais como o Colégio Santa Ma-ria, com sua biblioteca, somam para que o prazer da leitura se difunda.

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Referências

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