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Aspectos da vida diária Kaingang: o gênero na aquisição, preparo e distribuição da comida

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Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Aspectos da vida diária Kaingang: o gênero na aquisição, preparo e distribuição da comida

Philippe Hanna de Almeida Oliveira (UFSC) Comida; Gênero; Etnologia

ST 6 - Comida e Gênero

Neste trabalho serão apresentadas as contribuições realizadas pelos estudos de gênero em relação à alimentação dos povos ameríndios, dando ênfase a tais aspectos dentre os povos Kaingang. Para melhor situarmos essa temática, serão apresentadas inicialmente as noções de corpo e de substância, fundamentais para compreendermos as sociedades ameríndias.

A noção de corpo e de substância passa a ser utilizada no estudo das sociedades ameríndias a partir do trabalho de Seeger et al. (1987), por meio do qual os autores propõem uma abordagem que não se utilize dos modelos melanésios ou africanos, baseados nas idéias de “linhagem” e “clã”. É proposta, entretanto, uma perspectiva que abarque a construção de pessoas e a fabricação dos corpos nas sociedades indígenas, temas recorrentes nas práticas e nas cosmologias desses povos. É fundado, assim, um viés teórico que se utiliza complementarmente das perspectivas de “Victor Turner (o pólo corpóreo-sensorial de toda metáfora ritual; 1967, 1974), Mary Douglas (a experiência corporal lança mão dos processos sociais para se tornar pensável; 1970, 1976) e C. Lévi-Strauss (as qualidades sensíveis, e a experiência do corpo, como operadores de um discurso social; 1962, 1966, 1967)” (Seeger et al, 1987:11). Os autores articulam, desse modo, a corporalidade com significações sociais e cosmológicas ameríndias, compreendendo o corpo como “matriz de símbolos e um objeto de pensamento”. A sociedade ameríndia é percebida de modo “substancializado”, sendo que restrições e prescrições alimentares dos indivíduos influenciam todo o universo social, estando a 'sócio-lógica' indígena apoiada em uma 'físio-lógica' (Seeger et al, 1987).

Atualmente é possível apontar duas vertentes de estudos que enfocam a alimentação em sociedades indígenas no Brasil. Uma se preocupa principalmente com o canibalismo e a predação. Num desdobramento dessa noção de pessoa e corporalidade (Seeger et al, 1987), aliado ao perspectivismo ameríndio (Viveiros de Castro, 1996), Carlos Fausto descreve a caça como relacionada a um amplo campo de relações sócio-cósmicas, em que humanos e animais estão envolvidos numa relação de reciprocidade (Fausto, 2007). Referindo-se exclusivamente ao consumo de carne, Fausto argumenta que a comensalidade não opera meramente um processo de produção de corpos, mas implica comer como e com alguém, realizando uma produção de related bodies, bodies

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apenas uma característica da relação entre parentes, mas de fato produz parentesco, operando como um modo de produção de “pessoas do mesmo tipo”, num processo denominado por ele de “familiarização” (Fausto, 2007). Porém, para que a comensalidade ocorra, é necessária a caça, sendo enfatizado pelo autor o papel da predação na produção da socialidade e do parentesco ameríndio.

Em seus comentários sobre este artigo de Carlos Fausto, Langdon (2007) questiona a centralidade da predação para os indígenas da Amazônia. A autora afirma que esse enfoque na caça e na predação é limitado, excluindo muitos outros temas recorrentes nas sociedades indígenas, como, por exemplo, a generosidade e a reciprocidade. Estes últimos temas seriam mais ligados à feminilidade e à “mãe criadora”, os quais são encontrados em diversas cosmologias amazônicas. O questionamento da centralidade das metáforas de caça e predação são também apresentados por outras autoras que se referem à questão de gênero e da agência feminina nas sociedades indígenas.

Dentre estas autoras, está Joana Overing (1991), que descreve como é construído o “senso de comunidade” entre os Cubeo e os Piaroa. Essa noção do “certo e do bem comum” abarca aspectos políticos, morais e estéticos. Overing (1991) enfatiza o a importância do cotidiano para a compreensão da socialidade Piaroa. Ao invés de perceberem as práticas rotineiras como simples e entediantes, estas devem ser realizadas de maneira “artística” e de bom grado, de modo a contribuir para o alto moral do grupo doméstico. Para que as pessoas vivam e trabalhem juntas, é necessária a criação cotidiana de boas relações entre elas, por meio do bom humor e da realização prazerosa das tarefas, e não por um estabelecimento de leis e regras. Essa moralidade ameríndia, baseada na confiança e não na coerção, apresenta-se em diversos aspectos da vida cotidiana. Podemos tomar a alimentação como exemplo: apesar de os Piaroa valorizarem bastante a autonomia individual de produção e consumo, a gula é considerada um comportamento hostil, avaro e até mesmo patológico – ou, como a autora busca argumentar neste artigo, esteticamente “feio”. Aquele que se porta mal deve submeter-se à cura xamânica, pois não controla seus atos, estando “doente” (Overing, 1991). Outro exemplo interessante é como ocorre o casamento entre os Piaroa, efetivando-se pelo compartilhamento das habilidades do casal: caso um rapaz Piaroa ofereça os produtos de sua caça a uma moça solteira, e esta os prepare e cozinhe para depois oferecer ao caçador, eles estão, por este ato, casados. Engajar-se juntos nas atividades produtivas, ligadas à arte de alimentar e ao contexto conjugal, não estabelece um status de casados, porém cria a prática de estarem casados (Overing, 1999).

Seguindo a abordagem de Overing, Cecília McCallum (1998) realiza em um estudo da vida cotidiana Kaxinauá. Embasando-se no trabalho de Marilyn Strathern, The gender of the gift, a sociabilidade é associada à constituição social e moral de “relatedness” (estar relacionado), sendo decorrente da “ação humana” (utilizando a noção de agência, human agency) em suas diversas

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formas. Porém, para melhor descrever a construção das relações sociais e de gênero, é feita a diferenciação do termo “socialidade” de “sociabilidade”. É demostrado como, entre os Kaxinauá, a socialidade é construída no curso da vida diária, havendo diferentes modos de agência social para homens e mulheres. Os homens aprendem sua agência para lidar com o exterior, especializando-se na predação e na troca, sendo sua tarefa levar objetos do mundo exterior (como caça, remédios, comidas e produtos variados) ao interior do contexto familiar. A agência feminina é a contrapartida da masculina; é tarefa das mulheres processar as aquisições e produtos masculinos, tornando-os apropriados ao consumo. Após transformados, os produtos são servidos pelas mulheres, reafirmando assim, seu poder de presentear os que vão consumir. As duas agências são inter-relacionadas, pois

(...) colocar nas mãos da mulher o produto da caça ou dos negócios é afirmar a centralidade da mulher e efetuar a reinserção do homem no interior. (...) a mulher, ao transformar e distribuir o produto não só simboliza o interior mas também o recria, pois fazer parentesco é fazer o lugar dos meus parentes” (McCallum, 1998:129).

Além das relações de gênero, McCallum se preocupa em descrever os processos de sociabilidade entre as mulheres, relatando como elas saem “para caçar” utilizando-se das regras de dádiva entre as mulheres de diferentes aldeias. Opondo os atos socializantes, de servir boa comida às visitantes das aldeias distantes, aos atos “anti-sociais”, como se negar a oferecer comida, McCallum (1998) conclui que a “socialidade” pode vir a ser o produto de várias “sociabilidades”, não se limitando a apenas uma delas, e que o resultado desses vários tipos de sociabilidades que se entrelaçam pode ser, ou não (dependendo dos atos dos agentes, que podem agir de maneira anti-social), socialidade.

Viegas (2003) também percebe a socialidade como resultado da interação cotidiana praticada ao longo de um período de tempo, devendo ser diariamente atualizada por meio de ações de cuidado. Embasando-se em Merleau-Ponty, a socialidade é vista como a experiência vivida do sujeitos. Viver é situar-se no mundo, ou tornar-se um ser-no-mundo, o que possui um caráter eminentemente intersubjetivo (Viegas, 2003, 2007). No cotidiano das mulheres e das crianças dos Tupinambá de Olivença, para que um vínculo entre mãe e filho seja estabelecido é preciso que este seja diariamente “agradado” pela sua mãe, seja mãe “legítima” ou “de criação”, por meio de comida e de cuidados como banho e vestuário. Assim, a relação mãe-filho é construída todos os dias, “pouco a pouco”, através da alimentação e do cuidado diários (Viegas, 2003).

Maffesoli (2005) também se preocupa em demonstrar como a vida cotidiana representa um fato social de extrema importância. Propondo uma sociologia do cotidiano que consiga penetrar na “lógica do doméstico”, Maffesoli vê nas relações sociais, mais especificamente na comensalidade, um modo de enaltação da “sagrada sociedade”. Remetendo a Durkheim, a comensalidade é

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compreendida como um fato social e um momento de caráter “religioso”, já que consagra a sociedade. Porém, além de um espaço de agregação, a mesa é também um espaço onde se demonstram as diferenças e se expressa a hierarquia. Paradoxalmente ambíguo, o momento da refeição reúne e separa. Para Maffesoli (2005), em torno da mesa é que ocorre a reunião das mais sólidas amizades, como também é o espaço onde acontecem as discussões mais ferrenhas. Desse modo, a mesa é comparada aos ritos e ao teatro, sendo um espaço onde se dá a teatralização das relações sociais. Entretanto a agregação em torno da mesa só pode acontecer com a presença dos alimentos – sem esses, a reunião não acontece e até mesmo a própria casa pode dissolver-se. São os alimentos que unem a mesa à estruturação social, essa dependente tanto da mesa como dos alimentos. A reunião em torno da comida tanto gratifica o corpo como permite a troca, sendo, assim, um “modelo insuperável do fato social”. (Maffesoli, 2005:97).

Passemos agora à descrição das relações de gênero na alimentação dos indígenas Kaingang. Para perceber tais aspectos, é necessário remeter ao Kikio-ko-ia, um rito central para a cultura Kaingang, o qual, segundo a tradução de Niemandaju, significa literalmente comer o kiki1. Não

descreverei aqui detalhes sobre esse rito, apenas será apresentada uma perspectiva analítica útil para o presente trabalho. É possível compreender o Kikio-ko-ia pelo viés da comensalidade, na medida em que no mesmo as duas metades clânicas se juntam para comer o kiki, sendo utilizado um pinheiro para a fermentação da bebida ritual – cabe aqui lembrar que o pinheiro (Araucaria

angustifolia) é um símbolo central para os Kaingang. Almeida divide o ritual em três partes: ga

primeira em torno do konkéi (corpo sacrificado), a segunda em torno da bebida (substância produzida) e a terceira em torno do consumo (canibalismo simbólico)” (Almeida, 2004:157). O kiki é também uma consagração dos vivos com os ancestrais, sendo um de seus propósitos apaziguar o espírito de pessoas recém falecidas.

Além de agregar as duas metades clânicas e os vivos e os mortos, o rito do Kiki-ko-ia também estabelece diferentes atribuições segundo o gênero (Fernandes et al, 1999). Confere aos homens um papel estrutural, sendo responsáveis pelas rezas e cânticos, e às mulheres um papel funcional, sendo responsáveis pela produção e distribuição de comida e bebida, além da realização das pinturas faciais. Os autores concluem que “homens e mulheres desempenham papéis complementares, os quais podem ser traduzidos em termos de centro e periferia ritual, respectivamente” (Fernandes et al, 1999:5). É apresentada a hipótese de que no ritual ocorre uma inversão dos padrões da vida doméstica, sendo que “no contexto da Casa, as mulheres desempenham papel estruturante e os homens um papel funcional” (Fernandes et al, 1999:7). Essa afirmação não é muito clara, porém sugere que, no contexto doméstico, os homens deveriam ser responsáveis pela produção e distribuição da comida.

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(2005) aponta algumas pistas. A taquara, usada na fabricação de cestos, é coletada pelos homens e trabalhada pelas mulheres (Rocha, 2005). É possível que a comida siga essa mesma lógica de aquisição e de preparo, contrariando a proposição de que ocorra uma inversão desses aspectos no âmbito doméstico. É dito ainda que na Casa é a mulher quem exerce controle sobre os corpos dos membros da família (Rocha 2005). Sobre esse assunto, Veiga (apud Rocha, 2005) afirma que, para os Kaingang, é o homem quem fabrica a criança para a mulher, refletindo as concepções ameríndias do papel do sêmen na produção do corpo do bebê. Porém, “os homens podem ter o controle da reprodução (‘o homem é quem faz o filho’, dizem os Kaingang), mas seu controle é parcial, posto que, são as mulheres que controlam a fecundação, dão a luz, nutrem e cuidam das Crianças” (Rocha, 2005:84). Veiga enfatiza a centralidade da nutrição na constituição de laços similares aos da consanguinidade. Isso é demonstrado pelo exemplo da amamentação, pois “se uma mulher amamenta o seu próprio filho e o filho de outra, essas duas crianças se tornam irmãos de leite e isso é sempre frisado por eles” (Veiga, 2000: 100 apud Rocha, 2005). , além de “criadoras”, responsáveis por nutrir as crianças, ou seja, pela construção de seus corpos, as mulheres são também responsáveis pela transmissão dos valores éticos e morais, ou seja, pela construção dos sujeitos sociais.

A partir desta breve análise, podemos perceber o importante papel desempenhado pelas mulheres indígenas na construção dos corpos e dos sujeitos sociais em diferentes sociedades. A comida possui um lugar importante nesse processo, uma vez que o compartilhamento diário de substâncias (ou, pode-se dizer, alimentos) possui tanta importância na constituição dos laços sociais e de parentesco nessas sociedades.

É possível notar uma regularidade nas descrições dos diferentes grupos mencionados ao longo deste trabalho. Em todos eles, o homem desempenha o papel de levar para a casa os alimentos, sendo a mulher responsável por processá-los e servi-los. Como apontado por McCallum (1998), servir os alimentos reafirma o poder da mulher no âmbito doméstico, demonstrando seu controle sobre a construção dos corpos. Porém, essa generalização deve ser observada com certa cautela, pois, como apontado por Viegas (2007), entre os Tupinambá o poder feminino não se restringe à esfera doméstica, sendo algumas líderes indígenas mulheres. É também descrito o papel da mulher no diálogo com o mundo dos brancos, o que as torna responsáveis pela aquisição dos alimentos nas “vendas” dos brancos. Outro exemplo que contraria tal generalização é dado por McCallum (1998), ao descrever como as mulheres Kaxinauá saem para “caçar”, utilizando-se das regras de reciprocidade alimentar entre as mulheres de diferentes aldeias.

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1 Ou mais precisamente Kíki = bebida, o = conjunção, Ko = comer, Ia = pretérito (NIMUENDAJÚ, 1993 [1913]:67 apud Almeida, 2004)

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