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Interface Homem Computador - Fasciculo

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Academic year: 2021

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Presidência da Rebública Federativa do Brasil Dilma Vana Roussef

Mininstério da Educação Fernando Haddad

Diretor de Educação a Distância José Carlos Teatini

GOVERNO ESTADUAL Governo do Estado de Goiás Marconi Ferreira Perillo Júnior Secretaria Estadual de Educação Thiago Mello Peixoto da Silveira

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG

PARCERIA COM UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB Reitoria UEG

Luiz Antônio Arantes Vice-reitoria

Eliana Maria França Carneiro Pró-reitoria de Graduação Maria Elizete de Azevedo Fayad

Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis Danúsia Arantes Ferreira Batista de Oliveira

Pró-reitoria de Planejamento, Gestão e Finanças Gerson Sant’Ana

Núcleo de Seleção

Eliana Machado Pereira Nogueira

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria

Francisco Alberto Severo de Almeida Coordenação Geral UnUEAD

Diany Durães Rodrigues Coordenação Adjunta UAB Valnides Araújo da Costa Coordenação Administrativa Ademilde Alves do Amaral Prado Coordenação de Projetos Especiais Neyde Maria Silva

Coordenação Pedagógica de Tutoria

Pollyana dos Reis Pereira Fanstone Coordenação de Análise de Consistência Gislene Lisboa de Oliveira Coordenação do Curso de Licenciatura em

Informática Joyce Siqueira Coordenação de Tutoria Noeli Antonia Pimentel Diagramador Maelno Martins freitas Webdesigner Eder Coelho da Silva Instrucional Designer Leíze Oliveira Dias Bruno Carvalho Revisão de Texto Tiago Chaves Martins

CRÉDITOS DE AUTORIA Professor Conteusdista Juliana M. Bessa Ferreira Revisão de Texto Nicolina Bollella Revisão de Conteúdo Pollyana dos Reis Pereira Fanstone Programação Visual Ana Flávia Batista Coelho Martins

© Copyright – UnUEAD 2011 É proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer

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O curso de Licenciatura em Informática na modalidade de Educação a Distância é um projeto piloto que visa oferecer gratuitamente à sociedade um curso de qualidade com a conveniência do estudo a distância, desenvolvido numa perspectiva centrada no aluno. Este curso faz parte do Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB – que foi criado pelo Ministério da Educação, em 2005, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação, para a articulação e integração de um sistema nacional de educação superior a distância, em caráter experimental, visando sistematizar as ações, programas, projetos e atividades definidas pelas políticas públicas voltadas para a de ampliação e a interiorização da oferta do ensino superior gratuito e de qualidade no Brasil. Tem como público alvo qualquer cidadão que concluiu a Educação Básica, e que foi aprovado no Processo Seletivo, atendendo aos requisitos exigidos pela instituição pública vinculada ao Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB.

O curso tem como objetivo formar e aprimorar professores para atuar nas escolas de ensino fundamental, médio e profissional. Destina-se à formação de professores capazes de reunir não só conhecimentos específicos da área de informática, mas também do magistério em geral, oferecendo uma sólida formação básica, sempre articulada à prática pedagógica, no sentido de assegurar ao futuro professor uma visão de globalidade do processo educativo.

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1. A evolução tecnológica na vida do ser humano 12

Exercícios de Fixação 24 2. Principais características da Interface Homem Máquina / Interação Homem-Máquina. 25 2.1 Definindo o termo Interface 25 2.2 Definindo o termo Interação 35 2.3 Comparativo entre os termos Interface e Interação 35 Exercícios de Fixação 37 3. Histórico e Evolução das Interfaces Computacionais 38 Exercícios de Fixação 42 4. Principais perspectivas, desafios e objetivos da Interação Humano-Computador (IHC) 43 4.1 Perspectivas da Interação Humano-Computador 43 4.2 Desafios da Interação Humano-Computador 44 4.3 Objetivos da Interação Humano-Computador 45

4.4 A Multidisciplinaridade da Interação Humano-Computador 46 Exercícios de Fixação 53

Atividade Final 54 Referências Bibliográficas 58

1. A importância do planejamento no desenvolvimento de Interfaces. 63

1.1 Gerações e Tipos de Interfaces 64 1.2 Interfaces e Tecnologia 71 1.3 A importância em se projetar e estudar interfaces. 72 1.4 A evolução das interfaces têm mudado a vida das pessoas 75 Exercícios de Fixação 85 2. Fatores Humanos e aspectos mentais na Interação Humano Computador 86 2.1 Uma teoria clássica para o processamento de informação no homem. 86 2.2 Principais mecanismos da Percepção Humana e sua influência no desenvolvimento do design de interfaces 90 Exercícios de Fixação 96 3. Usabilidade e Design de interfaces gráficas 97 3.1 A importância de se avaliar sistemas computacionais. 100 3.2 Características desejáveis de uma interface 101 3.3 A importância do planejamento do design das interfaces e funcionalidades de um software educativo. 103 3.4 A importância do planejamento do design das interfaces e as funcionalidades de um site. 106 3.5 Principais métodos de avaliação de usabilidade: 109 Exercícios de Fixação 114 Atividade Final 115 Avaliação de softwares educativos 115 Questionário para Identificação do Perfil do Participante do Teste de Usabilidade 116

Questionário de Avaliação do Sistema pelo Usuário 118

Unidade 1 Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina 9 Unidade 2 Utilização de critérios de usabilidade para desenvolvimento de aplicações computacionais 61

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principais desafios e perspectivas da relação humano-computador. Partindo da Revolução Industrial, que ocorreu na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, a chamada Revolução da Informação tem provocado mudanças no modo de vida do homem. Desde a criação do primeiro computador em 1946, até o surgimento de tecnologias como touch screen e realidade virtual, muito se questiona sobre o do futuro na área de Tecnologia da Informação (TI), isto pelo fato deste processo evolutivo acontecer de forma cada vez mais acelerada.

Em algum momento deste curso, você já deve ter se perguntado: Como lidar com a rápida evolução tecnológica? Ou ainda, como me adaptar a este novo modelo de comunicação? Apesar da preocupação inevitável, saiba que você não está sozinho nestes questionamentos, visto que houve, nestes últimos anos, uma mudança de paradigma, ou seja, a mudança de modelo de comunicação ter se elevado da forma tradicional à forma de acesso livre ao conhecimento através da Internet, transformando gradativamente o perfil do ser humano.

Como a tecnologia tem se tornado cada vez mais, parte integrante do nosso dia a dia, ferramentas como editores de textos, planilhas eletrônicas, tabelas, figuras, dentre outros, têm contribuído para a nossa vida acadêmica, pessoal e profissional. No entanto, as ferramentas tecnológicas por si só não agregam conhecimento ao usuário, devendo ser levados em consideração, fatores como produtividade, facilidade de uso, eficiência, dentre outros. Para isto, é importante que haja um planejamento acerca do desenvolvimento do hardware e do software, buscando uma maior aceitabilidade e produtividade em relação à utilização de ferramentas computacionais.

Nesta disciplina, serão abordadas diferentes temáticas relacionadas ao desenvolvimento de interfaces de hardware e software, as quais são utilizadas pelo homem para execução de suas tarefas, além do processo de interação homem-máquina. Por enquanto, não se preocupe com os novos termos apresentados, visto que os mesmos serão detalhados, minuciosamente, no decorrer de nosso material didático.

Durante a explanação do conteúdo desta disciplina, buscar-se-á desenvolver em você, estudante, sua consciência crítica quanto a importância de interfaces em aplicações computacionais e quanto ao planejamento de aspectos relacionados não apenas à tecnologia, mas, principalmente, acerca do perfil dos usuários destes sistemas.

Para um melhor aproveitamento e compreensão da disciplina, foram propostos durante a elaboração de nosso material didático, textos e vídeos, para que se alcançasse uma maior consolidação dos assuntos abordados.

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HIStóRICO,

EvOLuçãO E

CONCEItOS

BÁSICOS dA

INtERFACE /

INtERAçãO

HOmEm

mÁquINA

1

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INtROduçãO

Figura 1: Evolução do ser humano

Fonte: http://fernandomelis.blogspot.com/2011/02/evolucao-dos-computadores.html

Os acontecimentos da última década marcaram o processo de difusão da informática nas diferentes áreas de atuação da atividade humana, proporcionando mudanças significativas no comportamento das pessoas. A disseminação da Internet, na década de 90, trouxe novas formas de comunicação e disseminação da informação, oferecendo ao homem novas possibilidades, como: conviver em comunidades virtuais, conhecer pessoas remotamente distantes, adquirir formas diferenciadas de trabalho, atualizar-se, entre outras.

Esta unidade tem como objetivo discutir assuntos relacionados à evolução tecnológica, contextualizando o processo adaptativo e evolutivo do homem. Como temática principal desta unidade, apresentaremos o histórico das interfaces, bem como sua evolução, objetivos e desafios, correlacionando tudo isto ao processo de interação homem-máquina.

Para entendimento desta disciplina, faz-se necessário que haja um comparativo entre os diferentes termos aplicados à área de conhecimento que estuda a performance humana no uso de computadores e de sistemas de informação, ou seja, um comparativo entre os termos Interface Homem-Máquina, Interface Humano-Computador, Interação Homem-Máquina e Interação Humano-Computador. Além da correlação entre estes termos, também será explicitado, nesta unidade, a multidisciplinaridade existente na composição desta disciplina.

Ao final desta unidade, espera-se que você, estudante, esteja apto a compreender a correlação entre a evolução tecnológica e a necessidade de aperfeiçoamento de suas ferramentas, além do aprimoramento dos usuários de tecnologias computacionais.

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Através da leitura das próximas páginas, você poderá refletir sobre algumas questões que norteiam o processo de utilização e comunicação através de tecnologias computacionais. Antes de iniciarmos a leitura desta unidade, gostaria que você respondesse mentalmente às perguntas descritas abaixo:

- Tente se lembrar da sua vida há cerca de 10 anos atrás. Você considera relevante e importante para o seu dia a dia, o processo evolutivo da tecnologia que ocorreu neste período?

- O que aconteceria se, de repente, você tivesse que conviver sem os aparatos tecnológicos existentes em sua residência/trabalho?

- Você se considera preparado (a) para utilizar a tecnologia presente atualmente ao seu redor?

- Tomando como base os equipamentos (hardware) e programas (softwares) utilizados por você diariamente, você considera que eles sejam de fácil utilização?

Depois de responder mentalmente às questões acima, creio que estamos prontos para iniciarmos nossa leitura. A cada tópico abordado, tente pensar nas respostas dadas por você, e assim, poderá fazer uma correlação entre sua percepção sobre o conhecimento e utilização das tecnologias computacionais.

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1. A EvOLuçãO tECNOLóGICA NA vIdA dO SER HumANO

Desde os primórdios da sociedade, o ser humano preocupa-se em construir equipamentos que facilitem a realização de suas tarefas rotineiras e repetitivas. Neste contexto, podem ser mencionadas a invenção da pedra lascada, do machado, das máquinas de tear e calcular, além de inúmeros outros artefatos inventados em prol da humanidade.

Segundo CARDOSO (1999, p. 211),

da evolução científica e industrial surgiu o telefone, o microfone, o gramofone, a radiotelegrafia, a lâmpada elétrica, os transportes públicos mecanizados, os pneus, a bicicleta, a máquina de escrever, a circulação maciça de notícias impressas a baixo custo e os primeiros plásticos sintéticos. Todos os exemplos citados promoveram impactos na sociedade, mas nas últimas décadas, o computador vem superan-do em rapidez, dinamismo e importância, tusuperan-do o que já foi criasuperan-do até hoje, no sentido de evolução tecnológica.

Nas últimas décadas, a informática, com seus aparatos tecnológicos tem tido um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade moderna. Se olharmos ao nosso redor, perceberemos que estamos cercados de tecnologia, sendo difícil imaginar nossas vidas alheias a esta realidade. É primordial que tenhamos a noção, de que nem sempre foi assim! Os primeiros computadores eram mecânicos e realizavam cálculos através de um sistema de engrenagens, acionado por uma manivela ou outro sistema mecânico qualquer; da utilização de válvulas, evoluiu-se para a utilização de transistores e microchips, conforme ilustrado na figura abaixo e também evolui-se nos conceitos e informações adicionais.

Figura 2: Válvula, transistores e chip

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As primeiras válvulas surgiram no final do século XIX, sendo usadas para criar os primeiros computadores eletrônicos na década de 40.

As válvulas têm seu funcionamento baseado no fluxo de elétrons no vácuo. Tudo começou numa certa tarde quando Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, estava brincando com a sua invenção. Ele percebeu que, ao ligar a lâmpada ao pólo positivo de uma bateria e uma placa metálica ao pólo negativo, era possível medir uma certa corrente fluindo do filamento da lâmpada à chapa metálica, mesmo que os dois estivessem isolados. Havia sido descoberto o efeito termoiônico, o princípio de funcionamento das válvulas.

As válvulas atingiam frequências de alguns Megahertz; o problema é que elas esquentavam demais, consumiam muita eletricidade e se queimavam com facilidade. Era fácil usar válvulas em rádios, que usavam poucas unidades, mas construir um computador, que usava milhares delas era extremamente complicado, e caro, MORIMOTO (2002).

O transistor foi inventado pelos físicos Walter Brattain, William Shockley e John Bardeen, no ano de 1947. O primeiro transistor, construído nos laboratórios da Bell Telephones, tinha quase o tamanho de uma mão, mas a evolução no sentido da progressiva miniaturização não tem cessado desde então. Foi o transistor que permitiu uma mudança tecnológica na evolução dos computadores, substituindo os “monstros de válvulas” do tempo da Segunda Guerra Mundial por sistemas não só menores como mais facilmente manipuláveis. Os transistores foram se tornando cada vez menores. Foi a capacidade de integrar milhares de transistores num circuito integrado que permitiu, no início dos anos oitenta, o aparecimento do primeiro computador pessoal. Hoje em dia um processador Pentium de um “simples” computador pessoal possui cerca de cem milhões de transistores, que cabem num espaço de muito poucos centímetros quadrados (FIOLHAIS, 2005).

A utilização de chips veio quando se descobriu que era possível construir vários transistores sobre o mesmo waffer de silício. Isso permitiu diminuir, de forma considerável, o custo e tamanho dos computadores. O primeiro microchip comercial foi lançado pela Intel em 1971 e chamava-se 4004. Como o nome sugere, ele era um processador de apenas 4 bits, que era composto por pouco mais de 2000 transistores MORIMOTO (2002).

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Para entendermos melhor a evolução da informática e nos contextualizarmos nesse processo, será apresentado através do Quadro 1, um histórico das principais invenções realizadas pelo ser humano, com suas características e imagens ilustrativas.

ANO /

PERÍOdO

EquIPAmENtO

tECNOLOGIA

PRINCIPAIS

CARACtERÍStICAS

ImAGEm1

Cerca de 3000 A.C. Ábaco

Encontrado na região da Meso-potâmia;

Primeiro dispositivo manual de cálculo;

Calculador para o sistema deci-mal;

Operado manualmente;

Considerado o primeiro disposi-tivo criado para facilitar o tra-balho do homem no processa-mento de informações.

1614 a 1640 Régua de Cálculo

Criada por William Oughtred; Criada a partir da “Tábua de Na-pier”;

Amplamente utilizada na área de Engenharia;

Utilizadas até cerca de 1970.

1642 Calculadora Mecânica

Criada por Blaise Pascal;

Também conhecida como Pasca-lina ou Máquina Aritmética de Pascal;

Trabalhava as operações de adi-ção e subtraadi-ção;

Baseada em engrenagens; Não fez muito sucesso porque requeria prática de uso.

1671 - 1673 Calculadora Universal

Criada por Gottfried Wilheml Leibnitz;

Também conhecida como Calcu-ladora de Leibniz;

Realizava as quatro operações básicas: soma, subtração, mul-tiplicação e divisão;

Projeto de Pascal aprimorado; Batizada de Calculadora Uni-versal, pois sonhava em um dia poder substituir todo raciocínio pelo girar de uma alavanca.

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1801 Máquina de Tear

Criada por Joseph Marie Jac-quard, na época da Revolução Industrial;

Baseado na leitura de cartões perfurados;

Primeira máquina mecânica pro-gramada.

1833 Calculador Analítico

Criada por Charles Babbage; Esta invenção não chegou a ser concluída, mas ainda assim, Ba-bagge é hoje considerado o “Pai da Informática.”

1880 – 1890 Tabuladora do Censo

Criada por Herman Hollerith; Responsável por uma grande mudança na forma de processar os dados dos censos da época; Antes da invenção, os dados eram processados manualmen-te;

Após a invenção, houve uma redução de 70% do tempo para processamento do censo;

Utilização de cartão perfurado.

1936 a 1943 Computador Eletrônico

Criado por Alan Turing;

Primeiro computador eletrônico programável;

Principal contribuição de Turing – Máquinas de Turing:

Definição: forma de representar um processo a partir de sua des-crição.

Algoritmo: representação for-mal e sistemática de um proces-so;

Demonstrou a existência de pro-blemas sem solução algorítmica; Conclusão: um problema terá solução algorítmica se houver uma máquina de Turing para representá-lo.

1944 MARK-I

Desenvolvido nos EUA, reunindo esforços da Marinha, Universi-dade de Harvard e IBM;

Ocupava 120m2, tinha milhares de engrenagens e fazia muito barulho;

Uma multiplicação de um nú-mero de dez dígitos chegava a demorar 3s.

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1945 Modelo de Jonh Von Neumann

Formalizou o projeto lógico de um Computador;

Sugeriu que as instruções fos-sem armazenadas na memória do computador. (antes as mes-mas eram lidas de cartões per-furados e executadas, uma a uma);

A maioria dos computadores de hoje segue ainda o modelo pro-posto por Von Neumann;

Esse modelo define um com-putador sequencial digital em que o processamento das infor-mações é feito passo a passo, caracterizando um comporta-mento determinístico (ou seja, os mesmos dados de entrada produzem sempre a mesma res-posta).

1946 ENIAC

Criado por Jonh Mauchly e Jonh Presper Eckert;

Projeto do exército dos EUA para o cálculo da trajetória de projéteis;

1000 vezes mais rápido que o MARK-I.

FUTURO?

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Quadro 1 – Principais invenções tecnológicas do ser humano

Fonte das imagens: http://tsi201025201.blogspot.com/2011/01/geracoes-de-computadores.html e http://imagineviversem.blogspot.com/2009/09/computador-o-inicio-de-tudo.html

Da criação de computadores, que necessitavam de quilômetros de cabos e fios para funcionarem, e que armazenavam suas informações em cartões perfurados a máquinas com tecnologia bluetooth e que lidam com unidades de medida de armazenamento denominadas

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Antes de continuarmos nossa leitura, proponho um momento para reflexão acerca do processo evolutivo dos equipamentos tecnológicos, através da charge apresentada abaixo. Observe que o homem, através da evolução das máquinas, precisa se adequar às novas formas de realização de suas atividades.

Pensar em processos evolutivos mostra-se muito importante para o ser humano. Através destes marcos, somos capazes de criar uma percepção mais favorável ao desenvolvimento de novas tecnologias e, consequentemente, da evolução humana.

Associar o passado e o futuro das evoluções tecnológicas mostra-se bastante relevante, pois temos a oportunidade de pensar onde podermos chegar com o auxílio das novas tecnologias. Figura 3: Evolução do Computador

Fonte: http://caminhosdaeducacaoadistancia.blogspot.com/2011/05/evolucao-do-computador-na.html

Para finalizarmos nossa discussão acerca do processo evolutivo dos equipamentos tecnológicos, proponho, como material complementar, alguns textos e vídeos, nos quais são apresentados os principais equipamentos e tecnologias desenvolvidos pelo homem, bem como suas características e importância para a humanidade. É muito importante que vocês leiam os textos e assistam aos vídeos, pois isto trará melhor preparo para continuarmos os próximos tópicos a serem abordados no material didático desta disciplina.

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Material complementar sobre a evolução dos computadores. Textos:

• As 100 descobertas e invenções. Disponível em: http://www. webciencia.com/03_invencoes1.htm

• A evolução do computador. Disponível em: http://wwwusers.rdc. puc-rio.br/rmano/comp2hc.html

• A evolução dos computadores: do ENIAC ao Jaguar. Disponível em: http://www.ime.usp.br/~song/mac412/historia.pdf

Sites:

• Lista dos 500 computadores mais poderosos do mundo. Disponível em: <http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.top500.org/&ei=dIt_Tv-XKsHJgQfNg 5i4Bg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CB0Q7 gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dwww.top5000.org%26hl%3Dpt-BR%26rls%3Dcom.microsoft:en-US%26prmd%3Dimvns>

Vídeos:

• História do computador em minutos. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=Vk7iJ2D4aks&feature=related • História do computador: vídeo didático. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=rtfUMyqzB-4&feature=related • Conheça a evolução dos computadores. Disponível em: http://video.

globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1575959-7823-CONHECA+ A+EVOLUCAO+DOS+COMPUTADORES,00.html

Espero que tenha gostado do material complementar sobre a evolução dos computadores. Através dos textos e dos vídeos, você deve ter percebido o quão rápido os equipamentos tecnológicos evoluíram no decorrer dos últimos anos. Se considerarmos a última década, constataremos que o processo evolucionário aconteceu de forma ainda mais acelerada: equipamentos como: celular, notebook, agendas eletrônicas, sistemas de rastreamento via satélite, dentre outros, fazem parte da nossa rotina diária, sendo muitas vezes não percebidos durante a realização de nossas atividades.

Os primeiros computadoresde que temos notícias no Brasil foram importados e vieram para atender o Governo de São Paulo, o Jóquei Clube de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre as Universidades, foi a Pontífica Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, a pioneira na utilização dos equipamentos de informática, sendo seguida pela USP (Universidade de São Paulo) e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) que rápido criaram seus primeiros computadores.

Ao final da década de 1950, as universidades brasileiras já estavam debruçadas com seus engenheiros na construção de um computador genuinamente brasileiro. Então, em 1961, foi construído por alunos do ITA, o primeiro computador do país que foi batizado de o “Zezinho”. Posteriormente, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e PUC – RJ foram se destacando na formação de engenheiros interessados em se especializar no setor de processamento de dados (MORAES, 2000, p. 45).

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Mas será que apenas as máquinas (hardware) evoluíram? Certamente que não. Como pôde ser percebido na leitura dos textos complementares, as máquinas começaram timidamente, ajudando o homem em suas tarefas mecânicas e, posteriormente passaram a executar ações que auxiliavam ou substituíam as funções humanas. Lembra quando mencionamos, anteriormente, a utilização de utensílios como o machado, feito de pedra lascada, a máquina de tear e a máquina de calcular? Pois bem, estes equipamentos foram criados com o intuito de facilitar as atividades realizadas pelo homem. Seguindo nesta linha de raciocínio, temos que considerar que o hardware foi evoluindo e, em consequência disso, tiveram que ser criados alguns programas (softwares) que realizassem ações específicas nesses equipamentos e que conseguissem controlá-los.

Para entendermos melhor este processo evolutivo, vale lembrarmos alguns conceitos já estudados por vocês em disciplinas anteriores: lembra quando estudamos os algoritmos? Depois linguagem de programação? A junção do hardware com os programas realizados com o auxílio de linguagens de programação geram alguns artefatos que auxiliam o homem em suas tarefas. Como exemplo, podemos citar a calculadora, muito utilizada por todos nós. Para a criação da calculadora, houve a junção de equipamentos tecnológicos, criados e evoluídos pelo homem, com programações realizadas também pelo homem através de linguagens de programação.

E o ser humano? Também foi necessário que ele evoluísse? Certamente que sim! A cada era, o homem passou por processos evolutivos, tendo que adaptar-se às situações e necessidades da humanidade. Para reforçarmos este fato, basta que você olhe para si mesmo e perceba o quanto teve que se dedicar para realizar este curso a distância. Certamente, você não tinha o conhecimento necessário para a utilização das ferramentas computacionais apresentadas nas atividades, ou mesmo não estava adaptado à utilização maciça de tecnologia, além das habilidades necessárias para utilização da Internet, assunto que será abordado nos próximos parágrafos.

A falta de experiência e rejeição acerca dos aparatos tecnológicos é realidade em parte significativa dos usuários das ferramentas computacionais. Como exemplo desta inexperiência / rejeição, pode ser citada a utilização de caixas eletrônicos com telas sensíveis ao toque (touch screen) por parte das pessoas mais idosas, ou mesmo usuários que não possuem conhecimento na área de TI; muitos, ao chegarem ao posto de atendimento bancário, sentem-se constrangidos por não saberem lidar com as tecnologias apresentadas. Apesar destes problemas e inúmeros outros que circundam os usuários de tecnologias computacionais, é preciso que haja a conscientização quanto à importância da tecnologia no nosso cotidiano.

A capacidade de criação e imaginação do homem produziu e viabilizou o surgimento de próteses como o marca-passo, o coração mecânico, a hemodiálise e outros equipamentos

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artificiais que substituem ou apóiam os cansados e mutilados órgãos humanos, vítimas do próprio ambiente contaminado pela tecnologia (OLIVEIRA NETTO, 2004, p. 5).

Continuando nossa linha de raciocínio concernente ao processo evolutivo da humanidade, também deve ser considerada a evolução nas formas de comunicação. Há milhares de anos atrás, o ser humano comunicava-se através de gritos, passando gradativamente à criação de desenhos ilustrativos em pedras, cartas escritas a próprio punho, emails, e, atualmente a massificação das redes sociais transformaram ainda mais as formas de comunicação. Desde sua criação em 1969, a Internet, também conhecida como rede mundial de computadores, tem adquirido um número cada vez maior de usuários. Fatores como: acesso facilitado a diferentes tipos de informações, poder de comunicação mais ágil, através de email, programas de bate-papo, redes sociais, dentre outros, os quais têm aumentado significantemente o poder de comunicação do ser humano, facilitaram as relações interpessoais e a aquisição do conhecimento.

A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para esse fins, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico.

No ano de 1990, a Internet começou a alcançar a população em geral, tendo sua expansão acontecido apenas nesta década. Para facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram para este crescimento, passando a Internet a ser utilizada por vários segmentos sociais.

Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado à rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso às informações e notícias do mundo em apenas um click.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/internet/

De acordo com OLIVEIRA NETTO (2004, p. 5), o homem se tornou globalizado pela Internet, integrado e desagregado, não existindo pátria, no sentido primitivo. Hoje o que há é uma cadeia global, onde o homem é sujeito e predicado de sua própria história.

Abaixo, serão apresentadas algumas características relevantes que abarcaram a utilização da Internet no Brasil e no mundo:

@ De acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) da ONU (2011); atualmente, há cerca de dois bilhões de internautas no mundo. O número

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de assinaturas de telefones celulares, por sua vez, atingiu a marca de cinco bilhões. Há 11 anos, havia em todo o mundo, apenas 250 milhões de usuários de Internet e 500 milhões de assinaturas de telefonia móvel. Considerando o cenário mundial, há 6,8 bilhões de pessoas no mundo - o que significa que quase um a cada três habitantes tem acesso à rede;

@ Em termos absolutos, a América Latina passou de 98,13 milhões de usuários para 112,65 milhões - houve crescimento de 15% em um ano. Nesse período, as nações que tiveram os maiores crescimento foram: Venezuela (27%), Colômbia (24%), México (21%) e Brasil (20%);

@ O número de pessoas com acesso à Internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, Lan Houses ou outros locais) atingiu 73,9 milhões no quarto trimestre de 2010, segundo o Ibope Nielsen Online;

@ O número de internautas na América Latina teve um crescimento de 15%, comparando a base de usuários de janeiro de 2010 com o mesmo mês deste ano. As informações foram anunciadas pela comScore, empresa mundial de pesquisas; @ Divulgado parcialmente o estudo chamado “The 2010 Digital Year in Review:

Latin America”, que mostra o estado da Internet na região e ainda apontou que os usuários brasileiros são os que passam mais tempo na rede.

@ Em agosto de 2011, o Facebook teve 30,9 milhões de usuários únicos, contra 29 milhões do Orkut. O Twitter tem 14,2 milhões de usuários no Brasil;

@ Em 2011, 96% dos internautas brasileiros já fizeram alguma compra virtual, segundo uma pesquisa internacional. Com o crescimento do comércio eletrônico, já está faltando mão de obra qualificada para o setor no país.

Informações disponíveis em: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/01/26/numero-de-internautas-ja-passa-de-2-bilhoes-afirma-onu-923610235.asp

A configuração em rede é peculiar ao ser humano; ele se agrupa com seus semelhantes e vai estabelecendo relações de trabalho, de amizade, enfim, relações de interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua trajetória. Assim, o indivíduo vai delineando e expandindo sua rede conforme sua inserção na realidade social. As redes sociais constituem uma das estratégias subjacentes utilizadas pela sociedade para o compartilhamento da informação e do conhecimento, mediante as relações entre atores que as integram.

A partir de 2006, começou uma nova era na Internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por exemplo, o Facebook e o Twitter (TOMAÉL, 2005).

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Para fixarmos nossos conhecimentos, segue abaixo sugestão de leitura de alguns textos e vídeos que tratam das temáticas: Uso da Internet e Redes Sociais.

Material complementar sobre o uso da Internet e redes sociais. Textos:

• Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf • Das redes sociais à inovação.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf

Vídeos:

• Redes sociais mudam jeito de se comunicar através da internet. Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1602357-7823-REDES+SOCIAIS+MUDAM+JEITO+DE+S E+COMUNICAR+ATRAVES+DA+INTERNET,00.html

• Escrever e enviar é mais fácil do que conversar, diz psicóloga sobre uso de redes sociais .

Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1635704-7823-ESCREVER+E+ENVIAR+E+MAIS+FACIL+ DO+QUE+CONVERSAR+DIZ+PSICOLOGA+SOBRE+USO+DE+REDES+SOCIA IS,00.html

• Namoro pela internet se torna cada vez mais comum .

Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1592220-7823-NAMORO+PELA+INTERNET+SE+TORNA+C ADA+VEZ+MAIS+COMUM,00.html

• Polícia Militar de Goiás usa internet para interagir com a população. Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1591172-7823-POLICIA+MILITAR+DE+GOIAS+USA+INTERN ET+PARA+INTERAGIR+COM+A+POPULACAO,00.html

• Brasil é o terceiro país onde se faz mais compras pela internet. Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1608164-7823-BRASIL+E+O+TERCEIRO+PAIS+ONDE+SE+F AZ+MAIS+COMPRAS+PELA+INTERNET,00.html

(23)

Nos últimos anos, estamos passando por momentos de grandes transformações não só nos equipamentos e programas presentes nos mesmos, mas, sobretudo na maneira de agir e de executar nossas tarefas. Esta mudança foi ocasionada principalmente pelo desenvolvimento científico, presente nos diferentes setores da sociedade, proporcionando inserção de novas tecnologias e de novos conhecimentos, oriundos do uso da informática e seus aplicativos.

Segundo Castro (2005), os computadores levaram a civilização contemporânea à uma terceira revolução, a chamada Revolução da Informação, tendo a civilização presenciado, anteriormente, a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial. A Revolução da Informação proporcionou um aumento significativo na disseminação de informações. Este fato aumentou a capacidade intelectual da humanidade com impacto direto nas ciências, tendo a informática um papel avassalador no desenvolvimento da Sociedade Moderna.

Apesar da necessidade de evolução do hardware, do software, das pessoas e das formas de comunicação, devem ser levadas em consideração as barreiras criadas pelos seres humanos frente a utilização de novas tecnologias. Fatores como idade, falta de experiência, medo, dentre outros, proporcionam, muitas vezes, um bloqueio na utilização de equipamentos tecnológicos. No próximo tópico, será apresentado o tema “Interface Homem-Máquina”, no qual abordaremos a correlação entre as formas de interação e a percepção e a atitude do ser humano diante das ferramentas tecnológicas.

Para um melhor entendimento acerca da Revolução Agrícola, sugere-se a leitura do material disponível em:

http://www1.univap.br/~sandra/revolucao. pdf

Para um melhor entendimento acerca da Revolução Industrial, sugere-se a leitura do material disponível em:

http://www.cefetsp.br/edu/eso/fausto/ revolucao_industrial.html

Para uma maior compreensão acerca da Revolução da Informações, leia o texto disponível em: h t t p : / / w w w . a n c i b e . c o m . b r / a r t i g o s % 2 0 d e % 2 0 s i / a r t i g o % 2 0 - % 2 0 R e v o l u % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o % 2 0 d a % 2 0 i n f o r m a % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o % 2 0 - % 2 0 algumas%20reflex%C3%B5es.pdf

(24)

1. Levando-se em consideração a evolução tecnológica, quais inventos você achou

mais significativos? Por quê?

2. Na ordem cronológica de invenção, marque a alternativa correta.

a) Ábaco, Eniac, Chip, Transistor e Microprocessador

b) Eniac, Ábaco, Chip, Transistor e Microprocessador

c) Ábaco, Eniac, Chip, Microprocessador e Transistor

d) Ábaco, Eniac, Transistor, Chip e Microprocessador

3. (UFRN) O que contribui para que os computadores, na sua evolução, sejam

significativamente menores que seus antecessores?

4. (UFRN) “É em geral aceita a acertiva de que a nossa sociedade é diferente do

que teria sido se a revolução da computação não tivesse ocorrido.”

5. Na sua opinião, nossa sociedade é melhor do que teria sido sem essa revolução?

É pior? Sua resposta seria diferente se sua posição fosse outra nessa sociedade?

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2. PRINCIPAIS CARACtERÍStICAS dA INtERFACE HOmEm

mÁquINA / INtERAçãO HOmEm-mÁquINA.

Depois de realizarmos a contextualização no que se refere à evolução tecnológica ocorrida nos últimos anos e a adaptação do ser humano a estas tecnologias, daremos início, caro estudante, ao conteúdo proposto pela disciplina. O assunto a ser abordado nas próximas páginas, mostra-se bastante relevante, pois demonstra a importância da evolução das ferramentas desenvolvidas pelo homem, levando-se em consideração a mudança de paradigma no desenvolvimento de software, buscando adaptabilidade às aspirações da sociedade.

Conforme mencionado por OLIVEIRA NETTO (2004, p. 8),

o homem moderno passou a ser mais bem informado, e, por conse-guinte, mais exigente. O sucesso de uma nova conquista científica, consubstanciada em novos processos ou produtos tecnológicos a se-rem lançados no mercado, depende que seja aceita, assimilada pelo homem moderno de uma forma amigável, de fácil utilização e tenha baixo custo de aquisição e de operação. O relógio digital e o com-putador são exemplos corriqueiros, os rápidos avanços da tecnologia reduzem os custos da produção, tornando os produtos cada vez mais acessíveis e competitivos no mercado.

Durante as últimas décadas, o homem tem mudado gradativamente a forma de executar suas tarefas; ações como: ler o jornal, trocar informações com pessoas localizadas remotamente distantes tem sido transformadas, dando lugar a formas mais interativas e dinâmicas de se comunicar, podendo ser apontado, como item crucial para estas mudanças, a massificação da Internet. Neste novo cenário, certamente, como opção de solução das situações descritas, seriam encaminhados emails, ou mensagens através de redes sociais, e, para acesso a informações, poderiam ser utilizados os jornais eletrônicos. Enfim, as formas de apresentação da informação transformaram-se em função da evolução tecnológica e o homem teve que adaptar-se a este novo modelo de comunicação.

2.1 dEFININdO O tERmO INtERFACE

Começaremos por definir o termo Interface Homem-Máquina, que inclusive é o nome da nossa disciplina. A definição do termo será feita palavra a palavra, obtendo-se, assim, de forma gradativa sua definição por completo.

De forma genérica e de acordo com a figura abaixo, a palavra interface pode ser definida como sendo uma superfície entre duas faces, ou ainda, o lugar onde acontece o contato entre duas entidades, como, por exemplo, maçanetas de portas, torneiras, a

(26)

direção de um carro.

A palavra interface pode ainda ser definida como componente de software que mapeia as ações do usuário em solicitações do sistema e apresenta os resultados obtidos, servindo como meio de comunicação.

Figura 4: Interface usuário-sistema

É importante ressaltar que a construção de interfaces pressupõe o conhecimento preciso de cada uma das entidades envolvidas, ou seja, entre o sistema e o usuário, devendo ser levadas em consideração as características necessárias acerca de cada uma destas partes.

Antes de apresentarmos o conceito de interface, voltado para a área de TI, proponho a análise das características de design do ambiente cotidiano através de algumas figuras, sendo esta uma forma de desenvolver sua sensibilidade ao mundo desenhado em que vivemos e trabalhamos.

No exemplo proposto a seguir, representa-se a evolução do design de um fogão, fazendo um comparativo entre os dois modelos.

(27)

Após analisar as duas figuras representadas ao lado, qual dos dois fogões você acha que possui uma interface mais amigável e de fácil utilização? Que fatores levaram você a escolher o modelo do fogão?

Certamente você deve ter escolhido a figura 06. Fazendo uma análise da primeira figura, observa-se que não há um representativo de qual acendedor corresponde a uma determinada chama; já no segundo fogão, os acendedores são referenciados às chamas através de cores diferenciadas.

Provavelmente, se os dois modelos de fogões fossem lançados no mercado para venda, o segundo possuiria uma vendagem mais expressiva, isto por possuir uma interface mais amigável, proporcionando uma utilização facilitada por parte do usuário.

Continuando nossa análise sobre o design das interfaces, utilizando exemplos práticos do dia a dia, proponho a reflexão sobre a seguinte situação: Ao comprar e instalar um aparelho de som para seu carro, você percebe que a hora do relógio está incorreta, e, como não entende muito bem de aparelhos de som e está desanimado para ler o manual, tenta ajustar o relógio através de tentativas realizadas diretamente no aparelho. Você acha esta atividade fácil ou difícil?

Figura 5 – Interface de fogão

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/3860-especial-a-cozinha-do-futuro.htm

Figura 6 – Evolução de interface de fogão

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/3860-especial-a-cozinha-do-futuro.htm

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Considerando a maioria dos fabricantes de aparelhos de som automotivos, e, as inúmeras funcionalidades presentes nos aparelhos, como pode ser visualizado através da figura abaixo, percebe-se que o ajuste da hora não é tão fácil assim; como não há um símbolo, como, por exemplo, o desenho de um relógio no aparelho, é necessário procurar entre os menus e submenus qual deles ajustará o relógio. Caso ainda não tenha realizado este teste, faça-o assim que possível e perceberá como uma ação tão simples pode não ser tão fácil de ser realizada.

Figura 7 – Interface de som automotivo Fonte: http://www.magazineluiza.com.br

Além dos exemplos mencionados acima, gostaria de reforçar a importância do design das interfaces para o dia a dia do ser humano através de situações problemas, representadas no quadro abaixo:

dESCRIçãO dE SItuAçõES-PROBLEmAS

ACERCA dO dESIGN dE INtERFACES

ILuStRAçãO

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Como comprar um café expresso em uma máquina sem instruções de uso?

Como utilizar controles remotos com e sem identificação de botões de abertura e fechamento do portão? Qual dos modelos possui maior facilidade de utilização?

Quadro 2: Descrição de situações problemas acerca do planejamento do design de interfaces.

Através das situações problemas apresentadas, percebe-se o quão importante é o projeto de design das interfaces, devendo ser considerado fatores como: tipos de usuários com perfis bastante diferenciados (altura, peso, problemas físicos e motores, etc.), níveis de conhecimento, dentre outros, sendo estes fatores fundamentais para o sucesso ou fracasso deste produto no mercado. Outro fator a ser elencado a respeito da evolução das interfaces, é a evolução contínua dos usuários, devendo as mesmas se adequarem aos novos perfis.

Antes de associarmos o conceito de interface à área de TI, proponho a interpretação de cada uma das figuras ilustradas abaixo, as quais estão associadas a designs que poderiam ser utilizados por usuários solitários.

Figura 8: Revólver com cano invertido

Fonte:http://www.vidamaislivre.com.br/blogs/post.php?id=619&/voce_conseguiria_usar_um_ revolver_com_cano_invertido

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Figura 9: Bule Invertido

Fonte: http://estelamarispellissari.blogspot.com/

Para fundamentarmos ainda mais os conceitos associados à interface, sugiro como material complementar os vídeos descritos abaixo.

Material complementar sobre Interface Vídeos:

• A evolução dos abridores de lata.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mpXkD8GaEno • Evolução do aparelho celular.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=cR7R8--ccXw&feature=related

Depois de definido o termo interface, de forma genérica, faz-se necessário associá-lo à área de TI. Neste contexto, interface compõe o conjunto de comandos de controle do usuário, que associados às respostas do computador, constituídas por sinais (gráficos, acústicos e táteis) constituem a tela do computador, sendo a aplicação do que interliga dois sistemas; ou ainda: parte do sistema computacional com o qual o usuário entra em contato físico e perceptivo (Moran, 1981).

A definição atribuída por Moran caracteriza uma perspectiva para a interface de usuário como tendo um componente físico (onde o usuário percebe e manipula), e outro conceitual (onde o usuário interpreta, processa e raciocina).

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A interface é tanto um meio para a comunicação do usuário com o sistema, quanto uma ferramenta que oferece os instrumentos para este processo comunicativo ocorra possuindo componentes de software e hardware. Os componentes de hardware compreendem os dispositivos com os quais os usuários realizam as atividades motoras e perceptivas, podendo ser citadas a tela, o teclado, o mouse e vários outros. O software da interface é a parte do sistema que implementa os processos computacionais necessários para o controle dos dispositivos de hardware / a construção dos dispositivos virtuais com os quais o usuário também pode interagir / a geração dos diversos símbolos e mensagens que representam as informações do sistema, e, finalmente, a interpretação dos comandos dos usuários.

Os sistemas (junção de hardware, software e pessoas) possuem interfaces bastante diferenciadas, dependendo, dentre outros fatores, do público alvo de utilização, da linguagem de programação utilizada para seu desenvolvimento e da experiência do desenvolvedor.

De acordo com Rocha (2003, p. 13-14),

para que os computadores se tornem amplamente aceitos e efetiva-mente usados, eles precisam ser bem projetados. Isso, de maneira alguma, quer dizer que o design deve ser adequado a todas as pesso-as, mas os computadores devem ser projetados para as necessidades e capacidades de um grupo alvo. Certamente, usuários, em geral, não devem ser obrigados a pensar como um computador funciona, da mesma forma que o funcionamento mecânico de um carro não é preocupação da maioria das pessoas. Entretanto, a posição dos pe-dais, direção e câmbio têm muito impacto sobre o motorista, como também o design de sistemas computacionais tem efeitos sobre seus usuários.

Abaixo estão ilustradas algumas interfaces de programas de diferentes aplicações e através das figuras e dos assuntos abordados até o presente momento, consolida-se o termo “Interface Homem-Máquina”, como sendo a máquina representada pelos equipamentos. O termo “Interface Humano-Computador” equipara-se ao termo “Interface Homem-Máquina”, sendo apenas denominações diferentes, mas com mesmo significado, atribuídas por diferentes autores. Nos próximos parágrafos, abordaremos a temática associada à interação entre os seres humanos e as máquinas, complementando a definição de Interface.

Segundo Loh (1995), em se tratando de comunicação via computador, ressalta-se a importância da interface do software, como ponto fundamental na interação homem-computador.

(32)

Ao observarmos as interfaces ao lado, percebemos que cada uma atende a um perfil de usuário específico. Passando pelo controle de salas e equipamentos, a primeira possui uma interface simples e direta; à interface de um programa que trabalha com a modelagem de objetos 2D e 3D, portanto cada uma das interfaces possui uma funcionalidade e um nível de dificuldade.

É importante ressaltar que aplicações direcionadas a atividades muito específicas, como as representadas nas figuras 11 a 13, requerem um nível de especialização dos usuários, visto que há muitas funcionalidades específicas e direcionadas à aplicação.

Figura 10: Interface de software para reserva de sala

Fonte:http://blog.prasabermais.com/tag/analise-de-software/

Figura 11: Interface de programa para projetos e modelagem de objetos em 3D e 2D.

(33)

Figura 12: Interface tecnologia touch screen

Fonte:http://nosso-vicio.blogspot.com/2011/02/tecnologia-touchscreen-pode-estar-com.html

Figura 13: Interface de aplicativo gráfico para controle de processos Fonte: http://www.pmstecnoelectric.it/en/pms/progetti_2006.aspx

Além das aplicações desktop, também deve considerada a importância do design nas aplicações web. No desenvolvimento de sites (vide figuras 14 e 15), a preocupação com

(34)

critérios como facilidade de utilização e aprendizado, facilidade de memorização, dentre outros, devem ser considerados, isto pelo fato, de estes serem utilizados por pessoas de diferentes perfis e níveis de conhecimento. Na próxima unidade, serão apresentados os principais critérios de avaliação de aplicações desktop e via web, e, através de exemplos práticos, você poderá identificar programas e sites que melhor se adequem aos seus critérios de usabilidade e acessibilidade.

Figura 14: Website de comércio eletrônico Fonte: www.submarino.com

Figura 15: Website de rede social Fonte: http://br.linkedin.com/

(35)

2.2 dEFININdO O tERmO INtERAçãO

O termo Interação pode ser definido como o processo de comunicação entre duas ou mais entidades que compõem o mesmo contexto, podendo ser mais bem compreendido através da figura abaixo.

Figura 16: Definição do termo Interação

Além desta definição, o termo interação pode ser definido como a junção entre ações e interpretações do usuário acerca da utilização de determinado sistema.

Preece et al (1994) define o termo interação como sendo um processo de comunicação entre processos e sistemas.

De acordo com o desenvolvimento dos sistemas, a forma de interação é classificada em quatro formas distintas de acordo com as gerações: Linguagem Natural, Linguagem de Comando, Menus e Preenchimento de Formulários. Estes tipos de interação serão abordados em tópicos posteriores.

2.3 COmPARAtIvO ENtRE OS tERmOS INtERFACE E INtERAçãO

Conforme já vimos anteriormente, o termo interface é aplicado, normalmente àquilo que interliga dois sistemas. Tradicionalmente, considera-se que uma interface homem-máquina é a parte de um artefato que permite a um usuário controlar e avaliar o funcionamento deste artefato através de dispositivos sensíveis às suas ações e capazes de estimular sua percepção. No processo de interação usuário-sistema, a interface é o combinado de software e hardware necessário para viabilizar e facilitar os processos de comunicação entre o usuário e a aplicação.

Comparando os termos interação e interface, percebe-se que a interface é tanto um meio para a interação usuário-sistema, quanto uma ferramenta que oferece os instrumentos para este processo comunicativo. Desta forma, a interface é um sistema de comunicação, e a interação é o processo que engloba as ações do usuário sobre a interface de um sistema e suas interpretações sobre as respostas reveladas por esta interface, conforme pode ser melhor compreendido através da figura abaixo.

(36)

Figura 17: Processo de Interação Humano Computador Fonte: Souza (2010)

Atualmente, observa-se a necessidade de uma melhor interação entre o homem e a máquina/sistema. A importância desta interação foi aumentando à medida que cada vez mais usuários passaram a ter contato com computadores. Esses usuários precisavam interagir com diferentes tipos de sistemas, porém nem sempre possuindo o conhecimento apropriado para a realização das tarefas necessárias.

Segundo Van Der Veer (1989), as diferenças individuais em preferências, habilidades e características pessoais afetam o desempenho das tarefas realizadas no computador. Não se pode esperar que apenas as pessoas mudem quando se produz um ambiente de aprendizado ou deseja-se promover a Interação Homem-Computador (IHC), pelo contrário, o ambiente deve ser flexível o suficiente para acomodar as diferenças existentes nos perfis dos usuários. Para fixarmos os conceitos associados à Interface / Interação Homem-Máquina, sugiro a utilização do material complementar abaixo.

Material complementar sobre Interação Humano-Computador Textos:

• Interação Humano-computador no contexto da inclusão digital. Disponível em:

• h t t p : / / w w w. c i n f o r m . u f b a . b r / 7 c i n f o r m / s o a c / p a p e r s / be3115a2c400590dad23c7507797.pdf

• Interação Humano-computador aplicada ao ensino a distância. Disponível em: http://www.unipam.edu.br/perquirere/file/ docuemento7.PDF

Vídeos:

• O mundo do Rafinha. Disponível em: http://www.youtube.com/ watch?v=rq6mHtsKoME

• Realidade Virtual. Disponível em: http://www.youtube.com/ watch?v=dyMVZqJk8s4

• Os computadores do futuro. Disponível em: http://www.youtube. com/watch?v=p4Wg0e6YrSk&feature=related

(37)

1. Qual o foco do estudo da Interação Humano-Computador (IHC) ?

2. Quais são os 4 componentes da Interação Humano-Computador?

3. Tomando como base as imagens descritas abaixo, diferencie os termos

“interface” e “interação”, fazendo referência às definições apresentadas

no contexto das imagens, ou seja, ao definir o termo interface, por exemplo,

mencione itens das imagens que reforcem a definição apresentada. Além de

apresentar o conceito de cada um dos termos, faça a correlação entre os mesmos.

Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)

Calculadora Científica do Windows

(38)

3.

HIStóRICO

E

EvOLuçãO

dAS

INtERFACES

COmPutACIONAIS

Nos últimos anos, com o aumento da utilização dos equipamentos tecnológicos, a preocupação com a interface tornou-se uma tendência e um importante conceito a ser explorado. Certamente, quando se pensa hoje em Interfaces Humano-Computador (IHC), imediatamente visualizam-se ícones, menus, barras de rolagem, telas interativas e cursores animados. De acordo com o conteúdo apresentado até o presente momento, percebemos que o conceito de IHC vai muito além disto, sendo fundamental que façamos uma contextualização acerca do desenvolvimento das interfaces, apresentando uma análise histórica e evolutiva.

De acordo com Rocha (2011, p. 01),

as interfaces gráficas computacionais, desenvolvidas por Douglas Engelbart nos anos 1960, a partir do trabalho de Ivan Sutherland, deram um novo impulso para os sistemas computacionais, sendo res-ponsável pela massificação dos computadores nos anos 1980, ao lado da Apple de Steve Jobs, com os computadores macintosh, sempre seguido de perto pelaMicrosoft de Bill Gates.

Através da figura 18, podemos visualizar um comparativo entre o período inicial do desenvolvimento dos computadores, a atualidade e as tendências relacionadas ao desenvolvimento de interfaces homem-máquina. À medida que os computadores foram evoluindo, aumentava-se a capacidade de armazenamento das informações, o design das interfaces e, os usuários percebiam a necessidade de aprimoramento de seus conhecimentos acerca da utilização de sistemas computacionais.

Figura 18: Histórico das interfaces computacionais

Fonte: http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/INF141.Cap.01.html

INÍCIO

• Computadores com pouca memória e grande tamanho físico;

• Capacidades de armazenamento (discos) limitada;

• Interfaces de difícil utilização.

TENDÊNCIAS

• Aperfeiçoamento das interfaces Homem Máquina (H-M);

• Uso de muitos periféricos para apoio às interfaces H-M;

• Interfaces mais homogêneas;

• Máquinas mais poderosas e compactas (processadores, memória, etc);

• Uso intensivo de interfaces gráficas;

• Ênfase nas interfaces para hiperdocumentos e redes de computadores.

ATUALIDADE

• Micro-computadores com capacidade de memória elevada;

• Mini/micros com características e capacidades similares aos mainframes; • Muitas máquinas ainda com filosofia

mono-usuário;

• Grande número de sistemas interativos; • Interfaces pouco homogêneas.

(39)

Além da evolução dos computadores, a evolução histórica das interfaces aconteceu paralelamente, isto pelo fato da necessidade de criação de artefatos que permitissem a comunicação entre o ser humano e o hardware, ou seja, necessitou-se que o software evoluísse para acompanhar a evolução dos equipamentos tecnológicos.

O entendimento acerca da evolução histórica das interfaces permite que façamos uma análise comparativa de suas diferentes fases evolutivas, auxiliando-nos a compreender a importância fundamental das relações homem-máquina. Com este intuito, a seguir, serão apresentadas no Quadro 3 (complementando as informações apresentadas anteriormente no Quadro 1 - Principais invenções do ser humano), uma síntese evolutiva da história das interfaces, desde a fase mais rudimentar, quando eram operadas por alavancas, até as mais modernas formas de interface gráfica.

ANO /

PERÍOdO

HIStóRIO E EvOLuçãO dAS INtERFACES

Final dos anos 40 e início dos

anos 50

• Havia dificuldade de se utilizar os computadores, pois a sua interfa-ce era rudimentar;

• A comunicação entre o usuário e o computador era feita por meca-nismos elétricos. Para a entrada de dados, o usuário utilizava ala-vancas mecânicas, botões e fios. A saída das informações era feita por meio de luzes piscantes;

• Apenas usuários especializados, que sabiam programar e conectar os fios nos lugares certos, eram capazes de se comunicar com os computadores;

• Havia um cuidado do especialista em não ser eletrocutado, já que o próprio trabalhava junto à parte elétrica, ou seja, trabalhava dentro do computador.

Final dos anos 50 e início dos

anos 60

• Deu-se início ao uso de programas que serviam de coleta de dados para os campos das pesquisas de mercado psicológico e outros, do interesse do usuário;

• A comunicação entre o homem e máquina (entrada e saída de dados), nessa época, ocorria através de cartões perfurados e de impressões. Mesmo com essas novidades, não era qualquer pessoa que podia se comunicar diretamente com o compu-tador. A utilização dos cartões perfurados tornava o trabalho cansativo, lento e monótono, além de ser incômodo e inefi-ciente;

• A interação da interface com o usuário, praticamente, não existia nesta fase.

(40)

Início dos anos 70 até 1980

• Surge um terminal de computador, que seria uma TV acoplada ao computador, que fez com que a comunicação do compu-tador e o usuário acontecesse através de telas de vídeo, e, a comunicação do usuário com o computador, através de um teclado baseado nas máquinas de escrever;

• Assim, a interação dava-se através de monitores monocro-máticos e um teclado alfanumérico. Buscava-se interagir o usuário comum com a máquina, tornando mais fácil e com-preensivo, já que o processo era feito por telas de vídeo que limitavam a exibição de caracteres representados no tecla-do. No monitor, eram mostradas as linhas de comandos que o usuário digitava no prompt do sistema, que era representado de forma textual. Isso exigia que o usuário tivesse um grande nível de memorização dos comandos e de treinamento, já que tudo era feito através de comandos específicos. Para utilizar o computador, o usuário deveria ter um grande nível de controle sobre a interface, pois se apresentava complexa;

• A partir daí, o homem começou a se interessar por uma melhor representação da interface. O desejo era de tornar as interfa-ces bem sucedidas no mercado e flexíveis aos usuários através da interatividade destes com a interface do sistema, surgindo a necessidade de treinamento para a facilidade do uso.

Começo dos anos 80 até os

dias atuais

• Do começo dos anos 80 ao dias de hoje, deu-se início ao de-senvolvimento e à disseminação dos microcomputadores; foi uma época de explosão dos computadores pessoais. Também marcou uma época onde foram desenvolvidas diferentes for-mas de interação do usuário com a máquina, como: Windo-ws, Ícones, Menus e Ponteiros de dispositivos apontadores que permitiam que o usuário tivesse acesso e controle das múlti-plas janelas, combinação de texto e imagens, sons, vídeos e comunicações remotas;

• Usuários sem nenhuma experiência podiam ter acesso a um Personal Computer (PC);

• Essa nova tecnologia gerou o emprego de recursos multimí-dia e de realidade virtual, PCs poderosos, preocupação das interfaces amigáveis e de alta interatividade. Hoje, ainda se procura uma melhor forma de se atingir com as Interfaces as necessidades dos usuários - A Interface Adaptativa, como o próprio nome sugere, adapta-se à necessidade do usuário. Quadro 3: Principais características do histórico e evolução das interfaces

Referências

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