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Matthias Grünewald - The Small Crucifixion, , National Gallery of Art at Washington D.C.

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Academic year: 2021

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O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha no início do século XX, transversal aos campos artísticos da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança e fotografia. Manifestou-se inicialmente através da pintura, coincidindo com o aparecimento do fauvismo francês, o que tornaria ambos os movimentos artísticos os primeiros representantes das chamadas "vanguardas históricas". Mais do que meramente um estilo com características em comum, o Expressionismo é sinônimo de um amplo movimento heterogêneo, de uma atitude e de uma nova forma de entender a arte, que aglutinou diversos artistas de várias tendências, formações e níveis intelectuais. O movimento surge como uma reação ao positivismo associado aos movimentos impressionista e naturalista, propondo uma arte pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista – a "expressão" – em oposição à mera observação da realidade – a "impressão".

O expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definido, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya (Séculos antes). Alguns historiadores, de forma a estabelecer uma distinção entre termos, preferem o uso de "expressionismo" – em minúsculas – como termo genérico, e "Expressionismo" – em maiúsculas– para o movimento alemão.

Através de uma paleta cromática vincada e agressiva e do recurso às temáticas da solidão e da miséria, o expressionismo é um reflexo da angústia e ansiedade que dominavam os círculos artísticos e intelectuais da Alemanha durante os anos anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e que se prolongaria até ao fim do período entre-guerras (1918-1939). Angústia que suscitou um desejo veemente de transformar a

Matthias Grünewald - The Small Crucifixion, 1511-20, National Gallery

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vida, de alargar as dimensões da imaginação e de renovar a linguagem artística. O expressionismo defendia a liberdade individual, o primado da subjetividade, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, diabólico, sexual, fantástico ou perverso. Pretendeu ser o reflexo de uma visão subjetiva e emocional da realidade, materializada através da expressividade dos meios plásticos, que adquiriram uma dimensão metafísica, abrindo os sentidos ao mundo interior. Muitas vezes visto como genuína expressão da alma alemã, o seu caráter existencialista, o seu anseio metafísico e a sua visão trágica do ser humano são características inerentes a uma concepção existencial aberta ao mundo espiritual e às questões da vida e da morte. Fruto das peculiares circunstâncias históricas em que surge, o expressionismo veio revelar o lado pessimista da vida e a angústia existencialista do indivíduo, que na sociedade moderna, industrializada, se vê alienado e isolado.

O expressionismo não foi um movimento homogêneo, coexistindo vários pólos artísticos com uma grande diversidade estilística, como a corrente modernista (Munch), fauvista (Rouault), cubista e futurista (Die Brücke), surrealista (Klee), ou a abstracta (Kandinsky). Embora o seu maior pólo de difusão se encontrasse na Alemanha, o expressionismo manifestou-se também através de artistas europeus como Modigliani, Chagall, Soutine ou Permeke, e norte-americanos como Orozco, Rivera, Siqueiros ou Portinari. Na Alemanha existiram dois grupos dominantes: Die Brücke (fundado em 1905), e Der Blaue Reiter (fundado em 1911), embora tenha havido artistas independentes e não afiliados com nenhum dos grupos. Depois da Primeira Guerra Mundial surge a Nova Objetividade que, embora tenha sido uma reação ao individualismo expressionista e procurasse a função social na arte, a sua distorção das formas e o seu intenso colorido fazem do grupo um herdeiro direto da primeira geração expressionista.

DIE BRÜCKE

Die Brücke, também conhecido simplesmente como Brücke, (do alemão, A ponte), refere-se a um grupo artístico alemão inserido no movimento expressionista.

O nome do grupo, A Ponte, escolhido por Rottluff com base numa passagem de

Also sprach Zarathustra (Assim Falou Zaratustra), de Nietzsche, é representativo dos

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passagem (ponte) entre a arte sua contemporânea e a arte do futuro, renegando os cânones existentes na arte alemã neo-romântica e estabelecendo, para isso, um contacto íntimo com a natureza e a realidade.

Os conflitos que resultam deste contato com a realidade vão ser assimilados e transpostos expressivamente para a tela negando a preocupação pela representação exata e fiel do objeto observado. Buscam o inalterado, o não-falsificado, a alma das coisas, o que não se vê, mas sente-se. Assim, o que é representado na tela é o resultado da emoção do observador/pintor, o objeto observado altera-se consoante os seus sentimentos. Em primeiro plano passa a estar o como e não a coisa representada.

Expressionismo Vanguarda surgida na Alemanha e que se espalhou pelos países do norte da Europa.

Desenvolve-se numa sociedade marcada por fortes contrastes e tensões sociais, sendo reflexo dos desajustamentos e problemas sociais.

Opção figurativa e utilização de cores fortes com uma intencionalidade – acentuar o caráter subjetivo das composições e imprimir-lhes maior expressividade;

Temáticas centradas nas questões sociais e com propósitos claros de denúncia e crítica – intervenção social;

Encontra na 1ª Guerra Mundial temática abundante;

Vai até 1933 (ano em que Hitler sobe ao poder). Durou mais tempo que o fauvismo devido à 1ª Guerra Mundial (temática fértil para o expressionismo desenvolver a sua pintura). A solidão é uma das temáticas apresentadas.

Na Alemanha vão existir 2 grupos principais de expressionismo: Die Brucke (A Ponte) e Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).

Der Blaue Reiter- vai servir-se da pintura como campo de pesquisa e vai relacioná-la com a música. A figura maior deste grupo é o russo Kandinsky que, a partir deste grupo, vai chegar ao abstracionismo (é através da investigação que chega a esta corrente).

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DER BLAUE REITER

O grupo de artistas de inspiração expressionista

Der Blaue Reiter ("O cavaleiro azul") formou-se a

partir de 1911, em Munique, e se manteve até o início da Primeira Guerra Mundial. Seus principais integrantes são Wassily Kandinsky, Franz Marc, August Macke, Paul Klee e Marianne von Werefkin.

É pouco posterior a Die Brücke ("A ponte"), outro grande grupo expressionista alemão, surgido em Dresden, em 1905. Opunha-se ao cubismo, do qual reconhece a ação renovadora, mas contesta o fundamento racionalista e implicitamente realista. Pretendia ver a Natureza e o Homem a partir das experiências, sensações e sentimentos individuais, mas com um sentido universal, para a construção de uma arte pessoal, fundada na meditação que, tal como disse Kandinsky (fundador e idealizador do grupo), nascesse da necessidade interior.

Sem um programa preciso, mas com uma orientação decididamente espiritualista, Der Blaue Reiter editou uma revista, Almanach der Blaue Reiter, e organizou diversas exposições. Seu grande objetivo era reunir nestas exposições a vanguarda da arte europeia - artistas alemães, russos, franceses, italianos e outros, superando fronteiras e barreiras nacionais. Era o elemento artístico que deveria preponderar. De qualquer modo seus integrantes sofreram influências dos pintores franceses Cézanne e Matisse.

Como pontos comuns aos principais elementos do grupo, destacam-se:

A dimensão lírica da cor, a claridade e luminosidade, pura e límpida, podendo ser dura/macia, quente/fria, doce/amarga;

O dinamismo da forma, sobretudo a sua capacidade de fascinar, a sua magia interna, a sua emoção;

A reconquista da pureza da natureza, com tendência emotiva e abstrata da superfície.

Cavalos vermelho e azul, de Franz Marc

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O nome Der Blaue Reiter teve origem na paixão de Marc pelos cavalos e no amor de Kandinsky pela cor azul. Para Kandinsky, o azul é a cor da espiritualidade e quanto mais escuro, mais desperta o desejo humano pelo eterno, conforme escreve em seu livro On the Spiritual in Art, (1911). Além disso, Kandinsky havia criado uma obra com o mesmo nome (Der Blaue Reiter), em 1903.

O GRUPO DE VIENA

Em Áustria, os expressionistas receberam a influência do modernismo alemão (Jugendstil) e austríaco (Sezession), bem como dos simbolistas Gustav Klimt e Ferdinand Hodler. O expressionismo austríaco destacou-se pela tensão da composição gráfica, deformando a realidade subjetivamente, com uma temática nomeadamente erótica – representada por Schiele – ou psicológica – representada por Kokoschka. Em contraste com o impressionismo e a arte acadêmica do século XIX preponderante na Áustria do novo século, os novos artistas austríacos seguiram a estrela de Klimt, à procura de uma maior expressividade, refletindo nas suas obras uma temática existencial de grande fundo filosófico e psicológico, focado na vida e a morte, a doença e o dor, o sexo e o amor.

Os seus principais representantes foram Egon Schiele, Oskar Kokoschka, Richard Gerstl, Max Oppenheimer, Albert Paris von Gütersloh e Herbert Boeckl, além de Alfred Kubin, membro de Der Blaue Reiter. Caberia destacar-se a obra do artista:

Egon Schiele: discípulo de Klimt, a sua obra girou em uma temática baseada na

sexualidade, a solidão e a incomunicação, com certo ar de voyeurismo, com obras explícitas pelas quais até mesmo esteve preso, acusado de pornografia. Dedicado nomeadamente ao desenho, outorgou um papel essencial à linha, com a que baseou as suas composições, com figuras estilizadas imersas num espaço opressivo, tenso. Recriou uma tipologia humana reiterativa, com um cânone alongado, esquemático, afastado do naturalismo, com cores vivas, exaltadas, destacando-se o caráter linear, o contorno.

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EDVARD MUNCH

The Scream. 1893. Oil, tempera and pastel on cardboard. 91 x 73.5 cm. Nasjonalgalleriet, Oslo, Norway.

Anxiety. 1894. Oil on canvas. 94 x 73 cm. Munch Museum, Oslo, Norway

ERNST LUDWIG KIRCHNER

Girl under japanese umbrella - 1909. oil on canvas. 92,5x 80,5 Woman at the Mirror,1912. Musee Nationale d'Art Moderne (Centre Pompidou), Paris

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FRANZ MARC

Vermelho e azul, 1912. Tirol, 1914

EGON SCHIELE

Fighter – 1913. Gouache and pencil on paper. 48.8 x 32.2 cm. Private collection

Female Nude – 1910. Gouache, watercolor and black chalk with white highlighting, 44.3 x 30.6 cm. Graphische Sammlung Albertina,

Referências

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