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Escola Secundária Maria Lamas 2011/2012. André Delgado Bernardo Pinho Bernardo Theriaga Diogo Vieira Frederico Vieira Henrique Quitério

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Escola Secundária Maria Lamas André Delgado Bernardo Pinho Bernardo Theriaga Diogo Vieira Frederico Vieira Henrique Quitério 2011/2012

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Introdução

O crescimento económico, populacional, e sobretudo a revolução industrial, resultaram na urbanização e da sociedade que observamos hoje como ainda em estado de acelerada evolução.

O crescimento do número de negócios noturnos e da área das zonas urbanas e industriais, trouxe a necessidade de substituir árvores de espaços verdes e habitats naturais por candeeiros de passeios e estradas. Pouco a pouco foi então aumentando o número de luminosidade que se diz ser

necessária nas ruas. Numa escala global, era uma questão de tempo até que alguém reparasse que a instalação da luz nas ruas não estava a decorrer de forma correta e alertasse a população, ou pelo menos entidades competentes, para o que começou a constituir um problema a vários níveis.

A discussão em volta da poluição luminosa gerou-se entre grupos de astrónomos amadores e mesmo profissionais que, já em plenos anos 80,

começavam a notar que entre a atmosfera e o sítio de onde a queriam observar formava-se como uma camada de luz, uma claridade, que não permitia que a observação das estrelas, astros, etc., fosse tão limpa e natural como era em lugares afastados da iluminação dos centros urbanos.

Começou, assim, o estudo do mais recente tipo de poluição, a poluição luminosa.

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Definição/Causas

A poluição luminosa é o efeito produzido pela luz exterior excessiva e/ou mal direcionada, que é dirigida para cima, ou para os lados, em vez de iluminar somente as áreas pretendidas. É verificada principalmente nas grandes

cidades.

Esta forma de poluição ocorre na sua maioria devido a candeeiros e projetores que, por conceção inadequada ou instalação incorreta, emitem luz muito para além do seu alvo ou zona de influência, sem qualquer efeito útil.

Esta é a causa principal, que por sua vez está na origem da poluição de vário objetos de iluminação:

 Pública (fig.1);  Viária;  Aérea e marítima;  Publicitária (fig.2). Fig.1 Fig.2

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Consequências

Este problema que parece inofensivo pode afetar a nossa vida em diversas situações tais como:

SAÚDE

O excesso de luz exterior invade as janelas das casas perturbando o sono, impedindo um o sono normal podendo causar stress, doenças do sono, cansaço, prejuízos e ineficiência no trabalho. Para além disso a iluminação atrai alguns insetos que podem ser portadores de doenças ou bactérias prejudiciais ao ser humano.

SEGURANÇA

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, muita luz não significa boa iluminação. As luminárias mal direcionadas não iluminam de forma

adequada as áreas que deveriam e jogam luz para longe do objetivo, na horizontal e até na vertical, em direção ao céu . Essa luz se dissipa e ilumina a atmosfera. Os aviões certamente que dispensam este excesso de iluminação.

Quando a luz dos postes não é corretamente direcionada e atinge o olho, ocorre o ofuscamento. Este impede-nos de ver objetos ou pessoas que estiverem nas áreas escuras. Devemos ver o objeto iluminado e não a fonte de luz. Isso diminui a nossa segurança. Podemos sofrer acidentes, tanto andando pela calçada como conduzindo na estrada. Podemos chocar contra um

obstáculo, um outro veículo, cair num buraco, atropelar alguém, ser assaltados ou agredidos. Nessas áreas escuras a sombra fica mais densa e é mais fácil que, por exemplo, alguém mal-intencionado se possa esconder.

MEIO AMBIENTE

O excesso de luz noturna pode causar perturbações em animais, como as aves migratórias, peixes ou as tartarugas, e em plantas noturnas.

A reação de certos peixes à luz artificial causa uma alteração do seu comportamento natural e pode mesmo ter influência no fluxo migratório de algumas espécies marinhas. Por exemplo, incidência de luz artificial em praias, prejudica as tartarugas e as suas crias. As fémeas perdem a qualidade e

condições ideais para desovar, as crias ficam desorientados com as luzes artificiais, que as atraem em vez de se dirigir para a luz natural do horizonte.

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Fazendo-as caminhar para o continente invés do mar, onde fatalmente são atropeladas ou morrem por desidratação.

A reação de alguns animais à iluminação artificial pode ser usada em virtude de pesca desportiva, industrial, e pior…pesca ilegal!

Outro impacto deste tipo de poluição nos ecossistemas é também a nível de espécies aviárias. O excesso de luminosidade lançada para o céu contitui um foco de desorientação de algumas aves migratórias. À semelhança dos peixes este facto pode ser também usado para atividades de caça.

OBSERVAÇÃO DOS CÉUS

Em tempos passados quando a iluminação das ruas era mínima, em vários lugares do globo conseguia obter-se uma espantosa e inigualável imagem, a olho nu, da nossa galáxia. Hoje em dia a maior parte da população vive sem nunca ter tido esse contacto com o universo, a oportunidade de apreciar a beleza do céu noturno. O excesso de iluminação desperdiçado por focos luminosos na horizontal e na vertical em direção ao céu, ofusca o olho humano e faz com que essa imagem perca qualidade, ficando visíveis apenas as estrelas mais cintilantes.

Este não é um problema restrito a quem gostaria de observar o céu apenas com a visão ocular, mas constitui também um problema de longa data para os astrónomos amadores que são obrigados a dirigir-se para zonas menos iluminadas e mais altas, afastadas dos centros urbanos, e mesmo para os profissionais que se veem obrigados a construir observatórios nas zonas rurais.

ECONOMIA

A este nível o essencial é referir que só a luz emitida para o céu por iluminação das ruas pode causar um desperdício de milhões de euros anualmente. E como é óbvio, essa despesa é, como todas as despesas

públicas, pagas com o dinheiro dos contribuintes. O desperdício das luzes que não iluminam apenas o que é suposto, traduz-se num desperdício de energia, o que faz com que haja maior produção de energia elétrica do que era suposto, por exemplo, em centrais termoelétricas, isto tudo resulta logicamente num prejuízo financeiro para o país, e também em larga escala se relaciona portanto com o aumento de outras formas de poluição e diminuição de recursos não renováveis.

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Soluções

Uma boa iluminação deve evidenciar e incidir num objeto no solo onde a lâmpada esteja colocada, sem ofuscar quem olhe na sua direção. E claro que não deve ter uma intensidade excessiva. Deve portanto fazer-se a substituição de candeeiros que iluminam áreas em que a luz é desperdiçada (fig.2). A recolocação de candeeiros na estrada, ou seja em que os postes estejam a uma distância onde não exista sobreposição de luz (fig.3). Já existem modeles de iluminação urbana que minimizam a poluição luminosa, há que fazer um esforço e um investimento a longo prazo para substituir o que se fez de errado no passado.

Também a diminuição de candeeiros em locais onde existem habitats para não provocar perturbações nas suas necessidades e condições para procriar e viver (exemplo dado anteriormente das tartarugas).

Propõe-se a alteração da altura de certos postes de luz, para não provocar a criação de zonas escuras, por efeito de a luz ser bloqueada por árvores, por exemplo.

À semelhança do que se começa a fazer no interior das nossas casas, as lâmpadas de iluminação exterior devem também elas ser substituídas por lâmpadas mais eficientes.

Devem ser implementadas leis contra as iluminações publicitárias, que de pouco ou nada servem iluminadas durante determinadas horas da

madrugada.

É conveniente que se melhorem e revejam mais frequentemente os sensores de alguns candeeiros públicos, que por vezes são demasiado sensíveis à luz, ou melhor, à falta dela, e acabam por desperdiçar iluminação quando esta ainda não é necessária.

Fig.3

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Conclusão

Com este trabalho constatamos que a poluição luminosa é algo que está a crescer com o desenvolvimento das cidades. Esse tipo de poluição é

desvalorizado pela sociedade daí ser importante a realização de medidas de sensibilização, divulgação, e trabalhos para informar a população deste problema, que embora recente, tem tendência a agravar-se.

Por isso é importante pedir aos leitores deste trabalho e de outros no mesmo âmbito que se for possível tentar substituir os candeeiros exteriores da sua casa por uns em que não exista desperdício de luz, esse será um enorme contributo e um primeiro passo para tentar mudar e remediar este problema.

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Bibliografia

http://www.asterportal.org/pl/pl.htm

http://www.astronomia2009.org/documentos/Poluicao_Luminosa_GAlme

ida.PDF

http://www.astronomoamador.net/2011/poluicao-luminosa

http://www.slideshare.net/125896321/poluio-luminosa

pt.wikipedia.org/wiki/Poluição_luminosa

Referências

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