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Espaços Vetoriais Normados e o Teorema da Representação de Riesz. Igor Maciel Resende de Oliveira

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Instituto Federal de Educa¸c˜

ao, Ciˆencia e Tecnologia de Goi´

as

Curso de Especializa¸c˜

ao em Matem´

atica

Espa¸

cos Vetoriais Normados e o

Teorema da Representa¸

ao de

Riesz

por

Igor Maciel Resende de Oliveira

Goiˆ

ania

2015

(2)

Igor Maciel Resende de Oliveira

Espa¸

cos Vetoriais Normados e o

Teorema da Representa¸

ao de

Riesz

Monografia apresentada ao Corpo Docente do Curso de P´ os-Gradua¸c˜ao lato sensu em Matem´atica - Departamento de

´

Areas Acadˆemicas II - IFG/Cˆampus Goiˆania, como requi-sito parcial para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Especialista em Ma-tem´atica.

´

Area de concentra¸c˜ao: ´Algebra

Orientadora: Profa. Aline Mota de Mesquita Assis Co-orientador: Prof. Jos´e Eder Salvador de Vasconcelos

Goiˆ

ania

2015

(3)
(4)

A minha fam´ılia: Shirlene, Larissa, Nicole. A minha amiga: Mailine Morais.

(5)

Agradecimentos

A Deus, por ter me dado o dom da vida e a cada dia me proporcionar sa´ude para continuar e superar os obst´aculos da vida e chegar at´e aqui.

`

A Professora Mestre Aline Mota de Mesquita Assis por ter aceitado ser orien-tadora deste trabalho, sempre incentivando e tendo muita aten¸c˜ao, paciˆencia, de-dica¸c˜ao comigo durante o tempo que estivemos juntos no desenvolvimento do mesmo e pela amizade que proporcionou momentos divertidos e prazerosos. Seu apoio foi fundamental no meu desenvolvimento. Muito obrigado!

Ao Professor Doutor Jos´e Eder Salvador de Vasconcelos que apoiou todos os alunos do curso de especializa¸c˜ao deste instituto, sempre nos encorajando a continuar nossa jornada e por ter aceitado ser co-orientador deste trabalho. Muito obrigado!

`

A minha fam´ılia, em especial a minha m˜ae Shirlene Pereira que sempre me apoiou incondicionalmente, me incentivando a cada dia. `A minha irm˜a, Larissa, por esta junto a mim e que no ano passado me proporcionou um momento muito feliz ao me convidar para ser padrinho da minha primeira sobrinha Nicole. Eu as amo muito. Obrigado!

A minha amiga, Mailine Morais que esteve ao meu lado durante todo o curso me apoiando sempre e me ajudando em todos os momentos de dificuldades e ter compartilhado comigo tantas alegrias e risadas. Tamb´em a minha amiga ˆAngela Nunes que sempre me apoiou em todos os momentos da minha vida. Muito obrigado! Aos professores do Corpo Docente da Especializa¸c˜ao em especial aqueles com quem cursei alguma disciplina.

(6)

mi-nha forma¸c˜ao em momentos de estudo e nas conversas divertidas durante os lanches da tarde.

A Banca Examinadora pela disponibilidade e aten¸c˜ao dispensada ao meu traba-lho.

(7)

Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar os conceitos e resultados de espa¸co vetorial normado, espa¸co vetorial normado com produto interno, particularmente o Espa¸co de Hilbert, e o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz, para este espa¸co, tudo isso analisado sob o ponto de vista alg´ebrico. Sendo ele uma pesquisa bibliogr´afica, inicia-se relembrando conceitos b´asicos de ´algebra linear, entre outros necess´arios para seu desenvolvimento. Depois apresenta-se um dos conceitos centrais do trabalho que ´e espa¸co vetorial normado, bem como algumas de suas propriedades e explicita-se o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para espa¸co vetorial normado. Por fim, define-se alguns conceitos de topologia necess´arios para a defini¸c˜ao de uma aplica¸c˜ao de espa¸co vetorial normado com produto interno que ´e o Espa¸co de Hilbert, finalizando com o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para este espa¸co, sendo este teorema muito importante dentro dos estudos de An´alise Funcional.

Palavras-chave: Espa¸co Vetorial Normado. Espa¸co de Hilbert. Teorema da Repre-senta¸c˜ao de Riesz.

(8)

Abstract

This work aims to present the concepts and results of normed vector space, normed vector space with inner product space, particularly Hilbert Space, and the Riesz Representation Theorem for this space, all this is analyzed through the algebraic perspective. Being a literally research, this work begins revisiting basic concepts of linear algebra and other concepts necessary for its development. After that, it is presented one of the central concepts of this work which is normed vector space, as well as some of its properties and the explanation of the Riesz Representation Theorem for the finite dimensional vector space. Finally, it is defined some necessary topological concepts for the definition of the normed vector space with inner product space application which is the Hilbert Space, ending with the Riesz Representation Theorem for this space, begin this theorem very important within the studies of Functional Analysis.

Keywords: Vector Normed Space. Hilbert Space. The Riesz Representation Theo-rem.

(9)

Sum´

ario

Introdu¸c˜ao 1 1 Preliminares 4 1.1 Espa¸co Vetorial . . . 4 1.2 Base . . . 7 1.3 Subespa¸co Vetorial . . . 7 1.4 Soma Direta . . . 8

1.5 Dependˆencia e Independˆencia Linear . . . 8

1.6 Transforma¸c˜ao Linear . . . 10

1.7 Funcional Linear . . . 11

1.8 N´ucleo e Imagem . . . 13

1.9 Espa¸co Dual . . . 13

1.10 Sequˆencias . . . 15

2 Dimens˜ao Finita e Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz 17 2.1 Produto Interno . . . 17

2.2 Norma . . . 19

2.3 Bases Ortonormais . . . 20

2.4 Espa¸cos Vetoriais Normados . . . 21 2.5 Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para Espa¸co de Dimens˜ao Finita 25

3 Espa¸co de Hilbert 28

(10)

3.1 Espa¸cos M´etricos . . . 28

3.2 Sequˆencias de Cauchy . . . 29

3.3 Espa¸co Completo . . . 29

3.4 Espa¸co de Hilbert . . . 30

3.5 Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para o Espa¸co de Hilbert . . . . 30

Conclus˜ao 32

Referˆencias Bibliogr´aficas 33

(11)

Introdu¸

ao

´

Algebra Linear ´e uma vertente da Matem´atica que se iniciou com o estudo de-talhado de sistemas de equa¸c˜oes lineares, sendo alguns destes estudos realizados na antiguidade como a elimina¸c˜ao gaussiana, citada pela primeira vez por volta do s´eculo II. A ´Algebra Linear utiliza conceitos matem´aticos fundamentais como vetores, espa¸cos vetoriais e transforma¸c˜oes lineares, entre outros.

Esses conceitos b´asicos da ´Algebra Linear ser˜ao utilizados para juntamente com alguns conceitos topol´ogicos, construirmos um espa¸co vetorial com uma norma de-finida, sendo ela derivada de um produto interno, apresentando uma aplica¸c˜ao de toda essa teoria o Espa¸co de Hilbert e o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz.

• David Hilbert (1862 - 1943), teve uma das maiores influˆencias na ´area de Geo-metria depois de Euclides. Um estudo sistem´atico dos axiomas da Geometria Euclidiana levou Hilbert a propor vinte e um axiomas os quais ele analisou sua significˆancia. Ele deixou contribui¸c˜oes em diversas ´areas da Matem´atica e da F´ısica.

• Frigyes Riesz (1880 - 1956), foi um matem´atico nascido em Gyor, ´ Austria-Hungria (agora Austria-Hungria) e faleceu em Budapest, Austria-Hungria. Ele foi reitor e professor da Universidade de Szeged. Riesz fez contribui¸c˜oes consider´aveis no desenvolvimento da An´alise Funcional e seu trabalho teve um n´umero de aplica¸c˜oes importantes em F´ısica. Seu trabalho foi constru´ıdo baseado em ideias introduzidas por Fr´echet, Lebesgue, Hilbert e outros. Ele tamb´em tem algumas contribui¸c˜oes em outras ´areas incluindo a Teoria Erg´odica que ´e uma

(12)

2 ´

area da matem´atica que estuda sistemas dinˆamicos munidos de medidas inva-riantes.

Neste trabalho propormos um estudo sobre espa¸cos vetoriais normados, que s˜ao espa¸cos vetoriais munidos de uma norma, podendo ela ser derivada ou n˜ao de um produto interno, apresentaremos tamb´em uma extens˜ao para tal estrutura alg´ebrica que s˜ao espa¸cos com produto interno, sendo um exemplo o Espa¸co de Hilbert, al´em disso, ser´a exposto o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para estes espa¸cos estuda-dos.

No Cap´ıtulo 1 ser˜ao apresentados conceitos b´asicos de ´Algebra Linear, dentre eles est˜ao: espa¸co vetorial, transforma¸c˜ao linear, funcional linear, espa¸co dual e ou-tros necess´arios para o desenvolvimento da pesquisa, todos os conceitos citados ser˜ao apresentados na ordem supracitada, mostrando como ocorre a constru¸c˜ao do conhe-cimento, al´em destes conceitos alg´ebricos definimos tamb´em sequˆencias e quando uma sequˆencia ´e convergente, foi utilizado para compor essa parte introdut´oria bi-bliografias de ´Algebra Linear sendo elas os itens [2], [3], [4], [6], [8], [9], [10] e [11] que foram listadas nas Referˆencias Bibliogr´aficas deste trabalho.

No Cap´ıtulo 2 damos in´ıcio ao estudo de espa¸co vetorial normado relacionando uma ideia alg´ebrica que ´e exposta quando definimos o que ´e uma norma, podendo ser derivada ou n˜ao de um produto interno. Apresentamos tamb´em alguns conceitos importantes como a identidade de Pit´agoras, Polar e do Paralelogramo culminando com o Teorema de Representa¸c˜ao da Riesz para Espa¸cos Vetoriais de Dimens˜ao Finita, neste Cap´ıtulo foi utilizado as bibliografias de itens [1], [2], [8], [10] e [11] todas contidas nas Referˆencias Bibliogr´aficas.

Finalizando o trabalho, no cap´ıtulo 3 aplicamos os conceitos estudados nos cap´ıtulos anteriores, definimos Espa¸co de Hilbert, que ´e um espa¸co vetorial normado com produto interno, mas para tal defini¸c˜ao precisamos de conceitos estudados pela topologia: m´etrica, espa¸co m´etrico e espa¸co completo. Assim, fechamos este cap´ıtulo enunciando e demonstrando o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para o Espa¸co

(13)

3 de Hilbert, esta parte ´e composta por refˆerencias de Topologia e An´alise Funcional sendo elas os itens [1], [5] e [7] das Referˆencias Bibliogr´aficas.

(14)

Cap´ıtulo 1

Preliminares

1.1

Espa¸

co Vetorial

Um conceito b´asico em ´Algebra Linear ´e o conceito de espa¸co vetorial, sendo ele uma estrutura alg´ebrica que tem como objeto de trabalho vetores com tamanho, dire¸c˜ao e sentido, associados com as opera¸c˜oes de adi¸c˜ao e multiplica¸c˜ao por n´umeros reais, formando assim a ideia b´asica de espa¸co vetorial. A partir disso, para definirmos um espa¸co vetorial, precisamos de um conjunto de vetores, as opera¸c˜oes de adi¸c˜ao e multiplica¸c˜ao por escalares dos elementos deste conjunto. Neste cap´ıtulo, apresen-taremos conceitos que envolvem espa¸co vetorial como, transforma¸c˜ao linear, espa¸co dual e outros conceitos necess´arios ao entendimento dos cap´ıtulos seguintes.

Defini¸c˜ao 1.1. Seja E um conjunto n˜ao vazio munido das opera¸c˜oes + : E ×E → E que a cada par u, v ∈ E faz corresponder u + v ∈ E e · : R × E → E que a cada par α ∈ R e v ∈ E faz corresponder o vetor α · v ∈ E. Dados os vetores u, v, w ∈ E e α, β ∈ R, E ´e um espa¸co vetorial se satisfaz as seguintes propriedades:

i) u + v = v + u (Comutatividade)

ii) (u + v) + w = u + (v + w) (Associatividade da adi¸c˜ao)

iii) (α · β) · v = α · (β · v) (Associatividade da multiplica¸c˜ao por escalar)

iv) Existe 0 ∈ E tal que v + 0 = 0 + v = v, para todo v ∈ E (Elemento neutro da

(15)

5 adi¸c˜ao)

v) Para cada v ∈ E existe −v ∈ E, tal que v + (−v) = 0 (Inverso Aditivo)

vi) (α + β) · v = α · v + β · v (Distributiva da soma de escalares em rela¸c˜ao a um vetor)

vii) α · (v + u) = α · v + α · u (Distributiva de um escalar em rela¸c˜ao a soma de vetores)

viii) 1 · v = v (Elemento Unidade)

Observa¸c˜ao 1.2. O 0 refere-se ao vetor nulo e o 0 ao numeral zero.

Observa¸c˜ao 1.3. Neste trabalho utilizaremos a condi¸c˜ao de que o espa¸co vetorial ´e real, isto ´e, os escalares s˜ao n´umeros reais. Se, por ventura, os escalares s˜ao toma-dos em um corpo K qualquer, a Defini¸c˜ao 1.1 ainda ´e v´alida, contudo estar´ıamos tratando de espa¸co vetorial sobre o corpo K ou K−Espa¸co Vetorial.

Exemplo 1.4. V = R2 = {(x, y)|x, y ∈ R} ´e um espa¸co vetorial com as opera¸c˜oes

de adi¸c˜ao e multiplica¸c˜ao por um n´umero real assim definidas: (x1, y1) + (x2, y2) = (x1+ x2, y1+ y2)

α(x1, y1) = (α · x1, α · y1)

E assuma (x, y) = (z, t) se, e somente sex = y e z = t

Para verificar os oito axiomas do espa¸co vetorial, considere u = (x1, y1), v =

(x2, y2) e w = (x3, y3). Tem-se:

i) Comutatividade: u+v = (x1, y1)+(x2, y2) = (x1+x2, y1+y2) = (x2+x1, y2+y1) =

(x2, y2) + (x1, y1) = v + u

ii) Associatividade da adi¸c˜ao: u+(v +w) = (x1, y1)+((x2, y2)+(x3, y3)) = (x1, y1)+

(x2 + x3, y2+ y3) = (x1+ x2+ x3, y1+ y2+ y3) = ((x1+ x2) + x3, (y1+ y2) + y3) =

(x1+ x2, y1+ y2) + (x3, y3) = (u + v) + w

iii) Associatividade da multiplica¸c˜ao por escalar: (α · β) · u = (α · β) · (x1, y1) =

(16)

6 iv) Elemento neutro da adi¸c˜ao: Existe 0 = (0, 0) ∈ R2, para todo u = (x

1, y1) ∈ R2

tal que:

u + 0 = (x1, y1) + (0, 0) = (x1+ 0, y1+ 0) = (x1, y1) = u

v) Inverso Aditivo: Para todo u = (x1, y1) ∈ R2, existe (−u) = (−x1, −y1) ∈ R2 tal

que: u + (−u) = (x1, y1) + (−x1, −y1) = (x1− x1, y1− y1) = (0, 0)

vi) Distributiva da soma de escalares em rela¸c˜ao a um vetor: (α + β) · u = (α + β) · (x1, y1) = ((α + β) · x1, (α + β) · y1) = (α · x1 + β · x1, α · y1 + β · y1) =

(α · x1, α · y1) + (β · x1, β · y1) = (α · (x1, y1)) + (β · (x1, y1)) = α · u + β · u

vii) Distributiva de um escalar em rela¸c˜ao `a soma de vetores: α·(u+v) = α·((x1, y1)+

(x2, y2)) = α·(x1+x2, y1+y2) = (α·(x1+x2), α·(y1+y2)) = (α·x1+α·x2, α·y1+α·y2) =

(α · x1, α · y1) + (α · x2, α · y2) = α · (x1, y1) + α · (x2, y2) = α · u + α · v

viii) Elemento Unidade: 1 · u = 1 · (x1, y1) = (1 · x1, 1 · y1) = (x1, y1) = u

Assim, V = R2 ´e um espa¸co vetorial.

Exemplo 1.5. Os conjuntos R3, R4, . . . , Rn, com n ∈ N, s˜ao espa¸cos vetoriais com as opera¸c˜oes de adi¸c˜ao e multiplica¸c˜ao por escalar definias no Exemplo 1.4. O conjunto R tamb´em ´e um espa¸co vetorial pois satisfaz todas as propriedades de um espa¸co vetorial. Os vetores, neste caso, s˜ao n´umeros reais.

Exemplo 1.6. O conjunto F (R) = {f : R → R}, tal que f ´e uma fun¸c˜ao, com a opera¸c˜ao de adi¸c˜ao de elementos definida como:

(f + g)(x) = f (x) + g(x); para todo f, g ∈ F (R) e a opera¸c˜ao de multiplica¸c˜ao por escalar definida como:

(λf )(x) = λf (x); para todo f ∈ F (R)eλ ∈ R ´e um espa¸co vetorial real.

Exemplo 1.7. O conjunto C([a, b]) = {f : [a, b] → R tal que f ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua}, com a opera¸c˜ao de adi¸c˜ao de elementos e com a opera¸c˜ao de multiplica¸c˜ao por escalar definidas no Exemplo 1.6, ´e um espa¸co vetorial real.

(17)

7

1.2

Base

Defini¸c˜ao 1.8. Seja E um espa¸co vetorial. Uma base de E ´e um conjunto de vetores em E que seja linearmente independente e que geram o espa¸co E.

Exemplo 1.9. Consideremos os vetores e1 = (1, 0, 0, . . . , 0), e2 = (0, 1, 0, . . . , 0), . . . ,

en = (0, 0, 0, . . . , 1) do Rn. No Exemplo 1.19 mostraremos que o conjunto B =

{e1, e2, . . . , en} ´e LI em Rn. Tendo em vista que todo vetor v = (x1, x2, . . . , xn) ∈ Rn

pode ser escrito como combina¸c˜ao linear de e1, e2, . . . , en, isto ´e:

v = x1e1+ x2e2+ · · · + xnen

conclui-se que B gera o Rn. Portanto, B ´e uma base de Rn. Essa base ´e conhecida

como base canˆonica do Rn.

1.3

Subespa¸

co Vetorial

Defini¸c˜ao 1.10. Um subconjunto S de um espa¸co vetorial E, n˜ao vazio, ´e um subespa¸co vetorial se for tamb´em um espa¸co vetorail. Assim, S ⊆ E ´e subespa¸co se: i) 0 ∈ S;

ii) u + v ∈ S, para todo u, v ∈ S;

iii) k · u ∈ S, para todo u ∈ S e para todo k ∈ R.

Exemplo 1.11. Verificar se S = {(x, y) ∈ R2; y = ax, a ∈ R − {0}}, sendo S ⊆ R2 ´e um subespa¸co vetorial.

Devemos verificar os trˆes axiomas de subespa¸co vetorial, reescrevendo o conjunto S assumindo y = ax, temos que S = {(x, ax), x ∈ R e a ∈ R − {0}}, agora verificare-mos os axiomas.

Considere u = (x1, ax1), v = (x2, ax2) e k ∈ R, tem se:

i) 0 ∈ S pois, para x = 0, temos (0, 0) ∈ S.

ii) u + v = (x1, ax1) + (x2, ax2) = (x1 + x2, ax1+ ax2) = (x1+ x2, a(x1+ x2)) ∈ S.

(18)

8 Assim, S ´e um subespa¸co do R2.

Observa¸c˜ao 1.12. Como {(1, a)} ´e uma base de S, escrevemos S = [(1, a)] para dizer que S ´e gerado por {(1, a)}.

1.4

Soma Direta

Defini¸c˜ao 1.13. Seja E um espa¸co vetorial, U e W subespa¸cos vetoriais de E. Se U ∩ W = {0} o subespa¸co U + W ´e a soma direta dos subespa¸cos U e W , denotado por U ⊕ W .

Exemplo 1.14. Considere os seguintes subespa¸cos de R3,

U =(x, y, z) ∈ R3/z = 0 e W = (x, y, z) ∈ R3/y = 0 .

Temos que R3 = U + W , entretanto, n˜ao como soma direta de U e W . Verificamos

falcimente este fato, sendo U = [(1, 0, 0), (0, 1, 0)] e W = [(1, 0, 0), (0, 0, 1)]. Assim, temos que U + W = [(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)], no entanto U ∩ W = [(1, 0, 0)]. Portanto, temos que U + W = R3 mas n˜ao como soma direta.

Exemplo 1.15. Considere os seguintes subespa¸cos de R2,

U =(x, y) ∈ R3/y = 0 eW = (x, y) ∈ R2/x = 0 .

Temos que R2 = U +W ´e uma soma direta dos subespa¸cos U e W . Sendo U = [(1, 0)]

e W = [(0, 1)]. Assim, temos que U + W = [(1, 0), (0, 1)] e U ∩ W = {0} . Portanto, temos que R2 = U ⊕ W

1.5

Dependˆ

encia e Independˆ

encia Linear

Defini¸c˜ao 1.16. Seja um subconjunto qualquer de um espa¸co vetorial E. Uma combina¸c˜ao linear de elementos de S ´e uma soma finita

α1x1 + · · · + αnxn,

(19)

9 Defini¸c˜ao 1.17. Seja E um espa¸co vetorial e

A = {v1, . . . , vn} ⊂ E.

Considere a equa¸c˜ao

α1v1+ · · · + αnvn= 0.

Sabemos que essa equa¸c˜ao adimite pelo menos uma solu¸c˜ao: α1 = 0, α2 = 0, . . . , αn= 0

chamada solu¸c˜ao trivial. O conjunto A diz-se linearmente independente (LI), ou os vetores v1, . . . , vn s˜ao LI, caso a equa¸c˜ao α1v1 + · · · + αnvn = 0 admita apenas a

solu¸c˜ao trivial. Se existirem solu¸c˜oes αi 6= 0, diz-se que o conjunto A ´e linearmente

dependente (LD), ou os vetores v1, . . . , vn s˜ao LD.

Exemplo 1.18. No espa¸co vetorial R3, os vetores v1 = (2, −1, 3), v2 = (−1, 0, −2)

e v3 = (2, −3, 1) formam um conjunto linearmente dependente, pois

3v1+ 4v2− v3 = 0

ou seja,

3(2, −1, 3) + 4(−1, 0, −2) − (2, −3, 1) = (0, 0, 0)

Exemplo 1.19. No espa¸co vetorial R3, o conjunto {e1, e2, e3}, tal que e1 = (1, 0, 0),

e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1), ´e LI. De fato, a equa¸c˜ao

α1e1+ α2e2+ α3e3 = 0 ou α1(1, 0, 0) + α2(0, 1, 0) + α3(0, 0, 1) = (0, 0, 0) transforma-se em (α1, α2, α3) = (0, 0, 0) e, portanto, α1 = α2 = α3 = 0

(20)

10 Logo o conjunto

{(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} ´e LI. De forma an´aloga mostra-se que os vetores

e1 = (1, 0, 0, . . . , 0), e2 = (0, 1, 0, . . . , 0), . . . , en= (0, 0, 0, . . . , 1)

formam um conjunto linearmente independente no Rn.

1.6

Transforma¸

ao Linear

Defini¸c˜ao 1.20. Sejam E e F espa¸cos vetoriais. Uma aplica¸c˜ao T : E → F ´e chamada transforma¸c˜ao linear de E em F se:

i) T (u + v) = T (u) + T (v) ii) T (αu) = αT (u)

para todo u, v ∈ E e α ∈ R.

Exemplo 1.21. Seja E = R2 e F = R3. Uma transforma¸c˜ao T : R2 → R3 associa vetores v = (x, y) ∈ R2 a vetores w = (x, y, z) ∈ R3. Se a lei que define a

transforma¸c˜ao T for

T (x, y) = (3x, −2y, x − y) ent˜ao, em particular temos:

T (−2, 3) = (−6, −6, −5) T (0, 0) = (0, 0, 0) T (1, 2) = (3, −4, −1)

Exemplo 1.22. Verifiquemos se T : R2 → R3, definida por T (x, y) = (3x, −2y, x −

(21)

11 i) Sejam u = (x1, y1) e v = (x2, y2) em R2. Ent˜ao:

T (u + v) = T (x1+ x2, y1+ y2) = (3(x1+ x2), −2(y1+ y2), (x1+ x2) − (y1+ y2)) = (3x1+ 3x2, −2y1− 2y2), (x1+ x2− y1− y2)) = (3x1, −2y1, x1− y1) + (3x2, −2y2, x2− y2) = T (x1, y1) + T (x2, y2) = T (u) + T (v) Logo T (u + v) = T (u) + T (v).

ii) Verificaremos agora a condi¸c˜ao T (αu) = αT (u), α ∈ R. T (αu) = T (α(x1, y1)) = T (αx1, αy1) = (3(αx1), −2(αy1), αx1 − αy1) = (α(3x1), α(−2y1), α(x1− y1)) = α(3x1, −2y1, x1− y1) = αT (u). Portanto T ´e uma transforma¸c˜ao linear.

1.7

Funcional Linear

Defini¸c˜ao 1.23. Seja V um espa¸co vetorial sobre R. Uma aplica¸c˜ao linear f : V → R

´e chamada funcional linear.

Exemplo 1.24. Considere o espa¸co vetorial real

(22)

12 A aplica¸c˜ao T : C ([a, b]) → R f → T (f ) = Z b a f (x)dx ´e um funcional linear sobre C ([a, b]).

Exemplo 1.25. Mostre que todo funcional linear T : R2 → R ´e do tipo T (x, y) =

ax + by com a, b ∈ R.

De fato, pois sendo {(1, 0), (0, 1)} uma base de R2, todo v ∈ R2 pode ser escrito da

forma

(x, y) = x(1, 0) + y(0, 1). Aplicando T em ambos os membros temos:

T (x, y) = T (x(1, 0) + y(0, 1)) T (x, y) = xT (1, 0) + yT (0, 1).

Tomando a = T (1, 0) e b = T (0, 1) podemos escrever T (x, y) = ax + by, como quer´ıamos.

Defini¸c˜ao 1.26. Seja V um espa¸co vetorial sobre R munido da norma k·k. A norma do funcional f : V → R, induzida pela norma k·k, ´e definida por:

|kf |k = max |f (u)|

kuk ; u ∈ V − {0} 

Exemplo 1.27. Seja V um espa¸co vetorial sobre R munido da norma k·k. Consi-derando v ∈ V fixo, por´em arbitr´ario. A aplica¸c˜ao definida por:

T : V → R

u → T (u) = hu, vi

(23)

13 Com efeito, |T (u)| kuk = |hu, vi| kuk ≤ kuk kvk kuk = kvk ⇒ max  |T (u)| kuk ; u 6= 0  ≤ kvk . v = 0 implica kT k = 0.

Para v 6= 0, podemos tomar: u = v ⇒ |T (u)| kuk = hv, vi kvk = kvk2 kvk = kvk ⇒ max  |T (u)| kuk ; u 6= 0  = kvk

1.8

ucleo e Imagem

Defini¸c˜ao 1.28. Sejam V e W espa¸cos vetoriais sobre R e T uma transforma¸c˜ao linear de V em W . O conjunto

Im(T ) = {w ∈ W ; w = T (v) para algum v ∈ V } ´e denominado imagem da transforma¸c˜ao T .

Defini¸c˜ao 1.29. Sejam V e W espa¸cos vetoriais sobre R e T uma transforma¸c˜ao linear de V em W . O conjunto

Ker(T ) = {v ∈ V ; T (v) = 0} ´e denominado n´ucleo da transforma¸c˜ao T .

1.9

Espa¸

co Dual

Defini¸c˜ao 1.30. Seja V ´e um espa¸co vetorial sobre R. O espa¸co vetorial L(V, R) = {f : V → R tal que f ´e um funcional linear}

(24)

14 Teorema 1.31. Seja V um espa¸co vetorial sobre R e seja B = {v1, . . . , vn} uma

base de V . Ent˜ao, existe uma ´unica base B∗ = {f1, . . . , fn} de V∗ tal que fi(vj) = δij

em que, δij =    1, se i = j 0, sei 6= j

para todo i, j = 1, . . . , n. Para cada funcional linear f ∈ V∗, temos f =

n

X

i=1

f (vi)fi,

e para todo v ∈ V , temos

v =

n

X

i=1

fi(v)vi.

Demonstrac¸˜ao: Dada a base B = {v1, . . . , vn}, sejamfi : V → R, i = 1, . . . , n, os

funcionais lineares que satisfazem

fi(vj) = δij, para todo j = 1, . . . , n.

Para mostrar que B∗ = {f1, . . . , fn} ´e uma base de V∗, basta mostrar que os

funci-onais f1, . . . , fn s˜ao LI. De fato, suponhamos que n X i=1 cifi = 0. Ent˜ao, 0 = n X i=1 cifi(vj) = n X i=1 ciδij = cj, para todo j = 1, . . . , n.

Logo, B∗ = {f1, . . . , fn} ´e uma base de V∗. Seja agora f ∈ V∗. Ent˜ao, existem

c1, . . . , cn ∈ R, tais que f = n X i=1 cifi. Como f (vj) = n X i=1 cifi(vj) = cj

para todo j = 1, . . . , n, temos que f =

n

X

i=1

(25)

15 Seja v ∈ V . Ent˜ao, existem λ1, . . . , λn ∈ R, tais que

v =

n

X

i=1

λivi.

Como fi(v) = λi, temos que,

v =

n

X

i=1

fi(v)vi.

Exemplo 1.32. Considere a base formada pelos vetores v1 = (2, 1), v2 = (3, 1) de

R2. Encontre a base dual {φ1, φ2}.

Queremos encontrar os funcionais lineares φ1(x, y) = ax + by e φ2(x, y) = cx + dy

tais que

φ1(v1) = 1, φ1(v2) = 0, φ2(v1) = 0, φ2(v2) = 1

Essas quatro condi¸c˜oes levam aos dois sistemas de equa¸c˜oes lineares a seguir:    φ1(v1) = φ1(2, 1) = 2a + b = 1 φ1(v2) = φ1(3, 1) = 3a + b = 0 e    φ2(v1) = φ2(2, 1) = 2c + d = 0 φ2(v2) = φ2(3, 1) = 3c + d = 1.

As solu¸c˜oes s˜ao a = −1, b = 3, c = 1 e d = −2. Logo φ1(x, y) = −x + 3y e

φ2(x, y) = x − 2y constituem uma base dual de R2.

1.10

Sequˆ

encias

Defini¸c˜ao 1.33. Uma sequˆencia em M ´e uma fun¸c˜ao f : N → M. Se denotamos, para cada n ∈ N, f (n) por xn, podemos denotar uma sequˆencia apenas pelas imagens

x1, . . . , xn, . . ., e indicamos por (xn).

Exemplo 1.34. Seja x : N → R, com xn = 21n. Neste caso obtemos a sequˆencia,

1 2, 1 4, 1 8, . . ..

(26)

16 Defini¸c˜ao 1.35. Dizemos que uma sequˆencia (xn) ⊂ M converge para x ∈ M se

para todo  > 0, existi n0 ∈ N, tal que n > n0 implica em d(xn, x) < . Neste caso

dizemos que a sequˆencia xn ´e convergente.

Exemplo 1.36. Toda sequˆencia constante, xn = a, ´e convergente e converge para

a. De fato, para todo  > 0 e todo n ∈ N, d(xn, a) = d(a, a) = 0 < . Portanto,

lim xn = a.

Observa¸c˜ao 1.37. Se M ´e um espa¸co vetorial normado e adotamos a norma d(x, y) = kx − yk, ent˜ao uma sequˆencia (xn) converge para x se para todo  > 0,

(27)

Cap´ıtulo 2

Dimens˜

ao Finita e Teorema da

Representa¸

ao de Riesz

Neste cap´ıtulo introduziremos o conceito de espa¸cos vetorias normados, relacionando conceitos alg´ebricos para tal defini¸c˜ao. Assim, apresentaremos o conceito de norma, aplicando este conceito a um espa¸co vetorial, obtendo um espa¸co normado.

2.1

Produto Interno

Defini¸c˜ao 2.1. Produto interno num espa¸co vetorial E ´e um funcional bilinear sim´etrico e positivo:

h·, ·i : E × E → R,

ou seja, que associa a cada par de vetores u, v ∈ E um n´umero real hu, vi, que satisfaz as seguintes propriedades, com u, v, w ∈ E e α ∈ R:

i) Bilinearidade: hu + v, wi = hu, wi + hv, wi hu, v + wi = hu, vi + hu, wi

hαu, vi = α hu, vi hu, αvi = α hu, vi

(28)

18 ii) Comutatividade (simetria): hu, vi = hv, ui

iii) Positividade: hu, ui ≥ 0, se u 6= 0 e hu, ui = 0 se, e somente se, u = 0. Exemplo 2.2. No espa¸co euclidiano Rn, o produto interno canˆonico dos vetores

u = (α1, . . . , αn) e v = (β1, . . . , βn) ´e definido por hu, vi = α1β1+ · · · + αnβn. Este

´e o produto interno que consideraremos em Rn, salvo aviso em contr´ario.

Exemplo 2.3. A aplica¸c˜ao h·, ·i : R2 → R dada por hu, vi = 2x

1x2 + y1y2 com

u = (x1, y1) e v = (x2, y2) ´e um produto interno (n˜ao canˆonico) em R2. De fato,

i) Seja w = (x3, y3), iremos verificar se hu, v + wi = hu, vi + hu, wi e hαu, vi =

α hu, vi: hu, v + wi = h(x1, y1), (x2+ x3, y2+ y3)i = 2x1(x2+ x3) + y1(y2+ y3) = 2x1x2+ 2x1x3+ y1y2+ y1y3 = (2x1x2+ y1y2) + (2x1x3+ y1y3) = hu, vi + hu, wi hαu, vi = h(αx1, αy1), (x2, y2)i = 2αx1x2+ αy1y2 = α(2x1x2+ y1y2) = α hu, vi

ii) Agora verificaremos se vale a comutatividade, ou seja, se hu, vi = hv, ui. hu, vi = 2x1x2+ y1y2

= 2x2x1+ y2y1

= hv, ui iii) Na positividade teremos: hu, ui = 2x2

(29)

19

hu, ui = 0 ⇔ 2x21+ y12 = 0 ⇔ x1 = 0 = y1 ⇔ u = 0

Portanto ´e um produto interno.

Observa¸c˜ao 2.4. Um espa¸co vetorial com produto interno ´e um par (V, h·, ·i) onde V ´e um espa¸co vetorial e h·, ·i ´e um produto interno em V .

2.2

Norma

Defini¸c˜ao 2.5. Seja (V, h·, ·i) um espa¸co vetorial com produto interno. A aplica¸c˜ao k·k : E → R dada por kvk = hv, vi1/2 ´e uma norma em V , a norma derivada do produto interno h·, ·i, se satisfaz as seguintes propriedades, para todo u, v ∈ V e k ∈ R:

i) kvk ≥ 0 e kvk = 0 se, e somente se, v = 0; ii) kkvk = |k| kvk,

iii) ku + vk ≤ kuk + kvk (Desigualdade Triangular)

Exemplo 2.6. Consideremos o R3 com o produto interno usual. Determine a com-ponente c do vetor v = (6, −3, c) tal que kvk = 7.

kvk =p62+ (−3)2+ c2 √ 62+ 32+ c2 = 7 36 + 9 + c2 = 49 c2 = 4 c = ±2

Proposi¸c˜ao 2.7. (Desigualdade de Cauchy-Schwarz) Seja E um espa¸co vetorial com produto interno h·, ·i. Ent˜ao |hx, yi| ≤ kxk kyk para quaisquer x, y ∈ E.

(30)

20 Demonstrac¸˜ao: Dado quaisquer x, y ∈ E temos:

hx + ty, x + tyi ≥ 0 para todo t ∈ R. Mas sabemos que

hx + ty, x + tyi = kxk2+ 2 hx, yi t + kyk2t2,

logo para satisfazer a desigualdade acima, o discriminante deste polinˆomio do se-gundo grau ser´a:

4 hx, yi2− 4 kxk2kyk2 ≤ 0. Deste modo,

hx, yi2 ≤ (kxk kyk)2

hx, yi ≤ kxk kyk .

Defini¸c˜ao 2.8. (Ortonogalidade de Vetor) Seja E um espa¸co vetorial com produto interno. Dados dois vetores x, y ∈ E definimos o ˆangulo ∠(x, y) entre u e v por:

∠(x, y) = arccoskxk kykhx, yi .

Em particular, se hx, yi = 0, ent˜ao ∠(x, y) = π/2. Dizemos que dois vetores x, y s˜ao ortogonais se hx, yi = 0.

2.3

Bases Ortonormais

Defini¸c˜ao 2.9. Seja E um espa¸co vetorial. Diz-se que um conjunto de vetores com mais do que dois vetores v1, . . . , vn ⊂ V ´e um conjunto ortogonal se dois a dois

vetores quaisquer distintos s˜ao ortogonais, isto ´e, se hvi, vji = 0

(31)

21 Exemplo 2.10. No R3 com produto interno usual, o conjunto {(1, 2, −3), (3, 0, 1),

(1, −5, −3)} ´e um conjunto ortogonal.

Defini¸c˜ao 2.11. Diz-se que uma base {v1, . . . , vn} de E ´e uma base ortogonal se os

seus vetores s˜ao dois a dois ortogonais entre si. Se al´em disso eles forem unit´arios, dizemos que {v1, . . . , vn} ´e uma base ortonormal para E.

Exemplo 2.12. O conjunto {(1, 2, −3), (3, 0, 1), (1, −5, −3)} ´e uma base ortogonal do R3, mas n˜ao ´e uma base ortonomal.

2.4

Espa¸

cos Vetoriais Normados

Defini¸c˜ao 2.13. Seja E um espa¸co vetorial, com ou sem produto interno. Qualquer aplica¸c˜ao N : E → R satisfazendo as condi¸c˜oes da Defini¸c˜ao de Norma ´e uma norma em E. Aquela dada na Defini¸c˜ao 2.5 ´e uma norma espec´ıfica, como j´a observamos ´e a norma induzida ou derivada do produto interno. Um espa¸co vetorial com uma norma ´e um espa¸co vetorial normado.

Proposi¸c˜ao 2.14. (Identidade de Pit´agoras) Seja E um espa¸co vetorial com produto interno. Ent˜ao x, y ∈ E s˜ao vetores ortogonais se, e somente se,

kx + yk2 = kxk2+ kyk2, chamada assim de Identidade de Pit´agoras.

Demonstrac¸˜ao: Temos:

kx + yk2 = hx + y, x + yi = kxk2+ 2 hx, yi + kyk2,

logo x, y ∈ E satisfazem a identidade de Pit´agoras se, e somente se, hx, yi = 0. Proposi¸c˜ao 2.15. (Identidade Polar) Seja E um espa¸co vetorial com produto in-terno. Ent˜ao hx, yi = 1 4(kx + yk) 2 1 4(kx − yk) 2.

(32)

22 Demonstrac¸˜ao: 1 4(kx + yk) 21 4(kx − yk) 2 = 1 4(hx, xi + 2 hx, yi + hy, yi) − 1 4(hx, xi − 2 hx, yi + hy, yi) = hx, yi .

Proposi¸c˜ao 2.16. (Identidade do Paralelogramo) Seja E um espa¸co vetorial com produto interno e k·k a norma induzida por h·, ·i. Ent˜ao

kx + yk2 + kx − yk2 = 2(kxk2 + kyk2). Demonstrac¸˜ao:

kx + yk2+ kx − yk2 = (hx, xi + hx, yi + hy, xi + hy, yi) + (hx, xi − hx, yi − hy, xi + hy, yi) = 2(kxk2 + kyk2)

Teorema 2.17. Seja E um espa¸co vetorial normado cuja norma k·k satisfaz a identidade do paralelogramo

kx + yk2 + kx − yk2 = 2(kxk2 + kyk2). Ent˜ao a identidade polar

hx, yi = 1

4(kx + yk)

21

4(kx − yk)

2

define um produto interno h·, ·i em E tal que a sua norma ´e deridada dele.

Demonstrac¸˜ao: Vamos verificar que h·, ·i satisfaz todas as condi¸c˜oes para ser um produto interno em E.

(33)

23 hx, zi + hy, zi = = 14(kx + zk)2 1 4(kx − zk) 2+1 4(ky + zk) 2 1 4(ky − zk) 2 = 14(kx + zk2+ ky + zk2) − 1 4(kx − zk 2+ ky − zk2) = 18(kx + z + y + zk2+ kx + z − (y + z)k2) −1 8(kx − z + y − zk 2+ kx − z − (y − z)k2) = 18(kx + z + y + zk2+ kx − yk2 ) −18(kx − z + y − zk2+ kx − yk2) = 18(kx + z + y + zk2) − 18(kx − z + y − zk2) = 18(2 kx + y + zk2+ 2 kzk2− (k(x + y + z) − zk2) - 18(2 kx + y − zk2+ 2 kzk2− (k(x + y − z) + zk2) = 18(2 kx + y + zk2− kx + yk2) − 18(2 kx + y − zk2− kx + yk2) = 14kx + y + zk2−1 4 kx + y − zk 2 = hx + y, zi, em que hx, zi + hy, zi = hx + y, zi

para todos x, y, z ∈ E. Se α = n ∈ N, por itera¸c˜ao de hx, zi + hy, zi = hx + y, zi obtemos

hnx, yi = n hx, yi ; por exemplo, para n = 2 temos

(34)

24 Se n = −1, notando que h0, yi = 1 4k0 + yk 21 4k0 − yk 2 = 1 4kyk 2 1 4k−yk 2 = 1 4kyk 2 1 4kyk 2 = 0, escrevemos 0 = h0, yi = hx − x, yi = hx, yi + h−x, yi , de modo que h−x, yi = − hx, yi . Da´ı, se n ∈ N, h−nx, yi = hn(−x), yi = n h−x, yi = (−1)n hx, yi = −n hx, yi . Portanto, hαx, yi = α hx, yi para todo α ∈ Z. Em seguida, para provar que

 1 nx, y

 = 1

nhx, yi para todo n ∈ N, notamos que

hx, yi =  X 1 nx, y  =X 1 nx, y  = n 1 nx, y  .

Reunindo os dois resultados, conclu´ımos que hαx, yi = α hx, yi para todo α ∈ Q. Para obter o resultado geral para qualquer α ∈ R, basta observar que a fun¸c˜ao norma ´e cont´ınua e, como o produto interno foi definido a partir da norma, ele tamb´em ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua. Assim, dado qualquer α ∈ R, tomamos uma sequˆencia (αn) ⊂ Q tal que αn → α e obtemos hαnx, yi → hαx, yi e αnhαx, yi → α hx, yi,

donde

hαx, yi = α hx, yi para todo x, y ∈ E e para todo α ∈ R.

Simetria: Temos hx, yi = 1 4kx + yk 2 − 1 4kx − yk 2 = 1 4ky + xk 2 −1 4ky − xk 2 = hy, xi .

(35)

25 Linearidade com rela¸c˜ao `a segunda vari´avel:

Segue da simetria e da linearidade com rela¸c˜ao `a primeira vari´avel. Positividade: Se x 6= 0, temos hx, xi = 1 4kx + xk 2 −1 4kx − xk 2 = 1 4k2xk 2 = kxk2 > 0.

Portanto, h·, ·i define um produto interno em E tal que a sua norma ´e derivada dele.

Corol´ario 2.18. Seja E um espa¸co vetorial normado. Ent˜ao a norma de E deriva de um produto interno se, e somente se, ela satisfaz a identidade do paralelogramo. Demonstrac¸˜ao: Com efeito, suponha inicialmente que a norma k·k em E deriva de um produto interno, isto ´e, kvk = hv, vi1/2, para todo v ∈ E. A Preposi¸c˜ao 2.16 nos d´a o resultado esperado. Reciprocamente suponha, que a norma k·k em E satisfaz a identidade do paralelogramo. Isto ´e, kx + yk2+kx − yk2 = 2(kxk2+kyk2). O Teorema 2.17 estabelece que esta norma ´e derivada do produto interno definido pela identidade polar.

2.5

Teorema da Representa¸

ao de Riesz para Espa¸

co

de Dimens˜

ao Finita

O Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz mostra como ´e feita a identifica¸c˜ao entre um espa¸co normado e seu dual, tal teorema diz que todo funcional linear cont´ınuo possui um ´unico vetor que o representa.

Teorema 2.19. Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz Seja V um espa¸co vetorial de dimens˜ao finita munido de um produto interno e f ∈ V∗, ent˜ao existe um ´unico w ∈ V tal que f (v) = fw(v) = hv, wi para todo v ∈ V .

(36)

26 Demonstrac¸˜ao: Tomemos f ∈ V∗ e β = {u1, . . . , un} uma base ortonormal de V ,

desse modo para v ∈ V , temos:

v = i=1 X n aiui, com ai = hv, uii kuik2 = hv, uii . Logo v = i=1 X n hv, uii ui, Aplicando f , obtemos f (v) = f ( i=1 X n hv, uii ui) = i=1 X n hv, uii f (ui) = i=1 X n hv, f (ui)uii = * v, i=1 X n f (ui)ui + . Definindo w =Pi=1

n f (ui)ui obtemos f (v) = fw(v) = hv, wi para todo v ∈ V .

Agora mostraremos a unicidade de w. Suponha que exista w0 ∈ V de modo que f (v) = fw0(v) = hv, w0i para todo v ∈ V . Assim, para todo v ∈ V e, portanto, w − w0 = 0 implica w = w0.

Observa¸c˜ao 2.20. Uma observa¸c˜ao importante sobre o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz ´e que se f1 6= f2 s˜ao funcionais lineares distintos em V , ent˜ao os valores

wf1, wf2 dados pelo Teorema s˜ao tamb´em distintos. Com efeito,

wf1 = wf2 se, e somente se,

X

f1(ui)ui =

X

f2(ui)ui.

Assim P f1(ui)ui − f2(ui)ui = 0. Como os vetores u1, . . . , un s˜ao LI segue que

f1(ui) = f2(ui)para todo i = 1, . . . , n. Donde f1 = f2 (pois u1, . . . , un´e base). Como

consequˆencia disso e da bilinearidade do produto interno temos que a aplica¸c˜ao ψ : V∗ → V

(37)

27 ´e um isomorfismo de V∗ em V . Esta ´e uma outra maneira de identificar um espa¸co vetorial com seu dual.

Exemplo 2.21. Considere o espa¸co vetorial real R3 munido do produto interno

usual h·, ·i. Considere o funcional linear f : R3 → R definido por: f (u) = 2x + y − z,

para todo u = (x, y, z) ∈ R3. Assim, pelo Teorema da Representa¸c˜ao Riesz, temos

que

f (u) = hu, vi ,

para todo u = (x, y, z) ∈ R3. Podemos observar que o elemento v = (2, 1, −1). Assim, temos que

|kf k| = kvk =√6

Por outro lado, considere a base canˆonica {e1, e2, e3}, f (e1) = 2, f (e2) = 1, f (e3) =

−1.

X

f (ai)ei = 2(1, 0, 0) + 1(0, 1, 0) + (−1)(0, 0, 1)

= (2, 0, 0) + (0, 1, 0) + (0, 0, −1) = (2, 1, −1)

(38)

Cap´ıtulo 3

Espa¸

co de Hilbert

Antes de definir Espa¸co de Hilbert teremos que apresentar alguns conceitos ne-cess´arios para tal. Dentre eles a ideia do que ´e m´etrica, como constru´ımos um espa¸co m´etrico e qual a caracter´ıstica que um espa¸co deve possuir para ser completo.

3.1

Espa¸

cos M´

etricos

Defini¸c˜ao 3.1. Uma m´etrica em um conjunto M ´e uma fun¸c˜ao d : M × M → R, que associa a cada par ordenado de elementos (x, y) ∈ M × M um n´umero real d(x, y), chamado de distˆancia de x a y , de modo que sejam satisfeitas as seguintes condi¸c˜oes para quaisquer x, y, z ∈ M :

i) d(x, x) = 0;

ii) Se x 6= y ent˜ao d(x, y) > 0, iii) d(x, y) = d(y, x);

iv) d(x, z) ≤ d(x, y) + d(y, z).

Defini¸c˜ao 3.2. Um espa¸co m´etrico ´e um par (M, d), onde M ´e um conjunto e d ´e uma m´etrica em M .

Exemplo 3.3. Um espa¸co vetorial normado V torna-se um espa¸co m´etrico com a

(39)

29 m´etrica induzida pela norma dada por

d(x, y) = kx − yk ,

para todo x, y ∈ V. Denotamos esta m´etrica por dk·k. Com efeito,

i) d(x, x) = kx − xk = k0k = 0.

ii) Se x 6= y ent˜ao kx − yk 6= 0, logo d(x, y) 6= 0.

iii) d(x, y) = kx − yk = k−(y − x)k = ky − xk = d(y, x).

iv) d(x, z) = kx − zk = k(x − y) + (y − z)k ≤ kx − yk + ky − zk = d(x, y) + d(y, z).

3.2

Sequˆ

encias de Cauchy

Defini¸c˜ao 3.4. Uma Sequˆencia de Cauchy em M ´e uma sequˆencia (xn) ⊂ M tal

que, para todo  > 0, existe n0 ∈ N tal que n, m > n0 resulta em d(xn, xm) < .

Exemplo 3.5. A sequˆencia (xn)n ∈ N em R, dada por xn= 1n, para todo n ∈ N∗ ´e

de Cauchy.

De fato, dado  > 0, podemos encontrar n0 tal que n10 < , ent˜ao se n, m ≥ n0,

sem perda de generalidade, podemos supor que n ≥ m, assim, teremos 0 < n1 ≤

1

m ≤

1

n0. De onde concluimos que

1nm1 < 1 n0 − 0 = 1 n0 < , portanto (xn) ´e uma

sequˆencia de Cauchy.

Observa¸c˜ao 3.6. Nos termos da Defini¸c˜ao 3.4, se (M, d) = (Rn, d

||·||), em que || · ||

´e a norma euclidiana, uma sequˆencia de Cauchy ´e uma sequˆencia de pontos xn∈ Rn

tal que, para todo  > 0, existe n0 ∈ N tal que n, m > n0 implica que ||xn− xm|| < .

3.3

Espa¸

co Completo

Defini¸c˜ao 3.7. Seja M um espa¸co m´etrico, dizemos que M ´e completo se, toda sequˆencia de Cauchy em M ´e uma sequˆencia convergente.

Exemplo 3.8. O conjunto dos n´umeros reais R com a m´etrica usual d(x, y) = |x − y| ´e completo.

(40)

30

3.4

Espa¸

co de Hilbert

Defini¸c˜ao 3.9. Seja H um espa¸co vetorial munido com o produto interno h·, ·i. Dizemos que H ´e um espa¸co de Hilbert se H ´e completo com a m´etrica induzida pelo produto interno.

Exemplo 3.10. O espa¸co euclidiano Rn ´e um espa¸co de Hilbert com o produto interno definido por

hx, yi = x1y1+ · · · + xnyn,

onde x = (x1, . . . , xn) e y = (y1, . . . , yn) s˜ao elementos de Rn. De fato, pois de hx, yi

temos que kxk = (x2

1+ · · · + x2n)1/2 e deste temos a m´etrica euclidiana definida por

ρ(x, y) = kx − yk = hx − y, x − yi1/2=(x1− y1)2+ · · · + (xn− yn)2

1/2 . Temos que (Rn, ρ) ´e completo, pois toda sequˆencia de Cauchy converge, portanto

(Rn, h·, ·i) ´e um espa¸co de Hilbert.

3.5

Teorema da Representa¸

ao de Riesz para o

Espa¸

co de Hilbert

O Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz fornece um isomorfismo natural entre o espa¸co de Hilbert H e o seu dual H∗.

Teorema 3.11. (Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz) Seja H um espa¸co de Hilbert. Dado f ∈ H∗, existe um ´unico y ∈ H tal que

f : H → H∗ = {f : V → R; f ´e linear} x 7→ f (x) = hx, yi

para todo x ∈ H. Al´em disso,

(41)

31 Em particular,

H∗ = H

no sentido que estes espa¸cos s˜ao isometricamente isomorfos.

Demonstrac¸˜ao: Como f ∈ H∗, segue que L = kerf ´e fechado. Seja L = H, ent˜ao f ≡ 0 e tomamos y = 0. Caso contr´ario, existe z ∈ H/L tal que kzk = 1 e z⊥L. Temos H = [z] ⊕ L, onde [z] representa o conjunto de elementos de H/L gerados por z. Mais especificamente, dado z ∈ H podemos escrever

z = f (x) f (z)z + (x − f (x) f (z)z) e x −f (x) f (z)z ∈ L.

Afirmamos que y = f (z)z. De fato, fazendo o produto interno de z com o vetor y = f (z)z segue que hz, yi = f (x) f (z)z + (x − f (x) f (z)z), f (z)z  = f (x) f (z)z, f (z)z  +  x − f (x) f (z)z, f (z)z  . Como f (z)z ∈ [z], x − f (x)f (z)z ∈ L e z⊥L, segue que Dx − f (x)f (z)z, f (z)zE = 0. Deste modo, hz, yi = f (x) f (z)z, f (z)z  = f (x) f (z)f (z) hz, zi = f (x).

Mas de acordo com a defini¸c˜ao de z, temos que z = x, assim, temos que f (x) = hx, yi . Al´em disso, pela desigualdade de Cauchy-Schwartz temos |f (x)| = |hx, yi| ≤ kxk kyk, que resulta em |f (x)|kxk ≤ kyk logo |f (x)|kxk ≤ k, para todo x ∈ V e, sendo kyky um vetor unit´ario, segue que

|kf k| ≥ f ( y kyk) = hy, yi kyk = kyk2 kyk = kyk . Portanto, |kf k| = kyk.

(42)

Conclus˜

ao

Apresentamos, neste trabalho, o que ´e um espa¸co vetorial e quais as carac-ter´ısticas que deve possuir a norma e o produto interno de um vetor, tendo assim elementos necess´arios para se construir um espa¸co vetorial normado e apresentar o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para tal espa¸co. Apresentamos uma aplica¸c˜ao de um espa¸co vetorial normado com produto interno, que ´e o Espa¸co de Hilbert, este espa¸co al´em de necessitar de conceitos da ´algebra linear, precisa tamb´em da parte inicial de topologia, relacionadas a m´etrica e espa¸co m´etrico. A teoria de Espa¸co de Hilbert ´e encontrada em textos de An´alise Funcional, sendo este parte da ma-tem´atica que necessita de muitos conceitos de ´algebra linear, considerado at´e certo ponto como o estudo de Espa¸cos Normados de Dimens˜ao Finita. Por fim expomos o Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz para o Espa¸co de Hilbert, que apresenta um isomorfimo entre o espa¸co de Hilbert e seu dual, e a norma de um funcional do seu dual ´e igual a norma de um ´unico vetor do pr´oprio espa¸co.

Este trabalho apresenta conceitos da ´Algebra Linear que juntamente com ideias Topol´ogicas s˜ao utilizados para a constru¸c˜ao de teorias estudadas em An´alise Fun-cional, havendo mais conceitos para ser aprofundado, como os aspectos geom´etricos dos espa¸cos de Hilbert, o estudo de operadores no Espa¸co de Hilbert, entre outros temas que podem ser trabalhados a fim de obter um complemento desta pesquisa.

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Referˆ

encias Bibliogr´

aficas

[1] BIEZUNER, Rodney Josu´e, Notas de Aula An´alise Funcional, Belo Hori-zonte: Departamento de Matem´atica, UFMG, 2000.

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Referências

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