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Equilíbrio Ácido básico Enfa. Profa. Dra. Paula C Nogueira

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(1)

Equilíbrio Ácido básico

Enfa. Profa. Dra. Paula C Nogueira

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola de Enfermagem

(2)

Objetivos

Conhecer e identificar os distúrbios ácido-básico de

origem respiratória e/ou metabólica

Interpretar exame de gasometria arterial

Associar a condição clínica do paciente com o

distúrbio ácido-básico apresentado e discorrer sobre

as intervenções de enfermagem.

(3)

Conceitos básicos – ácido e base

Ácido - substância que podem ceder íons H+

Base – substância alcalina que pode receber íons H+

O equilíbrio entre ácidos e bases faz parte da homeostasia do

meio interno, que procura manter a [H

+

].

Distúrbios no EAB: desvios na [H+] no plasma - pH

O acúmulo ou falta de ácidos no meio interno acarreta

distúrbios importantes nas reações bioquímicas necessárias à

(4)

Conceitos básicos - Concentração de íons H+

O íon Hidrogênio (H+) é o principal responsável pelo equilíbrio

ácido – básico do organismo.

Todo desequilíbrio ácido-base decorre de uma alteração na

concentração de hidrogênio ionte [H

+

] no LEC.

Cerca de 80mEq de H+ são ingeridos ou produzidos diariamente

A concentração dos íons H+ é expressa por uma escala

logarítmica, utilizando a unidade de medida

pH

O pH está relacionado a verdadeira concentração de H+

(expressa em Eq/L)

(5)

Fisiologia do Metabolismo Ácido-Base

• Os sistemas pulmonar e renal são responsáveis pela eliminação do H+

produzido durante o metabolismo celular.

• Os pulmões são responsáveis pelo controle dos níveis séricos de CO2, produto do metabolismo celular (ácido volátil) que, qdo dissolvido em água, transforma-se em ácido carbônico (H2CO3).

• Controlados pelo bulbo, os pulmões ajustam a ventilação em resposta à qtde de CO2 no sangue arterial.

• Os rins excretam os ácidos não voláteis e regulam o nível sérico de bicarbonato (HCO3-) por meio da reabsorção tubular do HCO

3 filtrado e da

excreção, pela secreção de íons H+.

• Os distúrbios do EAB podem ser produzidos por alterações respiratórias e metabólicas.

(6)

O pH é inversamente proporcional à concentração de H+ →

quanto mais íons de H+ mais ácida é a solução.

(7)

Níveis de pH no Sangue Arterial

6,8

6,8 – 7,34

7,35 – 7,45 7,46 – 7,80 7,80

M

O

RT

E

A

C

ID

O

S

E

A

LC

A

LO

S

E

N

O

RM

A

L

M

O

RT

E

O organismo suporta alterações do pH que oscilam

na faixa de 6,8 e 7,8

(8)

A

diminuição do pH

do sangue é chamada de

ACIDEMIA,

enquanto o distúrbio que a causou recebe o nome de

ACIDOSE

.

Do mesmo modo, o

aumento do pH

do sangue,

ALCALEMIA

, é

causado pelo distúrbio chamado de

ALCALOSE.

O organismo utiliza mecanismos para controlar o equilíbrio

ácido-básico do sangue.

(9)

O corpo utiliza soluções tampão do sangue para se defender

contra alterações súbitas da acidez. Um tampão atua

quimicamente para minimizar as alterações do pH.

O tampão MAIS importante do sangue utiliza o bicarbonato (um

composto básico) que se encontra em equilíbrio com o dióxido

de carbono (um composto ácido).

À medida que MAIS ácido ingressa na corrente sangüínea, mais

HCO3 e menos CO2 são produzidos.

À medida que mais base entra na corrente sangüínea, mais

dióxido de carbono e menos bicarbonato são produzidos. Em

ambos os casos, o efeito sobre o pH é minimizado.

(10)

Mecanismo para manter nível de pH no sangue

O sistema tampão bicarbonato/ácido carbônico é o principal mecanismo de controle do pH extacelular:

- Elimina ou reabsorve o HCO3- pelos rins - Expele ou retém CO2 pelos pulmões

Os mecanismos homeostáticos normais servem para manter excreção apropriada de CO2 pelos pulmões e de ácidos não voláteis pelo rim.

O excesso de ácido é excretado pelos rins, principalmente sob a forma de amônia. Os rins possuem uma certa capacidade de

alterar a quantidade de ácido ou de BASE que é excretada, mas, geralmente, esse processo demora vários dias.

(11)

Outro Mecanismo de CONTROLE do pH do sangue pela excreção do dióxido de carbono.

O dióxido de carbono é um subproduto importante do metabolismo do oxigênio e, conseqüentemente, é produzido constantemente pelas células. O sangue transporta o dióxido de carbono até os pulmões, onde ele é expirado. Os centros de controle respiratório localizados no cérebro regulam a quantidade de dióxido de carbono que é expirado através do controle da velocidade e profundidade da respiração.

↑FR → a concentração sérica de dióxido de carbono diminui → sangue torna-se mais básico.

↓FR → a concentração sérica de dióxido de carbono aumenta → sangue torna-se mais ácido.

Através do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração, os centros de controle respiratório e os pulmões são capazes de regular o pH sangüíneo minuto a minuto.

(12)

Resumindo

O Ph é regulado por mecanismos homeostáticos (que

consistem em mecanismos de tamponamento químico,

através dos rins e pulmões).

Os tampões químicos impedem grandes alterações no pH dos

líquidos orgânicos.

(13)

Distúrbios do Equilíbrio Ácido /

Básico-distúrbios do sistema respiratório ou metabólico

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

-Linha básica de raciocínio –diagnóstico

pH = RIM

responsável pela concentração do HCO 3

PULMÃO

responsável pela concentração do CO2 ENQUANTO

O pulmão manter O RIM manter a concentração do CO2 a concentração do HCO3

-O pH SERÁ

MANTIDO

(14)

A

caracterização

de

qualquer

distúrbio

necessita

basicamente de três variáveis:

pH, pCO2 e HCO3

Alterações primárias na concentração de

bicarbonato

(HCO3)

são chamados de

distúrbios metabólicos

e resultam

de anormalidades no conteúdo de bases.

Alterações primárias na pCO2 são chamadas de

distúrbios

respiratórios

, e são decorrentes de desordens

na ventilação

pulmonar.

Um distúrbio primário na concentração de bicabornato

acarreta uma alteração

compensatória

na pCO2.

De modo semelhante, uma alteração primária na pCO2

determina uma resposta renal que altera a concentração de

HCO3 no LEC.

(15)

A compensação sempre ocorre na mesma direção do

distúrbio primário, por exemplo, se a concentração de

HCO3 diminui por conta de uma acidose metabólica, a

compensação respiratória se manifesta por diminuição da

pCO2 (hiperventilação)

Em distúrbios leves, as respostas compensatórias são

suficientes para manter o pH nos limites da normalidade.

A completa normalização do equilíbrio ácido-base depende

da reversão da anormalidade clínica que causou o

desequilíbrio e de tempo suficiente para que os

mecanismos homeostáticos normalizem as concentrações

de hidrogênio e das substâncias tampões no meio interno.

(16)

Mecanismo de regulação respiratória do pH, por

meio da variação da eliminação do CO2

(17)

DESEQUILÍBRIOS ÁCIDO-BÁSICOS

Acidose metabólica

Alcalose metabólica

Alcalose respiratória

Acidose respiratória.

Déficit e excesso

da

base

bicarbonato

Déficit e excesso

de

dióxido de

carbono

(18)

Diagnóstico diferencial dos distúrbios

ácido - básicos

Os distúrbios que se iniciam pelo

ou

do

CO2

são

chamados

respiratórios

Os distúrbios que se iniciam pelo

ou

do

HCO3

são

chamados

metabólicos

Existem quatro tipos fundamentais de desequilíbrio

ácido-básico

Acidose respiratória

Acidose metabólica

Alcalose respiratória

Alcalose metabólica

(19)

Classificação dos distúrbios ácido - básicos

Acidose Respiratória é provocada por

diminuição da ventilação e ↑pCO2

Acidose Metabólica resulta de ↓ da

concentração de HCO3 no LEC

A Alcalose Respiratória é causada por

aumento da ventilação e ↓pCO2

Alcalose Metabólica é causada por ↑

na concentração de bicarbonato no

LEC

(20)

Diante de um distúrbio ácido-básico

é sempre importante buscar o diagnóstico

etiológico, a fim de que a abordagem terapêutica

seja dirigida à causa básica. Existem alguns dados

clínicos e laboratoriais que podem auxiliar o

diagnóstico do distúrbio ácido-básico

1. História e exame físico;

2. Dados gasométricos (

pH, PCO

2

e HCO

3-

)

(21)

Valores Normais dos gases arteriais

• pH – 7,35 a 7,45

pO2 – 80 a 100mmHg

• pCO2 – 35 a 45 mmHg

• HCO3 – 22 a 26 mEq/L

SatO2 – 95 a 98%

(22)

pH – determinar se está presente acidose ou alcalose. pH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, depende do grau de compensação.

PO2 – exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares , e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo (PaO2), da capacidade de difusão pulmonar desse gás. Alterações desses fatores constituem causas de variações da PaO2.

• Em condições normais, 97% do O2 transportado dos pulmões para os tecidos são carreados pela hemoglobina, no interior das hemácias, e o restante encontra-se dissolvido na água do plasma e das células. A PaO2refere-se ao O2dissolvido no plasma e é medida em mmHg.

• Saturação de O2da hemoglobina do sg arterial (SatO2) mede à proporção de O2 ligado à hemoglobina.

• A SatO2 normal que alcança o átrio esquerdo é de 98% → bom indicativo da disponibilidade total de O2 para as células.

(23)

PCO2 – componente respiratório que é avaliado pela quantidade de ácido carbônico (H2CO3) existente no sg arterial. O H2CO3 existe quase completamente na forma de gás carbônico (CO2) e água (H2O). A sua qtde portanto pode ser determinada pela pressão parcial de dióxido de carbono no sg arterial (PaCO2).

• PaCO2 – a pressão parcial de CO2 no sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar, sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade desse gás:

• ↑ PCO2 - hipoventilação → retenção de CO2 no sangue → insuficiente eliminação de CO2 nos alvéolos pulmonares.

• ↓ PCO2 – hiperventilação → excessiva eliminação de CO2 do sangue → hiperventilação pulmonar.

HCO3- - alterações na [HCO3] no plasma desencadeiam desequilíbrios

ácidos-básicos por distúrbios metabólicos. Existe em equilíbrio com o ácido carbônico para regular o pH.

(24)

HCO3- - Quando há excesso de íons H+ livres, o íon bicarbonato combina-se

ao hidrogênio em excesso e formam o ácido carbônico (H2CO3), que se decompõe em CO2 e H2O. O excesso de Co2 é eliminado pelo mecanismo respiratório, e a H2O pelos rins.

• Nos rins, o H2CO3 é transformado em bicarbonato pela troca de hidrogênio por sódio.

(25)

Base Excess (BE) – acompanham os distúrbios metabólicos

• Se o BE for positivo e maior do que +2,5mEq/l, significa que há um aumento do total de bases, ou seja, o organismo está retendo bases, devido a distúrbio metabólico primário ou compensatório.

• Se o BE for negativo e menor que -2,5mEq/l , significa que há uma diminuição de bases, ou seja, o organismo perdeu bases, devido a um distúrbio metabólico primário ou compensatório.

• O BE não se altera nos distúrbios respiratórios agudos, pois não há tempo hábil para resposta compensatória renal.

(26)

Acidose Respiratória

Fisiopatologia Qualquer diminuição súbita de ventilação originando acúmulo de CO2 – hipoventilação alveolar

Hipoventilação → hipercapnia (PCO2>45mmHg) Etiologia • Depressão do centro respiratório (sedativos)

• Lesão no centro respiratório (TCE, tumor) • Traumas torácicos

• DPOC/ pneumonias/ atelectasias • Acúmulo de secreção/ EAP

• PCR

Resposta Orgânica Reabsorção renal aumentada de HCO3-Quadro clínico Cianose, hipertensão arterial, taquicardia,

Respirações superficiais, sonolência, confusão mental, coma

Dados complementares ↓pO2 , ↓pH, pCO2 ↑; HCO3 nl ou ↑ Tratamento Correção da ventilação (hiperventilação)

(27)

Acidose Respiratória – Exames

laboratorias

• pH < 7,35

• PCO² > 45 mm Hg

PO² < 80 mm Hg

Sat O² normal ou < 95%

(28)

Acidose Respiratória

• A acidose respiratória é a acidez excessiva do sangue causada por um acúmulo de dióxido de carbono no sangue em decorrência de uma má função pulmonar ou de uma respiração lenta. A velocidade e a profundidade da respiração controlam a concentração de dióxido de carbono no sangue. Normalmente, quando o dióxido de carbono acumula-se, o pH sangüíneo cai e o sangue torna-se ácido. A concentração alta de dióxido de carbono no sangue estimula as partes do cérebro que regulam a respiração, as quais por sua vez estimulam o aumento da freqüência e da profundidade da respiração.

• A acidose respiratória ocorre quando os pulmões não eliminam adequadamente o dióxido de carbono. Isto pode ocorrer em doenças que afetam gravemente os pulmões.

(29)

Intervenções de Enfermagem

Promoção do equilíbrio ácido-básico e prevenção de complicações resultantes de níveis séricos de pCO2 mais elevados do que o desejado

• Manter pérvio acesso IV

• Monitorar níveis de gasometria arterial • Monitorar estado hemodinâmico

• Monitorar sintomas de falência respiratória (níveis baixos de pO2 e elevados de PaCO2, fadiga muscular respiratória)

• Monitorar padrão respiratório

• Proporcionar terapia de oxigênio/VM/VNI

• Obter amostra de sangue para gasometria arterial • Posicionar paciente e facilitar a respiração

• Monitorar determinantes de oferta de oxigênio aos tecidos( Sat O2) • Monitorar estado neurológico (nível de consciência e confusão)

(30)

QUANDO INTERVIR ?

Acidose respiratória

• O tratamento da acidose respiratória deve ser dirigido à

causa básica do distúrbio. Conforme a situação irá incluir

todas ou algumas das medidas abaixo:

1. Suporte ventilatório (ventilação mecânica, quando

indicada);

2. Broncodilatadores (principalmente em caso de

hiperreatividade brônquica);

(31)

Alcalose Respiratória

Fisiopatologia Causada por hiperventilação Etiologia • Dor, Ansiedade

• alterações de altitude

• Hipoxemia, ventilação mecânica • Lesões do SNC, tumores

Resposta Orgânica Aumento da excreção renal de

HCO3-Quadro clínico Hiperventilação, tonturas, lipotímia, síncope, confusão mental

Dados complementares ↑pH, ↓pCO2; HCO3 nl ou ↓

Tratamento Correção da ventilação (lentificação da FR): sedaVvos; ↓freqüência do VM; ↑ fiO2

(32)

Alcalose Respiratória – Exames

Laboratoriais

• pH > 7,45

• PCO² < 35 mmHg

PO²normal

Sat O² normal

• HCO³ < 22 mEq/l

(se compensado)

• Respirar em um saco de papel pode ajudar a aumentar a concentração de CO2 no sangue, pois o indivíduo inala novamente o CO2 após havê-lo exalado. Com a elevação da concentração de CO2, os sintomas da hiperventilação melhoram e, consequentemente, a ansiedade diminui e a crise cessa.

(33)

Alcalose Respiratória

A alcalose respiratória é uma condição na qual o sangue é

alcalino porque a respiração rápida ou profunda acarreta uma

concentração baixa de dióxido de carbono no sangue. A

hiperventilação (respiração rápida e profunda) provoca uma

eliminação excessiva de dióxido de carbono do sangue.

A

causa

MAIS

comum

da

hiperventilação

e

conseqüentemente da alcalose respiratória é a ansiedade.

Outras causas de alcalose respiratória são a dor, e parâmetros

inadequados da VM.

(34)

Intervenções de Enfermagem

Promoção do equilíbrio ácido-básico e prevenção de complicações resultantes de níveis séricos de pCO2 mais baixos do que o desejado

Manter pérvio acesso IV

• Monitorar níveis de gasometria arterial

• Monitorar estado hemodinâmico

• Monitorar sintomas de falência respiratória (níveis baixos de

paO2,fadiga da musculatura respiratória, níveis baixos de SAT O2)

• Monitorar padrão respiratório

• Obter amostra de sangue para gasometria arterial

Posicionar paciente e facilitar a respiração

• Reduzir consumo de oxigêncio e minimizar hiperventilação (conforto, posicionamento)

(35)

Acidose Metabólica

Fisiopatologia Aumento na produção, acúmulo ou diminuição da excreção de ácidos; aumento da excreção de bases (HCO3-) - ↓ primária do HCO3

Etiologia • Cetoacidose (diabética, jejum, alcoolismo) • Acidose lática (causada por má perfusão ou

hipóxia - choque)

• Perdas TGI (ileostomia); Insuficiência renal Resposta Orgânica Hiperventilação; aumento da eliminação de CO2 Quadro clínico Se discreta é assintomática. Náuseas, vômitos,

hiperpnéia (respiração de Kussmaul); hipotensão, letargia, confusão mental, coma, polidipsia e

poliúria

Dados complementares ↓pH, PCO2 nl ou ↓; HCO3 ↓

(36)

Acidose metabólica – Exames

Laboratoriais

• pH < 7,35

• PCO² < 35 mmHg (se compensado)

PO² normal ou aumentada (com respirações profundas

e rápidas)

SatO² normal

(37)

Acidose metabólica

A acidose metabólica é a acidez excessiva do sangue

caracterizada por uma concentração anormalmente

baixa de bicarbonato no sangue. Quando o pH

sangüíneo cai, a respiração torna-se mais profunda e

rápida à medida que o organismo tenta livrar o sangue

do excesso de ácido reduzindo a quantidade de

dióxido de carbono. Finalmente, os rins também

tentam compensar excretando mais ácido na urina. No

entanto, ambos os mecanismos podem ser superados

quando o corpo continua a produzir ácido em demasia,

o que acarreta uma acidose grave e, em última

instância, o coma.

(38)

Intervenções de Enfermagem

Promoção do equilíbrio ácido-básico e prevenção de complicações resultantes de níveis séricos de HCO3 menores do que o desejado

• Manter pérvio acesso IV

• Monitorar níveis de gasometria arterial e eletrólitos • Monitorar estado hemodinâmico (PVC)

• Monitorar padrão respiratório

• Obter amostra de sangue para gasometria arterial • Posicionar paciente e facilitar a respiração

• Monitorar determinantes de oferta de oxigênio aos tecidos( Sat O2)

• Monitorar manifestações do SNC de acidose metabólica (cefaléia, tontura, atividade mental reduzida)

(39)

Alcalose Metabólica

Fisiopatologia Causada pelo aumento do bicarbonato sérico (retenção ou adição de bases); perda de ácidos Etiologia • Perdas TGI (vômitos, CNG aberto) – perda de

ácidos fixos

• Diarréia – hipocalemia ( K+ interfere na secreção de H+ e ↑ a reabsorção de HCO3)

• Ingestão excessiva de bases (NaHCO3) Resposta Orgânica Hipoventilação para retenção de CO2

Quadro clínico Inespecíficos. Parestesias; tetanias; câimbras;

hipotensão ortostática (pela depleção de volume) ; taquicardia; arritmias.

Dados complementares pH↑; PCO2 nl ou ↑ ; HCO3↑

Tratamento Correção volêmica com soluções de NaCl 0,9% e reposição de K

Acetazolamina (diurético excretor de BIC) para pacientes com restrição hídrica

(40)

ALCALOSE METABÓLICA _ Exames

laboratoriais

• pH > 7,45

PCO² > 45 mm Hg (se compensado)

PO² normal

Sat O² normal

(41)

ALCALOSE METABÓLICA

• A alcalose metabólica é uma condição na qual o sangue é alcalino devido a uma concentração anormalmente ALTA de bicarbonato. A alcalose metabólica ocorre quando o corpo perde ácido em excesso. Por exemplo, ocorre uma perda considerável de ácido gástrico durante os períodos de vômito prolongado ou por cateter gástrico (COMO é algumas vezes realizado em hospitais, sobretudo após cirurgias abdominais). Em raros casos, a alcalose metabólica ocorre em um indivíduo que ingeriu uma quantidade excessiva de substâncias alcalinas (p.ex., bicarbonato de sódio). Além disso, a alcalose metabólica pode ocorrer quando a perda excessiva de sódio ou de potássio afeta a capacidade dos rins de controlar o equilíbrio ácido- básico do sangue.

(42)

Intervenções de Enfermagem

Promoção do equilíbrio ácido-básico e prevenção de complicações resultantes de níveis séricos de HCO3 mais elevados do que o desejado

Manter pérvio acesso IV

Monitorar níveis de gasometria arterial

Monitorar estado hemodinâmico de ingesta e da eliminação Monitorar padrão respiratório

Obter amostra de sangue para gasometria arterial Posicionar paciente e facilitar a respiração

Monitorar determinantes de oferta de oxigênio aos tecidos( Sat O2)

Monitorar manifestações do SNC de alcalose metabólica (agitação, confusão, letargia)Monitorar manifestações cardiovasculares de alcalose metabólica (arritmia)

(43)

Interpretação da gasometria

Comece olhando cada número individualmente e

classifique-os (decida se o valor é alto, baixo ou

normal)

PASSO 1 – Verificar o pH

pH < 7,35 = o transtorno primário é uma acidose

pH > 7,45 = o transtorno primário é uma alcalose

PASSO 2 – Determinar se o transtorno primário é

um decorrente de um processo metabólico ou

respiratório

(44)

Interpretação da gasometria

PASSO 3 – Verificar HCO3- e PCO2:

PCO2 resulta em acidose respiratória

PCO2 resulta em alcalose respiratória

HCO3- resulta em alcalose metabólica

HCO3- resulta em acidose metabólica

PASSO

4

–Analisar

se

a

compensação

é

(45)

Alterações do equilíbrio ácido - básico

Condições pH HCO3 pCO2 Causas Típicas

1. Acidose metabólica

Baixo Baixo Normal ou diminuído Cetoacidose diabética; acidose lática 2. Alcalose metabólica

Alto Alto Normal ou aumentado vômito 3. Acidose respiratória Baixo Normal ou aumentado Alta Afecções pulmonares obstrutivas crônicas 4. Alcalose respiratória Alto Normal ou baixo

Baixa Dor aguda, ansiedade

(46)
(47)

Resumindo: Interpretação da gasometria

1.

Interpretação do pH

Quando o pH está aumentado

Alcalose

Quando o pH está diminuído

Acidose

pH normal

equilíbrio ou distúrbio que já foi compensado

2.

Interpretação do tipo de distúrbio

CO2

distúrbio respiratório

HCO3

distúrbio metabólico

CO2 e HCO3 alterados em sentidos opostos – distúrbio misto

3.

Determine a extensão da compensação

Olhe para o sistema respiratório e metabólico que não combina

com o pH para determinar se está fora de seu limite normal, no

esforço de corrigir o distúrbio

(48)

Abordagem Clínica

Frente ao quadro clínico de:

Alterações do padrão respiratório

Alterações hemodinâmicas

Alterações de consciência

Alterações da função renal

Perdas anormais pelo TGI e anexos

Infecções graves

(49)

Assistência de enfermagem

(50)

Diagnósticos de Enfermagem

Distúrbios respiratórios

Padrão

respiratório

ineficaz

caracterizado

por

dispnéia/taquipnéia

Ventilação espontânea prejudicada – caracterizada por

↑PCO2, ↓PO2, ↓SaO2

Troca de gases prejudicada - caracterizado por gases

sanguíneos arteriais anormais

Distúrbios metabólicos

Risco de choque – caracterizado por hipotensão/hipóxia

(51)

COLETA DE AMOSTRA DE

SANGUE ARTERIAL

(52)

• A análise dos gases arteriais é um método direcionado para avaliar as condições de

oxigenação do cliente e a posição dos gases

sanguineos

• A análise da gasometria arterial (GA) é uma regra nos achados iniciais de

clientes que experimentam desordens respiratórias

(53)

• Uma análise da

gasometria arterial

avalia como

efetivamente os pulmões

estão realizando a troca

de O2 e CO2 –

determina as

concentrações de O2 e

CO2, assim como a

acidez do sangue.

• indica como os pulmões e

rins estão interagindo

entre si, para manter

pH de sangue normal

(equilíbrio ácido-base).

(54)

Introdução

Os achados da GA testam a eficácia de:

• ventilação através da mensuração do PaCO2

(dióxido de carbono no sangue arterial) e;

•difusão e oxigenação através da medição da PaO2

(oxigênio no sangue arterial).

(55)

• doença aguda com problemas pulmonares ou

não pulmonares;

• que necessitem de vias aéreas artificiais;

• dependentes de ventiladores;

• com doença crônica respiratória e que

requeira monitorização para detectar iminente

disfunção respiratória aguda.

A análise da gasometria

arterial é essencial para a

avaliação inicial e evolução

dos indivíduos com:

(56)

Valores Normais

• pH – 7,35 a 7,45

• PaO2 – 80 a 100 mmHg

• PaCO2 – 35 a 45 mmHg

• HCO3 – 22 a 26 mEq/L

• SatO2 – 95 a 98%

(57)

Finalidade da Técnica

Coletar sangue arterial para obter-se uma

avaliação das alterações acido-basicas do

(58)

Material

• 1 seringa de 3 ou 5 ml

• agulha descartável

25x7 ou 30x8

• algodão com álcool

70%

• heparina

• obliterador de seringa

• luvas de procedimento

• forro/impermeável

(59)

A Técnica

• A amostra de sangue arterial é obtida através de

punção arterial

.

• inserir uma agulha estéril (conectada a uma seringa

heparinizada)

• radial, braquial, femural, pediosa

• A artéria radial é a mais comumente usada porque

é rapidamente acessível, facilmente palpável, e não

está associada a tão severas complicações.

(60)

A Técnica

Requer instruções detalhadas e prática

supervisionada até que possa ser feita em

segurança.

A punção arterial não deve ser tentada por

alguém sem a devida preparação.

É um procedimento difícil e potencialmente

perigoso.

(61)

A análise da GA

Interpretação da GA

• Como em qualquer outro exame laboratorial,

interprete a analise da GA em conjunção com

o estado clínico do paciente.

• Podem ocorrer erros tal como em qualquer

outro exame laboratorial. Uma técnica

incorreta ou manipulação imprópria do espécie

podem afetar os resultados.

(62)

Procedimentos

• 1 - Preparação da

Colheita para GA

• Explicar o objetivo do

teste e como ele é

efetuado ao paciente e

acompanhante. Dê-lhes

tempo para que

coloquem questões e

expressem

(63)

Procedimentos

Ângulo para puncionar

a arteria:

• Radial

• Braquial

• Femural

• Pediosa

(64)

Teste de Allen

https://www.youtube.com/watch?v=f77_W-ZDjmU

Vídeo – teste de Allen e coleta de sangue arterial

https://www.facebook.com/doctorerror1/videos/15620665704

92087/

(65)

Procedimentos

• Introduzir a

agulha ate que a

artéria seja

puncionada

• Permitir que a

seringa se encha

com 2 ml de

sangue arterial

(66)

Procedimentos

• Imediatamente

após retirar a

agulha da artéria.

comprima

firmemente o

local da punção

por, pelo menos,

cinco minutos.

(67)

Intervenção pós punção

A maior complicação da punção arterial é o

derramamento de sangue arterial no local da

punção para os tecidos adjacentes.

Comprima firmemente a

artéria no mínimo durante 5

minutos

(68)

Cuidados Subsequentes

• Registrar se o

paciente está em

VM, e a

quantidade de

O2.

• Transportar a

amostra

imediatamente

(processa-la

dentro de 15

minutos)

(MOTTA, 2000)

(69)

Fatores que afetam os resultados

• A não imersão da

amostra em gelol pode

resultar em REDUÇAO

do pH e da PO2

• A não expulsão da

HEPARINA da seringa

antes da coleta da

amostra pode resultar

em redução do pH, PCO2

PO2

• O armazenamento da

amostra à temperatura

ambiente acelera a

queda do pH

• Período de tempo

prolongado entre a

coleta e o exame pode

resultar em redução do

pH

(70)

Fatores que afetam os resultados

• Se o paciente recebe oxigênio durante a

punção arterial, registre o fluxo ou a

percentagem de oxigênio na folha de

pedido do laboratório. percentagem de

oxigênio inspirado;

1. frequência respiratória do indivíduo e do

ventilador,

2.volume corrente fornecido pelo ventilador;

3.outra qualquer informação pertinente.

(71)

Referências

Guyton e Hall. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. 6a edição. Cap 23, pag 229 – 224

Mendes NT. Desequilíbrio Hidroeletrolítico e distúrbios ácido-básicos. In: Cheregatti AL e Amorin CP. Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Ed Martinari, 2 ed., São Paulo, 2010. Cap. 5, p. 138-149.

Miranda MPF. Distúrbioa no equilíbrio ácido-base. In: Padilha et al (Orgs). Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. São Paulo: Manole, 2010. Cap 32, p. 730-744.

Oliveira LB; Campanili TCGF. Exames laboratoriais em Unidade de Terapia Intensiva. In: Lopes JL e Gengo RCG. Interpretação de Exames laboratoriais: guia prático para enfermeiros e estudantes de enfermagem. Rio de Janeiro: Águia Dourada. 2015. Cap17, p. 333- 339.

Pope A. Interpretações do equilibrio ácido – básico. In: Marino PL. Compêndio de UTI. Ed Artmed. 2 ed. Porto Alegre, 2000. Cap 36, p. 469 – 477

Santos OFP, Monte JCM e Capone – Neto A. Equilíbrio ácido –básico e acidose lática no paciente grave. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. Ed Atheneu, 2 ed., vol 1. São Paulo, 2002. Cap 26, p. 433 – 445

(72)

Obrigada pela atenção

Referências

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