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A RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E STRESS NO TRABALHO

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Academic year: 2021

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ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA

( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO

( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE

( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

A RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E STRESS NO TRABALHO

DIDEK, Daiane1

MACHADO, Elisandra de Moura2

OLIVEIRA, Heleise Faria dos Reis de3

RESUMO –

O stress na atualidade tem sido considerado uma doença avassaladora que tem acometido milhares de pessoas em todo mundo, podendo estar relacionado, possivelmente ao novo modo de vida dos seres humanos que estão sempre a realizar tudo, em questão de segundos. O trabalho com a Revolução Industrial tornou-se mecanizado, requerendo do trabalhador; mais tempo, alta concentração e dedicação integral, propiciando desta forma, o aparecimento do stress. Não obstante, o trabalho com a Revolução Tecnológica, tornou-se ainda; mais dinâmico, exigindo o imediatismo nos processos de trabalho, elevando conseqüentemente, os níveis de stress que podem levar a doenças como; a hipertensão arterial que prejudica a qualidade de vida do trabalhador. Sendo assim, esta pesquisa pretende analisar o stress e a qualidade de vida no ambiente laboral. Desta forma, levantou-se a seguinte questão problema: Quais os níveis de stress entre colaboradores que participam de um programa de Qualidade de Vida? Quais as variáveis que possibilitam amenizar, o stress visando à melhoria da qualidade de vida, aos colaboradores? Esta pesquisa caracteriza-se com uma análise qualitativa e quantitativa, cujo instrumento metodológico utilizado será: o Inventário de Sintomas de Stress para adultos (ISSL) (Lipp,2000) aos funcionários da delegacia da Receita Federal e aos funcionários da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Ao final da pesquisa espera-se compreender um pouco mais sobre o stress no ambiente de trabalho, entre os sujeitos participantes desta pesquisa e sua relação com a qualidade de vida.

PALAVRAS CHAVE – Stress. Qualidade de vida. Trabalho.

1

Acadêmica do curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ane_daididek@hotmail.com.

2

Acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa. elyhh.m.machado@hotmail.com.

3

Docente do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa, heleise@oliveiras.com.br.

(2)

Introdução

O stress tem sido um problema na forma de organização das sociedades contemporâneas, pois cada vez mais, os seres humanos adquirem doenças psicofisiológicas. Sendo assim, os indivíduos tem vivido sob forte pressão emocional, tanto no ambiente de trabalho quanto no meio familiar, prejudicando sua a qualidade de vida, devido a elevadas cargas de horários de trabalho, propiciando aos trabalhadores pouco tempo para se alimentar corretamente, praticar atividades físicas e possuírem um tempo para o lazer. Os colaboradores conseqüentemente sofrem com o mau humor e a insônia que induzem a um maior nível de stress, o qual ocasiona doenças, como; a depressão, hipertensão, entre outras. Desta forma, há indicação de que um estado prolongado de stress possa vir a interferir no bem estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas. (KAPLAN apud LIPP, 2002).

Segundo LIPP (1994) o termo stress pode ser utilizado para descrever uma situação de muita tensão, quanto para a reação do indivíduo, para tal situação. Estressor é o termo que define o que causa o stress, ou seja, o stress não é apenas negativo, algo positivo que também, pode ocasionar o stress, um acidente pode estressar alguém e uma promoção no trabalho também, pois envolve situações de emoção, de responsabilidade e de adaptação.

O organismo responde ao stress como um perigo para o corpo, alterando tanto as funções psicológicas; como biológicas do mesmo. Segundo MARGIS et al. (apud BRUGGER, 2010), o termo stress denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia, disparam um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina, produzindo diversas manifestações sistêmicas, como distúrbios fisiológicos e psicológicos.

Quando o cérebro identifica uma situação como estressante ou ameaçadora, ele reage comunicando a todo corpo, através dos impulsos nervosos, para que ocorra uma resposta do organismo ao stress e esta resposta pode ser: mau humor, ansiedade, falta de apetite ou o aumento deste, alterações hormonais e emocionais, mudança de comportamento como agressividade, entre outros aspectos.

Segundo o Ministério da saúde o stress é conhecido como a doença do século XX. O processo de stress conta com três fases, a primeira é a fase de alerta, onde o estressor é percebido pela pessoa. A segunda fase é chamada de resistência, quando o agente estressor continua por períodos prolongados. A terceira fase é chamada exaustão, onde o stress se torna intenso demais,é a quebra do organismo e está associada a uma série de doenças. Quando se atinge essa última fase é muito difícil sair dela sozinho, sendo indicado ao colaborador tratamento especializado. (LIPP,1994).

Torna-se redundante discutir os impactos da globalização, da rapidez das inovações tecnológicas e das mudanças nos paradigmas de gestão nesta virada do século (ALBUQUERQUE, 1997). Todas essas mudanças no ambiente social e familiar prejudicam a qualidade de vida e bem estar do cidadão. Os sintomas individuais de stress ocupacional tomam geralmente a forma de um humor depressivo, crescente irritabilidade, hipertensão arterial. (LIPP, 2004 apud PINHEIRO et al.).

Os efeitos excessivos e contínuos do stress não se limitam ao comprometimento da saúde. O stress além de um efeito desencadeador no que diz respeito a doenças propicia prejuízo à saúde, qualidade de vida e a produtividade do ser humano, o que tem gerado grandes pesquisas pelas causas e métodos de redução do stress. De acordo com Couto (1987) o stress ocupacional interfere na qualidade de vida modificando a maneira como o indivíduo interage nas diversas áreas da sua vida. A relação entre stress qualidade de vida tem recebido atenção de pesquisadores brasileiros, como Lipp e Tanganelli (2002).

Apesar da preocupação com o estilo de vida ser antiga surgindo com Sócrates, o termo qualidade de vida foi mencionado pela primeira vez por Lyndon Johnson, em 1964. Presidente dos Estados Unidos na ocasião, Johnson afirmou que os objetivos de uma nação não podem ser mensurados através do balanço bancário, mas da qualidade de vida proporcionada as pessoas (FLECK et al.,apud PEDROSO, 2012).

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Santos (2002) conceitua qualidade de vida como oferecer condições para que as pessoas desenvolvam todas as suas atividades com o máximo de seu potencial.

O termo qualidade de vida tem denominações variadas já que ocorre de forma individual, pois para Gaspar (2001) qualidade de vida é um conjunto de impressões de cada ser humano e esta é produto das experiências que são conduzidas por vários fatores. Ou seja, a qualidade de vida varia para cada indivíduo são resultados das experiências que este vivencia.

Sendo assim, pode-se definir qualidade de vida como o bem estar físico e mental do indivíduo, ou relacioná-la com saúde e bem estar físico, pois cada indivíduo pode ter uma definição para a qualidade de vida, pois há quem considere o lazer, estar com os amigos, ter uma ótima saúde e sucesso no trabalho.

Não estando somente relacionada com a saúde, a qualidade de vida também, pode ser atribuída a um estado de felicidade e ao sucesso nas áreas sociais, afetivas e profissionais, estando relacionada intimamente ao stress, pois os acúmulos de trabalho, bem como, as pausas não realizadas no ambiente laboral, conduzem o indivíduo a uma vida cada vez menos saudável, induzindo o indivíduo ao sedentarismo, diminuindo a possibilidade de se alcançar qualidade de vida.

A sobreposição entre a qualidade de vida e o trabalho, uma vez que a qualidade de vida é multidimensional, demonstra que as vivencias no ambiente laboral influenciam de forma direta e significante na qualidade de vida do trabalhador. (TOLFO; PIACCININI, apud PEDROSO, 2012).

Sendo assim, a Ginástica Laboral aparece como alternativa positiva; capaz de minimizar o stress no ambiente de trabalho e consequentemente, as doenças degenerativas como; a D.O.R.T. (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho). (CAÑET, 1996).

Leve e de curta duração, a ginástica laboral visa: diminuir o número de acidentes de trabalho, prevenir doenças originadas por traumas cumulativos, prevenir a fadiga muscular, corrigir vícios posturais, aumentar a disposição do funcionário ao iniciar e retornar ao trabalho, promover maior integração no ambiente laboral, atuando de forma preventiva e terapêutica. (DIAS, 1994).

Mormente, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), visando a promoção da saúde de seus colaboradores e pensando na qualidade de vida destes, dispõe de um Programa Extensionista em Qualidade de Vida que objetiva a prática de atividades físicas, por meio da ginástica laboral, realizada três vezes por semana, em todos os setores da instituição e também da Delegacia da Receita federal.

Esta pesquisa levantou para tanto, a seguinte questão problema: Quais os níveis de stress entre colaboradores que participam de um programa de Qualidade de Vida?(LIPP, 2002).

Objetivos Geral:

Analisar os níveis de stress e qualidade de vida no ambiente laboral.

Específicos:

Avaliar as alterações sociais e psicológicas devido ao stress no trabalho.

Comparar os níveis de stress encontrados na população pesquisada, com os realizados por Lipp (2004, 2005b).

Metodologia Casuística

A pesquisa realizada terá caráter exploratório e análise quantitativa e qualitativa, sendo realizada na cidade de Ponta Grossa –Paraná.

A amostra do estudo escolhida e definida levará em consideração, o número de colaboradores que participam do Projeto nas duas instituições.

A amostra que se pretende avaliar é de 250 colaboradores que participam do Programa Qualidade de Vida realizado na UEPG e de 60 colaboradores na Delegacia da Receita Federal, totalizando 310 colaboradores a serem avaliados, com idade centesimal entre 18 e 60 anos.

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Instrumento Metodológico

O protocolo utilizado será o: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL) (Lipp, 2000),cujo objetivo é avaliar o stress de trabalhadores.

Antes de iniciar o estudo, todos os participantes foram informados sobre os procedimentos e envolvidos na pesquisa, responderam a uma anamnese pessoal e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido para o preenchimento do questionário. A tramitação do projeto de pesquisa passará pela apreciação do Comitê de Ética da UEPG.

Análise Estatística

A análise estatística será descritiva, avaliando os percentuais, os desvios; médio, padrão e o coeficiente de variação.

Conclusões

Por meio da literatura verificou-se que o stress está relacionado a vivência com estressores no trabalho e também, na vida familiar. Os altos níveis de stress levam a diversas doenças que prejudicam a qualidade de vida, por isso, torna-se necessário a avaliação do stress e da qualidade de vida de um grupo de colaboradores que exercem variadas funções,em duas instituições na cidade de Ponta Grossa.

Para a amostra pesquisada espera-se que ocorra um menor nível do stress, em comparação com o índice de stress relatado por Lipp (2005a), pois os avaliados participam de um Programa de Qualidade de Vida que objetiva a prática da ginástica laboral três vezes por semana.

Conforme Oliveira (2004) à ocupação profissional determina o tipo de stress.

Para Lipp (2004, 2005b), muitas são as profissões pesquisadas e conforme a ocupação mudam-se os níveis de stress. Em suas pesquisas, trabalhadores de fábrica apresentavam índices de stress menor que os diagnosticados em outras ocupações.

Sendo assim, um programa de Ginástica Laboral conforme Poletto e Amaral (2004) propõe despertar nos colaboradores uma mudança em seu estilo de vida, independentemente das atividades orientadas, durante a prática da ginástica laboral e que os argumentos devem partir dos benefícios da prática da atividade física que são comprovados cientificamente, já que esses promovem a saúde e melhoram a produtividade laboral e consequentemente, se este praticar atividades físicas, fora do ambiente de trabalho, os benefícios se estenderão para as outras áreas. Os resultados serão apresentados após a aplicação do questionário Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL) (Lipp, 2000), na amostra envolvida.

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Referencias

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latino americano Enfermagem, São Paulo, v.14, n.4,p.534-539, jul-ago.2006.

BUSETTI, G. R.;et al. Saúde e qualidade de vida. São Paulo: Peirópolis,1998.

CAÑETE, I. Humanização- Desafio da empresa Moderna – A Ginástica Laboral como um

caminho. Porto Alegre: Ed: Artes e Ofícios, 1996.

COUTO, H. A. Stress e qualidade de vida dos executivos. Rio de Janeiro: COP. 1987. DIAS, M. de F. M. Ginástica laboral. Revista Proteção, 29, 124-125, 1994.

FAVASSA, C. T. A.; ARMILIATO, N.; KALININE, I. Aspectos fisiológicos e psicológicos do stresse.

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LIPP, M. E. N. (Org.). Stress no Brasil: Pesquisas avançadas.Campinas: Ed. Papirus, 2004. LIPP, M. E. N. Stress e o turbilhão da raiva.Campinas: Casa do Psicólogo, 2005a.

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MARTINS, C. de O.; JESUS, J.F.de. Estresse, Exercício Físico, Ergonomia e Computador. Revista

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PEDROSO, B.; PILATTI, L. A. Guia de avaliação da qualidade de vida e qualidade de vida no

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PINHEIRO, C. R.; LIPP, M. E. N. Stress ocupacional e qualidade de vida em cléricos(as). Boletim

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POLETTO SS, AMARAL FG. Avaliação e implantação de programas de ginástica laboral. Revista

Referências

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