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São Paulo e ex-CEO trocam
farpas públicas após demissão
O F E R E C I M E N T OQ U A R TA - F E I R A , 1 6 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5
R$ 100 mi
foi o déficit apresentado pelo São
Paulo em 2014, um dos piores
resultados do clube na história
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 3 4 1
A primeira experiência do São Paulo com um CEO durou pouco e terminou com acusações públi-cas entre as partes envolvidas.
Após três meses no comando executivo do clube paulista, Ale-xandre Bourgeois foi demitido. E, no canal fechado Sportv, não pou-pou críticas ao seu antigo chefe, o presidente Carlos Miguel Aidar. O dirigente tricolor aumentou o cli-ma publicamente hostil com ucli-ma carta que descrevia os problemas enfrentado pelo profissional em sua curta passagem.
As acusações de Bourgeois foram as mais diversas. Na mais grave delas, o ex-executivo do São Paulo afirmou ter sido amea-çado por dirigentes no momento de sua demissão. Em uma sala com oito pessoas, uma delas teria dito que iria agredi-lo. “Ele falou que é faixa preta de judô e que me bateria se me cruzasse na rua”, afirmou ao Sportv.
Bourgeois também afirmou que a imagem de clube
profis-sional do São Paulo não condiz com os bastidores do Morumbi, e que as questões políticas ficam acima das práticas de boa ges-tão. Durante sua passagem pela agremiação, o profissional alegou que esteve afastado dos porme-nores cotidianos; nem mesmo aos contratos ele teria tido acesso.
Durante a transmissão da entre-vista, Carlos Miguel Aidar enviou uma nota com oito motivos para a demissão de Bourgeois. Entre elas, uma suposta quebra de confiança por vazar informações e uma articulação política nos
bas-tidores. O presidente são-paulino chegou a ironizar o executivo: “Falta de iniciativa de integração com as várias áreas do clube, à exceção do CT para tirar fotos”. A carta termina com um contunden-te “não disse a que veio”.
A situação explicitamente insus-tentável se encerrou oficialmente na última semana, quando Bour-geois foi demitido. O São Paulo, no entanto, insistiu em um CEO e contratou Paulo Ricardo de Oliveira, ex-presidente da Penalty, antiga fornecedora de material esportivo do clube.
POR DUDA LOPES
POR DUDA LOPES
Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte
Mesmo com “melhor” Pan, Toronto abre
mão de candidatura nas Olimpíadas
POR ADALBERTO LEISTER FILHO Após abrigar o Pan-Americano no mês de
ju-lho, Toronto desistiu oficialmente da candidatura para as Olimpíadas de 2024. “Não digo não aos Jogos Olímpicos. Digo não desta vez”, afirmou o prefeito da cidade, John Tory.
A ideia é investir em infraestrutura, mas não re-lacionada aos Jogos. Para Tory, Toronto pode ofere-cer “instalações de nível mundial” para o evento. Por ora, será criada uma comissão consultiva para
avaliar as necessidades e os meios necessários para apresentar um dossiê competitivo numa futura candidatura para sede olímpica.
A decisão vai de encontro à estratégia ca-nadense nos últimos meses. A cidade investiu
pesado para realizar os melhores Jogos Pan--Americanos da história, de olho na Olimpíada. Do previsto inicialmente, houve estouro de qua-se 150% no orçamento, que acabou qua-sendo de R$ 6,5 bilhões. Patrocinadores privados bancaram
apenas 30% dessa conta. “Não posso olhar nos olhos das pessoas e dizer-lhes que uma candidatura olímpica seja o melhor uso dos nossos recursos”, afirmou Tory.
Meses antes do início do Pan, Toronto se aproximou do Rio de Janeiro. As cidades se tornaram irmãs, em movimento que buscava a troca de experiências em organização de megaeventos e oportuni-dades de negócios. O Rio, sede do Pan-2007 e agora dos Jogos, era o espelho dos canadenses.
Gestão profissional é o modo como
qualquer clube do mundo pode e
deve se organizar para crescer. Para
isso ser possível, não é preciso que
exista uma empresa; o que não
fal-tam são empresas administradas
da forma mais amadora possível.
Entende-se por gestão profissional
aquele que possui um sistema bem
definido de governança corporativa.
Essa transição entre uma gestão
amadora, ou familiar, a uma
pro-fissional de fato é, invariavelmente,
uma incumbência melindrosa.
En-volve a criação de uma missão bem
determinada da empresa e um
ali-nhamento de interesse nessa
dire-ção por todos os envolvidos, a fim
de otimizar o valor da organização.
Na gestão de um clube, esses
inte-resses flutuam entre os sócios.
Indi-car uma direção é tarefa árdua,
espe-cialmente para um profissional “de
fora”. O lado bom é que o processo
leva à sustentabilidade do negócio,
e a transparência do novo sistema
adotado cria maior credibilidade.
Os episódios que envolveram o
São Paulo explicitaram um grande
enrosco na gestão Carlos Miguel
Aidar justamente quando o
diri-gente queria mostrar o contrário ao
mercado. É embaraçoso relacionar
uma administração focada em
inte-resses pré-definidos a uma demissão
de um CEO em três meses. Deixa
clara a má condução desse processo.
Talvez o futebol brasileiro
generi-camente não esteja preparado para
o profissionalismo, ainda que toda a
conjuntura econômica aponte isso
como uma necessidade latente.
Os que domarem as artérias
ama-doras fatalmente triunfarão. Não é
agora que o São Paulo será exemplo.
Profissionalizar gestão ainda
4
O Barcelona foi à Itália buscar o seu novo diretor comercial.
Francesco Calvo, que estava na Juventus, chega ao clube catalão no dia 1º de outubro com a mis-são de acelerar a abertura de um escritório no Brasil, que servirá como base para os negócios do clube na América Latina.
O mercado latino é uma das prioridades do presidente Josep Maria Bartomeu, eleito em julho.
Nesta semana, o clube anun-ciou a abertura de sua primeira loja fora da Espanha e a praça escolhida foi o México. A opção pelo país não foi casual, já que as vendas de produtos oficiais no país dispararam nos últimos anos. O faturamento no México com produtos licenciados representa 1,25% do total arrecadado pelo
clube em 2014. No Brasil, o Barcelona acertou no fim de agosto uma parceria com a C&A para a venda de uma coleção oficial do clube no estilo casual. Segundo a
Máquina do Esporte apurou, o time de Neymar ficará com um percentual sobre as vendas.
Além do acordo com a C&A, o Barcelona tem negócio com a Gillette e também aparece nas peças publicitárias da Tenys Pé, patrocinadora de Neymar. Além disso, tem na Telefónica parceira de negócios na América Latina
por 13 milhões anuais. O clube quer que esses contratos sejam administrados o mais breve possí-vel do escritório em São Paulo.
As unidades de vendas, a coor-denação das “sedes” em Hong Kong e Nova York, a exploração do Camp Nou, o marketing e as áreas audiovisual e digital estarão sob responsabilidade de Calvo.
POR PRISCILA BERTOZZI
Barcelona contrata executivo
para agilizar escritório no Brasil
Dois meses após chegar ao Flamengo, o atacan-te Paolo Guerrero ganhou o seu primeiro produto oficial: um boné alusivo à seleção peruana com as iniciais do jogador e o escudo do clube. A peça chegará às lojas oficias rubro-negras no fim do ano e custará R$ 159. Os sócios-torcedores terão 10% de desconto na aquisição do novo item.
“Queríamos fazer um produto para o Guerre-ro, já que sabemos que existe uma demanda da torcida para isso. Pensamos em usar como refe-rência o país deles, a possibilidade de venda tanto para rubro-negros como para turistas peruanos, que queiram algum souvenir do Flamengo e do
atleta”, afirmou Dirceu Rodrigues, gerente de marketing flamenguista.
O executivo conta que o atleta participou da confecção do modelo. “O Guerrero participou da confecção no seguinte sentido: demos a ideia para a New Era, a fabricante fez o desenho e mandamos para o Guerrero ver. Ele gostou e ain-da sugeriu que colocássemos borain-dado na lateral PG9, como uma marca registrada dele”.
Apresentado no início de julho, Guerrero é apontado como peça fundamental na ascensão do time no Brasileirão. Após um início instável, o Flamengo está em quarto lugar, com 41 pontos.
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Ainda em 2013, a Ambev anun-ciou seu patrocínio aos Jogos Olímpicos de 2016. A marca esco-lhida para ser a cerveja oficial do evento não foi a Brahma, parceira da Copa do Mundo, mas sim a Skol, até então sem grandes afi-nidades com o esporte. Até esta semana, a empresa não havia incorporado o novo investimento em sua comunicação. No último sábado, no entanto, isso mudou. A Skol lançou uma nova cam-panha focada no esporte, graças a um novo produto. Foi lançada a Skol Ultra, que contém menos caloria e menos carboidrato, com puro malte leve. Os arcos olím-picos não apareceram no novo filme, mas estão estampadas na embalagem da bebida.
Para promover o novo produto, a Skol usou o conceito de “cerve-ja oficial para atletas não oficiais”, uma brincadeira para abrir es-paço à bebida aos atletas ama-dores. O foco não está no alto
rendimento, mas nos conceitos de bem-estar e vida equilibrada. Apesar do apelo do esporte e do mote olímpico, a empresa ressaltou à Máquina do Esporte que a marca usada nos Jogos de 2016 será a da própria Skol, sem o uso da sub-marca Ultra.
Mesmo com o logo olímpico na embalagem e uma primeira campa-nha focada no esporte, a Skol selecionou três embaixadores para a cerveja que não estão ligados aos Jogos de
2016. Bob Burnquist, skatista, Carlos Burle e Maya Gabeira, surfistas, são os rostos “profissio-nais” que farão parte da Ultra.
A principal questão para a Skol é que o planejamento para os Jogos Olímpicos ainda não está
definido. Ainda que o lançamen-to da Skol Ultra esteja inserido nesse contexto, a empresa não abre mais detalhes de quais serão os próximos passos. O plano é fazer uma associação ao evento apenas nos próximos meses, mais perto do início dos Jogos no Rio.
POR DUDA LOPES
Skol ativa Olimpíada com
cerveja para “atleta amador”
O Méliuz, parceiro do Movimento por um Fute-bol Melhor, está promovendo o “Super Saldão”, com descontos para sócios-torcedores em várias lojas online. A promoção vai até esta sexta-feira.
Para participar, basta ser associado de um dos 66 clubes participantes do Movimento, programa que reúne mais de 1 milhão de torcedores sócios
em todo o país. O sócio-torcedor precisa se ca-dastrar no site da empresa parceira para ter aces-so aos descontos oferecidos por várias empresas.
Ao efetuar a compra pelo site do Méliuz, o associado recebe de volta em sua conta corrente o desconto, que varia de 6% a 66%. Dez lojas par-ticipam dessa ação promocional do Movimento.