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1. Luigi Pareyson 2. Estética 3. Criação 4. Arte. I. Silva, Íris Fátima da. Índices para catálogo sistemático: Arte Teoria Arte Filosofia 701

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©2014 Íris Fátima da Silva

Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor.

Si381 Silva, Íris Fátima da.

Fazer-Inventar-Encontrar. A Tese Fundamental da Estética de Luigi Pareyson/ Íris Fátima da Silva. Jundiaí, Paco Editorial: 2014.

256 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-8148-618-5

1. Luigi Pareyson 2. Estética 3. Criação 4. Arte . I. Silva, Íris Fátima da. CDD: 700.1

IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal

Índices para catálogo sistemático:

Arte – Teoria 700.1

Arte – Filosofia 701

Conselho Editorial

Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna Prof. Dr. Carlos Bauer

Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias

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Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100 11 4521-6315 | 2449-0740 contato@editorialpaco.com.br

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Para meus pais:

Maria Aritimária da Silva

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Esta obra é em parte resultante da pesqui-sa de doutorado que a autora realizou na Università degli Studi di Torino e no Cen-tro di Studi Filosofico-religiosi Luigi Pa-reyson na Itália, financiada pela CAPES.

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À minha família. À Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ao Centro di Studi Filosofico-religiosi Luigi Pareyson, à CAPES, e a todos àqueles que efetivamente contribuíram para o

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“A arte encarna em sua maior evidência o próprio conceito de “êxito”, e não é de se admirar que um insuprimível interes-se pela arte floresça espontaneamente no homem, o qual em toda a sua ativida-de só consegue realizar uma obra ou um valor através de um processo de produ-ção inventiva que tem como alvo o êxi-to, através da precariedade de múltiplas tentativas”. (Pareyson, ETF, p. 275)

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Sumário

Prefácio...9

Vida e Obra...15

Introdução...25

PRIMEIRA PARTE

A Propedêutica Estética de Luigi Pareyson 1. Arte e Pessoa...42

1.1 Individualização da Vocação...51

1.2 O que é Contemplação?...60

2. Imitação e Criação na Arte...67

2.1 O Conceito de Verossímil...73

3. Vida, Arte e Filosofia...89

3.1 Arte e Vida...103

3.2 O Conceito de Pessoa...114

SEGUNDA PARTE

A Tese Fundamental da Estética de Luigi Pareyson 1. Operação Artística...122

2. Formação da Obra de Arte...165

3. Exemplaridade da Obra de Arte...193

4. Interpretação e Contemplação...215

Anexo...249

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Prefácio

Luigi Pareyson é um dos maiores representantes da filosofia italiana contemporânea. Esta relevância pode ser afirmada tanto por sua produção filosófica quanto por seu impacto na formação de grandes pensadores italianos contemporâneos. Filósofos como Umberto Eco, Gianni Vattimo, Sergio Givone, Valerio Verra, Giuseppe Riconda, Claudio Ciancio e muitos outros formaram--se com as lições de Pareyson na Universidade de Turim, dando lugar ao que se costuma chamar a Escola de Turim. Não obstan-te, esses elementos passam praticamente despercebidos pela cena filosófica latino-americana e, em alguns casos, europeia.

Talvez sejam muitos os preconceitos e, com eles, o desconhe-cimento da obra do filósofo. Contudo, existe um silêncio que paira sobre a filosofia de Luigi Pareyson. Existe, também, uma hermenêutica reducionista de sua obra, que o mostra como um filósofo da religião e, em muitos casos, como um pensador cató-lico e conservador.

Em primeiro lugar, é necessário afirmar que tem existido uma intenção de conduzir a obra de Pareyson para uma ótica teológico-religiosa. A literatura sobre esta interpretação é vasta na Itália e, a meu ver, tem contribuído para gerar o rótulo de filósofo religioso. É importante afirmar que a reflexão religiosa em Pareyson está presente em muitos de seus textos; não obs-tante, esta preocupação aparece com mais força na última etapa de sua filosofia que, como sabemos, coincide com a época das grandes perdas familiares e das enfermidades que golpearam a existência do pensador. Neste sentido, a leitura da obra de Pa-reyson, compreendida como um sistema filosófico, influenciada por hermenêuticas feitas nas fronteiras com o hegelianismo e o romantismo alemão, tende a por o acento na etapa final da sua

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filosofia, pensando que esta contém as outras etapas, ao modo de uma síntese final e, consequentemente, põe as questões religiosas no centro do filosofar do autor.

A clara consciência que tinha Pareyson da proximidade de sua morte o faz compulsivamente ultimar sua obra póstuma

On-tologia della libertà. Il male e la sofferenza, onde ele desenvolve

suas preocupações religiosas, em particular, as questões referen-tes ao mito, que bem podem ser lidas em termos de uma filosofia da existência. Cabe destacar que a ontologia de Pareyson é muito distante da metafísica aristotélico-tomista que, como sabemos, está na base de muitas interpretações provenientes de setores reli-giosos militantes, em particular na Espanha. Em outras palavras, e de modo muito sintético, na ontologia pareysoniana concebe--se o ser como liberdade e não apenas como substância. Esta é a razão pela qual Pareyson, num gesto que se pode dizer heidegge-riano, afirmará que a verdade é liberdade e, consequentemente, não é um transcendental que pertence ao ente.

Profere-se o mesmo em relação à estética pareysoniana. É sabido que, para Pareyson, a estética é uma filosofia que não tem relação com a beleza, que é um transcendental que perten-ce ao ente na metafísica aristotélico-tomista, mais como uma reflexão sobre as experiências artísticas concretas. Eis o ponto onde se expressa de modo mais fidedigno a relação entre estéti-ca e interpretação. Lembramos aqui que a Estétiestéti-ca é a segunda formulação da Filosofia da Interpretação de Pareysononde, a obra de arte, surge de um fazer que inventa o modo de fazer, não surge por uma ideia prévia da mesma, de uma verdade primeira, mas da ação concreta do fazer artístico que, depois, ao ser con-templada admite múltiplas interpretações verdadeiras. Parafra-seando Pareyson, pode-se afirmar que, justamente porque existe a verdade, podem existir verdades e infinitas interpretações da obra de arte.

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A Tese Fundamental da Estética de Luigi Pareyson

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Em segundo lugar, a ausência de traduções da obra de Parey-son tem contribuído para o profundo silêncio na América Latina. Esforços têm sido realizados. As três excelentes traduções para o português realizadas no Brasil pela Profa. Maria Helena Nery Garcez1 da Universidade de São Paulo, uma delas na companhia da falecida Profa. Sandra Neves Abdo2 da Universidade Federal de Minas Gerais e outra com a Profa. Sylvia Mendes Carneiro3 da USP; a problemática tradução feita há mais de 20 anos por Ephraim Ferreira Alves4 e aquelas em espanhol, feitas por Zósi-mo González5, pela chilena Constanza Giménez Salinas6 e da espanhola Cristina Cariasso7, que formam uma excelente exce-ção. Contudo, essas traduções totalizam apenas cinco livros do total da obra de Pareyson. Nesse sentido, lidar com a filosofia de Pareyson implica, também, em lidar com a língua italiana.

De tal modo, o livro da Dra. Íris Fátima da Silva,

Fazer--Inventar-Encontrar. A Tese Fundamental da Estética de Luigi Pareyson, que coincide com os sessenta anos da publicação de Estética. Teoria da formatividade de Pareyson, surge para superar

grande parte dos vazios e silêncios que são impostos à obra do fi-lósofo italiano na língua portuguesa, em especial, no Brasil. Este é um texto que, entre seus méritos, se funda em uma indagação

1. Cf. Pareyson, Luigi. Os problemas da estética, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1984. Existem quatro edições dessa obra.

2. Pareyson, Luigi. Verdade e interpretação. (1971). São Paulo: Martins Fontes, Trad. Maria Helena Nery Garcez e Sandra Neves Abdo, 2005.

3. Cf. Pareyson, Luigi. Dostoiévsky. Filosofia, romance e experiência religiosa, Ed. USP, São Paulo, 2012.

4. Cf. Pareyson, Luigi. Estética. Teoria da Formatividade, Ed. Vozes, Petrópolis, 1993. 5. Cf. Pareyson, Luigi. Conversaciones de Estética, Ed. Visor, Trad. Zósimo Gon-zález, Madri, 1985.

6. Cf. Pareyson, Luigi. Dostoievski. Filosofía, novela y experiencia religiosa, Ed. Encuentro, Trad. Constanza Giménez Salinas, Madri, 2007.

7. Cf. Pareyson, Luigi. Estética. Teoría de la formatividad, Ed. Xorki, Trad. Cristina Cariasso, Madri, 2014. Este livro foi apresentado, no mês de maio por Gianni Vattimo, no Instituto Italiano de Cultura em Madri, Espanha.

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exaustiva dos textos pareysonianos e de seus principais comenta-dores na língua original, devendo cumprir uma tríplice função: traduzir, escrever e filosofar.

A parte dedicada a uma propedêutica da estética de Luigi Pareyson é uma cartografia do pensamento do filósofo italiano. Como o leitor irá constatar, é uma parte escrita em perspectiva estética, que no entanto a ultrapassa, pois, a meu ver, desenvolve uma tese de fundo que se contrapõe às interpretações religiosas de Pareyson. A tese segundo a qual a filosofia da existência es-tudada de modo recorrente por Pareyson e, muitas vezes, inter-pretada como uma etapa juvenil e posteriormente abandonada, norteia toda a reflexão filosófica do autor. Neste sentido, a dita propedêutica deixa de cumprir uma função meramente metodo-lógica e historiográfica e se transforma numa releitura fecunda do Pareyson maduro. Em outras palavras, a autora se serve dessa propedêutica para abrir um caminho fecundo para novas inter-pretações da obra de Luigi Pareyson no Brasil e, por que não dizer, na América Latina e Europa.

A recepção da estética de Pareyson, ao menos no Brasil, não tem sido feita na filosofia. A maior parte dos artigos publicados, as teses de licenciatura e pós-graduação defendidas, sem falar das traduções dos livros, tem sido realizada por estudiosos com formação em literatura, teatro, fotografia, educação, etc. Dife-rentemente, este livro tem o mérito de ser escrito a partir da fi-losofia e, nesse sentido, se mantém fiel ao espírito pareysoniano de manter a estética como filosofia e, com isso, contribuir para pagar a dívida da filosofia na América Latina com o pensamento do filósofo italiano.

A contribuição do presente livro para a reflexão filosófica, para o conhecimento da obra de Luigi Pareyson no Brasil e para o desenvolvimento da estética como disciplina filosófica, são inegáveis. Deste modo, os preconceitos atribuídos ao filósofo italiano podem ser contestados reflexivamente. A ampliação da

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A Tese Fundamental da Estética de Luigi Pareyson

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interpretação apresentada pela autora, isto é, de que a filosofia da existência marca e perpassa toda a obra de Pareyson, permite romper com a leitura que reduz toda sua obra à religião com o intuito de transformá-lo em um filósofo católico. Que Pareyson fosse católico não há dúvidas; contudo, querer convertê-lo em um pensador católico, no estilo restrito de alguns grupos católi-cos conservadores, parece mais um reducionismo. Pareyson está bem mais próximo da ideia de um católico heterodoxo.

Tenho a convicção de que os estudos pareysonianos, ainda que escassos no mundo, serão em muito enriquecidos com a pu-blicação deste novo texto. Que a partir dele, em curto prazo, se dê o surgimento de mais outros que venham a permitir que sigamos pensando em um diálogo crítico com Luigi Pareyson.

Luis Uribe Miranda Doutor em Filosofia pela Università degli Studi di Torino Professor Titular da Universidad Católica Silva Henríquez -

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Vida e Obra

Luigi Pareyson nasceu em Piasco no Valle d’Aosta, província situada ao norte da península itálica em 4 de fevereiro de 1918; faleceu em 1991, próximo a Milão, pode ser considerado uma das eminentes revelações filosóficas italianas do século XX. Para um pensador personalista uma estética da contemplação ou da expressão apenas, não dava conta da estética, por essa razão, en-tende que havia chegado a hora de pôr a ênfase na produção, na formatividade. Pareyson tornou conhecido na Itália o “circuito” dominado pelo existencialismo alemão. Aos 21 anos, apresentou a sua tese de conclusão do Curso de Filosofia na Universidade de Turim, intitulada La filosofia dell’esistenza e Carlo Jaspers, cuja primeira edição foi publicada no mesmo ano, em 19398. Sua tra-jetória filosófica tem o intuito de evidenciar que toda experiên-cia especulativa requer um diálogo com o pensamento do autor. Pareyson dialoga com a antiguidade clássica, não pode deixar de considerar os limites histórico-culturais estruturais e situacionais que circulam a obra de arte.

O termo “estética da formatividade” é considerado pouco ele-gante pelo próprio Pareyson, no entanto, a escolha dar-se em rela-ção à “estética da forma”. A intervenrela-ção das outras atividades na operação artística é pura formatividade: “a obra de arte implica um

8. A segunda edição, revisada, é publicada no ano seguinte. Essa obra ultrapassou a complexidade da especulação filosófica de Karl Jaspers, apresentando a discussão de testemunhos e aspectos essenciais de outros existencialistas. Em 1983, todavia, publicou-se uma edição, intitulada apenas Karl Jaspers (Editora Marietti), reedi-tada em 1997, cujo prefácio contém uma bibliografia sobre o existencialismo em geral e o elenco da bibliografia de Karl Jaspers. O interesse pelo existencialismo manteve-se na promessa à reedição de 1983, com a inclusão do texto Nuovi

Referências

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