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6012/16 mjb 1 DGC 2B

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Conselho da União Europeia Bruxelas, 15 de fevereiro de 2016 (OR. en) 6012/16 COHOM 14 COPS 49 CONUN 26 COASI 14 MAMA 27 COEST 27 COAFR 32 CFSP/PESC 117 GENDER 7 RESULTADOS DOS TRABALHOS

de: Secretariado-Geral do Conselho

data: 15 de fevereiro de 2016

para: Delegações

n.º doc. ant.: 5851/16 COPS 42 COHOM 11 CONUN 21 COASI 8 MAMA 25 COEST 15

COAFR 23 CFSP/PESC 91 GENDER 6

Assunto: Prioridades da UE nas instâncias das Nações Unidas consagradas aos

direitos humanos em 2016

- Conclusões do Conselho (15 de fevereiro de 2016)

Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre as Prioridades da UE nas instâncias das Nações Unidas consagradas aos direitos humanos em 2016, adotadas pelo Conselho na sua 3447.ª reunião, realizada em 15 de fevereiro de 2016.

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ANEXO CONCLUSÕES DO CONSELHO

PRIORIDADES DA UE NAS INSTÂNCIAS DAS NAÇÕES UNIDAS CONSAGRADAS AOS DIREITOS HUMANOS EM 2016

1. No 10.º aniversário do Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas e antes da sua 31.ª sessão, a UE reafirma o seu forte compromisso com os organismos das Nações Unidas que têm por mandato promover e proteger os direitos humanos. A UE voltará a participar ativamente nos trabalhos do Conselho dos Direitos do Homem e da Terceira Comissão da Assembleia Geral a fim de defender e promover a universalidade, indivisibilidade e

interdependência dos direitos humanos, e continuará a chamar a atenção destas instâncias para as violações e abusos dos direitos humanos em todo o mundo.

2. Saudando a dedicação e o trabalho do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos do Homem e do seu pessoal, a UE continuará a apoiar e defender a integridade, a independência e o funcionamento do Alto Comissariado para os Direitos do Homem, que realiza um trabalho fundamental para a promoção dos direitos humanos em todo o mundo e para a concretização das normas em melhorias no terreno.

3. A UE promove um sistema de direitos humanos das Nações Unidas proativo, reativo e com impacto, e apoia firmemente o aprofundamento da integração dos direitos humanos em todo o trabalho das Nações Unidas. Nesse contexto, a UE procura colaborar com parceiros de todas as regiões para assegurar que os organismos das Nações Unidas prossigam uma agenda temática ambiciosa e que abordem as situações mais graves em matéria de direitos humanos em todo o mundo, condenando clara e veementemente as violações e os abusos dos direitos humanos, bem como a violência e a discriminação.

4. A UE apela a todos os Estados para que colaborem plenamente com os procedimentos especiais seguidos pelo Conselho dos Direitos do Homem da ONU, assegurando

nomeadamente aos titulares de mandatos o acesso sem entraves aos cidadãos e à sociedade civil, bem como o contacto com os mesmos. A UE sublinha a importância do Exame

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5. Os organismos de defesa dos direitos humanos da ONU deverão dar a maior atenção à crise humanitária e de direitos humanos na Síria, que é a mais grave e terrível da história recente. A UE exorta ao cessar imediato das violações e abusos dos direitos humanos por parte do

regime de Assad e de todas as outras partes no conflito; apoia a continuação do trabalho da Comissão de Inquérito; insta todos os intervenientes a permitir o acesso imediato, sem entraves e permanente da ajuda humanitária; exige a plena responsabilização e o fim da impunidade; e reitera novamente o seu apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que submeta ao Tribunal Penal Internacional a questão da situação na Síria. A UE

continua igualmente a condenar veementemente os abusos continuados, graves, sistemáticos e generalizados dos direitos humanos por parte do Daexe, inclusive na Síria, no Iraque e na Líbia, e apela à responsabilização por estes atos. Além disso, a UE insta o Governo do Iraque, bem como o Governo Regional do Curdistão, a respeitar os direitos de todos os cidadãos iraquianos e assegurar que as alegações de violações e abusos sejam plenamente investigadas. 6. No contexto da grave situação dos direitos humanos em curso na RPDC, a UE continuará a

colaborar com o Japão e com parceiros que partilhem da mesma visão, para chamar a atenção para as violações dos direitos humanos cometidas pela RPDC e para manter a dinâmica dos esforços internacionais de responsabilização; renova também o apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que pondere a apresentação da questão da situação na RPDC ao Tribunal Penal Internacional.

7. A UE porá em relevo as violações e os abusos graves dos direitos humanos no contexto do conflito no leste da Ucrânia e a situação profundamente preocupante dos direitos humanos na península da Crimeia, cuja anexação ilegal pela Federação da Rússia a UE não reconhece e continua a condenar. A UE apoia plenamente a missão da ONU de observação da situação dos direitos humanos na Ucrânia e apela a todos os intervenientes para que respeitem o direito internacional em matéria de ajuda humanitária e de direitos humanos. O reforço global do Estado de direito continua também a ter uma importância crucial para o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais na Ucrânia.

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8. A UE garantirá que seja dada uma maior atenção à deterioração da situação dos direitos humanos no Burundi, e reitera o seu apelo a que cessem a violência e os abusos e violações dos direitos humanos. A UE continuará a insistir para que o CDH dê uma resposta apropriada e eficaz à situação preocupante que se vive no Sudão do Sul, onde as hostilidades levaram a violações maciças dos direitos humanos. A UE volta a condenar os abusos dos direitos humanos cometidos pelos grupos terroristas em África, em particular os ataques do Boko Haram contra mulheres e crianças. Neste contexto, no Ano Africano dos Direitos Humanos, a UE colaborará com os parceiros africanos para apoiar a ação do Conselho dos Direitos do Homem na República Centro-Africana, no Mali, na República Democrática do Congo, na Eritreia e no Sudão.

9. À luz das atuais violações dos direitos humanos e da elevada taxa de execuções no Irão, e a fim de melhorar a situação dos direitos humanos, a UE voltará a apoiar a prorrogação do mandato do Relator Especial. A UE promoverá também uma atenção adequada do Conselho dos Direitos do Homem para a situação dos direitos humanos na Líbia e no Território

Palestiniano Ocupado. A UE procurará igualmente as medidas adequadas no que respeita à deterioração da situação humanitária e dos direitos humanos no Iémen. A UE continua preocupada com as pessoas condenadas à morte na Arábia Saudita por ações cometidas quando eram menores e com as execuções em massa. A UE continuará a acompanhar atentamente a situação dos direitos humanos na Bielorrússia.

10. Saudando as eleições históricas em Mianmar/Birmânia em novembro de 2015, a UE

continuará a rever as suas iniciativas à luz da evolução da situação no terreno, incentivando o novo governo a tomar medidas rápidas e ambiciosas para abordar as preocupações existentes em matéria de direitos humanos e a realizar mais melhorias. A UE acompanhará também de perto os esforços do Sri Lanca no sentido de dar resposta às questões dos direitos humanos e de estabelecer um processo credível de justiça transicional, responsabilização e reconciliação.

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11. A UE é uma firme defensora da abolição da pena de morte, a que se opõe em todas e

quaisquer circunstâncias. A UE pronunciar-se-á contra as execuções, em particular quando se trata de execuções em massa ou quando a pena de morte é aplicada a crimes cometidos por menores de 18 anos. A UE continuará a chamar a atenção para as violações das normas mínimas. Preocupada pelo número de países que estão a retomar as execuções, a UE

procurará reforçar o apoio interregional à resolução relativa a uma moratória sobre a pena de morte na Assembleia Geral. A UE pronunciar-se-á igualmente e apoiará os esforços das Nações Unidas contra a tortura e outras penas ou formas de tratamento cruel, desumano ou degradante.

12. A UE continuará a defender a liberdade de opinião e de expressão em geral e em linha, bem como a liberdade de associação e reunião, enquanto pedras angulares da democracia e elementos que contribuem para a resolução pacífica de conflitos. Valorizando uma parceria sólida com a sociedade civil, a UE opõe-se à imposição de restrições injustificadas ou desproporcionadas às atividades, registo e acesso ao financiamento das organizações da sociedade civil, inclusive em nome da luta contra o terrorismo. A UE condena ainda todas as formas de assédio, intimidação ou perseguição, incluindo ataques violentos e assassinatos, dirigidas a defensores dos direitos humanos, jornalistas ou bloguistas, e lamenta todos os atos de represália contra pessoas e organizações da sociedade civil por colaborarem com as Nações Unidas.

13. A UE promoverá os princípios da igualdade e da não discriminação, opondo-se firmemente a qualquer tipo de discriminação, nomeadamente a discriminação baseada na orientação sexual e na identidade de género. A UE reafirma a oposição firme e global a todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância associada. A UE continuará

igualmente a promover a liberdade de religião ou crença e a opor-se firmemente à intolerância religiosa, e apela a uma maior proteção das pessoas pertencentes a minorias religiosas e outras contra a perseguição e a violência. Tendo em conta que a liberdade de religião ou crença e a liberdade de expressão são interdependentes, a promoção de ambas é fundamental para a luta contra a intolerância e a discriminação baseada na religião ou crença.

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14. Decidida a promover a igualdade de género, a emancipação das mulheres e o reforço dos direitos da mulher, o Conselho recorda as suas conclusões de 26 de maio de 2015 sobre o Género no Desenvolvimento e reitera o seu firme empenhamento na igualdade de género, nos direitos humanos, na emancipação das mulheres e das raparigas e na erradicação da violência baseada no género. A UE continua empenhada na promoção, proteção e observância de todos os direitos humanos e na aplicação plena e efetiva da Plataforma de Ação de Pequim e do Programa de Ação da CIPD e dos resultados das respetivas conferências de revisão e, neste contexto, da saúde sexual e reprodutiva, bem como dos direitos conexos. A UE continuará a envidar esforços para aplicar efetivamente a Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das resoluções subsequentes sobre as mulheres, a paz e a segurança. Além disso, a UE intensificará os seus esforços no sentido de prevenir e eliminar todas as formas de violência contras as mulheres e raparigas em todo o mundo.

15. De acordo com a sua política de longa data, a UE continuará a trabalhar no sentido de promover e proteger os direitos da criança no mundo. A UE reforçará o seu trabalho de proteção de raparigas e rapazes de todas as formas de violência e abuso, exploração sexual e práticas nocivas, como a mutilação genital feminina e o casamento infantil, precoce ou forçado. A UE continuará também empenhada nos esforços internacionais para proteger e ajudar as crianças afetadas pelos conflitos armados.

16. A UE destaca a importância de uma aplicação exaustiva e eficaz da Agenda 2030,

nomeadamente através de uma abordagem baseada nos direitos, que abranja todos os direitos humanos e a igualdade de género, a fim de atingir os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável, e defenderá a promoção e a proteção dos direitos humanos no contexto das alterações climáticas. Em 2016, a UE irá também intensificar os esforços para aprofundar a proteção e a promoção dos direitos económicos, sociais e culturais. A UE implementará e promoverá igualmente, inclusive com países terceiros, os princípios orientadores das Nações Unidas sobre empresas e direitos humanos e apoiará os esforços no sentido de melhorar o acesso a recursos efetivos.

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17. A UE destacará a importância do cumprimento do direito internacional em matéria de

refugiados e da proteção dos direitos humanos dos requerentes de asilo, refugiados, migrantes, e todas as pessoas deslocadas, em especial tendo em conta os riscos específicos enfrentados por mulheres e crianças. A União, entre muitos outros, está confrontada com um grande desafio de resposta à crise mundial de refugiados, mas mantém-se inabalável no seu compromisso de garantir o direito de asilo e o mais alto nível de proteção dos direitos humanos para todos.

18. Cinquenta anos depois da adoção dos Pactos Internacionais sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais e sobre os Direitos Civis e Políticos em 1966, a UE faz um novo apelo à sua ratificação universal. Recordando o Quadro Estratégico para os Direitos Humanos e a Democracia e o Plano de Ação para os Direitos Humanos e a Democracia (2015–2019), a UE reafirma o seu empenhamento na universalidade, indivisibilidade e interdependência de todos os direitos humanos. A UE incentivará países, organizações e partes interessadas de todas as regiões, nomeadamente através do Representante Especial da UE para os Direitos Humanos, a promover a concretização de todos os direitos humanos em todos os lugares e para todas as pessoas.

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