• Nenhum resultado encontrado

DECLÍNIO DA CAPACIDADE ATENCIONAL NO IDOSO: UMA INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DECLÍNIO DA CAPACIDADE ATENCIONAL NO IDOSO: UMA INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PSICOPEDAGOGIA

TICYANA KARLA ROCHA CARDOSO

DECLÍNIO DA CAPACIDADE ATENCIONAL NO IDOSO: UMA

INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Orientadora: Prof.ª Mrs.ª Tânia Lúcia de Amorim Colella

JOÃO PESSOA 2016

(2)
(3)

DECLÍNIO DA CAPACIDADE ATENCIONAL NO IDOSO: UMA INVESTIGA-ÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Resumo: O presente artigo procurou compreender o processo de declínio atencional, buscando conhecer como se dá esse processo na fase do envelhecimento, propondo uma investigação psicopedagógica em idosos ativos participantes de grupo de convivência, com baixa escolaridade, utilizando instrumento avaliativo psicopedagógico elaborado para identificar a capacidade atencional nos participantes. Participaram desse estudo, 15 idosos do gênero feminino com idade entre 65 a 80 anos. A investigação realizada configura-se como bibliográfica e pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, de caráter exploratório e descritivo. É importante ressaltar que este trabalho proporcionou identificar como se dá o declínio atencional em idosos, permitindo reconhecer que existe um declínio próprio dessa fase do desenvolvimento humano, e que a psicopedagogia precisa apresentar alternativas terapêuticas, capazes de minimização/preservação do declínio, que diagnosticado precocemente, por atividades capazes de identificar tais dificuldades, como foi feito no estudo ora apresentado, torna possível a terapêutica Psicopedagógica exitosa.

(4)

1 INTRODUÇÃO

A pesquisa realizada, de concepção Psicopedagógica, perspectivou compreender o processo de declínio atencional, buscando conhecer como se dá o processo de declínio na capacidade atencional, na fase do envelhecimento, identificando a capacidade de foco atencional em idosos ativos.

A motivação pessoal para esse estudo foi despertada pelo fato que, a população idosa cresce de forma acelerada e necessita de atenção qualificada, para manter o desempenho cognitivo. O interesse por tal pesquisa foi aumentado ao constatar a carência de produção de conhecimento acadêmico e técnicas avaliativas/interventivas capazes de identificar, minimizar e/ou tratar a problemática cognitiva desse segmento populacional, que clama por atenção. Assim, surgiu a interrogação impulsionadora para a pesquisa: como se dá o processo de declínio atencional em idosos ativos?

A investigação desenvolvida tem relevância social, científica e acadêmica. Social por ter a possibilidade de produzir benefício direto para a sociedade em geral e especificamente ao segmento idoso, levando à solução de problemas instalados na sociedade contemporânea. A relevância científica reside na possibilidade de gerar conhecimentos capazes de contribuir com o campo do saber constituído pelo entrelaçamento de ciências que, charneiramente, se unem para dar conta da complexidade do fenômeno envelhecimento na dimensão da aprendizagem. A importância acadêmica se revela na possibilidade de dar contribuições inovadoras ao desenvolvimento de processos ensino/aprendizagem que atendam às especificidades cognitivas do ser em envelhecimento.

Esse estudo foi iluminado pelas contribuições teóricas de Diene E. Papalia, com conhecimentos gerais sobre o desenvolvimento senescente e de Franklin Santos com saberes acerca das especificidades do declínio cognitivo/atencional. A leitura desses teóricos possibilitou entender que no processo do envelhecimento ocorrem diversas perdas significativas, principalmente envolvendo a atenção explícita que se refere em direcionar a atenção em um determinado objetivo. Tais conhecimentos embasaram a construção de instrumento avaliativo que recolheu dados reveladores com idosos, mesmo, ativos apresentam declínio atencional.

(5)

A investigação realizada configura-se como bibliográfica e pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, de caráter exploratório e descritivo. Tendo dimensão exploratória também quanto ao uso do instrumento, estando o mesmo em fase de construção, sendo esse o primeiro momento de sua utilização.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para compreender o processo do declínio atencional no envelhecimento, buscou-se conhece-lo partindo de leituras de revisão, sobre o debuscou-senvolvimento geral nessa fabuscou-se evolutiva. Nesse intento, Papalia (2009) constituiu a principal contribuição teórica. A partir dela foi bastante viável a tessitura de conhecimentos gerais sobre o desenvolvimento senescente e especificidades do declínio atencional. Em que se ilumina a ideia de que o processo de envelhecimento causa mudanças físicas, emocionais e sociais, e com elas o declínio cognitivo, quer sejam em idosos ativos ou acometidos por doenças, caso em que a atenção é ainda mais prejudicada. Situação para qual é recomendada atividade física como elemento essencial para melhorar o estado de alerta mental e o desempenho cognitivo, evitando a depressão, elevando o ânimo.

Os estudos realizados, usando a contribuição teórica de Santos (2010), permitiram compreender que o declínio atencional no processo de envelhecimento implica em perda cognitiva, muitas vezes colocada como queixas de “dificuldades de memória”, que ao serem avaliadas, são identificadas como comprometimentos atencionais. Nesses casos se identifica a função cognitiva da memória funcionando em parâmetro de normalidade. Contudo, sendo afetada por dificuldades de foco atencional que se apresenta como principal alteração cognitiva comprometendo a velocidade de processamento e outras funções cognitivas. Esse funcionamento comprometido costuma deixar idosos e pessoas que os acompanham com falsa impressão de comprometimento da memória.

A atenção é definida como uma habilidade complexa e multidimensional, podendo ser divididas em dois componentes: a atenção explícita referente aos processos conscientes como a fixação visual intencional em um foco de atenção; e a atenção implícita, relativa aos processos não conscientes como a atenção a estímulos visuais que não são o alvo e estão na periferia do campo visual (SANTOS, 2010).

(6)

Conceituando mais amplamente, a atenção pode ser vista como um fenômeno que administra grande quantidade de informações disponibilizadas ao organismo através dos sentidos, podendo se classificar em quatro tipos de atenção: A atenção seletiva, em que ocorre a seleção de um estimulo mediante a exclusão de outros; atenção concentrada, em que se mantem o foco em um estimulo; atenção alternada, em que há combinação de informações recebidas pelo cérebro; atenção dividida, ocorrendo quando há estímulos em duas situações distintas.

Foi possível entender que, na fase do envelhecimento, ocorrem mudanças no cérebro tornando seu funcionamento gradativamente mais lento, com perdas de neurônios atribuídas a diminuição de massa cerebral. E quando esses idosos possuem fatores de risco, como: escolaridade baixa e a falta de atividades mentais, as dificuldades no desempenho cognitivo global apresentam-se maiores. Fato que aponta para a importância das atividades que podem ser desenvolvidas durante o envelhecimento

A partir das ideias de Santos (2010), corrobora-se que, em função da realidade dos idosos brasileiros, marcada pelas dificuldades de acesso, sobretudo para o gênero feminino, à informação/escolarização/formação, evidencia-se a necessidade de traçar avaliações e intervenções compatíveis com a escolaridade e o universo cultural desses idosos, expostos a poucas oportunidades sócias educacionais e de acesso a bens culturais e serviços, fator comprometedor do desempenho cognitivo. A redução de velocidade no processamento de informações é a principal alteração cognitiva observada, implicando em maior dificuldade de manipulação de informações simultâneas e manutenção do foco atencional.

A partir da contribuição desse pesquisador da estimulação cognitiva para idosos, numa abordagem médica, entende-se que o idoso apresenta alterações quantitativas, passiveis de serem identificadas numa avaliação cognitiva mais detalhada. Atualmente, há diversos testes sendo utilizados para avaliação de declínio cognitivo, voltados principalmente para as alterações quantitativas da memória. A maioria desses testes é de domínio dos médicos e psicólogos que avaliam o desempenho cognitivo e foram construídos para pessoas com elevada escolaridade. O que os tornam inadequados para nossa realidade marcada pela heterogeneidade sociocultural e baixa escolarização.

(7)

Tal limitação avaliativa do declínio cognitivo para as especificidades de nossos idosos, aponta para necessidade de construção de instrumentos adaptados. Para tanto, esse trabalho ousou em ser uma primeira elaboração com a proposta de um questionário psicopedagógico avaliativo do declínio de memória e atenção em idosos. A construção desse recurso avaliativo foi inspirada em recursos psicopedagógicos e no MEEM – Miniexame do Estado Mental, teste elaborado por profissional da medicina e utilizado por diversos profissionais de saúde, sendo de domínio público.

No modelo médico, a avaliação cognitiva tem como um de seus objetivos principais, diferenciar o envelhecimento normal do patológico. Isto é, determinar se o desempenho observado em tarefas cognitivas está dentro da faixa da normalidade para a idade e para a escolaridade do idoso, ou se indica declínio além do esperado, o que poderia sinalizar indícios de comprometimento. A avaliação documenta: a presença ou ausência de déficits cognitivos para as principais funções, (FREITAS, 2002).

Em formato psicopedagógico, se buscou identificar o comprometimento no foco atencional na premissa de Sánchez (2008) em que a avaliação psicopedagógica deve nos permitir dispor de informações relevantes, não apenas em relação às dificuldades apresentadas por um determinado indivíduo ou grupo, mas também, as suas capacidades e potencialidades. Para tanto foi empreendido esforço na construção de atividade avaliativa, com uso predominantemente de imagens em detrimento de letras, adaptando ao contexto diário dos idosos ativos com baixa escolaridade.

3 CAMINHO METODOLÓGICO

A investigação desenvolvida é caracterizada, segundo os objetivos, como exploratória, por ser a primeira aproximação do tema com perspectiva de buscar informações e dados visando criar maior familiaridade com o fenômeno, também descritiva, por levantar características conhecidas do fenômeno. Segundo as fontes de dados é uma pesquisa de campo, na qual foram recolhidos dados no lugar natural onde ocorreu o fenômeno.

De acordo com os procedimentos de coleta de dados, foi uma pesquisa de levantamento, em que se obtiveram informações a respeito da problemática, também um estudo de caso, por selecionar um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de

(8)

aprofundar-lhe os aspectos característicos. Além disso, apresenta um caráter bibliográfico segundo as fontes de dados e segundo os procedimentos de coleta de dados.

3.1 PARTICIPANTES

Participaram desse estudo, 15 idosos ativos, entre 65 e 80 anos de idade, com baixo nível de escolaridade, todas do gênero feminino, integrantes do grupo de convivência do USF – Unidade de Saúde da Família – Integrada Santa Clara, do bairro Castelo Branco, intitulado Grupo de Convivência Alegria.

3.2 INSTRUMENTOS

O instrumento utilizado (apêndice. A), foi elaborado com propósito de avaliar a memória e atenção para atender a um estudo maior que se inicia sob a coordenação da Professora Tânia Colella e colaboração das estudantes Ticyana Karla e Wellane Lima. O questionário está sendo desenvolvido como alternativa investigativa, visto que, não dispomos de instrumentos psicopedagógicos avaliativos do declínio cognitivo de idosos, em geral e em particular, do declínio de foco atencional. Para uma coleta de dados junto aos participantes da realidade pesquisada, acima caracterizado. Dessa forma, esclarecemos a condição exploratória também do instrumento utilizado. Em que a sua utilização se deu em uma experiência piloto.

O questionário em experimentação foi montado em três blocos. O primeiro voltado para informações gerais acerca do participante, em que se recolhem dados pessoais e informativos das condições sensoriais e hábitos de vida que refletem na capacidade de memória e atenção. O segundo se constitui de questões/atividades específicas para a verificação do declínio da memória. E o terceiro formado por questões/atividades avaliativas do declínio atencional.

O segundo e terceiro blocos foram montados levando em consideração as especificidades do grupo pesquisado, mulheres domésticas com baixa escolarização. Para tanto, utilizou-se de questões ilustradas com imagens que fazem parte do cotidiano das participantes. Na elaboração das questões inspirou-se em outros instrumentos

(9)

avaliativos, a exemplo do MEEM (mini exame do estado mental) teste de domínio público que provocou ideias para construção de questões avaliativas do declínio de atenção.

Nesse artigo, os dados utilizados foram os recolhidos no primeiro e terceiro blocos do instrumento, voltados para informações gerais e a condição atencional, com o intuito de investigação do declínio. A aplicação foi feita individualmente, evitando assim, leitura e escrita em função da baixa escolaridade predominante entre os participantes. Dessa forma, elaborou-se atividade compatível com o universo cultural desses idosos, em que a baixa escolaridade reflete no desempenho cognitivo.

3.3 PROCEDIMENTOS

. Após contato com agentes representantes da coordenação do grupo de convivência, aos quais se prestou informações e esclarecimentos sobre o estudo a ser desenvolvido, obteve-se a autorização para o desenvolvimento do trabalho. A aplicação do questionário psicopedagógico avaliativo do declínio de memória e atenção foi agendada para o dia 04/05/2016, às 08h00hs. Foi explicado para o grupo de idosos em que consistia o trabalho a ser desenvolvido e obteve-se a concordância dos participantes, conforme termos de consentimento livre esclarecido (Apêndice A),

devidamente assinado, e procedeu-se a aplicação do instrumento.

Não foi limitado tempo para execução das questões, buscando assim, respeitar as limitações individuais de cada idoso. Acreditando que cada indivíduo tem seu próprio tempo para realizá-la. Levando em conta que o tempo poderia ser um fator negativo, podendo fazer com que o participante se sentisse pressionado ou ansioso, prejudicando assim, sua concentração, interferindo no seu desempenho. Houve o cuidado de planejar atividades recreativas e de alongamento, desenvolvida pelo educador físico com todo grupo enquanto eram aplicados os questionários. Evitando que a espera pelo atendimento produzisse ansiedade. Em média, a aplicação dos questionários teve duração de 15 minutos para cada participante.

(10)

3.4 ANÁLISE DE DADOS

Após a coleta de dados, os questionários foram analisados quantitativamente, para definir o perfil dos participantes com uma investigação, que apresentavam características capazes de identificar o declínio atencional em idosos ativos no grupo de convivência, buscando informações de hábitos e atividades desenvolvidas diariamente de cada idosa, fazendo uso de estatística descritiva informando percentuais. As atividades ilustradas foram analisadas qualitativamente, buscando compreender o declínio atencional, avaliando/identificando desempenho da capacidade de manter o foco atencional.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

É importante ressaltar, que esta pesquisa visou oferecer contribuições para compreender o processo de declínio atencional em idosos, sabendo que nessa fase do envelhecimento existem perdas cognitivas dentro da normalidade, podendo ser identificadas por algumas características capazes de contribuir para esse declínio.

Os participantes da pesquisa foram 15 idosos ativos, 100% do gênero feminino e com baixa escolaridade, por esse motivo não foi feita aplicação do instrumento avaliativo coletivamente e sim individualmente, para que nenhuma questão fosse deixada de responder, durante a aplicação as idosas relatavam que existia uma dificuldade na memória e desconhecia o fator do declínio atencional, que ao ser investigadas por questões voltadas a atenção ficaram surpresas, em saber que a falta de alguns fatores do cotidiano poderiam levar, a algumas dificuldades atencionais.

Analisando os dados recolhidos acerca de hábitos, características e condições que possam influenciar no declínio atencional, verificou-se que 40% das participantes têm problemas com o sono e sentem sonolência durante o dia. Sobre a condição visual, os dados revelaram que 99% apresentaram dificuldades na visão, usam óculos há mais de cinco anos, e em alguns casos ocorreram cirurgias, 60% dos participantes apresentaram diminuição da audição, e frequentemente têm zumbidos.

Os hábitos alimentares revelados por 60% dos participantes são classificados como inadequados, caracterizados pelo pouco consumo de saladas verdes, peixes e

(11)

carnes vermelhas. Indagados sobre a atividade cognitiva, 80% dos participantes externaram que não costumam “exercitar a mente” (termo usado com sentido de atividades cognitivas, por ser mais acessível ao entendimento das participantes). Dado que revela a falta de estimulação cognitiva, tão indicada para que seja preservada a capacidade de foco atencional e um bom funcionamento cognitivo no envelhecimento, afirmativa enfatizada por Santos (2010).

As idosas participantes da pesquisa não têm o hábito de fazer exercícios cognitivos. Para elas as atividades físicas realizadas no grupo são importantes e prazerosas, descartando as atividades cognitivas diárias e demonstrando desinteresse por elas, apresentando assim, um risco maior para um declínio da capacidade atencional.

Os dados recolhidos, iluminados pelo referencial teórico utilizado, nos permitiu identificar e conhecer como se dá o declínio atencional em idosos, em que a grande maioria dos participantes revelou hábitos e características capazes de contribuir para o processo de declínio atencional. A maioria revelou que tem dificuldades de atenção, comprometendo o desenvolvimento de atividades da vida diária, como: circular sem embaraços no espaço doméstico, além de frequentemente tropeçarem em objetos parados e deixarem objetos cair das mãos com facilidade.

Perguntados sobre o tempo que convivem com as dificuldades, o grupo revela que em média ocorrem entre 2 e 5 anos, demonstrando que o início do declínio atencional é relativamente recente. Caso para o qual as atividades Psicopedagógicas de estimulação são recomendadas com boa prospectiva. Sánchez (2008) lembra que, na atuação psicopedagógica é possível recolher dados relevantes, não apenas em relação às dificuldades apresentadas por um indivíduo ou grupo, mas também, as capacidades e potencialidades, devendo ser trabalhadas cognitivamente.

Nas atividades ilustrativas, foi observado que houve dificuldade em manter o foco atencional. No primeiro momento (lâmina 8), obteve-se a atenção dentro do esperado voltada a faixa etária No segundo momento (lâmina 9 e 10), foi trabalhada a atenção explícita, no qual foi exigido um foco atencional. Nessa atividade demonstraram dificuldade em manter o foco. A maioria das participantes não alcançou um número de acertos esperados, demonstrando lentidão no processamento de informações, corroborando o que diz Santos (2010) a principal alteração cognitiva no idoso é a redução no processamento de informações em manter o foco atencional.

(12)

Os estudos feitos e a experiência avaliativa vivida com idosas do grupo alegria, nos colocou diante das limitações atencionais próprias do momento evolutivo por elas vivido. E permitiu observar que o entendimento que se tem de “vida ativa”, volta-se para ideia de atividade física, e que a atividade cognitiva não é vislumbrada como elemento necessário à saúde e preservação atencional. Sobre isso, Schwartz (2002), diz que a psicopedagogia, pode contribuir com atividades minimizadoras do declínio atencional, por meio de estimulação prazerosa que deem sentido à realização de atividades cognitivas, proporcionando bem-estar.

Diante do resultado apontando para o declínio atencional, também em idosos tidos como ativos, cabe pensar o alcance da atividade que vem sendo praticada. Mesmo o declínio atencional, sendo normalmente esperado no envelhecimento, é possível preserva-lo, impedindo a aceleração desse processo por meio de atividades cognitivas criteriosamente elaboradas, com os recursos que a Psicopedagogia pode oferecer. Dando sentido a uma preservação de vida saudável.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa proporcionou conhecer como se dá o declínio atencional em idosos, permitindo reconhecer que existe um declínio próprio dessa fase do desenvolvimento humano. Fenômeno sobre o qual as pesquisas médicas apresentam estudos avançados, diferenciando o normal e o patológico. Em que a psicopedagogia precisa apresentar alternativas terapêuticas, capazes de minimização/preservação do declínio, que se diagnosticado precocemente, por atividades capazes de identificar tais dificuldades, como foi feito no estudo ora apresentado, será possível identificar algumas alterações em fase inicial, momento propício para terapêutica Psicopedagógica exitosa, que se não se processar tenderá ao desenvolvimento de perdas acentuadas, impedindo o bom funcionamento cognitivo. Por esse motivo merecem atenção e cuidados específicos dos profissionais, que devem atender bem esse segmento da população em crescimento, que precisa das ciências para melhor atender as suas demandas.

(13)

O estudo realizado foi de extrema importância para a formação do graduando e para o campo do saber psicopedagógico, podendo contribuir com a sistematização de atividade com finalidade avaliativa voltada ao declínio atencional. Em que um instrumento piloto começou a ser utilizado, podendo evoluir e oferecer contribuições ainda mais relevantes a estudos futuros voltados para avaliação e tratamento das perdas cognitivas em idosos.

Talvez a maior contribuição que essa pesquisa pôde oferecer, é o despertar para melhor investigação do declínio atencional em idosos ativos, como os que estudamos. Participantes de atividades físicas, convívio social e mesmo assim apresentam declínio atencional. Por esse motivo, defendemos que a estimulação por atividades cognitivas é tão importante quanto as atividades físicas. Lembrando que para o funcionamento cognitivo ser preservado, precisa ser trabalhado/estimulado. Consideramos ser necessário desenvolver sistematizações psicopedagógicas, com proposta de promover estimulação cognitiva em idosos, evitando declínio acelerado e preservando a autonomia.

Afinal, com estilos de vida diferentes, os idosos precisam ser incluídos, serem produtivos e terem relação social satisfatória, com incremento de atividades cognitivas no seu cotidiano, resultando no bom funcionamento e contribuindo para uma vida saudável.

(14)

DESCENSO DE LA CAPACIDAD DE ATENCIÓN EN LOS ANCIANOS: UNA INVESTIGACIÓN PSICOEDUCATIVA

RESUMEN

Resumen: Este artículo tiene como objetivo comprender el proceso de descenso de

atención, buscando conocer cómo este proceso se lleva a cabo durante el proceso de envejecimiento, que propone una investigación psicoeducativa en el grupo de sujetos activos de edad avanzada con bajo nivel educativo, fue utilizado la herramienta de evaluación psicopedagógica diseñado para identificar la capacidad de atención en los participantes. Participaron en este estudio, 15 mujeres de edades 65-80 años. La investigación se configura como bibliográfica y la investigación de campo, un estudio de caso, exploratorio y descriptivo. Es importante destacar que este trabajo ha tratado de identificar cómo es la disminución de atención en las personas mayores, lo que permite reconocer que hay una disminución adecuada de esta fase del desarrollo humano, y que la psicología de la educación debe presentar alternativas terapéuticas que minimicen y preserven de decadencia que diagnosticado mercado temprano, por las actividades capaces de identificar estas dificultades, como se hizo en el estudio que aquí se presenta, hace posible la terapia psicopedagógica eficiente.

(15)

REFERÊNCIAS

FERNÁNDEZ, Alicia. A atenção aprisionada, psicopedagogia da capacidade atencional, ed. Penso 2012.

FREITAS, Elizabete Viana. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, terceira edição, 2002.

PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento humano, ed. Artmed, décima edição, 2009. SANTOS, Franklin. Estimulação cognitiva para idosos, ed. Atheneu.

SÁNCHEZ-Cano, Manuel. Avaliação Psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2008. SCHWARTZ, G. M. Dinâmica Lúdica: novos olhares. In: Rita de Cássia de Souza Fenalti (org.). A conduta lúdica e a terceira idade. Barueri: Manole, 2004, p. 87-107. ZIMERMAN, L.Guiter. Velhice aspectos biopsicossociais, ed. Artmed, 2008. http://revistas.ung.br/index.php/3setor/article/view/1254,revisado no dia 09/05/2016. http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/21/211 12012211527.pdf,revisado no dia 09/05/2016.

(16)

APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOPEDAGOGIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esta pesquisa está sendo desenvolvida pelas alunas Ticyana Karla Rocha Cardoso e Wellane Lima de Oliveira sob orientação da Professora Tânia Lúcia Amorim Colella ambas do Curso de Psicopedagogia da UFPB. O objetivo desta pesquisa é compreender o processo de declínio atencional e Mnemônico do idoso participante de grupo de convivência.

A sua participação na pesquisa é voluntária e, portanto, o (a) senhor não é obrigado (a) a fornecer as informações e/ou participar dos procedimentos requeridos. Caso decida não participar da pesquisa ou resolver a qualquer momento desistir da participação, não sofrerá nenhum dano.

Solicito a sua participação na pesquisa, como também sua autorização para apresentar os resultados desta pesquisa em eventos científicos e publicação em revistas da área de educação e/ou saúde. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo.

Eu,________________________________________, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados.

João Pessoa, _____ de ______________ de 2016.

Pesquisadoras:Ticyana Karla e Wellane Lima Orientadora:Tânia Lúcia Colella

(17)

APÊNDICE B

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOPEDAGOGIA

QUESTIONÁRIO PSICOPEDAGÓGICO AVALIATIVO DO DECLÍNIO DE MEMÓRIA E ATENÇÃO EM IDOSOS

DADOS PESSOAIS

Nome: _____________________________________________ Idade: _______ Gênero: ____________ Escolaridade: ___________________________________

DADOS GERAIS

1. Como é o sono? ( ) Não tem insônia. ( ) Apresenta dificuldades para dormir. ( ) Acorda várias vezes a noite. ( ) Tem sonolência durante o dia.

2. Como é a visão? ( ) Normal. ( ) Usa óculos.

A quanto tempo? __________________________________ ( ) Teve algum problema na visão? Qual? ___________________________

3. Como é a audição? ( ) Normal. ( ) Diminuição de audição.

A quanto tempo? _________________________ ( ) Tem zumbidos? Com que frequência? ___________________________

(18)

4. Costuma consumir diariamente: ( ) Frutas. ( ) cruas. ( ) Verduras-cozidas. ( ) Peixe. ( ) Carne vermelha. ( ) Frango. ( ) Leite. ( ) Agua. ( ) Café.

5. Costuma preparar sua própria refeição? ( ) Sim ( ) Não Faz quantas refeições durante o dia? __________________________________

6. Costuma exercitar a mente? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca Como? ______________________________________________________ QUESTÕES DE MEMÓRIA

1. Esquecem compromissos, atividades com que frequência? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 1.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

2. Esquece a data de seu aniversário e de pessoas próximas? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 2.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

3. Esquece a idade de filhos, netos e ou de pessoas próximas? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 3.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

4. Ao sair de casa, esquece o caminho para retornar? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 4.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

5. Se toma medicação, esquece o horário da mesma? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 5.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

6. Esquece o nome de pessoas do seu convívio? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 6.1.Há quanto tempo ocorrem tais esquecimentos? ( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

(19)

QUESTÕES DE ATENÇÃO

1.Tem dificuldade de atenção para atravessar a rua? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

1.1.Há quanto tempo isso ocorre?

( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

2.Tem dificuldade de atenção para desenvolver as atividades da vida diária ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

2.1Há quanto tempo isso ocorre?

( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos. 3.Tem dificuldade de atenção para desenvolver atividades mentais? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

3.1. Há quanto tempo isso ocorre?

( ) Entre 1 e 2 anos. ( ) Entre 2 e 5 anos. ( ) Entre 5 e 10 anos.

4.Tem dificuldade de atenção para desenvolver as atividades físicas no grupo de convivência?

4.1. Há quanto tempo isso ocorre?

(20)

QUESTÕES COM ILUSTRAÇÕES

1. Na ilustração apresentada (Lâmina 8) você deverá localizar objetos que não se utiliza em quartos. Foram localizados objetos que não se utilizam em um quarto? Se sim, quantos:

( ) 5 ( ) 7 ( ) 10 ( ) 20

2. Observando a sequência de frutas (apresentada na lâmina 9), você deverá identificar, na ilustração apresentada, (Lâmina 9) quantas vezes aparece tal sequência.

( ) 3 ( ) 6 ( ) 10 ( ) 20

3. Existem diferenças entre as duas imagens apresentadas? (Lâmina 10) Sim ( ) Não ( )

Se sim, quantas diferenças foram encontradas? ( ) 7 ( ) 8 ( ) 10 ( ) 20

(21)
(22)
(23)
(24)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, por ser meu maior motivo de consegui realizar meu sonho, sonho esse que parecia tão distante, mas quando Deus quer nada impede, assim diz o senhor: “Agindo Deus quem impedirá ?” (Is 43:13).Agradeço a minha família, meu marido, Antônio Cardoso ( Tony ) por ser compreensivo e esta do meu lado todo tempo, aos meus filhos Matheus e Lucas, por serem minhas joias preciosas, motivo de minha alegria, que meu maior esforço seja deixado de exemplo pra eles. Aos meus pais, principalmente minha mãe que sempre esteve do meu lado me ajudando em todos os momentos que precisei, sei que essa conquista também é dela, por ser a primeira filha formada, aos meus irmãos, Telma e Júnior que de forma indireta me apoiaram. Agradeço também a minha segunda família, Lourdinha (sogra), Toinho (sogro), Adrielle (cunhada) e Andrew (cunhado), que sempre torceram pela minha vitória, agradeço também a minha célula (grupo de oração) por estarem sempre orando por mim, ao meu pastor Narciso Mototo que contribuiu com meu trabalho no resume em espanhol. Esse momento reservo ao grupo do fundão (wellane, Danielle, Mônica, Gilmara, Cris e Nivailda), pessoas que irei guardar pra toda vida, que nas dificuldades acadêmicas nos ajudamos uma as outras, com amizade reciproca. Agradeço a minha orientadora Tânia Colella pelo tempo tirado de sua vida para dedicar-se ao meu trabalho que me conduziu a uma pesquisa voltada aos idosos que foi de imenso prazer, no qual me apaixonei. Termino meu agradecimento muito feliz, em saber que a partir de agora caminharei com meus próprios conhecimentos, adquiridos através dos mestres que encontrei durante todo percurso acadêmico, e tornando-se assim uma Psicopedagoga, em que me esforçarei para dar o meu melhor, diante das dificuldades encontradas.

Referências

Documentos relacionados

Alguns filósofos em muitos lugares faziam menção de quatro tipos de fogo necessários para o trabalho natural, o que correspondia uma das primeiras citações sobre

Abrangendo estudos de crítica textual, edição de textos e história da língua, a Filologia Portuguesa vem ganhando es- paço no cenário brasileiro, uma vez que, a partir de meados de

For instance, D2FA [53] tries to reduce the number of transitions by removing the ones common to pair of states from one of them and by introducing a default transition into it

No que tange à participação da região na produção baiana, observa-se um crescimento da produção, assim como expansão na área cultivada e a diversificação da cultura,

As diferenças mais significativas de humidade do solo entre tratamentos manifestam-se no final do Inverno e início da Primavera em resultado do grau de

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

The DCF model using the Free Cash Flow to the Firm (FCFF) method, estimates in the first place the Enterprise Value of the company, that represents the value of all future cash

Outro exemplo de um dispositivo que se articula ao da alternatividade está no "dispositivo da maternidade" (MARCELLO, 2003), pelo qual é produzida uma experiência