• Nenhum resultado encontrado

SUBSTITUIÇÃO DO DENTE POR IMPLANTE: OS LIMITES DO TRATAMENTO PERIODONTAL Substitution of a tooth by implant: the limits of periodontal therapy

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SUBSTITUIÇÃO DO DENTE POR IMPLANTE: OS LIMITES DO TRATAMENTO PERIODONTAL Substitution of a tooth by implant: the limits of periodontal therapy"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

INTRODUÇÃO

A doença periodontal tem cura. Inúmeros estu-dos demonstraram, de maneira convincente, que mesmo pacientes com doença periodontal avança-da, quando tratados de maneira apropriaavança-da, man-têm sua dentição por toda a vida (Hirschfeld & Wasserman, 1978; Lindhe & Nyman, 1984; Rosling et al., 2001; Axelsson et al., 2004; Lundgren et al., 2008). A literatura demonstra também que dentes saudáveis, mas com o periodonto reduzido, são ca-pazes de suportar extensos trabalhos protéticos por longo tempo (Nyman & Ericsson, 1982). Entretanto, este conhecimento não tem sido utilizado de ma-neira rotima-neira na prática clinica da maioria dos den-tistas.

Por outro lado, o advento e a popularização da terapia com implantes causaram grandes mudanças na forma como os cirurgiões dentistas têm aborda-do seus pacientes. O sóliaborda-do embasamento científico de que a terapia com implantes é viável e eficaz na substituição de dentes perdidos causou certa eufo-ria, tanto no meio profissional quanto entre leigos. Termos definindo a terapia com implantes como a “terceira dentição” demonstram, claramente, como esta técnica terapêutica foi muito bem aceita pela comunidade científica de um modo geral.

SUBSTITUIÇÃO DO DENTE POR IMPLANTE: OS LIMITES

DO TRATAMENTO PERIODONTAL

Substitution of a tooth by implant: the limits of periodontal therapy

Cassiano Kuchenbecker Rösing¹, Tiago Fiorini², José Mariano da Rocha³

RESUMO

A literatura demonstra, de maneira convincente, que a doença periodontal tem cura e que mesmo dentes com reduzido suporte periodontal têm bom prognóstico, des-de que tratados e mantidos des-de maneira ades-dequada. Implan-tes dentários, quando bem indicados e tecnicamente bem executados, também apresentam bons resultados. Porém, existe um certo ceticismo em relação aos limites do trata-mento periodontal por parte de dentistas e pacientes, en-quanto uma popularização crescente está relacionada ao uso de implantes. Uma análise crítica da literatura revela diferenças consideráveis entre as populações estudadas, os desenhos metodológicos e o período de acompanhamen-to de estudos que envolvem dentes e implantes. Faacompanhamen-tores de risco associados à perda dentária, como suscetibilidade à doença e hábito de fumar parecem também estar associ-ados a maiores complicações em implantes. Quando ob-servadas apenas as taxas de sobrevivência, dentes e im-plantes apresentam resultados similares. Entretanto, as complicações biológicas associadas aos implantes (princi-palmente a periimplantite) são comuns e cada vez mais prevalentes com o passar do tempo, embora ainda pouco estudadas. A opção pela extração dentária parece não es-tar ligada apenas ao efeito da progressão da doença periodontal, mas sim, a presença de múltiplos complicadores do prognóstico, como necessidade de tratamento endodôntico, reconstrução protética com pinos e presen-ça de fatores de risco sistêmicos. Com base nos estudos da literatura, a Odontologia necessita fazer uma reflexão crítica sobre o seu papel, especialmente não abreviando a vida de órgãos humanos.

UNITERMOS:

¹ Professor Adjunto de Periodontia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.

² Doutorando em Periodontia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.

³ Mestrando em Periodontia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.

Recebimento: 22/10/08 - Correção: 03/11/08 - Aceite: 25/11/08

Tratamento periodontal, implantes, longevidade dentária, longevidade de implantes, periim-plantite, extração dentária. R Periodontia 2008; 18:34-39.

(2)

A causa de tamanha discrepância de aceitação entre essas técnicas terapêuticas suscita algumas reflexões: a te-rapia com implantes é melhor que o tratamento periodontal em pacientes com doença periodontal avançada? Até onde se deve tratar um dente e a partir de qual momento o uso de implantes se torna a melhor opção? Quais os fatores es-tão associados ao prognóstico mais seguro e a melhor rela-ção custo-benefício?

Devido à relativa simplicidade da técnica e ao crescente acesso à terapia com implantes, um número cada vez maior de dentes tem sido extraído para a colocação de implantes. Neste artigo, não se tem a presunção de fixar regras para a extração ou manutenção de dentes, pois esta é uma ques-tão que envolve inúmeras variáveis, inclusive relacionadas a percepções e desejos do paciente. Entretanto, serão abor-dados alguns fatores associados ao prognóstico e longevidade, tanto de dentes quanto de implantes, os quais serão úteis na escolha da melhor opção terapêutica. Além disso, uma discussão será feita da forma como esta opção por extrair dentes e colocar implantes tem sido feita e suas conseqüências no longo prazo.

Quantidade e qualidade dos estudos

Ao realizar uma busca no PubMed com os termos “PERIODONTAL DISEASE TREATMENT” e “DENTAL IMPLANTS”, percebe-se que dentes têm sido mais estuda-dos que implantes, tanto moderna quanto cumulativamen-te (Figuras 1 e 2). Percebe-se, também, que o número de ensaios clínicos ainda é muito baixo quando comparado ao total de publicações, para ambas as terapias.

Outro aspecto que chama a atenção são os diferentes critérios usados para a definição de sucesso das terapias periodontais e com implantes. Enquanto alguns artigos uti-lizam critérios como conforto mastigatório, estética e apa-rência, outros utilizam apenas a sobrevivência dos dentes e implantes. Quando diferentes pontos de corte para variá-veis como perda óssea e profundidade de sondagem são usados para definição de sucesso, a comparação torna-se ainda mais complicada. Além disso, dependendo do tipo de população estudada e do sistema de implantes avaliado, diferentes taxas de sobrevida são encontradas. Em virtude de tantas peculiaridades, a comparação entre dentes e im-plantes é normalmente realizada através de generalizações, pois a abordagem individualizada de cada aspecto acima ci-tado é praticamente inviável.

O EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL EM DENTES COM DOENÇA PERIODONTAL AVANÇADA

O efeito da terapia periodontal é reconhecido há muito

tempo na literatura odontológica. Estudos clássicos como o de Hirschfeld & Wasserman (1978) demonstraram o resulta-do resulta-do tratamento perioresulta-dontal em 600 pacientes acompa-nhados por um período mínimo de 15 anos, com média de acompanhamento de 22 anos. Os pacientes do estudo fo-ram classificados em 3 grupos, de acordo com o número de dentes perdidos durante o período de acompanhamento: well maintained (n = 499) - perderam de 0 a 3 dentes, downhill (n=76) - perderam de 3 a 9 dentes e extreme downhill (n = 25) - perderam de 10 a 23 dentes. A perda dentária por motivos periodontais foi de 7,1%, sendo que 1,2% dos dentes foram perdidos por outros motivos. Neste estudo, os autores demonstram que mesmo após o longo período de acompanhamento, metade dos pacientes (n = 300) não perdeu nenhum dente, enquanto apenas 4,2% deles (n = 25) foram responsáveis por grande parte das per-das dentárias.

Um dos principais argumentos contra a terapia periodontal (e a favor da colocação de implantes) é de que dentes com reduzido suporte ósseo, mesmo que estáveis do ponto de vista periodontal, são incapazes de suportar reabilitações protéticas. Porém, os benefícios da terapia não foram demonstrados apenas pela sobrevida de dentes, mas também pela manutenção de dentes em função mesmo com

Figura 1 – Número de citações encontradas no PubMed até maio de 2008

(3)

reduzido suporte periodontal. Nyman & Ericssson (1982) avaliaram a estabilidade dos parâmetros clínicos periodontais em pacientes com avançada doença periodontal tratados e mantidos ao longo de um período de 8-11 anos. Estes paci-entes foram submetidos a extensos trabalhos de reabilita-ção protética, sendo que em apenas 8% dos casos a área de inserção dos pilares remanescentes era igual ou superior a área dos dentes repostos proteticamente. Em 57% dos ca-sos a área de suporte periodontal remanescente era de me-nos da metade da área agora ocupada pelos pônticos. Mes-mo nessas condições, as próteses se mantiveram em função ao longo do tempo e as falhas que ocorreram estiveram re-lacionadas a fraturas nas próteses e não à progressão de doença periodontal.

Rosling et al (2001) avaliaram o efeito do tratamento periodontal sobre pacientes com diferentes suscetibilidades à doença em um estudo com 12 anos de acompanhamen-to. Os sujeitos do estudo foram classificados como com suscetibilidade nor mal (SN, n = 225) ou com alta suscetibilidade à doença periodontal (AS, n = 109). Todos foram tratados e mantidos através de visitas periódicas de acordo com a necessidade individual. Os resultados demons-tram que apesar de uma maior perda dentária no grupo AS quando comparado ao SN (1,9 dentes versus 0,3) e maior perda óssea (0,06 mm/superfície/ano versus 0,04 mm/super-fície/ano), o tratamento periodontal consegue manter níveis de inserção razoavelmente estáveis ao longo do tempo, com poucas perdas dentárias. Neste estudo, aproximadamente 80% do grupo AS perdeu menos de 3 dentes durante os 12 anos.

Um fato a ser ressaltado tanto no estudo de Hischfeld & Wassermann (1978) quanto no de Rosling et al (2001) é a polarização da perda dentária, ou seja, uma pequena por-ção dos indivíduos é responsável por grande parte das per-das. A interpretação desse fato ainda é baseada em especu-lações, mas há indícios de que esses indivíduos possam es-tar dentre aqueles com maior número de fatores de risco. O significado dessa perda no contexto reabilitador, especial-mente relacionada à longevidade de implantes é incerto.

Não apenas os parâmetros clínicos e a suscetibilidade do paciente são responsáveis pela sobrevida dentária. Fato-res de risco ao estabelecimento e progFato-ressão da doença periodontal, como o fumo, também estão associados a maiores perdas dentárias. Recentemente, Al-Bayaty et al (2008) demonstraram que o fumo está associado a maiores perdas dentárias em diferentes faixas etárias, incluindo indi-víduos jovens (7). Resultados semelhantes foram descritos por Susin et al (2006) em um estudo com uma amostra da região metropolitana de Porto Alegre (8). Qualquer

tratamen-to periodontal deve levar este fatratamen-tor em conta para melhores êxitos a longo prazo.

A literatura odontológica demonstra também, além do efeito do tratamento periodontal sobre a doença avançada, o efeito de programas de controle de placa sobre a preven-ção de cárie, doença periodontal e perda dentária. Axelsson et al (2004) relataram perdas dentárias ínfimas (0,4-1,8 den-tes, dependendo do grupo etário avaliado) durante um pe-ríodo extremamente longo (30 anos), sendo que a maior parte destas perdas era por fratura radicular. Tais resultados demonstram que um adequado controle de placa promove a estabilidade dos parâmetros periodontais por toda a vida.

LONGEVIDADE DOS IMPLANTES

Estudos prospectivos que avaliam a longevidade de im-plantes normalmente têm incluído um número menor de indivíduos e apresentam um período menor de acompanha-mento quando comparados aos estudos que avaliam a longevidade de dentes. Também vale ressaltar que o perfil de sujeitos avaliados é diferente. Enquanto nos estudos com implantes apenas indivíduos que realizaram tratamento odontológico e que têm sido bem mantidos são avaliados, nos estudos que observam perda dentária são incluídos tam-bém sujeitos que não tiveram acesso ao tratamento dentário e não realizam manutenção freqüente (Tomasi et al., 2008). Devido a estes fatores, a incidência de perda de implantes varia menos que a incidência de perda dentária na literatura. Abreu et al (2007) compararam a condição periodontal e periimplantar de pacientes parcialmente edêntulos que foram submetidos ao tratamento com implantes há pelo menos um ano. Os autores relataram maior perda óssea e inflamação subgengival nos implantes do que nos dentes contralaterais que foram utilizados como controle, apesar de acúmulos de placa e presença de inflamação marginal semelhantes em ambos os grupos.

O grupo de Karoussis et al (2003) comparou o prognós-tico de implantes colocados em pacientes com e sem histó-ria prévia de doença periodontal em um estudo prospectivo com 10 anos de acompanhamento. Os autores relatam uma taxa de perda de implantes total de 7,3% ao longo dos 10 anos de acompanhamento. Pacientes com histórico prévio de doença perderam significativamente mais implantes (9,5%) que pacientes sem histórico de doença (3,5%). Além disso, a incidência de periimplantite nos pacientes com histórico de doença foi de 28,6%, significativamente maior que os 5,8% encontrados no grupo sem histórico de doença.

Resultados similares foram descritos por Roos-Jansaker et al (2006 a,b,c), em um estudo retrospectivo que acompa-nhou 218 pacientes por um período que variou de 9 a 14

(4)

anos. A taxa total de perda de implantes foi de 4,3%. Um histórico prévio de periodontite esteve significativamente associado à perda de implantes. Além disso, os mesmos autores, em um estudo seqüente com a mesma amostra, relatam uma incidência de 6,6% de periimplantite, a qual afetou 16% dos pacientes. A presença de doença periodontal prévia e o hábito de fumar estiveram significativamente as-sociados às lesões periimplantares.

Pacientes considerados “refratários” ao tratamento periodontal (aqueles que perderam vários dentes durante um período de 13 anos de acompanhamento) foram avaliados em relação a sobrevida de implantes(Fardal & Linden, 2008). Os autores relatam que estes pacientes, mais suscetíveis a perdas dentárias, também são mais suscetíveis a perdas de implantes. Após um período de acompanhamento médio de 5,4 anos, 25% dos implantes foram perdidos, situação que afetou 64% dos indivíduos considerados refratários. Este fato demonstra que os mesmos fatores envolvidos na perda dentária, sejam eles conhecidos ou não, muito provavelmente estão envolvidos também na perda de implantes.

Apesar da incidência de periimplantite elevada, princi-palmente em sujeitos com maior suscetibilidade a doença periodontal e fumantes, poucas evidências de qualidade exis-tem a respeito de qual seria a melhor forma de tratamento (Esposito et al, 2008). Freqüentemente estudos com amos-tras pequenas e curto tempo de acompanhamento têm sido encontrados na literatura.

A prevalência de perdas de implantes e de periimplantite descrita na literatura é maior entre pacientes com doença periodontal prévia do que pacientes sem doença. Entretan-to, este fato não contra-indica o uso de implantes nesses pacientes. Porém, o tratamento periodontal prévio e um re-gime de manutenção constante se tornam indispensáveis para o sucesso da terapia (Abreu & Rösing, 2007).

A OPÇÃO DE EXTRAIR UM DENTE

Diferentes motivos podem levar o cirurgião-dentista a tomar uma decisão de extrair um dente. Entre eles, motivos relacionados a condições de saúde oral como: cáries, doen-ça periodontal e razões ortodônticas ou protéticas. Porém, outros fatores contribuem de forma significativa para esta decisão, como: motivos econômicos, estéticos e relaciona-dos à vontade do paciente. Estes fatores, apesar de não es-tarem relacionados com condições de saúde oral, represen-tam uma parcela significativa dos motivos que serão levados em conta na hora de extrair um dente(Bouma et al., 1987; Klock & Haugejorden, 1993). Isto mostra que a extração dentária está diretamente ligada a conceitos extremamente variáveis como a definição de saúde/doença e a padrões e

valores tanto do profissional quanto do paciente.

A sonda periodontal é um instrumento essencial para que o clínico possa estabelecer um correto diagnóstico e construir corretamente um planejamento de tratamento para o paciente. Apesar disso, uma parcela significativa dos pro-fissionais no Brasil não realiza o exame clinico periodontal como rotina (80,7%) e menos da metade dos profissionais (42,1%) sequer possui sonda periodontal em seus consultó-rios (Ramos Cury et al., 2006). Um aspecto que chama aten-ção nesse estudo é que apenas 50% dos profissionais com especialização em implantodontia têm sonda no consultó-rio e realizam o exame peconsultó-riodontal. Este fato leva a crer que em muitos casos a avaliação da real condição periodontal do paciente pode estar sendo realizada de forma inadequa-da, levando a um planejamento equivocado por parte do profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os implantes dentários são uma alternativa valiosa na reposição de dentes perdidos. Porém, é essencial lembrar que um diagnóstico acurado e uma abordagem correta de to-dos os fatores que levam a perda dentária (como coopera-ção do paciente ao tratamento, estado de saúde geral, suscetibilidade à doença, hábito de fumar, etc.) devem tam-bém ser realizados antes da colocação dos implantes, pois irão interferir de maneira semelhante na tsobrevida de im-plantes ao longo do tempo.

Como obser vado no exposto nesse ar tigo, a popularização da implantodontia (uma técnica reabilitadora moderna), tem levado a que os profissionais da Odontolo-gia tenham perdido um pouco de seus referenciais para a manutenção de dentes. Inclusive, há a propagação da chamada “eutanásia dental” como forma de prevenir perda óssea. Isso faz parte de uma conduta que enfatiza um crime inafiançável: a abreviação da vida de um órgão humano. Além disso, observando-se todos os fatores relacionados a perdas dentárias, parece que é lícito sugerir que o maior fator de risco para perdas dentárias é o profissional da Odontologia.

Essa parece ser uma visão derrotista. Por outro lado, sa-bendo que a doença periodontal tem cura, como demons-trado nesse artigo, a motivação dos profissionais a uma re-tomada aos princípios básicos da manutenção de dentes é uma opção bastante importante. Também há que ser res-saltado que a escassez de estudos que tenham abordado profundamente a polarização dos problemas relacionados ao periodonto e aos implantes. Entretanto, essa observa-ção pode estar relacionada ao seguinte fato: talvez quem mais perde dentes por doença periodontal, também seja

(5)

quem mais vai perder os implantes.

Nesse sentido, uma frase de um dos gênios da Odonto-logia, o professor Jan Lindhe deve ser destacada: “Quanto melhor dentista eu sou, menos implantes eu coloco”. ABSTRACT

The literature demonstrates, convincingly, that periodontal disease has a cure and that even teeth with reduced periodontal support have a good prognosis, if they are adequately treated and maintained. Dental implants, when well indicated and performed correctly present good results. However, a certain skepticism exists related to the limits of periodontal therapy among dentists and patients, while a growing popularization of the use of dental implants. A critical analysis of the literature reveals considerable differences among studied populations, methods and time of follow-up in studies concerning teeth and dental implants.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Hirschfeld L, Wasserman B. A long-term survey of tooth loss in 600 treated periodontal patients. J Periodontol. 1978 May;49(5):225-37.

2- Lindhe J, Nyman S. Long-term maintenance of patients treated for advanced periodontal disease. J Clin Periodontol. 1984 Sep;11(8):504-14.

3- Rosling B, Serino G, Hellstrom MK, Socransky SS, Lindhe J. Longitudinal periodontal tissue alterations during supportive therapy. Findings from subjects with normal and high susceptibility to periodontal disease. J Clin Periodontol. 2001 Mar;28(3):241-9.

4- Axelsson P, Nystrom B, Lindhe J. The long-term effect of a plaque control program on tooth mortality, caries and periodontal disease in adults. Results after 30 years of maintenance. J Clin Periodontol. 2004 Sep;31(9):749-57.

Associated risk factors to tooth loss, as disease susceptibility and smoking seem to be associated to higher degrees of implant complications. When survival rates only are observed, teeth and implants present similar results. However, biological complications associated to implants (especially periimplantitis) are common and with increasing prevalence, despite of the small amount of studies. The option for tooth extraction seems to be linked no only to progression of periodontal disease, but also to the presence of multiple prognostic factors such as need for endodontic treatment, prosthetic reconstruction with cores and systemic risk factors. Based on the current literature, Dentistry needs to think about its role, especially when abbreviating the life of human organs.

UNITERMS: Periodontal therapy, implants, tooth longevity, implant longevity, periimplantitis, tooth extraction.

5- Lundgren D, Rylander H, Laurell L. To save or to extract, that is the question. Natural teeth or dental implants in periodontitis-susceptible patients: clinical decision-making and treatment strategies exemplified with patient case presentations. Periodontol 2000. 2008;47:27-50.

6- Nyman S, Ericsson I. The capacity of reduced periodontal tissues to support fixed bridgework. J Clin Periodontol. 1982 Sep;9(5):409-14.

7- Al-Bayaty FH, Wahid NA, Bulgiba AM. Tooth mortality in smokers and nonsmokers in a selected population in Sana’a, Yemen. J Periodontal Res. 2008 Feb;43(1):9-13.

8- Susin C, Haas AN, Oppermann RV, Albandar JM. Tooth loss in a young population from south Brazil. J Public Health Dent. 2006 Spring;66(2):110-5.

(6)

Endereço do autor correspondência: Cassiano Kuchenbecker Rösing Rua Dr. Valle, 433 / 701

CEP: 90560-010 - Porto Alegre - RS Tel: (51) 3388-1020

E-mail: ckrosing@hotmail.com 9- Tomasi C, Wennstrom JL, Berglundh T. Longevity of teeth and implants

- a systematic review. J Oral Rehabil. 2008 Jan;35 Suppl 1:23-32.

10- Abreu MH, Bianchini MA, Magini RS, Rösing CK. Clinical and Radiographic Evaluation of Periodontal and Peri-implant Conditions in Patients with Implant-Suported Prothesis. Acta Odontol Latinoam. 2007;20:87-95.

11- Karoussis IK, Salvi GE, Heitz-Mayfield LJ, Bragger U, Hammerle CH, Lang NP. Long-term implant prognosis in patients with and without a history of chronic periodontitis: a 10-year prospective cohort study of the ITI Dental Implant System. Clin Oral Implants Res. 2003 Jun;14(3):329-39.

12- Roos-Jansaker AM, Lindahl C, Renvert H, Renvert S. Nine- to fourteen-year follow-up of implant treatment. Part I: implant loss and associations to various factors. J Clin Periodontol. 2006 Apr;33(4):283-9.

13- Roos-Jansaker AM, Renvert H, Lindahl C, Renvert S. Nine- to fourteen-year follow-up of implant treatment. Part III: factors associated with peri-implant lesions. J Clin Periodontol. 2006 Apr;33(4):296-301.

14- Roos-Jansaker AM, Lindahl C, Renvert H, Renvert S. Nine- to fourteen-year follow-up of implant treatment. Part II: presence of peri-implant lesions. J Clin Periodontol. 2006 Apr;33(4):290-5.

15- Fardal O, Linden GJ. Tooth loss and implant outcomes in patients refractory to treatment in a periodontal practice. J Clin Periodontol. 2008 May 21.

16- Esposito M, Grusovin MG, Kakisis I, Coulthard P, Worthington HV. Interventions for replacing missing teeth: treatment of perimplantitis. Cochrane Database Syst Rev. 2008(2):CD004970.

17- Abreu MH, Rösing CK. Implantes osseointegrados para a reposição de dentes perdidos em pacientes periodontais - Revisão Sistemática. R Periodontia. 2007 Dez;17(04):37-45.

18- Bouma J, Uitenbroek D, Westert G, Schaub RM, van de Poel F. Pathways to full mouth extraction. Community Dent Oral Epidemiol. 1987 Dec;15(6):301-5.

19- Klock KS, Haugejorden O. An analysis of primary and contributing reasons for extraction of permanent teeth given by the dentist. Acta Odontol Scand. 1993 Dec;51(6):371-8.

20- Ramos Cury P, Trierveiler Martins M, Bonecker M, Soares de Araujo N. Incidence of periodontal diagnosis in private dental practice. Am J Dent. 2006 Jun;19(3):163-5.

Referências

Documentos relacionados

O uso da radiografia por meio de raios-x de baixa energia para avaliação da qualidade física das sementes é recomendado pela ISTA (1996) que o considera um método rápido e

Figura 8 – Isocurvas com valores da Iluminância média para o período da manhã na fachada sudoeste, a primeira para a simulação com brise horizontal e a segunda sem brise

O processo de despectinização do mosto das cultivares Imperial Gala e Fuji Suprema diminuiu a concentração de compostos fenólicos; entretanto, não houve efeito do processo para

Organizado por uma Comissão composta por professores do Fórum Permanente de Pesquisa e Prática de Formação Docente da FEUFF, assim como pela Divisão de Prática

por curso de formação profissional contínua, homologado, que, para efeitos do presente diploma, se designa formação ‘tipo II ’, nos ter- mos a definir por portaria conjunta

Os quatro maiores Estados-Membros juntos podem bloquear qualquer decisão tomada por maioria qualificada. Votos no Conselho procuram exprimir o peso demográfico dos

Após 96 horas, houve um aumento no consumo, com o aumento de 100 para 160 ninfas, que não diferiu significativamente da densidade 220; com 280 ninfas disponíveis houve um

Outros discordaram e alegaram que mesmo sendo usado o mesmo texto, a cada aula percebiam informações novas acerca da fábula e as estratégias não só auxiliaram