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AsInstituiEuropeias

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

O quadro institucional da União Europeia

(2)

Introdução

Objectivo

Descrição do modo de formação, composição, competência e funcionamento das instituições da UE.

(3)

Introdução

1. Conselho Europeu 2. Parlamento Europeu

3. Conselho da União Europeia 4. Comissão Europeia

5. TJ, TPI e TFP

(4)

1. O Conselho Europeu (arts. 4.º TUE)

Formação

Composição

Competência

Funcionamento

(5)

Composição

a) chefes de Estado ou de governo dos 27

Estados-Membros, assistidos pelos respectivos ministros dos

negócios estrangeiros

b) presidente da comissão europeia, assistido por um

membro desta.

(6)

Competência

a) dar à UE os impulsos necessários ao seu desenvolvimento; b) definir as respectivas orientações políticas gerais

c) PESC: art. 13.º, n.º 1 e 2, TUE

(7)

Funcionamento

Reúne-se em Bruxelas quatro vezes por ano (duas por semestre); Orientações políticas e decisões são tomadas por consenso

O conselho não dispõe de competência para adoptar actos jurídicos.

(8)

Tratado de Lisboa

Cria a figura do Presidente do Conselho Europeu:

a) presidir e dinamizar os trabalhos desta instituição, assegurando a sua preparação e continuidade e facilitando a coesão e o consenso no seu âmbito; b) assegurar, “ao seu nível e nessa qualidade, a representação da União nas matérias do âmbito da política externa e de segurança comum;

c) apresentar um relatório ao PE após cada uma das reuniões do Conselho Europeu.

(9)

2. Conselho da União Europeia (arts. 202.º a

210.º TCE)

Formação

Composição

Competência

Funcionamento

(10)

Composição

O Conselho é composto por um representante de cada Estado-Membro a nível ministerial, com poderes para vincular o respectivo governo

São nove as formações que pode tomar: (1) assuntos gerais e relações externas; (2) questões económicas e financeiras (ecofin); (3) Justiça e Assuntos Internos; (4) emprego, política social, saúde e consumidores; (5) concorrência; (6) transportes, telecomunicações e energia; (7) agricultura e pescas, (8) ambiente; (9) educação, juventude e cultura (Regulamento Interno, Decisão 2006/683/CEE, de 15 de Junho de 2006).

(11)

O conselho pode ainda reunir-se a nível de chefes

de Estado e de Governo

a) verificar a existência de uma violação “grave e persistente” por

parte de um Estado-Membro do princípio democrático, do respeito pelos DF

b) determinar se os Estados-Membros reúnem as condições necessárias para a Moeda Única

c) designar a personalidade que tencionam nomear para presidente da Comissão

Esta formação não se confunde com o Conselho Europeu, pois não integra o presidente da Comissão e pode adoptar actos jurídicos

(12)

Competência

Auto-organização, que lhe permite adoptar autonomamente o seu regimento;

legislativa, normalmente exercida sob proposta da Comissão, individualmente ou com a participação do PE, em diversos graus de intensidade, que vão da consulta à co-decisão,

orçamental, que se traduz na apresentação do projecto de orçamento ao PE e na decisão final quanto à parte mais substancial das despesas

(13)

Competência (cont.)

competência em matéria de formação da Comissão Europeia.

competência de coordenação das políticas económicas gerais dos Estados-Membros

competência jurídico-internacional, principalmente no que concerne à conclusão de acordos internacional em que a UE seja parte.

(14)

Funcionamento

O conselho reúne-se por convocação do seu presidente, por iniciativa deste, de um dos seus membros ou da Comissão. Esta é convidada a participar nas reuniões do Conselho, que pode deliberar sem a sua presença

A ordem do dia divide-se em duas partes, A e B.

Na parte A são inscritos os pontos susceptíveis de aprovação pelo Conselho sem debatem designadamente por o consenso ou a maioria

(15)

Funcionamento

A presidência do Conselho é exercida sucessivamente por cada Estado-Membro, durante um período de seis meses. À presidência cabe a responsabilidade política geral da gestão das actividades do Conselho.

A acção de cada presidência é enquadrada num programa estratégico trienal, aprovado pelo Conselho Europeu.

Relativamente a cada período de dezoito meses, as três presidências que irão exercer funções elaboram um projecto de actividades do Conselho para esse período

Em princípio, as reuniões do Conselho não são públicas (excepções: art. 8.º do regulamento interno).

(16)

COREPER

Instância preparatória dos trabalhos do Conselho

Composto pelos representantes permanentes dos Estados-Membros junto da UE (embaixadores).

Exerce os mandatos que o Conselho lhe confia, mas não pode tomar actos jurídicos com eficácia externa.

(17)

COREPER

Cabe-lhe zelar pela acção dos 250 comités e grupos de trabalho especializados criados para exercer funções de preparação ou de estudo definidas pelo próprio COREPER e composto por peritos nacionais – através destes grupos de trabalho as administrações nacionais acabam por desempenhar um papel de relevo no sistema político da UE.

A presidência do Conselho deve assegurar-se que o COREPER só actua quando existam perspectivas razoáveis de progresso ou de clarificação de posições. Por outro lado, os dossiês só são reenviados a um grupo de trabalho ou a um Comité quando necessário.

(18)

O sistema de votação do Conselho

por maioria dos seus membros - excepcional unanimidade (regra II e III pilar)

(19)

Sistema de Ponderação de Votos

Estados-Membros têm diferentes votos: Alemanha 29 ao passo que Portugal apenas 12.

Os actos que o Conselho deva deliberar mediante proposta da Comissão carecem de 255 votos (73,9%) a favor para serem aprovados.

(20)

Sistema de Ponderação de Votos

Os actos que o Conselho pode aprovar sem proposta da Comissão carecem do mesmo número de votos a favor por parte de 2/3 dos seus membros.

Sempre que uma decisão seja aprovada por maioria qualificada é ainda necessário que tal maioria seja constituída pelos votos dos Estados-Membros, cuja populações representem, pelo menos, 62% da população da UE (em 2008 – 306 964,4 milhões).

(21)

Sistema de Ponderação de Votos

Os quatro maiores Estados-Membros juntos podem bloquear qualquer decisão tomada por maioria qualificada.

Votos no Conselho procuram exprimir o peso demográfico dos Estados-Membros, de acordo com um princípio geral de representatividade orientado pelo princípio “one man one vote”. Mas, ainda assim, Malta está trinta vezes “melhor representada” do que a Alemanha, ao passo que Portugal está três vezes “melhor representado” do que o Reino Unido.

Tratado de Lisboa: a maioria qualificada é atingida quando reunir 55% dos Estados-Membros representando 65% da população da UE. Uma minoria de bloqueio pode ser formada por quatro Estados-Membros.

(22)

Conselho Europeu e Conselho da UE

a) o presidente da Comissão Europeia é membro de pleno direito do Conselho Europeu, ao que o Conselho da UE não integra, em nenhuma das suas formações, comissários como membros, mas apenas como convidados;

b) o Conselho Europeu não pode reunir-se como Conselho da UE, nem está sujeito ao regimento deste;

c) Os actos do Conselho Europeu não estão, em princípio, sujeitos a controlo jurisdicional.

(23)

3. Parlamento Europeu (arts. 189.º a 201.º TCE)

Formação

Composição

Competência

Funcionamento

(24)

Formação

O Parlamento Europeu é formado por deputados eleitos por sufrágio directo e universal por um escrutínio de tipo proporcional, de modo a assegurar a representação efectiva do respectivo povo

(25)

Composição

O Parlamento Europeu é composto por 736 deputados, eleitos em cada Estado por um período de cinco anos (até às próxima eleições conta com 785 por força do Acto de Adesão da Bulgária e da Roménia)

Os deputados não representam apenas o respectivo povo, mas também os nacionais de outros Estados-Membros nele residentes (art. 19.º, n.º 2, TCE)

Tratado de Lisboa (art. 9.º-A, n.º 2: “O PE é composto por representantes dos cidadãos da União”)

(26)

Composição (cont.)

O número de deputados foi dividido entre os Estados-Membros, mas não de uma forma proporcional à população (um deputado na Alemanha representa 828 000 eleitores e em Portugal 415 800) – estamos longe do princípio “one man one vote”

A maioria parlamentar pode ser formada sem o concurso dos quatro Estados-Membros com mais população

(27)

Competência

Auto-organização, que lhe permite adoptar autonomamente o seu regimento;

Participação no procedimento de aprovação de actos comunitários (legislativa, orçamental, jurídico-internacional, etc) e de certos actos do III Pilar;

(28)

Competência (cont.)

competência em matéria de formação da Comissão Europeia, juntamente com o Conselho.

nomeação do Provedor de Justiça Europeu

competência fiscalizadora da Comissão, através (i) da moção de censura, por maioria de dois terços dos votos expressos que representem a maioria dos deputados que o compõem (ii) das perguntas escritas e orais e da Comissão e de outros órgãos, (iii)

(29)

Funcionamento

O Parlamento Europeu realiza uma sessão legislativa anual, reunindo-se em plenário ou através de comissões.

São 16 as comissões permanentes previstas pelos regimento, por exemplo a de assuntos externos, dos direitos do homem e da política de defesa ou a do emprego e dos assuntos sociais.

(30)

Funcionamento

O Parlamento Europeu funciona de acordo com a regra da publicidade O Parlamento Europeu delibera, em regra, por maioria dos votos expressos. Delibera por maioria absoluta dos deputados que o compõe, por exemplo, nos termos dos arts. 7.º, n.º 6, TUE, art. 49.º TUE, 199.º TCE ou 201.º TCE.

Existe quórum de funcionamento sempre que se encontre reunido na sala das sessões um terço dos deputados que compõem o PE

(31)

4. Comissão (arts. 211.º a 219.º TCE)

Formação

Composição

Competência

Funcionamento

(32)

Formação – 5 Fases (art. 214.º TCE)

(a) designação pelo Conselho, reunido ao nível de Chefes de Estado ou de Governo e deliberando por maioria qualificada, da personalidade que tenciona nomear presidente da Comissão;

(b) sujeição dessa designação à aprovação do PE;

(c) aprovação pelo Conselho, deliberando por maioria qualificada e de comum acordo com o presidente designado, das outras personalidades que tenciona nomear membros da Comissão, com base nas propostas apresentadas por cada Estado-Membro;

d) sujeição à aprovação do PE do presidente e dos demais membros da Comissão enquanto colégio;

(33)

Formação (cont.)

No que respeita à formação e subsistência, a Comissão aproxima-se de um Executivo em sistema de governo parlamentar.

No que respeita à competência, a Comissão distingue-se nitidamente de um Executivo, pois não é um órgão principalmente caracterizado por dispor de poder decisório

A composição da Comissão procura manter uma certa neutralidade e equilíbrio entre as diferentes tendências politicas. Por esta razão, a Comissão não pode ser equiparada a um executivo nacional, pois não é portadora de um projecto político-partidário autónomo, mas sim a representante, tão neutra quanto possível, do interesse geral da Comunidade

(34)

Composição

A Comissão é constituída por 27 comissários – um de cada Estado-Membro – nomeados por um período de cinco anos. Os comissários devem ser escolhidos em função da sua competência geral e das garantias de independência que ofereçam, de modo a exercer as suas funções “no interesse geral da Comunidade”.

(35)

Composição (cont.)

O colégio de comissários esta enquadrado numa estrutura administrativa composta por vinte e quatro direcções-gerais (Saúde e Protecção dos Consumidores; Empresas; Mercado Interno; Ambiente; Transportes e Energia; Fiscalidade e União Aduaneira; Assuntos Sociais e Emprego; Agricultura; Sociedade de Informação; Concorrência; Justiça e Assuntos Internos; Pesca; Orçamento Comunitário; Relações Externas; Assuntos Económicos e Financeiros, etc.).

(36)

Competência

Auto-organização, que lhe permite adoptar autonomamente o seu regimento;

Participação no procedimento de aprovação de actos comunitários, fundamentalmente através do seu quase monopólio de iniciativa legislativa – uma das suas principais armas políticas no âmbito do I Pilar;

(37)

Competência (cont.)

Executiva, mediante delegação do Conselho, através dos chamados procedimentos de comitologia (art. 202.º TCE)

Orçamental, especialmente no que toca á execução do orçamento da UE De representação da UE, a nível interno (282.º TCE) e externo.

Em matéria de acordos internacionais, dispõe do poder atribuído pelo artigo 300º, n.º 1, do TCE: (i) de recomendar ao Conselho a conclusão dos mesmos e (ii) de os negociar mediante mandato do Conselho.

(38)

Competência Fiscalizadora

De fiscalização geral e permanente, o que lhe confere a qualidade de “guardiã do TCE”. Cabe à Comissão (i) fiscalizar o respeito pelas regras de concorrência aplicáveis às empresas (art. 85.º TCE), (ii) velar pela boa aplicação das regras relativas aos auxílios concedidos às empresas pelos Estados-Membros (art. 88.º TCE), (iii) garantir a boa aplicação das cláusulas de salvaguarda art. 95.º TCE).

Se a Comissão entender que um Estado-Membro está a faltar às obrigações que lhe incumbem por força do direito comunitário cabe-lhe instaurar um processo por incumprimento (art. 226.º TCE).

A competência fiscalizador da Comissão está ausente do II Pilar e é substancialmente reduzida no III Pilar (art. 35.º TUE)

(39)

Funcionamento

Nos termos do artigo 217º, a Comissão actua sob a orientação política do presidente, que decide da sua organização interna, a fim de assegurar a coerência, a eficácia e a colegialidade da sua acção.

As deliberações da Comissão são colegialmente tomadas por maioria do número dos seus membros.

A Comissão pode autorizar os seus membros a praticar actos de administração e de gestão mas não a tomar decisões de princípio.

(40)

Os órgãos jurisdicionais da UE

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJ)

Tribunal de 1ª Instância (TPI)

(41)

A repartição de competência entre os tribunais da UE

Critérios:

- Material

- Via de Recurso

- Sujeito Processual

(42)

Tribunais Nacionais

Os tribunais nacionais desempenham um papel fundamental no sistema jurisdicional da UE, enquanto tribunais de direito

comum encarregados de aplicar o direito da UE às pessoas

singulares e colectivas, públicas e privadas, nos Estados-Membros.

(43)

TJ (arts. 220.º a 223.º e 68.º TCE, art. 35.º TUE

e Títulos I a III do Estatuto do TJ)

Formação Composição Competência Funcionamento

(44)

Formação

Os membros do TJ são nomeados de comum acordo pelos governos dos Estados-Membros por um período de seis anos e parcialmente substituídos de três em três anos.

(45)

Composição

O TJ é composto por um juiz por Estado-Membro e oito advogados gerais, escolhidos de entre personalidades que ofereçam todas as garantias de independência e reúnam as condições exigidas, nos respectivos países, para o exercício das mais altas funções jurisdicionais, ou que sejam jurisconsultos de reconhecida competência (art. 223.º TCE).

Aos advogados-gerais cabe apresentar publicamente, com toda a imparcialidade e independência, conclusões fundamentadas sobre as causas a decidir pelo TJ (art. 222.º TCE)

(46)

Competência

Ao TJ cabe nomeadamente a missão de assegurar, no âmbito das suas competências de atribuição, o respeito do direito na interpretação e aplicação do TCE (art. 220.º TCE).

1. O TJ emite parecer (vinculativo quando negativo), sobre a compatibilidade com o TCE de um projecto de acordo internacional a celebrar pela Comunidade Europeia, a pedido do PE, do Conselho, da Comissão, ou de qualquer

(47)

Estado-Parecer (art. 300.º, n.º 6 TCE)

O TJ emite parecer (vinculativo quando negativo), sobre a compatibilidade com o TCE de um projecto de acordo internacional a celebrar pela Comunidade Europeia, a pedido do PE, do Conselho, da Comissão, ou de qualquer Estado-Membro

(48)

Reenvio Prejudicial (art. 234.º TCE)

No quadro do reenvio prejudicial, o TJ decide as questões

prejudiciais que lhe são colocadas, nos termos do artigo 234º

do TCE, pelos tribunais nacionais, relativas:

- à interpretação (i) do tratado, (ii) dos actos adoptados pelo Conselho, pelo PE ou pela Comissão e pelo Banco Central Europeu (BCE) e (iii) dos estatutos dos organismos criados por acto do Conselho;

(49)

Acção por Incumprimento (art. 226.º TCE)

- verifica as infracções ao direito comunitário cometidas pelos Estados-Membros, podendo condenar, por iniciativa da Comissão, o Estado-Membro faltoso ao pagamento de uma sanção pecuniária constituída por uma quantia fixa ou progressiva (art. 228.º TCE);

- verifica as infracções ao Estatuto do Banco Europeu de Investimentos (BEI) cometidas pelos Estados-Membros (art. 237.º, al. a), TCE);

- verifica as infracções ao TCE e aos Estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais cometidas pelos bancos centrais nacionais (art. 237.º, alínea d)).

(50)

Recurso de Anulação

É susceptível de “ser interposto de todas as medidas adoptadas pelas instituições, quaisquer que sejam a sua natureza ou forma, que se destinem a produzir efeitos jurídicos” (C-27/04, “Comissão contra Conselho”, 13-7-2004, n.º 44)

(51)

Recurso de Anulação (art. 230.º TCE)

fiscaliza, nos termos do artigo 230º do TCE e 51º do Estatuto, a legalidade (i) dos actos adoptados em conjunto pelo PE e pelo Conselho, (ii) dos actos do Conselho, da Comissão e do BCE que não sejam recomendações ou pareceres e (iii) dos actos do PE destinados a produzir efeitos jurídicos em relação a terceiros – se o recorrente for uma daquelas instituições.

(52)

Recurso de Anulação (art. 51.º Estatuto do TJ)

Se o recorrente for um Estado-Membro, o recurso de anulação não pode ter por objecto (i) decisões tomadas pelo Conselho no domínio dos auxílios de Estado, nos termos do art. 88.º, n.º 2, terceiro parágrafo); (ii) actos do Conselho adoptados em execução de um regulamento em matéria de protecção do comércio, na acepção do art. 133.º TCE); (iii) actos do Conselho mediante os quais este exerce competências de execução nos termos art. 202.º TCE); (iv) actos da Comissão, com excepção das decisões tomadas no domínio da

(53)

Recurso de Anulação (art. 237.º, b) e c) TCE)

- fiscaliza a legalidade (i) das deliberações do Conselho de Governadores do BEI e (ii) das deliberações do Conselho de Administração do BEI, a pedido de um Estado-Membro ou da Comissão.

- o Conselho de administração do BEI pode também recorrer das deliberações do Conselho de Governadores.

(54)

Recurso de Anulação (art. 35.º, n.º 6, TUE)

fiscaliza a legalidade (i) das decisões-quadro e (ii) das decisões adoptadas pelo Conselho em aplicação do artigo 34º, n.º 2, alíneas b) e c), do TUE.

(55)

Acção por Omissão (art. 232.º TCE)

No quadro da acção por omissão, o TJ fiscaliza, nos termos dos artigos 232º do TCE e 51º do Estatuto, a legalidade das

abstenções de decidir (i) do Parlamento Europeu, (ii) do

Conselho, (iii) da Comissão ou (iv) do BCE, a pedido de qualquer destas instituições ou do BCE, consoante os casos.

(56)

Acção por Omissão (art. 51.º Estatuto do TJ)

Se a acção por omissão for intentada por um Estado-Membro, o recurso de anulação não pode ter por objecto (i) decisões tomadas pelo Conselho no domínio dos auxílios de Estado, nos termos do art. 88.º, n.º 2, terceiro parágrafo); (ii) actos do Conselho adoptados em execução de um regulamento em matéria de protecção do comércio, na acepção do art. 133.º TCE); (iii) actos do Conselho mediante os quais este exerce competências de execução nos termos art. 202.º TCE); (iv) actos da Comissão, com excepção das decisões tomadas no domínio da cooperação reforçada, nos termos do art. 11-A TCE).

(57)

Medidas Provisórias (arts. 242.º e 243.º TCE)

O TJ decide sobre os pedidos de suspensão de execução dos actos impugnados de que é competente para conhecer e dos pedidos de outras medidas provisórias ou providências cautelares não especificadas.

(58)

Diferendos entre Estados (art. 239.º TCE)

Decide os diferendos entre os Estados-Membros relacionados com o objecto do Tratado que lhe sejam submetidos por compromisso.

(59)

Diferendos entre Estados (art. 35.º, n.º 7, TCE)

(i) Decide os diferendos entre os Estados-Membros, decorrentes da interpretação ou da execução dos actos adoptados no âmbito do III Pilar da EU, em virtude do art. 34.º, n.º 2, TUE sempre que tais litígios não possam ser resolvidos pelo Conselho no prazo de seis meses a contar da data em que lhe tenham sido submetidos por um dos seus membros.

(ii) decide os diferendos entre os Estados-Membros e a Comissão, decorrentes da interpretação ou da aplicação das convenções elaboradas nos termos do art. 34.º, n.º 2, al. d) TUE

(60)

Demissão Compulsiva

O TJ decide sobre os requerimentos com vista à demissão

compulsiva:

- do Provedor de Justiça (art. 195.º, n.º 2, TCE);

- dos membros da Comissão (art. 213.º, n.º 5, TCE);

- dos membros do Tribunal de Contas (art. 247.º, n.º 7, TCE); - dos membros do próprio TJ (juízes ou advogados-gerais), do TPI e do TFP (art. 6.º do Estatuto).

(61)

Tribunal de Recurso (art. 225.º TCE)

Enquanto tribunal de recurso, o TJ decide os recursos interpostos dos acórdãos ou despachos proferidos pelo TPI que:

(i) ponham termo à instância;

(ii) conheçam parcialmente do mérito da causa;

(iii) ponham termo a um incidente processual relativo a uma excepção de incompetência ou a uma questão prévia de inadmissibilidade.

Reaprecia, a título excepcional, os acórdãos ou despachos do TPI proferidos sobre os recursos interpostos das decisões do TFP, caso exista risco grave de lesão da unidade ou da coerência do direito comunitário.

(62)

Outras Competências

Estabelecer o seu próprio regulamento de processo (art. 223.º, último parágrafo, do TCE)

(63)

Funcionamento

O TJ reúne-se em secções não especializadas de três e de cinco juízes e em grande secção composta por treze juízes, consoante a importância das causas a decidir. A título excepcional pode ainda reunir como tribunal pleno (art. 221.º TCE).

O processo perante o TJ compreende duas fases: (i) escrita;

(64)

TPI (art. 224.º e 225.º TCE e Título IV do

Estatuto do TJ) - Formação

Os membros do TPI são nomeados de comum acordo pelos governos dos Estados-Membros por um período de seis anos renovável e parcialmente substituídos de três em três anos.

(65)

TPI - Composição

O TPI é composto, pelo menos, por um juiz por Estado-Membro, em número fixado pelo Estatuto, escolhidos de entre pessoas que ofereçam todas as garantias de independência e possuam a capacidade requerida para o exercício de altas funções jurisdicionais.

(66)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

Os recursos de anulação interpostos:

(a) pelos particulares (pessoas singulares e colectivas), contra (i) as decisões das instituições e órgãos da Comunidade de que sejam destinatários e (ii) as decisões que, embora tomadas sob a forma de regulamento ou de decisão dirigida a outra pessoa, lhe digam directa e individualmente respeito, isto é, que os atinjam em razão de determinadas qualidades que lhes são específicas ou em razão de uma situação de facto que os caracteriza em relação a qualquer outra pessoa e, por isso, os individualizam de modo análogo ao do destinatário.

(b) pelos Estados-Membros contra (i) as decisões tomadas pelo Conselho no domínio dos auxílios de Estado, nos termos do artigo 88º, n.º 2, terceiro parágrafo, do TCE; (ii) as decisões do Conselho adoptadas em execução de um regulamento em matéria de protecção do comércio, na acepção do artigo 133º do TCE; (iii) os actos executivos

(67)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

As excepções de ilegalidade (art. 241.º TCE) invocadas pelos

particulares, no quadro de um recurso de anulação de uma

decisão que lhes diga directa e individualmente respeito, contra o regulamento ou o acto de efeitos análogos que constituam a base jurídica da decisão impugnada e que, por força do quarto parágrafo do art. 230.º, não sejam susceptíveis de impugnação pelos mesmo s particulares no quadro de um recurso de anulação..

(68)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

As acções por omissão intentadas:

(a) pelos particulares, com fundamento na abstenção, por parte de uma das instituições da Comunidade, de lhes dirigir um acto devido.

(b) pelos Estados-Membros relativas às abstenções:

─ do Conselho (i) no domínio dos auxílios de Estado, nos termos do artigo 88º, n.º 2, terceiro parágrafo, do TCE; (ii) em execução de um regulamento em matéria de protecção do comércio, na acepção do artigo 133º do TCE; (iii) nos termos do artigo 202º, terceiro travessão, do TCE;

(69)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

Acções intentadas pelos particulares com fundamento em cláusula compromissória constante de um contrato de direito público ou de direito privado celebrado pela Comunidade ou por sua conta (art. 238.º TCE)

(70)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

Pedidos de suspensão da execução de actos de direito comunitário derivado que podem ser contestados junto do TPI

(71)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

As acções de indemnização intentadas pelos particulares ou pelos Estados-Membros, por responsabilidade extracontratual da Comunidade pelos danos causados pelas suas instituições, pelos seus agentes no exercício das suas funções, pelo BCE ou pelos agentes deste no exercício das suas funções (arts. 235.º e 288.º TCE).

(72)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

Recursos Judiciais interpostos contra:

(i) as decisões do Instituto de Harmonização no Mercado Interno relativas a marcas, patentes, desenhos e modelos

(ii) as decisões do Instituto Comunitário das Variedades Vegetais relativas às obtenções vegetais

(iii) os acórdãos ou despachos do TFP que (i) ponham termo à instância, assim como as decisões que (ii) apenas conheçam parcialmente do mérito da causa, ou que (iii) ponham termo a

(73)

TPI – Competência (art. 225.º, n.º 1, e art. 51.º

do Estatuto)

Art. 225.º, n.º 3, TCE, atribui competência ao TPI para conhecer de questões prejudiciais reenviadas pelos tribunais nacionais em matérias específicas.

O exercício dessa competência depende de prévia determinação, pelo Estatuto do TJ, de tais matérias, o que ainda não sucedeu.

(74)

Outras Competências

Estabelecer o seu próprio regulamento de processo, de comum acordo com o TJ, aprovado pelo Conselho por maioria qualificada

(75)

TPI - Funcionamento

O TPI funciona por secções não especializadas, compostas por três ou cinco juízes, ou de juiz único. Excepcionalmente, o TPI pode funcionar em secção plenária ou em grande secção (composta por treze juízes), quando a dificuldade jurídica, a importância do processo ou circunstância especiais o justifiquem.

O processo no TPI, rege-se, tal como o processo no TJ, pelo Título III do Estatuto e é precisado e completado pelo Regulamento de Processo, aprovado nos termos do artigo 224º, quinto parágrafo, do TCE.

(76)

TFP (art. 225.º-A do TCE) - Formação

Os juízes do TFP são nomeados pelo Conselho deliberando por unanimidade, após um comité composto por sete personalidades, escolhidas de entre antigos membros do TJ e do TPI e juristas de reconhecida competência, ter emitido parecer sobre a adequação das candidaturas apresentadas na sequência de um convite público do Conselho.

(77)

TFP - Composição

O TFP é composto por sete juízes, escolhidos de entre pessoas que ofereçam todas as garantias de independência e possuam a capacidade requerida para o exercício de funções jurisdicionais.

(78)

TFP – Competência (art. 236.º TCE)

O TFP é competente para:

(a) decidir em primeira instância dos litígios entre a União e os seus agentes;

(b) suspender a eficácia dos actos jurídico-comunitários contestados e adoptar outras medidas provisórias;

(c) estabelecer o respectivo regulamento de processo, de comum acordo com o TJ, sujeito a aprovação do Conselho, deliberando por maioria qualificada;

(79)

TFP - Funcionamento

O TFP reúne por secções, compostas por três juízes.

A fase escrita do processo inclui a apresentação da petição e da contestação ou resposta, excepto se o TFP decidir da necessidade de uma segunda apresentação de alegações escritas. Neste caso, com o acordo das partes, o TFP pode prescindir da fase oral do processo.

Referências

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