Professora: Ana Priscila da Silva Alves Disciplina: Filosofia
Série: 1 ª do Ensino Médio Tema: Felicidade
COLÉGIO DIOCESANO SERIDOENSE - CDS 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - 2016
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSORA: ANA PRISCILA DA SILVA ALVES
FUNÇÃO DA FILOSOFIA
• Abandonar a ingenuidade e preconceitos: ser crítico, cauteloso.
• Romper com a submissão das ideias dominantes e aos poderes estabelecidos (ideologias): autonomia intelectual.
• Compreender a significação do mundo, cultura e história: compreender e agir melhor.
• Filosofia: onde o humano explora sua humanidade. Exercício de Reflexão: pensar melhor, agir melhor.
EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA
• 1º Passo: Estranhamento, espanto, admiração: surpreende, rompe com o cotidiano, ver com outros olhos.
• 2º Questionamento: indagação, pergunta. • 3º Investigação.
• 3º Resposta Filosófica: Clara, Coerente, Elucidativa e Não definitiva (eterna conversação).
FINALIDADE PRINCIPAL DA
FILOSOFIA
• “A filosofia é uma prática discursiva [...] que tem a vida por objeto, a razão por meio e a
felicidade por fim” (COMTE-SPONVILLE,
Apresentação da Filosofia, 2002, p.15).
• Finalidade Principal da Filosofia: Felicidade.
• Pensar melhor, agir melhor, viver melhor, ser mais feliz.
FELICIDADE E SABEDORIA
• Felicidade: felix (latim), significa “fértil, fecundo”.
• Felicidade: estado de fecundidade que gera vida e vitaliza nossa existência (pág.16).
• Nem toda ação traz a felicidade.
• É aí que entra em cena o filósofo: como viver para ser feliz? Que elementos, que condições, que coisas tornam o ser humano feliz?
FONTES DA FELICIDADE
• Que elementos, condições, coisas tornam um indivíduo feliz?
• Textos antigos apontam algum dos elementos mais desejados e perseguidos (pág.17):
• Bens materiais e riqueza;
• Status social (poder, glória);
• Prazeres: sensoriais e corporais; • Saúde: física e mental;
A NOÇÃO DE FELICIDADE
NA FILOSOFIA ANTIGA
COMO VIVER PARA
SER FELIZ?
O QUE DISSERAM OS SÁBIOS GREGOS
PLATÃO
(427 – 347 a.C.)
• Felicidade: subordinação e harmonia das 3 almas. • Alma concupiscente:
cobiça ligada aos desejos; • Alma irascível: situada
no peito, vinculada às paixões (sentimentos, emoções);
• Alma racional: situada na cabeça e relacionada com o conhecimento
FELICIDADE EM PLATÃO: A
ALMA RACIONAL
• Vida feliz: alma racional regula a irascível, e esta controla a concupiscente; • Primazia da parte racional sobre as demais;
• Preparação corporal e intelectual:
• Ginástica: atividade física por meio da qual a pessoa dominaria as inclinações negativas do corpo;
• Dialética: investigação dialógica (baseada no diálogo), uma técnica de investigação conjunta, feita através da colaboração de duas ou mais pessoas, um instrumento de busca da verdade.
ARISTÓTELES
(384 – 322 a.C.)
• Felicidade: finalidade de todos osindivíduos;
• Para um ser alcançar o seu fim quando cumpre a função ou faculdade que lhe é própria, aquilo que lhe distingue dos demais seres.
• Para chegar a felicidade o homem precisa cumprir, desenvolver a faculdade que lhe distingue dos demais animais.
FELICIDADE ARISTOTÉLICA:
DESENVOLVIMENTO DA VIRTUDE
• Virtude essencial humana: o pensamento, a racionalidade
• O homem só alcança seu fim (felicidade) se atuar conforme a sua virtude (o pensar, a razão)
• Felicidade verdadeira: aprimoramento intelectual; • Intelectual, afetivo (família, amigos) e econômico;
• Econômico: promover, garantir o bem-estar
EPICURO
(341 – 271 a.C.)
• Todos podem achar um meio de ser felizes, o problema é que procuramos a felicidade nos lugares errados;
• Vida humana: busca pelo prazer: o estado de aponia
(bem-estar), que era a ausência da dor física.
INGREDIENTES DA FELICIDADE
EPICURISTA
• 1º Ter amigos: •
• 2º Liberdade: independência financeira, ser autossuficiente (sem depender de chefes);
• 3º Vida bem analisada: reservar tempo para a reflexão.
• Prazer Momentâneo: prazer breve e passageiro que traz efeitos colaterais ao corpo e à alma;
• Prazer Duradouro: prazer estável que proporciona uma sensação de bem-estar (aponia), a ausência da dor, perturbação (física ou psíquica).
•
• Evitar o prazer que trará consequências negativas (dor, sofrimento, perturbação); •
• Utilizar a razão como critério de escolha.
PRAZER: MOMENTÂNEO X
DURADOURO
NATURAIS E NECESSÁRIOS:
Prazeres ligados a conservação do individuo.
NATURAIS E DESNECESSÁRIOS:
Excessos, variações supérfluas dos naturais e necessários.
Comer exageradamente; Consumir bebidas alcoólicas;
NÃO NATURAIS E DESNECESSÁRIOS:
Ligados aos desejo de riqueza, poder e honras. (traz perturbação da alma e causa dor).
Riquezas;
• Prazer: ausência de dor (perturbações físicas ou psíquicas);
• Prudência Racional: avaliar as consequências dos prazeres;
• Evitar prazeres que trazem consequências negativas;
• Ser feliz: escolher os prazeres de forma racional. • Se interiormente estamos bem, livres de
perturbações, de dores (não só as físicas como também as psíquicas), teremos uma vida mais prazerosa, moderada, sem exageros, uma vida mais feliz!
ZENÃO DE CÍCIO (335 – 264 a.C.)
• Felicidade: viver de acordo com a ordem Cósmica
• Aceitar o destino;
• Inteligência que rege o mundo: Providência (Deus);
• Tudo o que acontece tem um objetivo; • Predeterminado (destino).
FELICIDADE: ESTOICISMO
• Não podemos ter tudo o que desejamos; • Há coisas que dependem de nós;
• Ex. elaborar um bom trabalho, ser bom, generoso; • E outras que não dependem de nós, ou só de nós. • Ex. ganhar na loteria.
• Se nossa vida já está determinada, e se há coisas que não dependem de mim, da minha vontade, então, como ser feliz?
FELICIDADE: ESTOICISMO
• Felicidade: usar a vontade para querer, desejar apenas aquilo sobre o que temos poder, o que depende de mim;
• Tipos de coisas: boas, más indiferentes;
• Boas: dependem só de nós e para sermos felizes devemos querer e buscá-las;
• Ex. ser prudente, honesto, justo;
• Más: dependem de nós, mas devemos evitá-las; • Ex. ser imprudente, desonesto, injusto;
• Indiferentes: não dependem de nós, não devemos nos preocupar com elas;
OS ESTOICOS E A
INFELICIDADE
• Para os estoicos a infelicidade ocorre quando não
conduzimos corretamente nossos pensamentos e não evitamos as chamadas coisas más (coisas que
só dependem de nós para acontecer, mas devemos evitá-las), ou quando nos preocupamos com as
coisas indiferentes (coisas que não dependem da
CONCLUSÃO:
FELICIDADE ESTOICA
• Evitar coisas más;
• Não se preocupar com as
indiferentes;
AVALIAÇÃO: ACRÓSTICO
FELICIDADE
INVESTIGAÇÃO
LÓGOS
OBSERVAR (ESTUDAR, EXAMINAR COM ATENÇÃO)
SABEDORIA
ORDENADA
FAÇANHA (NOTÁVEL, DIFÍCIL DE EXECUTAR)
IDEIAS
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2008.
COLLI, Giorgio. O Nascimento da Filosofia. 3. ed. Tradução de Federico Carotti. Campinas: UNICAMP, 1996.
COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da Filosofia. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Filosofar. São Paulo: Saraiva, 2011.
PLATÃO. República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983.