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ESTRUTURAÇÃO DA REDE SUS PARA ATUAÇÃO NAS ESTIAGENS

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE CENTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Protocolo Técnico

ORIENTAÇÕES PARA ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM ESTIAGENS

As estiagens se caracterizam como eventos de lento e progressivo impacto so-bre as populações, freqüentemente com longo prazo de duração, e com intensidade crescente em nosso Estado, e crítica na região Sudeste por sua baixa disponibilidade hídrica. São eventos ambientais adversos à saúde tanto pela escassez como pelo comprometimento da qualidade da água, além do impacto severo sobre as atividades produtivas, principalmente as de subsistência. Problemas respiratórios e ataques de animais peçonhentos também são associados às estiagens.

Esse Protocolo Técnico propõe orientações para a atuação do setor saúde, vi-sando à redução dos riscos sobre as populações atingidas por estiagens.

Relacionam-se a seguir o roteiro para estruturação da rede e as ações de saúde que devem ser implantadas e/ou intensificadas nas regiões afetadas.

ESTRUTURAÇÃO DA REDE SUS PARA ATUAÇÃO NAS ESTIAGENS

1. Mobilização

A partir do recebimento da informação da existência de populações sob risco devido à ocorrência de estiagem, é convocada reunião no CIEVS para estruturação

do grupo de trabalho que comporá o COE (Comitê Operativo de Emergência).

São definições desta reunião:

- relevância do evento para a saúde, determinação que deve ser sustentada por aprofundamento das informações junto à Defesa Civil e CRS das regiões atingidas; - acionamento das CRS para coleta de informações preliminares e levantamento da magnitude do evento nos municípios (Anexo 3: Formulário: Diagnóstico Prelimi-nar de Evento Adverso à Saúde)

- composição do COE na SES e nas CRS (caso definido o evento como relevante devido aos riscos sobre a saúde das populações atingidas);

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2. Organização e Capacitação da Rede

Os grupos de trabalho nas CRS e nas SMS, que constituirão os COEs, deverá incluir, no mínimo, representantes da Vigilância em Saúde (dos programas identificados como pertinentes) e das políticas das Ações de Saúde.

No nível central, sugere-se a mesma constituição, ficando a coordenação a car-go do representante do Vigidesastres.

Definida a composição dos COEs e compreendida a relevância da estiagem (inclusive a tendência futura), são identificados os atores que atuarão em atendimen-to ao evenatendimen-to em atendimen-todas as esferas, desde os níveis locais, nos Grupos de Trabalho das Secretarias Municipais de Saúde, até o nível central (Anexo 4 – Rede de Contatos.

Observar que são três planilhas: SES, CRS e SMS).

O COE-SES disponibilizará a documentação a ser utilizada para a realização das ações e seu acompanhamento e indicará os meios para os eventuais esclareci-mentos e, se necessário, treinamento em serviço.

As CRSs das regiões atingidas repassarão a documentação aos municípios e orientarão para o estabelecimento do fluxo de informações para integração da rede até o encerramento do evento, ou seja, das situações de riscos à saúde decorrentes da es-tiagem.

O fluxo de informações:

As informações e quaisquer comunicações entre os municípios, CRS e SES se-rão encaminhadas a partir das coordenações dos COEs de cada esfera, independen-temente dos demais fluxos de informação de cada programa, bem como das informa-ções prestadas à rede CIEVS . O meio de comunicação a ser utilizado para o encami-nhamento de documentos e troca de informações é o correio eletrônico.

É fortemente recomendável que, a partir da formalização desta rede de atuação do setor saúde, o plano de atuação seja apresentado à Defesa Civil para articulação

das ações em todos os níveis (do local ao estadual, COMDECs, REDECs e

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3. Fase de Operação e Monitoramento

Os grupos de trabalho definidos na organização da rede passam a promover as ações de saúde preconizadas neste Protocolo Técnico, sob a supervisão dos COEs, observando-se as seguintes condições gerais:

O COE Regional deve apoiar os Grupos de Trabalho das Secretarias Muni-cipais de Saúde, acompanhando diariamente a situação dos municípios de sua

área de abrangência, desencadeando as ações indicadas e garantindo o fluxo

das informações necessárias, inclusive com a elaboração de informes para a

população, imprensa e instituições envolvidas;

 O Comitê Operativo de Emergência da Regional (COE Regional) deverá partici-par, junto à Defesa Civil e outros órgãos, da elaboração do diagnóstico de

si-tuação, incluindo os seguintes itens:

 quantidade estimada da população sob risco e sua distribuição por área geográfica;

 condições dos sistemas de abastecimento de água para cada grupo po-pulacional;

 capacidade dos serviços de saúde para atendimento das demandas (in-sumos para desinfecção de água, unidades de saúde e laboratórios);  recursos humanos disponíveis nos referidos serviços;

 impactos nas atividades econômicas com riscos de reflexos sobre a segu-rança alimentar e sobre a saúde mental.

Os COEs regionais e estadual devem repassar as demandas de apoio interseto-rial ou aquelas sem condições de serem atendidas pela SES à Defesa Civil.

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AÇÕES PARA O CONTROLE DE RISCOS SOBRE A SAÚDE

4. Ações de Assistência à Saúde

Por sua proximidade com a população, a rede de assistência à saúde local for-mará um Grupo de Trabalho multidisciplinar da SMS, composto por profissionais das áreas envolvidas, que será responsável, juntamente com o técnico do VIGIAGUA (Pro-grama Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano) (*), pela realização do

diagnóstico preliminar

da situa-ção enfrentada pelas populações atingidas, contendo:

 bairros com escassez de água;

 tipo de vulnerabilidade (para abastecimento de água potável, para atividade rural de subsistência, para atividade agropecuária ou por alteração do local de pres-tação de assistência à saúde);

 capacidade de atendimento disponível;

 demandas urgentes de atendimento;

 agravos à saúde verificados, relacionados à estiagem;

 ações em curso pela Defesa Civil (se a informação for disponível de imediato). O Anexo I apresenta um questionário para o Diagnóstico Preliminar de Riscos à Saúde, para auxiliar nas informações iniciais com o objetivo de mobilização de recursos da saúde para a atuação no evento. Deve ser enviado ao COE da CRS de imediato (dentro das primeiras 24hs)

(*) todos os municípios do Rio Grande do Sul possuem técnico da Vigilância em

Saúde responsável pelo programa

Esta primeira fase – diagnóstico preliminar – tem como objetivo principal infor-mar a rede da abrangência do evento, das principais vulnerabilidades e dos recursos imediatos a serem mobilizados, dentro da área da saúde e através da articulação com a Defesa Civil.

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Segue a fase de levantamento de necessidades com maior detalhamento, e de orientações à população quanto ao controle dos riscos à saúde, compreendendo:

 Realizar uma avaliação dos riscos sobre a saúde da população e da capacidade de atendimento disponível;

 Levantar as demandas de medicamentos, insumos médico-hospitalares e insu-mos para desinfecção de água (esse em conjunto com o VIGIAGUA);

 Promover, em conjunto com a vigilância em saúde, as orientações para a popu-lação com a finalidade de controlar os riscos à saúde;

 Identificar agravos à saúde suspeitos de associação com a estiagem.

A equipe deve relatar diariamente ao COE a alteração de riscos à saúde, as demandas e as ações realizadas.

Segue a fase de acompanhamento da evolução da exposição a riscos pelas condições ambientais adversas e monitoramento da saúde das populações vulnerá-veis, devendo-se

 Acompanhar a evolução da ocorrência de agravos à saúde relacionados à estiagem sobre as populações atingidas;

 Estar alerta quanto ao agravamento da condição de escassez de água e aos impactos adversos sobre a população (desidratação, consumo de água fora dos pa-drões de potabilidade, deficiência nas condições para higiene pessoal e de alimentos, perdas na produção de alimentos com reflexo nas condições de nutrição, doenças res-piratórias e outros agravos observados).

 Notificar as doenças, de acordo com as planilhas do Sistema de Vigilância.

5. Ações para garantir a Água para Consumo Humano

Diante da natureza do evento – escassez de água – os técnicos do VIGIAGUA terão participação intensa no controle dos riscos à saúde, em todos os níveis.

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Na fase inicial, de diagnóstico preliminar,

 Em conjunto com os técnicos da rede assistencial, fazer o levantamento das áreas afetadas do município quanto à situação dos sistemas de abastecimento e solu-ções alternativas de abastecimento de água para cada grupo populacional, inclusive quanto à existência e condições dos reservatórios de água nas residências, bem como das vulnerabilidades, conforme descrito no Item 4.2.

Segue a fase de apoio aos técnicos da rede assistencial no levantamento de ne-cessidades com maior detalhamento, e de orientações à população quanto ao controle dos riscos à saúde relacionados aos usos da água, compreendendo:

 Levantar as demandas de insumos para garantir a potabilidade da água para consumo humano;

 Orientar a população a não usar água de qualidade suspeita para: beber, co-zinhar, fazer gelo, escovar os dentes, tomar banho, lavar roupas ou usar para limpeza;

 Orientar à população para filtrar (filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e posteriormente ferver a água durante 1 ou 2 minutos antes de beber e/ou cozi-nhar, ou realizar a desinfecção da água para beber com o uso de hipoclorito de sódio a 2,5%, fornecido pela SMS;

 Orientar que o acondicionamento da água já tratada seja feito em recipientes; higienizados, preferencialmente de boca estreita, para evitar a contaminação posterior pela introdução de utensílios (canecos, conchas, etc.).

 Assessorar a Defesa Civil na Identificação de fontes seguras, garantindo abastecimento de água com qualidade para o consumo (inclusive através de caminhão pipa);

 Intensificar as ações de vigilância da água dos sistemas de abastecimento;

 Vigiar a qualidade da água das fontes alternativas, inclusive dos carros-pipa. No nível regional (CRSs) e central (CEVS) deverá:

 apoiar as ações do VIGIAGUA nos municípios e encaminhar suas demandas;

 repassar regularmente as informações referentes à situação de abastecimen-to de água ao COE.

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Obs.: O critério para solicitação de hipoclorito de sódio é de 2 frascos (50 ml) por famí-lia / mês. Outros produtos à base de cloro, autorizados para o tratamento da água (e também registrados no Ministério da Saúde/ANVISA) poderão ser utilizados, observan-do-se atentamente as orientações contidas no rótulo do produto.

6. Ações para garantir a Qualidade dos Alimentos

As ações para garantir a qualidade sanitária dos alimentos consumidos pela po-pulação devem ser intensificadas em período de escassez de água. Estas ações de-vem desenvolver-se de forma educativa para a população em geral e também na forma de ações de fiscalização sanitária que devem ser realizadas pelas Vigilâncias Sanitá-rias Municipais, coordenadas e auxiliadas pelas CoordenadoSanitá-rias Regionais de Saúde e pela Divisão de Vigilância Sanitária.

São ações das Vigilâncias Sanitárias Municipais:

 Vigiar / monitorar todos os serviços de alimentação comerciais, ambulan-tes, creches, escolas, estabelecimentos de saúde e outros.

 Identificar os estabelecimentos comerciais em condições críticas de fun-cionamento, impedindo o funcionamento daqueles que não tiverem condições de um abastecimento mínimo de água potável que garanta a inocuidade do alimento servido.

 Nas fiscalizações, exigir reservatórios de água com dimensões suficientes de abastecimento para o porte do estabelecimento que comercializa alimentos (restau-rantes, lancherias e outros) em caso de racionamentos e com comprovação semestral de higienização feita por empresa licenciada pelas VISAs municipais.

 Inspecionar e avaliar condições higiênico-sanitárias de higienização de utensílios, equipamentos e de preparação dos produtos (alimentos prontos, bebidas, saladas)

 Identificar e Inspecionar as distribuidoras e o transporte de águas enva-sadas;

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 Inspecionar os produtos doados que irão ser disponibilizados para a po-pulação tais como alimentos, bebidas e águas envasadas, assim como suas embala-gens, assim como seus locais de armazenamento e conservação.

As Vigilâncias Sanitárias das CRSs devem apoiar as ações das SMS e encami-nhar suas demandas, mantendo o COE sempre atualizado quanto ao andamento de suas atividades e do atendimento de eventuais solicitações (por exemplo, análises la-boratoriais).

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde deve garantir capacitação para servi-dores de VISA municipais e Estaduais em inspeção de estabelecimentos com vistas às Boas Práticas de Fabricação/ Manipulação de alimentos, investigação de surtos de Do-enças Transmitidas por Alimentos (DTA) e investigação de surtos de DoDo-enças Diarréi-cas Agudas (DDA), articulada entre a vigilância sanitária, LACEN, vigilância epidemio-lógica e rede assistencial de saúde;

Ações educativas para a população em geral devem ser realizadas pelos órgãos de saúde em nível local, regional e Estadual de forma a divulgar RECOMENDAÇÕES como:

a) Evitar o preparo e consumo de alimentos “in natura” (saladas verdes, saladas de frutas e sucos) caso não seja possível realizar procedimentos lavagem e desinfecção adequadas.

b) Ferver toda a água que for utilizada para consumo ou preparo de alimentos, em caso de não ser proveniente diretamente de rede pública de abasteci-mento.

c) Beber somente água fervida e/ou filtrada.

d) Cozinhar completamente os alimentos, especialmente carne, frango, ovos e pescado. Para carnes vermelhas e frango assegure que os sucos sejam cla-ros e não cla-rosados. Os ovos devem ser consumidos com a gema dura.

e) Manter os alimentos prontos em temperatura ambiente pelo tempo mínimo necessário (máximo da 1:30 h).

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g) Refrigerar o mais rápido possível os alimentos cozidos e perecíveis, prefe-rencialmente abaixo de 5 ºC.

h) NÃO devem ser consumidos produtos doados e recebidos pela população tais como alimentos, bebidas e águas envasadas, caso apresentem:

 Prazo de validade vencido.

 Embalagens abertas, rasgadas, amassadas, perfuradas, estufadas ou enferrujadas.

 Alimentos com sabor, odor, aparência ou consistência alterados e que visualmente apresentem mofo, sujidades, insetos ou qualquer outro tipo de contaminação;

 Conservação em temperatura diferente da indicada em rótulo.

i) Utilizar álcool a 70% líquido ou gel para higienização de mãos antes do pre-paro de alimentos.

7. Ações para garantir a Vigilância de Doenças e Agravos

As Vigilâncias Epidemiológicas das SMS atuarão integradas com a rede assis-tencial para a divulgação de orientações à população atingida quanto às boas práticas de higiene pessoal e de alimentos, bem como acompanhará a sua situação da saúde, através das seguintes ações:

 Garantir a notificação de casos pelo fluxo de informação definido no Sis-tema de Vigilância e notificar surtos através das planilhas específicas;

 Orientar a população sobre as medidas de prevenção para as doenças de veiculação hídrica e acidentes e repassar ao COE da CRS as demandas de recursos de saúde necessários ao enfrentamento dos problemas, como levantar a necessidade de medicamentos e vacinas ou complementação das equipes assistenciais de saúde;

 Verificar o estado vacinal de todos os trabalhadores de saúde, defesa civil e limpeza urbana, visando à atualização do esquema de vacinas de acordo com o ca-lendário de vacinação do adulto;

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 Avaliar a situação vacinal da população afetada de todas as faixas etá-rias, de acordo com os calendários vacinais vigentes;

 Garantir a qualidade das vacinas utilizadas. Em caso de falta de energia elétrica, a rede de frio de conservação de vacinas pode ficar comprometida. Nesse ca-so, devem-se colocar as vacinas sob suspeita e solicitar parecer do Programa Estadual de Imunizações para a sua posterior utilização e restabelecimento de estoque;

Observação: O Programa Estadual de Imunizações está preparado para atender ao aumento das solicitações de vacinas, seguindo-se o fluxo estabelecido de pedidos das CRS para a CEADI/RS.

7.1. Orientações a serem transmitidas para a população pelos órgãos de saúde local, regional e estadual:

Doença Diarréica Aguda – As doenças diarréicas podem ser causadas por

vá-rios agentes etiológicos (bactérias, vírus, parasitos), podendo ser transmitidos ao ser humano por via fecal-oral de forma direta: pessoa a pessoa (ex: mãos contaminadas) e de animais para as pessoas, e indireta: ingestão de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados. Medidas de controle como melhoria da qualidade da água, destino adequado de lixo e dejetos, controle de vetores, higiene pessoal e alimentar, educação em saúde devem ser adotadas, visando minimizar a ocorrência de doenças diarréicas.

 Medidas preventivas:

 lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar alimentos, amamentar e tocar em animais;  lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na

preparação de alimentos; proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados);

 ensacar o lixo e mantê-lo em recipiente com tampa fechada (quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado);

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sempre longe dos cursos de água;

 Realizar o monitoramento das doenças diarréicas agudas (MDDA), anotan-do-se diariamente os casos na respectiva Planilha (Anexo 2) com envio à vigilância epidemiológica da SMS toda segunda-feira;

 Alertar os serviços de saúde das regiões atingidas para a possibilidade de ocorrência de surtos de diarréia, garantindo-se diagnóstico e tratamento dos casos, além da investigação epidemiológica e laboratorial, conforme protocolos.

Problemas respiratórios: a baixa umidade do ar, comum no período da seca, representa um verdadeiro incômodo para portadores de doenças respiratórias como a rinite alérgica e a asma. Alguns cuidados podem ajudar a prevenir os efeitos de doenças respiratórias, como ingerir bastante líquido, evitar contato com poeira, não fu-mar, manter os ambientes arejados. Alertar os serviços de saúde das regiões atingidas para a possibilidade de aumento de consultas por problemas respiratórios desse tipo.

Problemas de pele: na estiagem, os cuidados com a pele também são muito importantes. Indica-se o uso do creme hidratante com a pele limpa, para evitar lesões. Proteger a cabeça contra o sol e usar chapéu, roupas leves, calçados confortá-veis constituem outras recomendações importantes. Moderação com os exercícios físi-cos, principalmente nas horas de sol mais forte, pois a seca reduz a capacidade do corpo para a prática de atividades.

Atenção para os ataques de animais peçonhentos e roedores: nos pe-ríodos de estiagem, aranhas, cobras, escorpiões e roedores, que podem trazer agravos à saúde, aproximam-se das habitações em busca de água e alimento. Assim, evite lixo e restos de comida nos arredores da sua casa e acondicione o lixo adequadamente. Caso ocorra mortandade de animais, enterre as carcaças em covas profundas ou soli-cite o apoio do serviço de limpeza urbana.

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ANEXOS

Anexo 1 - Planilhas Investigação de Surtos de Síndrome Gripal

Anexo 2 - Planilhas para Investigação de Surtos de Doenças Transmitidas por

Alimen-tos (DTA)

Anexo 2.1 - Formulário para notificação de surto de doença transmitida por alimento Anexo 2.2 - Formulário individual para registro de informações dos comensais de surto de D.T.A

Anexo 2.3 – Registro das condições de preparo e/ou consumo do(s) alimento(s) suspei-to(s)

Anexo 2.4 - Formulário para registro de informações dos manipuladores de alimentos Anexo 2.5 - Planilha para investigação de Surtos de Doença Diarréica Aguda (DDA)

Anexo 3 - Diagnóstico Preliminar de Evento Adverso à Saúde

Anexo 4 - Rede de Contatos

Referências

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