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Inatel. ANÁLISE DE SINAIS DE ECG USANDO TRANSFORMATA WAVELET COM PULSO DNAx MATHEUS CARDOSO MORAES. Instituto Nacional de Telecomunicações

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(1)

MATHEUS CARDOSO MORAES

MAIO/ 2008

Inatel

Instituto Nacional de Telecomunicações

D

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s

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d

o

ANÁLISE DE SINAIS DE ECG

USANDO TRANSFORMATA

WAVELET COM PULSO DNAx

(2)

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(3)

An´

alise de sinais de ECG usando

Transformada Wavelet com o Pulso

DNAx

Matheus Cardoso Moraes

Disserta¸c˜ao apresentada ao Instituto Nacional de Telecomu-nica¸c˜oes, como parte dos requisitos para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Engenharia El´etrica.

Orientador: Prof. Dr. Sandro Adriano Fasolo Santa Rita do Sapuca´ı

(4)

Disserta¸c˜ao defendida e aprovada em 28/05/2008, pela comiss˜ao julgadora:

Dra. Vera L´ucia da Silveira Nantes Button DEB - FEEC/UNICAMP

Dr. Carlos Alberto Ynoguti Inatel

Dr. Sandro Adriano Fasolo Inatel

(5)

ii

`

A minha m˜ae, minha primeira e grande professora.

(6)

Agradecimentos

A Deus por me dar sa´ude e inteligˆencia para que conseguisse come¸car e ter-minar essa etapa de minha vida.

Ao meu orientador professor Sandro Adriano Fasolo pela excelente orienta¸c˜ao fornecida durante a elabora¸c˜ao deste trabalho.

Aos Professores Carlos Ynoguti e Fabiano Valias de Carvalho pelos apoio fornecido.

A todos os colegas, professores e funcion´arios do Curso de P´os Gradua¸c˜ao em Engenharia Biom´edica e do curso de Mestrado do Instituto Nacional de Teleco-munica¸c˜oes pela amizade.

A todos os meus familiares e amigos, em especial aos meus pais e minha namorada que sempre me apoiaram nos momentos dif´ıceis e entenderam a minha falta durante a elabora¸c˜ao deste trabalho.

(7)

´Indice

Lista de Figuras vi

Lista de Tabelas x

Lista de Abreviaturas e Siglas xii Lista de S´ımbolos xiv

1 Introdu¸c˜ao 1 1.1 Objetivo . . . 2 2 Eletrocardiograma 4 2.1 Introdu¸c˜ao . . . 4 2.2 Anatomia do cora¸c˜ao . . . 4 2.2.1 A fisiologia do cora¸c˜ao . . . 5 2.2.2 O ciclo card´ıaco . . . 6 2.3 Eletrocardi´ografo . . . 7 2.4 Banco de dados . . . 9 2.4.1 Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB) . . . 9 3 A T´ecnica DNAx 14 3.1 Introdu¸c˜ao . . . 14 3.2 Teoria fundamental . . . 15

3.3 Formato b´asico da equa¸c˜ao DNAx . . . 15

3.4 Forma geral da equa¸c˜ao DNAx . . . 17

3.4.1 Fun¸c˜ao arbitraria f (x) . . . 17

3.4.2 Fun¸c˜ao base x(t) da equa¸c˜ao DNAx . . . 18

4 Medidas de similaridade usando correla¸c˜ao temporal 20 4.1 Introdu¸c˜ao . . . 20

4.2 Filtragem do ECG . . . 20

4.3 Ciclo card´ıaco de referˆencia . . . 22 iv

(8)

´INDICE v

4.3.1 Correla¸c˜ao cruzada dos ciclos card´ıacos . . . 23

4.3.2 C´alculo das medidas caracter´ısticas . . . 25

4.4 Diferen¸ca de Confiabilidade . . . 29

5 Transformada Wavelet e ECG 30 5.1 Introdu¸c˜ao . . . 30 5.2 Transformada Wavelet . . . 30 5.2.1 Transla¸c˜ao . . . 31 5.2.2 Escala . . . 31 5.3 Fun¸c˜ao de Transforma¸c˜ao ou Mother Wavelets . . . 32 5.3.1 Wavelets Tradicionais . . . 32

5.3.2 O Pulso DNAx na gera¸c˜ao de Mother Wavelets . . . 33

5.4 Transformada de um ciclo card´ıaco . . . 36

5.4.1 Conte´udo espectral de um ciclo card´ıaco . . . 36

5.4.2 Determina¸c˜ao do vetor escala . . . 37

5.4.3 Calculando a TW de um ciclo card´ıaco . . . 39

6 Medidas de similaridade usando transformada Wavelet 44 6.1 Introdu¸c˜ao . . . 44

6.2 Correla¸c˜ao Cruzada Bidimensional . . . 45

6.3 C´alculo das medidas caracter´ısticas . . . 46

6.4 Diferen¸ca de Confiabilidade . . . 69

7 Conclus˜ao 75

(9)

Lista de Figuras

1.1 Representa¸c˜ao das cˆamaras card´ıacas e do sistema de condu¸c˜ao

el´etrica do cora¸c˜ao (extra´ıdo de [1]). . . 1

2.1 Representa¸c˜ao das cˆamaras card´ıacas e do sistema de condu¸c˜ao el´etrica do cora¸c˜ao (extra´ıdo de [1]). . . 5

2.2 Representa¸c˜ao das atividades el´etricas de v´arias regi˜oes do cora¸c˜ao (extra´ıdo de [7]). . . 6

2.3 Forma de onda de um ciclo card´ıaco (extra´ıdo de [1]). . . 7

2.4 Deriva¸c˜oes do Triˆangulo de Einthoven (extra´ıdo de [1]). . . 7

2.5 Disposi¸c˜oes das Deriva¸c˜oes Unipolares (extra´ıdo de [1]). . . 8

2.6 Exemplo das 15 deriva¸c˜oes de um ECG para um paciente saud´avel (extra´ıdo de Physionet). . . 8

2.7 Exemplos de Ciclos Card´ıacos da Deriva¸c˜ao i de pacientes com diferentes patologias. . . 12

2.8 Exemplos de Ciclos Card´ıacos da Deriva¸c˜ao i de pacientes com diferentes patologias. . . 13

3.1 Representa¸c˜oes gr´aficas dos polinˆomios PD(x) e PN(x). . . 15

3.2 Representa¸c˜oes gr´aficas de y(x) em fun¸c˜ao de a e n. . . 16

3.3 Representa¸c˜oes gr´aficas de y(x) em fun¸c˜ao de f (x). . . 18

3.4 Representa¸c˜ao de (3.10) para f (x) = 1 e fun¸c˜ao base x(t) variando linearmente como uma rampa com diferentes inclina¸c˜oes. . . 18

3.5 Representa¸c˜ao de 3.9 para para f(x) = 1, a = 1 e n = 1 e a fun¸c˜ao base x(t) variando em fun¸c˜ao de um cosseno. . . 19

4.1 Representa¸c˜oes de Sinais de ECG com e sem componentes de baixa freq¨uˆencia. . . 21

4.2 Resposta em freq¨uˆencia do filtro passa-alta. . . 22

4.3 Procedimento para retirar um ciclo card´ıaco como amostra de cada paciente. . . 22

4.4 Ciclos card´ıacos de pacientes com Infarto do Mioc´ardio anterior. . 23 vi

(10)

LISTA DE FIGURAS vii

4.5 Correla¸c˜ao Temporal entre os ciclos card´ıacos do Paciente007 e do

Paciente014. . . 24

4.6 Ciclos card´ıacos do paciente104, paciente Saud´avel. . . 25

4.7 Correla¸c˜ao Temporal entre os ciclos card´ıacos do Paciente007 e do Paciente104 . . . 25

4.8 Procedimento para o c´alculo da m´edia de similaridade e desvio padr˜ao dos valores m´aximos das correla¸c˜oes entre pacientes. . . . 27

4.9 Gr´afico de similaridade com o grupo de pacientes com I.M anterior usando correla¸c˜ao temporal. . . 28

4.10 Procedimento para o c´alculo da diferen¸ca de confiabilidade. . . 29

5.1 Movimento de Transla¸c˜ao . . . 31

5.2 Varia¸c˜ao da escala da wavelet . . . 31

5.3 Exemplos de Fun¸c˜oes de Transforma¸c˜ao ou mother wavelets. . . . 32

5.4 Representa¸c˜oes gr´aficas das equa¸c˜oes (5.4) (5.7), (5.8) e (5.9). . . 34

5.5 Representa¸c˜oes gr´aficas de (5.10) e (5.12). . . 35

5.6 Representa¸c˜oes gr´aficas de (5.14), para i = {1, 2, 3, 4, 5}. . . . 36

5.7 TF de ciclos card´ıacos de pacientes com patologias diferentes. . . 37

5.8 Freq¨uˆencia Central ou constante dependente. . . 38

5.9 Etapas de c´alculo de alguns coeficientes da TW de um ciclo card´ıaco. 41 5.10 Transformada Wavelet do ciclo card´ıaco do paciente007 usando diferentes wavelets. . . 42

5.11 Transformada Wavelet do ciclo card´ıaco do paciente007 usando diferentes wavelets. . . 43

6.1 Correla¸c˜ao Cruzada Bidimensional entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos dos pacientes 007 e 014 usando a Morlet. . . 47

6.2 Correla¸c˜ao Cruzada Bidimensional entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos dos pacientes 007 e 014 usando Chap´eu Mexicano. 47 6.3 Correla¸c˜ao Cruzada Bidimensional entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos dos pacientes 007 e 104 usando Morlet. . . 48

6.4 Correla¸c˜ao Cruzada Bidimensional entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos dos pacientes 007 e 104 usando Chap´eu Mexicano. 48 6.5 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando Morlet dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. 59 6.6 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando Chap´eu Mexicano dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 60

6.7 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando Waveletd-nax2 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 61

(11)

LISTA DE FIGURAS viii

6.8 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando WaveletD-NAxQuadrada dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos . . . 62 6.9 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando

WaveletD-NAxCosJanelado dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos . . . 63 6.10 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando 1a

derivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 64 6.11 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando 2a

derivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 65 6.12 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando 3a

derivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 66 6.13 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando 4a

derivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 67 6.14 Gr´afico de similaridade entre os coeficientes da TW usando 5a

derivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos. . . 68 6.15 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando Morlet. . . 69 6.16 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando Chap´eu Mexicano. 70 6.17 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando WaveleDNAx2. . . 70 6.18 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando WaveletDNAxQuadrada. 71 6.19 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando

WaveletDNAxCos-Janelado. . . 71 6.20 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando 1a derivada do

Pul-soDNAx4. . . 72 6.21 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando 2a derivada do

Pul-soDNAx4. . . 72 6.22 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando 3a derivada do

Pul-soDNAx4. . . 73 6.23 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando 4a derivada do

Pul-soDNAx4. . . 73 6.24 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade usando 5a derivada do

Pul-soDNAx4. . . 74 7.1 Gr´afico da Diferen¸ca de confiabilidade no melhor caso para cada

(12)

LISTA DE FIGURAS ix

7.2 Gr´afico da Similaridade entre pacientes com I.M anterior usando diferentes M´etodos. . . 77 7.3 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com I.M ˆantero-lateral usando diferentes M´etodos. . . 77 7.4 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com I.M ˆantero-septal usando diferentes M´etodos. . . 78 7.5 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com I.M inferior usando diferentes M´etodos. . . 78 7.6 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com I.M ´ınfero-lateral usando diferentes M´etodos. . . 79 7.7 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com I.M ´ınfero-p´ostero-lateral usando diferentes M´etodos. . . 79 7.8 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com Hipertrofia do Mioc´ardio usando diferentes M´etodos. . . 80 7.9 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

com Problemas V´alvulares usando diferentes M´etodos. . . 80 7.10 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

de Pacientes Saud´aveis usando diferentes M´etodos. . . 81 7.11 Gr´afico da Similaridade entre o grupo com I.M anterior e o grupo

(13)

Lista de Tabelas

2.1 Tabela de patologias e seus respectivos pacientes. . . 11 4.1 Tabela dos valores m´aximos das correla¸c˜oes temporais entre ciclos

da deriva¸c˜ao I dos cinco pacientes com I.M. e os outros pacientes de diferentes patologias da Tabela 2.1. . . 26 4.2 Tabela de similaridade m´edia e desvio padr˜ao entre o grupo de

pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos usando correla¸c˜ao temporal. . . 28 5.1 Tabela das constantes dependentes kψ e suas wavelets. . . 39

5.2 Tabela dos limites m´ınimos e m´aximos dos vetores de escalas das wavelets. . . 40 6.1 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando Morlet. . . 49 6.2 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando Chap´eu Mexicano. . 50 6.3 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a WaveletDNAx2. . 51 6.4 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a WaveletDNAxQuadrada. 52 6.5 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a WaveletDNAx-CosJanelado. . . 53 6.6 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a 1a derivada do

PulsoDNAx4. . . 54 6.7 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a 2a derivada do

PulsoDNAx4. . . 55 x

(14)

LISTA DE TABELAS xi

6.8 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a 3a derivada do

PulsoDNAx4. . . 56 6.9 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a 4a derivada do

PulsoDNAx4. . . 57 6.10 Tabela de Similaridade entre os coeficientes da TW dos ciclos

card´ıacos dos pacientes da Tabela 2.1 usando a 5a derivada do

PulsoDNAx4. . . 58 6.11 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando Morlet dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 59 6.12 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando Chap´eu Mexicano dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 60 6.13 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando Waveletdnax2 dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 61 6.14 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando WaveletDNAxQuadrada dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 62 6.15 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando WaveletDNAxCosJanelado dos ciclos do grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 63 6.16 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando 1aderivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de

pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 64 6.17 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando 2aderivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de

pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 65 6.18 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando 3aderivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de

pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 66 6.19 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando 4aderivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de

pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos. . . 67 6.20 Tabela de Similaridade M´edia e Desvio Padr˜ao entre os coeficientes

da TW usando 5aderivada do PulsoDNAx4 dos ciclos do grupo de

(15)

Lista de Abreviaturas e Siglas

avf avl avr Varia¸c˜ao das Deriva¸c˜oes dos Membros DC Tens˜ao com corrente cont´ınua

DNAx Nome fantasia patenteado que re´une as letras usadas nas equa¸c˜oes, sendo D a constante de deslocamento da fun¸c˜ao geradora dos pulsos, N ´e o expoente da equa¸c˜ao exponencial e define o tempo de subida dos pulsos, A ´e a constante que define a largura dos pulsos e x ´e a fun¸c˜ao base, fun¸c˜ao geradora dos pulsos. ECG Eletrocardiograma

FC Constante dependente ou freq¨uˆencia central da wavelet

Hz Hertz

I II III Deriva¸c˜ao dos Membros I.M Infarto do Mioc´ardio LSB Least Signal Bit

N´odulo AV N´odulo ´Atrio-Ventricular N´odulo SA N´odulo Sino-Atrial

PTB Physikalisch-Technische Bundesanstalt P Contra¸c˜ao Atrial do Sinal de ECG QRS Contra¸c˜ao Ventricular do Sinal de ECG RMS Root Mean Squared

(16)

xiii

TF Transformada de Fourier Ts Per´ıodo de amostragem TW Transformada Wavelet T Repolariza¸c˜ao Ventricular V(pp) Volts de pico a pico V1 - V6 Deriva¸c˜oes do Peitoral V Volt

(17)

Lista de S´ımbolos

a constante da equa¸c˜ao DNAx ai e bi Coeficientes do filtro recursivo

f Freq¨uˆencia

f (x) Fun¸c˜ao arbitr´aria da equa¸c˜ao DNAx

kψ Constante dependente ou freq¨uˆencia central da wavelet

n expoente da equa¸c˜ao DNAx n n´umero da amostra

N Total de similaridades ou correla¸c˜oes entre dois grupos patol´ogicos Ω Omega

Ψψ

x(τ, s) Transformada Wavelet de x com a fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao ψ

ψ Fun¸c˜ao de Transforma¸c˜ao ou mother wavelet PD(x) Polinˆomio D de x

PN(x) Polinˆomio N de x

q(t) Representa¸c˜ao convencional de um pulso quadrado ¯

R M´edia das correla¸c˜oes ou similaridade m´edia entre dois grupos pa-tol´ogicos

Rmax Valor m´aximo da correla¸c˜ao cruzada entre dois sinais

Rxy(t) Correla¸c˜ao cruzada entre x(t) e y(t)

Rxy(τ, s) Correla¸c˜ao cruzada bi-dimensional

Rx Auto-correla¸c˜ao de x(t)

Ry Auto-correla¸c˜ao de y(t)

s Escala na Transformada Wavelet

(18)

xv

σ Desvio padr˜ao σ2 Variˆancia

t vari´avel de tempo τ Transla¸c˜ao

τ Vari´avel que indica deslocamento ou transla¸c˜ao no tempo T Wψ

x Transformada Wavelet de x com a fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao ψ

ts tempo de transi¸c˜ao de subida e descida dos pulsos

V ar(·) Variˆancia

W Largura da janela operacional do Pulso DNAx x fun¸c˜ao base da equa¸c˜ao DNAx

x(t), x(n) Sinal no dom´ınio do tempo

x(T, E) matriz de valores da TW de ciclos card´ıacos y(t), y(n) Sinal no dom´ınio do tempo

y(T, E) matriz de valores da TW de ciclos card´ıacos y(x) Equa¸c˜ao DNAx

ya(x) Forma geral tipo a da equa¸c˜ao DNAx

yb(x) Forma geral tipo b da equa¸c˜ao DNAx

(19)

Resumo

O prop´osito desse trabalho ´e avaliar os benef´ıcios do uso da Transformada Wavelet (TW) com o pulso DNAx como mother wavelets no reconhecimento de padr˜oes em sinais de ECGs.

Foram usados 50 pacientes divididos em 9 grupos de patologias diferentes, mais um grupo de pacientes saud´aveis. Apenas um ciclo card´ıaco correspondente `a deriva¸c˜ao I foi usado como referˆencia para cada um dos pacientes.

No primeiro teste, o m´etodo da correla¸c˜ao temporal foi empregado para men-surar a similaridade entre os ciclos do grupo de pacientes com Infarto do Mioc´ardio anterior e, depois, desse grupo com todos os outros grupos existentes nesse tra-balho.

No segundo teste, a similaridade foi estimada usando a correla¸c˜ao cruzada bidimensional entre os coeficientes da TW dos ciclos card´ıacos. As transformadas foram calculadas usando as fun¸c˜oes de transforma¸c˜ao tradicionais e outras obtidas atrav´es de uma t´ecnica chamada de DNAx, criada e patenteado por Caputo.

A compara¸c˜ao dos testes mostra que, quase na totalidade dos casos, a TW associada ao pulso DNAX obteve bons resultados e, em alguns casos, melhores do que as fun¸c˜oes tradicionais.

Palavras-chave: Transformada Wavelet, ECG, Processamento Digital de Sinais, T´ecnica DNAx.

(20)

Abstract

The purpose of this work is to measure and establish the benefits of the Wavelet Transform (WT) , using the DNAx pulses as mother wavelets at the patterns recognition in ECG signals.

It was used 50 patients divided in 9 different pathological groups, and one more group of health patients. Only one cardiac cycle from the lead I was used as a reference for each of the patient.

At the first test, time correlation was used to measure the similarity between the cardiac cycles of the group of patients with Myocardial Infarction anterior, and after between this group and every group of this work.

On the second test, the similarity was estimated using the bi-dimensional cross correlation between the WT coefficients of the cardiac cycles. The transfor-mations were calculated using the two traditional wavelets and others obtained by a technique called DNAx created and patentiated by Caputo.

The test comparison showed that, in almost the totality of the cases, the WT associated to the DNAx pulse obtained good results, and in some cases better than the traditional functions.

Keywords: Wavelet Trasform, ECG, Digital Signal Processing, DNAx Technique.

(21)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜

ao

O cora¸c˜ao ´e o principal ´org˜ao do sistema circulat´orio de qualquer animal. No corpo humano ele ´e capaz de bombear em torno de 5 litros de sangue atrav´es de 60-80 batimentos por minuto quando est´a em repouso, e de 15 a 20 litros atrav´es de 120 a 160 batimentos em atividade, durante uma atividade f´ısica. A Figura 1.1 apresenta uma vis˜ao frontal do cora¸c˜ao. As atividades de contra¸c˜ao e relaxamento s˜ao controladas por est´ımulos el´etricos gerados pelos n´odulos, sinoatrial(SA) e atrioventricular(AV) [1], [2], [3].

Figura 1.1: Representa¸c˜ao das cˆamaras card´ıacas e do sistema de condu¸c˜ao el´etrica

do cora¸c˜ao (extra´ıdo de [1]).

O eletrocardiograma(ECG) ´e uma representa¸c˜ao gr´afica das atividades el´etricas de despolariza¸c˜ao e repolariza¸c˜ao das c´elulas card´ıacas, que resultam na contra¸c˜ao e relaxamento de ´atrios e ventr´ıculos. Um cardiologista pode diagnosticar v´arios tipos de arritmias card´ıacas e outras patologias ao analisar visualmente o ECG de um paciente. Por´em, em muitos casos a similaridade entre sinais de ECGs de diferentes patologias podem acarretar em diagn´osticos imprecisos ou errˆoneos.

Devido a este fato, surge a necessidade de estudar novas ferramentas para auxiliar os profissionais de sa´ude. Supondo que um sinal card´ıaco possa ser repre-sentado por uma fun¸c˜ao matem´atica, deduz-se ent˜ao que uma an´alise matem´atica pode ser uma ferramenta de fundamental importˆancia para um diagn´ostico

(22)

1.1. OBJETIVO 2

quado. Atrav´es do processamento digital de sinais ´e poss´ıvel adquirir e manipular esses sinais para que, ap´os processados, eles possam maximizar caracter´ısticas comuns para sinais de um mesmo grupo patol´ogico, o que resultar´a em um au-mento de similaridade entre sinais de pacientes com a mesma patologia e uma diminui¸c˜ao dessa similaridade entre sinais de pacientes com patologias diferentes, aumentando a confiabilidade nos diagn´osticos autom´aticos.

Existem v´arias maneiras de maximizar caracter´ısticas comuns de sinais de ECG usando artif´ıcios matem´aticos, no entanto, a Transformada Wavelet (TW) ser´a a estudada nessa disserta¸c˜ao. De acordo com Stark, o estudo da TW come¸cou na metade da d´ecada de 80, devido `a necessidade de estudar sinais advindo de abalos s´ısmicos, terremotos, de uma maneira mais precisa do que era feita pela Transformada de Fourier (TF) [4]. A caracter´ıstica de fornecer n˜ao apenas as componentes de freq¨uˆencia contidas em um sinal, mas tamb´em seus intervalos de ocorrˆencia, fez da TW um sucesso na resolu¸c˜ao de diversos tipos de problemas relacionados ao processamento de sinais.

Como foi mencionado, os sinais de ECGs representam o estado fisiol´ogico de um cora¸c˜ao. Por´em,altera¸c˜oes no tra¸cado de ECG, causadas por patologias, distingu´ıveis analisando esse sinal apenas no dom´ınio do tempo, onde padr˜oes ou caracter´ısticas singulares de determinada patologia n˜ao s˜ao suficientemente relevantes para poder diferenci´a-la de outras. No entanto, caracter´ısticas pr´oprias da TW fazem com que caracter´ısticas particulares a determinadas patologias sejam exaltadas. Como resultado, as TWs dos sinais de ECG de um mesmo grupo patol´ogico possuem maior semelhan¸ca, enquanto que, para grupo com patologias diferentes, essa semelhan¸ca diminui.

Al´em da caracter´ıstica de fornecer representa¸c˜oes de sinais nos dom´ınios do tempo e da freq¨uˆencia, a TW possui outra vantagem, que ´e a de permitir a escolha da fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao. Cada fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao valoriza ou maximiza diferentes caracter´ısticas do sinal a ser transformado, flexibilizando o resultado da transformada de qualquer sinal. Este trabalho visa estudar a aplica¸c˜ao de uma t´ecnica recente de gera¸c˜ao de sinais ou pulsos, chamada de t´ecnica DNAx criada por Caputo [5]. Nesta nova t´ecnica, atrav´es da varia¸c˜ao de seus parˆametros torna-se poss´ıvel a cria¸c˜ao e manipula¸c˜ao de pulsos, que com os devidos ajustes podem passar a ser usados como fun¸c˜oes de transforma¸c˜ao da TW.

1.1

Objetivo

O objetivo principal deste trabalho ´e desenvolver um m´etodo para melhorar a confiabilidade de pr´e-diagn´osticos de doen¸cas card´ıacas. De acordo com o estado da arte foi verificado que a TW j´a vinha sendo aplicada em engenharia biom´edica,

(23)

1.1. OBJETIVO 3

[4], [6], nas seguintes ´areas:

• Compress˜ao de dados, inclusive de sinais de ECG;

• Reconstru¸c˜ao de imagens de Ressonˆancia Magn´etica e Tomografia Com-putadorizada;

• Para maximizar certas caracter´ısticas particulares dos sinais durante sua an´alise, inclusive o ECG, podendo deixar sinais de mesmo grupo pa-tol´ogico com uma maior semelhan¸ca.

Considerando a hip´otese de que a TW poderia atingir esse objetivo e que o pulso DNAx poderia maximizar os resultados, resolveu-se combinar estas duas t´ecnicas. O pr´oximo passo ´e aprender quais fatores eram importantes para fazer a TW de um ciclo card´ıaco e como conseguir fazer da T´ecnica DNAx uma fonte de wavelets. Ap´os a obten¸c˜ao desse objetivo empregou-se o m´etodo da Correla¸c˜ao Bidimensional para medir a similaridade entre as representa¸c˜oes das TWs dos ciclos card´ıacos. O m´etodo da correla¸c˜ao temporal dos ciclos card´ıacos foi usado como referˆencia para averiguar se a TW combinada com o pulso DNAx forneceu ou n˜ao alguma melhora, esse m´etodo foi escolhidos porque ´e o m´etodo mais usado para medir similaridades entre dois sinais. Independentemente de ser a melhor ou a pior deriva¸c˜ao para essa ou aquela patologia, a deriva¸c˜ao I do ECG foi a escolhida para a elabora¸c˜ao desse trabalho pelo fato de ser a primeira e a mais comum, deixando a an´alise das outras deriva¸c˜oes para trabalhos futuros.

O banco de dados empregado para realizar os testes de similaridades, entre os ciclos card´ıacos correspondentes `a deriva¸c˜ao I, continha ECGs de 294 pacientes, dos quais foram usados 50 pacientes divididos em 9 grupos de patologias difer-entes, mais um grupo de pacientes saud´aveis. Apenas um ciclo card´ıaco foi usado como referˆencia para cada um dos pacientes.

Esta disserta¸c˜ao consta de 7 cap´ıtulos. O 2º cap´ıtulo faz alguns coment´arios sobre o sinal de ECG, a fisiologia e o funcionamento do cora¸c˜ao bem como so-bre o banco de dados. O 3º cap´ıtulo faz um resumo da t´ecnica DNAx. No 4º cap´ıtulo ´e apresentado a t´ecnica da correla¸c˜ao temporal e os respectivos resulta-dos. No 5º cap´ıtulo s˜ao apresentados alguns conceitos b´asicos sobre a TW e a gera¸c˜ao de mother wavelets `a partir do pulso DNAx. No 6º cap´ıtulo s˜ao mostra-dos os resultamostra-dos da aplica¸c˜ao das mother wavelets gerada no reconhecimento de padr˜oes patol´ogicos usando os dados dispon´ıveis. No 7º cap´ıtulo s˜ao feitas as conclus˜oes atrav´es da apresenta¸c˜ao e discuss˜ao dos resultados obtidos com os m´etodos pesquisados.

(24)

Cap´ıtulo 2

Eletrocardiograma

2.1

Introdu¸c˜

ao

O ECG ´e um registro gr´afico das atividades el´etricas card´ıacas [1]. Como a maio-ria das patologias est˜ao diretamente relacionadas `a forma temporal dessas ativi-dades, a an´alise gr´afica do ECG tornou-se um dos mais ´uteis e eficazes m´etodos no aux´ılio do diagn´ostico de disfun¸c˜oes card´ıacas, podendo ser realizado em qualquer consult´orio m´edico.

2.2

Anatomia do cora¸c˜

ao

O cora¸c˜ao ´e uma bomba muscular oca dividida em quatro cˆamaras chamadas de ´atrios direito e esquerdo e ventr´ıculos direito e esquerdo. O m´usculo card´ıaco ´e formado por tecidos especializados muscular (atrial e ventricular), nodal (n´odulo sino-atrial e n´odulo ´atrio-ventricular), de Hiz e de Purkinje. As respectivas jun¸c˜oes s˜ao excitabilidade e contraibilidade (muscular), autointrincidade (NSA e NAV) e condutibilidade (His e Purkinje). A parede muscular do cora¸c˜ao possui 4 camadas, que s˜ao o epic´ardio, peric´ardio, mioc´ardio, endoc´ardio [1], [2], [3].

O cora¸c˜ao tamb´em possui um conjunto de 4 v´alvulas, denominadas, tric´uspide, v´alvula da art´eria pulmonar, v´alvula da art´eria aorta, v´alvula bic´uspide ou mitral, duas coron´arias (direita e esquerda), e dois n´odulos (sinoatrial(SA) e atrioven-tricular(AV)). O n´odulo sinoatrial ´e uma pequena tira achatada de fibras sinusais localizada na parede lateral superior do ´atrio direito. O n´odulo atrioventricular situa-se na parede posterior septal do ´atrio direito, desse sai o feixe AV ou de HIS como pode ser visto na Figura 2.1.

(25)

2.2. ANATOMIA DO CORAC¸ ˜AO 5

Figura 2.1: Representa¸c˜ao das cˆamaras card´ıacas e do sistema de condu¸c˜ao el´etrica

do cora¸c˜ao (extra´ıdo de [1]).

2.2.1

A fisiologia do cora¸c˜

ao

Os ´atrios tˆem a fun¸c˜ao de receber o sangue venoso ou arterial e envi´a-los para os ventr´ıculos. O ventr´ıculo direito bombeia o sangue venoso do cora¸c˜ao para os pulm˜oes, enquanto o esquerdo bombeia o sangue arterial do cora¸c˜ao para o restante do corpo [1].

As v´alvulas s˜ao respons´aveis por impedir o refluxo sang¨u´ıneo entre suas cˆamaras internas, art´erias e veias, enquanto as art´erias coron´arias tˆem a fun¸c˜ao de nutrir o cora¸c˜ao [1].

Os m´usculos atriais e ventriculares se contraem de forma bem semelhante aos m´usculos esquel´eticos, por´em com um tempo de contra¸c˜ao maior. As fibras excitat´orias e condutoras contraem de um modo fraco, pois como o pr´oprio nome sugere, suas fun¸c˜oes s˜ao a excita¸c˜ao e a condu¸c˜ao do potencial el´etrico emitido pelos n´odulos [2].

O n´odulo SA tˆem a fun¸c˜ao de gerar um potencial de a¸c˜ao que ser´a conduzido por todo o m´usculo atrial e resultando em sua contra¸c˜ao; isto far´a com que todo o sangue seja transferido para os ventr´ıculos. O n´odulo AV recebe este impulso el´etrico gerado pelo n´odulo SA e produz um retardo temporal, tempo suficiente para que todo sangue seja transferido dos ´atrios para os ventr´ıculos. Ap´os, este impulso ´e retransmitido para os ventr´ıculos atrav´es do feixe de HIS e da rede de Purkinje, resultando na contra¸c˜ao dos ventr´ıculos [2].

(26)

2.2. ANATOMIA DO CORAC¸ ˜AO 6

2.2.2

O ciclo card´ıaco

O ciclo card´ıaco ´e uma seq¨uencia de fenˆomenos el´etricos e f´ısicos, encadeados entre si, que acontece no cora¸c˜ao a cada batimento. A Figura 2.2 mostra uma representa¸c˜ao did´atica das etapas de forma¸c˜ao de um ciclo card´ıaco do ponto de vista el´etrico. Esse ciclo come¸ca com a gera¸c˜ao de um potencial el´etrico no n´odulo SA, o qual ´e conduzido pelo ´atrio atrav´es das Vias Internodais e Interatriais e absorvido, retardado e retransmitido pelo n´odulo AV, sendo conduzido por todo o ventr´ıculo pelo feixe de His e e pela rede de Pukinje e suas ramifica¸c˜oes. Ap´os a contra¸c˜ao ventricular ocorre a repolariza¸c˜ao do mesmo, deixando o cora¸c˜ao no ponto inicial para um novo ciclo, [3].

Figura 2.2: Representa¸c˜ao das atividades el´etricas de v´arias regi˜oes do cora¸c˜ao

(ex-tra´ıdo de [7]).

Essa atividade el´etrica ´e registrada atrav´es do ECG. O n´odulo SA gera o potencial de a¸c˜ao que despolariza as fibras dos ´atrios produzindo um sinal de-nominado de onda P. Este mesmo potencial ao passar pelos ventr´ıculos produz uma segunda forma de onda de maior complexidade, denominada de onda QRS. A ´ultima forma de onda ´e produzida pela repolariza¸c˜ao ventricular, chamada de onda T. A repolariza¸c˜ao atrial ´e mascarada pela despolariza¸c˜ao ventricular [1], [2].

O intervalo entre o come¸co da onda P e o da onda QRS, chamado de intervalo P-Q ou P-R, devido a ausˆencia da onda Q em alguns casos, ´e de no m´aximo 160 ms. O intervalo entre o come¸co da onda Q e o fim da onda T, chamado de intervalo Q-T, ´e de no m´aximo 360 ms [2] e [3]. Portanto, a dura¸c˜ao de um ciclo card´ıaco completo ´e de no m´aximo 500 ms.

(27)

2.3. ELETROCARDI ´OGRAFO 7

Figura 2.3: Forma de onda de um ciclo card´ıaco (extra´ıdo de [1]).

2.3

Eletrocardi´

ografo

O eletrocardi´ografo ´e baseado em um galvanˆometro, aparelho que mede a diferen¸ca de potencial entre eletrodos dispostos em pontos espec´ıficos na superf´ıcie da pele do paciente [1].

Os eletrodos de um eletrocardi´ografo podem ser dispostos em qualquer ponto da superf´ıcie do corpo humano. Por´em, para haver uma padroniza¸c˜ao nas medi-das e an´alise, alguns pontos foram definidos como padr˜ao, e assim chamados de deriva¸c˜oes do ECG. O primeiro grupo de pontos a ser usado ´e composto pelas deriva¸c˜oes bipolares ou de membros, tamb´em chamado de triˆangulo de Einthoven, respons´aveis pelas deriva¸c˜oes i, ii e iii, como mostra a Figura 2.4.

Figura 2.4: Deriva¸c˜oes do Triˆangulo de Einthoven (extra´ıdo de [1]).

Geralmente, um ECG ´e obtido a partir de 12 deriva¸c˜oes: • Trˆes formadas pelo triˆangulo de Einthoven i, ii, iii;

(28)

2.3. ELETROCARDI ´OGRAFO 8

• Seis deriva¸c˜oes unipolares ou precordiais (V1, V2, V3, V4, V5, V6), que foram acrescentadas por Charles Wolferth e Francis Wood em 1932 como pode ser visto na Figura 2.5.

Figura 2.5: Disposi¸c˜oes das Deriva¸c˜oes Unipolares (extra´ıdo de [1]).

Cada deriva¸c˜ao tem sua caracter´ıstica pr´opria, sendo menos ou mais eficiente para a an´alise e o diagn´ostico de determinada patologia. Como foi mencionado no Cap´ıtulo 1, independentemente de ser a melhor ou a pior deriva¸c˜ao para essa ou aquela patologia, a deriva¸c˜ao I do ECG foi a escolhida para a elabora¸c˜ao desse trabalho, essa foi escolhida pelo fato de ser a primeira e a mais comum, deixando assim as outras para trabalhos futuros.

Figura 2.6: Exemplo das 15 deriva¸c˜oes de um ECG para um paciente saud´avel

(29)

2.4. BANCO DE DADOS 9

Al´em dos eletrocardi´ografos convencionais, o quais fazem aquisi¸c˜oes das ativi-dades el´etricas card´ıacas e as e imprimem, existem tamb´em eletrocardi´ografos interpretativos que usam algoritmos para pr´e-diagnosticar algumas patologias card´ıacas. Cada fabricante usa o seu algoritmo, onde o desempenho e o ´ındice de acertos variam de fabricante para fabricante e de doen¸cas a serem diagnosticadas. Dois exemplos de algoritmos s˜ao o Philips 12-Lead Algorithme o Holter PCH100. Como foi mencionado no Cap´ıtulo 1, o objetivo deste trabalho ´e testar e verificar se a TW com o auxilio do pulso DNAx oferecem uma confiabilidade boa para que possam vir a serem usados totalmente ou parcialmente em algoritmos interpretativos de ECGs.

2.4

Banco de dados

As amostras de ECGs conseguidas para a confec¸c˜ao desse trabalho foram obtidas pelo Departamento de Cardiologia do National Metrology Institute of Germany e pertencentes ao banco de dados Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB).

2.4.1

Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB)

Para fins de pesquisa e educa¸c˜ao, o National Metrology Institute of Germany disponibiliza c´opias digitalizadas de ECGs coletados de pacientes saud´aveis e apresentando diferentes patologias. O banco de dados Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB) que pode ser obtido gratuitamente no endere¸co:

http://www.physionet.org/physiobank/database/ptbdb/. O gravador de ECG do PTB possui as seguintes especifica¸c˜oes:

• N´umero de canais igual a 16 canais de entrada, (14 para ECGs, 1 para respira¸c˜ao, 1 para tens˜ao de alimenta¸c˜ao de ECG);

• Tens˜ao de entrada: ±16 mV, tens˜ao de ajuste de compensa¸c˜ao de at´e ±300 mV;

• Resistˆencia de Entrada: 100 Ω; • Resolu¸c˜ao: 16 bits com 0.5 µV/LSB; • Largura de Faixa: 0 - 500 kHz;

• N´ıvel de Ru´ıdo: m´aximo de 10 µV(pp) e 3 µV(RMS) com canal de entrada em curto-circuito;

(30)

2.4. BANCO DE DADOS 10

• N´ıvel de ru´ıdo gravado durante a coleta do sinal;

No total, o banco de dados cont´em 549 grava¸c˜oes de 294 pacientes, cada grava¸c˜ao cont´em 15 sinais medidos simultaneamente: as 12 deriva¸c˜oes conven-cionais (i, ii, iii, avr, avl, avf, v1, v2, v3, v4, v5, v6) e mais as 3 deriva¸c˜oes de Frank (vx, vy, vz). Cada sinal foi amostrado a uma taxa de 1ksps, com 16 bits de resolu¸c˜ao sobre um leque de ±16, 384 mV. Cada ECG possui um cabe¸calho contendo detalhes cl´ınicos do paciente como idade, sexo, diagn´ostico, hist´orico m´edico, medica¸c˜ao utilizada e interven¸c˜ao.

Para esse trabalho foi usada a primeira deriva¸c˜ao dos ECGs de 50 pacientes divididos em grupos patol´ogicos, conforme listados na Tabela 2.1, onde um ciclo card´ıaco de um paciente de cada uma das patologias usadas est˜ao exemplificadas nas Figuras 2.7(a), 2.7(b), 2.7(c), 2.7(d), 2.7(e), 2.7(f), 2.8(a), 2.8(b), 2.8(c), 2.8(d). A referˆencia dada pelo banco de dados a cada paciente foi mantida para que futuras consultas possam ser feitas e uma breve descri¸c˜ao de cada patologia esta dada abaixo.

• Infarto do Mioc´ardio ´e a morte das c´elulas do m´usculo card´ıaco (mioc´ardio), que ocorre quando o fluxo sang¨u´ıneo que irriga uma determinada regi˜ao do cora¸c˜ao sofre uma interrup¸c˜ao s´ubita e intensa;

• Hipertrofia do Mioc´ardio ´e um aumento no tamanho do cora¸c˜ao causando uma desconforto no peito e dor;

• Problemas Valvulares s˜ao disfun¸c˜oes card´ıacas causadas por mal ou n˜ao funcionamento das v´alvulas;

• Bloqueio de Ramo ´e quando o impulso el´etrico advindo do n´odulo ´atrio-ventricular n˜ao passa atrav´es de um dos ramos do feixe de His.

(31)

2.4. BANCO DE DADOS 11

Tabela 2.1: Tabela de patologias e seus respectivos pacientes.

PATOLOGIAS GRUPO DE PACIENTES

Infarto do Mioc´ardio anterior Paciente007, Paciente014, Paciente081

Paciente128, Paciente273

Infarto do Mioc´ardio ˆantero-lateral Paciente048, Paciente069, Paciente073

Paciente096, Paciente265

Infarto do Mioc´ardio ˆantero-septal Paciente013, Paciente036, Paciente039

Paciente046, Paciente051

Infarto do Mioc´ardio inferior Paciente012, Paciente035, Paciente066

Paciente075, Paciente090

Infarto do Mioc´ardio ´ınfero-lateral Paciente016, Paciente017, Paciente059

Paciente086, Paciente089

Infarto do Mioc´ardio ´ınfero-p´ostero-lateral Paciente003, Paciente065, Paciente080

Paciente230, Paciente287

Hipertrofia do Mioc´ardio Paciente159, Paciente212, Paciente216

Paciente221, Paciente227

Problemas Valvulares Paciente106, Paciente107, Paciente110

Paciente114, Paciente188

Saud´aveis Paciente104, Paciente117, Paciente121

Paciente122, Paciente150

Bloqueio de Ramo Paciente171, Paciente175, Paciente203

Paciente204, Paciente228

(32)

2.4. BANCO DE DADOS 12 100 200 300 400 500 600 −200 −100 0 100 200 300 400 500 600 Tempo(ms) i(uV)

(a) Ciclo do paciente 007

100 200 300 400 500 600 −100 0 100 200 300 400 500 600 700 Tempo(ms) i(uV) (b) Ciclo do paciente 048 100 200 300 400 500 600 −100 0 100 200 300 400 500 600 Tempo(ms) i(uV) (c) Ciclo do paciente 013 100 200 300 400 500 600 −200 −100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Tempo(ms) i(uV) (d) Ciclo do paciente 012 100 200 300 400 500 600 0 200 400 600 800 1000 Tempo(ms) i(uV)

(e) Ciclo do paciente 016

100 200 300 400 500 600 −100 0 100 200 300 400 500 Tempo(ms) i(uV) (f) Ciclo do paciente 003

Figura 2.7: Exemplos de Ciclos Card´ıacos da Deriva¸c˜ao i de pacientes com diferentes

patologias.

(33)

2.4. BANCO DE DADOS 13 100 200 300 400 500 600 0 200 400 600 800 1000 1200 Tempo(ms) i(uV)

(a) Ciclo do paciente 159

100 200 300 400 500 600 −200 0 200 400 600 800 1000 Tempo(ms) i(uV) (b) Ciclo do paciente 106 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600 Tempo(ms) i(uV) (c) Ciclo do paciente 104 100 200 300 400 500 600 −200 0 200 400 600 800 Tempo(ms) i(uV) (d) Ciclo do paciente 171

Figura 2.8: Exemplos de Ciclos Card´ıacos da Deriva¸c˜ao i de pacientes com diferentes

patologias.

(34)

Cap´ıtulo 3

A T´

ecnica DNAx

3.1

Introdu¸c˜

ao

A busca para alcan¸car n´ıveis tecnol´ogicos mais elevados, para o desenvolvimento da engenharia, produz a necessidade de criar novas ferramentas e avan¸car fron-teiras no conhecimento da matem´atica.

A t´ecnica DNAx criada em 2006 por Robinson Gaudino Caputo. Pelo fato dessa permitir criar, representar e manipular sinais simples, complexos, peri´odicos ou n˜ao, usando um conceito simples e flex´ıvel, essa equa¸c˜ao pode ser capaz de suprir muitos gargalos que a engenharia atual possui, podendo vir a ser muito ´

util em diversas aplica¸c˜oes, como exemplo:

• O pulso quadrado possui uma representa¸c˜ao matem´atica, dada por q(t) =    1, se t1 ≤ t ≤ t2 0, caso contr´ario (3.1) o que acarreta na indefini¸c˜ao de valores nas transi¸c˜oes. Atrav´es da t´ecnica DNAx, um pulso quadrado ser´a aproximado por uma fun¸c˜ao cont´ınua; • Na cria¸c˜ao de equa¸c˜oes que representam sinais que ainda n˜ao possuem

rep-resenta¸c˜ao matem´atica definida, como por exemplo sinais biol´ogicos, UWB, e muitos outros;

• Na cria¸c˜ao de wavelets m˜aes e suas derivadas, que servem de fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao para a Transformada Wavelet.

(35)

3.2. TEORIA FUNDAMENTAL 15

Esses fatores, e muitos outros que podem vir a ser descobertos, fazem dessa uma t´ecnica promissora e muito ´util para diversas aplica¸c˜oes.

3.2

Teoria fundamental

O ponto de partida para o desenvolvimento do pulso DNAx ´e atrav´es da raz˜ao entre dois polinˆomios, PD(x) e PN(x), respectivamente definidos por [8]:

PD(x) = 1 + (ax)2n (3.2)

PN(x) = 1 − (ax)2n (3.3)

onde n ∈ N∗.

As Figuras 3.1(a) e 3.1(b) mostram os pulsos gerados atrav´es do uso dos polinˆomios dados por (3.2) e (3.3), usando diversos valores de n para a = 1. Quanto maior o valor de n, mais acentuada ser´a a varia¸c˜ao da amplitude do polinˆomio nas proximidades do ponto para x = ±1.

−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 PD (x) x n = 1 n = 2 n = 4 n = 8 a = 1 (a) −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 x PN (x) n = 1 n = 2 n = 4 n = 8 a = 1 (b)

Figura 3.1: Representa¸c˜oes gr´aficas dos polinˆomios PD(x) e PN(x).

3.3

Formato b´

asico da equa¸c˜

ao DNAx

A forma b´asica da equa¸c˜ao DNAx foi desenvolvida a partir da divis˜ao dos polinˆomios PN e PD, o que resulta em

(36)

3.3. FORMATO B ´ASICO DA EQUAC¸ ˜AO DNAX 16 y(x) = PN PD = 1 − (ax) 2n 1 + (ax)2n (3.4)

Esta equa¸c˜ao representa um pulso cont´ınuo centrado na origem dos eixos com tempo de transi¸c˜oes e largura variando em fun¸c˜ao dos parˆametros n e a. O parˆametro a define os pontos onde a amplitude do sinal passa pelo zero, Pe(−1/a, 0) e Pd(1/a, 0), denominados de limites esquerdo e direito do pulso,

respectivamente, conforme mostram as Figuras 3.2(a) e (b).

O tempo de transi¸c˜ao dos pulsos, idˆentico na subida e descida, ´e dado por: ts =

1

a · n (3.5) e depende dos parˆametros a e n. Por´em, na pr´atica, como a j´a est´a definindo a largura do pulso, cabe ao n a fun¸c˜ao de ajustar os tempos de transi¸c˜oes, os quais aproximam-se de zero `a medida que n → ∞, como mostrado na Figura 3.2(a).

A largura do pulso W , tamb´em chamada de largura da janela operacional, ´e dada por

W = 2

a (3.6)

conforme pode ser visto na Figura 3.2(b).

−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 y(x) x n = 1 n = 2 n = 4 n = 50 a = 1 (a) −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 x y(x) a = 1 a = 2 a = 4 a = 8 n = 100 (b)

(37)

3.4. FORMA GERAL DA EQUAC¸ ˜AO DNAX 17

3.4

Forma geral da equa¸c˜

ao DNAx

Acrescentando uma fun¸c˜ao f (x) arbitr´aria na equa¸c˜ao b´asica dada em (3.4), obt´em-se a equa¸c˜ao DNAx na forma generalizada dada por

y(x) = f (x) − (ax)

2n

1 + (ax)2n . (3.7)

Ap´os algumas manipula¸c˜oes definidas em [5],[8] e [9] chega-se a trˆes formas gerais completas , dadas por

ya(x) =f(x) + (ax)2n [1−(ax)2n] (3.8) yb(x) =1 + (ax)2n [1−(ax)2n] (3.9) yc(x) = f(x) + (ax)2n [−(ax)2n] (3.10) Estas pequenas varia¸c˜oes entre as equa¸c˜oes torna uma mais ´util que a outra, dependendo da aplica¸c˜ao.

3.4.1

Fun¸c˜

ao arbitraria f (x)

O emprego das equa¸c˜oes (3.7), (3.8) e (3.10) tem como uma de suas carac-ter´ısticas representar fun¸c˜oes arbitr´arias dentro de sua janela de opera¸c˜ao dada por (3.6). As Figuras 3.3(a) e 3.3(b) representam (3.7) para a = 1, n = 50 e f (x) = 1 + 0.2cos(2πx) e f (x) = 1, respectivamente, mostrando que qualquer fun¸c˜ao arbitr´aria f (x) pode ser representada dentro da janela operacional. Este procedimento ´e an´alogo a opera¸c˜ao de janelamento temporal.

(38)

3.4. FORMA GERAL DA EQUAC¸ ˜AO DNAX 18 −1.50 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 0.5 1 1.5 y(x) x a = 1 n = 50 f(x) = 1 + 0.2.cos(2.pi.x) (a) −1.50 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 0.5 1 1.5 y(x) x a = 1 n = 50 f(x) = 1 (b)

Figura 3.3: Representa¸c˜oes gr´aficas de y(x) em fun¸c˜ao de f (x).

3.4.2

Fun¸c˜

ao base x(t) da equa¸c˜

ao DNAx

Cada pulso ´e gerado em fun¸c˜ao de x(t) ou x, fun¸c˜ao base do pulso DNAx. O pico ou ponto de simetria de cada pulso ´e centralizado no instante em que a fun¸c˜ao base atinge seu menor valor em m´odulo. As Figuras 3.4(a) e 3.4(b) representam pulsos DNAx que foram gerados usando rampas com inclina¸c˜oes diferentes como fun¸c˜ao base e f (x) = 1. −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 yc (x(t)) e x(t) t y c(x(t)) x(t) = t (a) −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 yc (x(t)) e x(t) t y c(x(t)) x(t) = 2t (b)

Figura 3.4: Representa¸c˜ao de (3.10) para f (x) = 1 e fun¸c˜ao base x(t) variando

linearmente como uma rampa com diferentes inclina¸c˜oes.

Qualquer fun¸c˜ao, continua ou n˜ao, pode servir de fun¸c˜ao base para gerar os pulsos DNAx. A Figura 3.5 mostra um pulso DNAx sendo gerado usando um cosseno como fun¸c˜ao base. Neste caso, v´arios pulsos DNAx foram gerados isso porque a fun¸c˜ao base ´e peri´odica.

(39)

3.4. FORMA GERAL DA EQUAC¸ ˜AO DNAX 19 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 yc (x(t)) e x(t) t y c(x(t)) x(t) = cos(2πt)

Figura 3.5: Representa¸c˜ao de 3.9 para para f(x) = 1, a = 1 e n = 1 e a fun¸c˜ao base

x(t) variando em fun¸c˜ao de um cosseno.

(40)

Cap´ıtulo 4

Medidas de similaridade usando

correla¸c˜

ao temporal

4.1

Introdu¸c˜

ao

A correla¸c˜ao cruzada ´e uma opera¸c˜ao matem´atica que entre muitas defini¸c˜oes tem a fun¸c˜ao de medir a similaridade entre duas vari´aveis ou sinais. Dado que as deriva¸c˜oes de um ECG tamb´em s˜ao sinais que representam amplitudes no dom´ınio do tempo, e considerando que cada patologia possui caracter´ısticas pr´oprias nesses dom´ınios, conclui-se que verificar a similaridade entre ciclos pode ser uma ferra-menta ´util para medir a probabilidade de um paciente possuir ou n˜ao alguma disfun¸c˜ao.

4.2

Filtragem do ECG

Segundo [3], mau contato de eletrodos, movimentos bruscos com bra¸cos e pernas e com o peito ao respirar, durante a aquisi¸c˜ao do ECG podem acrescentar ru´ıdos de baixa freq¨uˆencia ass´ım como acr´escimo de tens˜ao DC nesses sinais, conforme mostrado na Figura 4.1(a).

(41)

4.2. FILTRAGEM DO ECG 21 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 −1800 −1700 −1600 −1500 −1400 −1300 −1200 −1100 −1000 −900 tempo(ms) i(uV)

(a) Sinal de ECG com ru´ıdos de baixa freq¨uˆencia e

n´ıvel DC. 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 −200 −100 0 100 200 300 400 500 tempo(ms) i(uV)

(b) Sinal de ECG da Figura 4.1(a) depois de fil-trado.

Figura 4.1: Representa¸c˜oes de Sinais de ECG com e sem componentes de baixa

freq¨uˆencia.

Um filtro digital recursivo Butterworth do tipo passa alta com freq¨uˆencia de corte 0,5 Hz de 3a ordem ´e suficiente para remover essas componentes com o

m´ınimo de perda de informa¸c˜ao do sinal. Os sinais de todos os pacientes foram filtrados usando a seguinte equa¸c˜ao de diferen¸cas:

y[n] = a0x[n] + 3 X i=1 n≥i aix[n − i] − bix[n − i] (4.1)

e com a respectiva configura¸c˜oes para os coeficientes: a0 = 0, 9968633356971 a1 = −2, 990590007091 a2 = 2, 990590007091 a3 = −0, 9968633356971 b1 = −2, 993716817277 b2 = 2, 987453358243 b3 = −0, 9937365100571

A Figura 4.1(b) mostra o sinal de ECG depois de processado usando o filtro dado por (4.1), com sua resposta em Magnitude e Fase representada pelas Figuras 4.2(a) e 4.2(b). Note que a fase ´e linear na faixa de freq¨uˆencia de interesse.

(42)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 22 10−4 10−3 10−2 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0 Freqüência (kHz) Magnitude (dB) (a) Magnitude. 10−4 10−3 10−2 −400 −350 −300 −250 −200 −150 −100 Freqüência (kHz) Fase (graus) (b) Fase.

Figura 4.2: Resposta em freq¨uˆencia do filtro passa-alta.

4.3

Ciclo card´ıaco de referˆ

encia

Depois de filtrar os ECGs, um ciclo card´ıaco de cada um dos 50 pacientes foi tomado como amostra, como mostra a Figura 4.3.

Figura 4.3: Procedimento para retirar um ciclo card´ıaco como amostra de cada

pa-ciente.

(43)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 23

Um pico R de cada ciclo de ECG dos 50 pacientes foi tomado temporariamente como referˆencia, depois foram tomados 200 ms de amostras antes e 400 ms ap´os esse pico.

Esse procedimento foi tomado porque, como foi visto no cap´ıtulo 2, um ciclo card´ıaco ´e formado pelas ondas P, QRS e T, onde o intervalo P-R e Q-T ´e de no m´aximo 160 ms e 360 ms, respectivamente. Tomando 200 ms at´e o pico R e 400 ms depois do mesmo, tem-se a certeza de que todas as ondas P,Q,R,S e T estar˜ao contidas no ciclo considerado. As Figuras 4.4(a) e (b) mostram os ciclos card´ıacos de dois pacientes com Infarto do Mioc´ardio anterior.

100 200 300 400 500 600 −200 −100 0 100 200 300 400 500 600 Tempo(ms) i(uV) (a) Paciente007 100 200 300 400 500 600 −200 0 200 400 600 800 1000 Tempo(ms) i(uV) (b) Paciente014

Figura 4.4: Ciclos card´ıacos de pacientes com Infarto do Mioc´ardio anterior.

4.3.1

Correla¸c˜

ao cruzada dos ciclos card´ıacos

A correla¸c˜ao temporal cruzada ´e definida por

Rxy(τ ) = E[x(t), y(t + τ )] (4.2)

onde x(t) e y(t) representam os ciclos card´ıacos das Figuras 4.4(a) e 4.4(b). A correla¸c˜ao temporal cruzada normalizada ´e dada por

Rxy(τ )normalizada =

Rxy(τ )

pRxRy

, (4.3) onde Rx e Ry, s˜ao os valores m´aximos das autocorrela¸c˜oes de x e y. A correla¸c˜ao

entre x e y est´a representada na Figura 4.5. Pelo fato desses dois pacientes possu´ırem a mesma patologia, a semelhan¸ca entre os ciclos card´ıacos resulta num valor m´aximo para a correla¸c˜ao cruzada normalizada de Rmax = 0, 9658, o que

(44)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 24

significa que esses dois ciclos possuem 96, 6% de similaridade.

Por outro lado, quando se compara o ciclo card´ıaco deste paciente com Infarto do Mioc´ardio anterior, Figura 4.4(a), com um paciente Saud´avel, Figura 4.6, o resultado mostrado na Figura 4.7 ´e quase t˜ao alto quanto o anterior, Rmax =

0,87454, mesmo se tratando de pacientes com patologias diferentes.

Tendo em vista que s˜ao ciclos card´ıacos de pacientes com patologias diferentes e qualquer variˆancia no ciclo tomado poderia acarretar em um valor ainda mais alto, causando com isso um poss´ıvel erro de diagn´ostico, tem-se uma primeira impress˜ao de que esse m´etodo n˜ao ´e muito confi´avel. Por´em, ´e necess´ario o uso de um n´umero maior de correla¸c˜oes, envolvendo mais pacientes de patologias diferentes para uma melhor conclus˜ao.

200 400 600 800 1000 −0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 Deslocamento Amplitude Normalizada R máx = 0,9658

Figura 4.5: Correla¸c˜ao Temporal entre os ciclos card´ıacos do Paciente007 e do

(45)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 25 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600 Tempo(ms) i(uV)

Figura 4.6: Ciclos card´ıacos do paciente104, paciente Saud´avel.

200 400 600 800 1000 −0.2 −0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 Deslocamento Amplitude Normalizada R máx = 0.87454

Figura 4.7: Correla¸c˜ao Temporal entre os ciclos card´ıacos do Paciente007 e do

Pa-ciente104

4.3.2

alculo das medidas caracter´ısticas

A an´alise considerar´a a correla¸c˜ao entre cada um dos ciclos card´ıacos do grupo de pacientes com I.M anterior e, destes, com todos os outros grupos patol´ogicos. Ap´os o c´alculo da correla¸c˜ao temporal entre os ciclos da Deriva¸c˜ao I dos cinco pacientes com I.M anterior, pacientes 007, 014, 081, 128 e 273, com os ciclos dos

(46)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 26

pacientes descritos na Tabela 2.1 obt´em-se os resultados expressos na Tabela 4.1, que cont´em os valores m´aximos de cada correla¸c˜ao temporal, Rmax.

Tabela 4.1: Tabela dos valores m´aximos das correla¸c˜oes temporais entre ciclos da

deriva¸c˜ao I dos cinco pacientes com I.M. e os outros pacientes de diferentes patologias

da Tabela 2.1.

Grupos Patol´ogicos I.M anterior

Pacientes Paciente007 Paciente014 Paciente081 Paciente128 Paciente273

Paciente007 1,000 0,966 0,939 0,928 0,941

Paciente014 0,966 1,000 0,948 0,908 0,921

I.M anterior Paciente081 0,939 0,948 1,000 0,918 0,924

Paciente128 0,928 0,908 0,918 1,000 0,967

Paciente273 0,941 0,921 0,924 0,967 1,000

Paciente048 0,892 0,839 0,891 0,930 0,944

Paciente069 0,886 0,881 0,849 0,831 0,888

I.M ˆantero-lateral Paciente073 0,884 0,884 0,910 0,936 0,906

Paciente096 0,932 0,913 0,943 0,946 0,961

Paciente265 0,769 0,729 0,837 0,869 0,807

Paciente013 0,896 0,901 0,894 0,920 0,903

Paciente036 0,926 0,914 0,907 0,937 0,976

I.M ˆantero-septal Paciente039 0,932 0,924 0,921 0,906 0,962

Paciente046 0,930 0,890 0,916 0,961 0,971

Paciente051 0,937 0,902 0,892 0,942 0,947

Paciente012 0,866 0,847 0,880 0,890 0,920

Paciente035 0,931 0,919 0,935 0,959 0,961

I.M inferior Paciente066 0,925 0,909 0,952 0,957 0,959

Paciente075 0,840 0,802 0,830 0,930 0,940

Paciente090 0,892 0,863 0,880 0,952 0,960

Paciente016 0,920 0,892 0,907 0,983 0,971

Paciente017 0,942 0,934 0,907 0,969 0,968

I.M ´ınfero-lateral Paciente059 0,905 0,899 0,895 0,962 0,968

Paciente086 0,930 0,916 0,944 0,974 0,973

Paciente089 0,927 0,939 0,920 0,912 0,941

Paciente003 0,763 0,726 0,744 0,808 0,859

Paciente065 0,816 0,779 0,827 0,872 0,889

I.M ´ınfero-p´ostero-lateral Paciente080 0,877 0,886 0,823 0,849 0,892

Paciente230 0,862 0,843 0,869 0,933 0,935

Paciente287 0,883 0,860 0,888 0,949 0,947

Paciente159 0,932 0,914 0,890 0,968 0,970

Paciente212 0,894 0,895 0,950 0,960 0,927

Hipertrofia do Mioc´ardio Paciente216 0,922 0,907 0,942 0,970 0,955

Paciente221 0,888 0,862 0,942 0,943 0,919

Paciente227 0,913 0,885 0,917 0,965 0,976

Paciente106 0,770 0,794 0,852 0,873 0,766

Paciente107 0,574 0,539 0,464 0,500 0,606

Problemas V´alvulares Paciente110 0,834 0,833 0,880 0,926 0,874

Paciente114 0,888 0,864 0,901 0,959 0,906

Paciente188 0,862 0,853 0,923 0,946 0,913

Paciente104 0,875 0,837 0,813 0,902 0,933

Paciente117 0,806 0,762 0,710 0,802 0,872

Saud´aveis Paciente121 0,898 0,873 0,825 0,875 0,936

Paciente122 0,825 0,780 0,757 0,871 0,915

Paciente150 0,722 0,655 0,661 0,775 0,853

Paciente171 0,548 0,498 0,502 0,580 0,655

Paciente175 0,568 0,502 0,417 0,537 0,635

Bloqueio de Ramo Paciente203 0,621 0,565 0,612 0,664 0,731

Paciente204 0,724 0,666 0,757 0,832 0,793

(47)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 27

Ap´os a obten¸c˜ao dos valores de Rmax(i) ´e calculada a m´edia aritm´etica e o

desvio padr˜ao dos resultados obtidos entre os pacientes com I.M anterior e os pacientes de um respectivo grupo patol´ogico, usando as seguintes express˜oes [10]:

¯ R = N P i=1 Rmax(i) N (4.4) e σ = v u u u t N P i=1 (Rmax(i) − ¯R)2 N (4.5) onde

• Rmax(i) ≡ Valor m´aximo da correla¸c˜ao entre dois ciclos.

• N ≡ Total de correla¸c˜oes entre dois grupos patol´ogicos. • ¯R ≡ M´edia das correla¸c˜oes.

• σ ≡ Desvio padr˜ao da m´edia das correla¸c˜oes.

A Figura 4.8 mostra o c´alculo da m´edia e do desvio padr˜ao entre o grupo de I.M anterior com ele pr´oprio e, ap´os, com o grupo de pacientes Saud´aveis.

Figura 4.8: Procedimento para o c´alculo da m´edia de similaridade e desvio padr˜ao

dos valores m´aximos das correla¸c˜oes entre pacientes.

Ap´os realizar esse mesmo procedimento entre o grupo de pacientes com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos da Tabela 4.1, tem-se como resultado

(48)

4.3. CICLO CARD´IACO DE REFER ˆENCIA 28

a Tabela 4.2, que representa os percentuais de similaridade desses grupos pa-tol´ogicos com o grupo com I.M anterior, inclusive com o pr´oprio grupo com I.M anterior.

Tabela 4.2: Tabela de similaridade m´edia e desvio padr˜ao entre o grupo de pacientes

com I.M anterior e os outros grupos patol´ogicos usando correla¸c˜ao temporal.

Grupo Patol´ogico Similaridade M´edia Desvio Padr˜ao

I.M anterior 0,949 0,031

I.M ˆantero-lateral 0,882 0,057

I.M ˆantero-septal 0,924 0,025

I.M inferior 0,908 0,047

I.M ´ınfero-lateral 0,936 0,028

I.M ´ınfero-p´ostero-lateral 0,855 0,059

Hipertrofia do Mioc´ardio 0,928 0,032

Problemas V´alvulares 0,804 0,146

Saud´aveis 0,821 0,079

Bloqueio de Ramo 0,681 0,159

A Figura 4.9 apresenta os valores da Tabela 4.2 num gr´afico de barras, onde foram colocados os valores m´edios e o intervalo compreendido entre ¯R ± σ.

Figura 4.9: Gr´afico de similaridade com o grupo de pacientes com I.M anterior usando

(49)

4.4. DIFERENC¸ A DE CONFIABILIDADE 29

4.4

Diferen¸ca de Confiabilidade

A diferen¸ca de confiabilidade ´e um parˆametro criado nesse trabalho, o qual mede o ´ındice de desempenho de cada m´etodo estudado, esse ´ındice indica de uma maneira geral o qu˜ao confi´avel ´e um m´etodo. Esse ´ındice ´e dado pela diferen¸ca entre o percentual de similaridade entre pacientes com I.M anterior e a m´edia de similaridade entre todas as outras patologias, demonstrado na Figura 4.10. Portanto, como pode ser visto na Figura 4.10, o m´etodo da correla¸c˜ao temporal dos ciclos da deriva¸c˜ao I apresenta uma diferen¸ca de confiabilidade de 8, 9%.

(50)

Cap´ıtulo 5

Transformada Wavelet e ECG

5.1

Introdu¸c˜

ao

A transformada Wavelet ´e uma opera¸c˜ao matem´atica que fornece uma repre-senta¸c˜ao de sinais nos dom´ınios do tempo e da freq¨uˆencia simultˆaneamente, esta ´

ultima denominada de escala. A transformada de Fourier Janelada, assim como outras transformadas, possui essas caracter´ısticas, por´em com problemas de res-olu¸c˜ao. Em muitos casos, determinadas componentes espectrais que ocorrem em instantes espec´ıficos podem ser de fundamental interesse. Por exemplo, a latˆencia de um potencial relacionado a um evento em ECGs. Outra vantagem da trans-formada wavelet, ´e que ela possui incont´aveis fun¸c˜oes de transforma¸c˜ao e, ainda, a possibilidade de criar outras.

5.2

Transformada Wavelet

De acordo com [4] e [6] a TW ´e definida por:

T Wψ x = Ψψx(τ, s) = 1 p|s| Z x(t)ψ∗ t − τ s  dt, (5.1) onde τ significa transla¸c˜ao, s escala e ψ ´e a fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao, tamb´em chamada de mother wavelet. A mother wavelet ´e a respons´avel pelo janelamento temporal do sinal e, conseq¨uentemente, pela resposta em freq¨uˆencia.

(51)

5.2. TRANSFORMADA WAVELET 31

5.2.1

Transla¸c˜

ao

O movimento de Transla¸c˜ao ´e a fun¸c˜ao de deslocar temporalmente a mother wavelet por todo o sinal a ser transformado, como exemplificado na Figura 5.1. Em cada deslocamento ´e calculado uma transformada Wavelet.

Figura 5.1: Movimento de Transla¸c˜ao

5.2.2

Escala

A escala s ´e o processo de escalonar a wavelet no tempo, o que significa aumentar ou diminuir sua freq¨uˆencia, onde para escalas baixas, 0 < s < 1, a freq¨uˆencia do pulso ´e aumentada e, para escalas altas, s > 1, a freq¨uˆencia ´e diminu´ıda, como est´a exemplificado na Figura 5.2.

(52)

5.3. FUNC¸ ˜AO DE TRANSFORMAC¸ ˜AO OU

MOTHER WAVELETS 32

5.3

Fun¸c˜

ao de Transforma¸c˜

ao ou

Mother Wavelets

A fun¸c˜ao de transforma¸c˜ao da TW ´e representado pela fun¸c˜ao ψ() e, tamb´em, chamada de mother wavelet. O termo wavelet significa onda pequena pelo fato dela possuir comprimento limitado. O termo m˜ae indica que essa fun¸c˜ao pode ser usada como referˆencia na obten¸c˜ao de uma s´erie de outras fun¸c˜oes, obtidas atrav´es de derivadas.

5.3.1

Wavelets Tradicionais

Dentre as wavelets j´a existentes, as mais conhecidas s˜ao a Morlet e o Chap´eu Mexicano, dadas por:

• Morlet ψ(x) = e−x2/2cos(5x) (5.2) • Chap´eu Mexicano ψ(x) =  2 √ 3π −1/4  1 − x2 e−x2/2 (5.3) e mostradas nas Figuras 5.3(a) e (b), respectivamente. Note que essas fun¸c˜oes n˜ao s˜ao vers´ateis, pois n˜ao possuem parˆametros que possam modificar seus formatos.

−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x ψ (x) (a) Morlet −5 0 5 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x ψ (x) (b) Chap´eu Mexicano

(53)

5.3. FUNC¸ ˜AO DE TRANSFORMAC¸ ˜AO OU

MOTHER WAVELETS 33

5.3.2

O Pulso DNAx na gera¸c˜

ao de Mother Wavelets

O fato do pulso DNAx possuir dura¸c˜ao limitada e formato ajust´avel, faz deste uma excelente fonte de wavelets. Atrav´es da combina¸c˜ao de valores de a, n, x e f (x) ´e poss´ıvel criar infinitos tipos de pulsos, como o que est´a sendo representado na Figura 5.4(a), o qual ´e obtido usando os parˆametros a = 2, n = 1 e f (x) = 1 em (3.10), resultando na equa¸c˜ao

y(x) =1 + (2x)2[−(2x)2]

. (5.4)

Por´em, segundo [4], toda Mother Wavelets deve respeitar as seguintes condi¸c˜oes: • Oscilar em torno do eixo x de forma que:

+∞

Z

−∞

ψ(x)dx = 0. (5.5) • Sua amplitude deve tender a zero quando x tende para o infinito

ψ(x) → 0 para |x| → ∞. (5.6) Para que o PulsoDNAx2 definido por (5.4) atenda a essas condi¸c˜oes ´e preciso subtrair um n´ıvel DC igual a 0, 5, assim o pulso cruzar´a o eixo x, conforme mostra a Figura 5.4(b), obtida por

y(x) =1 + (2x)2[−(2x)2]

− 0, 5. (5.7) Ainda, o pulsoDNAx2 deve ser multiplicado por outro pulso quadrado, obtido atrav´es da pr´opria equa¸c˜ao DNAx, usando os parˆametros a = 1, n = 1000 e f (x) = 1 em (3.10), representado na Figura 5.4(c) e dado por

y(x)quadrado =1 + (x)2000

[−(x)2000]

. (5.8) O fato da largura do PulsoDNAxQuadrado (5.8) ser 2 vezes maior que do Pul-soDNAx2 (5.4) permite que as condi¸c˜oes (5.5) e (5.6) sejam satisfeitas resultando na WaveletDNAx2, dada por

ψ(x) =  1 + (2x)2[−(2x)2] − 0, 5  ×  1 + (x)2000[−(x)2000]  (5.9)

(54)

5.3. FUNC¸ ˜AO DE TRANSFORMAC¸ ˜AO OU MOTHER WAVELETS 34 e ilustrada na Figura 5.4(d). −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x y(x) a = 2 n = 1 f(x) = 1 (a) PulsoDNAx2 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x y(x) Pulso cruzando o eixo x (b) PulsoDNAx2 −0, 5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 x y(x) e y(x) quadrado y(x) y(x) quadrado w = 2 w = 2 w = 2 w = 2 w = 1 (c) PulsoDNAx2 −0, 5 e PulsoDNAxQuadrado −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 x ψ (x) Satisfaz condição (5,6) Satisfaz condição (5,5) Satisfaz condição (5,6) (d) WaveletDNAx2

Figura 5.4: Representa¸c˜oes gr´aficas das equa¸c˜oes (5.4) (5.7), (5.8) e (5.9).

Assim como a largura do pulso, as transi¸c˜oes de subida e descida desses pulsos tamb´em podem ser alteradas em fun¸c˜ao de a e n. Usando os parˆametros a = 2, n = 1000 e f (x) = 1 em (3.10) obt´em-se um Pulso DNAx Quadrado, onde, ao fazer o procedimento para satisfazer as condi¸c˜oes (5.5) e (5.6) chega-se a equa¸c˜ao

ψ(x) =  1 + (2x)2000[−(2x)2000] − 0, 5  ×  1 + (x)2000[−(x)2000]  (5.10) representada pela Figura 5.5(a).

A Figura 5.5(b) mostra um exemplo de um wavelet j´a com as condi¸c˜oes (5.5) e (5.6) satisfeitas, e conseguida substituindo f (x) = cos(2πx), a = 1 e n = 100

(55)

5.3. FUNC¸ ˜AO DE TRANSFORMAC¸ ˜AO OU MOTHER WAVELETS 35 em (3.7), a qual chega a y(x) = cos(2πx) − (x) 200 1 + (x)200 (5.11)

e multiplicado pelo pulso quadrado de (5.8) resulta em ψ(x) = cos(2.π.x) − (x) 200 1 + (x)200  ×  1 + (x)2000[−(x)2000]  . (5.12) −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x ψ (x) (a) WaveletDNAxQuadrada −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x ψ (x) (b) WaveletDNAxCosJanelado

Figura 5.5: Representa¸c˜oes gr´aficas de (5.10) e (5.12).

Al´em de poder criar wavelets manipulando as equa¸c˜oes b´asicas dos pulsos DNAx, ´e tamb´em poss´ıvel obtˆe-las atrav´es de suas derivadas. As Figuras 5.6(b), 5.6(c), 5.6(d), 5.6(e), 5.6(f) s˜ao exemplos de wavelets criadas usando a 1a, 2a, 3a,

4ae 5aderivadas do PulsoDNAx4 representado pela Figura 5.6(a), obtido usando

os parˆametros a = 4, n = 1, f (x) = 1 em (3.10), que resulta na equa¸c˜ao y(x) =(4x)2+ 1[−(4x)2]

. (5.13) Portanto, a derivada i-´esima do PulsoDNAx4 para i = {1, 2, 3, 4, 5} resulta na equa¸c˜ao ψ(x) = d i dxi (4x) 2+ 1[−(4x)2] . (5.14)

(56)

5.4. TRANSFORMADA DE UM CICLO CARD´IACO 36 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x y(x) a = 4 n = 1 f(x) = 1 (a) PulsoDNAx4 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 x ψ (x) (b) 1a derivada do PulsoDNAx4 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −40 −30 −20 −10 0 10 20 30 40 x ψ (x) (c) 2a derivada do PulsoDNAx4 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −800 −600 −400 −200 0 200 400 600 800

Terceira Derivada do Pulso DNAx

(d) 3a derivada do PulsoDNAx4 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5x 10 4 x ψ (x) (e) 4a derivada do PulsoDNAx4 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5x 10 5 x ψ (x) (f) 5a derivada do PulsoDNAx4

Figura 5.6: Representa¸c˜oes gr´aficas de (5.14), para i = {1, 2, 3, 4, 5}.

5.4

Transformada de um ciclo card´ıaco

5.4.1

Conte´

udo espectral de um ciclo card´ıaco

Todos os ECGs usados foram gravados com uma taxa de amostragem de 1 kHz. Segundo Nyquist, a m´axima componente de freq¨uˆencia que poder´a ser encontrada

(57)

5.4. TRANSFORMADA DE UM CICLO CARD´IACO 37

nesses sinais ser´a de 500 Hz. Por´em, como mostram as Figuras 5.7(a), (b), (c), ao fazer a Transformada de Fourier (TF) dos ciclos card´ıacos da deriva¸c˜ao i de patologias diferentes percebe-se que quase 100% da energia espectral est´a concentrada na faixa de 0 a 40 Hz. 0 20 40 60 80 100 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 freqüência (Hz) Amplitude Normalizada

(a) TF de um paciente com Infarto do Mioc´ardio anterior 0 20 40 60 80 100 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 freqüência (Hz) Amplitude Normalizada

(b) TF de um paciente com Hipertrofia do Mioc´ardio 0 20 40 60 80 100 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 freqüência (Hz) Amplitude Normalizada (c) TF de um paciente Saud´avel 0 20 40 60 80 100 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 freqüência (Hz) Amplitude Normalizada

TF de um ciclo de um Paciente com Bloqueio de Ramo

(d) TF de um paciente com Bloqueio de Ramo

Figura 5.7: TF de ciclos card´ıacos de pacientes com patologias diferentes.

5.4.2

Determina¸c˜

ao do vetor escala

Como foi mencionado anteriormente, a TW ´e dada em termos de escala, ao inv´es de freq¨uˆencia. A rela¸c˜ao entre essas grandezas ´e dada por:

s = kψ

f × T s (5.15) onde:

Referências

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