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A serpente, Satanás, tem uma descendência e da mulher pro-cede o descendente, o Messias, o Salvador do mundo. Jesus é a semente da mulher. Ele é o único ser humano que pisou nesta terra que é semente da mulher. Todos os demais seres huma-nos são semente do homem. Por ser semente da mulher, não herdou o pecado original. Ele não foi gerado como os demais humanos; foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.
Enquanto os ímpios se desviam desde a concepção e são concebidos em pecado, Jesus nasceu como um ente santo. Ele jamais pecou e nunca foi encontrado em sua boca qualquer dolo. Ele precisava ser absolutamente incontaminado para ser nosso Redentor. Ele é perfeitamente Deus e homem. Nele habitam duas naturezas distintas: a divina e a humana. Por ser homem pôde tomar o nosso lugar, como nosso substituto. Por ser Deus, ofereceu um sacrifício suficiente para salvar todo aquele que nele crê.
Do início ao fim da história haverá inimizade entre Satanás e Cristo, entre os descendentes da serpente e o descendente da mulher. A serpente feriu o calcanhar de Jesus quando ele morreu na cruz, mas, na sua morte, Cristo esmagou a cabeça da serpente, despojando os principados e as potestades, pu-blicamente expondo-os ao desprezo, triunfando deles na cruz.
Gênesis 3.1-24
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente...”.
Gênesis 3.15
O anjo Gabriel, depois de avisar o sacerdote Zacarias que suas orações haviam sido ouvidas e que sua mulher, apesar de idosa e estéril, daria à luz ao precursor do Messias, foi enviado a Nazaré, onde morava a jovem Maria. O anjo Gabriel a saudou, chamando-a de “muito favorecida”. Disse-lhe que o Senhor era com ela e que ela tinha achado graça diante de Deus. Ainda lhe falou que ela conceberia e daria à luz um filho, a quem chamaria pelo nome de Jesus. Depois acrescen-tou dizendo que Jesus seria grande e seria chamado Filho do Altíssimo e herdeiro do trono de Davi.
Jesus não é apenas grande; ele é incomparavelmente grande. Os reinos deste mundo sobem e descem numa verdadeira gangorra, mas o reino de Jesus é eterno e seu reinado jamais terá fim. Os reis ascendem ao poder e apeiam do poder, mas Jesus é o Rei dos reis e seu governo jamais terá fim. Os homens, por mais exaltados em poder, são frágeis como o pó e passageiros como a relva, mas Jesus é o Pai da eternidade.
Jesus é o Filho do Altíssimo, porque tem a mesma natureza do Pai, os mesmos atributos do Pai e realiza as mesmas obras de Deus. Ele é Deus de Deus e Luz de Luz. Ele é coigual, coeterno e consubstancial com o Pai. Sua glória e seu poder são incomparáveis. Ele é a exata expressão do ser de Deus.
“Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai”.
Lucas 1.32
JESUS, O FILHO DO ALTÍSSIMO
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José, noivo de Maria, antes da consumação do casamento estava vivendo seus dias mais turbulentos. Maria achou-se grá-vida e ele não era o pai da criança. Para defender sua honra, precisaria incriminar Maria. José, porém, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la em secreto. Sua mente estava agitada, ponderando em toda essa embaraçosa situação quando, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo--lhe para não ficar com medo e receber Maria como sua mulher, porque o que nela havia sido gerado era do Espírito Santo.
O anjo ainda lhe disse que o menino deveria receber o nome de Jesus, pois ele salvaria o seu povo dos pecados deles. O nascimento de Jesus não foi um acidente, mas o cumprimento de profecias. Ele desceu da glória, nasceu de uma virgem, foi colocado numa manjedoura, cresceu numa carpintaria, mor-reu numa cruz e deixou para trás o seu túmulo vazio para ser o nosso Salvador.
Ele é o caminho para Deus e a porta da salvação. Ele é o único mediador entre Deus e os homens e o único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Ninguém pode chegar ao Pai senão por ele. Ninguém pode salvar o homem da tirania do pecado, exceto ele. Só Jesus tem palavras de vida eterna. Só ele salva, liberta e transforma.
Mateus 1.18-21
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.
Mateus 1.21
Jesus é Deus e homem ao mesmo tempo. Perfeitamente Deus, perfeitamente homem. Ele tem duas naturezas distintas. Ele não deixou de ser Deus ao encarnar-se, nem deixou de ser homem ao ascender ao céu como Deus. Ele é o Emanuel, Deus conosco. Ele veio ao mundo, vestiu pele humana, calçou as sandálias da humildade, pisou o nosso chão, comeu o nosso pão, bebeu a nossa água, sentiu a nossa dor, chorou as nossas lágrimas, carregou sobre o corpo os nossos pecados e morreu por nós, ressuscitando para a nossa justificação.
Ele veio para habitar entre nós, cheio de graça e de verdade. Ele prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Ele está entre os candeeiros e anda no meio de sua igreja. Ele está acima de nós para nos abençoar e estende suas mãos para nos carregar. Ele está ao nosso redor para nos proteger, à nossa frente para nos guiar e em nossa retaguarda para nos guardar.
Ele escala a bondade e a misericórdia, irmãs gêmeas e pro-tetoras onipotentes, para nos acompanhar. Ele nos toma pela nossa mão direita, nos guia com o seu conselho eterno e nos recebe na glória. Na jornada do berço à sepultura, jamais ha-verá um momento em que ele nos abandonará. Aqui ele está conosco e, então, nós estaremos com ele, para sempre e sempre.
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer Deus conosco)”.
Mateus 1.23
JESUS, O EMANUEL, O DEUS CONOSCO
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Os magos eram estudiosos dos astros e ao verem não apenas uma estrela, mas a sua estrela no Oriente, um sinal do Messias (Nm 24.17), deixaram sua terra, cerca de mil quilômetros distante de Israel, e rumaram para Jerusalém com o propósito de adorar o recém-nascido Rei dos judeus. Ao chegarem e perguntarem pelo menino, o rei Herodes ficou atordoado e a cidade de Jerusalém ficou alvoroçada.
Esse rei era um homem cruel, que não hesitava em mandar matar qualquer pessoa que ameaçasse ocupar o seu trono. Já tinha mandado matar sacerdotes, nobres, parentes, cunhado, sogra, esposa e até mesmo filhos. Enquanto Herodes reage ao nascimento de Jesus com desumana crueldade, mandando ma-tar as crianças de Belém e arredores, os magos cruzam desertos para adorá-lo. Enquanto os principais sacerdotes e escribas têm rigoroso conhecimento das profecias sobre o Messias e, mesmo sabendo que ele teria nascido em Belém, cerca de dez quilôme-tros de Jerusalém, não moveram uma palha para irem adorar Jesus. Ao contrário, tornaram-se seus mais acirrados inimigos.
Mas, os magos sendo gentios e vindo de terras longínquas, adoraram a Jesus e levaram a ele ouro, incenso e mirra, reco-nhecendo-o como o Rei dos judeus. Que deixemos a hostilidade e a indiferença para adorar a Jesus!
Mateus 2.1,2
“E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo”.
Mateus 2.2