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Cuiabá / Abril de 2021Ano XXI | Edição 575
ENTREVISTA
Pag. 11
Patrícia Neves Dourado
,
diretora do Hospital
Estadual Santa Casa,
pede que a população se
conscientize, pois, a
redução da transmissão
do vírus é a única forma
de vencer a doença
Prefeitura de Várzea
Grande amplia
serviços no setor de
mobilidade urbana
Pag. 6
Insegurança alimentar
põe em risco uma geração
de crianças no Brasil
MOBILIDADE
Unemat é pioneira na oferta de curso
superior específico para indígenas na
America Latina
Universidade desenvolve graduação diferenciada, valorizando a história,
a cultura e os diferentes saberes no processo de aprendizagem
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Falta de comida,
agravada pela
pandemia da covid-19,
pode comprometer
desenvolvimento
de milhões de
brasileiros
Nova lei de trânsito
dispensa obrigatoriedade
do porte da CNH
3
EM FOCO
Cuiabá, abril de 2021CINEMA E VIDEO
O 20º Festival de Cinema
e Vídeo de Cuiabá -
C i n e m a t o
o c o r r e r á
entre os dias 10 e 15 de
maio de 2021, com
mostras paralelas, competitivas e oficinas de cinema. A nova
data foi definida pela organização do evento, em razão do
agravamento da pandemia. O projeto foi contemplado no
Edital Circuito Mostras e Festivais, realizado pela Secretaria de
Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Em atendimento
às medidas restritivas impostas pelo Decreto Estadual
874/2021 e ainda, visando a segurança da equipe técnica
responsável pelas transmissões, a organização entendeu que
neste momento, o ideal é acatar a principal orientação das
organizações de saúde, o distanciamento social. O 20º
Cinemato tem como tema “Conexões e Circulações
Audiovisuais”, que pretende promover a discussão sobre as
relações da produção audiovisual no país e especialmente a
mato-grossense com as demais artes: teatro, música,
literatu-ra, bem como a circulação e sua acessibilidade.
NOVO NORMAL
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) reabriu os Parques Estaduais urbanos para utilização do p ú b l i c o . S e r á p o s s í v e l a ce ss a r a s t ra d i c i o n a i s trilhas dos Parques Mãe Bonifácia, Zé Bolo Flô e Massairo Okamura, localiza-d o s e m C u i a b á . E s t ã o mantidas as medidas de prevenção à Covid-19. O uso de máscara é obrigatório
durante todo o período de permanência no local, inclusive durante as atividades físicas. A fiscalização é feita pelos vigilantes dos parques e pela Polícia Militar para que as medidas de segurança sejam cumpridas. Os parque estavam fechados desde o dia 1º de abril seguindo o decreto municipal que suspendia as atividades coletivas nos parques públicos. Os Parques estaduais localizados em Cuiabá abrem aos sábados e domingos das 5h às 12h, e de segunda a sexta-feira das 6h às 17h. Juntos somam cerca de 197 hectares de área verde preservada do Bioma Cerrado em plena área urbana.
ÚLTIMO PRAZO
Faltando apenas dois meses para o término do Censo Previdenciário dos apo-sentados e pensionistas vinculados ao Mato Grosso Previdência (MT Prev), 14.800 dos 36 mil convoca-dos ainda não realizaram a atualização cadastral e podem ter o benefício suspenso. O prazo termina em 11 de junho. De acordo
com a Diretoria de Previdência da autarquia, o Censo deverá ser realizado totalmente pela internet, por meio do site www.mtprev.mt.gov.br. O atendimento presencial segue suspenso enquanto durarem os efeitos do decreto estadual, bem como dos decretos municipais que visam prevenir a disseminação da Covid-19. No site do MT Prev está disponível um passo a passo de como realizar o Censo Online pelo celular, computador ou tablet. No caso de dúvidas ou dificuldade, o aposentado pode ligar ou mandar uma mensagem no WhatsApp para 65 3363-5300, ou para o e-mail cen-so@mtprev.mt.gov.br e solicitar o auxílio de um técnico do MT Prev.
COVID-19
O estacionamento da Assembleia L e g i s l a t i v a s e r á p a l c o d e vacinação contra a Covid-19. “Iniciamos a tratativa com a Prefeitura de Cuiabá, para utilizar a e st r ut u ra d a A ss e m b l e i a Le g i s l a t i va co m o p o sto d e vacinação. E o prefeito Emanuel Pinheiro veio aqui para que realmente monte esse posto para m e l h o ra r o a te n d i m e n to à população. Estamos aqui junto com o prefeito de Cuiabá e a Comissão de Saúde para formatar essa iniciativa”, explicou o deputado Eduardo Botelho (DEM). Engajada no combate à pandemia, a Casa de Leis também liberou recursos para a aquisição de cilindros de oxigênio e busca viabilidade à doação de pelo menos 30 mil sacolões de alimentos, para amparar as famílias menos favorecidas e que sofrem com os reflexos da pandemia do coronavírus.
FASE FINAL
Com previsão de conclusão para até o dia 30 de abril, a obra do viaduto Murilo Domingos evoluiu, na última semana, para a etapa de pavimentação das pistas da estrutura. O trabalho de revesti-mento com massa asfáltica foi iniciado na quinta-feira (08) e a previsão é de que seja finalizado até o fim desta semana. Também na parte superior, já foi feita a instalação de todo o sistema de iluminação de LED. Além disso, as equipes atuam na edificação das duas cabeceiras que fazem a ligação entre o viaduto e a avenida Manoel José de Arruda (Av. Beira Rio). Na cabeceira nº 2 (sentido da Avenida Fernando Corrêa da Costa — UNIC), a pavimentação também já está em andamento. Na nº 1 (sentido UNIC – Fernando Corrêa da Costa), o processo de reforço do solo, iniciado em dezembro de 2020, foi concluído e agora é efetuado o aterramento e compac-tação do terreno.
VACINAÇÃO
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência disponibilizou 30 servidores que foram capacitados para dar o suporte necessário para auxiliar o cadastramento para a campanha ´Vacina C u i a b á - S u a v i d a e m primeiro lugar´. Cuiabá ainda está vacinando o público de 65 a 69 anos com primeira dose e idosos a partir de 70 anos que ainda não se vacina-ram. Também está em andamento a vacinação de segunda dose para pessoas que já passaram da data correta, e a partir de terça-feira (20) começou a segunda dose do público de 70 a 74 anos. "Tra-balhamos dia e noite para garantir a imunização da população. M a n t e m o s q u a t r o p o l o s d e vacinação e trabalhamos para ampliar esse quantitativo, a medida que recebermos mais vacinas", explica o prefeito Emanuel Pinheiro. Os atendimen-tos estão sendo executados nos quatro Centros de Convivência para Idosos – CCI’s e em uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social- Cras no bairro Novo Colorado.
ALMT
SECOM
Haillyn Heiviny
JUNTA COMERCIAL
A assinatura avançada para atos empresariais já está sendo utilizada pela Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat). A implanta-ção faz parte do Projeto Empreendedor Digital e o Estado é o terceiro a aderir ao sistema do Governo Federal que facilita e dá agilidade às assinaturas de forma gratuita. “Desde o início de abril disponibilizamos o sistema e até o momento tudo está funcionando bem. Os empresários elogiaram e tiraram dúvidas durante este período”, afirma Manoel Lourenço da Silva, presidente da Jucemat. A assinatura avançada é um passo importante para os empresários mato-grossenses. “Trabalhamos para que os pequenos empresários sejam priorizados e a assinatura é parte disto, pois não há custos e não há necessidade de certificados digitais, que são pagos”, informa. Para ter acesso à assinatura avançada é necessário que o cidadão tenha o selo de confiabilidade de categoria prata, disponível gratuitamente no site do Governo Federal.
Marcos V
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EM FOCO
Cuiabá, abril de 2021CINEMA E VIDEO
O 20º Festival de Cinema
e Vídeo de Cuiabá -
C i n e m a t o
o c o r r e r á
entre os dias 10 e 15 de
maio de 2021, com
mostras paralelas, competitivas e oficinas de cinema. A nova
data foi definida pela organização do evento, em razão do
agravamento da pandemia. O projeto foi contemplado no
Edital Circuito Mostras e Festivais, realizado pela Secretaria de
Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Em atendimento
às medidas restritivas impostas pelo Decreto Estadual
874/2021 e ainda, visando a segurança da equipe técnica
responsável pelas transmissões, a organização entendeu que
neste momento, o ideal é acatar a principal orientação das
organizações de saúde, o distanciamento social. O 20º
Cinemato tem como tema “Conexões e Circulações
Audiovisuais”, que pretende promover a discussão sobre as
relações da produção audiovisual no país e especialmente a
mato-grossense com as demais artes: teatro, música,
literatu-ra, bem como a circulação e sua acessibilidade.
NOVO NORMAL
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) reabriu os Parques Estaduais urbanos para utilização do p ú b l i c o . S e r á p o s s í v e l a ce ss a r a s t ra d i c i o n a i s trilhas dos Parques Mãe Bonifácia, Zé Bolo Flô e Massairo Okamura, localiza-d o s e m C u i a b á . E s t ã o mantidas as medidas de prevenção à Covid-19. O uso de máscara é obrigatório
durante todo o período de permanência no local, inclusive durante as atividades físicas. A fiscalização é feita pelos vigilantes dos parques e pela Polícia Militar para que as medidas de segurança sejam cumpridas. Os parque estavam fechados desde o dia 1º de abril seguindo o decreto municipal que suspendia as atividades coletivas nos parques públicos. Os Parques estaduais localizados em Cuiabá abrem aos sábados e domingos das 5h às 12h, e de segunda a sexta-feira das 6h às 17h. Juntos somam cerca de 197 hectares de área verde preservada do Bioma Cerrado em plena área urbana.
ÚLTIMO PRAZO
Faltando apenas dois meses para o término do Censo Previdenciário dos apo-sentados e pensionistas vinculados ao Mato Grosso Previdência (MT Prev), 14.800 dos 36 mil convoca-dos ainda não realizaram a atualização cadastral e podem ter o benefício suspenso. O prazo termina em 11 de junho. De acordo
com a Diretoria de Previdência da autarquia, o Censo deverá ser realizado totalmente pela internet, por meio do site www.mtprev.mt.gov.br. O atendimento presencial segue suspenso enquanto durarem os efeitos do decreto estadual, bem como dos decretos municipais que visam prevenir a disseminação da Covid-19. No site do MT Prev está disponível um passo a passo de como realizar o Censo Online pelo celular, computador ou tablet. No caso de dúvidas ou dificuldade, o aposentado pode ligar ou mandar uma mensagem no WhatsApp para 65 3363-5300, ou para o e-mail cen-so@mtprev.mt.gov.br e solicitar o auxílio de um técnico do MT Prev.
COVID-19
O estacionamento da Assembleia L e g i s l a t i v a s e r á p a l c o d e vacinação contra a Covid-19. “Iniciamos a tratativa com a Prefeitura de Cuiabá, para utilizar a e st r ut u ra d a A ss e m b l e i a Le g i s l a t i va co m o p o sto d e vacinação. E o prefeito Emanuel Pinheiro veio aqui para que realmente monte esse posto para m e l h o ra r o a te n d i m e n to à população. Estamos aqui junto com o prefeito de Cuiabá e a Comissão de Saúde para formatar essa iniciativa”, explicou o deputado Eduardo Botelho (DEM). Engajada no combate à pandemia, a Casa de Leis também liberou recursos para a aquisição de cilindros de oxigênio e busca viabilidade à doação de pelo menos 30 mil sacolões de alimentos, para amparar as famílias menos favorecidas e que sofrem com os reflexos da pandemia do coronavírus.
FASE FINAL
Com previsão de conclusão para até o dia 30 de abril, a obra do viaduto Murilo Domingos evoluiu, na última semana, para a etapa de pavimentação das pistas da estrutura. O trabalho de revesti-mento com massa asfáltica foi iniciado na quinta-feira (08) e a previsão é de que seja finalizado até o fim desta semana. Também na parte superior, já foi feita a instalação de todo o sistema de iluminação de LED. Além disso, as equipes atuam na edificação das duas cabeceiras que fazem a ligação entre o viaduto e a avenida Manoel José de Arruda (Av. Beira Rio). Na cabeceira nº 2 (sentido da Avenida Fernando Corrêa da Costa — UNIC), a pavimentação também já está em andamento. Na nº 1 (sentido UNIC – Fernando Corrêa da Costa), o processo de reforço do solo, iniciado em dezembro de 2020, foi concluído e agora é efetuado o aterramento e compac-tação do terreno.
VACINAÇÃO
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência disponibilizou 30 servidores que foram capacitados para dar o suporte necessário para auxiliar o cadastramento para a campanha ´Vacina C u i a b á - S u a v i d a e m primeiro lugar´. Cuiabá ainda está vacinando o público de 65 a 69 anos com primeira dose e idosos a partir de 70 anos que ainda não se vacina-ram. Também está em andamento a vacinação de segunda dose para pessoas que já passaram da data correta, e a partir de terça-feira (20) começou a segunda dose do público de 70 a 74 anos. "Tra-balhamos dia e noite para garantir a imunização da população. M a n t e m o s q u a t r o p o l o s d e vacinação e trabalhamos para ampliar esse quantitativo, a medida que recebermos mais vacinas", explica o prefeito Emanuel Pinheiro. Os atendimen-tos estão sendo executados nos quatro Centros de Convivência para Idosos – CCI’s e em uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social- Cras no bairro Novo Colorado.
ALMT
SECOM
Haillyn Heiviny
JUNTA COMERCIAL
A assinatura avançada para atos empresariais já está sendo utilizada pela Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat). A implanta-ção faz parte do Projeto Empreendedor Digital e o Estado é o terceiro a aderir ao sistema do Governo Federal que facilita e dá agilidade às assinaturas de forma gratuita. “Desde o início de abril disponibilizamos o sistema e até o momento tudo está funcionando bem. Os empresários elogiaram e tiraram dúvidas durante este período”, afirma Manoel Lourenço da Silva, presidente da Jucemat. A assinatura avançada é um passo importante para os empresários mato-grossenses. “Trabalhamos para que os pequenos empresários sejam priorizados e a assinatura é parte disto, pois não há custos e não há necessidade de certificados digitais, que são pagos”, informa. Para ter acesso à assinatura avançada é necessário que o cidadão tenha o selo de confiabilidade de categoria prata, disponível gratuitamente no site do Governo Federal.
Marcos V
4
OPINIÃO
TRÂNSITO
5
fato gerador é o
óbito do segurado,
ou seja, aquele que é
i n s c r i t o n a
Previdência Social, que será o
instituidor, devido ao risco
social que o alcançou.
É um benefício pago aos
dependentes do segurado,
h o m e m o u m u l h e r, q u e
falecer,
aposentado ou não, conforme previsão
expressa na Constituição Federal.
Consoante já dito em artigos anteriores,
a função da previdência é amparar às
pessoas de todas as faixas etárias, como
meio de proteção à família, vez que ela é a
base da sociedade nos termos do que
assevera dispositivos da Carta Cidadã.
Vale registrar, que assim como o
auxílio-reclusão, a pensão por morte é um
benefício que cabe, exclusivamente, ao
amparo dos dependentes do
segurado.
Nessa linhagem, para à
c o n c e s s ã o d o b e n e f í c i o é
necessário o preenchimento de
três requisitos: a qualidade de
segurado do falecido; o óbito do
segurado, sendo por morte real
o presumida; a existência de
dependentes que possam se
qualificar como beneficiários
perante o INSS.
Não é demais dizer, que
existem dois tipos de
depen-dentes: os presumidos ou
preferencias, que são aqueles que gozam
de presunção absoluta de dependência
econômica, ou seja, presume-se que eles
dependiam economicamente dos
rendi-mentos do segurado, bastando apenas
comprovar ser dependente, figurando
nessa classe: os cônjuges/companheiros,
filho menor de vinte um anos, não
emanci-pado e o inválido, ou que tenha deficiência
intelectual, mental ou grave, e aqueles
sujeitos a concreta comprovação, ou seja,
terão que provar à sua qualidade de
dependência econômica, para
alimenta-ção, educaalimenta-ção, moradia, saúde, vestuário,
transporte, etc, sendo os pais,
os irmãos, por exemplo.
Cabe dizer ainda, que não
será devido o benefício da
pensão por morte quando na
data do óbito ocorrer a perda
da qualidade de segurado,
exceto se o falecido já tiver
efetivado os requisitos para
obtenção de aposentadoria,
ou se, ficar reconhecida a
existência de incapacidade permanente,
dentro do período de graça.
Doutra banda, as relações advindas de
concubinato impuro, ou seja, aquele
decorrente má-fé, não possibilitam o
pagamento da pensão por morte, em
virtude dos impedimentos para casar.
Já aqueles que renunciaram, quando da
separação, à pensão alimentícia, podem
fazer jus à pensão por morte, se
comprova-da à necessicomprova-dade superveniente
econômi-ca, demonstrado, em
momen-to anterior ao óbimomen-to.
Em tempo, para relembrar,
à luz dos preceitos
previden-ciários, à concessão de pensão
por morte independe de
carência, porém, o instituidor
deve estar dentro do período
da qualidade de segurado.
É possível a acumulação
desse benefício com outro,
d e s d e q u e a t e n d i d o s o s
requisitos legais, vez que tem
implicância direta com a
sustentabilidade financeira e
atuarial do sistema da Previdência.
Nesse sentido, para requerer o
benefí-cio, é interessante estar acompanhado por
um profissional da área jurídica, seja no
âmbito administrativo ou judicial, como
forma de esclarecer e orientar acerca dos
direitos e deveres decorrentes do evento,
morte.
O
DivulgaçãoJornal do ônibus não se responsabiliza por matérias e artigos assinados, pois não refletem necessariamente a opinião do jornal. As matérias especiais publicadas em jornal do ônibus são de colaboração de seus autores e cedidas espontaneamente, sem fins lucrativos.
REDAÇÃO: (65) 3623-1170 / 9 9257-7512 rdmredacao@gmail.com Cuiabá / Abril de 2021 | Ano XXI | Edição 575
Pensão por
morte previdenciária
GISELE NASCIMENTO é advogada
Assim como o
auxílio-reclusão,
a pensão por
morte é um
benefício que
cabe,
exclusivamente,
ao amparo dos
dependentes do
segurado
A gestação de um novo ser humano talvez seja o que há de mais sublime na espécie humana. É a mulher co-criando com Deus, preparando o futuro por meio do amor-renúncia.
No entanto, não é de hoje que dentre as classes sociais economicamente mais carentes existe a maior taxa de natalidade, ou seja, as famílias mais pobres ou em situação de miséria procriam mais do que aquelas famílias cujo poder aquisitivo é maior.
Embora defendamos a vida desde a concepção,
aceitando o abortamento das gestações apenas em caso de risco de vida para a mãe, e por mais que respeitemos a vontade pessoal de cada mulher ou de cada família de procriarem livremente, é inegável que uma simples gravidez para as pessoas de baixa renda tem se tornado um grave problema que alcança não somente o próprio núcleo familiar, mas também outros setores da sociedade e o próprio Poder Público, sobretudo nas áreas da saúde e da assistência e promoção social.
Isso porque muitas dessas mulheres gestantes não tem condições financeiras nem para buscar um atendimento nas unidades de saúde pública, deixando, assim, de fazer o acompanhamento pré-natal que é tão necessário.
Ora, se por um lado já sabemos que muito do que o Poder Público deveria fazer não o faz, como, por exemplo, exames simples para detectar doenças tratáveis e evitar as mortes das gestantes e de seus bebês, é bem verdade que há casos nos quais a própria gestante, como dito, não tem dinheiro para pagar o transporte público, deixando de receber a atenção básica prestada pelos municípios.
Somado a esse fato o elevadíssimo número de desemprego e toda a “supercrise” gerada pela pandemia atual, torna-se essencial que os nossos municípios concedam o benefício da gratuidade do transporte público coletivo para as gestantes, assumindo para si o “investimento” (que não pode ser encarado como prejuízo) junto às concessionári-as desse serviço público, porque essconcessionári-as empresconcessionári-as não devem ser prejudicadas nessa relação contratual mantidas com municípios, a fim de não gerar um desequilíbrio lesivo para a iniciativa privada.
Sim, é verdade que as Municipalidades também passam por dificuldades financeiras agravadas, do mesmo modo, pelos efeitos da pandemia. Ocorre que cuidar da saúde da gestante é uma obrigação estatal sem a qual não há vida. E nesse caso, existe ainda outra nova vida em gestação, além da saúde da própria mulher em período gestacional.
No ano de 1999, atuando como advogado da Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas, impetramos mandado de segurança contra o então prefeito de Cuiabá com a finalidade de garantir o passe livre para os estudantes efetivamente matriculados.
Desta feita, no caso das gestantes não se faz necessário que elas comprovem um cadastramento em qualquer serviço público de atenção às gestantes, da mesma forma que ninguém deseja ingressar no Poder Judiciário com alguma medida visando a garantia desse direito fundamental que, no caso dos municípios que não tenham legislado sobre a matéria, pode ser estabelecido por decreto, ainda mais em período de calamidade ou pandêmico.
Portanto, é necessário coragem. Coragem significa a ação do coração, isso é, uma atuação político-administrativa humanizada, proativa e na busca de máxima eficácia das ações públicas.
Rua Itália, 147, Santa Rosa, Cuiabá-MT CEP 78-040-240 - Fone: (65) 3623-1170
DIRETOR DE REDAÇÃO: JOÃO PEDRO MARQUES EDITOR: RUI MATOS
REVISÃO: MARIA LIGIA
FOTO CAPA: Arquivo
EDITOR DE ARTE: MARCO ANTONIO RAIMUNDO FOTOGRAFIA: ALAIR RIBEIRO, ASSESSORIA NUNES BRANDÃO, ARQUIVO/SES, ARQUIVO PESSOAL/THADEU
MORELLY, EVELYN SOUZA, JOÃO VIEIRA, LUCAS DIEGO, MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL, MAILSON PRADO TEXTO:
ADMINISTRATIVO FINANCEIRO: ARTUR DIAS DA FONSECA NETO (65) 3623-1170 | (65) 9 9682-1470 COMERCIAL:
comercial@jornaldoonibusmatogrosso.com.br RUI MATOS, JOÃO PEDRO MARQUES, MARCO ANTONIO
RAIMUNDO, JOSÉ WENCESLAU, RENAN FERREIRA, LIDIANA CUIABANO, LORENA BRUSCHI. FERNANDA LEITE E ASSESSORIAS
Cuiabá, abril de 2021
NESTOR FIDELIS é advogado em Mato Grosso
Gisele Nascimento
N
Coragem significa a
ação do coração,
isso é, uma atuação
político-administrativa
humanizada,
proativa e na busca
de máxima eficácia
das ações públicas
Passe livre para gestantes
Divulgação
Nestor Fidélis
ma das alterações trazidas pela Lei F e d e r a l n º 14.071/2020 é quanto ao porte da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) durante a condução do veículo. Agora, o porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da fiscaliza-ção, o agente da autoridade de trânsito conseguir ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado.
Antes, era obrigatório o porte da CNH e da Permissão Para Dirigir (PPD), seja na versão impressa ou digital, durante a condução do veículo. Caso não estivesse portando o documento no momento de uma abordagem de trânsito, o condutor cometia infração de natureza leve com multa no valor de R$ 88,38 e 03 pontos na carteira.
“A dispensa do porte da habilitação é para aqueles casos em que o agente, no momento da f i s c a l i z a ç ã o , t e n h a m e i o s eletrônicos para verificar se o condutor é habilitado. Sendo possível a checagem durante a abordagem, não será caracterizada infração de trânsito”, explicou a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix, lembrando que essa regra já era aplicada no caso do porte do CRLV, documento de Registro e Licenciamento do Veículo.
Ao obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) o motorista também pode baixar no celular o aplicativo do Governo Federal Carteira Digital de Trânsito e ter acesso a sua CNH de forma eletrônica. A versão digital do documento possui o mesmo valor jurídico e poderá ser apresentada
ao agente no momento da fiscalização de trânsito. Pelo mesmo aplicativo, também é possível baixar o CRLV-e na versão digital.
Quanto a dispensa do porte da CNH, a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix, faz uma ressalva. “No momento da condução do veículo, é importante que o condutor tenha consigo a CNH e o CRLV, seja na versão impressa ou digital, uma vez que essa nova regra depende da disponibiliza-ção de meios eletrônicos e internet para que os agentes de trânsito consigam verificar se o c o n d u t o r é h a b i l i t a d o . E , dependendo do local da aborda-gem de trânsito, como em alguma estrada, pode não ser possível o acesso a internet para a checagem em sistema, por exemplo”, observou.
TRANSPORTE DE CRIANÇAS Com a alteração trazida pela lei, a regra para o transporte de crianças passou a fazer parte do Código de Trânsito Brasileiro incluindo as adequações para cada tipo de equipamento de retenção também pelo peso e altura das crianças, além da sua idade.
E Q U I P A M E N T O S D E RETENÇÃO O bebê conforto deve ser usado para crianças de até um ano e até 13 quilos. A cadeirinha para crianças de 01 a 04 anos e que tenham entre 9 e 18 quilos. Já o assento de elevação é indicado para crianças com idade entre 4 e 7 anos e meio, que não tenham atingido 1,45m de altura e com peso entre 15 e 36 quilos.
Para as crianças com mais de 7 anos e meio até 10 anos de idade e que ainda não tenham atingido 1,45 m de altura o transporte deve
ser realizado no banco traseiro utilizando o cinto de segurança.
Segundo a gerente de Ações Educativas do Detran-MT, Rosane Pölzl, o cinto de segurança dos veículos foi projetado para garantir a segurança de pessoas com estatura média de 1,45m, sendo assim, é imprescindível o uso de equipamento de retenção adequado às características da criança para evitar lesões em uma
U
Nova lei de trânsito dispensa
obrigatoriedade do porte da CNH
Da Reportagem
Porte do documento pode ser
dispensado se o agente de trânsito
conseguir verificar que o condutor é
habilitado
Divulgação
situação de frenagem mais brusca ou acidentes.
TRANSPORTE EM MOTOS A nova lei também aumenta a idade mínima para o transporte de crianças em motocicletas. Até então, era proibido transportar criança menor de 7 anos ou sem condições de cuidar da própria segurança. Agora será proibido transportar criança menor de 10
anos ou sem condi-ções de cuidar da própria segurança.
Vale lembrar que o deslocamento feito por motocicleta exige o uso do capacete de s e g u r a n ç a d e tamanho adequado, com viseira ou óculos protetores para piloto e p a s s a g e i r o , conforme artigo 54 do Código de Trânsito Brasileiro.
“No caso das motocicletas, considerando que as crianças menores de 10 anos em geral ainda não têm estrutura física e psíquica para se equilibrarem e acompanhar com segurança os movimentos do condutor da motocicleta foi realizada esta alteração da idade para seu transporte com maior segurança, na intenção de reduzir ou mesmo evitar acidentes”, observou Rosane. A versão digital do documento possui o mesmo valor jurídico e poderá ser apresentada ao agente no momento da fiscalização de trânsito
Agora será proibido transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de cuidar da própria segurança
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OPINIÃO
TRÂNSITO
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fato gerador é o
óbito do segurado,
ou seja, aquele que é
i n s c r i t o n a
Previdência Social, que será o
instituidor, devido ao risco
social que o alcançou.
É um benefício pago aos
dependentes do segurado,
h o m e m o u m u l h e r, q u e
falecer,
aposentado ou não, conforme previsão
expressa na Constituição Federal.
Consoante já dito em artigos anteriores,
a função da previdência é amparar às
pessoas de todas as faixas etárias, como
meio de proteção à família, vez que ela é a
base da sociedade nos termos do que
assevera dispositivos da Carta Cidadã.
Vale registrar, que assim como o
auxílio-reclusão, a pensão por morte é um
benefício que cabe, exclusivamente, ao
amparo dos dependentes do
segurado.
Nessa linhagem, para à
c o n c e s s ã o d o b e n e f í c i o é
necessário o preenchimento de
três requisitos: a qualidade de
segurado do falecido; o óbito do
segurado, sendo por morte real
o presumida; a existência de
dependentes que possam se
qualificar como beneficiários
perante o INSS.
Não é demais dizer, que
existem dois tipos de
depen-dentes: os presumidos ou
preferencias, que são aqueles que gozam
de presunção absoluta de dependência
econômica, ou seja, presume-se que eles
dependiam economicamente dos
rendi-mentos do segurado, bastando apenas
comprovar ser dependente, figurando
nessa classe: os cônjuges/companheiros,
filho menor de vinte um anos, não
emanci-pado e o inválido, ou que tenha deficiência
intelectual, mental ou grave, e aqueles
sujeitos a concreta comprovação, ou seja,
terão que provar à sua qualidade de
dependência econômica, para
alimenta-ção, educaalimenta-ção, moradia, saúde, vestuário,
transporte, etc, sendo os pais,
os irmãos, por exemplo.
Cabe dizer ainda, que não
será devido o benefício da
pensão por morte quando na
data do óbito ocorrer a perda
da qualidade de segurado,
exceto se o falecido já tiver
efetivado os requisitos para
obtenção de aposentadoria,
ou se, ficar reconhecida a
existência de incapacidade permanente,
dentro do período de graça.
Doutra banda, as relações advindas de
concubinato impuro, ou seja, aquele
decorrente má-fé, não possibilitam o
pagamento da pensão por morte, em
virtude dos impedimentos para casar.
Já aqueles que renunciaram, quando da
separação, à pensão alimentícia, podem
fazer jus à pensão por morte, se
comprova-da à necessicomprova-dade superveniente
econômi-ca, demonstrado, em
momen-to anterior ao óbimomen-to.
Em tempo, para relembrar,
à luz dos preceitos
previden-ciários, à concessão de pensão
por morte independe de
carência, porém, o instituidor
deve estar dentro do período
da qualidade de segurado.
É possível a acumulação
desse benefício com outro,
d e s d e q u e a t e n d i d o s o s
requisitos legais, vez que tem
implicância direta com a
sustentabilidade financeira e
atuarial do sistema da Previdência.
Nesse sentido, para requerer o
benefí-cio, é interessante estar acompanhado por
um profissional da área jurídica, seja no
âmbito administrativo ou judicial, como
forma de esclarecer e orientar acerca dos
direitos e deveres decorrentes do evento,
morte.
O
DivulgaçãoJornal do ônibus não se responsabiliza por matérias e artigos assinados, pois não refletem necessariamente a opinião do jornal. As matérias especiais publicadas em jornal do ônibus são de colaboração de seus autores e cedidas espontaneamente, sem fins lucrativos.
REDAÇÃO: (65) 3623-1170 / 9 9257-7512 rdmredacao@gmail.com Cuiabá / Abril de 2021 | Ano XXI | Edição 575
Pensão por
morte previdenciária
GISELE NASCIMENTO é advogada
Assim como o
auxílio-reclusão,
a pensão por
morte é um
benefício que
cabe,
exclusivamente,
ao amparo dos
dependentes do
segurado
A gestação de um novo ser humano talvez seja o que há de mais sublime na espécie humana. É a mulher co-criando com Deus, preparando o futuro por meio do amor-renúncia.
No entanto, não é de hoje que dentre as classes sociais economicamente mais carentes existe a maior taxa de natalidade, ou seja, as famílias mais pobres ou em situação de miséria procriam mais do que aquelas famílias cujo poder aquisitivo é maior.
Embora defendamos a vida desde a concepção,
aceitando o abortamento das gestações apenas em caso de risco de vida para a mãe, e por mais que respeitemos a vontade pessoal de cada mulher ou de cada família de procriarem livremente, é inegável que uma simples gravidez para as pessoas de baixa renda tem se tornado um grave problema que alcança não somente o próprio núcleo familiar, mas também outros setores da sociedade e o próprio Poder Público, sobretudo nas áreas da saúde e da assistência e promoção social.
Isso porque muitas dessas mulheres gestantes não tem condições financeiras nem para buscar um atendimento nas unidades de saúde pública, deixando, assim, de fazer o acompanhamento pré-natal que é tão necessário.
Ora, se por um lado já sabemos que muito do que o Poder Público deveria fazer não o faz, como, por exemplo, exames simples para detectar doenças tratáveis e evitar as mortes das gestantes e de seus bebês, é bem verdade que há casos nos quais a própria gestante, como dito, não tem dinheiro para pagar o transporte público, deixando de receber a atenção básica prestada pelos municípios.
Somado a esse fato o elevadíssimo número de desemprego e toda a “supercrise” gerada pela pandemia atual, torna-se essencial que os nossos municípios concedam o benefício da gratuidade do transporte público coletivo para as gestantes, assumindo para si o “investimento” (que não pode ser encarado como prejuízo) junto às concessionári-as desse serviço público, porque essconcessionári-as empresconcessionári-as não devem ser prejudicadas nessa relação contratual mantidas com municípios, a fim de não gerar um desequilíbrio lesivo para a iniciativa privada.
Sim, é verdade que as Municipalidades também passam por dificuldades financeiras agravadas, do mesmo modo, pelos efeitos da pandemia. Ocorre que cuidar da saúde da gestante é uma obrigação estatal sem a qual não há vida. E nesse caso, existe ainda outra nova vida em gestação, além da saúde da própria mulher em período gestacional.
No ano de 1999, atuando como advogado da Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas, impetramos mandado de segurança contra o então prefeito de Cuiabá com a finalidade de garantir o passe livre para os estudantes efetivamente matriculados.
Desta feita, no caso das gestantes não se faz necessário que elas comprovem um cadastramento em qualquer serviço público de atenção às gestantes, da mesma forma que ninguém deseja ingressar no Poder Judiciário com alguma medida visando a garantia desse direito fundamental que, no caso dos municípios que não tenham legislado sobre a matéria, pode ser estabelecido por decreto, ainda mais em período de calamidade ou pandêmico.
Portanto, é necessário coragem. Coragem significa a ação do coração, isso é, uma atuação político-administrativa humanizada, proativa e na busca de máxima eficácia das ações públicas.
Rua Itália, 147, Santa Rosa, Cuiabá-MT CEP 78-040-240 - Fone: (65) 3623-1170
DIRETOR DE REDAÇÃO: JOÃO PEDRO MARQUES EDITOR: RUI MATOS
REVISÃO: MARIA LIGIA
FOTO CAPA: Arquivo
EDITOR DE ARTE: MARCO ANTONIO RAIMUNDO FOTOGRAFIA: ALAIR RIBEIRO, ASSESSORIA NUNES BRANDÃO, ARQUIVO/SES, ARQUIVO PESSOAL/THADEU
MORELLY, EVELYN SOUZA, JOÃO VIEIRA, LUCAS DIEGO, MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL, MAILSON PRADO TEXTO:
ADMINISTRATIVO FINANCEIRO: ARTUR DIAS DA FONSECA NETO (65) 3623-1170 | (65) 9 9682-1470 COMERCIAL:
comercial@jornaldoonibusmatogrosso.com.br RUI MATOS, JOÃO PEDRO MARQUES, MARCO ANTONIO
RAIMUNDO, JOSÉ WENCESLAU, RENAN FERREIRA, LIDIANA CUIABANO, LORENA BRUSCHI. FERNANDA LEITE E ASSESSORIAS
Cuiabá, abril de 2021
NESTOR FIDELIS é advogado em Mato Grosso
Gisele Nascimento
N
Coragem significa a
ação do coração,
isso é, uma atuação
político-administrativa
humanizada,
proativa e na busca
de máxima eficácia
das ações públicas
Passe livre para gestantes
Divulgação
Nestor Fidélis
ma das alterações trazidas pela Lei F e d e r a l n º 14.071/2020 é quanto ao porte da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) durante a condução do veículo. Agora, o porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da fiscaliza-ção, o agente da autoridade de trânsito conseguir ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado.
Antes, era obrigatório o porte da CNH e da Permissão Para Dirigir (PPD), seja na versão impressa ou digital, durante a condução do veículo. Caso não estivesse portando o documento no momento de uma abordagem de trânsito, o condutor cometia infração de natureza leve com multa no valor de R$ 88,38 e 03 pontos na carteira.
“A dispensa do porte da habilitação é para aqueles casos em que o agente, no momento da f i s c a l i z a ç ã o , t e n h a m e i o s eletrônicos para verificar se o condutor é habilitado. Sendo possível a checagem durante a abordagem, não será caracterizada infração de trânsito”, explicou a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix, lembrando que essa regra já era aplicada no caso do porte do CRLV, documento de Registro e Licenciamento do Veículo.
Ao obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) o motorista também pode baixar no celular o aplicativo do Governo Federal Carteira Digital de Trânsito e ter acesso a sua CNH de forma eletrônica. A versão digital do documento possui o mesmo valor jurídico e poderá ser apresentada
ao agente no momento da fiscalização de trânsito. Pelo mesmo aplicativo, também é possível baixar o CRLV-e na versão digital.
Quanto a dispensa do porte da CNH, a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix, faz uma ressalva. “No momento da condução do veículo, é importante que o condutor tenha consigo a CNH e o CRLV, seja na versão impressa ou digital, uma vez que essa nova regra depende da disponibiliza-ção de meios eletrônicos e internet para que os agentes de trânsito consigam verificar se o c o n d u t o r é h a b i l i t a d o . E , dependendo do local da aborda-gem de trânsito, como em alguma estrada, pode não ser possível o acesso a internet para a checagem em sistema, por exemplo”, observou.
TRANSPORTE DE CRIANÇAS Com a alteração trazida pela lei, a regra para o transporte de crianças passou a fazer parte do Código de Trânsito Brasileiro incluindo as adequações para cada tipo de equipamento de retenção também pelo peso e altura das crianças, além da sua idade.
E Q U I P A M E N T O S D E RETENÇÃO O bebê conforto deve ser usado para crianças de até um ano e até 13 quilos. A cadeirinha para crianças de 01 a 04 anos e que tenham entre 9 e 18 quilos. Já o assento de elevação é indicado para crianças com idade entre 4 e 7 anos e meio, que não tenham atingido 1,45m de altura e com peso entre 15 e 36 quilos.
Para as crianças com mais de 7 anos e meio até 10 anos de idade e que ainda não tenham atingido 1,45 m de altura o transporte deve
ser realizado no banco traseiro utilizando o cinto de segurança.
Segundo a gerente de Ações Educativas do Detran-MT, Rosane Pölzl, o cinto de segurança dos veículos foi projetado para garantir a segurança de pessoas com estatura média de 1,45m, sendo assim, é imprescindível o uso de equipamento de retenção adequado às características da criança para evitar lesões em uma
U
Nova lei de trânsito dispensa
obrigatoriedade do porte da CNH
Da Reportagem
Porte do documento pode ser
dispensado se o agente de trânsito
conseguir verificar que o condutor é
habilitado
Divulgação
situação de frenagem mais brusca ou acidentes.
TRANSPORTE EM MOTOS A nova lei também aumenta a idade mínima para o transporte de crianças em motocicletas. Até então, era proibido transportar criança menor de 7 anos ou sem condições de cuidar da própria segurança. Agora será proibido transportar criança menor de 10
anos ou sem condi-ções de cuidar da própria segurança.
Vale lembrar que o deslocamento feito por motocicleta exige o uso do capacete de s e g u r a n ç a d e tamanho adequado, com viseira ou óculos protetores para piloto e p a s s a g e i r o , conforme artigo 54 do Código de Trânsito Brasileiro.
“No caso das motocicletas, considerando que as crianças menores de 10 anos em geral ainda não têm estrutura física e psíquica para se equilibrarem e acompanhar com segurança os movimentos do condutor da motocicleta foi realizada esta alteração da idade para seu transporte com maior segurança, na intenção de reduzir ou mesmo evitar acidentes”, observou Rosane. A versão digital do documento possui o mesmo valor jurídico e poderá ser apresentada ao agente no momento da fiscalização de trânsito
Agora será proibido transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de cuidar da própria segurança
6
ENTREVISTA
ENTREVISTA
7
percebe manifestações de
cansaço na luta contra a
Covid-19? Quais as principais
dificuldades e como elas
podem ser amenizadas?
Creio que atualmente a
dificuldade de contratação de
profissionais da área de saúde
é mundial. Por se tratar de
doença multissistêmica, exige
equipe multiprofissional. Em
todo o mundo, os
profissiona-is há um ano combatem a
doença, labutando em vários
horários diferentes, em várias
horas na semana. Um trabalho
emocionalmente exaustivo,
com cansaço físico muito
grande, porque trata-se de
uma doença totalmente
diferente, com critérios de
cuidados diferentes. As
dificuldades vêm sendo
amenizadas ao longo do
tempo. O secretário Gilberto
teve essa sensibilidade de
auxiliar os profissionais para
um conforto psicológico e o
Governo do Estado
desenvol-veu, por meio da Escola de
Saúde Pública, vários meios,
de forma online, para mitigar
o esforço destes profissionais,
como auxílio psicológico,
atividades de pilates e terapia
reiki, por exemplo. Também
criamos rodas de conversa. Já
estamos há um ano neste
enfrentamento. As pessoas
passaram da fase da estafa, do
cansaço, mas ainda tentamos
minimizar este sofrimento.
Há, sim, toda uma equipe
m u i t o c a n s a d a , m u i t o
e x a u s t a . M u i t o s f o r a m
contagiados, estão se
recupe-rando das sequelas. Não
muitas, mas é um cansaço
físico diferente, com dores de
cabeça e articulares. Este é o
maior desafio dos
profissiona-is da área de saúde.
De que forma a população
pode colaborar para diminuir
os problemas que a
pande-mia vem causando?
É de suma importância se
conscientizar de que o vírus
só consegue se propagar,
como vem acontecendo, a
partir do momento em que
p e s s o a s c o n t a m i n a d a s
continuam circulando, se
aglomerando. O que nos
preocupa são os pacientes
assintomáticos, que não
desenvolvem a doença na fase
de infecção ou de inflamação,
mas que transmitem o vírus.
Portanto, há o risco de as
pessoas mais vulneráveis
serem contagiadas e
desen-volverem a doença. Esta é a
nossa preocupação. Por isso, é
fundamental o uso irrestrito
da máscara, lavar as mãos,
fazer assepsia com álcool
sempre que possível e,
p r i n c i p a l m e n t e , e v i t a r
aglomerações.
O h o s p i t a l t a m b é m
coordena as ações
desenvol-vidas no Centro de Triagem,
na Arena Pantanal. Qual a
importância desse serviço no
combate à pandemia?
O Centro de Triagem foi
uma decisão acertada do
governador Mauro Mendes e
tem sido um carro-chefe do
Governo de Mato Grosso
nessa luta contra o
coronaví-rus. Tenho atribuído este
resultado ao Centro de
Triagem, onde é feita a
abordagem do paciente, que
necessita de tratamento o
quanto antes, de forma
precoce. Com isso,
consegui-mos achatar a curva da
contaminação. Qualquer
sintoma, que esteja
relacio-nado à Covid-19, o paciente
procura assistência e o
Centro de Triagem é uma
forma de prestar assistência
básica a este paciente, que
passa por uma triagem – de
enfermagem, médica e,
posteriormente, em casos
mais graves, tomográfica,
para no final receber
medica-ção e ser monitorado.
A senhora já tirou alguma
lição do que representa a
pandemia e o que podemos
aprender com ela? Qual a
mensagem a senhora pode
deixar?
Em minha opinião, ainda
estamos na fase de
aprendi-zado. A pandemia traz várias
lições, para nós profissionais
da área de saúde, mas a
ciência ainda busca
explica-ções; estamos também em
evolução nos estudos e no
aprimoramento. No geral,
creio que a ascensão de
outros profissionais, além do
médico, foi de grande valia,
porque para se cuidar de um
paciente de Covid é preciso
uma equipe
multiprofissio-nal. A união faz a força. Nos
grupos que se uniram, de
diferentes especialidades e
profissões, cada um tem
papel primordial no
trata-mento da doença, na
devolu-ção do paciente à sociedade.
Esta foi, em minha opinião, a
grande lição.
Nos grupos que se
uniram, de
diferentes
especialidades e
profissões, cada
um tem papel
primordial no
tratamento da
doença, na
devolução do
paciente à
sociedade
Cuiabá, abril de 2021 Cuiabá, abril de 2021
d i r e t o r a d o
Hospital Estadual
S a n t a C a s a ,
Pa t r í c i a N eve s
Dourado, alerta
para o uso das máscaras, lavar
as mãos ou desinfetar com
álcool 70%, além de evitar
aglomerações, para diminuir o
contágio da Covid-19 em todo
Estado. “A união faz a força”,
pede. Ela demonstrou
preocu-pação com a alta transmissão
do coronavírus em Mato
Grosso, que tem demandado
árduo trabalho dos
profissiona-is de saúde há maprofissiona-is de um ano.
Na entrevista, Patrícia ainda
fala das dificuldades do início
da pandemia, quando se dividiu
a Santa Casa em dois hospitais –
um exclusivo para Covid –, da
criação de protocolos de
biossegurança e de tratamento
e da angústia em não saber
como repassar informações aos
familiares sobre os pacientes.
A
Há um ano, estamos
enfrentando a pandemia da
Covid-19 e a senhora
acom-panha de perto a luta de
muitos pacientes contra a
doença. Como o hospital se
preparou para enfrentar
todas as dificuldades de uma
doença ainda pouco
conheci-da pelos especialistas?
No início da pandemia,
nossa principal dificuldade
foi como dividir um hospital,
pois precisávamos manter os
atendimentos aos pacientes
de outras enfermidades, mas
também garantir que os
pacientes da Covid-19 fossem
bem tratados. As equipes da
Secretaria de Saúde (SES) e do
próprio hospital trabalharam
para dividir a Santa Casa em
dois hospitais – um para
tratamento da Covid-19 e
outro onde não paralisamos o
atendimento aos demais
pacientes de outras
especiali-dades. Este foi nosso principal
desafio. O segundo foi montar
toda uma estratégia de
biossegurança para melhor
atendimento aos dois
hospita-is em funcionamento na Santa
Casa, evitando a transmissão
do vírus aos profissionais e
aos outros pacientes. Tivemos
total apoio do governador
Mauro Mendes e do secretário
Gilberto Figueiredo [Saúde]
para tomar as decisões
necessárias e, com isso, foram
criados protocolos de
biosse-gurança e de tratamento. Foi
tudo muito bem desenhado e
instituído, para que
pudésse-m o s a c o pudésse-m o d a r o s d o i s
hospitais.
Nesse período, quais
foram os momentos mais
marcantes e como a Santa
Casa trabalhou para
ameni-zar o sofrimento de pacientes
e familiares?
Considero como mais
marcante, o começo da
pandemia, quando tudo era
a i n d a m u i t o o b s c u r o .
Conforme íamos
implantan-do os cuidaimplantan-dos, o que muito
nos marcou foi a dificuldade,
por parte dos pacientes, de
acesso às informações, por se
tratar, naquele momento, de
uma doença ainda
desconhe-cida. Sabíamos que era
contagiosa, que não
podía-mos deixar parentes de
pacientes entrando e saindo
do hospital para obter
informações. Esta situação
nos deixou muito
angustia-dos, porque, naquele
momen-to, não sabíamos como
trabalhar junto às famílias.
Temos visto a grande
dificuldade na contratação
de profissionais de saúde
para ampliar leitos de UTI,
não apenas na unidade, mas
em todo o Estado. A senhora,
que convive com esses
profissionais de per to,
Patrícia Neves Dourado
, diretora do Hospital Estadual Santa Casa, pede que a população se
conscientize, pois, a redução da transmissão do vírus é a única forma de vencer a doença
Há o risco de as
pessoas mais
vulneráveis serem
contagiadas e
desenvolverem a
doença. Esta é a
nossa preocupação.
Por isso, é
fundamental o uso
irrestrito da máscara
Jairo Sant’Ana
Evitar aglomerações e manter
as medidas de biossegurança
são fundamentais para reduzir
o contágio da Covid-19
Patrícia Neves
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ENTREVISTA
ENTREVISTA
7
percebe manifestações de
cansaço na luta contra a
Covid-19? Quais as principais
dificuldades e como elas
podem ser amenizadas?
Creio que atualmente a
dificuldade de contratação de
profissionais da área de saúde
é mundial. Por se tratar de
doença multissistêmica, exige
equipe multiprofissional. Em
todo o mundo, os
profissiona-is há um ano combatem a
doença, labutando em vários
horários diferentes, em várias
horas na semana. Um trabalho
emocionalmente exaustivo,
com cansaço físico muito
grande, porque trata-se de
uma doença totalmente
diferente, com critérios de
cuidados diferentes. As
dificuldades vêm sendo
amenizadas ao longo do
tempo. O secretário Gilberto
teve essa sensibilidade de
auxiliar os profissionais para
um conforto psicológico e o
Governo do Estado
desenvol-veu, por meio da Escola de
Saúde Pública, vários meios,
de forma online, para mitigar
o esforço destes profissionais,
como auxílio psicológico,
atividades de pilates e terapia
reiki, por exemplo. Também
criamos rodas de conversa. Já
estamos há um ano neste
enfrentamento. As pessoas
passaram da fase da estafa, do
cansaço, mas ainda tentamos
minimizar este sofrimento.
Há, sim, toda uma equipe
m u i t o c a n s a d a , m u i t o
e x a u s t a . M u i t o s f o r a m
contagiados, estão se
recupe-rando das sequelas. Não
muitas, mas é um cansaço
físico diferente, com dores de
cabeça e articulares. Este é o
maior desafio dos
profissiona-is da área de saúde.
De que forma a população
pode colaborar para diminuir
os problemas que a
pande-mia vem causando?
É de suma importância se
conscientizar de que o vírus
só consegue se propagar,
como vem acontecendo, a
partir do momento em que
p e s s o a s c o n t a m i n a d a s
continuam circulando, se
aglomerando. O que nos
preocupa são os pacientes
assintomáticos, que não
desenvolvem a doença na fase
de infecção ou de inflamação,
mas que transmitem o vírus.
Portanto, há o risco de as
pessoas mais vulneráveis
serem contagiadas e
desen-volverem a doença. Esta é a
nossa preocupação. Por isso, é
fundamental o uso irrestrito
da máscara, lavar as mãos,
fazer assepsia com álcool
sempre que possível e,
p r i n c i p a l m e n t e , e v i t a r
aglomerações.
O h o s p i t a l t a m b é m
coordena as ações
desenvol-vidas no Centro de Triagem,
na Arena Pantanal. Qual a
importância desse serviço no
combate à pandemia?
O Centro de Triagem foi
uma decisão acertada do
governador Mauro Mendes e
tem sido um carro-chefe do
Governo de Mato Grosso
nessa luta contra o
coronaví-rus. Tenho atribuído este
resultado ao Centro de
Triagem, onde é feita a
abordagem do paciente, que
necessita de tratamento o
quanto antes, de forma
precoce. Com isso,
consegui-mos achatar a curva da
contaminação. Qualquer
sintoma, que esteja
relacio-nado à Covid-19, o paciente
procura assistência e o
Centro de Triagem é uma
forma de prestar assistência
básica a este paciente, que
passa por uma triagem – de
enfermagem, médica e,
posteriormente, em casos
mais graves, tomográfica,
para no final receber
medica-ção e ser monitorado.
A senhora já tirou alguma
lição do que representa a
pandemia e o que podemos
aprender com ela? Qual a
mensagem a senhora pode
deixar?
Em minha opinião, ainda
estamos na fase de
aprendi-zado. A pandemia traz várias
lições, para nós profissionais
da área de saúde, mas a
ciência ainda busca
explica-ções; estamos também em
evolução nos estudos e no
aprimoramento. No geral,
creio que a ascensão de
outros profissionais, além do
médico, foi de grande valia,
porque para se cuidar de um
paciente de Covid é preciso
uma equipe
multiprofissio-nal. A união faz a força. Nos
grupos que se uniram, de
diferentes especialidades e
profissões, cada um tem
papel primordial no
trata-mento da doença, na
devolu-ção do paciente à sociedade.
Esta foi, em minha opinião, a
grande lição.
Nos grupos que se
uniram, de
diferentes
especialidades e
profissões, cada
um tem papel
primordial no
tratamento da
doença, na
devolução do
paciente à
sociedade
Cuiabá, abril de 2021 Cuiabá, abril de 2021