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UM MARCO NA HISTÓRIA DOS METALÚRGICOS DO ES: COM LUTA DIFERENCIADA, SINDIMETAL-ES FECHA NEGOCIAÇÃO SEM GREVE

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SINDIMETAL-ES

CONQUISTA PLR E

MANUTENÇÃO DOS

EMPREGOS NA

SAMARCO

PROPOSTA DA

ARCELORMITTAL

TUBARÃO TEM 90%

DE REJEIÇÃO

NEGOCIAÇÃO COM

SINDIREPA E GERDAU

VAI PARA DISSÍDIO

COLETIVO

UM MARCO NA HISTÓRIA DOS METALÚRGICOS DO ES:

COM LUTA DIFERENCIADA, SINDIMETAL-ES

FECHA NEGOCIAÇÃO SEM GREVE

A negociação coletiva de trabalho com o Sindifer, que começou com os patrões exigindo a retirada de

direitos dos trabalhadores, foi firmada com a manutenção de todos os direitos e com novas e

importan-tes conquistas para a categoria, entre elas 8% de reajuste salarial e R$300,00 no auxílio-alimentação, o

que representa um grande avanço para os metalúrgicos. Veja na página 04.

(2)

Painel Jurídico

Encerramos mais uma negociação salarial com o Sindifer (sindicato patronal) e o sentimento que temos é de vitória, da certeza de que cumprimos o nosso dever e contribuímos, mais uma vez, para o avanço da categoria.

Em setembro, quando demos início à campanha salarial dos metalúrgicos, tínhamos o desafio de fazer dessa negociação um marco histórico na luta dos trabalhadores e, para isso, seria preciso enfrentar as barreiras da conjuntura atual que, no momento, para alguns setores, como a indústria, estava desfavorável. Sabíamos que, mais do que nunca, teríamos que estar mobiliza-dos e fortalecimobiliza-dos para enfrentar os patrões e exigir que não caísse sobre os trabalhadores a culpa da crise econômica, crise essa criada pelos próprios empresários.

Mas estávamos preparados. Passamos o ano planejando, discutindo e debatendo os caminhos que deveríamos percorrer para obter sucesso nessa negociação. Realizamos uma série de encontros e reuniões, onde tratamos a econo-mia atual e fizemos levantamentos e estudos minuciosos das empresas que a nossa Convenção Coletiva de Trabalho abrange.

Fomos para a mesa de negociação confiantes e dispostos a manter, acima de tudo, o diálogo, para evitar desgastes e impedir atraso no fechamento da CCT. Como os companheiros devem recordar, no ano passado, mesmo com a greve, a intransigência dos empresários e a falta de diálogo levaram a negociação salarial dos metalúrgicos para a Justiça e o resultado final não foi o esperado. Este ano, tinha que ser diferente, era preciso garantir que os companheiros passas-sem o natal e ano novo certos de que teriam seus

salários reajustados.

Adiantamos o início das negociações para evitar que ela se estendesse até o final do ano e que os trabalhadores fossem prejudicados pelas mudanças feitas na Súmula 277, que retirou a garantia da convenção após o vencimento da data-base. Inclusive, essa foi mais uma vitória que o Sindimetal-ES conquistou para os trabalhadores. Por meio de muito diálogo, conseguimos estender a data-base e impedir que a convenção, com todas as cláusulas que garantem os direitos dos metalúrgicos, fosse suspensa.

Logo no início das reuniões com o Sindifer, fomos surpreendidos com a bancada patronal apresentando uma pauta dos empresári-os contendo várias cláusulas que retiravam direitos dos trabalhadores. Os patrões queriam, entre outras coisas, acabar com as horas-extras, através da implementação do sistema de compen-sação de horas, substituindo o pagamento das horas-extras pelo banco de horas. Eles propuse-ram, ainda, acabar com classificação profissional; aumentar o tempo do contrato de experiência e reduzir os salários, reduzindo a jornada de trabalho. Direitos importantes que, ao longo dos anos, foram conquistados com muita luta pelos metalúrgicos.

De imediato, nos posicionamos contrári-os a qualquer propcontrári-osta que representasse retrocesso, deixando claro aos patrões que não aceitaríamos, em nenhuma hipótese que fosse retirado qualquer direito dos trabalhadores. Também nos preocupamos em conseguir um reajuste que não significasse perdas. A primeira proposta patronal foi de apenas 4% de reajuste salarial, continuamos negociando até chegar a 8%.

O avanço também aconteceu no auxílio-alimentação, que, para dentro dos grandes complexos, passou de R$ 272,00 para R$ 300,00 (10,3 %) e teve um reajuste de 8% para as demais empresas. O maior avanço, porém, se deu na alteração das condições de desconto do benefício. Antes, o trabalhador que faltava sem justificativa perdia o direito sobre todo o benefício (no mês). Agora, o companheiro que não justificar a sua ausência ao trabalho terá o desconto proporcional de 1/30 (um trinta avos) por dia de faltas injustifi-cadas.

Todas essas vitorias são fruto de um trabalho árduo, transparente e responsável. Por isso, parabenizo aos diretores, empregados e parceiros do Sindimetal-ES e, principalmente, a todos os metalúrgicos que confiam no nosso trabalho e estão sempre juntos na luta. O tamanho das nossas conquistas está diretamente ligado ao tamanho da nossa coragem e da nossa união.

Volto a dizer que essa negociação deve ser considerada uma grande vitória, mas é importante lembrar que a luta não acaba aqui. Continuaremos firmes em defesa dos metalúrgicos e não pouparemos esforços para conquistar melhores salários e mais benefícios que garantam a todos os companheiros uma vida com mais qualidade. Com luta foi conquistado, com luta será ampliado.

Ainda precisamos fechar as negociações com as empresas que têm acordos específicos e esperamos que, com essas empresas, tenhamos o mesmo diálogo, que elas reconhecem o valor dos seus empregados e que todos saiam do processo de negociação satisfeitos.

Obrigado a todos e um forte abraço!

Roberto Pereira

Presidente do Sindimetal-ES

EDITORIAL

EDITORIAL

UMA NEGOCIAÇÃO PARA SER COMEMORADA

www.sindimetal-es.org.br

02

O Departamento Jurídico do Sindimetal-ES garantiu mais uma vitória em processos que envolvem o pagamento de verbas rescisórias a trabalhadores desligados das empresas. Desta vez, o Sindicato garantiu, em duas ações coletivas em favor dos metalúrgicos da ACF em Linhares e Colatina, o bloqueio nos créditos da

empresa junto a Petrobras para pagamento dos valores devidos aos companheiros.

Além da garantia do pagamento das verbas rescisórias, o Sindimetal-ES também garantiu, na Justiça, a aprovação da liminar que possibilita o saque do FGTS e do Seguro-Desemprego.

Na atual conjuntura, em que várias empresas estão promovendo dispensas coleti-vas, a atuação do Sindimetal-ES já beneficiou trabalhadores de dezenas de empresas que promoveram demissões coletivas sem cumprir suas obrigações trabalhistas.

SINDICATO CONQUISTA PAGAMENTO DE VERBAS

RESCISÓRIAS AOS TRABALHADORES DA ACF

(3)

www.sindimetal-es.org.br

03

No dia 17 de novembro, o

Sindimetal-ES participou da audiência de conciliação

referente ao Programa de Demissão Voluntária

(PDV) da Samarco, em virtude da ação movida

pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na

Vara do Trabalho de Ouro Preto. Na audiência,

a Samarco assumiu o compromisso com a

manutenção de empregos e com o pagamento

da Participação nos Lucros e Resultados aos

trabalhadores, ampliando o pacote de

benefíci-os dbenefíci-os acordbenefíci-os de PDV e PDI.

Ficou definido o pagamento de 2

salários nominais para os trabalhadores a

título de PLR do ano de 2015. O pagamento

será realizado em 2 vezes, sendo a primeira

parcela paga até o dia 31 de janeiro e a

segun-da até o dia 31 de março de 2017. A Samarco

também não irá efetuar o desconto da

anteci-pação da parcela do PLR já recebido pelos

empregados.

Além do PLR, a empresa garantirá a

manutenção de 1.800 postos de trabalho dos

empregados não abrangidos pelo PDV, não

promovendo dispensa coletiva, classificada

pelo desligamento de mais de 1% do quadro,

dentro de um período de 4 meses (Março de

2017).

Os benefícios incluídos no acordo são

fruto do esforço dedicado pelo Sindimetal-ES

em defesa dos trabalhadores da Samarco.

Desde o rompimento da barragem, o Sindicato

não mediu esforços para preservar os direitos

e minimizar os prejuízos causados aos

companheiros, que também foram vítimas da

tragédia.

SAMARCO

SINDIMETAL-ES CONQUISTA PLR E

MANUTENÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO

SINDICATO DISCUTE DIVERSIDADE

DE GÊNERO E RAÇA NO ESTALEIRO

JURONG E NA IMETAME

Em razão de uma ação movida pelo

Ministério Público do Trabalho (MPT) para

promover e garantir a diversidade de gênero

e raça no quadro de funcionários do

Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) e da

Imetame Metalmecânica, o Sindimetal-ES

irá se reunir com as empresas para discutir e

aplicar um programa de contratação que se

adeque ao que pede o MPT.

O Sindicato e as empresas terão um

período máximo de 90 dias, a contar do dia

16 de novembro de 2016, para estabelecer

critérios e apresentar uma proposta de

sistema de contratação que garanta

percentual de contratações por critérios de

gênero e raça.

A ação do MPT é um passo

impor-tante rumo à igualdade plena de gênero e

raça. O Sindimetal-ES se compromete com a

ação e vai se doar ao máximo para garantir

que o programa de contratação seja, de fato,

capaz de contemplar esta carência das

empresas e da sociedade por diversidade,

igualdade de oportunidades e justiça social.

NOVA SEDE DO

SINDIMETAL-ES

EM COLATINA

Para oferecer um atendimento de

qualidade a todos os metalúrgicos capixabas,

inauguramos, nesta segunda-feira (24), mais

uma sede regional, desta vez no município de

Colatina. Agora, contamos com sete sedes

regionais, entre a Grande Vitória e o interior.

Na sede de Colatina, os metalúrgicos

terão atendimento jurídico de segunda à

quarta-feira, das 8 às 17 horas, exceto no horário do

almoço (12 às 13 horas). Além disso, nossos

diretores estarão sempre por lá para informar e

tirar todas as dúvidas dos companheiros. A sede

fica no 6º andar do Edifício Prolar, localizado na

Avenida Getúlio Vargas, 138, Centro, em cima do

Centro de Línguas CCAA, próximo á loja Los

Neto.

O atendimento deve ser agendado pelo

telefone (27) 99730-8998.

Além da nova sede regional, os

metalúr-gicos capixabas ainda têm a sua disposição as

sedes de Vitória, Serra, Linhares, Aracruz, São

Mateus e Anchieta.

(4)

A Convenção Coletiva de Trabalho negociada entre o Sindimetal-ES e o Sindifer, pela primeira vez na história, foi aprovada pelos companheiros sem a necessidade de os metalúr-gicos promoverem um movimento grevista. A negociação, que começou com os patrões exigindo a retirada de direitos dos trabalhadores, foi firmada com a manutenção de todos os

direitos e com novas e importantes conquistas para a categoria.

A CCT 2016/2017 garante aos metalúrgi-cos, entre as principais conquistas, um reajuste salarial de 8% retroativos à data-base (1° de novembro), sendo 5% pagos sobre o salário de novembro/16 e 3% em janeiro/17, com o retroati-vo sendo pago em fevereiro/17, e 8% de reajuste no piso da categoria. Além do reajuste no salário e piso, o auxílio-alimentação será de R$300,00 dentro dos grandes complexos e contará com um reajuste de 8% no valor praticado fora dos complexos.

O Sindimetal-ES também conquistou para os metalúrgicos a alteração das condições de desconto no auxílio-alimentação em caso de faltas injustificadas, um dos mais importantes avanços da nova Convenção Coletiva. Com a

mudança, os companheiros que antes perdiam o direito sobre todo o benefício por faltar sem justificativa, agora terão o desconto proporcional de 1/30 (um trinta avos) por dia de faltas injustifi-cadas, um critério muito mais justo e racional que beneficia a todos os metalúrgicos.

O fator mais determinante para o desfecho positivo, foi a mobilização e união demonstrada pelos companheiros que, aliada à atuação combativa do Sindimetal-ES, foi reconhe-cida pelo Sindifer e fez com que a pauta de retirada de direitos dos patrões não tivesse força, mantendo a negociação mais aberta ao diálogo e possibilitando que a Convenção Coletiva fosse negociada em condições favoráveis aos compa-nheiros, sem a necessidade de nenhum dia de paralisação e, principalmente, de demissões.

A negociação salarial desse ano começou fria com os patrões negando todas as reivindicações dos trabalhadores e apresentando uma pauta patronal com várias cláusulas que retiravam direitos dos metalúrgicos. O Sindimetal-ES se posicionou contrário a qualquer proposta que retirasse direitos e mostrou firmeza na defesa de um reajuste salarial que, de fato, representasse avanços para os trabalha-dores. Veja como oSindimetal-ES conseguiu avançar na negociação.

O balanço das negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre de 2016, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), confirmam o momento adverso pelo qual passam as negocia-ções coletivas brasileiras.

Pouco menos de um quarto dos reajustes – cerca de 24% – resultaram em aumentos reais aos salários, 37% tiveram reajustes em valor igual à inflação e 39%, reajustes abaixo, tomando por

referência a variação do INPC-IBGE em cada data-base. Em função deste quadro, a variação real média dos reajustes no primeiro semestre foi negativa, o que configurou o pior desempenho das negociações por reajustes salariais de primeiro semestre desde 2003.

Desta forma, pode-se afirmar que os reajustes negociados para os trabalhadores com data-base em novembro de cerca de 8%, entre eles metalúrgicos, situa-se acima dos parâmetros

registrados a nível nacional. Além disso, uma campanha salarial possui outros elementos de igual importância a serem considerados. No contexto atual, destaca-se, sobretudo a manuten-ção da convenmanuten-ção coletiva em vigor, sem a retirada de nenhum direito já conquistado e demais conquistas relativas à remuneração indireta, como auxílio-alimentação.

No mesmo dia em que os metalúrgicos aprovaram a proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018, o presidente do Sindimetal-ES, Roberto Pereira, e o presidente do Sindifer, Lúcio Dalla Bernardina, se reuniram para ajustar os novos termos e assinar a nova convenção. Em breve, a CCT completa, com todas as cláusulas negociadas, estará disponível em nosso site.

www.sindimetal-es.org.br

UM MARCO NA HISTÓRIA DOS METALÚRGICOS DO ES:

04

CAMPANHA SALARIAL 2016/2017

COM LUTA DIFERENCIADA, SINDIMETAL-ES

FECHA NEGOCIAÇÃO SEM GREVE

OS AVANÇOS CONQUISTADOS PELO

SINDIMETAL-ES DURANTE A NEGOCIAÇÃO

8% DE REAJUSTE É UMA GRANDE VITÓRIA

PRESIDENTES ASSINAM NOVA CONVENÇÃO

2ª rodada de negociação

3ª rodada de negociação

Fim da negociação

1ª rodada de negociação

Sindifer não discute reajuste e apresenta proposta que retira direitos, como horas extras, substituindo o pagamento das horas a mais pelo banco de horas; redução da jornada para reduzir salários; fim da classificação profissional, aumento no tempo do contrato de experiência.

Sindimetal-ES repudia postura do Sindifer e reprova na mesa de negociação qualquer proposta que retira direitos dos trabalhadores.

Sindifer propõe 5% de reajuste parcelado em 2 vezes e sem retroativo (4% em janeiro e 1% em abril) e mantém propostas que retiram direitos dos trabalhadores. Sindimetal-ES leva proposta para assembleia e mostra sua a posição contrária ao que foi oferecido pelos patrões. Com a reprovação, o Sindicato volta à mesa de negociação e exige uma proposta que contemple os trabalhadores.

Sindifer sente a pressão dos trabalhadores e do Sindimetal-ES, eleva a proposta, oferece 6% de reajuste, em 2x (4% em janeiro e 2% em março) e sem retroativo e insiste em manter pauta que retira direitos.

Sindimetal-ES leva proposta aos trabalhadores e alerta para que seja reprovada. Sindimetal-ES volta à negociação, exige derrubada da pauta que retira direitos e uma proposta com índices melhores e com pagamento do retroativo. Também pede melhoria no valor do auxílio-alimentação e alteração no desconto do benefício.

Sindifer avalia que, para fechar a negociação, é preciso derrubar a pauta que retira direitos e apresenta 8% de reajuste no salário e no piso, retroativos à data-base. Também cede ao pedido do Sindimetal-ES e propõe auxílio-alimentação de R$300,00 para os complexos, reajuste de 8% no valor praticado fora dos complexos e alteração na condição de desconto do benefício. Sindmetal-ES vê ganhos na proposta e leva para os trabalhadores, que aprovam por grande maioria, colocando fim à negociação.

(5)

PROPOSTA DA ARCELORMITTAL

TUBARÃO TEM

90% DE REJEIÇÃO

Os metalúrgicos da ArcelorMittal Tubarão, em assembleias realizadas pela Sindimetal-ES nos dias 8 e 10 de novembro, reprovaram a proposta da empresa para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017 (ACT). Aproximadamente 90% dos trabalhadores disseram não à oferta patronal, explicitando a insatisfação com a proposta que está longe de recuperar os 9,15% (INPC) de perdas salariais que os trabalhadores tiveram desde o ano passado.

Na proposta, a empresa ofereceu um reajuste salarial de apenas 6,5%, que representa 2,5% de perdas salariais nos últimos doze meses que antecedem a data-base (1º de outubro), um abono salarial de R$1.200,00 e piso salarial no valor R$1.783,00. A reprovação da proposta também evidencia o repúdio dos companheiros à conduta da empresa nesta e nas negociações

passadas, que tenta, a todo custo, impor condições prejudiciais aos companheiros, como a substituição do reajuste por abono, além da não concessão do auxílio-alimentação, um pleito antigo dos trabalhadores.

Inclusive, a troca de salário por abono, imposta pela empresa, agrava ainda mais o acúmulo de perdas salariais dos companheiros nos últimos anos. Segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), desde 2011, os metalúrgicos da ArcelorMittal Tubarão já acumulam 12,47% de perdas salariais, com reajustes abaixo da inflação.

Desde as assembleias que resultaram na reprovação da proposta da empresa, o Sindimetal-ES aguarda o retorno da ArcelorMittal Tubarão para retomar as negocia-ções para renovação do ACT.

NAS URNAS,

TRABALHADORES

PEDIRAM SOCORRO

Um fato curioso chamou a atenção do Sindimetal-ES durante a apuração das urnas com os votos dos trabalhadores para a renova-ção do Acordo Coletivo de Trabalho da ArcelorMittal Tubarão.

Junto com as cédulas de votação, os companheiros depositaram nas urnas cartinhas suplicando ajuda do Sindimetal-ES e criticando a postura da empresa, que, como de costume, aproveita o momento da campanha salarial para perseguir e ameaçar os trabalhadores.

Nas cartas, os companheiros relatam a pressão que sofrem para aprovar a proposta da siderúrgica. Eles contam ainda que a insatisfa-ção com as propostas que nos últimos anos vêm sendo apresentadas pela empresa é unânime e que os acordos sem a reposição salarial prejudi-cam toda a categoria. Os trabalhadores afirma-ram ainda que a maioria deles se sentem reféns pelo receio de demissão e, por isso, acabam sentindo-se obrigados a aceitar as esmolas oferecidas pela ArcelorMittal Tubarão.

O Sindimetal-ES vai verificar as denúncias e tomar as devidas medidas para pôr fim a essa atitude arbitrária da ArcelorMittal.

SINDIMETAL-ES REPROVA

REAJUSTE DE 2% PROPOSTO PELA

ARCELORMITTAL CARIACICA

Não precisou de assembleia para o Sindimetal-ES reprovar, na mesa de negociação, a proposta vergonhosa da ArcelorMittal Cariacica para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017, que oferece aos companheiros apenas um reajuste de 2%, parcelado em duas vezes, a

partir de janeiro e mais nada.

Além de não respeitar a data-base dos companheiros (1° Outubro), desconsiderando o reajuste salarial de 3 meses, a proposta de 2% de reajuste é uma verdadeira afronta aos compa-nheiros, que, neste período, somam 9,15% de perdas inflacionárias. Com o reajuste proposto, os companheiros acumulariam mais de 7% de perda de massa salarial.

O Sindimetal-ES encaminhou sua decisão à empresa e aguarda por uma nova proposta que seja, ao menos, digna de se apresen-tar aos metalúrgicos da ArcelorMittal Cariacica, que há anos vem sofrendo, a cada negociação, com o desrespeito e descaso da empresa.

PROPOSTA DA

USIMINAS É

RECUSADA NA MESA

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2016/2017. Acesse também o nosso site

www.sindimetal-es.org.br

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SindimetalES

#NenhumDireitoAMenos

POR GANHO REAL, TÍQUETE-ALIMENTAÇÃO, 40 HORAS SEMANAIS, BENEFÍCIOS SOCIAIS

COM LUTA FOI

COM LUTA FOI

CONQUISTADO

CONQUISTADO

COM LUTA FOI

CONQUISTADO

COM LUTA SERÁ

COM LUTA SERÁ

AMPLIADO

AMPLIADO

COM LUTA SERÁ

AMPLIADO

O Sindimetal-ES reprevou, em mesa de negociação, a proposta da Usiminas para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017. Repetindo proposta feita para unidade de Minas Gerais, a empresa propôs apenas 4% de reajuste salarial, sem apresentar avanços em cláusulas sociais e abono.

O Sindimetal-ES garantiu que a data-base dos companheiros se mantenha vigente até o dia 31 de dezembro, em função da suspensão da Súmula 277, que garantia a validade do Acordo após o vencimento, e continuará buscando e negociando uma proposta justa para a categoria.

(6)

www.sindimetal-es.org.br

06

CAMPANHA SALARIAL 2016/2017

CCT SINDIREPA:

APÓS REPROVAÇÃO

DE PROPOSTA, SINDIMETAL-ES

INGRESSA COM DISSÍDIO COLETIVO

Diante da reprovação unânime da proposta patronal e a impossibilidade de se discutir, o mais rápido possível, opções para o desfecho da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/17 dos metalúrgicos da reparação de veículos e implementos rodoviários, o Sindimetal-ES decidiu ingressar, no dia 16 de novembro, com uma ação de Dissídio Coletivo. Agora caberá a Justiça definir os rumos e os termos da nova CCT.

A ação de Dissídio é uma resposta ao atraso da negociação e à proposta, reprovada por 100% dos companheiros, que estabelecia

um mísero reajuste salarial de 6%, parcelados em 2x, diante de perdas inflacionárias de 8,5% (INPC). Uma verdadeira piada de mau gosto com os companheiros da reparação, que já acumulam perdas de massa salarial do último ano.

Já está marcada para o dia 06 de dezembro a audiência de conciliação que precede o julgamento do dissídio coletivo, onde participaram o Sindimetal-ES e o Sindirepa, a fim de se chegar a um acordo para renovação da CCT, sem que a decisão final parta da Justiça do Trabalho.

SINDICATO GARANTE

VALIDADE DA CCT APÓS

VENCIMENTO DA

DATA-BASE

Para impedir retrocesso nos direitos dos trabalhadores da reparação, o Sindimetal-ES garantiu, através de liminar na justiça, a validade da Convenção Coletiva de Trabalho. A medida garante que todas cláusulas da Convenção serão obrigatoriamente respeitadas pelos empresários mesmo após o vencimento da data-base do acordo (1° de novembro).

A importante ação do Sindicato se fez necessária pois desde que a súmula 277, que garantia a ultratividade, ou seja, a validade após o vencimento, dos Acordos e Convenções Coletivas, foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, os direitos e garantias estabelecidas em acordos podem ser colocadas em xeque pelos patrões.

SEM AVANÇOS, NEGOCIAÇÃO COM A

GERDAU TAMBÉM SEGUE PARA A JUSTIÇA

No dia 16 de novembro, o Sindimetal-ES ingressou com uma ação de dissídio coletivo para o julgamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017 dos metalúrgicos da Gerdau. Após as consecutivas reprovações dos trabalhadores às propostas da empresa e a não perspectiva de avançar nas negociações, o Sindicato avaliou, diante do impasse, que o dissídio é o melhor caminho para se garantir direitos e avanços no ACT.

Acumulando perdas desde o último ano com a troca para o turno fixo, reajustes abaixo da inflação e corte de benefícios, os metalúrgicos deixaram claro que não aceitariam nenhuma proposta que não contemplasse a inflação do período no reajuste salarial e a implementação do auxílio-alimentação, ambos concedidos na unidade de São José dos Campos e garantidos em processo de dissídio coletivo neste ano.

O Sindimetal-ES tentou de todas as

formas resolver a negociação sem que fosse necessária a interferência da Justiça, porém a Gerdau, além de elencar perdas irreparáveis aos companheiros, manteve a mesma postura irredutível durante toda negociação. O grande problema da Gerdau é que ela não quer garantir nada em Acordo Coletivo, para poder cortar direitos dos companheiros quando achar necessário, e tanto o Sindicato quanto os trabalhadores irão lutar para mudar isso.

NA SAMARCO, SINDICATO NEGOCIA ACT QUE

GARANTE DIREITOS DOS TRABALHADORES

Em assembleia realizada pelo Sindimetal-ES no dia 25 de

novembro, os metalúrgicos aprovaram a proposta da Samarco para

renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017.

Os termos do novo acordo foram aprovados por 100% dos

trabalhadores. Os companheiros receberão um abono de R$1.000,00

como crédito adicional no cartão- alimentação, além de garantir a

manutenção de todas as cláusulas do acordo anterior, cláusulas que

para os companheiros são de suma importância, como reembolso

escolar, creche, licença maternidade de 6 meses,

auxílio-paternidade, auxílio-alimentação e outros.

Desde o rompimento da barragem, em Mariana, Minas Gerais, o

Sindimetal-ES vem lutando de todas as maneiras para que os

trabalha-dores não tivesse sem direitos e benefícios cortados apesar da

parali-sação das atividades da mineradora, por isso, garantir nesse Acordo

Coletivo de Trabalho todas as cláusulas, direitos e benefícios, é uma

grande conquista do Sindicato e da categoria.

(7)

CAMPO NA LUTA POR SOBERANIA ALIMENTAR

O Sindimetal-ES recebeu, no dia 10

de novembro, em sua Sede Regional na

Serra, o encontro Aliança Camponesa e

Operária por Soberania Alimentar, realizado

em conjunto com a Confederação Nacional

dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e com o

M o v i m e n t o d o s P e q u e n o s

Agricultores(MPA), para debater e

estabele-cer ações conjuntas e em campanha, a fim

de garantir a soberania alimentar da classe

trabalhadora do campo e da cidade.

O presidente da CNM/CUT, Paulo

Cayres, participou do evento e destacou a

importância de se realizar esta parceria entre

os camponeses e operários para garantir

pleno acesso dos trabalhadores a uma

alimentação saudável. “Precisamos alertar

sobre os venenos que eles (trabalhadores)

ingerem todos os dias e criar ações

unifica-das que permitam ou facilitem o acesso a

alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos,

para garantir a soberania alimentar e, por

consequência, uma melhora na qualidade de

vida da classe trabalhadora”.

Já o presidente do Sindimetal-ES,

Roberto Pereira, garantiu que os

metalúrgi-cos capixabas já abraçaram a causa e que o

Sindicato vai utilizar todos os meios

disponí-veis para contribuir com as ações

estabeleci-das. “O Sindimetal-ES apoia a campanha

pela soberania alimentar, devido à

importân-cia dela para os trabalhadores. Assumimos

aqui o compromisso de debater a inclusão da

alimentação sem veneno nas nossas

Convenções e Acordos Coletivos de

Trabalho”.

Ao final do encontro, foram

encaminhadas as ações integradas,

defini-das em conjunto com as entidades

partici-pantes.Estiveram presentes no evento

representantes da Central Única dos

Trabalhadores do Espírito Santo (CUT-ES),

Associação dos Servidores do Incaper,

Levante Popular da Juventude, Consulta

Popular e outras entidades dos movimentos

sindical e social.

COMO E ONDE

ADQUIRIR OS

PRODUTOS

Visando garantir e ampliar o acesso à alimentação livre de agrotóxicos, o Movimento dos Pequenos Agricultores organiza, semanalmente, feiras por diversas regiões da Grande Vitória. As feiras são realizadas todas as quartas-feiras nos seguintes locais e horários:

14h - Central Carapina (Serra) 15h - Morro do Quadro (Vitória) 16h - Praça da Catedral Metropolitana de

Vitória 9 às 16h - UFES

Os trabalhadores interessados em adquirir diretamente os produtos orgânicos devem entrar em contato com a Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (CPC/ES), através do telefone 99526-4657 ou do e-mail: cpcamponesa@gmail.com

O Sindimetal-ES, ao lado de centenas de entidades dos

movimentos sindical, estudantil e social, em ato unificado no dia 11

de novembro, parou a cidade de Vitória para dizer não à Proposta de

Emenda a Constituição (PEC) nº 55, que congela os investimentos

públicos por 20 anos. O ato partiu da sede do INSS, em Bento

Ferreira, e seguiu até o Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado,

no Centro.

Pela PEC, os gastos do Governo estarão limitados à correção

pela inflação anual medida pelo Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA), o que significa dizer que o salário mínimo

e os investimentos nas áreas de Saúde, Segurança, Educação,

Previdência, Assistência Social não irão crescer além da inflação nos

próximos 20 anos. Em um país em que a demanda por esses serviços

cresce a cada ano, junto com a necessidade de melhorar e

oferecê-los com qualidade, congelar os gastos é piorar a situação já precária

de acessos aos serviços públicos.

MOVIMENTOS SINDICAL E ESTUDANTIL

DIZEM NÃO À PEC DA MORTE (PEC 55)

(8)

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos-ES

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A PEC, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados, agora segue para votação no Senado Federal. A expectativa é que a PEC seja votada até o final deste ano. É importante que, principalmente, a classe trabalhadora se una e mobilize, participando das manifesta-ções, para impedir o retrocesso ao qual o Congresso Nacional e o governo golpista irão submeter a população.

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