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LEVANTAMENTO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA NAS PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS DO ESTADO DE MATO GROSSO

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PROJETO DE PESQUISA

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso – FAMATO

Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola – IMEA

LEVANTAMENTO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO DE ALGODÃO E

SOJA NAS PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS DO ESTADO DE

MATO GROSSO

Coordenação: Prof. Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho Equipe: Lucilio Rogerio Aparecido Alves Mauro Osaki

Piracicaba, São Paulo, Brasil Julho de 2005

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LISTA DE FIGURAS ... ii

LISTA DE TABELAS ...iv

1. INTRODUÇÃO...1

2 OBJETIVO GERAL...4

2.1 Objetivo específico...4

3 METODOLOGIA...5

4 PANORAMA MUNDIAL DA CULTURA DO ALGODÃO E DA SOJA ...8

4.1 Algodão ...8

4.2 Soja ...12

5 Panorama setorial no Brasil...14

5.1 Algodão ...14

5.2 Soja ...20

6 RESULTADOS ...26

6.1 Custo de produção de algodão em Rondonópolis (RNP), Lucas do Rio Verde (LRV) e Campo Novo do Parecis (CNP) – Segunda fase...26

6.1.1 Custo de produção de algodão para variedades suscetíveis à doença azul...29

6.1.2 Custo de produção de algodão para variedades resistentes à doença azul ...38

6.2 Custo de produção de soja em Rondonópolis (RNP), Sorriso (SO) e Campo Novo do Parecis (CNP) – Segunda fase...40

6.3 Custo de produção de semente de soja em Rondonópolis (RNP) – Segunda fase ....48

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Figura 1. Evolução da produção, importação e exportação mundial de algodão em pluma – 1990/91-2004/05...9 Figura 2. Evolução da produção dos principais países produtores de algodão em pluma no

mundo – 1990/91-2004/05 ...9 Figura 3. Evolução dos preços médios mensais nominais, em termos mundiais, representados

pelo Índice Cotlook A – jul/96-mai/05...10 Figura 4. Evolução da exportação dos principais países exportadores de algodão em pluma no

mundo – 1990/91-2004/05 ...10 Figura 5. Evolução da importação dos principais países importadores de algodão em pluma no

mundo – 1990/91-2004/05 ...11 Figura 6 – Evolução dos estoques de soja nos principais países produtores e no mundo entre

1999 e 2004. ...13 Figura 7. Produção, exportação, importação e consumo de algodão em pluma – Brasil –

1991/92 a 2004/05. ...15 Figura 8 - Quantidade produzida de algodão em pluma nas regiões brasileiras (1.000

toneladas) – 1990/91 a 2004/05...16 Figura 9 - Quantidade produzida de algodão em pluma nos principais estados brasileiros

(1.000 toneladas) – 1990/91 a 2004/05. ...16 Figura 10- Distribuição geográfica da produção brasileira de algodão em caroço – 2003 – em

toneladas ...17 Figura 11- Distribuição geográfica da produção de algodão em caroço no Estado do Mato

Grosso – 2003 – em toneladas...18 Figura 12 - Evolução mensal das cotações do Indicador CEPEA/ESALQ – 8 dias de

pagamento – jun/96 a mai/05 – deflacionado pelo IGP-DI, base mai/05 = 1,00 ...18 Figura 13 – Evolução do suprimento de soja grão no Brasil entre o ano safra 1998/99 e

2003/04 ...21 Figura 14 – Evolução da produção brasileira e dos principais estados produtores de soja entre

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Figura 15 – Evolução da área de produção de soja no Mato Grosso e Paraná entre 1990 e 2004. ...22 Figura 16 – Distribuição geográfica da produção de soja no Brasil – 2003 –em toneladas...23 Figura 17 – Distribuição geográfica da produção de soja nas principais microrregiões do

Estado do Mato Grosso no ano de 2003 – em toneladas...24 Figura 18 - Evolução do indicador mensal real da soja Cepea/Esalq-USP, saca de 60 kg,

referente ao Estado do Paraná (mai/05 = 1.00) ...24 Figura 19 - Evolução mensal da cotação do contrato futuro da soja (1º vencimento) na Bolsa

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Tabela 1 - Taxa anual de crescimento da produção, importação e exportação mundial e da produção dos principais países exportadores de algodão em pluma do mundo – 1990/91-2003/04 ...11 Tabela 2. Quantidade de soja produzida pelos principais produtores mundiais nas safras

2003/04 e 2004/05 – em milhões de toneladas...12 Tabela 3. Consumo da soja no mundo nos últimos cinco anos e para o ano 2004 – em milhões

de toneladas ...13 Tabela 4. Evolução da colheita de algodão no Brasil – safra 2003/04...19 Tabela 5. Custo de produção de algodão nas regiões de Rondonópolis, Campo Novo do

Parecis e Lucas do Rio Verde – MT – safra 2004/05, referência FOB Paranaguá –

levantamento em nov/04...31 Tabela 6. Custo de produção da soja nas regiões de Rondonópolis, Sorriso e Campo Novo do

Parecis – MT – safra 2004/05 – levantamento em mai/05 ...43 Tabela 7. Custo de produção de semente de soja nas regiões de Rondonópolis – safra 2004/05

– levantamento em mai/05...49 Tabela 8. Custos específicos para produção de semente de soja na região de Rondonópolis –

safra 2004/05 – levantamento em maio/05...52 Tabela 9. Determinação do valor de venda bruta do saco de semente de soja de 40Kg na

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O objetivo deste projeto de pesquisa foi analisar a competitividade da produção de algodão e soja no Estado do Mato Grosso, enfocando no custo de produção agrícola na propriedade e no porto (valores FOB), quando possível. Também foi computado o custo da produção de semente comercial de soja. O intuito também foi apontar os principais fatores que contribuem para diferenciação de custos entre essas culturas, destacando os mais e os menos eficientes entre as regiões produtoras. As regiões a serem analisadas são: Rondonópolis (algodão e soja grão e para semente), Lucas do Rio Verde (algodão), Sorriso (soja) e Campo Novo do Parecis (algodão e soja). Os dados são referentes à safra 2004/05.

A informação sobre o custo de produção de uma cultura é uma das mais importantes para qualquer atividade produtiva, sendo fundamental para a tomada de decisão dos agricultores. No setor rural, a discussão sobre custo de produção é bastante relevante, uma vez que pode ter diferentes finalidades, segundo os diversos agentes econômicos envolvidos em sua estimativa. Em geral, o objetivo de cálculo do custo pode servir de base, por exemplo, para subsidiar uma decisão gerencial de curto prazo, propostas ou implementação de políticas agrícolas, para medir a sustentabilidade de um empreendimento agrícola no longo prazo, para medir a capacidade de pagamento de uma lavoura e a viabilidade econômica de uma tecnologia alternativa, entre outras.

Nos últimos anos, tem-se observado um acréscimo expressivo na produção de algodão e da soja no Brasil. Um dos primeiros efeitos desse aumento ocorre nos preços da fibra e do grão. Ao mesmo tempo, o que se observou foram as freqüentes altas nos preços dos insumos de produção. Enquanto variações de preços de mercado estão fora do controle do produtor, este pode melhorar sua perspectiva de rentabilidade da cultura através de melhor controle dos custos de produção. Desta forma, para manter a rentabilidade, os produtores precisam investir em novas tecnologias e em tratamentos que proporcionem menores custos de produção.

Pode-se dizer que a produção de algodão é mais sofisticada, de um modo geral, quando comparada com a de grãos, com exceção de regiões em que se emprega a agricultura familiar, como em alguns estados da região Nordeste do Brasil. Durante todo o ciclo de desenvolvimento da planta, existe a exigência de um rigoroso monitoramento.

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Em termos internacionais, os principais países produtores utilizam o algodão e a soja transgênicos, o que pode implicar em vantagens para o Brasil. Além disso, em países como os Estados Unidos há subsídios ao produtor, tanto para plantio quanto para exportação. Esses aspectos podem interferir direta ou indiretamente nos custos de produção, na oferta do produto, em seus preços de venda e, conseqüentemente, na rentabilidade do produtor.

Atrelado a esse fator, destaca-se o fim das cotas do Acordo Multifibras na cadeia do algodão, onde um novo mapa poderá ser delineado no mundo do ponto de vista do mercado. Como um player mundial, o Brasil precisa se posicionar como fornecedor confiável, firmar contratos antecipados em bom número e prazos com as indústrias, e sempre visar produzir fibra de boa qualidade.

No caso da cultura da soja, o aparecimento recente de fungos, principalmente da ferrugem asiática, está exigindo acompanhamento mais constante da lavoura. Mesmo assim, pode-se dizer que o acompanhamento ainda é em menor intensidade do que ocorre na lavoura do algodão. Até o aparecimento deste fungo, o manejo da cultura da soja concentrava-se basicamente em uma pulverização de herbicida pós-emergente para o controle de plantas daninhas e uma ou duas pulverizações de inseticida para o controle de lagartas e percevejos. Com o surgimento da ferrugem asiática, os sojicultores têm monitorado rigorosamente o aparecimento desse fungo nas lavouras, passando a pulverizar fungicida preventivamente e com a manifestação da doença o número de pulverização pode ultrapassar duas aplicações.

É diante desses aspectos que esse trabalho se insere. Analisou-se a competitividade das principais regiões produtoras e exportadores de algodão em pluma e de soja é de suma importância para entender aspectos a priori e a posteriori do desenvolvimento recente da produção desses produtos na Região Centro-oeste do Brasil.

Além destas considerações iniciais, este trabalho consta de mais cinco seções. Nas segunda e terceira, respectivamente, apresentam-se os objetivos do trabalho e a metodologia utilizada para cômputo do custo de produção nas regiões sob análise. Nesta seção, descreveu-se o método de obtenção das informações e a estrutura de formação do custo. Na descreveu-seção quatro enfatizou-se a evolução da cultura do algodão e da soja no mundo e, na seção cinco, a evolução no Brasil. Posteriormente (seção seis) foi analisado os resultados. Primeiramente serão apresentados os dados de custo de produção de algodão entre as principais regiões

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produtoras do Mato Grosso, e, em seguida, de soja grão e de semente. Nas considerações finais são enfatizados os principais resultados encontrados.

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O objetivo deste projeto de pesquisa foi analisar a competitividade da produção de algodão e soja no Estado do Mato Grosso, com enfoque em seus custos de produção agrícola e Free on Board (FOB) porto, quando possível. O cômputo do custo da produção de semente de soja também foi levado em consideração. O intuito também foi apontar os principais fatores que contribuíram para a diferenciação de custos entre essas culturas, destacando os mais e os menos competitivos entre culturas e regiões produtoras.

2.1 Objetivo específico

Obter o custo de produção agrícola, beneficiamento, transporte e despesas portuárias, para ter como base o custo total de produção agrícola e FOB, do algodão e da soja produzida no Estado do Mato Grosso. Toma-se como referência os valores da safra 2004/05. O objetivo foi de efetuar um levantamento a campo e captar dados referentes às regiões de Rondonópolis (algodão, soja e semente de soja), Sorriso (soja), Lucas do Rio Verde (algodão) e Campo Novo do Parecis (soja e algodão). O período de coleta foi na primeira quinzena do mês de maio, quando já se finalizou a colheita de soja e os custos programados para a finalização da lavoura de algodão.

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Para cumprir os objetivos de levantamento de dados nas regiões selecionadas do Mato Grosso, a metodologia utilizada consistiu em um levantamento de custos de produção das culturas do algodão e da soja, e dos custos e preços ao longo da cadeia produtiva, até a exportação do produto primário, com metodologia uniforme. Há a necessidade de levantamento de dados a campo, com a técnica de coleta de dados chamada de painéis.

Neste sistema, o levantamento das informações do custo foi realizado junto a um grupo seleto de produtores representativos das regiões em estudo. O método de obtenção das informações é caracterizado por reuniões entre pesquisadores, técnicos e produtores. Ressalta-se que a metodologia de painéis vem Ressalta-sendo largamente utilizada nos Estados Unidos pelo Ressalta-seu Departamento de Agricultura, com uma série de propósitos. No próprio CEPEA, instituição executora da presente pesquisa, a metodologia vem sendo utilizada há alguns anos, com resultados bastante satisfatórios.1

No “painel”, os agentes discutem, em conjunto, e procuram desenhar um sistema típico de produção de determinada localidade. Todos os passos do custo são detalhados: os equipamentos, sua potência e consumo de combustível por unidade de tempo; os coeficientes técnicos dos equipamentos, em especial o número de horas necessários por hectare para a realização de determinado trato cultural; os insumos utilizados, com seu princípio ativo, quantidade e preço pago; dentre outros. Durante as discussões, o grupo montará uma planilha de custo que representará uma situação típica da região.

O critério de custo de produção utilizado no estudo foi o do Custo Operacional Total.2 Por este critério estão computados como itens de custo os custos variáveis (insumos, mão-de-obra, combustíveis e manutenção de equipamentos), o custo do financiamento do capital de giro, mais a depreciação de máquinas e equipamentos e o custo do benefício, no caso do algodão, e de estocagem, no caso da soja. Não estão computados, portanto, a remuneração de fatores fixos diversos, como depreciação de instalações diversas, remuneração e o custo de oportunidade do empresário, e outros custos fixos e semifixos, notadamente

1 Mais informações sobre descrição de painel e outras características podem ser verificadas em DEBLITZ, C. The

International Farm Comparison Network (IFCN) - bridging the gap between farmers, science and policy. IFCN-homepage: http://www.fal.de/english/ institutes/bw/ifcn/html/ifcnhome.html; e, DE ZEN & PERES (2002).

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custos administrativos. Contudo, os itens considerados foram bastante característicos aos processos produtivos, e, portanto, menos heterogêneos entre produtores.

O custo das máquinas e implementos foi alocado para a cultura do algodão segundo o tempo que os mesmos foram utilizados nessa lavoura. Por exemplo, é formado o custo da hora de operação de um trator, com seus respectivos implementos e com a mão-de-obra necessária para sua condução. Considera-se o custo de manutenção, depreciação e combustível. Portanto, a metodologia não contempla a sub ou a superutilização das máquinas e equipamentos. Essa é uma forma de homogeneizar o tratamento entre as propriedades, desconsiderando as outras atividades agrícolas que possam existir.

Todos os insumos considerados foram registrados com seus preços de mercado, para pagamento à vista. Para aqueles insumos que representam maiores volumes, como óleo diesel e fertilizantes, incluiu-se o seu custo do frete - “posto na propriedade”.

A mão-de-obra segue o mesmo raciocínio de utilização das máquinas, qual seja o de considerar o tempo que o trabalhador estará se dedicando à lavoura do algodão. Considera-se dois tipos de trabalho: o do empregado fixo e o do chamado temporário. O primeiro recebe salário mensal e todos os encargos devem ser considerados, inclusive eventuais custos com alimentação, alojamento e equipamentos de proteção fornecidos a esses. Os trabalhadores avulsos recebem diárias, que têm um preço fixo. Mais uma vez ressalta-se que essa forma de alocação dos custos independe das outras atividades e também da existência de mão-de-obra super ou sub-dimensionada para a cultura sob análise.

O custo financeiro deve ser incluído em um custo operacional total de produção. Esse seria o custo que o agricultor incorreria com a tomada de financiamento para custeio. No entanto, caso sejam usados apenas recursos próprios, deve ser considerado o custo de oportunidade do capital. Na metodologia proposta, o custo financeiro incide sobre os custos variáveis de produção, passíveis de financiamento público e/ou privado. A taxa de juros deve ser aquela equivalente às das principais linhas de financiamento disponíveis para a atividade.

Deve-se acrescentar também o custo de arrendamento da terra na região em estudo. Caso o agricultor não disponha da terra, terá de arrendá-la, incorrendo com o custo desse arrendamento. Se o agricultor for o proprietário da terra, terá um custo de oportunidade por não estar arrendando-a a outro. É um item importante que deve ser incluído no custo de produção.

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Em termos da sua organização, os dados de custo serão agrupados de acordo com “linhas de custo”, agregando-se sucessivamente itens de forma a se poder desagregar o custo total em termos dos seus componentes. Este sistema favorece a comparabilidade entre os dados, e permite se acomodar tradições diferentes de apurações de custos. Nos Estados Unidos, por exemplo, é tradicional se computar o custo da terra nos custos de produção, o que geralmente não é feito no Brasil. Adicionar estes itens como linhas individuais permite ao analista decidir a respeito de qual o nível de custo enfatizar (por exemplo, incluindo ou não os custos de beneficio, ou da terra).

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4.1 Algodão

É expressivo o aumento da produção mundial de algodão em anos recentes, tendo como suporte as variações positivas no preço mundial, diante do acréscimo no consumo da fibra. Em 1990/91 produzia-se aproximadamente 19 milhões de toneladas, chegando a 20,6 milhões em 2003/04. A expectativa é de que na safra 2004/05 a produção ultrapasse 25 milhões de toneladas, sendo o recorde mundial. Este recorde será corroborado, principalmente, por acréscimos nas produções dos principais produtores mundiais, como China e USA (Figura 1e Figura 2). Entre os anos-safra 1990/91 e 2004/05, a produção mundial cresceu a uma taxa de anual de 1,16% a.a. (Tabela 1).

Em contrapartida, o consumo, que era de 18,6 milhões de toneladas na safra 1990/91, passou para 21,5 milhões na safra 2003/04, podendo chegar a 23,1 milhões de toneladas na safra 2004/05, também um recorde histórico. Nesse período, o consumo cresceu a uma taxa média de 1,35% a.a..

Os impactos da demanda nos preços médios mensais podem ser observados na Figura 3. As cotações apresentaram acréscimos até início de 2004, decrescendo expressivamente a partir daquela data, devido aos acréscimos na produção maiores que no consumo nas duas últimas safras. Considerando o período de jun./99 a fev./05, o menor preço médio mensal, representado pelo Cotlook A, foi de US$ 0,3722/lp em out./01 e, o maior foi de US$ 0,7694/lp, em nov./03 (valores nominais).

Os maiores produtores mundiais, em ordem decrescente, são a China, USA, Índia, Paquistão, Brasil, República do Uzbequistão e Turquia. Esses países deverão representar 80,8% da produção mundial na safra 2004/05. A evolução da produção de cada país pode ser observada na Figura 2.

Na Tabela 1 consta a taxa anual de crescimento da produção dos países supracitados, tomando como base dados do período da safra 1990/91 a 2004/05 (para esta última safra os dados se referiam à perspectiva divulgada pelo USDA). Dentre eles, as maiores taxas foram obtidas pelo Brasil e por Mali (5,96% a.a. e 5,45% a.a., respectivamente), expressivamente maiores do que a dos demais países. Vale destacar que Mali não está entre os maiores produtores, mas sim entre os maiores exportadores, como será visto na Figura 4. Mesmo

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assim, sua expressiva participação no comércio internacional está fortemente atrelada ao crescimento da produção e excedente de mercado interno. A terceira maior taxa foi obtida pela Índia (2,47% a.a.), seguida pelos Paquistão (1,37% a.a.), dos USA (1,21% a.a.), China (1,06% a.a.) e República do Uzbequistão (-3,05% a.a.).

Figura 1. Evolução da produção, importação e exportação mundial de algodão em pluma – 1990/91-2004/05 5.000 6.500 8.000 9.500 11.000 12.500 14.000 15.500 17.000 18.500 20.000 21.500 23.000 24.500 26.000 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05* ano-safra 1000 toneladas

Produção Exportação Importação Consumo ind.

Fonte: National Cotton Council of America (2005) * Previsão

Figura 2. Evolução da produção dos principais países produtores de algodão em pluma no mundo – 1990/91-2004/05 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000 6.500 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05* ano-safra 1000 toneladas

China, Peoples Republic of United States India

Pakistan Brazil Uzbekistan, Republic of

Turkey

Fonte: National Cotton Council of America (2005) * Previsão

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Figura 3. Evolução dos preços médios mensais nominais, em termos mundiais, representados pelo Índice Cotlook A – jul/96-mai/05

35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 ju l/96 ou t/96 ja n/ 97 ab r/ 9 7 ju l/97 ou t/97 ja n/ 98 ab r/ 9 8 ju l/98 ou t/98 ja n/ 99 ab r/ 9 9 ju l/99 ou t/99 ja n/ 00 ab r/ 0 0 ju l/00 ou t/00 ja n/ 01 ab r/ 0 1 ju l/01 ou t/01 ja n/ 02 ab r/ 0 2 ju l/02 ou t/02 ja n/ 03 ab r/ 0 3 ju l/03 ou t/03 ja n/ 04 ab r/ 0 4 ju l/04 ou t/04 ja n/ 05 ab r/ 0 5 Mês Ce nt s de U S $/ lp

Fonte: FAS ONLINE (2005)

Figura 4. Evolução da exportação dos principais países exportadores de algodão em pluma no mundo – 1990/91-2004/05 0 300 600 900 1.200 1.500 1.800 2.100 2.400 2.700 3.000 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05* ano-safra 1000 toneladas

United States Uzbekistan, Republic of Australia Greece Mali Brazil

Fonte: National Cotton Council of America (2005) * Previsão

No comércio internacional, as exportações tiveram um crescimento de 0,92% a.a., enquanto as importações cresceram 0,67% a.a.. Destacam-se como maiores exportadores: os USA, República do Uzbequistão, Brasil, Austrália, Grécia e Mali (Figura 4). As exportações desses países deverão representar 66,4% das exportações mundiais na safra 2004/05.

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Entre os maiores importadores de pluma no mundo, citam-se: a China, Turquia, Indonésia, Paquistão, México e Tailândia (Figura 5). A representação do comércio desses países deverá ser de 56,0% nas importações mundiais da safra 2004/05.

Figura 5. Evolução da importação dos principais países importadores de algodão em pluma no mundo – 1990/91-2004/05 0 150 300 450 600 750 900 1.050 1.200 1.350 1.500 1.650 1.800 1.950 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05* ano 1000 ton métricas

China, Peoples Republic of Turkey Indonesia Pakistan Mexico Thailand

Fonte: National Cotton Council of America (2005) * Previsão

Tabela 1 - Taxa anual de crescimento da produção, importação e exportação mundial e da produção dos principais países exportadores de algodão em pluma do mundo – 1990/91-2003/04

Variáveis Taxa anual de crescimento

Produção total mundial 1,16%

Consumo mundial 1,35%

Importação total mundial 0,67%

Exportação total mundial 0,92%

Produção da China 1,06%

Produção dos USA 1,21%

Produção da Índia 2,47%

Produção do Paquistão 1,37%

Produção do Brasil 5,96%

Produção do Usbequistão -3,05%

Produção de Mali 5,45%

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4.2 Soja

A produção mundial da soja foi de 228 milhões de toneladas no ano de 2004, cerca de 20,5% superior em relação ao ano anterior. A supersafra mundial foi motivada pelo aumento recorde da produção de soja norte-americana e brasileira. Na safra 2004/05, a produção norte-americana foi de 85,5 milhões de toneladas, aumento de cerca de 10,75% em relação à safra 2003/04. Já a produção brasileira foi estimada em 53,4 milhões de toneladas para a safra 2004/05, cerca de 7,27% melhor que a safra passada (Tabela 2).

Tabela 2. Quantidade de soja produzida pelos principais produtores mundiais nas safras 2003/04 e 2004/05 – em milhões de toneladas –, e participação sobre a mundial

2003 2004 Var (04/03) % (2004) Eua 77,2 85,5 10,75% 37,50% Brasil 49,8 53,4 7,27% 23,42% China 16,5 18,5 12,12% 8,11% Argentina 39,0 39,0 0,00% 17,11% Outros 7,0 31,6 350,14% 13,86% Mundo 189,5 228,0 20,32% 100,00%

Fonte: USDA, Conab e Sagypa

Os principais consumidores de soja do mundo são EUA, Brasil, China, Argentina e União Europeia. Os EUA , Brasil, Argentina e União européia são grande consumidores de soja grão para produção de farelo e óleo. Já a China, além da produção de farelo e óleo também é uma grande consumidora de soja em grão (Tabela 3).

Os países que apresentaram um grande crescimento no consumo de soja em grão são Brasil, China e Argentina. O aumento no consumo da soja em grão no Brasil de 38% e na Argentina de 26,3% no ano de 2004 em relação ao consumo médio dos cinco anos, deve-se à instalação de novas unidade de processamento, bem como aumento da capacidade de esmagamento de algumas unidades existentes. Quanto à China, deve-se a instalação de novas unidades de processamentos (Tabela 3).

Com a supersafra mundial, a quantidade estocada de soja também aumentou. No ano de 2004, o estoque mundial ficou em torno de 51,5 milhões de toneladas, cerca de 38% superior ao ano passado. Brasil e Argentina são responsáveis por 74,5% dos estoques da safra 2004/05. O Brasil aumentou a quantidade de soja estocada em 35,1%, passando de 15,9

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milhões para 21,6 milhões de toneladas no ano de 2004. A Argentina estocou cerca de 16,8 milhões de toneladas, 27,3% maior que o ano de 2003 (Figura 6).

Tabela 3. Consumo da soja no mundo nos últimos cinco anos e para o ano 2004 – em milhões de toneladas

Países Média dos últimos 5 anos 2004/05 Var

EUA 43,91 43,95 0,1% Brasil 25,11 34,65 38,0% China 21,37 27,8 30,1% Argentina 20,75 26,2 26,3% EU-25 15,08 15,5 2,8% Índia 4,55 5,95 30,8% México 4,32 4,67 8,1% Japão 3,85 3,88 0,8% Taiwan 2,12 2,15 1,4% Canadá 1,68 1,8 7,1% Paraguai 1,05 1,65 57,1% Outros 9,66 11,63 20,4% Total 154,06 179,83 16,7%

Fonte: USDA (www.fas.usda.gov)

Figura 6 – Evolução dos estoques de soja nos principais países produtores e no mundo entre 1999 e 2004. 0 5000 10000 15000 20000 25000 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 (p) 2004/05 (f) M il t one la da 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 M il t one la da EUA Brasil Argentina China Mundo

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5 Panorama setorial no Brasil

5.1 Algodão

Em termos de Brasil, a produção de algodão perdeu área e produção em montantes reconhecidamente elevados até a safra 1997/98, quando então passou a apresentar sinais de recuperação. O consumo apresentou-se em níveis superiores à produção até a safra 2000/01. Naquela época, a indústria abastecia-se do produto importado mais barato que o nacional, favorecido por linhas de financiamento de longo prazo e baixas taxas de juros, além de subsidiado na origem. A partir disso, mudanças significativas ocorreram na cotonicultura nacional, impactando de forma expressiva sua estrutura, que, por sua vez, passou por um processo de profundas modificações. Atualmente, a produção interna gera excedente de exportação considerável, diante de acréscimos expressivos na produção, e de consumo relativamente estabilizado por parte das indústrias têxteis situadas em território nacional. Dessa forma, o Brasil é considerado tanto um grande produtor como grande exportador mundial de algodão.

As mudanças proporcionaram, de um lado, a ameaça daquela cotonicultura que atendia a um paradigma produtivo tradicional, tal seja, intensiva em mão-de-obra e, muitas vezes, pouco tecnificada. De outro, passou a ocorrer o desenvolvimento relativamente recente da “cotonicultura empresarial” – abrangendo áreas principalmente na região Centro-Oeste do país e em algumas outras regiões, como a Sudeste (Minas Gerais) e Norte (Bahia), a qual é praticada em grandes extensões, capitalizada e tecnificada. Dessa forma, pode-se dizer que está ocorrendo um novo delineamento no mapa da produção interna de algodão, com a expansão da área e produção por parte de grandes produtores em regiões onde o relevo permite a disseminação do sistema de produção mecanizado em todas as etapas, do plantio à colheita.

Foi a partir da safra 1997/98 que a quantidade produzida e a área colhida com algodão passaram a mostrar sinais de recuperação, alcançando o maior nível histórico na safra 2003/04. Com o aumento da produção interna e conseqüente geração de excedentes exportáveis, a importação passou a apresentar queda e a exportação, por sua vez, acréscimos a cada ano. Essa evolução pode ser visualizada na Figura 7. Em termos gerais, o consumo de fibra não acompanhou a queda da oferta interna e manteve seu nível médio, passando a

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indústria a se abastecer do produto importado.

Pode-se visualizar regionalmente a produção nacional conforme os dados apresentados na Figura 8 e, em termos estaduais, na Figura 9. Observa-se a expressiva perda de representatividade principalmente dos Estados de São Paulo e Paraná e ganhos do Estado do Mato Grosso. Geograficamente, as principais microrregiões produtoras de algodão no Brasil podem ser observadas na Figura 10. A principais microrregiões produtoras do Estado do Mato Grosso são destacadas na Figura 11.

Figura 7. Produção, exportação, importação e consumo de algodão em pluma – Brasil – 1991/92 a 2004/05. 0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1000,00 1200,00 1400,00 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04* 2004/05* ano-safra 1000 t

PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO CONSUMO EXPORTAÇÃO Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (2005). * Estimativa / Previsão.

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Figura 8 - Quantidade produzida de algodão em pluma nas regiões brasileiras (1.000 toneladas) – 1990/91 a 2004/05. -200,0 400,0 600,0 800,0 1.000,0 1.200,0 1.400,0 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/2000 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04* 2004/05* ano-safra 1000 t

NORTE/NORDESTE CENTRO-OESTE SUL/SUDESTE BRASIL Fonte: CONAB (2005). * Estimativa / Previsão

Figura 9 - Quantidade produzida de algodão em pluma nos principais estados brasileiros (1.000 toneladas) – 1990/91 a 2004/05. -50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 550,0 600,0 650,0 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/2000 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04* 2004/05* ano-safra 1000 t BA MT MS GO MG SP PR

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Figura 10- Distribuição geográfica da produção brasileira de algodão em caroço – 2003 – em toneladas

Fonte: IBGE (2005)

Na Figura 12, consta a evolução mensal do Indicador CEPEA/ESALQ em termos reais (deflacionado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI, base março/05 = 1,00), entre jun./96 e mar./05, o qual é o parâmetro de preços médios para o mercado brasileiro. Observam-se cotações decrescentes até o segundo semestre de 2001, seguido por acréscimos até início de 2004 e decréscimos nos períodos seguintes. Os acréscimos de preços ocorreram no período em que a produção interna estava crescendo, mas o acesso ao mercado externo começou a se intensificar, conforme visto na Figura 7. No entanto, as quedas nas cotações no final do período apresentado estão correlacionadas à concretização de safra 2003/04 recordes, tanto no contexto nacional quanto mundial, e expectativa de produções ainda maiores na safra 2004/05.

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Figura 11- Distribuição geográfica da produção de algodão em caroço no Estado do Mato Grosso – 2003 – em toneladas

Fonte: IBGE (2005)

Figura 12 - Evolução mensal das cotações do Indicador CEPEA/ESALQ – 8 dias de pagamento – jun/96 a mai/05 – deflacionado pelo IGP-DI, base mai/05 = 1,00

1,10 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60 Janei ro Fe ve iro Ma rç o Ab ril Ma io Junho Ju lh o A gos to Se te m br o O ut ubro No ve m br o De ze m br o R$ /lp 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: CEPEA/ESALQ/USP (2005)

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Em termos de época de plantio e colheita, no Brasil há uma grande diferença regional. O plantio de algodão se inicia pelos estados da região Centro-Sul, especificamente pelos estados do Paraná e São Paulo, sul do Mato Grosso de Sul e Norte de Minas Gerais, os quais plantam entre os meses de outubro e início de dezembro. Entre os meses de novembro e dezembro, o plantio se estende para o Estado de Goiás, oeste e região do triângulo de Minas Gerais e para a Bahia. Em dezembro também ocorre o plantio no norte do Mato Grosso do Sul, inicia no Mato Grosso, o qual se estende até fevereiro, nas regiões onde ocorre o plantio de algodão de safrinha. Nos meses de janeiro e fevereiro ocorre o plantio do algodão irrigado na Bahia. Esse também é o período em que ocorre o plantio nos demais estados da região Nordeste do país.

Com estas épocas de plantio, a colheita passa a ocorrer entre os meses de março e setembro de cada ano. Especificamente para safra 2003/04, a evolução da colheita pode ser analisada na Tabela 4, onde se observa que a concentração ocorreu nos meses de junho e julho.

Tabela 4. Evolução da colheita de algodão no Brasil – safra 2003/04.

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5.2 Soja

A produção de soja no Brasil no ano de 2004 foi estimada em 53,4 milhões de toneladas (Conab, 2005). O destino da oleaginosa é basicamente para exportação e produção de farelo e óleo.

No ano de 2003, a quantidade total ofertada (produção, importação e estoque) no mercado doméstico foi de 54,75 milhões de toneladas. Desse total, 31, 4 milhões de toneladas foi para o consumo interno, que representou aproximadamente 57,3% do montante total. Outros 21 milhões de toneladas foram exportados (38,4% da oferta).

Na Figura 13, observa-se a evolução do suprimento da soja no Brasil. A exportação de soja em grão cresceu 135,5%, passando de 8,9 milhões de toneladas para 21 milhões de toneladas entre 1998 e 2003. O consumo interno aumentou 40,8%, passando de 22,3 milhões de toneladas para 31,4 milhões de toneladas.

Conforme apresentado, a produção de soja brasileira cresceu significativamente nos últimos anos. Esse acréscimo da produção foi motivado, entre outros fatores, pelo domínio da tecnologia de plantio direto, pelo melhoramento genético, pela disponibilidade de mão-de-obra, pela disponibilidade de terra agricultável no centro-oeste, investimento da iniciativa privada no processo de comercialização, pelo financiamento dos insumos das agroindústrias e pela desvalorização cambial. Esses fatores motivaram o crescimento na produção de soja em 110,10%, passando de 15,4 milhões de toneladas para 32,34 milhões entre 1990 e 1999. Essa evolução anual e a maior participação dos estados da região Centro-oeste do país são apresentados na Figura 14.

Além disso, outro fator que viabilizou e acelerou o crescimento da produção brasileira foi a desvalorização do Real face ao dólar americano. O produto nacional tornou-se mais competitivo no mercado internacional, novos mercados foram acessados e houve melhora na remuneração do produtor, pois como a formação do preço nacional normalmente é feito com base nas cotações da Bolsas de Futuro americano, a conversão em Real favorecia o produtor nacional. Na Figura 14, observa-se que o crescimento da produção nacional foi de 53,87% entre 1999 e 2003, passando de 32,34 milhões de toneladas para 49,77 milhões. Novamente, é expressiva a correlação entre o crescimento da produção brasileira e a dos estados de Mato Grosso, Paraná e Goiás.

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Figura 13 – Evolução do suprimento de soja grão no Brasil entre o ano safra 1998/99 e 2003/04 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 Mi l t o n e la d a

Estoque Inicial Produção Importação Consumo Exportação Estoque Final

Fonte: Conab (www.conab.gov.br)

Na Figura 14, observa-se que os estados do Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás são os principais estados produtores do Brasil. O Mato Grosso participou com 30,2% da produção nacional no ano de 2003 e o Paraná com 20,2%. Analisando os dois maiores estados em termos de produção, tem-se que a produção do Estado do Mato Grosso cresceu 173,66% entre 1990 e 1998 e 77,49% entre 1999 e 2003. Já o Paraná aumentou sua produção 113,5% entre 1990 e 1998 e 40,68% entre 1999 e 2003. A partir do ano de 2003, o Mato Grosso passou a ser o principal produtor nacional de soja (Figura 14 e Figura 15). Na Figura 16, observa-se a distribuição geográfica das principais microrregiões produtoras de soja no Brasil. Já na Figura 17 enfatiza-se as principais regiões produtoras do Estado do Mato Grosso, justificando o levantamento de custo em Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Campo Novo do Parecis.

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Figura 14 – Evolução da produção brasileira e dos principais estados produtores de soja entre 1990 e 2004 -10.000,0 20.000,0 30.000,0 40.000,0 50.000,0 60.000,0 70.000,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 M il to nel a das MT PR RS GO MS MG Outros

Fonte: Conab (www.conab.gov.br) – Levantamento de Fevereiro de 2005.

Figura 15 – Evolução da área de produção de soja no Mato Grosso e Paraná entre 1990 e 2004. 1.000,0 2.000,0 3.000,0 4.000,0 5.000,0 6.000,0 7.000,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 H e ct ar e MT PR

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Figura 16 – Distribuição geográfica da produção de soja no Brasil – 2003 –em toneladas

Fonte: IBGE (2005)

Apesar do grande crescimento da cultura soja no Brasil, os produtores rurais estão enfrentando novos desafios, principalmente aqueles relacionados ao ataque da ferrugem asiática e aumento no preço dos insumos, cujos fatores favorecem o acréscimo no custo de produção agrícola. Além disso, com a desvalorização do dólar frente a maioria das moedas mundiais, a cotação da soja no mercado internacional têm apresentado decréscimos expressivos, impactando direta ou indiretamente as cotações nacionais, que por sua vez tende a reduzir a rentabilidade do produtor. A evolução das cotações no mercado interno e externo pode ser analisada na Figura 18 e Figura 19, respectivamente. O preço doméstico tem forte influência do mercado internacional, assim uma variação na cotação futura na bolsa de Chicago (Chicago Board of Trade - CBOT) e na taxa de câmbio ter-se-á oscilação no preço do mercado doméstico.

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Figura 17 – Distribuição geográfica da produção de soja nas principais microrregiões do Estado do Mato Grosso no ano de 2003 – em toneladas

Fonte: IBGE (2005)

Figura 18 - Evolução do indicador mensal real da soja Cepea/Esalq-USP, saca de 60 kg, referente ao Estado do Paraná (mai/05 = 1.00)

25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 55,00 60,00 65,00 ju l/9 7 nov /9 7 ma r/ 98 ju l/9 8 nov /9 8 ma r/ 99 ju l/9 9 nov /9 9 ma r/ 00 ju l/0 0 nov /0 0 ma r/ 01 ju l/0 1 nov /0 1 ma r/ 02 ju l/0 2 nov /0 2 ma r/ 03 ju l/0 3 nov /0 3 ma r/ 04 ju l/0 4 nov /0 4 ma r/ 05 R $/s c d e 60 K g Fonte: Cepea (2005)

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Figura 19 - Evolução mensal da cotação do contrato futuro da soja (1º vencimento) na Bolsa de Chicago (CBOT) e taxa de câmbio – jul/97 a mai/05.

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 ju l/9 7 jan/ 98 ju l/9 8 jan/ 99 ju l/9 9 jan/ 00 ju l/0 0 jan/ 01 ju l/0 1 jan/ 02 ju l/0 2 jan/ 03 ju l/0 3 jan/ 04 ju l/0 4 jan/ 05 U S $ / s c de 60k g 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 R$ / US $

cbot US$/sc R$/US$

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Os dados aqui apresentados, se referem à segunda etapa de um projeto mais amplo. Num primeiro momento, foram levantados qual era a perspectiva de custo de produção de soja e algodão nas principais regiões produtoras do Estado do Mato Grosso. O levantamento para essa finalidade ocorreu em nov/04, cujos resultados foram apresentados numa versão do relatório anterior à esta que esta. A segunda etapa, refere-se aos gastos efetivamente realizados nessas culturas durante todo o processo produtivo. Para isso, os painéis em cada região ocorreram na primeira quinzena de mai/05, num momento em que já havia sido finalizada colheita de soja e estava para se iniciar a de algodão, ou seja, mesmo aqueles custos que ainda não haviam sidos aplicados à cultura, pelo menos estava programado para ocorrer.

A análise dos resultados da pesquisa foi dividida por cultura, enfatizando as regiões, tentando facilitar o entendimento dos aspectos produtivos de algodão e soja e as principais diferenças entre os mesmos. Primeiramente, analisar-se-á o custo de produção de algodão nas regiões de Lucas do Rio Verde (LRV), Campo Novos do Parecis e Rondonópolis. Em seguida, se apresenta a descrição do custo de produção da soja para as região de Sorriso (SO), Campo Novo do Parecis (CNP) e Rondonópolis (RNP). Para cada cultura, busca-se destacar a região mais e a menos eficiente. Por fim, será apresentado o custo de produção de semente comercial de soja.

6.1 Custo de produção de algodão em Rondonópolis (RNP), Lucas do Rio Verde (LRV) e Campo Novo do Parecis (CNP) – Segunda fase

Nesta seção, analisar-se-ão os aspectos do custo de produção de algodão nas regiões mato-grossenses, tomando como base os dados do período pós colheita, ou seja, após a realização dos custos. Especificamente no caso do algodão, ainda haviam alguns custos que seriam aplicados à cultura nos períodos posteriores à época de levantamento dos dados, como dessecação e todos os gastos que envolvem o período de colheita e beneficiamento da pluma. Como há necessidade de um bom planejamento nesta cultura, os produtores e técnicos já tinham em mãos uma descrição de quais seriam os custos envolvidos nesta etapa da produção.

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Como na primeira etapa, os painéis foram realizados nas regiões de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Campo Novo do Parecis. O período de coleta dos dados foi de 17 a 21 de maio de 2005. Assim, os dados corresponderam àqueles custos envolvidos na safra 2004/05.

Nesta etapa do trabalho, como já citado anteriormente, o objetivo foi a confirmação da previsão que os produtores tinham quanto à produtividade e custos envolvidos com a cultura. Pode-se dizer que em termos gerais a realização dos painéis ocorreram de forma satisfatória, principalmente devido à boa organização dos painéis, mérito dos sindicatos rurais envolvidos e da equipe da Famato. No entanto, o bom nível e qualificação dos participantes foram fatores primordiais para a boa coleta das informações.

Em comparação com a primeira etapa, não houve alteração na propriedade típica considerada em cada região. Em RNP, os participantes do painel afirmaram que as fazendas que plantam algodão geralmente possuem 5.600 ha de área total, distribuído entre 3.000 ha de algodão, 2.000 ha de soja e 600 ha com outras culturas (milheto e milho). Para LRV, apontou-se como propriedade típica aquelas com 2.600 hectares, plantando 2.000 ha de soja e 600 ha de algodão. Para CNP, a propriedade típica é a de 2.500 ha, sendo 2.000 ha com soja e 500 ha com algodão.

Nas regiões de RNP e CNP a totalidade do algodão plantado foi no sistema semidireto, na palha, ou seja, faz-se plantio de cobertura verde, com milheto, no período que antecede o plantio de algodão. Em LRV, o algodão é plantado após a colheita de soja, entre janeiro e fevereiro de cada ano, chamado por alguns de algodão “safrinha”. Em todas as regiões, podem-se plantar variedades resistentes ou suscetíveis à doença azul, sendo que mais de 80% das áreas de algodão das regiões de RNP e CNP é composta por variedades suscetíveis. Em CNP, esse percentual chega a 90%. Em RNP e LRV, as variedades suscetíveis mais plantadas são a FMX 966, a ITA 90 e a AK90. Entre as variedades resistentes plantadas nestas regiões, destacam-se a Cedro e a Delta Opal. Em CNP, as variedades suscetíveis mais plantadas são a FMX 966 e Codetec 406. Entre as resistentes, também estão a Cedro e a Delta Opal.

As etapas de preparo do solo e plantio descritos na primeira etapa foram confirmados neste último levantamento. Com exceção de LRV, que normalmente efetua o plantio de algodão na palhada da soja, no sistema caracterizado como plantio direto, nas regiões de CNP

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e RNP geralmente se utilizam os mesmos sistemas produtivos. Para o preparo do solo e plantio, a primeira etapa utilizada foi a manutenção de terraço, onde a região de RNP tenta abaixa-los, pois geralmente os erguem para plantio da soja, que antecede a do algodão, num sistema de rotação de culturas. A etapa posterior foi a de aplicação de calcário. Para descompactar o solo faz-se uma subsolagem, passando uma grade pesada (discos de 30” a 32”) e duas grade niveladora, ou uma niveladora e uma grade média (discos de 28”). Com estes processos, a área estará pronta para receber a semente de milheto, que será incoRNPorada com uma grade niveladora.

Neste momento já se iniciam os tratos culturais, com a aplicação de fertilizante para o milheto, e herbicida para controlar plantas daninhas de folha larga. Aproximadamente sessenta dias após o plantio do milheto ele é dessecado, e após trinta dias se inicia o plantio de algodão. O dessecamento nesse período ocorre em função da planta estar em seu período máximo de acúmulo de nutrientes. Já o plantio após trinta dias, está atrelado ao fato da planta estar em seu “vazio sanitário”, ou seja, um ambiente em que não há condições adequadas para o desenvolvimento de insetos e/ou pragas que possam prejudicar o algodoeiro. Além disso, trinta dias após o dessecamento a palhada do milheto estará adequadamente seca, facilitando o plantio.

Os processos de colheita e beneficiamento, que são todos mecanizados, não se diferenciam entre as regiões. Além disso, como citado nas seções anteriores, nestas regiões a maior parte da comercialização do algodão em pluma é realizada pelos próprios produtores.

Posto esses aspectos, analisar-se-ão os subgrupos dos custos de produção de algodão em RNP e CNP e LRV, comparando-se as regiões tanto entre plantio de variedades suscetíveis quanto de variedades resistentes à doença azul. Estes dados estão apresentados na Tabela 5.

Em termos gerais, as principais diferenças em relação ao primeiro levantamento, de perspectivas de custos e produção, as principais diferenças nesta segunda etapa ocorreram na produtividade obtida e nos preços médios de venda. As aplicação de defensivos também sofreram alterações. Na tomada de decisão do plantio, já se tinha uma perspectiva de que os preços estariam expressivamente menores na época de colheita. Contudo, a maior oferta mundial, principalmente, fez com que os preços caíssem aos menores patamares reais dos últimos oito anos. Além disso, fatores climáticos contribuíram para que a produtividade

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também apresentasse decréscimos expressivos, principalmente na região de Rondonópolis, tanto de algodão quanto de soja.

6.1.1 Custo de produção de algodão para variedades suscetíveis à doença azul

No cômputo do custo de produção de algodão para variedades suscetíveis à doença azul, considerou-se uma produtividade de 3.300 kg/ha em LRV, 3.900 em CNP e 3.750 em RNP. Observa-se, assim, que a região de CNP foi a mais produtiva dentre as analisadas, com diferença de 18% em relação a LRV e de 4% em relação a RNP.

Ao analisar separadamente cada item do custo de produção, observa-se que no preparo do solo a região de RNP apresentou um custo 43% maior do que CNP. Em LRV não há esses custos. A diferença de custo desfavorável a RNP, comparativamente a CNP, deve-se ao maior custo na maioria das operações que engloba este item. A região de RNP apresenta competitividade no custo da mão-de-obra e desvantagem no custo por hora de máquinas e equipamentos. Além disso, há maior gasto de tempo para a execução da maioria das operações. No caso do maior custo da hora trabalhada das máquinas e equipamentos, a justificativa está no maior porte dos mesmos. Ao contrário do esperado, o maior custo de manutenção, depreciação e consumo de combustível não foi compensada, na maioria dos processos, pelo menor tempo gasto em suas operações. Observa-se que a participação do preparo do solo no custo total em CNP é de 3,7% e em RNP de 4,1%.

No item plantio de algodão, ao contrário do primeiro levantamento, os custos monetários estão muitos próximos entre as regiões. No entanto, na região de RNP, gasta-se mais tempo na operação, proporcionando que seu custo seja ligeiramente maior que nas demais regiões, sendo 6% maior que em LRV e 4% maior que em CNP. A quantidade de máquinas e equipamentos e de mão-de-obra envolvidos na operação foram maiores nas regiões de CNP e de LRV, mas apresentam menor tempo na operação, ganhando competitividade. O menor tempo deve-se à utilização de plantadeiras de maior porte.

Nos gastos com insumos, observa-se a pequena participação do custo da semente de milheto sobre o custo total em todas as regiões. Na região de LRV não há esse gasto, enquanto na região de CNP se planta milheto em apenas 20% da área de algodão. Em RNP, em praticamente 100% da área se faz cobertura verde.

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A quantidade utilizada de semente de algodão em RNP é de 13 kg/ha, enquanto nas demais regiões apenas 12 kg/ha. No entanto, o preço de aquisição foi menor em RNP do que nas demais regiões. Esse contexto faz com que a participação desse item sobre o custo total seja menor em RNP, seguido de CNP e de LRV. O gasto com semente em LRV é 34% maior que em CNP e 62% maior que em RNP. Já o custo de CNP é 21% maior que o de RNP.

É expressiva, em todas as regiões, a participação dos gastos com adubos e corretivos. Em RNP, a quantidade de corretivo utilizada foi de 500 quilos, enquanto em CNP foi de 1.000 quilos, além 100 quilos de cloreto de potássio (KCL). Em LRV não se considerou a aplicação de corretivos. A adubação no plantio correspondeu a 500 quilos nas regiões de CNP e de LRV, e de 450 quilos em RNP. A formulação utilizada em cada região foi diferente, sendo de 08-24-12 em LRV, 04-20-08-24-12 em RNP e 05-25-10, mais micronutrientes em CNP. Em RNP, também foi utilizada uma aplicação de super fosfato simples, na quantidade de 300 quilos por hectare. Na cobertura, as regiões de RNP e de LRV fizeram em duas vezes, enquanto CNP fizeram três aplicações. Em RNP as duas aplicações foram com a formulação 20-00-20. Em LRV, foi uma de 20-00-20 e uma de uréia. Já em CNP, foram duas de 20-00-20, acrescido de boro, e uma de adubação foliar, envolvendo, neste caso, 10 gramas de uréia foliar, 2 kg de ácido bórico e um litro de Manganês.

A utilização de adubos e corretivos teve maior peso sobre o custo total na região de CNP, seguido de LRV e de RNP. Contudo, RNP gasta 18% a mais que LRV e 7% a mais que CNP. Já CNP tem um custo monetário 10% maior que LRV.

Nos gastos com herbicidas, não há muitas diferenças entre os produtos utilizados entre as regiões, assim como nas dosagens. Entre as diferenças está a maior mistura de produtos na região de CNP, principalmente nas operações de pós-emergentes, de jato dirigido e de desfoliante, comparativamente à demais. São essas composições, aparentemente, que faz com que a região de CNP tenha um custo expressivamente menor que as demais, assim como menor participação desse item sobre o custo total. O menor gasto total da região de LRV é justificada principalmente pela não necessidade de dessecação de milheto e de manejo. Os dados mostram que os gastos com herbicida na região de LRV é 107% e 112%, maiores que os valores de CNP e de RNP, respectivamente.

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31 Tabela 5. Custo de produção de algodão nas regiões de Rondonópolis, Campo Novo do Parecis e Lucas do Rio Verde – MT – safra

2004/05, referência FOB Paranaguá – levantamento em nov/04

Lucas do Rio Verde Campo Novo do Parecis Rondonópolis

Descrição Var. suscetíveis Var. resistentes Var. suscetíveis Var. resistentes Var. suscetíveis Var. resistentes Produtividade - em caroço (kg/ha) 3.300,00 3.150,00 3.900,00 3.600,00 3.750,00 3.500,00 Produtividade liquida - em pluma (kg/há) - sem

FUNRURAL 1.257,40 1.231,02 1.466,97 1.389,29 1.392,23 1.299,41

Sistema de plantio Semi-direto Semi-direto Semi-direto Semi-direto Semi-direto Semi-direto Tipo de colheita Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica

R$/ha Part. R$/ha Part. R$/ha Part. R$/ha Part. R$/ha Part. R$/ha Part.

Item de custo Insumos Semente de milheto 0,80 0,0% 0,80 0,0% 6,25 0,1% 6,25 0,1% Adubos e corretivos 885,00 21,6% 885,00 21,6% 974,80 22,4% 974,80 23,9% 1.043,41 18,8% 1.043,41 20,2% Herbicidas 592,07 14,4% 592,07 14,5% 286,13 6,6% 286,13 7,0% 664,04 12,0% 664,04 12,8% Inseticidas 479,90 11,7% 452,30 11,1% 880,40 20,2% 625,65 15,3% 1.123,05 20,3% 823,05 15,9% Fungicidas 176,16 4,3% 189,60 4,6% 247,18 5,7% 254,58 6,2% 213,50 3,9% 266,00 5,1% Semente de algodão 94,80 2,3% 102,70 2,5% 70,91 1,6% 82,73 2,0% 58,50 1,1% 67,50 1,3% Outros1 51,00 1,2% 61,60 1,5% 104,73 2,4% 135,93 3,3% 75,30 1,4% 96,80 1,9% Sub-total 2.278,92 55,6% 2.283,26 55,8% 2.564,95 59,0% 2.360,62 57,8% 3.184,05 57,4% 2.967,05 57,4%

Operações mecânica e manual

Preparo do solo 160,69 3,7% 160,69 3,9% 230,50 4,2% 230,50 4,5% Plantio de algodão 68,63 1,7% 68,63 1,7% 70,38 1,6% 70,38 1,7% 72,99 1,3% 72,99 1,4% Tratos culturais 337,20 8,2% 324,85 7,9% 256,51 5,9% 248,42 6,1% 408,00 7,4% 399,98 7,7% Pragueiro 51,00 1,2% 51,00 1,2% 41,18 0,9% 41,18 1,0% 38,40 0,7% 38,40 0,7% Colheita 394,89 9,6% 393,92 9,6% 347,92 8,0% 346,00 8,5% 478,96 8,6% 473,90 9,2% Destruição de soqueira 28,06 0,7% 28,06 0,7% 15,46 0,4% 15,46 0,4% 24,05 0,4% 24,05 0,5% Sub-total 879,77 21,5% 866,46 21,2% 892,15 20,5% 882,14 21,6% 1.252,89 22,6% 1.239,82 24,0% Serviços Beneficiamento 257,40 6,3% 252,00 6,2% 300,30 6,9% 284,40 7,0% 245,02 4,4% 234,71 4,5% Custo de classificação 13,43 0,3% 17,01 0,4% 8,78 0,2% 8,32 0,2% 5,18 0,1% 4,96 0,1% Sub-total 270,83 6,6% 269,01 6,6% 309,08 7,1% 292,72 7,2% 250,20 4,5% 239,67 4,6% Arrendamento 276,60 6,7% 276,60 6,8% 165,96 3,8% 165,96 4,1% 308,70 5,6% 308,70 6,0% Capital de giro 339,09 8,3% 339,69 8,3% 396,74 9,1% 365,20 8,9% 473,37 8,5% 344,86 6,7% Assistência técnica 55,59 1,4% 55,43 1,4% 19,66 0,5% 18,51 0,5% 74,94 1,4% 71,33 1,4%

Custo Operacional Total (COT1) 4.100,80 100,0% 4.090,45 100,0% 4.348,54 100,0% 4.085,14 100,0% 5.544,15 100,0% 5.171,42 100,0% continua

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continuação Lucas do Rio Verde Campo Novo do Parecis Rondonópolis

Descrição Var. suscetíveis Var. resistentes Var. suscetíveis Var. resistentes Var. suscetíveis Var. resistentes

Custo unitário na fazenda

Custo operacional líquido (R$/kg) - sem FUNRURAL 3,26 3,32 2,96 2,94 3,98 3,98 Custo operacional líquido (R$/lp) – sem FUNRURAL 1,4793 1,5072 1,3446 1,3338 1,8063 1,8052

Margem na fazenda

Preço médio de venda interna (R$/lp) 1,2895 1,2895 1,2678 1,2678 1,3000 1,3000 Margem sobre o COT1 (R$/lp) -0,1898 -0,2177 -0,0768 -0,0660 -0,5063 -0,5052 Margem sobre o COT1 (R$/ha) -526,27 -590,91 -248,47 -202,16 -1.554,05 -1.447,32

Produção de nivelamento

Produtividade de nivelamento - pluma (kg/ha) 1.442,52 1.438,88 1.555,87 1.461,62 1.934,46 1.804,41 Produtividade de nivelamento (kg/ha) 3.807,31 3.837,02 4.085,73 3.877,53 5.054,56 4.762,46

Acréscimo de produtividade 13,3% 17,9% 4,5% 7,2% 25,8% 26,5%

R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha

Item de custo

Custo do frete até o porto 289,20 283,13 337,40 319,54 278,45 259,88

Custo Operacional Total (COT2) 4.390,00 4.373,59 4.685,94 4.404,68 5.822,59 5.431,30

Custo unitário no porto de Paranaguá

Custo operacional líquido (R$/kg) - sem FUNRURAL 3,49 3,55 3,19 3,17 4,18 4,18 Custo operacional líquido (R$/lp) - sem FUNRURAL 1,5837 1,6115 1,4489 1,4381 1,8970 1,8960

Margem no Porto

Paridade de exportação (R$/lp) 1,3431 1,3431 1,3431 1,3431 1,3431 1,3431 Margem sobre o COT2 (R$/lp) -0,2406 -0,2685 -0,1059 -0,0950 -0,5540 -0,5529 Margem sobre o COT2 (R$/ha) -666,96 -728,65 -342,40 -291,11 -1.700,35 -1.583,87

Fonte: Dados de pesquisa

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Em inseticidas, a vantagem é para a região de LRV. Em geral, cada região utilizou 12 marcas de inseticidas diferentes. Contudo, a vantagem de LRV foi, principalmente, na menor dosagem de cada produto, enquanto a desvantagem de RNP foi devido ao maior uso dos produtos. Os preços de aquisições são fatores secundários na explicação das diferenças entre as regiões. Em termos monetários, a região de CNP gasta 83% a mais que a região de LRV, enquanto RNP possui um custo 134% maior que a de LRV. A região de RNP também gasta 28% a mais que a região de CNP. Contudo, o item inseticida tem praticamente a mesma importância nas regiões de RNP e de CNP. Na região de LRV a participação foi menor.

Praticamente esse mesmo contexto foi observado no item fungicida, mas agora é a região de CNP que apresenta o maior peso sobre o custo total (5,7%), enquanto na região de LRV a participação foi de 4,3% e em RNP, de 3,9%. O custo de CNP é 40% maior que o de LRV e 16% maior que o de RNP. Já o valor monetário de RNP é 21% maior que o de LRV. Comparativamente à LRV, as demais regiões utilizam maiores quantidades de produtos e, conseqüentemente, misturas dos mesmos em cada aplicação. Nestas regiões, além da quantidade maior de produto, há casos de aplicação de fungicida com custo maior ao utilizado em LRV.

No cômputo dos gastos com regulador de crescimento, óleos mineral e vegetal e espalhante adesivo, observa-se que seus valores não podem ser desconsiderados devido sua participação sobre o custo total, principalmente os valores das regiões de CNP e RNP, cujo peso sobre o custo total é superior, por exemplo, que o observado no gasto com semente.

Na parte de insumos, conforme os dados apresentados na Tabela 5, estão os maiores custos da produção de algodão. Em CNP, praticamente 59% dos custos é explicado por essas variáveis, enquanto em RNP representa 58% e em LRV, 56%. Assim, a região de CNP gasta 10% a mais em insumos do que a região de LRV. Os custos de RNP são 40% maiores que os de LRV e 27% maiores que os de CNP. Este resultado é o reflexo do plantio relativamente recente em CNP e LRV, comparativamente a RNP. Regiões em que se planta por anos seguidos, principalmente no caso de variedades suscetíveis à doença azul, exige maior quantidade tanto de adubos e corretivos, quanto de defensivos gerais, visando principalmente a prevenção de doenças.

Voltando à análise dos gastos com operações mecânicas e manuais, em que já se descreveu os itens de preparo do solo e de plantio, tem-se os tratos culturais, um dos itens com

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representação expressiva nesta categoria e sobre o custo total. Os tratos culturais envolvem os gastos com capinas e aqueles relacionados diretamente à aplicação de inseticidas, herbicidas, fungicidas e fertilizantes (mão-de-obra, conservação, depreciação e consumo das máquinas e equipamentos).

Nas regiões de RNP e LRV foram consideradas duas capinas manuais, enquanto em CNP apenas uma. O custo por hectare foi expressivamente maior em LRV do que nas demais regiões. Devido às misturas que os produtores fazem para aplicar fungicidas, inseticidas e herbicidas, se computou esses gastos sem a preocupação de quais produtos estavam sendo aplicados em cada operação, mas sim o total de quantas vezes foi necessário entrar na lavoura com a finalidade de aplicar algum defensivo. Neste caso, em RNP foram consideradas 19 aplicações, sendo 12 com automotriz, 6 aéreas e 1 de jato dirigido. Em CNP foram 17 aplicações, distribuídas 16 com automotriz e uma de jato dirigido. A região de LRV foi a que exigiu apenas 11 aplicações, das quais 10 foram com automotriz e uma de jato dirigido. Ainda nos tratos culturais foram computados os gastos com aplicação de fertilizante de cobertura. Nas regiões de RNP e de CNP foram efetuadas três aplicações e em LRV, duas.

De acordo com esses cálculos, os tratos culturais representaram 8,2% em LRV, 5,9% em CNP e 7,4% em RNP. O menor gasto em valor monetário ocorreu em CNP. Assim, a região de RNP gastou 63% a mais que CNP e LRV, 37%. O valor de RNP também foi 19% maior que o de LRV. Como os coeficientes técnicos de cada atividade estão relativamente próximos entre as regiões, pode dizer que o que elevou os custos de tratos culturais em RNP foram as aplicações aéreas. Para exemplificar, nos cálculos deste trabalho, enquanto uma aplicação com automotriz custa de R$ 4,01/ha, o valor de uma aérea é R$ 23,15/ha.

Como já citado na análise da primeira fase deste trabalho, em RNP alguns fatores favorecem o uso de aplicações aéreas. Um é a tecnificação dos produtores, outro foi a maior incidência de pragas. Para os produtores, em períodos de clima adverso as aplicações aéreas proporcionam maior eficiência nos tratamentos, pois é possível realizar a operação num momento mais adequado para controle, se comparada ao uso de automotriz.

Como a cultura do algodão é uma cultura que exige acompanhamento intensivo durante todo o período de desenvolvimento vegetativo, a maioria das fazendas contratam pragueiros para este serviço. Sobre o custo total, as participações destes trabalhadores variaram entre 0,7% e 1,2%.

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Nos gastos com colheita, foram computados os valores para o serviço terceirizado nas regiões de RNP e de LRV, cujos trabalhos envolvem a colheita, combustível, bas boy e presa. Já na região de CNP, essas operações foram consideradas como sendo realizadas com equipamentos próprios. No cômputo desses gastos, também foram adicionadas os referentes ao uso de transmódulos e de enlonamento. Esses custos tiveram uma participação entre 8% e 9,6% sobre o custo total. Em termos monetários, a região de RNP gastou 38% a mais que CNP e 21% a mais que LRV. O custo de LRV foi 13% maior que o de CNP. Não há fatores explicativos dessas diferenciações, além da forma de pagamento desses serviços.

Adicionando os gastos com destruição de soqueira em operações mecânica e manual, observa-se que esses custos possuem uma participação entre 20,5% e 22,3% sobre o custo total. A menor participação foi na região de CNP e a maior, em RNP.

No item serviços, foram considerados os valores gastos com beneficiamento e classificação da pluma. Para computar o custo do beneficiamento, em RNP se considerou o valor de R$ 2,5792/@ de pluma, que correspondeu ao valor médio de US$ 1,00 no mês de abr/05. O rendimento da pluma foi de 38% sobre a produção de algodão em caroço. Em CNP, os participantes do painel apontaram para o pagamento de R$ 3,00/@ de pluma, e rendimento de pluma de 38,5% sobre a produção de algodão em caroço. Em LRV também se adotou o valor de R$ 3,00/@ de pluma, mas um rendimento de pluma de 39%. Com esses cálculos, a participação do beneficiamento sobre o custo total entre as regiões variou conforme a produção agrícola, ficando entre o mínimo de 4,4% em RNP e 6,9% em CNP. O valor monetário de CNP foi 23% maior que o de RNP e 17% maior que o observado em LRV.

Os custos de classificação da pluma foram pequenos em todas as regiões. Entretanto, foram tiveram diferenças expressivas de uma região para outra, justificado, também, pela produção agrícola, assim como pelos custos unitários. Em RNP, esse custo foi considerado como sendo de R$ 0,80 por fardo de pluma de 220 quilos. Já em LRV, o valor considerado foi de R$ 2,70/fardo. E, em CNP o valor adotado foi de R$ 1,00/fardo. No entanto, segundo os produtores, aproximadamente 20% da produção é exportada, sendo necessária a classificação por HVI, ao valor médio de R$ 2,85/fardo (US$ 1,00 à taxa média de R$ 2,85 dos últimos 12 meses).

Um dos custos importantes a serem considerados se refere ao custo de oportunidade da terra. Em todas as regiões, a moeda de troca para esse item é a saca de soja. Segundo os

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agentes presentes no painel, em RNP e em LRV o arrendamento para o plantio de algodão foi ao custo de 10 sacas de soja ao ano, enquanto em CNP foi possível arrendar a terra por 6 sacas de soja. O preço de venda da soja considerado foi diferente entre as regiões, sendo de R$ 30,87 em RNP (referente ao preço médio dos últimos 12 meses) e de R$ 27,66 para as regiões de CNP e de LRV.

Também foi considerado o custo do dinheiro, aqui denominado custo de capital de giro, necessário para pagamento dos custos variáveis (semente, outros, herbicidas, inseticidas, fungicidas e assistência técnica). Para as regiões de LRV e de RNP, se adotou uma taxa de 8,75% a.a. para 30% do recurso total necessário e, 12% a.a. para os 70% restantes. Para CNP, os percentuais foram os mesmos, mas 8,75% a.a. para 20% do recurso total necessário e 17% a.a., para os demais 80% do recurso. Optou-se por calcular juros diferentes sobre o recurso total necessário devido a restrição de crédito com juros abaixo da taxa de mercado para cada produtor. Desta maneira, como os preços de insumos foram considerados para pagamento á vista, objetivou-se obter algum parâmetro de gasto adicional que o produtor teria caso optasse em pagar os insumos somente no final da safra. Com esses cálculos, a participação desse item no custo total ficou entre 8,3% e 9,1% nas regiões. Já em termos de valores monetários, o custo de RNP foi 19% maior que o de CNP e 40% maior que o de LRV.

Outro custo considerado foi o assistência técnica, que apresentou a mesma participação sobre o custo total nas regiões de RNP e de LRV, e expressivamente menor em CNP. Enquanto nas duas primeiras regiões os participantes do painel apontaram um custo que correspondeu a uma taxa de 1,5% sobre as operações mecânicas e manuais e de insumos, em CNP a taxa foi de 0,5%.

De acordo com a descrição acima, foi expressivo o valor monetário do custo total em todas as regiões. Entretanto, o valor total de RNP é 35% maior que o observado em LRV e 2,81% maior que o de CNP. O valor de LRV é 183% maior que o de CNP.

Para calcular o custo unitário de produção de pluma de algodão, tomaram-se como base as produtividades agrícolas e os rendimentos de pluma supracitados, e subtraiu-se a taxa de FUNRURAL, no valor de 2,3%, obtendo um volume líquido de pluma de 1.257,40 kg/ha na região de LRV, de 1.466,97 kg/ha na região de CNP e de 1.392,23 kg/ha em RNP. Tomando a razão desses valores com o custo total por hectare, o custo unitário na fazenda foi de R$ 1,4793/lp em LRV, R$ 1,3446/lp em CNP e de R$ 1,8063 em RNP. O custo unitário de

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RNP é 34% maior que o de CNP e 22% maior que o de LRV. O custo de LRV é 10% maior que o de CNP.

Contudo, todas as regiões apresentaram margens negativas por unidade vendida e, conseqüentemente, por hectare produzido. A melhor situação é a de CNP. Para esses cálculos, adotaram-se os preços médios de venda da pluma de R$ 1,2895/lp em LRV, de R$ 1,2678/lp em CNP e de R$ 1,3000/lp em RNP. Esses valores se referem à média de preços nominais para retirar o produto da região, no período de mai/04 a abr/05, segundo informações do Indicador de preços CEPEA/ESALQ – 8 dias de pagamento.

Para equilibrar receita total com custo total seria preciso que o preço médio de comercialização da pluma alcançasse pelo menos o custo unitário de venda, ou que a produtividade aumentasse. Neste caso, a produtividade média deveria ter acréscimo de 13,3% em LRV, de 4,5% em CNP e de 25,8% em RNP. No entanto, a necessidade dessas variações ocorre principalmente devido ao decréscimo expressivo das cotações desde abr/04, chegando no mês de mai/05 ao menor patamar de preços reais desde 1996, quando se iniciou as cotações do Indicador Cepea/Esalq (inicialmente denominado Indicador Esalq/BM&F).

Como a exportação brasileira está crescendo em anos recentes, é interessante efetuar uma análise de custo e receita dessa comercialização com base nas condições atuais. Considerou o custo de R$ 230,00/t para transportar a pluma das regiões de CNP e LRV até o porto de Paranaguá, e de R$ 200,00/t para o produto com origem em RNP. As diferenças no custo total deve-se principalmente às produtividade agrícolas. Acrescentando esses custos sobre o COT1, da área agrícola, há uma ligeira queda nas diferenças entre os valores de RNP com as demais, descrito no COT2.

Desta forma, o produto já estaria posto no porto. Para computar as margens que se estaria obtendo com a venda do produto ao mercado externo, tomou-se como base a média da paridade de exportação calculada pela equipe Cepea, com base no Índice Cotlook A. O valor médio nominal no período de mai/04 a abr/05, ficou em R$ 1,3431/lp (ou US$ 0,4694/lp). subtraindo o custo do produto posto porto desse valor, há uma ampliação da margem negativa em todas as regiões, mesmo com o melhor valor de venda externa, comparativamente à receita por unidade a retirar da região.

Referências

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