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LICENÇA AMBIENTAL LA nº 563/1.0/2015

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LICENÇA AMBIENTAL

LA nº 563/1.0/2015

Nos termos da legislação relativa ao Regime Emissões Industriais, é concedida a

Licença Ambiental ao operador

Sugal – Alimentos, S.A.

com o Número de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC) 500 277 230, para a

instalação

Sugal – Alimentos, S.A. – Fábrica de Azambuja

sita em EN n.º 3, freguesia e concelho da Azambuja, para o exercício da atividade de

Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas

incluída na categoria 6.4bii do Anexo I do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, e

Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro, e classificada com a

CAE

Rev.3

n.º 10395 (Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas por

outros processos) e de acordo com as condições fixadas no presente documento.

A

presente licença é válida até 16 de junho de 2023

Amadora, 16 de junho de 2015

A Vogal do Conselho Diretivo da APA, I.P.

(2)

Pág.2 de 35

ÍNDICE

1 – Introdução Geral ... 4

1.1 – Identificação e Localização da Instalação... 4

1.1.1 – Identificação ... 4

1.1.2 – Localização ... 4

1.2 – Atividades da instalação e Processo Produtivo ... 5

1.2.1 – Atividades ... 5

1.3 – Articulação com outros regimes jurídicos ... 5

1.4 – Validade ... 6

2 – Condições Operacionais de exploração ... 6

2.1 – Gestão de Recursos e Utilidades ... 6

2.1.1 – Matérias-primas e produtos ... 6 2.1.2 – Águas de abastecimento ... 7 2.1.3 – Energia ... 8 2.1.4. Sistema de refrigeração ... 9 2.2 – Emissões ... 10 2.2.1 – Emissões para o ar ... 10

2.2.2 – Emissões de Águas Residuais e Pluviais ... 12

2.2.3 – Ruído ... 14

2.3 – Resíduos e Monitorização ... 14

2.3.1 – Armazenamento temporário ... 14

2.3.2 – Transporte ... 15

2.3.3 – Controlo ... 16

3 – MTD Utilizadas e Medidas a Implementar ... 16

3.1 – MTD implementadas ... 16

3.2 – Medidas a implementar ... 19

4 – Acidentes e Emergências ... 19

5 – Gestão de informação/Registos, documentação e formação ... 20

6 – Relatórios ... 20

6.1 – Relatório de Base ... 20

6.2 – Plano de Desempenho Ambiental ... 21

6.3 – Relatório Ambiental Anual ... 22

7 – E-PRTR – Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes ... 24

8 – Encerramento e desmantelamento/Desativação definitiva ... 25

Abreviaturas ... 26

ANEXO I – Exploração da atividade industrial ... 27

ANEXO II – Informação a incluir nos relatórios referentes à caracterização das emissões para o ar ... 31

ANEXO III – Títulos de Utilização de Recursos Hídricos (TURH) ... 34

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Dados de identificação ... 4

Quadro 2 – Características e localização geográfica... 4

Quadro 3 – Atividades desenvolvidas na instalação... 5

Quadro 4 – Regimes jurídicos aplicáveis à atividade desenvolvida pela instalação ... 5

Quadro 5 – Caracterização das captações ... 7

Quadro 6 – Consumos de Energia ... 9

Quadro 7 - Caracterização das fontes de emissão pontual ... 10

Quadro 8 - Valores Limite de Emissão (VLE) e Frequência de Monitorização para as fontes FF2 a FF4, FF6 a FF8 (caldeiras de produção de vapor a gás natural) ... 11

Quadro 9 - Ponto de descarga de águas residuais e pluviais ... 13

Quadro 10 - Parques/zonas de armazenamento temporário de resíduos gerados na instalação ... 15

Quadro 11 – Informação a contemplar no relatório a declarar situações de emergência ... 20

Quadro 12 - Procedimentos a adotar pelo operador... 20

Quadro 13 - Informação a incluir no relatório referente às queixas ... 20

Quadro 14 - Estrutura do RAA ... 22

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1 – Introdução Geral

A presente licença ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, e Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro (Regime de Emissões Industriais – REI - aplicável à Prevenção e ao Controlo Integrados da Poluição- PCIP), para efeitos de renovação da Licença Ambiental n.º 83/2007, de 22 de novembro, aplicando-se à totalidade da instalação.

A instalação deve ser explorada e mantida de acordo com o projeto aprovado e com as condições estabelecidas na presente LA.

Nenhuma alteração relacionada com a atividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou iniciada sem a prévia notificação à Entidade Coordenadora – EC (Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo – DRAP LVT) e análise por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA, IP).

A presente LA reúne as obrigações que o operador detém em matéria de ambiente, será integrada na licença de atividade a emitir pela EC e não substitui outras licenças emitidas pelas autoridades competentes, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), respetiva em razão da área de localização.

Sempre que se verifique o incumprimento de alguma das condições desta licença o operador deve:

a) Informara EC e a APA, IP, no prazo máximo de 48 horas, por qualquer via disponível que se mostre eficiente;

b) Executar imediatamente as medidas necessárias para reestabelecer as condições da

licença num prazo tão breve quanto possível;

c) Executar as medidas complementares que as autoridades referidas na alínea a)

considerem necessárias.

Esta LA será ajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da poluição sempre que a Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA, IP) entenda por necessário. É conveniente que o operador consulte regularmente a página da APA, IP, www.apambiente.pt, para acompanhamento dos vários aspetos relacionados com este assunto.

O ponto 1 do anexo I da presente LA apresenta uma descrição sumária do processo produtivo, desenvolvido na instalação.

1.1 – Identificação e Localização da Instalação

1.1.1 – Identificação

Quadro 1 – Dados de identificação

Operador Sugal – Alimentos, S.A.

Instalação Sugal – Alimentos, S.A. – Fábrica de Azambuja

NIPC 500 277 230

Morada EN n.º 3 – Apartado 1

2054-909 Azambuja

1.1.2 – Localização

Quadro 2 – Características e localização geográfica

Coordenadas do ponto médio da instalação (M; P) (m) (1) 134 900; 232 700

Tipo de localização da instalação Zona Industrial

Áreas (m2)

Área total 81 743

Área coberta 21 095

Área impermeabilizada 60 358

(1) Coordenadas M e P, expressas em metros, lidas na correspondente carta militar à escala 1:25000, no

sistema de projeção Transverse Mercator, Datum de Lisboa, tendo como origem das coordenadas o Ponto Fictício.

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1.2 – Atividades da instalação e Processo Produtivo

1.2.1 – Atividades

Quadro 3 – Atividades desenvolvidas na instalação Atividade

Económica CAErev. 3 Designação CAE

Categoria

PCIP Capacidade Instalada

Principal 10395

Preparação e conservação de frutos e

de produtos hortícolas por outros processos

6.4bii

Capacidade instalada de produção de produto acabado de 725 ton/dia

convertido em 28-30 ºBrix

Secundária - - 1.1

Produção de vapor com uma capacidade térmica total instalada de

75,95 MWt

1.3 – Articulação com outros regimes jurídicos

Quadro 4 – Regimes jurídicos aplicáveis à atividade desenvolvida pela instalação

Regime jurídico Identificação do documento Observações

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio

AC1: Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água superficial n.º L000256.2015.RH5.

AC3 (furo 1): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000272.2015.RH5.

AC4 (furo 5): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000273.2015.RH5.

AC5 (furo 8): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000276.2015.RH5.

AC7 (furo 21): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000277.2015.RH5.

AC8 (furo 22): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000279.2015.RH5.

AC9 (furo 23): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000281.2015.RH5.

AC10 (furo 24): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea n.º A000250.2015.RH5.

EH1: Licença de Utilização de Recursos Hídricos

Rejeição de Águas Residuais n.º L003349.2015.RH5.

Integradas no Anexo

III desta LA

Decreto-Lei n.º 127/2008, de 21 de julho, relativo às condições nacionais para

cumprimento do Regulamento (CE) n.º

166/2006, de 18 de janeiro

Registo PRTR Categoria 8bii

Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril, relativo aos consumidores intensivos de energia (SGCIE) - Isento ao abrigo do n.º 2 do art. 4º

(6)

Pág.6 de 35 Decreto-Lei n.º 38/2013,

de 15 de março (Diploma CELE)

TEGEE.194.05 III Integrado no Anexo

IV desta LA Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho, pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio, e pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. EMB/0010698 Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)

Em matéria de legislação ambiental, a instalação apresenta ainda enquadramento no âmbito de outros diplomas, melhor referenciados ao longo dos pontos seguintes da LA, em função das respetivas áreas de aplicação específicas.

1.4 – Validade

Esta Licença Ambiental é válida por um período de 8 anos, exceto se ocorrer durante, o seu prazo de vigência, alguma das situações previstas no artigo 19.º no Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, e Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro, que motive a sua renovação.

O pedido de renovação ou alteração terá de incluir todas as alterações de exploração que não constem da atual Licença Ambiental, seguindo os prazos e procedimentos legalmente previstos na legislação em vigor à data.

2 – Condições Operacionais de exploração

A instalação deve ser operada de forma a serem aplicadas todas as regras de boas práticas e medidas de minimização das emissões durante as fases de arranque e paragens, bem como no que se refere a emissões difusas e/ou fugitivas, durante o funcionamento normal da instalação.

Deverão ser adotadas todas as medidas adequadas ao nível do funcionamento do sistema de pré-tratamento de águas residuais, da manutenção de equipamentos (nomeadamente do equipamento de extração da captação de água, do sistema de bombagem do efluente, dos sistemas de descarga de águas e das máquinas de limpeza das instalações), de modo a evitar emissões excecionais, fugas e/ou derrames, bem como minimizar os seus efeitos. Nesta medida, o operador deve assegurar, como parte integrante do plano geral de manutenção da instalação, a realização de operações de inspeção e de manutenção periódicas a estes equipamentos/sistemas. Sempre que sejam efetuadas estas operações de manutenção deverá ser realizado um registo sobre o referido controlo.

Em caso da ocorrência de acidente com origem na operação da instalação deverá ser efetuado o previsto no ponto 4 da licença (Acidentes e emergências).

2.1 – Gestão de Recursos e Utilidades

2.1.1 – Matérias-primas e produtos

A principal matéria-prima utilizada é o tomate fresco. São utilizadas como matérias-primas subsidiárias as especiarias, ácido cítrico, cloreto de cálcio, sal e óleo vegetal o vinagre, açúcar, produtos hortícolas, entre outros.

Os produtos finais produzidos são concentrado de tomate e pizza sauce e spiced pizza sauce, em diversas concentrações

A atividade gera determinados fluxos de materiais – retraço e repiso – classificados como subprodutos, desde que enquadrados no Decreto-Lei n.º 161/2003, de 22 de julho e desde que, no cumprimento do estipulado nesse diploma, e demais legislação aplicável sobre a matéria, seja utilizado na alimentação animal. Estes subprodutos quando produzidos, são recolhidos

(7)

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diretamente em galeras de camiões e reencaminhados para alimentação animal, não sendo armazenados na instalação.

Qualquer alteração decorrente de modificação das matérias-primas ou subsidiárias utilizadas que possa apresentar eventual repercussão ao nível do tipo de poluentes a emitir para o ar ou para a água terá de ser comunicada à APA.

2.1.2 – Águas de abastecimento

2.1.2.1 – Consumos e caracterização das captações

A água consumida na instalação provém da rede pública de abastecimento, de uma captação superficial (AC1) no Rio Tejo e de sete captações subterrâneas (AC3 a AC5, AC7 a AC10) (Quadro 5). A captação AC2 encontra-se desativada, tendo já sido selada.

A água captada em AC1 normalmente passa pela ETARI (entra na primeira lagoa de sedimentação) e por uma cloragem antes de ser encaminhada para os diversos usos. Alternativamente, dependendo da qualidade da água captada, pode a mesma não passar pela ETARI, mas apenas pela fase de cloragem.

O consumo de água proveniente da captação superficial foi de cerca de 539 558 m3, tendo

sido o volume de água recirculada de cerca de 2 667 082 m3 (dados de 2013). A água

recirculada é utilizada no processo industrial, no transporte e lavagem do tomate, nas colunas barométricas, nos evaporadores e nos arrefecimentos indiretos das latas de tomate. Por sua vez, a água proveniente da rede pública é utilizada para a finalidade de consumo humano.

Quadro 5 – Caracterização das captações

Código Localização da origem (1) Tipo Condições de captação e bombagem Finalidade da água Volume máximo mensal (m3) Volume máximo anual (m3) Longitude Latitude AC1 -8.88641 30.05827 Superficial 400 000 1 000 000 Atividade Industrial – indústria alimentar

AC2 (furo 2) 134 910 232 710 Selado

AC3 (furo 1) -8.88500 39.05970 Subterrânea 22 000 66 000 AC4 (furo 5) -8.88551 39.05887 Subterrânea 15 000 - AC5 (furo 8) -8.88682 39.05887 Subterrânea 36 000 108 000 AC7 (furo 21) -8.88751 39.05884 Subterrânea 30 000 90 000 AC8 (furo 22) -8.88517 30.05966 Subterrânea 55 315 450 000 AC9 (furo 23) -8.88783 39.05856 Subterrânea 108 000 324 000 AC10 (furo 24) -8.88562 39.05945 Subterrânea 108 000 324 000

(1) Coordenadas M e P, expressas em metros, referenciadas ao Sistema de Referência Terrestre Europeu 1989

(PT-TM06-ETRS89) - European Terrestrial Reference System.

Na eventualidade de ser necessária a realização de captações de água adicionais, deverá o operador proceder ao seu licenciamento, junto da autoridade competente, obrigando-se ainda a comunicar previamente à EC a proposta de alteração de exploração da instalação, nos termos do artigo 19º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.

2.1.2.2 – Controlo das captações

A utilização dos recursos hídricos para captação de água subterrânea em AC1, AC3 a AC5 e AC7 a AC10 está autorizada de acordo com as condições expressas nas seguintes Autorizações de Utilização dos Recursos Hídricos (Anexo III desta LA):

(8)

Pág.8 de 35  AC1: Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água superficial n.º

L000256.2015.RH5, emitida em 13.01.2015 pela APA, IP e válida por 5 anos.

AC3 (furo 1): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000272.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC4 (furo 5): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000273.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC5 (furo 8): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000276.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC7 (furo 21): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000277.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC8 (furo 22): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000279.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC9 (furo 23): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000281.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

AC10 (furo 24): Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água

Subterrânea n.º A000250.2015.RH5, emitida em 09.01.2015 pela APA, IP.

O operador obriga-se ao cumprimento das condições estabelecidas nas referidas Autorizações. As captações de água subterrânea deverão estar equipadas com um medidor de caudal com totalizador, que permita efetuar leituras regulares do volume total de água extraído por cada uma das captações e determinação do consumo específico de água para a atividade PCIP da instalação.

A água destinada ao consumo humano, nos termos da definição constante nas alíneas i) e ii) do artigo 2º do Decreto-lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, deverá ser proveniente da rede pública de abastecimento, em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 42º do Decreto-lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio.

Deverão ser mantidos registos relativos aos consumos de água da instalação em conformidade com o mencionado no ponto 6.3 (vide ponto II. Águas de abastecimento) desta LA.

Caso haja alguma alteração ao regime de exploração das captações, deverá a mesma ser comunicada à APA.

2.1.2.3 – Redes de abastecimento e tratamento

A água proveniente da captação superficial, AC1, no Rio Tejo, é normalmente enviada para a ETARI, para a 1ª lagoa de sedimentação, passando depois à 2ª lagoa de sedimentação. Desta, a água que se destina a ser utilizada na instalação é bombada para um tanque de distribuição onde é clorada. Alternativamente, a água captada no Rio Tejo é diretamente enviada para o tanque de distribuição, para cloragem antes de ser distribuída na instalação.

A água proveniente das captações subterrâneas, AC3 a AC5 e AC7 a AC10, é desinfetada por cloragem, antes de ser utilizada, na Estação de Tratamento de Águas. A água utilizada nas caldeiras não é clorada, mas é descalcificada por intermédio de resinas de permuta iónica na Estação de Tratamento de Águas das Caldeiras. A regeneração das resinas com salmoura é efetuada na instalação e as águas residuais são enviadas para a ETARI.

2.1.3 – Energia

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Quadro 6 – Consumos de Energia Tipo de

combustível Consumo anual

(1) Capacidade de armazenamento

Licenciamento

de depósitos Destino/Utilização

Energia Elétrica 7 006 294 MWh

(1506,35 tep2/ano) - n.a.

Iluminação, equipamentos, motores elétricos Gás natural 5 031 724 m3 (4578,87 tep/ano) - n.a. Caldeiras de produção de vapor GPL 35,402 ton (40 tep/ano) 4,48 ton Certificado n.º 206/GPL/2007 Empilhadores Gás propano 0,48 ton

(0,54 tep/ano) Botijas de 11 kg n.a. Cantina e balneários

Gasóleo 0,003 ton (0,0031 tep/ano)

(3) n.a. Gerador de emergência

(1) dados de 2014.

(2) tep – tonelada equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os fatores de

conversão constantes do Despacho n.º 17313/2008, publicado no Diário da República, II série, n.º 122, de 2008.06.26.

(3) O gasóleo passará a ser armazenado num depósito plástico, com capacidade a definir pelo operador, em

substituição do depósito associado ao posto de combustível a desativar.

n.a. – não aplicável

Na instalação existe bomba de abastecimento de gasóleo rodoviário, em fase final de desativação.

O consumo médio global de energia estima-se em cerca 6 195,02 tep/ano (dados de 2014). Atendendo aos consumos energéticos anuais estimados para a instalação, esta apresenta enquadramento no âmbito do disposto no Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril, que regula o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), enquadrando-se no n.º 2 do seu art.º 4.º. Qualquer alteração de combustível tem de ser previamente participada à APA.

2.1.4. Sistema de refrigeração

A instalação dispõe de um sistema de refrigeração cujos equipamentos utilizam como fluídos refrigerantes o R22 (HCFC22 - CHF2Cl), R410A [C2HF5 (50%) + CH2F2 (50%)] e R407C

[CH2FCF3 (52%) + C2HF5 (25%) + CH2F2 (23%)].

A substância R22 está incluída no âmbito da aplicação do Regulamento (CE) n.º 1005/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de setembro, relativo às substâncias que empobrecem a camada de ozono.

A partir de 1 de janeiro de 2015, o operador deverá proceder à substituição do fluido na primeira intervenção efetuada no equipamento, devendo o mesmo ser enviado para destruição, e na impossibilidade de conversão da instalação de forma a funcionar com gases fluorados ou hidrocarbonetos, o operador terá de proceder à substituição por um equipamento que não contenha substâncias proibidas.

Em equipamentos de refrigeração, ar condicionado, bombas de calor ou sistemas reversíveis de ar condicionado/bomba de calor que contenham substâncias que empobrecem a camada de ozono, deverão ser efetuadas deteções periódicas de fugas com a periodicidade mínima referida no art.º 23º do Regulamento (CE) n.º 1005/2009, de 16 de setembro.

Até indicação em contrário por parte da autoridade competente, as fichas de intervenção técnica, referidas no artigo 8º do Decreto-Lei n.º 35/2008, de 28 de fevereiro devem ser mantidas e enviadas à autoridade competente sempre que solicitado por esta.

Os fluidos R410A e R407C são substâncias incluídas no âmbito da aplicação do Regulamento (UE) n.º 517/2014, de 16 de abril (que revogou o Regulamento (CE) n.º 842/2006, de 17 de maio), relativo a determinados gases fluorados com efeito de estufa.

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As deteções periódicas de fugas deverão ser efetuadas com a periodicidade mínima referida no art.º 4.º do Regulamento (CE) n.º 517/2014, de 16 de abril. Estas operações deverão ser efetuadas por técnicos certificados no âmbito do Decreto-lei n.º 56/2011, de 21 de abril.

Caso existam na instalação outros equipamentos de refrigeração, ar condicionado, bombas de calor ou sistemas reversíveis de ar condicionado/bomba de calor que contenham um gás fluorado com efeito de estufa ou uma mistura de gases fluorados com efeito estufa cujo potencial de aquecimento global seja igual ou superior a 150, o operador deverá respeitar as disposições de registo referidas no art.º 3º do Regulamento (CE) n.º 517/2014, de 16 de abril. Poderá ser consultado no sítio de internet da Agência Portuguesa do Ambiente um modelo de registo em http://www.apambiente.pt (Instrumentos -> Gases Fluorados - Certificação e outros instrumentos -> Operador).

Até indicação em contrário por parte da autoridade competente, as fichas de intervenção (no caso de substâncias que empobrecem a camada de ozono - ODS) e as fichas de registo (no caso de gases fluorados com efeito de estufa) devem ser mantidas e enviadas à autoridade competente sempre que solicitado por esta.

Na instalação existem também 3 baterias de torres de refrigeração, perfazendo um total de 12 torres de duplo ventilador.

Enquanto aplicável, deverá ser incluído no RAA ponto de situação relativo à execução do plano de substituição deste (s) agente(s)/equipamento(s) de refrigeração, com indicação do destino dado às máquinas removidas da instalação.

2.2 – Emissões

2.2.1 – Emissões para o ar

O operador deve realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado nesta licença e especificações constantes nos pontos seguintes. Todas as análises referentes ao controlo das emissões devem preferencialmente ser efetuadas por laboratórios acreditados. O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem e de monitorização.

O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a monitorização reflita com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respetivos programas de calibração e de manutenção.

2.2.1.1 – Pontos de Emissão

As emissões atmosféricas originadas pela instalação estão associadas a seis fontes de emissão pontual (Quadro 7).

Quadro 7 - Caracterização das fontes de emissão pontual Código da Fonte Unidades contribuintes Potência térmica (MW) Altura da chaminé acima do nível do solo (m) (1) FF2 Caldeira 2 11,25 MWt 24,37 FF3 Caldeira 3 7,5 MWt 15,6 FF4 Caldeira 4 7,5 MWt 15,6 FF6 Caldeira 6 e Caldeira 7 7,5 MWt (caldeira 6) 15 MWt (caldeira 7) 22,6 FF7 Caldeira 8 13,5 MWt 21,0 FF8 Caldeira 9 13,710 MWth 21,5

(1) Altura da chaminé, correspondente à distância, medida na vertical, entre o topo da

(11)

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No que se refere à altura das chaminés associadas às fontes pontuais FF2 a FF4, FF6 e FF7, atendendo à natureza qualitativa e quantitativa dos efluentes emitidos e respetivos caudais mássicos associados, e atendendo também aos obstáculos existentes na sua envolvente, considera-se que apresentam alturas adequadas à correta dispersão dos poluentes, dado que as referidas alturas se encontram de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, e no procedimento de cálculo estabelecido através da Portaria n.º 263/2005, de 17 de março, retificada pela Declaração de Retificação n.º 38/2005, de 16 de maio.

Relativamente à fonte FF8, e atendendo à ausência de dados de projeto apresentados em sede de licenciamento ambiental, a decisão sobre a adequabilidade da altura e demais aspetos construtivos da chaminé da referida fonte será tomada em sede de aditamento à presente LA, após apresentação de Relatório de Caracterização da Chaminé, de acordo com as indicações constantes no Anexo II, ponto 1 desta LA. O referido Relatório deverá ser enviado à CCDR competente, juntamente com o envio dos resultados referentes às medições da fonte de emissão pontual FF8 para avaliação nos termos dos artigos 21º, 30.º e 31.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril.

As chaminés da instalação deverão dar cumprimento às normas relativas à construção de chaminés de acordo com o disposto no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril. Em cada chaminé, a secção de amostragem deverá apresentar pontos de amostragem com orifício normalizado, de acordo com o estabelecido na Norma Portuguesa NP 2167:2007 Ed.2, relativa às condições a cumprir na “Secção de amostragem e plataforma para chaminés ou condutas circulares de eixo vertical”. Em eventuais casos em que se verifique dificuldade de aplicação desta Norma, e tendo por base proposta fundamentada do operador, poderão ser aprovadas secções de amostragem alternativas, em aditamento a esta LA. Nesse sentido, se aplicável, deverá o operador apresentar os fundamentos considerados relevantes e respetivos elementos técnicos complementares de análise.

A instalação possui também um gerador de emergência de 530 kVA, acionado por motor a gasóleo acoplado de 485 kW de potência. Tratando-se de um gerador de emergência, está enquadrado no âmbito de exclusão do art.º 3º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, exceto no que respeita ao disposto no art.º 7º e n.º 4º do art.º 21º (ver ponto 6.3 da presente LA).

2.2.1.2 Monitorização

As condições de monitorização das emissões para a atmosfera devem ser efetuadas de acordo com o Quadro 8, não devendo nenhum parâmetro de emissão exceder os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados.

Quadro 8 - Valores Limite de Emissão (VLE) e Frequência de Monitorização para as fontes FF2 a FF4, FF6 a FF8 (caldeiras de produção de vapor a gás natural)

Parâmetro VLE

(mg/Nm3)

Frequência de Monitorização

FF2 a FF4, FF6 e FF7 FF8

Compostos Orgânicos Voláteis (COV) 200

Trienal (2) (3) Bianual (4) (5)

Óxidos de azoto (NOx), expressos em NO2 300

(1) Os VLE dos poluentes atmosféricos são expressos em mg/Nm3, referidos às condições normalizadas

de pressão (101,3 kPa), temperatura (273,15 K) e gás seco. Todos os valores limite de emissão (VLE) referem-se a um teor de O2 de 3%.

(2) A monitorização deverá ser efetuada uma vez, de três em três anos, devendo a próxima decorrer em

2017.

(3) Caso se verifique a ultrapassagem do caudal mássico mínimo ou sejam alteradas as condições de

exploração, deverá ser reavaliada a periodicidade de monitorização, dando conhecimento a esta agência e à CCDR territorialmente competente.

(4) Duas medições em cada ano civil, com intervalo mínimo de 2 meses entre as medições. (5) Poderá passar a ser monitorizado uma vez de três em três anos desde que se cumpram

as seguintes condições:

- O caudal mássico seja consistentemente inferior ao caudal mássico mínimo tal como definido na Portaria nº 80/2006, de 23 de janeiro;

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De acordo com o previsto no Art. 23º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, a comunicação dos resultados da monitorização deverá ser efetuada à CCDR, até um máximo de 60 dias após a sua realização e deverá conter toda a informação constante do Anexo II, ponto 2 desta LA. No caso da monitorização trienal, a ultrapassagem dos limiares mássicos mínimos que serviram de base para a definição das condições de monitorização e estabelecidos na legislação aplicável, conduzirá à necessidade de o operador passar a efetuar monitorização semestralmente segundo o estabelecido no Quadro 8 desta LA. Simultaneamente essa alteração deverá ser comunicada à APA, de forma a ser reavaliada a eventual necessidade de alteração da frequência e/ou tipo de monitorização assim impostos por força dessa alteração. Todos os equipamentos de monitorização, de medição ou amostragem, deverão ser operados, calibrados e mantidos, de acordo com as recomendações expressas pelos seus fabricantes nos respetivos manuais de operação. Os equipamentos de monitorização das emissões para atmosfera deverão ser submetidos a um controlo metrológico, com uma periodicidade anual, de acordo com o disposto no artigo 28º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril.

Uma cópia das fichas técnicas atualizadas da realização das operações de verificação/calibração com a indicação dos procedimentos utilizados para assegurar a rastreabilidade e exatidão dos resultados das medições deverá ser integrado no RAA.

Deverá o operador efetuar uma medição pontual recorrendo a uma entidade externa acreditada (medição, recolha e análise) uma vez de três em três anos, para cumprimento do disposto no artigo 23º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril.

Na determinação de parâmetros e poluentes atmosféricos emitidos por fontes pontuais, a recolha e análise das emissões deverão ser efetuadas recorrendo normas europeias e, no caso de estas não existirem, a normas internacionais ou nacionais, sempre que disponíveis.

Se for verificada alguma situação de incumprimento nas avaliações efetuadas devem ser de imediato adotadas medidas corretivas adequadas, após as quais deverá ser efetuada uma nova avaliação da conformidade. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 5 (Gestão de situações de emergência).

2.2.2 – Emissões de Águas Residuais e Pluviais

As águas residuais produzidas na instalação têm origem doméstica e industrial. Os efluentes industriais (provenientes do processo industrial, nomeadamente das lavagens do tomate, das purgas das caldeiras e da regeneração das resinas) são enviados para a Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) da instalação. Após o tratamento, as águas residuais são parcialmente recirculadas para a instalação, sendo o caudal não recirculado descarregado na Vala do Limoeiro (Bacia Hidrográfica do Tejo).

As águas residuais domésticas são descarregadas na fossa séptica estanque existente na instalação, de onde são posteriormente recolhidas e encaminhadas para a ETAR municipal da Azambuja.

O posto de abastecimento de gasóleo está equipado com um separador de hidrocarbonetos, sendo as recolhas dos hidrocarbonetos separados efetuadas pela empresa que abastece o posto e as águas residuais encaminhadas para a ETARI.

As águas pluviais da instalação são recolhidas por um sistema de drenagem separativo e reencaminhadas para descarga na Vala do Limoeiro.

2.2.2.1 – Tratamento

Para tratamento dos efluentes industriais da instalação existe uma estação de tratamento de efluentes industriais (ETARI). A ETARI é constituída pelos seguintes órgãos/operações:

- Obra de entrada.

- Estação de crivagem, com dois tamisadores. - Estação elevatória.

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- Lagoa arejada de mistura parcial.

- 1ª lagoa de sedimentação, com adição de floculante. - 2ª lagoa de sedimentação.

A 1ª lagoa de sedimentação pode receber, ainda, a água proveniente da captação superficial no Rio Tejo, AC1. A água residual tratada é parcialmente recirculada (cerca de 1200 m3/h)

sendo a restante conduzida para o meio recetor.

Após o tratamento, as águas residuais tratadas são encaminhadas para descarga em linha de água, na Vala do Limoeiro.

A rede de drenagem de águas pluviais é separativa, encaminhando as águas pluviais para dois pontos de descarga na Vala do Limoeiro.

2.2.2.2 – Pontos de Emissão

As águas residuais domésticas são encaminhadas para uma fossa séptica estanque, existente na instalação, no ponto designado por ED1, de onde são posteriormente recolhidas e encaminhadas para a ETAR municipal da Azambuja.

As águas residuais industriais e as águas oleosas provenientes do separador de hidrocarbonetos associado ao posto de abastecimento são enviadas para a estação de tratamento de águas residuais industriais (ETAR) da instalação, e os efluentes tratados são descarregados na Vala do Limoeiro que descarrega no Rio Tejo (Bacia Hidrográfica do Tejo), no ponto designado por EH1.

As águas pluviais da instalação são recolhidas em sistema de drenagem próprio e descarregadas em linha de água, na Vala do Limoeiro, nos pontos designados por EH2 e EH3. No Quadro 9 apresenta-se a caracterização do ponto de descarga de águas residuais.

Quadro 9 - Ponto de descarga de águas residuais e pluviais Ponto de

Emissão/ Descarga

Longitude (1) Latitude (1) Tipo Meio recetor Regime de descarga EH1 -8.885430 39.058660 Industrial Linha de água Contínuo EH2 -8.5311 39.3380 Pluvial Descontínuo EH3 -8.53194 39.3285 ED1 -8.5365 39.3373 Doméstica ETAR municipal da Azambuja Descontínuo

(1) Coordenadas M e P, expressas em metros, referenciadas ao Sistema de Referência Terrestre

Europeu 1989 (PT-TM06-ETRS89) - European Terrestrial Reference System.

É autorizada a utilização do domínio hídrico para efeitos de descarga de águas residuais industriais tratadas, de acordo com a Licença de Utilização de Recursos Hídricos – Rejeição de Águas Residuais n.º L003349.2015.RH5, emitida em 18.03.2015 pela APA, IP e válida até 18.03.2018 (Anexo III desta LA).

2.2.2.3 Monitorização

O autocontrolo das águas residuais deve ser efetuado de acordo com o definido na Licença de Utilização de Recursos Hídricos – Rejeição de Águas Residuais n.º L003349.2015.RH5(Anexo

III, desta LA).

Se for verificada alguma situação de incumprimento nas medições efetuadas devem ser adotadas de imediato medidas corretivas adequadas após as quais deverá ser efetuada uma nova avaliação da conformidade. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 4 (Acidentes e emergências).

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2.2.3 – Ruído

A gestão dos equipamentos utilizados na atividade deve ser efetuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído.

A instalação deverá implementar as medidas de minimização necessárias, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade, à luz do disposto no Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro, na sua atual redação.

As medições de ruído deverão ser repetidas sempre que ocorram alterações na instalação ou na sua envolvente, que possam ter implicações ao nível do ruído, de forma a verificar o cumprimento do critério de exposição máxima (valores limite de exposição) e do critério de incomodidade, de acordo com o previsto pelos artigos 11º e 13º do Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro.

As campanhas de monitorização, medições e a apresentação dos resultados deverão cumprir os procedimentos constantes na Norma NP 1730-1:1996, ou versão atualizada correspondente, assim como as diretrizes do Instituto Português de Acreditação (IPAC), disponíveis na página da internet em www.ipac.pt, que fazem parte integrante da Circular Clientes n.º 12/2011 Implementação do “Guia Prático para Medições de Ruído Ambiente” da APA, IP.

Na sequência das avaliações efetuadas, caso se verifique a necessidade de adoção das medidas de redução de ruído previstas no n.º 2 do Art.º 13.º do RGR, de modo a cumprir os critérios definidos no n.º 1 daquele artigo, deverá o operador tomar também em consideração o disposto no n.º 3 do mesmo artigo. Caso seja necessária a implementação de medidas de minimização, deverá posteriormente ser efetuada nova caracterização de ruído, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de incomodidade e de exposição máxima.

2.3 – Resíduos e Monitorização

2.3.1 – Armazenamento temporário

O armazenamento temporário dos resíduos produzidos na instalação, e que aguardam encaminhamento para destino final, deverá ser sempre efetuado em locais destinados a esse efeito (parques/ zonas de armazenamento de resíduos), operados de forma a impedir a ocorrência de qualquer derrame ou fuga, evitando situações de potencial contaminação do solo e/ou da água. Assim, estas áreas deverão apresentar piso impermeabilizado bem como, em função do mais adequado em cada caso específico, serem cobertas, equipadas com bacia de retenção e/ou com rede de drenagem com encaminhamento adequado. Neste armazenamento temporário devem igualmente ser respeitadas as condições de segurança relativas às características que conferem perigosidade ao(s) resíduo(s), de forma a não provocar qualquer dano para o ambiente nem para a saúde humana, designadamente por meio de incêndio ou explosão.

No acondicionamento dos resíduos deverão ser utilizados contentores, outras embalagens de elevada resistência, ou, nos casos em que a taxa de produção de resíduos o não permita,

big-bags. Deverá também ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e

capacidade de contenção das embalagens, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dessas embalagens. Em particular, salienta-se que se forem criadas pilhas de embalagens, estas deverão ser arrumadas de forma a permitir a circulação entre si e em relação às paredes da área de armazenamento. Deverá ser também assegurada a adequada ventilação dos diferentes locais de armazenamento temporário de resíduos, salientando-se ainda a necessidade do acondicionamento de resíduos permitir, em qualquer altura, a deteção de derrames ou fugas.

Adicionalmente, os resíduos produzidos deverão ser armazenados tendo em consideração a respetiva classificação em termos dos códigos da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de março), as suas características físicas e químicas, bem como as características que lhe conferem perigosidade. Os dispositivos de armazenamento deverão permitir a fácil identificação dos resíduos acondicionados, mediante rótulo indelével onde conste a identificação dos resíduos em causa de acordo com os códigos LER, o local de produção e, sempre que possível/aplicável, a indicação de nível de quantidade, das

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características que lhes conferem perigosidade e da respetiva classe de perigosidade associada.

Os resíduos produzidos na instalação são temporariamente armazenados nos parques de armazenagem de resíduos identificados no Quadro 10.

Quadro 10 - Parques/zonas de armazenamento temporário de resíduos gerados na instalação

Código PA1 PA2 PA3 PA4

Área (m2) Total 20 8 10 10 Coberta 0 0 Impermeabilizada 20 8 Vedado S N N N Sistemas de drenagem S N N N Bacia de retenção N N S N Resíduos armazenados Papel e cartão Plástico Embalagens metálicas Outros resíduos urbanos e

equiparados

Sucatas Óleos usados

Lâmpadas fluorescentes

usadas e outros resíduos

perigosos

Acondicionamento 4 Contentores de aço Contentor de aço Tambores de aço Caixa de cartão

Caso da exploração da instalação sejam gerados resíduos cujo código LER não se enquadre nos resíduos identificados no Quadro 10, deverá o operador proceder à criação de parques/zonas de armazenamento temporário desses resíduos.

Todo e qualquer resíduo produzido e/ou existente na instalação (espaços interiores e exteriores) deve ser recolhido, identificado, separado, acondicionado e encaminhado para destino final adequado à sua tipologia. Os resíduos, devidamente acondicionados, devem ser temporariamente armazenados em parque(s)/zona(s) destinada(s) para o efeito (de modo a ser evitada a existência de aglomerados de resíduos sem acondicionamento) de acordo com as condições indicadas nesta LA.

O operador obriga-se a garantir a existência de parques/zonas para o armazenamento temporário de resíduos em número suficiente face à produção de resíduos na instalação, não podendo em situação alguma existir resíduos não acondicionados.

A armazenagem de resíduos no próprio local de produção por período superior a um ano carece de licença a emitir pela entidade competente, nos termos do previsto no artigo 32º do Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho. Caso esta situação venha a ser aplicável à instalação, no RAA respetivo deverá ser efetuado ponto de situação deste licenciamento específico, com apresentação dos devidos elementos comprovativos.

2.3.2 – Transporte

Em matéria de transporte de resíduos, e até à publicação da Portaria prevista no art.º 21.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, este apenas pode ser realizado pelas entidades definidas no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de maio, e de acordo com as condições aí estabelecidas. A este propósito, salienta-se a necessidade de utilização das guias de acompanhamento dos resíduos em geral, aprovada na referida Portaria, que consistem nos modelos exclusivos da Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM) n.º 1428. O transporte de resíduos abrangidos pelos critérios de classificação de mercadorias perigosas deve ainda obedecer ao Regulamento de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 170-A/2007, de 4 de maio, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2008, de 3 de abril.

Especificamente para o transporte de óleos usados, o operador terá de dar cumprimento às disposições aplicáveis constantes do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de julho, relativo à gestão de óleos novos e óleos usados e da Portaria n.º 1028/92, de 5 de novembro, que estabelece as normas de segurança e identificação para o transporte de óleos usados.

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A transferência de resíduos para fora do território nacional deverá ser efetuada em cumprimento da legislação em vigor em matéria de movimento transfronteiriço de resíduos, nomeadamente o Regulamento (CE) n.º 1013/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de junho, na atual redação, e o Decreto-Lei n.º 45/2008, de 11 de março.

2.3.3 – Controlo

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, deverá ser assegurado que os resíduos resultantes da instalação, incluindo os resíduos equiparados a urbanos das atividades administrativas, sejam encaminhados para operadores devidamente legalizados para o efeito, devendo ser privilegiadas as opções de reciclagem e outras formas de valorização e o princípio da proximidade e autossuficiência a nível nacional. Neste sentido, o operador deverá assegurar o envio para destino final adequado de todos os resíduos produzidos na instalação.

Deverá também o operador proceder à separação dos resíduos na origem de forma a promover a sua valorização por fluxos ou fileiras, conforme previsto no Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho.

O operador deverá encontrar-se inscrito no SILiAmb - Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente e efetuar o preenchimento, por via eletrónica, dos mapas de registo referentes aos resíduos produzidos na instalação, até 31 de março do ano seguinte àquele a que se reportam os dados (MIRR).

A instalação coloca no mercado produtos embalados, pelo que se encontra abrangida pelo disposto nos pontos 4 a 6 do art. 4.º e art. 5.º do Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 162/2000, de 27 de julho, pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de maio, e pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, relativos à gestão de embalagens e resíduos de embalagem, cujas normas de funcionamento e regulamentação são as constantes do referido Decreto-Lei e da Portaria n.º 29-B/98, de 15 de janeiro, tendo aderido ao Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) através do contrato EMB/0010698, estabelecido com a Sociedade Ponto Verde.

3 – MTD Utilizadas e Medidas a Implementar

3.1 – MTD implementadas

O funcionamento da atividade da instalação inclui a aplicação de técnicas identificadas como MTD no Documento de Referência no âmbito PCIP para aplicação sectorial, “Reference

Document on Best Available Techniques in Food, Drink and Milk Industry”, BREF FDM,

Comissão Europeia (agosto de 2006) disponível em http://eippcb.jrc.ec.europa.eu/reference/, as quais se enumeram de seguida:

 Sensibilização dos colaboradores para a necessidade de evitarem consumos de energia e água desnecessários, através de ações de sensibilização e divulgação de boas práticas.

 Correta receção e manuseamento das matérias-primas, de forma a evitar derrames e quebras.

 Implementação de programas de manutenção preventiva de forma a evitar paragens de produção, as quais originam sempre muitos resíduos.

 Elaboração e manutenção de um inventário de controlo para evitar desperdícios de matérias-primas e redução de stock de matérias-primas para evitar que o prazo de validade seja ultrapassado e/ou que se estraguem.

 Reutilização de solventes, através da utilização de lavatórios de lavagem de peças, que permitem reaproveitar o solvente.

 Separação e concentração dos resíduos perigosos em contentores próprios, de forma a assegurar que não ocorre a contaminação de resíduos passíveis de valorização.

 Valorização agrícola das lamas geradas na ETARI.

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eventuais derrames.

 Análise regular dos processos produtivos para verificar onde podem ser promovidas melhorias.

 Realização de manutenção preventiva às instalações, de forma a detetar anomalias e prevenir perdas de água em tubagens, bombas, válvulas, tanques e equipamentos, e assegurar a pronta reparação (manutenção corretiva) de fugas de água ou falhas nos equipamentos que possam conduzir a descargas acidentais.

 Utilização de circuitos fechados para águas de arrefecimento, com regeneração em torres de refrigeração, instaladas para promover a recirculação das águas de arrefecimento.

Colaboração com atividades a montante e a jusante

 Elaboração de acordos com fornecedores sobre o tempo de colheita, nível de produção, uso de pesticidas, processo de colheita, etc. e disponibilização de técnicos para efetuar o acompanhamento dos agricultores, contribuindo assim para aumentar a qualidade da matéria-prima.

Limpeza de equipamentos e instalações

 Na seleção de equipamentos e divisões é dada preferência àqueles que apresentam superfícies/paredes lisas e cantos arredondados de forma a facilitar a sua limpeza.

 As lavagens dos processos são efetuadas em circuito fechado com ciclos automáticos otimizados de forma a também reduzir a quantidade de água utilizada e o volume de efluente para a ETARI. As lavagens dos diversos processos são planeadas de forma a não aumentar os picos de volume de afluente instantâneo à ETARI.

 Utilização de pistolas com água sob pressão para efetuar a limpeza exterior de equipamentos e instalações, o que permite reduzir o volume de água consumida.

 Remoção do excesso de resíduos antes da lavagem das máquinas. Os sólidos são separados da água por cilindros mecânicos (hidroscreens) que se encontram no circuito das linhas de produção e que fazem com que as sementes sejam separadas das peles, sendo as primeiras encaminhadas para a ETARI juntamente com a água do processo e as segundas sejam encaminhadas para o local de acondicionamento do repiso. Esta medida permite uma redução da quantidade de água e desinfetantes utilizados na limpeza das linhas.

 Elaboração de procedimentos escritos associados a instruções de operação, no sentido da racionalização do consumo de água associado a lavagens.

Evaporação, refrigeração e sistemas de arrefecimento

 O sistema de evaporação é composto por 7 evaporadores de múltiplo efeito e 1 pré-concentrador que realizam a concentração do sumo de tomate, através do aquecimento do sumo de tomate, evaporação da água do tomate, extração através de vácuo e condensação num circuito fechado de água, até atingir o nível de concentração desejada. São utilizadas torres de arrefecimento para fazer recircular a água evaporada do produto, reduzindo assim os consumos de água e energia.

 Os equipamentos de frio são verificados periodicamente, de forma a detetar potenciais fugas de gás refrigerante e, no caso de existirem, proceder à sua reparação imediata.

 Alimentação correta da torre de arrefecimento de forma a evitar variações abruptas da temperatura.

Embalagem

 As embalagens usadas dos produtos auxiliares (sobretudo produtos de limpeza de linhas de produção) são separadas dos restantes resíduos e retomadas pelos respetivos fornecedores, de forma a serem reutilizadas.

 É dada preferência ao uso de embalagens de grandes dimensões, de forma a reduzir os resíduos de embalagem.

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Pág.18 de 35 Uso de água

 Bombagem de água apenas nas quantidades necessárias para o processo produtivo. A água dos furos é bombada para um único depósito com válvulas de controlo automático de caudal que fazem com que cesse o fornecimento de água quando o nível excede o necessário e que aciona aleatória e automaticamente a bombagem dos furos até ser reposto o caudal necessário ao processo produtivo.

 Instalação de contadores de água em cada furo, de forma a controlar o volume de água extraído.

 Instalação de contadores nas caldeiras, de forma a controlar o consumo de água de cada equipamento e assim analisar a sua eficiência.

Sistemas de ar comprimido

 Os compressores de ar comprimido são desligados nos períodos não produtivos e são revistos os níveis de pressão de ar comprimido e reduzidos sempre que possível. São realizadas inspeções para verificar a existência de fugas de ar comprimido e, no caso de existirem, proceder à sua reparação imediata.

Energia

 Controlo das condições de combustão de forma a assegurar um bom desempenho das caldeiras. As caldeiras são afinadas regularmente.

 Controlo do processo, através de um sistema computorizado, permitindo uma condução mais estável e eficiente de todo o processo fabril (incluindo arranques e paragens), a monitorização dos consumos de energia elétrica e vapor e a introdução de ações corretivas.

 Mantêm-se as secções do processo sempre desligadas apenas sendo acionadas apenas quando necessário.

 Utilizam-se equipamentos de velocidade variável, nomeadamente em bombas de grande caudal, evitando a dissipação de energia associada à regulação de caudais por meio de válvulas.

 Seleção de equipamentos e motores com o dimensionamento mais adaptado à capacidade produtiva da instalação e com elevada eficiência em termos energéticos.

 Utilização de lâmpadas de baixo consumo em alguns locais da instalação.

Sistemas de vapor

 São reaproveitados mais de 80% dos condensados resultantes dos evaporadores, El Dorado e sistemas assépticos, com reutilização nas caldeiras para produção de vapor.

 Recuperação dos condensados resultantes dos evaporadores, do processo de trituração e aquecimento, dos sistemas assépticos e boules, e a sua reutilização nas caldeiras para produção de vapor. Esta medida permite uma redução, em período de campanha, de 50 a 75 m3 de água por hora, sendo atualmente reaproveitados cerca

de 75% dos condensados.

 As purgas das caldeiras, necessárias ao seu bom funcionamento, são automáticas e de forma a reduzir o volume de água quente enviada para efluente, a energia perdida e o consumo de químicos de tratamento.

 Todo o equipamento da instalação de vapor é controlado anualmente e sujeito a manutenção preventiva antes do início de cada campanha de tomate de forma a assegurar o funcionamento constante e minimizar fugas de combustível, gases ou vapor.

 Existe um sistema de controlo automático da combustão de forma a otimizar o seu rendimento e minimizar as emissões gasosas.

 Procedeu-se ao isolamento de tubagens e/ou tanques (por exemplo, de condensados), para evitar perdas de calor por radiação e por convecção pelas superfícies dos tubos. São reparadas de imediato as secções onde ocorrem fugas de vapor.

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Pág.19 de 35 Tratamento de águas residuais

 Encaminhamento da água do processo fabril para a ETARI, com recirculação do efluente tratado para reutilização na receção, no transporte do tomate (com exceção da última lavagem, onde é usada água fresca) e na lavagem das instalações da zona de descarga de tomate.

MTD adicionais para o sector das frutas e vegetais

 Na receção e transporte de tomate, estão implementados sistemas mecânicos de separação de areias, o que permite reutilizar a água.

 O tomate é diretamente recebido dos veículos de transporte dos fornecedores para os canais de receção e daqui é transportado para a zona de produção, não existindo qualquer armazenamento de tomate na instalação.

 A esterilização é efetuada através do aquecimento do produto a temperaturas de esterilização e arrefecimento até temperaturas de enchimento, mediante permutadores tubulares. Utilizam-se torres de arrefecimento para recircular a água da fase de arrefecimento e assim reduzir os consumos de água e energia. A água resultante do processo de esterilização é reutilizada na etapa de pré-aquecimento.

 O repiso e o retraço, restos de tomate não processado, são recolhidos de imediato e diretamente para os veículos de transporte, para expedição para alimentação animal. Deste modo não há armazenamento destes subprodutos na instalação. Esta medida permite uma redução da quantidade de água e desinfetantes utilizados na limpeza das linhas, a redução da produção de lixiviados e da carga poluente das águas residuais encaminhadas para a ETARl.

3.2 – Medidas a implementar

O operador deverá manter mecanismos de acompanhamento dos processos de elaboração e revisão dos BREF aplicáveis à instalação, permitindo a avaliação de futuras MTD que venham a ser adotadas nesse âmbito.

Neste sentido, para além do acompanhamento do BREF FDM, deverão também ser considerados os seguintes documentos de referência de aplicação transversal (também disponíveis em http://eippcb.jrc.ec.europa.eu/reference/

):

Reference Document on the General Principles of Monitoring, – BREF MON, Comissão Europeia (JOC 170, de 19 de julho de 2003).

Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage – BREF EFS, Comissão Europeia (JOC 253, de 19 de outubro de 2006).

Reference Document on Best Available Techniques for Energy Efficiency – BREF ENE,

Comissão Europeia (JOC 41, de 19 de fevereiro de 2009).

Reference Document on the application of Best Available Techniques to Industrial Cooling

Systems - – BREF ICS, Comissão Europeia (JOC 12, de 16 de janeiro de 2002).

4 – Acidentes e Emergências

Caso ocorra um acidente, incidente ou incumprimento desta licença deve ser desencadeado o procedimento descrito no Ponto 1 desta LA (Introdução geral). Se a ocorrência der origem a uma situação de emergência ou acidente grave, devem ainda ser tomadas as seguintes providências:

 alertar as autoridades adequadas, nomeadamente bombeiros, proteção civil, ou outras, com a maior brevidade possível, dependendo da gravidade e das consequências expectáveis da emergência;

 notificar a EC, a APA, I.P., ou a CCDR no prazo de 48h. A notificação deve incluir a informação constante no Quadro 11. Se não for possível o envio de toda a informação referida, deverá ser enviado posteriormente um relatório que complete a notificação, até 30 dias após o acidente.

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Se a APA, I.P. considerar que os procedimentos previstos pelo operador devem ser alterados notifica-o dando um prazo de resposta que considere adequado, face às características da emergência.

Quadro 11 – Informação a contemplar no relatório a declarar situações de emergência 1 - Data e a hora da ocorrência;

2 – Análise dos factos que deram origem à ocorrência da emergência ou acidente grave. 3 - Caracterização (qualitativa e quantitativa) do risco associado à situação de emergência. 4 - Eventuais reclamações devidas à emergência.

5 - Plano de ações para correção a curto prazo da situação.

6 - Ações preventivas implementadas de imediato e outras ações previstas implementar.

5 – Gestão de informação/Registos, documentação e formação

O operador deve proceder de acordo com o definido no seguinte Quadro 12.

Quadro 12 - Procedimentos a adotar pelo operador

Registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizados de acordo com os requisitos desta licença.

Registar todas as ocorrências que afetem o normal funcionamento da exploração da atividade e que possam criar um risco ambiental.

Elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à licença ambiental e suas atualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença.

Registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da atividade, devendo ser guardado o registo da resposta a cada queixa.

Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises e medições devem ser verificados e assinados, e mantidos organizados em sistema de arquivo devidamente atualizado. Todos os relatórios devem ser conservados na instalação por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspeção sempre que necessário.

Relativamente às queixas o operador deve incluir no RAA um quadro resumo das queixas e reclamações. Deste quadro deve constar, no mínimo, a informação contante no Quadro 13.

Quadro 13 - Informação a incluir no relatório referente às queixas

Data e hora Natureza da queixa Nome do queixoso

Motivos que deram origem à queixa Medidas e ações desencadeadas

6 – Relatórios

6.1 – Relatório de Base

De acordo com o previsto no artigo 42.º do Diploma REI, as instalações onde se desenvolvem atividades que envolvem a utilização, produção ou libertação de substâncias perigosas relevantes, devem submeter à APA, um Relatório de Base. Este relatório destina-se a permitir estabelecer uma comparação quantitativa com o estado do local após a cessação definitiva das atividades.

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De modo a determinar a necessidade de elaboração do Relatório de Base, consta do processo de licenciamento, a avaliação das substâncias perigosas relevantes, efetuada de acordo com o previsto nas Diretrizes da Comissão Europeia respeitantes aos relatórios de base nos termos do artigo 22.º, n.º 2, da Diretiva 2010/75/UE relativa às emissões industriais (publicadas a 6 de maio de 2014, com o número 2014/C 136/03 e disponível para consulta em http://eur-lex.europa.eu/).

De acordo com os dados apresentados, considera a APA que o risco de contaminação de solos e águas subterrâneas é mínimo, pelo que a instalação encontra-se em condições de usufruir da dispensa de apresentação do Relatório de Base previsto no artigo 42.º do Diploma REI.

No caso de existirem novas substâncias na instalação (matérias-primas, subsidiárias, combustíveis e/ou outras) cuja utilização e/ou manuseamento, envolva e/ou provoque a libertação de substâncias perigosas relevantes, tendo em conta a possibilidade de poluição do solo e das águas subterrâneas no local da instalação, deverá ser apresentada à APA a reavaliação de necessidade de apresentação do Relatório de Base, de modo a verificar se se mantém a possibilidade de dispensa de apresentação do Relatório de Base.

6.2 – Plano de Desempenho Ambiental

O operador deve estabelecer e manter um PDA que integre todas as exigências desta licença e as ações de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política do Ambiente e MTD aprovadas ou a aprovar para o BREF referente ao sector de atividade PCIP da instalação, bem como outros BREF relacionados, com o objetivo de minimizar ou, quando possível, eliminar os efeitos adversos no Ambiente.

Atendendo a que o PDA já apresentado, apenas contempla as MTD referidas no BREF de aplicação setorial (BREF FDM), deverá o operador apresentar uma reformulação do PDA, contemplando todas as MTD implementadas ou a implementar na instalação, referidas nos documentos de referência de aplicação transversal, nomeadamente nos documentos abaixo indicados e disponíveis em http://eippcb.jrc.ec.europa.eu/reference/:

Reference Document on the application of Best Available Techniques to Industrial Cooling

Systems - – BREF ICS, Comissão Europeia (JOC 12, de 16 de janeiro de 2002).

Reference Document on the General Principles of Monitoring, – BREF MON, Comissão Europeia (JOC 170, de 19 de julho de 2003).

Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage – BREF EFS, Comissão Europeia (JOC 253, de 19 de outubro de 2006).

Reference Document on Best Available Techniques for Energy Efficiency – BREF ENE, Comissão Europeia (JOC 41, de 19 de fevereiro de 2009).

Para eventuais técnicas referidas nos BREF mas não aplicáveis à instalação, deverá ainda o operador apresentar a fundamentação desse facto, tomando por base nomeadamente as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos.

O PDA incluirá a calendarização das ações a que se propõe, para um período máximo de 5 anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o operador alcançar os objetivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis relevantes, nomeadamente os aspetos decorrentes dos Documentos de Referência sobre MTD. Por objetivo deve ainda incluir:

a) os meios para as alcançar; b) o prazo para a sua execução.

A reformulação do PDA deve ser apresentada à APA, em suporte digital (em CD ou através do e-mail ippc@apambiente.pt), até 6 meses após a emissão da licença.

Um relatório síntese da execução das ações previstas no PDA deve ser integrado como parte do RAA correspondente.

Referências

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