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Avaliação na Saúde: Utilização da ferramenta PMAQ Assessment in Health: Using the tool PMAQ

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Avaliação na Saúde: Utilização da ferramenta PMAQ

Assessment in Health: Using the tool PMAQ

AYACH, Carlos. Doutorando do Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva

e Social da Universidade Estadual Paulista, Campus de Araçatuba, SP. Rua Pandiá Calógeras, nº 661, Aquidauana, MS – Centro. CEP: 79200000. E-mail: cayach@terra.com.br

GARBIN, Artênio José Isper. Universidade Estadual Paulista, Campus de Araçatuba,

SP. Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva Social. Professor Adjunto do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Endereço: Unesp — Rua José Bonifácio, 1193 — Vila Mendonça — CEP 16015-050, Araçatuba, SP, Brasil. E-mail: agarbin@foa.unesp.br

GARBIN, Cléa Adas Saliba. Universidade Estadual Paulista, Campus de Araçatuba, SP.

Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva Social. Professora doutora adjunta do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Endereço: Unesp — Rua José Bonifácio, 1193 — Vila Mendonça — CEP 16015-050, Araçatuba, SP, Brasil. E-mail: cgarbin@foa.unesp.br

EVANGELISTA, Valeriane Almeida. Enfermeira no Hospital Regional de Campo Grande, MS. E-mail: valalmeida@hotmail.com

MOIMAZ, Suzely Adas Saliba. Universidade Estadual Paulista, Campus de Araçatuba,

SP. Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva Social. Professora Titular do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Endereço: Unesp — Rua José Bonifácio, 1193 — Vila Mendonça — CEP 16015-050, Araçatuba, SP, Brasil. E-mail: sasaliba@foa.unesp.br.

OBSERVAÇÃO: NÃO HÁ CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE OS AUTORES.

ESTE ARTIGO FAZ PARTE DA CONCLUSÃO DA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO NA ÁREA DE SAÚDE, REQUISITO PARA CONCLUSÃO DO CURSO DE DOUTORADO.

ÁREA: Política de Saúde

Suzely Adas Saliba Moimaz : Universidade Estadual Paulista, Campus de Araçatuba, SP. Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva Social. Professora Titular do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Endereço: Unesp — Rua José Bonifácio, 1193 — Vila Mendonça — CEP 16015-050, Araçatuba, SP, Brasil. E-mail: sasaliba@foa.unesp.br.

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Avaliação na Saúde: Utilização da ferramenta PMAQ

Resumo

A avaliação na saúde é fundamental, pois subsidia a identificação de problemas e a reorientação das ações nos serviços prestados. Objetivo: O objetivo neste trabalho foi analisar o instrumento Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade (AMAQ) nas quatro dimensões: gestão municipal, gestão da atenção básica, unidade básica de saúde e educação permanente no processo de trabalho e atenção integral á saúde. Método: Trata-se de um estudo documental descritivo de natureza quantitativa, no qual foram analisados os resultados de 111 questões das folhas de respostas e classificação das quatro dimensões da AMAQ utilizando os dados de um município do Estado do Mato Grosso do Sul, no ano de 2012. Resultados: Os resultados demonstram que na dimensão da gestão municipal e na coordenação da atenção teve a média de 4,5 e 4 respectivamente, considerado como satisfatório. Na dimensão das Unidades Básicas de Saúde a média foi 4, sendo satisfatório o resultado, no entanto quanto a dimensão do Perfil da equipe, duas tiveram com média 5 e 4,75 consideradas como muito satisfatório e uma teve como resultado 4,25 considerada satisfatória. Conclusão: O instrumento disponível foi eficaz no processo de avaliação institucional, oferecendo dados no planejamento e elaboração de estratégias de saúde.

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Assessment in Health: Using the tool PMAQ

Abstract

Introduction: The assessment activity on health is critical, since it provides the identification of problems and actions in the reorientation of services. Objective: The objective of this study was to analyze the self-evaluation instrument for improving access and quality (AMAQ) in four dimensions: municipal management, management of primary, basic health unit and continuing education in the work process and integral to health. Method: This is a documentary study descriptive and quantitative, which analyzed the results of 111 questions answer sheets and classification of the four dimensions of AMAQ using data from a city in the state of Mato Grosso do Sul in 2012. Results: The results show that the size of municipal and coordination of care had an average of 4.5 and 4 respectively, be considered satisfactory. The dimension of the Basic Health Units, the average was 4, with satisfactory results, however as the size of the profile of the team, two had a mean 5 and 4.75 regarded as very satisfactory and resulted in 4,25 satisfactory. Conclusion: It is concluded that the available instrument was effective in institutional evaluation process, providing data in planning and developing health strategies.

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INTRODUÇÃO

Atualmente, a política da atenção básica está centrada na família, levando em consideração o ambiente físico e social, tendo como objetivos alcançar a universalidade e a equidade no atendimento, melhorar a qualidade e a humanização do cuidado, bem como efetivar os princípios da integralidade, intersetorialidade, territorialização e a participação social no Sistema Único de Saúde 1.

A atuação da equipe de saúde na Estratégia da Saúde da Família abrange todas as etapas do processo saúde-doença e envolve dimensões da promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, além da assistência, tratamento e reabilitação 2.

Nos últimos anos, com o aumento da cobertura da população brasileira pela Estratégia da Saúde da Família (ESF), a avaliação e o monitoramento das ações desenvolvidas pelas equipes de saúde da atenção básica tem assumido maior destaque dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de dar novas condições aos processos decisórios, visando à melhoria da qualidade do serviço prestado.

Dessa forma, avaliar significa formar opinião e emitir juízo de valor sobre determinado assunto. Esses julgamentos podem ser resultantes da aplicação de critérios e normas (avaliação normativa) ou ser elaborados com base em procedimento científico (pesquisa avaliativa). A avaliação pode ser externa, se conduzida por uma equipe que não faz parte da organização; ou interna, se realizada pela própria organização 3.

O ato de avaliar acompanha o fazer humano, quando há necessidade de avaliar serviços, em especial os serviços de saúde, além de servir para melhorar o desempenho dos prestadores desses serviços, alavancar a satisfação de trabalhadores e usuários, aprimorar o contexto do trabalho e a qualidade de vida das

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pessoas, proporciona melhores resultados em termos de eficiência e eficácia do sistema 4.

A avaliação da qualidade dos seus serviços é uma preocupação antiga no sistema público de saúde no Brasil, no qual critérios subjetivos que dizem respeito aos usuários, como a opinião e a satisfação devem ser levados em consideração, sendo vistos como importantes indicadores e instrumentos de avaliação dos serviços em questão 5.

Para o Ministério da Saúde, “a avaliação em saúde tem como pressuposto a avaliação da eficiência, eficácia e efetividade das estruturas, processos e resultados relacionados ao risco, acesso e satisfação dos cidadãos frente aos serviços públicos de saúde na busca da resolubilidade e qualidade” 6.

Uma das principais diretrizes da Política Nacional da Atenção Básica é executar a gestão pública com base na indução, monitoramento e avaliação de processos e resultados mensuráveis, garantindo acesso e qualidade da atenção em saúde a toda a população. Nesse sentido, o Ministério da Saúde apresenta a ferramenta de autoavaliação para Melhoria da do Acesso e da qualidade da Atenção Básica (AMAQ), situando-a como estratégia permanente para tomada de decisões e ação central para melhor qualidade das ações de saúde 7.

O AMAQ foi instituído pela Portaria nº 1.654 GM/MS, de 19 de julho de 2011, um programa cujo principal objetivo é induzir a ampliação do acesso e o aprimoramento da qualidade da atenção básica, promovendo a transparência do processo de gestão, a participação e controle social e a responsabilização sanitária dos profissionais e gestores de saúde com a melhoria das condições de saúde e satisfação dos usuários 8.

Além desses objetivos, a AMAQ tem a finalidade de fornecer padrões de práticas e organização das UBS; promover os princípios, qualidade e inovação da

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Atenção Básica, fortalecendo os processos de autoavaliação, monitoramento e avaliação, apoio institucional nas três esferas de governo; melhorar a qualidade da alimentação do sistema de informação; institucionalizar uma cultura de avaliação com base na indução e acompanhamento de processos e resultados, e ampliar o foco da atenção no usuário 7.

O resultado da aplicação da AMAQ é um diagnóstico de situação da organização e funcionamento dos serviços e suas práticas, tendo por base as diretrizes oficiais que norteiam a organização da ESF. Devido ao seu caráter prático e pedagógico, a AMAQ possibilita a elaboração de planos de ação para a melhor qualidade da ESF, de forma contínua e participativa, subsidiando os gerentes municipais na gestão do sistema de saúde 7.

No Brasil, o Ministério da Saúde tem realizado ações para incrementar a qualidade da atenção básica no Brasil, para a consolidação do SUS como política social, promovendo a construção de processos estruturados e sistemáticos, coerentes com os princípios da universalidade, equidade, integralidade, participação social, resolutividade, acessibilidade e abrangentes em suas várias dimensões da gestão, do cuidado e do impacto sobre o perfil epidemiológico 9.

Desta forma a autoavaliação é entendida como o ponto de partida da fase de desenvolvimento da AMAQ, uma vez que os processos orientados para melhoria e planejamento das ações têm início com base na identificação e no reconhecimento das problemáticas do trabalho, bem como as dimensões positivas já implantadas e desenvolvidas pela gestão e pelas equipes de atenção à saúde local 7.

Neste sentido, demonstrar a ferramenta AMAQ, principalmente nos municípios de pequeno porte, pioneiros na implantação é um grande desafio, pois a maioria das pesquisas de avaliação em saúde é a respeito de um serviço específico, diagnóstico da situação de saúde e experiências exitosas. Além disso, embora

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sendo uma política oficial que diz respeito à superioridade da qualidade da atenção primária, há poucos estudos abordando aspectos metodológicos e práticas desse instrumento.

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é demonstrar a aplicação do instrumento da AMAQ, bem como os resultados da autoavaliação nas quatro dimensões realizada no município de Aquidauana, MS. Essa escolha se deu pela importância dos temas tratados para dar melhores condições de qualidade da atenção básica, e também para efetivação e consolidação das políticas institucionalizadas de avaliação no Brasil.

MATERIAL E MÉTODO

É um estudo documental descritivo de natureza quantitativa, demonstrando os resultados do instrumento do Programa Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), no município de Aquidauana, MS, no ano de 2012.

Para a análise dos dados, foram utilizados aqueles dos cartões de respostas nas quatro dimensões abordadas no instrumento PMAQ – AB; em seguida, foi feita uma planilha no programa Microsoft Excel para digitação e análise do material colhido através das respostas. .

O instrumento da AMAQ – AB está organizado em duas unidades de análise: a gestão e as equipes de saúde e está dividida em quatro dimensões que se desdobram em 13 subdimensões, pelas quais será realizada a autoavaliação. O instrumento AMAQ é composto de 112 perguntas, conforme quadro abaixo 7:

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Quadro 1: Estrutura do Instrumento AMAQ – AB Unidade de Análise

Dimensão Subdmensão

Nº de Pontuação Padrões Mínima Máxima

Gestão

Gestão Municipal

A- Implantação e implementação da Atenção

Básica no Município 9 0 90

B- Organização e integração da Rede de Atenção

à Saúde 3 0 30

C- Gestão de Trabalho 4 0 40

D- Participação, Controle Social e Satisfação do

Usuário 4 0 40

E- Apoio Institucional 3 0 30

Gestão da atenção F - Educação Permanente 6 0 60 Básica G- Gestão do Monitotamento e Avaliação 5 0 50 Unidade Básica H- Infraestrutura e Equipamentos 9 0 90 de Saúde I - Insumos, imuno-biológicos e medicamentos 8 0 80

Equipe

Perfil, Processo de j- Perfil da Equipe 3 0 30 Trabalho e Atenção K - Organização do Processo de trabalho 12 0 120

Integral à Saúde L- Atenção Integral à Saúde 42 0 420

M- Participação, Controle Social e Satisfação do

Usuário 3 0 30

Fonte: AMAQ-AB

A classificação da subdimensão quanto ao nível de qualidade é feita por meio do cálculo dos percentuais dos pontos conquistados em relação ao total de pontos possíveis, associando o resultado observado à escala definida. A escala utilizada distribui, de maneira percentual, os pontos das subdimensões nas 5 categorias conforme o esquema abaixo:

Quadro 2: Valores de Referência da subdimensões em categorias Dimensão da Gestão Municipal

Subdimensões

Muito

Insatisfatório Insatisfatório Regular Satisfatório

Muito Satisfatório

1pt 2pt 3pt 4pt 5pt

Subdimensão A - Implantação e Implementação da

Atenção Básica no Município - 90 pontos (9 perguntas) 0 a 17 18 a 35

36 a

53 54 a 71 72 a 90 Subdimensão B - Organização e Integração da Rede de

Atenção Básica - 30 pontos (3 perguntas) 0 a 5 6 a 11 12 a 17 18 a 23 24 a 30 Subdimensão C - Gestão de Trabaho – 40 pontos (4

perguntas) 0 a 7 8 a 15

16 a

23 24 a 31 32 a 40 Subdimensão D - Participação, Controle Social e

Satisfação do Usuário – 40 pontos (4 perguntas) 0 a 7 8 a 15

16 a

23 24 a 31 32 a 40 Dimensão da Gestão da Atenção Básica

Subdimensão E - Apoio Institucional - 30 pontos (3

perguntas) 0 a 5 6 a 11 12 a17 18 a 23 24 a 30

Subdimensão F - Educação Permanente - 60 pontos (6

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Subdimensão G - Gestão de Monitoramento e

Avaliação - 50 pontos (5 perguntas) 0 a 9 10 a 19

20 a

29 30 a 39 40 a 50 Dimensão da Gestão da Unidade Básica de Saúde

Subdimensão H - Infraestrutura e equipamentos- 90

pontos (9 perguntas) 0 a 17 18 a 35 36 a53 54 a71 72 a 90 Subdimensão I - Insumos, imunobiológicos e

medicamentos - 90 pontos (9 perguntas) 0 a 17 18 a 35 36 a53 54 a71 72 a 90 Dimensão: Perfil, Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde

Subdimensão J - Perfil da Equipe- 30 pontos (3

perguntas) 0 a 5 6 a 11 12 a17 18 a23 24 a 30

Subdimensão K - Organização do processo de trabalho

- 120 pontos (12 perguntas) 0 a 23 24 a 47 48 a71 72 a95 96 a 120 Subdimensão L - Atenção integral à Saúde - 420 pontos

(42 perguntas) 0 a 83 84 a 167

168 a

251 252 a 335 336 a 420 Subdimensão M - Participação social e Satisfação do

Usuário- 30 pontos (3 perguntas) 0 a 5 6 a 11 12 a17 18 a23 24 a 30

Fonte: AMAQ-AB

Após a realização das perguntas, as respostas são registradas em quadros de acordo com a subdimensão a que pertencem e, posteriormente, serão somados os pontos. De acordo com esse resultado serão classificadas em uma das 5 categorias: muito insatisfeito, satisfeito, regular, satisfeito e muito satisfatório.

Cada pergunta possui uma escala de 0 a 10, cujos pontos serão dados pelos respondentes. O ponto 0 (zero) indica o não cumprimento ao padrão, considerado muito insatisfeito e o ponto 10 considera-se como muito satisfeito, e as notas intermediárias nos intervalos entre 0 e 10 são graus de conformidade/atendimento da situação analisada em relação à qualidade desejada 7.

Realizadas as perguntas das subdimensões, o resultado é colocado em outro quadro que dará a classificação da dimensão, que consiste na média das avaliações de suas subdimensões, resultando em pontuação que varia entre 1 e 5. A média dos pontos, obtidos a partir da classificação das subdimensões que compõem uma dimensão, resulta em um valor que será aplicado em escala categórica. Posteriormente, será realizada uma média ponderada dessas subdimensões, para obter-se o resultado final da dimensão 7.

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RESULTADOS

Tabela 1 – Pontuação atingida na dimensão de Gestão Municipal no município de Aquidauana (MS) no ano de 2012 Subdimensões Muito Insatisfatório (1pt) Insatisfatório (2pt) Regular (3pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Subdimensão A Implantação e Implementação da Atenção Básica no Município (90 pontos- 9 perguntas)

4 (68 pontos)

Subdimensão B

Organização e Integração da Rede de Atenção Básica (30 pontos -3 perguntas) 5 ( 26 pontos) Subdimensão C Gestão do Trabaho (40 pontos -4 perguntas) 4 (26 pontos) Subdimensão D

Participação, Controle Social e Satisfação do Usuário (40 pontos - 4 perguntas) 5 (37 pontos) Soma da Pontuação 18 Média 4,5

Fonte: AMAQ-AB, Aquidauana, MS, 2012

De acordo com a tabela 1, das 12 perguntas da dimensão gestor municipal que são colocadas em 4 subdimensões A, B, C, D, duas subdimensões B e D tiveram como resultado muito satisfatório e nas subdimensões A e C satisfatório, tendo como média 4,5, mostrando, assim, que o gestor municipal considera sua administração satisfatória.

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Tabela 2 – Pontuação atingida na dimensão de Gestão da Atenção Básica no município de Aquidauana (MS) no ano de 2012 Subdimensões Muito Insatisfatório (1pt) Insatisfatório (2pt) Regular (3pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Subdimensão E Apoio Institucional - 30 pontos (3 perguntas) 4 (20 pontos) Subdimensão F Educação Permanente - 60 pontos (6 perguntas) 4 (46 pontos) Subdimensão G Gestão de Monitoramento e Avaliação - 50 pontos (5 perguntas) 4 (36 pontos) Soma da Pontuação 8 Média 4

Fonte: AMAQ-AB, Aquidauana, MS, 2012

De acordo com a tabela 2, a Coordenação da Atenção da Básica respondeu no total 14 perguntas distribuídas em três dimensões E, F, G, onde todas alcançaram a pontuação de satisfatório, tendo como média 4, mostrando, assim, que a gestora da atenção básica municipal considera sua administração satisfatória. Na tabela 3, foram realizadas 18 perguntas para cada coordenador de Unidade Básica de Saúde, distribuídas em duas subdimensões H e I, onde todos tiveram como média 4, ou seja, todos consideram a sua administração satisfatória.

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Tabela 3 – Pontuação atingida na dimensão Unidade Básica de Saúde no município de Aquidauana (MS) no ano de 2012

Subdimensões Unidade da Estratégia da Saúde da Família José Vória Unidade da Estratégia da Saúde da Família Santa Terezinha Unidade da Estratégia da Saúde da Família São Pedro Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Subdimensão H Infraestrutura e equipamentos- 90 pontos (9 perguntas) 4 (68 pontos) 4 (70 pontos) 4 (70 pontos) Subdimensão I – Insumos, imunobiológicos e medicamentos - 90 pontos (9 perguntas) 4 (63pontos) 4 (62pontos) 4 (58pontos) Soma da Pontuação 8 8 8 Média 4 4 4

Fonte: AMAQ-AB, Aquidauana, MS, 2012

Tabela 4 – Pontuação atingida na dimensão do Perfil, Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde no município de Aquidauana (MS) no ano de 2012

Subdimensões Unidade da Estratégia da Saúde da Família José vória Unidade da Estratégia da Saúde da Família Santa Terezinha Unidade da Estratégia da Saúde da Família São Pedro Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Satisfatório (4pt) Muito Satisfatório (5pt) Subdimensão J

Perfil da Equipe- 30 pontos (3 perguntas) 5 (27pontos) 4 (22 pontos) 4 (21 pontos) Subdimensão K Organização do processo de trabalho - 120 pontos (12 perguntas) 5 (107pontos) 5 (103 pontos) 5 (98 pontos) Subdimensão L

Atenção integral à Saúde - 420 pontos (42 perguntas) 5 (358 pontos) 4 (310 pontos) 5 (342 pontos) Subdimensão M Participação social e Satisfação do Usuário- 30 pontos (3 perguntas) 5 (27 pontos) 4 ( 23 pontos) 5 (29 pontos) Soma da Pontuação 20 23 29 Média 5 4,25 4,75

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Conforme a tabela 4, foram realizadas 60 perguntas para cada equipe da Unidade Básica de Saúde, distribuídas em quatro subdimensões J, K, L, M, onde duas equipes tiveram com média 5 e 4,75 que consideram o serviço desenvolvido pela equipe muito satisfatório e uma das equipes obteve média 4, 25 que considera o trabalho satisfatório. Vale ressaltar que as equipe da Saúde Família José Vória e Santa Terezinha atendem na mesma Unidade de Saúde e tiveram resultado diferente em sua autoavaliação.

DISCUSSÃO

Nesta pesquisa sobre aplicação do instrumento AMAQ – AB nota-se que no cartão de resposta, tanto o gestor municipal, como os gerentes das Unidades e os membros das equipes da Estratégia da Saúde da Família consideram o serviço prestado satisfatório e que a ferramenta proposta é eficaz.

Um dos fatores limitantes para a discussão dos resultados deste estudo foi a escassez de trabalhos citando a AMAQ, com instrumento avaliador, por ser ainda um programa novo do Ministério da Saúde, onde as pesquisas encontradas utilizam a AMQ (Avaliação da melhoria da qualidade) que é uma ferramenta antecessora da PMAQ, possuindo a mesma filosofia de intervenção, mas com metodologia diferente, no que diz respeito à pontuação final. Dessa forma, optamos por fazer referência a alguns trabalhos que citam a AMQ, para subsidiar os resultados encontrados.

O instrumento autoavaliador da AMAQ é de fácil acesso e aplicabilidade, pois separa o questionamento por nível de hierarquia, fazendo que eles mesmos pontuem suas ações numa escala de 0 a 10 e, posteriormente, realizem uma planilha de intervenção para melhoria de cada ação encontrada a partir da realidade local, seja ela boa ou ruim, num processo contínuo e linear, diferente da AMQ, onde

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os questionamentos dão aos entrevistados duas opções – sim ou não –, com determinação de padrões de qualidade 7

.

O estudo realizado em São Paulo evidencia que os profissionais envolvidos com a implantação do AMQ nos municípios paulistas apresentam dificuldades na compreensão do que se pretendia com determinados padrões de qualidade em termos de processos de trabalho, causando uma resistência e desânimo na aplicação dos cadernos de autoavaliação. Isto traz à tona a importância de tornar esses cadernos simples e consistentes o suficiente para que todos os atores envolvidos, que pertencem a distintas categorias profissionais e possuem formação acadêmica heterogênea, compreendam e sintam-se pertencentes a essa estratégia de melhoria da qualidade 11,12.

Vale ressaltar que parâmetros de avaliação não estão disponíveis na literatura e que AMAQ quanto a AMQ são propostas para tal. O AMQ pode funcionar como uma ferramenta de gestão ao identificar, com maior riqueza de detalhes, o cotidiano de gestores e profissionais de equipes de saúde. Por outro lado, os próprios profissionais das equipes de saúde podem beneficiar-se de parâmetros de análise de sua realidade prática, contribuindo para um juízo de valor mais consistente e uma melhor tomada de decisão na melhoria da qualidade dos processos de trabalho 13.

A AMQ possibilita a identificação dos aspectos críticos e conduzirá os profissionais à reflexão acerca de sua função, para que possam programar suas ações baseadas nas necessidades reais dos serviços, da equipe e da população 1.

Em relação à dimensão da gestão municipal, a tabela 1, mostra que nas subdimensões A e C, que se referem à implantação do serviço e gestão de trabalho tiveram como resultado satisfatório, pois envolvem muitos sujeitos e também a articulação com outros segmentos além da saúde, como políticas de saúde bem definidas; já nas subdimensões B e D que são organização do serviço e participação

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social, tiveram como resultado muito satisfatório, pois fazem parte das diretrizes básicas para que haja o credenciamento e financiamento do serviço.

Nas dimensões que envolvem a gestão da atenção básica na tabela 2 e unidade básica de saúde na tabela 3, os resultados encontrados são de satisfatório, pois muitos itens estabelecidos para esse segmento não dependem somente da organização e estruturação do serviço e sim envolvem outros atores, como agilidade nos processos licitatórios para compra de materiais de consumo e permanente, acesso ao medicamento, instalação física da Unidade, contratação, e capacitação de recursos humanos.

A instalação física das Unidades de Saúde da Família (USF) foi considerada sempre ou quase sempre adequada para o desenvolvimento das ações de saúde por 21(65,7%) dos sujeitos. No entanto, 24(75%) relataram que nunca ou raramente existe um espaço adequado para as reuniões da equipe e para o desenvolvimento de educação permanente com os profissionais 1.

Os problemas com a estrutura física das USF são relatados em outros estudos realizados no Brasil e interferem na qualidade do atendimento aos usuários e na integração dos profissionais da equipe 14.

A existência de um espaço específico e equipado com mesa, cadeiras, computador e material didático podem estimular os profissionais a fazer reuniões periódicas para planejar a ações a serem desenvolvidas e também o desenvolvimento de atividades de educação permanente como capacitações e atualizações 1.

No entanto, ao analisarmos o resultado da tabela 4, que determina a dimensão do processo de trabalho por equipe, tivemos como resultado: duas equipes que consideram seu trabalho, de maneira geral, muito satisfatório e uma das equipes o considera satisfatório. Vale ressaltar que essa equipe teve dificuldades

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desde o início da sua implantação com a efetividade dos recursos humanos, tendo havido várias trocas de profissionais na equipe.

Também se deve ressaltar ser importante que os profissionais de saúde, gerentes de unidades ou profissionais das equipes de Saúde da Família utilizem os sistemas de informação e os instrumentos de avaliação disponíveis, pois os processos avaliativos devem ser incorporados às práticas dos serviços de saúde, não só para o planejamento, mas para a tomada de decisões 15.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o instrumento de Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade (AMAQ) é eficaz e essencial no processo de avaliação institucional, sendo meio fidedigno que subsidia os gestores, profissionais de saúde e usuários no planejamento e elaboração de estratégias de saúde.

REFERÊNCIAS

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