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[Recensão a] MACEDO, António de Sousa de ( ): Flores de España excelencias de Portugal. URI:

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Academic year: 2021

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[Recensão a] MACEDO, António de Sousa de (1606-1682): Flores de España

excelencias de Portugal

Autor(es):

Miranda, Margarida

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/39465

Accessed :

29-Jul-2021 13:02:25

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Vol. LVI

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

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Recensões

MACEDO,

António de Sousa de (1606-1682):

Flores de España excelencias de

Portugal / por António de Sousa de Macedo; pref. de Pedro da Costa

de Sousa de Macedo. - Ed. Fac Símile (Lisboa, Alcalá, 2003).

- XXVI,

252 p. - ISBN 972867306X.

Este é o primeiro volume da nova colecção das edições Alcalá, umâ colecção de fac similes intitulada Imperitura, cujo Conselho Editorial é constituído por Arnaldo Espírito Santo e José Carlos de Miranda, e se destina a dar a merecida divulgação a determinadas obras portuguesas, ou de autores portugueses, que de outro modo só poderão ser encontradas nos limites das Bibliotecas.

O autor contemplado é uma figura notável do nosso século XVII (1606- 1682), diplomata de relações internacionais, mas também autor de volumosa obra, não só enquanto diplomata e jurisconsulto (área da sua formação específica na Universidade de Coimbra) mas também enquanto ensaísta, teólogo e poeta neolatino, como demonstrou no poema Ulissipo de 1640 sobre a fundação mítica da cidade de Lisboa. A obra de maior fôlego que publicou foi talvez a Lusitania Liberata ab iniusto Castellanorum dominio (1645), mas a obra que hoje saudamos foi a que escreveu no ardor dos seus 22 anos, em 1628, quando permaneceu dois anos na corte de Madrid. Publicada em 1631, trata-se de urna obra de referência na literatura autonomista portuguesa ao tempo da dinastia filipina, que teve a particularidade de ser bem acolhida por ambos os monarcas (quer por Filipe IV de Espanha, III de Portugal, quer por D. João IV, futuro rei de Portugal). O objec­ tivo do autor era reforçar a identidade de Portugal e distingui-la da identidade espanhola. Para isso o autor passa em revista uma grande variedade de argu­ mentos, e descreve as mais diversas realidades em que Portugal guarda as exce­ lências. Não são apenas as qualidades dos portugueses (a honestidade, a boa aparência, a inteligência, a verdade, a fidelidade, a magnanimidade, a fortaleza, o bom governo!) que são enaltecidas —prova de que os tempos de crise interna não são necessariamente tempos de depressão nacional e de baixos índices de auto estima). A identidade de Portugal exprime-se desde logo pela sua particular localização e clima ameno, bem como pela beleza dos seus campos, pela riqueza e fertilidade das suas terras. No entanto, o factor de identidade mais notável aos olhos de António de Macedo é constituído, como não podia deixar de ser, pelos feitos históricos e heroicos dos portugueses. A estes dedica o capítulo mais extenso do seu livro (De la fortaleza de los portugueses p. 153-210).

Extremamente interessante é o cuidado de António de Macedo em recordar tudo quanto de notável outros autores escreveram sobre Portugal e as acções dos Portugueses, mas nada é tão curioso como as alusões vivas a inumeráveis factos, personagens, costumes e personalidades contemporâneos do autor, ou anteriores ao primeiro quartel do séc. XVII. Este último aspecto, com efeito, dá à obra um

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Recensões

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acréscimo de valor documental que a torna um precioso auxiliar para quem deseje conhecer em profundidade a sociedade portuguesa do século XVII.

Na estrutura da obra, António de Macedo está em constante interacção com os textos dos autores antigos que tão bem conhece, não só do intertexto clássico pagão como do intertexto bíblico e cristão, cujos autores António de Macedo relaciona, sempre que pode, com a própria história de Portugal, numa visão típica do pensamento político da época, como era o providencialismo.

Que o texto tenha sido escrito em língua castelhana e não portuguesa, e o livro dedicado a Filipe II de Espanha não pode desmerecer os objectivos do autor, que consistiam em enaltecer as excelencias dos portugueses, ainda que concedidas pelo autor como Flores de España, e fazê-lo numa língua que considerava mais conhecida em toda a Europa (p. 235). Esta concessão à presente situação política de dependência efectiva não impediu António de Macedo de proferir as mais directas críticas à responsabilidade do rei sobre os infortúnios de Portugal (p. 24), nem de recordar as acções heroicas dos reis de Portugal até D. Sebastião (omi­ tindo assim a dinastia filipina. Vd. p. 232 vQ ss.), nem mesmo de afirmar que

Portugal era uma Monarquia soberana, e que não reconhecia o reino de Leão e Castela por superior (p. 35 e 35 v-).

A introdução do fac simile, de Pedro da Costa de Sousa de Macedo, além de ser ilustrada por alguns retratos dos seus familiares, beneficiou ainda do facto de o autor possuir nos seus arquivos privados alguns documentos relativos ao seu avoengo, cujos rostos publica. O texto do fac simile retoma al- edição da obra, publicada em Lisboa, nas oficinas de João Álvares, em 1631.

Margarida Miranda

MACEDO, Francisco de Santo Agostinho de (1596-1681): Philippica Portu­

guesa contra la invectiva castellana. / P.M. Fr. Francisco de S. Agustín;

introd. de Carlota de Miranda Urbano. - Fac Símile (Lisboa, Alcalá,

2003). - XII, 287 p. ISBN 9728673108.

Na mesma oficina de João Álvares, em Lisboa, publicou-se em 1645 outra obra de conteúdo autonomista mas de pendor mais polémico, da autoria do P. Francisco de Santo Agostinho de Macedo. Tendo conhecido uma única edição, a obra repousava portanto no interior das Bibliotecas, até que a Alcalá decidiu ressuscitá-la.

Autor de vasta produção literária e senhor de uma longa carreira como mestre de Retórica, de Filosofia, de Teologia, como poeta neolatino, mas também como diplomata, pregador e historiador, Francisco de Santo Agostinho de

Referências

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