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MANEJO SANITÁRIO. Profª Maria Sichonany Moterle.

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(1)

MANEJO

SANITÁRIO

Profª Maria Sichonany Moterle

maria_sichonany@hotmail.com

Escola Técnica Estadual Santa Isabel – ETESI São Lourenço do Sul – RS

Curso Técnico em Agropecuária Componente Curricular: Ovinocultura

(2)

MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS

 O convívio com animais doentes ou infectados, assim

como a utilização de seus produtos para a alimentação pode expor o ser humano a uma série de problemas de

saúde.

 Deste modo, o cuidado com a saúde dos animais está

(3)

Além disto, muitas perdas econômicas na criação são

oriundas de problemas de saúde nos animais, ocasionando diminuição na produção, ou podendo levar o animal à morte.

 Além da perda econômica com a queda na produção, a

utilização de medicamentos gera um alto custo ao produtor.

(4)

 O ideal é prevenir doenças para ter uma atividade

produtiva e lucrativa.

 É importante que o criador e o técnico tenham sempre

em mente a necessidade de adotar medidas de caráter preventivo, para com isso não precisar gastar com medicamentos e não ter perdas econômicas, como queda na produção e morte de animais.

 Nesse sentido, a produção animal está diretamente

relacionada com a saúde dos animais.

(5)

PRODUÇÃO ANIMAL

SAÚDE ANIMAL É A BASE DA

(6)

Características a serem observadas

que representam que o ovino está

sadio

 Apetite normal

 Velo (lã) em condições normais, pelos lisos e brilhantes

(ovinos deslanados)

 Ruminação presente

 Desenvolvimento compatível com a raça, idade e

alimentação

 Orelha: na maioria das raças são eretas  Nariz e boca: normalmente é frio e úmido

(7)

Características a serem observadas

que representam que o ovino está

sadio

 Pulso: varia de acordo com a idade

 Cordeiros 80 a 90 batidas/min  Adultos 60 a 70 batidas/min

 Respiração: movimentos respiratórios normais em animais

jovens é de 20/min e em adultos 15/min

 Temperatura corporal

 Cordeiros: 40 a 41ºC  Adultos: 39 a 40º C

(8)

MEDIDAS

SANITÁRIAS A

SEREM ADOTAS

(9)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

SANEAMENTO AMBIENTAL

O cuidado com o ambiente também é papel do

criador

O esterco dos ovinos (do aprisco) deve ser colocado

em local adequado – esterqueiras

Os alimentos também devem ser bem armazenados

Dessa forma evita-se a presença de insetos e roedores

(10)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

LIMPEZA DAS INSTALAÇÕES

As instalações devem oferecer um ambiente agradável para os

animais e funcionários para que desta maneira a resposta em termos produtivos seja sempre favorável.

Caso a instalação seja de piso ripado, este deve ser varrido

diariamente, sendo as fezes retiradas.

Caso seja utilizada a cama, esta deve ser trocada sempre

quando necessário (com excesso de fezes e umidade).

Os comedouros e bebedouros também devem ser sempre

(11)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

LIMPEZA

DAS

(12)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

NUTRIÇÃO

Um animal bem alimentado normalmente apresenta resistência

orgânica para algumas enfermidades, desta forma, alimentar bem os animais (quantidade e qualidade adequadas) é um grande passo para o controle de enfermidades do rebanho.

DIVISÃO

Facilita o manejo e evita que animais mais velhos transmitam

doenças para os animais mais novos.

(13)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

CUIDADO NA AQUISIÇÃO DE ANIMAIS

Na hora da aquisição de novos animais, esses devem ser bem

escolhidos e bem observados.

Na chegada a propriedade eles devem ficar em quarentena

num local próprio, com observação frequente, dessa forma evita-se que novos animais tragam doenças ao rebanho.

REGISTRO DE DADOS

Todos os acontecimentos devem ser acompanhados e

anotados em uma criação, para evitar problemas futuros e programar manejos profiláticos.

(14)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

ISOLAMENTO E TRATAMENTO DOS ANIMAIS DOENTES

Os animais doentes devem ser tratados separadamente do

rebanho para evitar a proliferação da doença. 

OBSERVAÇÃO DO REBANHO

O criador deve estar sempre observando seus animais, pois ele

saberá muito bem quando algo diferente ocorrer.

As enfermidades, normalmente apresentam sintomas

específicos, cabe ao produtor observar e chamar um técnico para orientá-lo.

(15)

MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM

ADOTAS

VACINAÇÃO

Em todas as criações é comum e necessária, a utilização de

vacinas para evitar determinadas doenças.

O esquema de vacinação varia conforme a situação do

rebanho e sua localização geográfica.

Algumas vacinas comumente utilizadas são:

Febre Aftosa Enterotoxemia Gangrena gasosa Carbúnculo sintomático  Raiva  Leptospirose  Tétano  Ectima contagioso

(16)

EXEMPLO DE PLANILHA PARA MANEJO

DE OVINOS

SERVIÇOS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Selecionar as matrizes para acasalamento X X Encarneiramento A B C Limpeza Matriz pré-parto A B C Nascimento dos cordeiros(as) A B C Assinalação, castração e descole X X X Desmame dos cordeiros A B C Aparar os cascos X X Sal Mineral X X X X X X X X X X X X

(17)

EXEMPLO DE PLANILHA PARA MANEJO DE OVINOS

SERVIÇOS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Vacina Polivalente* X X Vacina Carbúnculo Hemático** X X Vacina Ectima Contagioso*** X Vermífugo de amplo Espectro X X X Vermífugo para Haemoncus X X Vermífugo para Oestrus Ovis X Vacina Foot-root*** X X

Vacina contra Tétano X

*Engloba Carbúnculo Sintomático, Gangrena Gasosa e Enterotoxemia. Recomenda-se vacinar os cordeiros após o desmame.

**Vacinar em maio o rebanho e em novembro os cordeiros(as).

(18)

CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA

VACINAÇÃO

 Verificar sempre a dose e a via de inoculação das vacinas

(subcutânea, intra-muscular, endovenosa)

 Verificar no rótulo a validade das vacinas  Nunca deixar as vacinas expostas ao sol

 Transportá-las sempre em caixas térmicas contendo gelo

 As seringas e agulhas devem ser esterilizadas antes de seu

(19)

VIAS

ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS E

(20)

ORAL

 Diretamente na boca dos ovinos

 Aplicar o dosador no canto da boca

 Cuidar falsa-via (via pulmonar)

VIAS ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E VACINAS

(21)

ENDOVENOSA

 É aplicada na veia

 Sempre utilizar material descartável ou esterilizado

 Deve ser realizado preferencialmente por médico

veterinário

(22)

SUBCUTÂNEO

 Deposição do medicamento entre a pelo e

o músculo

 O local de aplicação do medicamento deve

ter a pele mais solta, indicado aplicar na tábua do pescoço (ovelhas deslanadas), atrás da paleta ou verilha

VIAS ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E VACINAS

Puxa-se a pele e introduz-se a agulha entre a pele e o

(23)

INTRAMUSCULAR

 Deposição do medicamento dentro do músculo

 O local de aplicação do medicamento deve apresentar

grande deposição de músculo, sendo indicada a parte interna do quarto (coxa), paleta ou tábua do pescoço

VIAS ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E VACINAS

Introduzir a agulha no músculo. Antes de injetar o medicamento, deve-se voltar ligeiramente o

embolo da seringa, para certificar-se que a agulha não atingiu nenhum vaso sanguíneo.

Aplicar no máximo 5 ml por ponto de injeção em animais adultos, evitando, assim, a dilaceração

(24)

PRINCIPAIS

DOENÇAS EM

OVINOS E MEDIDAS

PROFILÁTICAS

(25)

As principais doenças que acometem os ovinos

podem ser divididas em três grupos:

Enfermidades causadas por macroparasitos (Parasitóses)

Enfermidades causadas por microparasitos Distúrbios metabólicos

PRINCIPAIS DOENÇAS EM OVINOS

E MEDIDAS PROFILÁTICAS

(26)

PRINCIPAIS DOENÇAS

EM OVINOS

ENDOPARASITAS: Verminose ECTOPARASITAS: Miíases (bicheira)

Oestrose (bicho da cabeça) Sarna

Piolho Berne Carrapato

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS VÍRUS: Ectima contagioso BACTÉRIAS: Enterotoxemia Ceratoconjuntivite contagiosa Diarreria dos cordeiros

Podordemite necrótica (Foot-rot) Carbúnculo hemático Carbúnculo sintomático Tétano Gangrena gasosa Brucelose Pneumoria

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS

(27)

PRINCIPAIS DOENÇAS EM OVINOS

Toxemia da gestação Acidose Urolitíase Plantas tóxicas DOENÇAS METABÓLICAS

(28)

DOENÇAS

CAUSADAS POR

MACROPARASITAS

(29)

HELMINTÍASE (Verminoses)

 Sem dúvida alguma, nas helmintíases encontramos os grandes

problemas da criação de ovinos provocando sérios prejuízos aos criadores.

 A taxa de crescimento dos animais diminui e a perda de peso

é comum, ocorre redução na produção de lã, diminuição da performance reprodutiva, a produção de leite diminui, tendo como consequência baixos pesos dos cordeiros, gastos com medicamentos e alta mortalidade.

(30)

HELMINTÍASE (Verminoses)

Sinais clínicos:

 Fraqueza geral e debilidade do animal  Adelgaçamento

 Anemia visível pelas pálpebras e mucosas da boca  Diarreia (churriu)

 Magreza

 O animal cansa e deita ao ser tocado  Papeira (edema sub-mandibular)

 Tosse e secreção nasal

(31)

HELMINTÍASE (Verminoses)

IDENTIDIFICAÇÃO VISUAL DE CONTAMINAÇÃO:

 Pelo exame clínico de alguns animais, já podemos ter uma certa orientação, pois sabemos que se os animais se apresentarem com:

Anemia, fezes ressequidas, é quase certo que estamos diante de uma

infestação de helmintos hematófagos, estando em primeiro plano os

hemonchus, principalmente na primavera e verão.

Casos de distúrbios intestinais, enfraquecimento e fezes diarreicas e fétidas,

nos levam a crer em tricostrongilideos ou estrongilideos.

Cordeiros enfraquecidos nos dirão da possível infestação por moniezias.

Animais anêmicos, com corrimento nasal e tosse, nos dizem da

possibilidade de uma dictiocaulose.

Corrimento nasal com estrias de sangue, pode indicar uma oestrose.

(32)

Métodos para avaliação da

contaminação parasitária do

rebanho

Diagnóstico por meio de exames de fezes (OPG)

Método Famacha

(33)

Diagnóstico por meio de exames de

fezes (OPG)

 O exame de fezes também nos poderá oferecer uma orientação aproximada da contaminação parasitária do rebanho

 A coleta de fezes deve ser feita a cada 28 dias, por categoria e/ou por piquete

 Em rebanhos pequenos devem ser colhidas no mínimo 10 a 15 amostras  Em rebanhos grandes deve-se colher 10% de cada categoria ou lote

 As fezes devem ser retiradas diretamente do reto, acondicionadas individualmente em frascos ou sacos de plásticos identificados e preservadas no gelo até a chegada no laboratório

(34)

Diagnóstico por meio de exames de

fezes (OPG)

Métodos para avaliação da contaminação parasitária do rebanho

Coleta de fezes:Sempre usar luvas

Acondicionar as amostras de

fezes em frascos ou sacos limpos

Identificar o lote ou ovino no

recipiente

Frasco para acondicionar as amostras de fezes

(35)

 Quando a contagem média de OPG (ovos por grama de fezes) for superior a 500, a aplicação de vermífugo é recomendada.

 Sete a Dez dias após a desverminação deve-se realizar outra coleta de fezes, dos mesmos animais, para verificar a eficácia do verrmífugo utilizado, que deverá ser superior a 90%.

 Em casos de dúvidas quanto ao resultado do OPG, principalmente quando não há redução do mesmo na coleta de fezes seguinte, recomenda-se fazer o cultivo de larvas, para se verificar o gênero do helminto responsável pelo suposto fracasso da medicação utilizada.

Diagnóstico por meio de exames de

fezes (OPG)

(36)

 Como calcular a eficácia do vermífugo

Diagnóstico por meio de exames de

fezes (OPG)

Métodos para avaliação da contaminação parasitária do rebanho

1 – Média do OPG pós-tratamento X 100 Média OPG pré-tratamento

Interpretar resultado:

Menor que 90% boa eficácia do princípio ativo vermífugo Maior que 90% resistência ao princípio ativo do vermífugo

(37)

Observação:

Tem-se verificado que quanto maior for a pressão

anti-helmíntica nos rebanhos, mais rapidamente se

estabelece à resistência.

Por isso, a desverminação mensal do rebanho não é

adequada, por tornar os vermes resistentes aos

diferentes tipos de vermífugos.

(38)

 O método Famacha é um recurso importante

no controle da verminose, principalmente do hemoncus contortus, e sua vantagem mais significativa é a redução do número de tratamentos aplicados, o que auxilia na diminuição do desenvolvimento da resistência a anti-helmínticos

 É um método de tratamento seletivo, ou seja,

objetiva vermifugar somente os animais do rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos;

Método Famacha

(39)

 Este exame, chamado de hematócrito, é o método

rotineiramente usado como indicador de saúde animal

 Cinco graus de coloração, ilustrados em um cartão, direcionam

a vermifugação dos animais

 Os graus 1 e 2 são de animais com coloração bem vermelha, ou

seja, praticamente sem traços de anemia

 No grau 3, já é indicada a vermifugação

 Nos graus 4 e 5, a vermifugação é imprescindível, pois a mucosa

apresenta palidez intensa, além do fato de que no grau 5 é indicado que o animal receba suplementação alimentar

Método Famacha

(40)
(41)

 Para a verificação da cor da

mucosa ocular, o examinador deve expor a conjuntiva, pressionando a pálpebra superior com um dedo polegar e abaixar a pálpebra inferior com o outro.

Método Famacha

(42)

MIÍASES (Bicheiras)

 São infestações ocasionadas por larvas de mosca

(ectoparasitas) com destruição e necrose dos tecidos, ocasionando grandes prejuízos aos criadores.

 A enfermidade é causada por larvas de moscas de diversos

gêneros como Lucilia, Caliphora, Cachliomya e Sarcophaga.

 A incidência de moscas é maior em período de alta

temperatura e alta umidade, diminuindo para baixas umidades, mesmo com altas temperaturas, reduzindo ainda mais, em épocas de baixas temperaturas.

(43)

MIÍASES (Bicheiras)

(44)

MIÍASES (Bicheiras)

(45)

MIÍASES (Bicheiras)

(46)

MIÍASES (Bicheiras)

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Sinais clínicos:

Animais inquietos, caminhar desordenado, tentativas de

morder as partes afetadas, originando-se grandes feridas.

Procuram evitar novos ataques de moscas abrigando-se em

lugares sombrios ou de pastagens mais altas (moitas), o que não raro dificulta encontrá-los.

Não se alimentam, sofrem emagrecimento progressivo e

(47)

MIÍASES (Bicheiras)

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Tratamento e Profilaxia:

 Inicialmente proceder a limpeza completa da zona atingida pelas larvas, inclusive corte da lã.

 Aplicar larvicida para destruir os parasitas, preferencialmente duas vezes ao dia, até constatação de eliminação total das larvas.

 O larvicida deve ser atóxico, não irritante para os tecidos, sem manchar a lã, de aplicação prática e bom poder parasiticida e residual, para evitar reinfestações.

 Deve-se combater as moscas produtoras de miíases, evitar cortes excessivos da pele durante a tosquia, cascarreio das fêmeas antes da parição, tratamento dos umbigos dos recém nascidos, evitar cirurgias em épocas de alta temperatura e examinar periodicamente todo o rebanho.

(48)

OESTROSES (Bicho da Cabeça)

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

 Enfermidade caracterizada por

uma renite parasitária, produzida pela infestação de larvas de mosca do gênero Oestrus Ovis.

 A larva se instala no interior das

narinas e ocorre principalmente a partir do início do verão (épocas das chuvas).

(49)

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Sinais clínicos:

 Animais inquietos

 Apresentam fluxo nasal mucopurulento como reflexo da renite traumática, às vezes sanguinolento

 Espirram frequentemente  Dificuldade respiratória  Cegueira

 Falta de coordenação motora  Movimentos em círculo

 Perda de peso

(50)

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Tratamento e Profilaxia:

Nas regiões onde ocorre a existência da mosca Oestrus ovis

os animais devem ser medicados com produtos específicos para oestrose no início do verão e/ou época das chuvas.

Os fosforados e as ivermectinas e/ou doramectinas

funcionam muito bem no seu controle

(51)

SARNA OVINA

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Afecção cutânea, causada por pequenos ectoparasitas (ácaros),

principalmente pelos Psoroptes ovis, Dermotex ovis e Sarcoptes ovis que ao picarem a pele dos ovinos, causam-lhes imensa coceira, descamação, perda de peso e da qualidade da lã.

 Levam ao enfraquecimento e elevada mortalidade dos ovinos

jovens, proporcionando grande prejuízo econômico ao rebanho.

 O contágio pode ocorrer de animal para animal ou de maneira

(52)

SARNA OVINA

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Sinais clínicos:

Normalmente os animais parasitados se tornam inquietos e

procuram coçar-se, mordendo ou pateando no lugar do prurido ou se coçando em árvores, postes, aramados, etc.

Ocorre irritação da pele, a lã se rompe formando crostas e

feridas e ocorre o emagrecimento progressivo do animal.

As lesões produzidas pelos ácaros podem aparecer em todas

as partes do corpo que estão cobertas de lã, porém aparecem com mais frequência no pescoço, paletas, prega da cauda, e nos ovinos tosados, no entreperna e escroto.

(53)

SARNA OVINA

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Tratamento e profilaxia:

Cura das lesões, associado a banhos antisárnicos e ao

tratamento com produtos à base de Ivermectin (via oral ou injetável).

Em propriedades com problemas, devem-se tosquiar os animais

e realizar 2 a 3 banhos sarnicidas em intervalos de 14 dias, queimar todos os restos de lã encontrados na propriedade, pulverizar todas as instalações com sarnicida e fazer quarentena dos animais que serão introduzidos no rebanho.

O tratamento consiste na aplicação de acaricidas, como o

triclorfon (Neguvon®), o amitraz (Triatox®), o diazinon (Diazinon®).

(54)

SARNA OVINA

(55)

Alguns cuidados devem ser tomados no banho:

 Observar um período mínimo de 10 dias, após a tosquia

 Separar os animais por categoria e banhar primeiramente os animais mais pesados

 Não banhar ovelhas e cordeiros juntos

 Nunca banhar animais com sede e nem muito tarde (após 16 horas)

 Não passar no banheiro ovelhas em adiantado estado de gestação (terço final)

 Mergulhar a cabeça dos animais na solução

 Em regiões com problemas, deve-se banhar o rebanho, duas vezes por ano, com intervalos de 10 a 15 dias

SARNA OVINA

(56)

PIOLHO EM OVINOS

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

 Enfermidade ectoparasitária caracterizada por pruridos,

empastamento e queda da lã e emagrecimento progressivo dos ovinos

(57)

PIOLHO EM OVINOS

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Sinais clínicos:

Os animais tornam-se inquietos, não se alimentam bem e seu

enfraquecimento torna-os susceptíveis a outras enfermidades.

O ato de se coçar pode produzir feridas ou erosões na pele

do animal e os ovinos perdem a lã ou ficam com mechas de lã puxadas e feltradas.

A pele fica áspera e rugosa e, em casos mais intensos de

parasitismo, estas lesões muito se assemelham às da sarna ovina.

(58)

PIOLHO EM OVINOS

DOENÇAS CAUSADAS POR MACROPARASITAS

Tratamento e profilaxia:

O tratamento é o mesmo indicado para a sarna ovina,

preferencialmente depois dos animais esquilados. As ivermectinas funcionam nos hematófagos.

A profilaxia consiste em evitar o contágio de animais indenes

com os parasitados.

Ao adquirir novos animais, estes deverão proceder de

rebanhos livres da parasitose.

Caso contrário, os animais devem ser banhados e deixados

em quarentena, só admitindo-os no rebanho da propriedade depois de ter certeza que não estão parasitados.

(59)

DOENÇAS

CAUSADAS POR

MICROPARASITAS

(VÍRUS)

(60)

ECTIMA CONTAGIOSO

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS (VÍRUS)

 Enfermidade infecciosa, contagiosa, causada

pelo vírus dermotrópico

 Caracterizando-se pela inflamação dos lábios

e focinho, evoluindo para axilas, interior da boca.

 Nas áreas afetadas formam-se pequenas

vesículas, que mais tarde transforma-se em crostas e secam.

(61)

ECTIMA CONTAGIOSO

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS (VÍRUS)

Sinais clínicos:

 Os animais apresentam-se inquietos e procuram coçar as partes lesionadas.

 Aparecimento de bolhas e crostas na boca, gengiva, língua, narinas e ao redor dos olhos

 Pode aparecer no prepúcio (machos), na vulva e úbere (fêmeas)  As lesões podem evoluir para miíases

(62)

Observação:

Zoonose

Surge de animal novo na propriedade ou

contagio de estabelecimento vizinho

Cuidado com pessoas que circulam por vários

estabelecimentos (botas, roupa, etc.)

Provoca grandes surtos

ECTIMA CONTAGIOSO

(63)

ECTIMA CONTAGIOSO

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS (VÍRUS)

Tratamento e profilaxia:

Isolar os animais doentes, lavando as lesões com solução de

permanganato de potássio a 3% ou de iodo a 10%, acrescido de glicerina na proporção de 1:1

Deve-se usar também unguento larvicida, cicatrizante e

repelente (Spray mata-bicheira)

Manipular com cuidado pois trata-se de uma zoonose (usar

luva)

Vacinação no primeiro ano de todo o rebanho, e nos anos

(64)

DOENÇAS

CAUSADAS POR

MICROPARASITAS

(BACTÉRIAS)

(65)

ENTEROTOXEMIA

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS (BACTÉRIAS)

 É uma toxiinfecção intestinal, ocasionando mortes súbitas,

principalmente em animais de bom estado de nutrição, causada por bactérias Clostridium perfrigens tipo D, comum no intestino delgado.

 Ocorre principalmente quando os animais são alimentados

com excesso de concentrado (sem adaptação) ou estão em pasto com pouca oferta de forragem e de baixa qualidade e são colocados em pastagens cultivadas.

(66)

ENTEROTOXEMIA

DOENÇAS CAUSADAS POR MICROPARASITAS (BACTÉRIAS)

Animais

superalimentados Mudança alimentar de maneira brusca

Flora intestinal não adaptada Multiplicação do Clostridium Perfringens D Produção de toxinas Produção de toxinas EPSILON Aumenta a permeabilidade do intestino delgado Passa para a corrente sanguínea

(67)

Sinais clínicos:

Doença neurológica, pode ocorrer

convulsão

Hipertermia

Pasmo

Pode levar a morte

ENTEROTOXEMIA

(68)

Tratamento e Profilaxia:

 Nos casos mais agudos é ineficaz o tratamento com antibióticos.  Em situações subagudas, antibioterapia e tratamento colateral,

com desinfetantes intestinais, hepatoprotetores e antidiarréicos, surtem efeito.

 Em caso de suspeita de doença suspender a ração usada e retirar

os animais da pastagem.

 Vacinar as fêmeas no último mês de gestação e os cordeiros 15

dias antes do desmame.

 Não fazer mudança brusca na alimentação dos animais.

Obs: A vacina atinge gangrena gasosa e carbúnculo sintomático

ENTEROTOXEMIA

(69)

 É uma neurointoxicação aguda.

 É provocada pelas toxinas do Clostridium tetani, bactéria esporulante normalmente presente nos excrementos de animais e no solo.

 Os esporos se instalam nas lesões após a prática de tosquia, castração, descola, ou nas feridas umbilicais dos recém-nascidos e fêmeas após a parição, atingindo o Sistema Nervoso Central.

TÉTANO

(70)

Sinais clínicos:

Caracterizada por espasmos musculares e rigidez na

cabeça (virada para trás)

Pode levar a morte, a qual ocorre por asfixia, devido a

paralisia dos músculos envolvidos na respiração

TÉTANO

(71)

Tratamento e Profilaxia:

 Inicialmente, usa-se soro específico, para neutralizar as toxinas circulantes, juntamente com antibióticos

 Abertura cirúrgica, limpeza e oxigenação das lesões encontradas tornam-se medidas necessárias

 Higienização dos locais de criação, principalmente para execução das práticas de manejo recomendadas

 Assepsia do material a ser utilizado na castração, descole, tosquia ou parto

 Vacinação, 15 a 30 dias, antes de qualquer ato cirúrgico  Vacinar as ovelhas no pré-parto

 Revacinar anualmente com vacinas contendo uma anatoxina tetânica

TÉTANO

(72)

 Enfermidade infecciosa, contagiosa, tendo como agente

biológico Ricketsia Conjuntivae, causando congestões e inflamações oculares, podendo levar à cegueira.

 Poeira, forragem muito seca, radiações solares e pele

despigmentadas favorecem o aparecimento das lesões

OFTALMIA CONTAGIOSA

(CERATOCONJUNTIVITE)

(73)

Sinais clínicos:

Olhos avermelhados e lacrimejando chegando a ficar todo

branco, com exceção da parte central.

Os animais afastam-se do rebanho procurando lugares

próximos a moitas, deitando, procurando sempre se defender do ataque das moscas.

É comum em estados mais avançados uma cegueira uni ou

bilateral.

OFTALMIA CONTAGIOSA

(CERATOCONJUNTIVITE)

(74)

Tratamento e Profilaxia:

Separar os animais acometidos do resto do rebanho

Devem ser feitos com soluções ou pomadas oftálmicas à

base de clorotetraciclina, clorafenicol, neomicina, penicilinas sintéticas ou corticosteróides, aplicados diariamente em ambos os olhos.

OFTALMIA CONTAGIOSA

(CERATOCONJUNTIVITE)

(75)

Doença infecciosa, ulcerativa, atingindo os cascos dos

ovinos, produzindo necrose (podridão).

Pode ser cauda por:

Fusubacterium necrophorum (presente no intestino animais)Dichelobacter nodosus

PODODERMATITE NECRÓTICA

(FOOT ROT)

(76)

Sinais clínicos:

Primeiro sintoma é a manqueira e o mau cheiro.

Em seguida não acompanha mais o rebanho, pasteja

ajoelhado, mantendo-se deitado na maior parte do dia e se alimentando menos.

PODODERMATITE NECRÓTICA

(FOOT ROT)

(77)

Tratamento e Profilaxia:

Limpar e aparar os cascos dos

animais pelo menos duas vezes ao ano

Usar pedilúvio com formol, sulfato de

zinco ou de cobre

PODODERMATITE NECRÓTICA

(FOOT ROT)

(78)

 Enfermidade infecciosa, septicêmica, de caráter febril e fatal

para os ovinos.

 Causada pelo Bacíllus anthracis.  É uma Zoonose.

 Ataca quase todos os animais domésticos em qualquer

idade, caracterizando-se por aparecer em surtos e causando mortes súbitas.

 É comum a infecção pela via cutânea, durante a tosquia,

principalmente se o local estiver contaminado.

CARBÚNCULO HEMÁTICO

(79)

Sinais clínicos:

A enfermidade geralmente é hiperaguda e não

apresenta sinais clínicos. Somente encontra-se os animais mortos.

Após a morte:

O animal se decompõe rapidamente

Há uma grande produção de gás e edemas

O animal se encontra em posição de cavalete e apresenta sangue nos orifícios

CARBÚNCULO HEMÁTICO

(80)

Tratamento e Profilaxia:

O ovino pode responder ao tratamento com doses

maciças de penicilina por via subcutânea se a doença for detectada cedo

Vacinação anual (em maio o rebanho e setembro os

cordeiros)

Incinerar ou enterrar profundamente animais mortos

suspeitos de carbúnculo.

CARBÚNCULO HEMÁTICO

(81)

 Enfermidade infecciosa, causada pela Brucella ovis,

produzindo aborto nas fêmeas e epididimite nos machos.

 Pode ser transmitida por meio da cópula.

 As fêmeas apresentam placentite, aborto e causa morte

perinatal dos cordeiros.

 Nos machos adultos, ocorre a inflamação do epidídimo, das

túnicas e dos testículos.

 Em reprodutores recém infectados nota-se uma diminuição

da qualidade do sêmen associada a presença de organismos e células inflamatórias na sêmen.

BRUCELOSE OVINA

(82)

Tratamento e Profilaxia:

O tratamento é antieconômico e incerto.

O aconselhável é o abate dos carneiros com epididimite

e a eliminação de todas as fêmeas que abortarem e dos animais reagentes aos exames laboratoriais.

BRUCELOSE OVINA

(83)

DOENÇAS

METABÓLICAS

(84)

 A toxemia da gestação é uma doença de origem alimentar

que ocorre principalmente em ovelhas nas últimas 6 semanas de gestação, fase em que ocorre o maior crescimento fetal (limitando a capacidade de ingestão da fêmea) e os maiores requerimentos nutricionais.

 Quando ocorre uma limitação na nutrição destes animais eles

precisam mobilizar suas reservas de gordura e assim geram alta produção de corpos cetônicos (tóxicos quando em excesso).

 É comum ocorrer em ovelhas de parto duplo mal nutridas.

TOXEMIA DA GESTAÇÃO

(CETONEMIA)

(85)

Sinais clínicos:

Os animais se afastam do rebanho

Perdem o apetite e mastigam lentamente

Os movimentos são desordenados, andam em círculo,

tremores

Entram em convulsão, até a paralisia dos membros

posteriores, levando a cegueira e morte.

TOXEMIA DA GESTAÇÃO

(CETONEMIA)

(86)

Tratamento e Profilaxia:

Como preventivo, deve-se fornecer alimentação correta,

farta e que satisfaça as exigências nutricionais da ovelha a partir dos 100 dias de gestação (terço final de gestação) até a quarta semana pós-parto.

Manejo nutricional adequado principalmente no final da

gestação, utilizando alimentos ricos em energia.

Como tratamento aconselha-se a aplicação de glicose

(calda de açúcar se não houver soro).

TOXEMIA DA GESTAÇÃO

(CETONEMIA)

(87)

 A acidose é um distúrbio muito comum em animais

confinados, devido ao excesso de concentrado na alimentação, sem uma adaptação prévia.

 Caracteriza-se pela presença de diarreia com muco,

enfraquecimento generalizado, taquicardia, anorexia e pode ocorrer a morte do animal.

ACIDOSE

(88)

Tratamento e Profilaxia:

Nos animais com sintomas deve-se administrar solução de

bicarbonato em água fria, via oral.

Como preventivo, o correto é fazer adaptação prévia dos

animais ao alimento concentrado.

É importante que um mínimo de fibra seja fornecido na

ração para estimular a mastigação (ingestão e ruminação) e com isso aumentar o fluxo de saliva para o rúmen do

animal.

ACIDOSE

(89)

 Causada por excessiva ingestão de P ou baixa relação Ca: P

e/ou baixo consumo de forragem.

 O processo patológico caracterizado pela presença de cálculos

ou concreções no sistema urinário é denominado urolitíase

 A doença torna-se importante clinicamente em ruminantes

quando os cálculos causam obstrução do trato urinário, que normalmente ocorre na uretra

 Raramente atingem as fêmeas devido à uretra curta, sem

flexões e de maior diâmetro

UROLITÍASE

(CÁLCULO URINÁRIO)

(90)

Sinais clínicos:

Apatia

Apenas gotejamento de urina, o

animal faz esforço para urinar

Edema

Desconforto abdominal

UROLITÍASE

(CÁLCULO URINÁRIO)

(91)

Tratamento e Profilaxia:

O tratamento utilizado depende do estágio da doença, da

natureza e extensão dos cálculos presentes

No caso de obstrução total da uretra faz-se necessário

cirurgia

A dieta deve conter um equilíbrio adequado de minerais,

principalmente cálcio e fósforo, para evitar a precipitação do excesso de fósforo na urina. Principalmente para ovinos em confinamento

UROLITÍASE

(CÁLCULO URINÁRIO)

Referências

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