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O SEGUNDO MANDAMENTO Deus zeloso e libertador

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Academic year: 2021

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ESTUDO – 3

O SEGUNDO MANDAMENTO

Deus zeloso e libertador

Êxodo 20.4-6. LEITURAS DIÁRIAS Segunda Dt. 4.15-19 Terça Dt. 5.8-10 Quarta Js. 24.1- 13; Gn. 35:1-4 Quinta Gn. 35.1-4 Sexta Sl. 115. 1-18 Sábado Rm. 1.23, 28-31 Domingo Is. 49.12-18 Introdução.

Da leitura do segundo manda-mento surge um questionamen-to quanquestionamen-to à forma original que Deus nos entregou, conside-rando a repetição explanatória contida nestes versículos e na sua motivação (Ex. 20:4-6). Se compararmos com as diferenças mínimas ao que é descrito no livro de Deuteronômio (5:8-10) e a exposição de Moisés, antes da entrega das segundas Tábu-as da Lei (Dt. 4:15-19), a forma original destes mandamentos nos conduzem à conclusão que ele, o Segundo Mandamento, se explica na simples palavra “não…”. Portanto a síntese está contida na frase “não farás para ti imagens de escultura”.

A tradição judaica ortodoxa (rí-gida) admite que Tera, pai de Abraão, era um fabricante de imagens45. Tal fato é relato da 1 Tradição Judaica: Saboreie e

Comparti-lhe. Dina BlajSelmffer. Primavera Editora.

2 Vide Anderson Ribeiro.

http://yahseja- louvado.blogspot.com.br/2012/11/pa-rashah-3-saia-genesis-121-1727.html.

cultura judaica, porém a Bíblia complementa a tradição dizendo que era(m) idólatra(s) (Js. 24:2). Os ídolos domésticos de Labão poderiam ter mais valor legal (jurídico) do que signifi cado religioso, mas os que Jacó es-condeu debaixo do carvalho no “santuário” em Siquém podem ser considerados como objetos religiosos (Gn. 35:1-4). Estes fatos ocorridos e narrados na Bíblia são anteriores aos Man-damentos e demonstram que fa-ziam parte integrante da cultura religiosa daquele povo.

Considerando que a tradição judaica nos mostra o tempo em que Israel esteve em contato com uma sociedade politeísta (egípcios) e a idolatria a outros

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deuses nas terras onde iria en-trar, parece correto afi rmar que Deus prepara a nação, separa-da por Ele e para Ele, para in-gressar na terra da promessa em uma aliança de fi delidade, entregando os dois primeiros Mandamentos de forma didática e zelosa, à medida que o segun-do complementa o primeiro. Assim como nos Mandamentos, Deus se revela a nós de forma progressiva, para que o possa-mos compreender e nos relacio-nar com Ele.

Aplicação a sua vida: Estu-dando a história do povo He-breu, encontramos uma pro-gressão em seu relacionamento com Deus. Você tem observado um crescimento em seu relacio-namento com Deus? Pode des-tacar um?

I. A extensão e profundidade. Quando nos dispomos a ler o Segundo Mandamento, por ve-zes nos inclinamos a questionar o que ele tem a ver conosco. Por-quanto, poderemos dizer: “não construímos estátuas de outros deuses, não nos curvamos a ne-nhum falso profeta que promete a santidade em troca de dinhei-ro” e assim seguimos pensando que o Mandamento, quanto à idolatria, não nos diz respeito. Embora a síntese do manda-mento é não fazer imagens de

escultura, precisamos analisar todos os detalhes dados por Deus, contidos no texto (Ex. 20:4-6). Neste sentido, perce-beremos que a advertência de não se prostrar diante de ído-los implica na afi rmação que somos capazes de ter um re-lacionamento direto e pessoal com Deus, no fundo da nossa consciência; sendo assim, não devemos procurar uma imita-ção dEle que seja visível e exte-rior, pois o vínculo proposto por Deus para conosco é semelhan-te ao de uma parceria conjugal. Depositar nossa fé em uma ima-gem, fi xada em um determinado local, ainda que seja de Deus, “implica trair o matrimônio, não levar o seu parceiro a sério, limi-tando a total expressão do amor e do relacionamento”6.

Aplicação a sua vida: A

ex-pressão de nosso sentimento muitas vezes nos leva a atitu-des e até mesmo pensamentos que dominam nosso ser, como a conquista de um bem ou gra-duação, a chegada de um fi lho, um grande amor, etc. Tudo isso pode ser elevado acima de Deus e tornar-se ídolo em nossa vida. O que podemos fazer para evitar que nossa adoração, somente a Deus, seja comprometida?

Se queremos entender a pro-fundidade e extensão deste Se-gundo Mandamento, nos é ne-cessário mergulhar ainda mais

3 Os Dez Desafi os. Leonardo Felder. Editora

Cultrix.

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fundo. Prostrar-se diante de ídolos inclui várias outras ma-neiras pelas quais nos desvia-mos de nosso relacionamento com Deus. Neste sentido, serve a advertência contra “distrair--se espiritualmente e ver“distrair--se com pressa de apetites corporais descontrolados e da excessiva busca de bens materiais”7.

Dessa forma, Jesus nos ensina que não podemos servir a dois senhores, a Deus e às riquezas (Mt. 6:24). Tudo o que o homem procura, “o honra ou exalta” mais do que a Deus, é o deus de sua idolatria.

Aplicação a sua vida: Jesus

nos ensina que não podemos servir a dois senhores, a Deus e às riquezas (Mt. 6:24). Tudo o que o homem procura, “o honra ou exalta” mais do que a Deus é o deus de sua idolatria. Você em algum momento se perce-beu praticando idolatria?

II. O poder dos ídolos.

Na relação nós e ídolos, o sal-mista escreveu: “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem” (Sl. 115:8). O apóstolo Paulo observou o mesmo fenô-meno em seus dias. Disse que os idólatras haviam mudado “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de

4 Deveres do Coração. Bahya ben Joseph

ibn Paguda. Editora Crown.

homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis”. O apóstolo acrescenta: “Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para prati-carem coisas inconvenientes”. Ele esclarece o que quer dizer com “coisas inconvenientes” ao citar uma lista de pecados que incluem avareza, maldade, in-veja, homicídio, contenda, dolo, malignidade, difamação, calú-nia, insolência, arrogância, pre-sunção, desobediência aos pais, perfídia, ausência de afeição natural e de misericórdia (Rm. 1:23, 28-31).

Aplicação a sua vida: Às vezes

fi camos tão ligados ao texto do AT que deixamos de observar a essência do mandamento, a su-tileza das mudanças ocorridas através dos tempos. O apóstolo Paulo observou essa mudança em seus dias e listou o que cha-mou de “coisas inconvenientes”. Como você tem visto essas prá-ticas nos dias atuais? E como tem feito para se afastar delas?

Não há dúvida alguma que os ídolos de hoje tenham tanto ou mais poder sobre nós quanto aqueles mencionados nos Man-damentos, como também nas Escrituras.

Da leitura do Segundo Manda-mento extraímos: “Não as ado-rarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor, teu

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Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos fi lhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem” (Êx. 20:5-6).

Deus está nos ensinando, com sua forma didática de entregar os Mandamentos, que a adora-ção a ídolos, criaturas postas acima do Criador, abre a portei-ra libeportei-rando a passagem de toda a espécie de depravação huma-na, como podemos ler tanto nas palavras do salmista quanto nas de Paulo acima transcritas. A terra se enche com violência, e o coração do povo se volta para a “malícia, avareza, inveja, homi-cídio, contenda, dolo e maligni-dade” (Rm. 1:29). Os indivíduos se tornam “caluniadores, abor-recidos de Deus, insolentes, so-berbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfi dos, sem afeição natural e sem misericór-dia” (versos 30 e 31).

Eis uma expressa revelação do o amor e do zelo (cuidado) de Deus contida neste mandamento.

Aplicação a sua vida: Temos

constatado, em nossos dias, a consequência do não cumpri-mento desse mandacumpri-mento. Pes-soas muito intransigentes, indi-vidualistas, egoístas levando a sociedade à beira de um abismo sócio-cultural. O que podemos fazer para reverter essa situa-ção instalada na atualidade?

III. Deus nos ama.

Nos tempos antigos, o resultado lógico da idolatria foi o polite-ísmo, a crença de que existem muitos deuses. As pessoas in-ventavam mais deuses, porque não podiam imaginar que um só seria sufi ciente, que uma deida-de conseguiria tomar conta deida-de tudo.

Os cristãos primitivos tinham convicção que havia um só Deus. Porém, infelizmente, muitos dos novos conversos do paganismo entravam para a igreja com o mesmo conceito pobre a respei-to de Deus, que tinham antes. Inclinavam-se a ver Deus como um ser semelhante às divinda-des que costumavam adorar – seres esquecidos e indiferentes, não dispostos a ajudá-los. Eles sentiam que precisavam supli-car e implorar constantemente, para vencer a apatia de Deus e convencê-Lo a interessar- Se por suas necessidades.

É difícil imaginar um erro maior. A Bíblia compara Deus com a mais poderosa expressão do amor humano, dizendo: “Aca-so, pode uma mulher esquecer--se do fi lho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do fi lho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não Me es-quecerei de ti. Eis que nas pal-mas das Minhas mãos te gravei”

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(Is. 49:15-16). E o apóstolo in-sistiu: “Acheguemo-nos, por-tanto, confi adamente, junto ao trono da graça, a fi m de receber-mos misericórdia e acharreceber-mos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb. 4:16)8.

Aplicação a sua vida: É

enga-noso como as pessoas buscam a cada dia algo concreto para servir de amuleto ou até mes-mo de inspiração para adorar ao nosso Deus. Assim como na igreja primitiva, as pessoas que assumiam um relacionamento com Deus tinham difi culdade de se livrar de seus antigos há-bitos, hoje não é diferente. Você tem algum habito que ainda não conseguiu se livrar e que tem sido empecilho para uma adoração perfeita a esse Deus que é só amor?

Conclusão. Deus nos liberta.

Deus se revela a nós de forma progressiva. No segundo man-damento Ele faz o complemento do primeiro. Ele nos convoca à decisão de O inserir no centro de nossas vidas. Ao aceitar tal convocação, estamos pactuan-do com Ele que nenhuma outra coisa criada ocupe o lugar dEle. Desta forma, não haverá confu-são com respeito à verdadeira

5 Os Dez Mandamentos. Loron Wade.

Edito-ra Novo Tempo.

adoração, porque nos afasta-remos de tudo que diminua a importância de Deus em nossas vidas.

Assim, guardando o primeiro e segundo mandamentos, Deus já nos deixa a dica: os demais mandamentos serão guardados de forma natural, pois o resul-tado da transgressão (releia a transcrição de Paulo) (Ro 1:29-31) inexistirá. Se Ele está no trono da nossa vida, nosso cora-ção transbordará de amor pelas outras pessoas também.

Os Dez Mandamentos são a ex-pressão da “lei perfeita, lei da liberdade” (Tg. 1:25) e o signifi -cado dessa perfeição e liberdade se mostra claro nas palavras do salmista abaixo reproduzidas:

“Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles

não há tropeço”. (Sl. 119:

Referências

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