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VENDEDORES AMBULANTES EM SÃO JOÃO DEL-REI E O DIREITO À CIDADE

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Academic year: 2021

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Dalvana Cristina Mariano¹ Universidade Federal de São João del-Rei UFSJ Graduanda em Geografia Licenciatura dalvana.cris@yahoo.com.br¹

VENDEDORES AMBULANTES EM SÃO JOÃO DEL-REI E O DIREITO À CIDADE

INTRODUÇÃO

Em São João del-Rei, município do estado de Minas Gerais, é possível observar a presença de muitos trabalhadores que exercem suas atividades de maneira informal, uma vez que, garantir a reprodução de suas vidas através do trabalho com carteira assinada é um direito alcançado por metade da população ocupada, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME/IBGE 2014). As transformações na realidade atual fazem com que a relação do homem com o espaço geográfico sofra mudanças, uma vez que o espaço vivido tem sido produzido/reproduzido em um lapso de tempo cada vez menor como resultado da realização do capitalismo.

A presente discussão surgiu a partir da necessidade de pensar, como o direito à cidade é exercido, na prática, pelos vendedores ambulantes em São João del-Rei/MG, e ainda, qual é a cidade que pensamos para os sujeitos pertencentes ao espaço urbano. Esse texto é uma análise preliminar das questões que serão debatidas no projeto de iniciação científica desenvolvido da Universidade Federal de São João del-Rei, com apoio de uma bolsa PIBIC-Af concedida pelo CNPq e sob orientação da professora doutora Tatiane Marina Pinto de Godoy, docente do Departamento de Geociências.

O objetivo principal do trabalho é apresentar os resultados das observações de campo, além de fazer uma sintetização da bibliografia que servirá como base da pesquisa maior. Para tanto é preciso pensar no significado do trabalho, assim como do direito à cidade, e como esse direito pode/deve ser garantido aos trabalhadores ambulantes, também sujeitos do espaço urbano.

O trabalho está presente na vida humana desde os tempos mais remotos, onde o uso da força de trabalho é por si só o próprio trabalho. Segundo Antunes (2004, p. 29)

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“antes de tudo, o trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação media, regula e controla seu metabolismo com a natureza”. O processo de trabalho antes de tudo deve ser pensado como algo natural e espontâneo, como afirma Antunes (2004) deve ser considerado de início independentemente de qualquer forma social determinada. Porém a forma de trabalho, que tratamos, está relacionada não somente as relações sociais existentes, mas principalmente e primeiramente, a uma condição de trabalho possibilitada e agravada pelo atual forma de produção, que visa tão somente o lucro, e deixa de lado os sujeitos que constituem a sociedade, segrega os espaços e principalmente as forma de trabalho nesse atual cenário produtivo.

Dentro do grupo de pessoas que trabalham de maneira informal, encontram-se os vendedores ambulantes, objeto da pesquisa aqui apresentada. O centro histórico da cidade atrai um grande número de turistas durante todo ano, além dos transeuntes que residem em São João del-Rei, o que possibilita a venda nas ruas, através da abordagem de pessoas e apresentação de seus mais variados produtos, que vão desde o artesanato, produtos manufaturados e até alimentícios.

O vendedor ambulante exerce suas atividades de maneira informal, e para compreender o trabalho do vendedor ambulante, alvo da discussão, é preciso compreender o meio no qual se insere o trabalhador, que é o portador da capacidade de desenvolver o trabalho. O trabalhador informal procura formas de exercer a sua capacidade de trabalho, na tentativa de garantir o seu sustento e a reprodução de suas vidas e familiares. Dessa forma, “os meios de trabalho não são mediadores do grau de desenvolvimento da força de trabalho humana, mas também indicadores das condições sociais nas quais de trabalha”, explica Antunes (2004, p. 33).

A produção/reprodução do espaço urbano é o resultado das relações sociais preexistentes dentro da cidade, e ao mesmo tempo esses espaços são condição para a realização das relações socioespaciais. O trabalho informal se apresenta como uma forma de garantir sua subsistência no mundo capitalista, já que trabalhar de maneira formal e com carteira assinada raramente é questão de escolha.

Em suma, essa discussão pretende expor as informações preliminares, decorrentes de reflexões da base teórica e das observações de campo já realizadas

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embasadas também em alguns testemunhos obtidos por conversas informais com vendedores ambulantes, alvo de nossa pesquisa. É preciso compreender o papel do vendedor ambulante na produção do espaço urbano e como este lida com as situações que o cercam no cotidiano a disputa de poder que existe dentro do espaço urbano e a forma na qual garante a reprodução de sua vida.

OBJETIVOS

O trabalho aqui proposto busca pensar as relações sociais na dimensão espacial urbana, além de compreender a politica do espaço e a reprodução da vida em todos os sentidos e, concomitantemente, a disputa de classes que surge dentro desses espaços, uma vez que existem interesses conflitantes em sua produção/reprodução. Dessa forma é preciso analisar como o direito à cidade é exercido pelos vendedores ambulantes, como se dá essa disputa de interesses dentro do modo de vida urbano, além da relação que existe entre os grupos.

A proposta de pesquisa tem como objetivo espacializar o trabalho informal, sobretudo dos vendedores ambulantes em São João del-Rei. Também é um resultado esperado, analisar a inserção desses trabalhadores autônomos, assim como verificar se o direito à cidade é realizado na prática.

Ainda é esperado analisar as dificuldades do comércio ambulante e a sua relação com outros comerciantes que possuem ponto fixo e com a sociedade em geral, já que é de suma importância pensar criticamente as relações socioespaciais que existem na cidade, assim como, a diferenciação dos lugares e os interesses conflitantes que existem no urbano, decorrentes da construção espacial concomitantemente à produção social.

Dentro dos objetivos, que motivaram a pesquisa, está necessidade de verificar, além das relações sociais, a diferenciação dos lugares e sujeitos pertencentes à cidade, e como esses sujeitos fazem uso desses lugares, exercendo o seu direito à cidade. Para tanto é preciso além da observação e da sua descrição, buscar compreender todas essas relações e apropriações dos espaços na perspectiva do trabalhador que faz o uso da cidade como meio de exercer o sua capacidade de trabalho.

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É preciso pensar o direito à cidade exercido pelos vendedores ambulantes, visando a realidade que eles vivem diariamente no exercício de seu trabalho. Ainda cabe a nossa discussão, fazer uma descrição da perspectiva que o trabalhador informal tem de seu oficio. Ainda é preciso compreender como a política do espaço está relacionada a forma de trabalho informal e como o trabalhador garante/exerce o seu direito à cidade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A elaboração dessa pesquisa tem como embasamento a fundamentação teórica do materialismo histórico geográfico, onde buscamos compreender na história da construção do espaço urbano, as relações sociais que se dão em São João del-Rei e a partir dessa perspectiva fazer uma análise de como o direito à cidade tem sido pensado e efetivado dentro do espaço urbano da cidade.

Foi preciso estudar a historia de São João del-Rei, como a cidade se criou e se transformou ao longo do tempo, assim como as transformações ocorridas na função de suas formas, pois apesar do centro histórico, por exemplo, conservar suas formas, a sua função se difere de outrora. Hoje em dia o que acontece é que o espaço urbano tem sido produzido/reproduzido em um lapso de tempo cada vez menor e a transformações nesses lugares acabam condicionando o modo de vida da sociedade.

Para Lefebvre “[...] a reflexão teórica vê-se obrigada a redefinir as formas, funções, estruturas da cidade (econômicas, políticas, culturais, etc), bem como as necessidades inerentes a sociedade urbana”. (2008, p. 103). De tal modo, é preciso pensar a produção social do espaço urbano, a partir da perspectiva dos cidadãos. É preciso pensar que garantir o direito à cidade não se resume somente nos direitos básicos da cidadania, mas, também na apropriação do espaço urbano em detrimento das necessidades do coletivo, sejam elas culturais ou econômicas, como no caso dos vendedores ambulantes.

Para tanto, a análise aqui se desenvolve, a partir da observação do espaço onde os vendedores ambulantes exercem a sua atividade. Alguma leituras já foram realizadas para compreender teoricamente a ideia de direito à cidade presente na obra de Henri Lefèbvre que possa embasar a compreensão sobre a relação entre trabalho informal dos

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vendedores ambulantes em São João del-Rei e as disputas em torno da apropriação do espaço urbano.

Ainda para essa proposta de trabalho, foi preciso espacializar o trabalho informal na cidade, na tentativa de identificar os principais pontos de atual dos vendedores ambulantes, e a motivação para tanto, através da investigação de forma direta com esses trabalhadores, por meio de conversas informais.

Apoiado em Karl Marx, Alves (2010) explica sobre a nova forma de trabalho imposta à classe considerada mão de obra excedente, segundo ele, “é preciso ressaltar que ocorre uma alteração conceitual importante – o novo desenvolvimento do capitalismo mundial, impõe novo sentido à categoria de população trabalhadora excedente”. A partir do momento que a acumulação capitalista se produz/reproduz, a mão de obra ultrapassa as necessidades do mercado de trabalho, torna-se excedente:

[...] a acumulação capitalista sempre produz, e na proporção de sua energia e de sua extensão, uma população trabalhadora supérflua relativamente, isto é, que ultrapassa as necessidades médias da expansão do capital, tornando-se desse modo, excedente. (Marx, 1983, p. 731)

Devido à desvalorização do trabalho e as condições precárias de trabalho, juntamente com a falta de emprego, o aumento de trabalhadores autônomos é constante, e esse crescimento é expressivo principalmente no setor de bens e serviços. De tal maneira o número de vendedores ambulantes vem acompanhando o aumento de trabalhadores autônomos.

Os vendedores ambulantes são, nesse contexto, parte dos trabalhadores que de uma forma ou de outra procuram meios de obter rendimentos na tentativa de reproduzir suas vidas.

Lefèbvre (2008) faz críticas às segregações produzidas pelo Estado, através do seu próprio sistema de organização imposto à sociedade. Segundo o autor é preciso algumas preposições que podem contribuir para o processo de transformação e reinvenção da cidade, podendo ser, por exemplo, reformas urbanas.

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Muitos autores tentaram encontrar soluções para a problemática urbana, porém o que tem-se de resultado até os tempos de hoje, não é o suficiente para suprir a demanda de necessidades da sociedade urbana. Na tentativa de abrir uma discursão sobre como resolver determinadas situações, partimos do principio de que o direito à cidade seria um primeiro passo.

RESULTADOS PRELIMINARES

Segundo observações, a maioria dos vendedores ambulantes em São João del-Rei/MG ocupam o centro da cidade onde a circulação de pessoas é maior durante o dia. Ocupam ainda outros pontos da cidade como próximos a rodoviária, igrejas históricas, entre outros (cemitérios, escolas, universidades), onde o fluxo de transeuntes sofre oscilação de acordo com algumas datas festivas que acabam atraindo maior número de visitantes à cidade.

Com o passar do tempo São João del-Rei ainda conserva suas formas no centro histórico, porém a sua função agora é outra, o espaço passou a ser vendido como produto superando o valor de uso do lugar. Os vendedores ambulantes, alvo de nossa investigação, fazem uso do espaço urbano como meio da produção de seu trabalho, ocupando o espaço que em tese é direito comum dos cidadãos. Segundo Antunes:

“[...] quando um valor de uso sai do processo de trabalho como produto, outros valores de uso, produtos de processos anteriores de trabalho, entram nele como meios de produção. O mesmo valor de uso constitui o produto desse trabalho, e o meio de produção daquele. Produtos são, por isso, não só resultados, mas ao mesmo tempo condições do processo de trabalho.” (ANTUNES, 2010, p. 34)

Uma vez que o valor de troca do se torna preponderante ao valor de uso, tudo se torna mercadoria. O mesmo acontece com os espaços, que se tornam mercadoria, principalmente para o turismo, como é o exemplo de São João del-Rei.

Muitos dos trabalhadores ambulantes, dos quais tivemos a oportunidade de trocar experiências, fizeram-nos saber da forma como são tratados por parte da população sanjoanense, que não se preocupa em saber os seus objetivos e anseios, mas

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os julgam sem os conhecer, construindo uma imagem deturbada da sua forma de trabalho e modo de vida. Partindo do pressuposto de que para se entender o urbano e as relações que nele se estabelecem, é como afirma Carlos (2012):

“...pensar a vida do homem, seus desejos e necessidades, como determinada sociedade vive e se reproduz na cidade e como pensa o seu futuro e aquele da cidade. Deste modo a questão espacial se coloca no plano da construção do humano na medida em que o ato de produção do espaço é, em si mesmo, produção da vida.” (CARLOS 2012, p. 99)

É possível perceber uma disputa de poder que existe dentro da cidade, afinal “ a análise urbana, ao revelar a produção da vida em todos os seus sentidos, revela momentos de alienação – desalienação, passividade e luta” acrescenta Carlos (2012, p. 8). É preciso entender a cidade como direito, no qual pensemos a vida real, o espaço concreto e o tempo presente. Para Rodrigues (2007, p. 2), “a cidade como direito integra a meta-narrativa, a complexidade do processo de urbanização, a atuação de agentes tipicamente capitalistas, do estado em suas várias instâncias, da reprodução ampla do capital.”.

A politica do urbano é repleta de ideologia, onde a organização e produção (reprodução) do espaço se dá definindo territorialidades e barreiras sociais, onde os moradores definem o seus modos de vida, ou ainda, acabam sucumbindo à “imposição” de outros. É preciso compreender que o direito à cidade é pertinente a qualquer cidadão, independentemente de classe social. E é através do uso da cidade, seja para manifestações culturais ou para exercício de uma atividade produtiva, que esse direito pode ser efetivado na prática.

Visto que há a necessidade de uma reflexão ainda mais profunda, acerca da questão do uso do espaço urbano, cabe não somente aos geógrafos pesquisadores, mas a sociedade em geral, pensar as potencialidades e deficiências que existem nas relações já estabelecidas e ainda como se dará a reprodução da cidade. A cidade deve ser pensada para a sociedade e não para somente uma parcela dela, de forma que permita garantir o

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direito para os trabalhadores formais e informais, tendo em vista que é principalmente através do trabalho que o ser humano vive em sociedade.

Vimos a necessidade de pensar a cidade, a partir perspectiva dos vendedores ambulantes urbanos, para tanto se faz necessário observações e trabalhos de campo, não somente com esses trabalhadores mas com cidadãos residentes na cidade em questão.

Vários autores já discorreram sobre a problemática urbana, que é por si só de uma complexidade enorme, na tentativa de encontrar soluções para a construção das cidades. A dialética complexa do espaço urbano faz com que pensemos ao menos, em formas mitigadoras da problemática. A sociedade produz o espaço tanto quanto encontra no espaço sua condição de vida.

Pensar o direito à cidade não diz somente ao uso e ocupação do solo que a pertence, mas como os cidadãos se apropriam dos lugares pra as mais diversas situações que cercam suas vidas, como para trabalho, manifestações culturais, prática de esportes, lazer e outras tantas. Pensar o direito à cidade é também pensar a necessidade de viver experiências na cidade, dessa forma, a sociedade urbana necessita de uma profunda alteração nos ritmos de socialização para que haja uma unidade dos lugares.

O direito à cidade é também a forma como os sujeitos do espaço urbano são reconhecidos como pertencentes desse espaço. No caso dos vendedores ambulantes em São João del-Rei, notamos a presença de trabalhadores de várias regiões brasileiras, principalmente nordestinos, que vendem seus produtos nos mais variados pontos da cidade.

Ainda encontramos, entre outros, vendedores que levavam seus filhos para lhes auxiliarem, no entanto foram denunciados junto a órgãos como Conselho Tutelar, na justificativa de que estariam abusando do trabalho jovem e infantil. Na maioria das vezes as denuncias partiram de comerciantes que possuem um ponto fixo na cidade.

Agricultores que possuem sua produção familiar também aproveitam para vender seus legumes e verduras, queijos, entre outros, na cidade, vão de porta em porta oferecendo seus produtos. Esses relatam que a concorrência é desleal, que muito são obrigados a deixarem sua vida no campo por que a produção não é capaz de suprir as necessidades de suas famílias.

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“Os grandes conseguem vender para os supermercados da cidade, mas nós que é peixe pequeno tem que ir de porta em porta mesmo”, foi o que disse uma senhora de 65 anos que vende queijos. Essa fala nos mostra o quanto desleal é a concorrência e como as pessoas procuram formas alternativas de garantir sua renda, para que assim possam continuar suas vidas.

Pensar o cotidiano urbano é pensar a forma como as pessoas lidam com os problemas que cercam seus dias. Um grande problema que se encontra na tentativa de encontrar meios de suprir as necessidades e diminuir os problemas urbanos, é que essa problemática é pensada por alguns estudiosos, como geógrafos, urbanista, por exemplo, e essa reflexão não deveria ser deixada a cargos apenas dos técnicos.

Estamos diante de um problema, que é a disputa de classes dentro do espaço urbano. Pois, como afirma Carlos (2011), dentro do espaço urbano existem interesses conflitantes. Na maioria das vezes o que prevalece são os interesses de uma elite econômica que detém os meios de trabalho, ou em outros momentos, que detém privilégios.

Os vendedores ambulantes, são pessoas com histórias de vida completamente diferentes, realidades diferentes, mas que tem algo em comum, todos eles trabalham para garantir seu sustento e não para acumular riqueza. Procuram de forma alternativa garantir a reprodução de suas vidas e de suas famílias, pode se dizer que se veem obrigados a encontrar uma saída.

É primeiramente através do trabalho e/ou da venda de sua força de trabalho que o homem vive em sociedade. Porém o que há na sociedade que possui um modo de produção capitalista é a subordinação do homem ao trabalho. O que acontece é que a desvalorização do trabalhador e o desemprego tem se agravado cada vez mais, causando o crescimento exacerbado de pessoas que trabalham de forma autônoma, e os vendedores ambulantes estão nesse contexto.

Pensar o trabalho dos vendedores ambulantes e como o direito à cidade é exercido por eles, é um viés para se pensar na problemática urbana, na verdade encontrar uma forma para a construção social é mais complexo do que se pode pensar. Uma vez que trata se de pessoas, seres pensantes e que possuem interesses e pensamentos divergentes. A proposta de trabalho veio como a tentativa de tentar

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compreender, como se dão algumas das muitas relações sociais, que existem dentro do urbano, além de tentar contribuir para a compreensão da complexidade urbana e como o direito à cidade pode/ deve ser garantido aos sujeitos pertencentes a esse espaço.

BIBLIOGRAFIA

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ANTUNES, Ricardo. (Org.) A dialética do trabalho. Escritos de Marx e Engels. 2ª ed. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2005.

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CARLOS, Ana Fani Alessandri. A geografia urbana como disciplina: uma abordagem possível. Revista do Departamento de Geografia. P. 92-111, 2012.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço Urbano. São Paulo: Ática, 1995.

GODOY, Tatiane Marina Pinto de. O Espaço da Produção Solidária dos Catadores de Materiais Recicláveis – Usos e Contradições. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual Paulista, 2005.

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MARX, Karl; MOURA, José Barata. O capital: crítica da economia política. 2006.

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Referências

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