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Estudo de viabilidade para a implantação de uma revista científica

de turismo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

de São Paulo.

Feasibility study for the implantation of a scientific magazine of tourism in the Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia de São Paulo.

Thaís Real Rocha thaisreal@terra.com.br Orientador: Rafael Chequer Bauer

Resumo: O presente estuda enfoca a importância de pesquisas científicas na área

do turismo, mais especificamente para o curso superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, analisando a viabilidade de uma revista científica para o curso. Apresenta um panorama geral da criação de um periódico científico, enfatizando seu histórico no Brasil. Ressalta aspectos desde a criação da revista Turismo em Análise e Revista Sinergia. A análise foi complementada pela entrevista com o editor da Revista Sinergia, com a ex-editora do Turismo em Análise e finaliza algumas considerações a respeito.

Palavras-chave: turismo; periódicos científicos, internet; análise.

ABSTRACT: This study focuses on the importance of scientific research in the area

of tourism, more specifically for the technology course in Tourism Management, analyzing the feasibility of a scientific journal for the course. It provides an overview of the creation of a scientific journal, emphasizing its history in Brazil. It highlights aspects since the establishment of the journal Turismo em Análise and Sinergia. The analysis was supplemented by an interview with the editor of Sinergia, the ex-editor of Turismo em Análise and the conclusion summarizes some considerations about it.

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1- INTRODUÇÃO

Para abordar a viabilidade da implantação de uma revista científica de Turismo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), é relevante destacar alguns conceitos além de levantar informações importantes com fontes pertinentes, para a compreensão da sua importância para o universo acadêmico e, mais especificamente para a realidade atual do IFSP e principalmente para os estudantes e profissionais da área. A idéia surgiu quando percebemos que não havia muitas revistas cientificas especializadas em Turismo, apesar de sua enome importância, no site da Qualis, as poucas revistas não traziam muita informação nova, a maioria se referia a temas já estudados.

Este trabalho teve como objetivo analisar a viabilidade de uma revista científica para o curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo, a fim de sugerir um periódico que possa mostrar os trabalhos práticos.

Importante enfatizar também, que o objetivo desta reflexão não é criticar os veículos de divulgação que existem, mas sim, verificar quais os procedimentos e critérios para a elaboração de uma revista científica a fim de analisar se é viável tanto para os alunos, quanto para professores do IFSP, além de verificar se existe uma motivação para a criação de uma revista científica própria, ou até mesmo investir em outro tipo de comunicação.

1.1 Revista Científica

Em sua tese de Livre Docência intitulada: “Realidade Turística nas Pesquisas Científicas – Visão de Pesquisadores e Profissionais”, uma revista científica é uma publicação periódica que contribui para o progresso da ciência, informando sobre as novas pesquisas recentes. Os artigos devem seguir os padrões de qualidade e validade científica da publicação (REJOWSKI, 1997).

A revista científica publica os resultados de pesquisa, afim de que um pesquisador possa repetir a pesquisa e chegar no mesmo resultado. A primeira publicação de revista científica foi em 1665, quando o Francês Journal dês Savants

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e o inglês Philosophical Transactions of the Royal Society publicaram os resultados de pesquisas científicas, milhares de publicações foram fundadas no século XVIII, a partir de então esses números estão aumentando até hoje.

1.2 Análise da produção científica em Turismo no Brasil

A pesquisa científica em Turismo, como em outros campos da ciência está entrelaçada, às instituições de ensino e pesquisa. No Brasil o Turismo começa a ser objeto de estudo mais específico a partir da fundação de cursos universitários, na década de 1970, como relata Trigo (2001) “[...] em 1971 surgem as primeiras preocupações no Brasil com a formação profissional em Turismo”.

De 1970 a 1975 foram criadas sete faculdades: uma no Rio Grande do Sul, quatro em São Paulo, uma em Brasília e uma em Pernambuco. Assim, foram criados não mais do que 10 cursos nos primeiros cinco anos da década de 1970, hoje nos deparamos com aproximadamente 463 cursos em todo o país (MOTA, 2004).

Os livros de autores nacionais surgem como conseqüência de sua produção acadêmica, ou seja, a publicação em livro da sua dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Os cursos superiores em Turismo e Hotelaria começaram a editar livros na área, a Universidade Caxias do Sul e o SENAC, foram dois exemplos, pois, publicaram livros para subsidiar didaticamente seus cursos até então necessária para abarcar o conhecimento na área.

2- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como estudo de caso, analisamos a revista Turismo em Análise, que é editada pelo Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, desde 1990, e a Revista Sinergia do IFSP, além de entrevistarmos os docentes do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

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Este trabalho faz um levantamento buscando identificar: quais são as principais mudanças que estas revistas passaram, como se mantém (economicamente), qual foi o ano da primeira edição, quem compõe seu público-alvo, quais são os maiores desafios para permanecer até os dias atuais, quais são os pontos mais importantes para a criação de uma revista científica.

Realizamos uma análise dos artigos publicados no periódico científico Turismo em Análise e na Revista Sinergia, entrevistamos a profª Dra. Mirian Rejowski (ex-editora da revista); Raul Puschel e Ademir Silva (responsáveis pelo periódico), que nos ajudou a analisar as especificidades das revistas (Anexo 1), entrevistamos os docentes do curso de Tecnologia e Gestão em Turismo do IFSP (Anexo 2) sobre a viabilidade de implantação de um periódico científico de Turismo no Instituto Federal.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Periódicos de Turismo: Panorama nacional

A tabela 1 apresenta quais são as Instituições responsáveis por estas revistas, a sua periodicidade e seu ISSN.

Tabela 1: Periódicos Nacionais: Instituição, Periodicidade e Publicação. Periódicos

Nacionais

Instituição Periodicidade ISSN

Caderno Virtual de Turismo Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE/UFRJ Trimestral 1677-6976 Cultur- Revista de Cultura e Turismo Universidade Estadual de Santa Cruz Semestral 1982.5838

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4 Global Tourism Revista Global Tourism Consultoria e Treinamento. Semestral 1808-558X Revista Acadêmica Observatório de Inovação do Turismo EBAPE/FGV – Embratur Trimestral 1980-6965 Revista de Estudos

Turísticos Portal Etur Mensal 1809-6468

Revista de Turismo Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas Bimestral 1980-6450 Revista do Programa Multidisciplinar de Mestrado em Lazer – LICERE Universidade Federal de

Minas Gerais Quadrimestral

1981-3171

Revista Eletrônica

de Turismo Cultural USP Semestral 1981-5646

Revista Eletrônica Patrimônio: lazer & turismo

Universidade Católica de

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5 Revista Unibero de Turismo e Hotelaria Unibero Semestral 1807-6963 Turismo e

Desenvolvimento Editora Átomo Semestral

1519-4744 Turismo e Sociedade Universidade Federal do Paraná Semestral 1983-5442 Turismo em Análise Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA-USP. Semestral 0103-5541 Turismo - Visão e Ação Programa de Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria da UNIVALI Quadrimestral 1415-6393

Adaptado do site Instituto Virtual de Turismo, 2010.

De acordo com a tabela 1 podemos observar que os periódicos: Cultur -Revista de Cultura e Turismo, Global Tourism, -Revista Eletrônica de Turismo Cultural, Revista Unibero de Turismo e Hotelaria, Turismo e Desenvolvimento, Turismo e Sociedade e a Turismo em Análise tem periodicidade semestral. Já as revistas trimestrais são: Caderno Virtual de Turismo, Revista Acadêmica Observatório de Inovação do Turismo, Revista Eletrônica Patrimônio: Lazer & Turismo. Com periodicidade quadrimestral temos duas revistas: Revista do Programa Multidisciplinar de Mestrado em Lazer – LICERE e Turismo – Visão e

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Ação. A Revista de Turismo é a única com periodicidade bimestral, e finalmente a Revista de Estudos Turísticos que é publicada mensalmente.

3.2 Revista Turismo em Análise

Elaboramos um questionário (Anexo 1) que foi respondido pela professora associada e aposentada da Universidade de São Paulo (USP) e atual professora titular do Mestrado em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi, e ex-editora da Revista Turismo em Análise Dra. Mirian Rejowski.

Na entrevista Rejowski afirma que a revista Turismo em Análise é um periódico científico consolidado junto à comunidade científica, com 21 (vinte e um) anos de experiência e regularmente publicada desde 1990. De 1990 a 2006 circulou na forma impressa, em 2007 na forma impressa e eletrônica, e a partir de então a revista só foi publicada na forma eletrônica, nesta principal mudança encontramos a primeira semelhança com a revista Sinergia que também possui a revista publicada na internet.

No período de 2003 a 2007 o periódico Turismo em Análise tinha uma parceria com a editora Aleph, a qual era responsável pela produção editorial e gráfica e a equipe da Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA- pelo conteúdo científico da revista, a qual ainda era impressa).

A revista surgiu da idealização da prof.ª Dra. Mirian Rejowski com o apoio do prof. José Marques (diretor da ECA na época), do professor Mário Beni (ele sugeriu o título), da professora Sandra (lay out e arte final da primeira capa), e de outros docentes do curso de Turismo (Sarah Bacal, Américo Pellegrini Filho, Doris Ruschman, entre outros). A revista teve facilidades, como apoio da diretoria da Escola de Comunicação e Artes da USP, disposição de um pequeno grupo de docentes do curso de Turismo, experiência em editoração científica e idealismo da professora Mirian Rejowski, profissionalismo da edição com a parceria da editora Aleph.

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As principais dificuldades foram as mesmas problemáticas citadas pelos docentes do IFSP: descrédito de docentes e profissionais sobre a viabilidade de publicar uma revista científica em turismo; falta de massa crítica; falta de fluxo de artigos que no início eram em parte “encomendados” (identificavam-se e convidavam-se estudiosos e profissionais para escrever artigos); desconhecimento de normas e formatação de artigos pelos autores; morosidade da produção editorial e produção com a colaboração da Gráfica da ECA/USP (a revista não era prioritária); gerenciamento de verbas do CNPq no período em que houve financiamento da revista por esse órgão (atrasos na remessa da verba, inflação entre outros); falta de equipe fixa e apoio da instituição editora (editor e docentes ou ex-alunos do curso e/ ou aluno voluntário ou estagiário).

Atualmente, a revista enfrenta dificuldade em efetuar o pagamento simbólico de consultores conhecidos como ad hoc, que avaliam artigos e não recebem nada além de uma declaração, a revista não tem verbas da ECA, mas conta com algum apoio da USP para sua inserção do SCIELO - Scientific Electronic Library Online, a atual editora prof.ª Dra. Débora Cordeiro Braga conta com o apoio de alguns docentes e um estagiário.

A Turismo em Análise foi criada em 1990 (seu primeiro número foi lançado em maio por ocasião do Seminário da AMFORT no Brasil) a idéia surgiu quando Rejowski se dedicou em tempo integral no curso de Turismo na USP e sentia a falta de material para as aulas que ela e outros professores ministravam. Naquela época havia poucos livros disponíveis, na maioria traduzidos, e as editoras privadas publicavam poucos livros com a temática Turismo.

Houve apoio da diretoria da ECA para a implantação de revistas temáticas oriundas dos seus diferentes cursos, durante os dois primeiros anos, em seguida houve apoio de um programa de revistas científicas do CNPq por mais de cinco anos, o CNPq perdeu um relatório de prestação de contas e não renovou o pedido de apoio, mas a revista já se mantinha somente com as vendas e assinaturas anuais em 2006 e 2007 com o avanço da Internet e a possibilidade de acesso a textos científicos na mesma (revistas eletrônicas começaram a ser editadas no Brasil e a

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partir da primeira década de 2000) os assinantes foram pouco a pouco não renovando as suas assinaturas inviabilizando a parceria com a editora Aleph.

Havia também a pressão para disponibilizar eletronicamente a revista em acesso aberto e gratuito, (lembrando que o mesmo aconteceu com a revista Sinergia referente ao acesso aberto a todos os interessados), o que foi realizado mediante o uso do software SEER (versão em português do Open Journal System – OJS), disponibilizado gratuitamente pelo IBICT – Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia.

Mirian ainda avalia:

Desde o início de sua criação, face a minha experiência como editora chefe do departamento de publicações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a revista foi "pensada" e formatada conforme padrões internacionais de periódicos científicos, tendo por base periódicos de outras áreas mais consolidadas (ênfase em artigos científicos, normas de citação e referencias bibliográficas, normas de periódicos etc.)

Em relação a questão sobre o público-alvo, Mirian revela que não difere da Revista Sinergia, ou seja, estudiosos, pesquisadores, professores e alunos da área de Turismo.

3.3 Revista Sinergia

A revista Sinergia começou em 2000, com o patrocínio do Cursinho Objetivo e hoje se mantém com recursos públicos, foi idealizada por professores e surgiu da necessidade de dar vazão a toda pesquisa científica realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica de São Paulo, ou seja, hoje um pesquisador do Instituto pode fazer um experimento e logo em seguida publicar os resultados deste, por meio de um artigo.

O diagramador Ademir Silva junto com o editor da revista Raul Puschel afirmaram pelas questões aplicadas pelo questionário (Anexo 1) que os maiores desafios enfrentados no começo foram: efetuar o mapeamento das áreas que

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seriam abordadas: Engenharia, Turismo entre outras, em seguida fazer o levantamento de recursos para manter a revista por meio de patrocinadores ou outras fontes, sendo que o terceiro desafio foi a aquisição de equipamentos como computadores, impressora e scanner, o último e o principal desafio foi contratar editor, jornalista e diagramador.

O público-alvo da revista é toda comunidade científica (cientista, pesquisadores, professores e alunos, sendo que todo experimento realizado em Turismo pode ser divulgado por meio de um artigo, um exemplo, é o artigo intitulado: Turismo sócio-familiar prisional: um estudo preliminar de Mosceto & Oliveira (2010), que trata de "apresentar e investigar um segmento do Turismo ainda pouco explorado, o sócio-familiar prisional, ou seja, aquele realizado por pessoas que viajam para visitar amigos e parentes encarcerados". Além deste artigo ter relação com a revista por ser resultado de pesquisa, outros artigos de outros Institutos, Faculdades e Universidades como a USP, também podem ser publicados na revista Sinergia. Ademir enfatiza também que um dos maiores sonhos dos colaboradores da revista é que um dia ela possa ser reconhecida mundialmente por artigos relevantes como a Science, com qualificação A.

3.4 Entrevista com os docentes do curso de Tecnologia e Gestão em Turismo do IFSP.

Foi elaborado um questionário (Anexo 2) e enviado para o e-mail de cada docente do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), com a intenção de conhecer a opinião sobre a viabilidade da revista científica no Instituto.

Em relação à pergunta que se referia a um possível Conselho Editorial no IFSP quase todos os professores fariam parte do conselho editorial de uma revista cientifica de Turismo, o atual coordenador do curso Brenno Vitorino Costa ressaltou ainda que participaria apenas se a revista fosse reconhecida pelo Qualis (classificação feita pela CAPES dos veículos utilizados pelos programas de

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graduação), uma vez que não se tem conseguido com revistas apoiadas apenas por uma graduação, a única exceção foi a professora Rafaela Câmara Malerba, ela defende que não há espaço para mais uma publicação em Turismo, pois os atuais periódicos já atendem à atual demanda.

Apesar de não concordar com uma revista científica do curso, os professores Glauber Eduardo de Oliveira Santos e Danilo Ramalho participariam, sendo que o primeiro acredita que foge do conceito do curso de Tecnologia, uma vez que, este incentiva a prática eficiente, pois a pesquisa científica é papel dos cursos de pós-graduação, o segundo participaria se houvesse alguma remuneração. Já o prof. Dr. José Guilherme de Almeida disse que sua participação estaria condicionada a alguns aspectos, como disponibilidade de tempo, natureza do periódico e outros membros participantes.

Com relação à questão que solicitava sugestões para a viabilização da revista o professor Danilo Ramalho acredita que só seria possível se contasse com apoio fora da Instituição, com a existência das parcerias por exemplo. O professor Raul José de Souza acredita que a existência de uma revista científica seria uma ótima oportunidade, pois permitiria que o curso de Tecnologia em Gestão de Turismo abrisse um canal de comunicação com a comunidade externa ao IFSP, para ele o desafio maior são os procedimentos para implantação desse projeto em instituições públicas, por conta da burocracia e algumas vezes falta de compromisso de todos os atores envolvidos: professores, direção e administração.

As sugestões dadas pelo coordenador do curso são: aumentar o número de professores formados na área e mais doutores, uma vez que temos apenas um professor, José Guilherme de Almeida, com doutorado. Para ele a Diretoria de Tecnologia da Informação do IFSP deveria oferecer um suporte de tecnologia (home Page mais adequada, manutenção da página entre outros) que não ficasse como responsabilidade apenas de um professor de boa vontade, deveria haver suporte da Diretoria de Pesquisa do IFSP principalmente com o curso, existência de um suporte financeiro para o pagamento de avaliadores dos trabalhos e revisores de conteúdo, uma vez que falta dinheiro para viagens técnicas. Ele também sugere um maior

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comprometimento dos próprios docentes do curso, pois apenas o professor Glauber teve algumas publicações nos últimos cinco anos.

O prof. Dr. José Guilherme de Almeida ressaltou sobre os fatores que deveriam ser avaliados em conjunto, como definir o formato eletrônico ou impresso, a periodicidade e parcerias. Tanto a professora Rafaela Câmara Malerba e o professor Glauber Eduardo de Oliveira Santos não deram sugestões pelas opiniões já citadas acima. Vale ressaltar que os demais professores não responderam o questionário.

4- CONCLUSÃO

Em relação às principais mudanças que as revistas Turismo em Análise e Sinergia passaram, a que devemos dar mais ênfase é o fato de que foram criadas para serem publicadas em corpo impresso e atualmente tem como maior aliado a internet, pois falta parceria, tanto a Turismo em Análise que começou com a parceria com a editora Aleph quanto a Revista Sinergia que teve como parceria o cursinho Objetivo, ou seja, os periódicos enfrentam dificuldades para se manterem economicamente. Analisando todas as entrevistas que fizemos, criamos uma lista do que não podemos ignorar para a criação de uma revista científica:

- Conhecimento sobre editoração científica e sobre a área foco da pesquisa - ambos são importantes e imprescindíveis;

- Apoio efetivo da instituição editora - equipe técnica fixa, local físico, equipamentos e materiais.

- Se for revista eletrônica há necessidade dos editores e técnicos realizarem o curso do SEER que o IBICT disponibiliza no site: www.ibict.br

- Obter um processo sério de avaliação de artigos "double bind review" e consultores "ad hoc" que emitam bons pareceres em tempo hábil.

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- Não caracterizar endogenia, ou seja, a maioria dos seus autores deve ser externa à instituição que a edita.

Diante dos elementos citados acima e do fato que o IFSP não possui nenhuma característica dentre estas citações, concordamos que não há viabilidade de se criar uma revista científica para o curso de Tecnologia em Gestão de Turismo o IFSP.

Outro motivo que ficou muito evidente é fato de que o mercado de revistas científicas de Turismo enfrenta atualmente um excesso de oferta. Existem mais revistas do que trabalhos a serem publicados, e uma revista científica deve surgir a partir da demanda por espaço de publicação, e não o contrário. Além disso, o curso de turismo do IFSP é um curso de Tecnologia, e não teria respaldo de reconhecimento para sustentar uma publicação dessa natureza.

Devemos incentivar a prática eficiente, e não a pesquisa científica. Essa última seria papel dos cursos de pós-graduação. Por fim, o IFSP não conta com estrutura de suporte a esse tipo de publicação – vide as dificuldades enfrentadas pela Sinergia e pela revista Turismo em Análise.

Hoje o mundo é mais aberto e conectado. Vemos, a partir desse trabalho, com muito entusiasmo o blog dos periódicos do IFSP, pois é atual, online, disponível para quem quiser, sem conteúdo restrito e aberto a críticas.

A produção dos trabalhos de conclusão de curso sozinha não sustentaria uma revista de qualidade, além de já possuírem um espaço de divulgação no blog do IFSP, ou então teríamos que encomendar artigos, convidar estudiosos e profissionais para contribuir com a revista, só que vimos toda a dificuldade para criar e manter uma revista científica. Evidentemente, há bons artigos produzidos pelos alunos, mas eles já encontraram espaço nos periódicos existentes. E isso já contribui para o reconhecimento de nosso curso na academia. Também não devemos esquecer que o IFSP já tem uma revista sua: a Sinergia que possui três números de ISSN atualmente, um para revista eletrônica, outro para edições impressas e um para artigos em inglês, sendo que alguns artigos de Turismo já foram publicados, ou seja, apesar de passar por todas as dificuldades a revista sobrevive.

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Como última sugestão, chegamos por fim a concordar também que a estrutura física e humana do curso deveria ser direcionada a outras prioridades, como parceria com empresas, realização de eventos, atividades complementares, viagens técnicas e outros projetos, principalmente aqueles que tenham aderência aos objetivos de um curso Tecnológico e principalmente ao seu blog, são estes apenas alguns exemplos, que podem ser importantes para futuros trabalhos.

REFERÊNCIAS

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EIDT, K. R. G. Turismo em análise: a produção do conhecimento na área do turismo. Thesis. Record Number: 7683. Univali. Mestrado. 2004.

ESTUDOS TURÍSTICOS. Disponível em: <http://www.etur.com.br>. Acesso em: 29 ago. 2010.

ESTUDOS DE TURISMO E HOSPITALIDADE. Disponível em:

http://estudosth.blogspot.com. Acesso em: 10 ago 2010.

GLOBAL TOURISM REVISTA. Disponível em:<

http://www.periodicodeturismo.com.br>. Acesso em: 19 ago. 2010.

HOWEY, R. M.; SAVAGE, K. S.; VERBEETEN, M. J.; HOOF, H. B. van. Tourism and hospitality research journals: cross-citations among research communities.School of

Hotel and Restaurant Management, Northern Arizona University, P.O. Box 5638, Flagsta¤, AZ 86011-5638, USA" College of Business Administration, Northern Arizona University, Flagsta¤, AZ 86011, USA.

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INSTITUTO VIRTUAL DE TURISMO. Disponível em

http://www.ivt-rj.net/ivt/pagina.aspx?id=114. Acesso em: 15 ago. 2010.

MOSCHETTO, F.C.; OLIVIERA, G.E. Turismo sócio-familiar prisional: um estudo preliminar. Revista Sinergia, v. 11, n.1, ano 2010.

MOTA, A. Economia, meio ambiente e sustentabilidade: as limitações do mercado onde o mercado é o limite. Boletim Científico da Escola Superior do Ministério Público da União, Brasília, ano III, n. 12, p. 67-87, 2004.

REJOWSKI, M. Realidade turística nas pesquisas científicas: visão de pesquisadores e profissionais. 1997. Tese- Ciências Sociais Aplicadas: Turismo. Universidade de São Paulo, São Paulo.

REVISTA ACADÊMICA OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO DO TURISMO. Disponível em: <http://www.ebape.fgv.br/revistaoit>. Acesso em: 28 ago. 2010.

REVISTA DE TURISMO. Disponível em: http://www.turismo.pucminas.br.>. Acesso em: 10 set. 2010.

REVISTA DO PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE MESTRADO EM LAZER-LICERE. Disponível em: < http://www.eeffto.ufmg.br/licere>. Acesso em: 11 set. 2010.

REVISTA ELETRÔNICA DE TURISMO CULTURAL. Disponível em:

<http://www.eca.usp.br/turismocultural/index.htm>. Acesso em: 13 set. 2010.

SOLHA, K. T.; JACON, M. C. M. Avaliação de periódicos científicos eletrônicos brasileiros da área de Turismo: desafios na busca da qualificação.

TRIGO, L. G. G. Turismo Básico. 5. ed. São Paulo: SENAC, 2001.

TURISMO E SOCIEDADE. Disponível em: http://seer.ibict.br>. Acesso em: 15 set. 2010.

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Anexo 1- Questionários aplicados aos professores Dra. Mirian

Rejowski e Ademir Silva e Raul Puschel.

Qual é o seu atual cargo?

Quais são as atuais características da revista e quais são as principais mudanças que ocorreram na revista Turismo e Análise?

Quais foram as dificuldades para implantação da revista? Qual o público alvo?

Qual a relação da revista com o curso de Turismo da USP?

Quais são os maiores desafios enfrentados pela revista para manter a continuação ao longo dos anos?

Como a revista foi criada? Foi idealizada por professores ou

alunos?

Como deve ser o CV. dos organizadores da revista científica? É obrigatório ter mestrado/doutorado?

Quais são as suas sugestões para a implantação de turismo em uma faculdade pública como o IFSP, por exemplo?

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Anexo 2- Questionário aplicado aos docentes do curso de

Tecnologia e Gestão em Turismo do IFSP

Em sua opinião, é viável uma revista Científica para o curso de Turismo no IFSP? Justifique.

- O senhor (a), faria parte do Conselho Editorial no IFSP? Justifique.

- Quais são as suas sugestões para viabilizar a montagem da revista Científica do IFSP?

Referências

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