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TÍTULO: DIREITO DA MULHER E A FALTA DO DIREITO DA MULHER NO ORIENTE MÉDIO

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LUANA EMANUELI DE OLIVEIRA SILVA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): GRAZIHELY B. F. DOS SANTOS PAULON

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Direitos da Mulher e a Falta de Direitos da Mulher no Oriente Médio Resumo

O presente artigo é resultado de uma pesquisa em andamento que discute a reafirmação dos direitos das mulheres no âmbito internacional. As discussões sobre os direitos humanos das mulheres ainda é objeto de poucas pesquisas na área das Relações Internacionais e o objetivo deste estudo é compreender a presença feminina no sistema internacional e principalmente colaborar com a ampliação do debate nesta importante área do conhecimento. A violência contra as mulheres e o cerceamento de seus direitos em muitos países chama a atenção de autoridades e organismos internacionais e exige ações mais eficazes e reflexões no meio acadêmico. As mulheres como seres humanos, devem ser respeitadas, acima de qualquer política, doutrina ou credo. Nas Relações Internacionais devem afirmar-se os direitos e culturas, pois os direitos humanos, assim como, a cultura e a tradição de cada país devem ser preservados. Desta forma, estudaremos os direitos das mulheres e a falta dos mesmos no Oriente Médio. Os materiais necessários para a realização da pesquisa serão por meio de pesquisas bibliográficas, livros específicos na área das Relações Internacionais e Direito, assim como livros, artigos científicos e internet.

Palavras-chave – Direitos das Mulheres, Direitos Humanos, Cultura; Oriente Médio.

Introdução

Sabe-se que os direitos humanos foram consolidados apenas em 10 de dezembro de 1948, através da Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecendo e

salvaguardando os principais direitos do homem.1

Desde o início a palavra “homem”, subentendia a mulher, esta por sua vez, percorreu um longo caminho ao passar dos anos, sendo considerado um ser inferior e subordinada às decisões do pai e posteriormente à do marido, pois deveriam ser submissas aos homens que eram considerados como os únicos seres da terra, passíveis de tomar decisões que detinham o poder e a autoridade

1

Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/textos/a_pdf/manual_pratico_dh_internacionais.pdf. Acessado em: 20/07/2014

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dentro de uma determinada sociedade. Desta forma, a mulher travou inúmeras batalhas para obter o reconhecimento de seus direitos na história da humanidade, exemplo disto, foi a luta travada pelas mulheres para conseguirem o direito ao voto, por volta do século XIX, sendo que o primeiro país a reconhecer o direito das mulheres de votar foi a Nova Zelândia, em 1893, enquanto que no Brasil esse

direito só foi efetivado pela Assembleia Constituinte em 1933.2

Ainda no século XIX, no decorrer da revolução industrial, a mulher começou a sua luta pelos direitos trabalhistas, pois estas trabalhavam às vezes, exercendo o mesmo ofício que os homens, recebendo menos do que eles, fortificando assim o feminismo - "[...]a person who believes in the social, political and economic equality of the sexes." (pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre gêneros), de acordo com a nigeriana Chimamanda Ngozi

Adichie.3

Após diversas lutas travadas, a mulher ocidental obteve seus direitos reconhecidos, atualmente há mulheres ocupando altos cargos como o cargo de presidente de um país, como a presidente brasileira Dilma Roussef e a primeira ministra alemã Angela Merkel. Contudo, ainda hoje em pleno século XXI, há centenas de casos de conflitos de gênero, isto é, de preconceito contra a mulher, principalmente no Oriente, onde há casos de preconceitos hediondos, claramente exercidos contra a mulher, noticiados através de centenas de veículos de informação.

Na Índia, a vaca é mais sagrada do que a mulher, por incrível que pareça isso não é uma metáfora, mas a realidade das mulheres indianas, que sofrem estupros, ou que são apedrejadas na rua pelo simples fato de serem mulheres, por uma sociedade preconceituosa que deixa os criminosos impunes. No Afeganistão, aproximadamente 80% das mulheres, se casam contra a sua vontade, como também, no Paquistão a participação da mulher na sociedade é limitada e estas quando conseguem trabalhar recebem 82% a menos que os homens. Isso ocorre não só devido ao poder político que impera na região, mas também a religião que influencia na submissão da mulher perante o homem. Por isso, é necessário um

2

Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/direitos-femininos-uma-luta-por-igualdade-e-direitos-civis.htm. Acessado em: 20/07/2014

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Estado laico, direitos vigentes e mulheres fortes, pois a religião, o poder político, o direito e a mulher tem que existir de forma harmoniosa dentro de uma sociedade

para que as mulheres possam viver com dignidade.4

Objetivos

O atual artigo tem como objetivo, analisar os direitos que as mulheres possuem e que ainda são desrespeitados no Oriente Médio, como também, os avanços que os direitos das mulheres obtiveram com o decorrer dos anos, a fim de fomentar e contribuir para um maior debate no âmbito das Relações Internacionais sobre a contemporaneidade do clamor pela igualdade que a mulher pretende garantir na sociedade vigente, trazendo a reflexão para os povos aqui presentes e os vindouros.

Metodologia

De acordo com Eva Maria Lakatos, o presente artigo utilizará a metodologia de pesquisa qualitativa acadêmica, realizando o artigo através do estudo dos direitos das mulheres, bem como, a sua história no decorrer dos anos, para alcançar uma

análise efetiva e umentendimento adequado sobre o direito da mulher no Oriente

Médio, de modo a concretizar o artigo então proposto dos dados com base na

leitura de livros, artigos científicos e sites, bem como, a visualização de vídeos.5

Desenvolvimento

A pesquisa em andamento realiza-se, principalmente, através de uma discussão teórica que utiliza diversas obras da área de Relações Internacionais, Direitos Humanos e pesquisas nas áreas de gênero e feminismo. Além disso, utilizam-se algumas biografias e documentários.

Neste início do século XXI conseguimos olhar para trás e verificar a grande história que as mulheres enfrentaram para obter os seus direitos. Na atualidade temos mulheres que votam; que trabalham; com escolaridade e até formação superior aos dos homens; temos mulheres que comandam um país, sendo

4

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2011/06/14/afeganistao-e-o-pior-lugar-para-as-mulheres-viverem-diz-fundacao-de-direitos-humanos.htm. Acessado em: 20/07/2014

5 Disponível em:

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presidente de um Estado, representando uma nação. No entanto, ainda assim é fácil observar que a luta pelos direitos ainda não terminou, uma vez que, crimes hediondos contra as mulheres ainda são cometidos, em especial em alguns países do Oriente Médio. Nesta região, os direitos das mulheres não são respeitados, por isso, grande parte das mulheres não pode decidir sobre sua maneira de viver e optar por uma vida mais digna.

Em 1791, Marie Gouze, enviou para a Assembleia Nacional da França, uma declaração para pôr em igualdade os direitos das mulheres e dos homens, se opondo a Robespierre, que em 1793 a mandou para a guilhotina. Na declaração o

artigo 1º corroborava o seguinte direito: “A mulher nasce livre e tem os mesmos

direitos do homem.”6

Ainda no fervor de uma sociedade patriarcal, na qual a monarquia imperava e apenas o homem detinha poder, Mary Wollstonecraft, afirmava em seu livro Reivindicações que:

“A mulher deve forçar sua mente no sentido de alargá-la e será o fim da obediência cega. Uma vez que a obediência cega é o que busca o poder, tiranos e sensualistas estão certos quando se empenham em manter a mulher na escuridão, pois o primeiro só quer escravas e o segundo bonecas de carne.”7

Através dessa afirmação perpetrada por Mary Wollstonecraft em 1792, percebemos que ainda hoje, após 222 anos, as mulheres do Oriente Médio, ainda sofrem com essa escuridão que lhes perpetuam a vida inteira em uma “obediência cega”, em uma submissão sem limites, em busca pelo direito de votar, de trabalhar, de estudar e ser considerada de igual para igual, buscam o direito de tomar suas próprias decisões, sobre o seu corpo e sua vida, o direito de “mandar no seu próprio nariz”.

No entanto, não podemos ignorar e dizer que nada mudou, pois o tempo passou, os pensamentos mudaram e as conjunturas evoluíram, causando notórias modificações para afirmação da mulher na sociedade, como um ser forte e

6

Disponível em:

http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0- cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html. Acessado em: 20/07/2014

7

Disponível em: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/828/Direito-das-mulheres. Acessado em: 20/07/2014

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pensante que obteve seus direitos reconhecidos e inúmeros avanços em sociedades patriarcais, feudais e machistas.

Prova disso, é a declaração do direito da mulher vigente nos países ocidentais. A

conquista do direito ao voto, por volta do século XIX,reconhecido em 1920, sendo

concedido o direito de voto para as mulheres em mais de 28 países, como Reino Unido, Estados Unidos, entre outros. Contudo, na maioria dos países situados no Oriente Médio, as mulheres possuem esse direito negado, com a exceção da Arábia Saudita, que de acordo com a notícia publicada no site RFI em setembro de 2011, as mulheres a partir de 2015 teriam o direito ao voto reconhecido de

acordo com o rei Abdullah as mulheres também poderão se candidatar.8Enquanto

que, no Paquistão os conselhos tribais locais fizeram um acordo para impedir as

mulheres de votarem9 e os homens que outrora falaram, continuam falando para

as mulheres em geral, mesmo sendo elas, suas esposas, filhas ou irmãs a não

votarem, pois não seria “um ato muçulmano”.10

Ainda no século XIX, no decorrer da revolução industrial, a mulher em busca de

seus direitos, desta feita lutou pelos seus direitos trabalhistas, numa época em

que a sociedade estava desfalcada de homens, pois muitos deles haviam morrido na Primeira ou na Segunda Guerra Mundial, fortificando ainda mais o feminismo, já que o flagelo que havia após a guerra só demonstrava a necessidade que a sociedade da época apresentava perante as mulheres, favorecendo para que elas

tivessem as suas leis trabalhistas garantidas, levando à afirmação do dia 8 de

março – dia internacional da mulher – comemorado com fervor pelas mulheres do mundo inteiro, mesmo que para algumas este dia, seja celebrado apenas no seu

íntimo,devido a um incêndio que ocorreu na fábrica Triangle Shirtwaist Company,

que culminou em dezenas de mulheres mortas, no dia 25 de março de 1911, em Nova York.

Já em relação ao direito de estudar, as mulheres vêm cada vez mais conquistando o seu próprio espaço na sociedade, buscando a concretização

8

Disponível em: http://www.portugues.rfi.fr/geral/20110926-mulheres-terao-direito-voto-na-arabia-saudita-em-2015. Acessado em: 20/07/2014

9

Disponível em: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3213904&seccao=%C1sia. Acessado em: 20/07/2014

10 Disponível em:

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profissional, competindo com os homens no mercado de trabalho, ocupando cargos de renome, como a rainha Elizabeth I que governou a Inglaterra por 45 anos. Enquanto que, do outro lado do mundo, mais precisamente no Oriente Médio as meninas foram proibidas de frequentar a escola, mesmo sendo esta só

para meninas, pois o Talibã – grupo de guerrilheiros radicais que pregam a lei

islâmica ou a morte – ordenou que as escolas fossem fechadas.11 Com isso, é

fácil verificar que as sociedades patriarcais ainda continuam bem vivas no Oriente Médio. Contudo, não estamos aqui para discutir o uso do véu, ou da roupa curta, se devemos nos arrumar para sair ou somente para o marido, pois esse também é um direito da mulher, que cabe apenas a ela decidir o que melhor lhe convém, mas estamos aqui para afirmar que, as mulheres querem os seus direitos e não querem que palavras como submissão, mutilação genital, segregação, violência, tortura, estupros, opressão, desrespeito, casamento forçado, proibição para ir à escola, ou viúvas que para viver dependem de esmolas, pois se o marido morre, o destino delas é morrer junto, perdendo suas posses, como suas joias, incapazes de trabalhar vivendo a mercê da caridade alheia, sejam proferidas e muito menos executadas, pois a extinção dessas palavras e dessas ações talvez significasse com alguma esperança à coibição de tais atos contras às mulheres, pois elas não são propriedade de homens nem mercadorias que possuem preços, visto que a distinção entre homem e mulher existe apenas em seus órgãos genitais, já que todos são seres humanos igualmente pensantes que conseguem sair sem a

presença masculina ao lado12, que conseguem tomar decisões sem a validação

do pai ou do marido. As mulheres querem justiça, direitos iguais, pois a

Declaração Universal dos Direitos Humanos garantem ao homem, enquanto ser humano o reconhecimento e a preservação de seus direitos primordiais. Tendo como preâmbulo a consideração pelo:

“[...] reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis que é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da

11 Retirado do livro: YOUSAFZAI, Malala com Christina Lamb. Eu sou Malala. 12

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necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum; [...]”.13

Enquanto que a Assembleia Geral proclamava que:

A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional,[...]”14

Tendo como os principais artigos, os seguintes abaixo descritos:

“Artigo I

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.”15

“Artigo II

Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.”16

“Artigo III

Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”17

Apenas de acordo com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a mulher enquanto ser humano detém a partir deste documento o pleno reconhecimento de seus direitos.

Contudo, ao falarmos desta maneira, percebemos o quão apático o Oriente Médio está em termos de leis, no que se refere ao tratamento das mulheres:

“[...] Existem ainda hoje no mundo isslâmico sociedades que são demasiado conservadoras, restritivas e muito arraigadas às tradições, que tratam a mulher de acordo com costumes e tradições herdadas dos seus antepassados. Geralmente essas tradições privam a mulher dos seus direitos concedidos pelo Isslam, e não só. As mulheres são tratadas segundo padrões diferentes dos que são aplicados aos homens. [...]”18

13 Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acessado em:

20/07/2014

14 Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acessado em:

20/07/2014

15

Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acessado em: 20/07/2014

16 Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acessado em:

20/07/2014

17

Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acessado em: 20/07/2014

18

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De acordo com a lista dos países mais perigosos para a mulher elaborada pela ONU, o Afeganistão, ocupa o topo da lista, onde 75% das mulheres afegãs se casam contra a própria vontade sem poder escolher os seus próprios maridos. Já na Índia conhecida mundialmente pelos seus festivos casamento, é um dos principais países onde é comum o casamento infantil, isto é, 40% das meninas se casam ainda crianças com homens muito mais velhos o que “corresponde a 23

milhões de noivas crianças”19

a legislação indiana criou uma lei para proibir o casamento de mulheres menores de 18 anos e isso vem diminuindo minimamente os casamentos infantis então realizados. Em 2013, a Índia chamou a atenção e comoveu o mundo, pois a indiana “[...]Jyoti Singh Pandey virou mártir, símbolo da criminosa desigualdade no país, após ser violentada e morta

dentro de um ônibus.[...]”20

morreu com 23 anos estuprada por 5 homens. Isso revoltou as mulheres indianas que saíram às ruas em busca do reconhecimento dos seus direitos. Já no dia 10 de julho deste ano, uma jovem indiana de 14 anos foi estuprada pelo marido da mulher que o seu irmão estuprou como punição, determinada pela justiça local para que o crime fosse resolvido. Ao ler isso, a primeira coisa que fazemos é nos perguntarmos se existe justiça. Estes são apenas alguns das centenas de casos de estupros que as mulheres indianas

sofrem, uma vez que 66% das mulheres são violentadas anualmente no país.21

Onde a taxa de escolaridade feminina é baixíssima, sendo a maioria analfabeta. Já no Paquistão, os ataques com ácidos e o crime de honra são comuns.

“Mais de mil mulheres são vítimas de homens que desejam ter a honra lavada todos os anos. O que os homens chamam de mau comportamento é o principal motivo para que uma paquistanesa seja atacada com ácido, quase sempre pelo marido. Não bastasse o ato violento, a sociedade do país acredita que essas mulheres desonram suas famílias e, portanto, merecem a punição.”22

Com isso, percebemos que a maioria dos Estados situados no Oriente Médio, não proporcionam os direitos básicos para a sobrevivência de forma digna dos seus cidadãos, bem como, a paz no país, visto que a guerra nesta região ainda não

19

Disponível em: http://oglobo.globo.com/mundo/india-responde-por-40-dos-casamentos-infantis-no-mundo-9651571. Acessado em: 20/07/2014

20

Disponível em: http://noticias.r7.com/internacional/india-e-suas-mulheres-estupro-coletivo-inseguranca-e-fim-do-silencio-08032013. Acessado em: 20/07/2014

21

Disponível em: http://noticias.r7.com/internacional/india-e-suas-mulheres-estupro-coletivo-inseguranca-e-fim-do-silencio-08032013. Acessado em: 20/07/2014

22 Disponível em:

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acabou, para além, disso a religião islâmica que impera nas províncias muçulmanas, geram uma comoção negativa no sistema internacional devido às

leis rígidas que a Sharia – lei islâmica – impõem através da leitura mal

interpretada por muçulmanos radicais, como o Talibã. Por isso, constatamos que as mulheres continuam sofrendo, pelo simples fato de serem mulheres em vários países do mundo, e não apenas no Oriente Médio. Contudo, é certo afirmar que a cultura e a tradição de um país devem ser preservadas, não obstante sabemos que entre a cultura, a tradição e o direito há uma linha tênue, a qual o direito deve sobressair a essas diretrizes devendo ser defendido para que haja a manutenção da paz.

“A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.” Profeta Maomé.23

Resultados

De fato, a luta pelos direitos das mulheres é ainda uma luta atual, sendo, portanto, contemporânea que, apesar dos avanços na conquista de alguns direitos, ainda é uma luta difícil e que deve ser alcançada com ajuda de organismos internacionais, devendo ser tema de debates nas Relações Internacionais, pois de acordo com os Direitos Humanos, as Nações devem ajudar as demais, de modo que cumpram o Estatuto para que os países do Oriente Médio, e não só, não sejam países perigosos para que as mulheres possam viver dignamente e em paz.

Considerações Finais

Através da pesquisa realizada percebemos claramente que as mulheres ainda são alvos de discriminação e sofrem por serem mulheres, apesar do avanço obtido em relação a alguns direitos garantidos, mesmo assim faz-se necessário uma ação eficaz por parte dos organismos internacionais, por isso, a pesquisa deve prosseguir a fim de se obter melhores resultados.

23

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Fontes Consultadas

YOUSAFZAI, Malala com Christina Lamb. Eu sou Malala. Companhia das Letras – 1ª reimpressão: 2013. A biografia deste livro conta a história da menina paquistanesa que gostava de estudar e foi alvejada pelo Talibã.

HOSSEINI, Khaled. A cidade do sol. Editora Nova Fronteira – 1ªedição, 10ª

reimpressão. 2007. O livro expõe a história de duas meninas afegãs que em poucos anos se tornam mulheres, e como toda mulher afegã aprende a suportar.

ALVES, José Augusto Lindgren. Relações Internacionais e Temas sociais – a

década das conferências. Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI: 2001. Neste livro, o autor fala sobre temas sociais, incluindo o direito das mulheres.

MOHAMAD, Sheik Aminuddin. A mulher no Isslam. Volume II – Istituto Isslâmico Hamza, cidade de Matola, Moçambique. 2002.

Disponível em:

http://www.islambr.com.br/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=5 1&tmpl=component&format=raw&Itemid=125 Acessado em: 20/07/2014

OYAMA, Thaís.Veja. Malala, uma menina sem medo. Brasil: 2013.

A Revista conta a história da menina baleada que luta pelo direito de estudar. PETERKE, Sven. DH net. Manual Prático de Direitos Humanos Internacionais.

Brasília.2009.http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/textos/a_pdf/manual_pratico_dh_

internacionais.pdf Acessado em: 20/07/2014

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20/07/2014

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noticias/2011/06/14/afeganistao-e-o-pior-lugar-para-as-mulheres-viverem-diz-fundacao-de-direitos-humanos.htm Acessado em: 20/07/2014

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Referências

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