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Repercussões do exercício aeróbico sobre as atividades de vida diária em pacientes com a Doença de Parkinson

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Academic year: 2021

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Repercussões do exercício aeróbico sobre as atividades de vida diária em

pacientes com a Doença de Parkinson

Anna Clara de Oliveira Vieira* Geraldo Magela Cardoso Filho**

* Acadêmica no curso de Fisioterapia da UNITRI- Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. ** Professor orientador do curso de Fisioterapia da UNITRI - Uberlândia, Minas Gerais,

Brasil.

RESUMO: A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada como um distúrbio neurológico

progressivo crônico que ocorre pela degeneração de células nervosas da chamada substância negra, localizadas no encéfalo, sendo estas células responsáveis pela produção e liberação da dopamina, um neurotransmissor importante principalmente para o controle dos movimentos. Os pacientes além de apresentar sintomas motores, podem manifestar complicações não motoras contendo depressão, distúrbio do sono com movimentos rápidos dos olhos, fadiga e também ansiedade. O presente estudo tem como objetivo realizar um programa de exercícios aeróbicos relacionado ao protocolo fit em pacientes com a doença de Parkinson, analisar como essa prática influenciou nas atividades de vida diária e quais foram os resultados desse tratamento. Os dados foram coletados nos pacientes da Associação Parkinson do Triângulo, Organização não governamental (ONG), em Uberlândia MG. Foi utilizado o protocolo fit duas vezes por semana por quatro semanas. A pressão arterial foi aferida no início e ao término de cada sessão de treinamento. Conclui-se que o protocolo fit trouxe benefícios relacionados às atividades de vida diária em pacientes com Doença de Parkinson.

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2 INTRODUÇÃO

A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada como um distúrbio neurológico progressivo crônico descrito primeiramente pelo inglês James Parkinson, em 1817. Essa doença é causada pela degeneração de células nervosas da chamada substância negra, localizadas no encéfalo, sendo estas células responsáveis pela produção e liberação da dopamina, um neurotransmissor importante principalmente para o controle dos movimentos¹.

No Brasil, conforme dados no IBGE, em 2006 o grupo de pessoas idosas com 65 anos ou mais correspondia a 8,17% da população e até 2020 esse valor pode chegar até quase 10% da população total no Brasil. Sendo que, no estado de Minas Gerais a população na mesma faixa etária chegará a 11,20% em 20206-7. Se considerarmos que a prevalência da DP, em indivíduos com mais de 65 anos, em 2006 era de 3,3%, em 2020 o número de indivíduos com a doença chegará à 689.700 no Brasil e, em Minas Gerais mais de 8 mil casos8.

Núcleos de base são conjuntos de corpos celulares, localizados no interior do sistema nervoso central e que estão reunidos e concentrados nas regiões subcorticais do encéfalo, são responsáveis pelo controle da atividade motora, cognitiva e emocional através de seus circuitos internos e sua relação com o tálamo e córtex motor2. As vias de comunicação entre os núcleos basais são complexas e indiretas, sendo caracterizadas como vias ou sistemas extrapiramidais, pois não tem relação com as pirâmides do bulbo1-2-3. Elas são responsáveis pelo controle dos movimentos automáticos, pelas alterações do tônus muscular e pela coordenação dos movimentos, pois os principais pontos de comunicação são os núcleos da base e o cerebelo3. Portanto, lesões na via extrapiramidal causam alterações na realização de movimentos involuntários espontâneos e no tônus muscular, as quais são chamadas de síndromes extrapiramidais3. A dopamina, que é

produzida pelos neurônios dopaminérgicos da substancia negra compacta do mesencéfalo, é quem controla as atividades dos gânglios basais, uma vez que ocorre a morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta do mesencéfalo, esses neurônios param de produzir a dopamina, e isso resulta em um aumento global da atividade da acetilcolina, causando um desequilíbrio entre esses neurotransmissores e ativando o processo de contração muscular1-2-3.

Após aproximadamente 70% dos neurônios dopaminérgicos estarem lesados as primeiras manifestações clínicas aparecem1. Dentre elas estão o tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez de repouso, instabilidade postural4. Os pacientes além

de apresentar sintomas motores, podem manifestar complicações não motoras contendo depressão, distúrbio do sono com movimentos rápidos dos olhos, fadiga e também ansiedade1-4-5.

Para a classificação da DP existem várias escalas, a mais utilizada é a Escala unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS) avalia os sinais, sintomas e determinadas atividades dos pacientes através da observação clínica, constituí 42 itens, separados em quatro partes: atividade mental, comportamento e humor; atividades de vida diária (AVD’s); exploração motora e complicações da terapia medicamentosa2-4-10-. O escore pode variar de 0 a 4, sendo que o valor máximo indica maior comprometimento pela doença e o valor mínimo indica tendência à normalidade9-10-11-13.

Dentre os tratamentos utilizados para DP, o medicamentoso contribui para o controle dos sintomas motores e também não motores, pois atua no aumento de dopamina

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3

e redução da ação colinérgica14. Além dos precursores da dopamina como Levodopa, os agonistas dopaminérgicos, os inibidores da COMT (tolcapone e entacapone), inibidores da MAO (selegilina, rasagilina) e os liberadores da dopamina (amantadina) estão entre as principais opções farmacológicas14. Este tratamento, além de reduzir suas manifestações, tem como objetivo manter o paciente com uma maior autonomia fornecendo benefícios, porém a utilização destes medicamentos em longo prazo podem apresentar efeitos colaterais incluindo complicações motoras como discinesias (movimentos rápidos e involuntários, coreiformes, geralmente no pico de dose da levodopa), wearing-off (perda do efeito da medicação antes da próxima dose) e freezing, além de distúrbios comportamentais compulsivos, náuseas e alucinações12-14-15.

Além das opções farmacológicas, o tratamento cirúrgico denominado Estimulação Cerebral Profunda (ECP) ou Deep Brain Stimulation (DBS) consiste em reduzir manifestações clínicas e diminuir a dose de medicamentos específicos da DP, são colocados eletrodos em regiões específicas do cérebro no núcleo subtalâmico ou globo pálido, transferindo estimulação de alta frequência nas áreas neurais14. A estimulação nessas regiões ameniza os distúrbios motores trazendo benefícios na redução dos sintomas como o tremor, a rigidez, a lentidão dos movimentos (bradiscinesia), flutuação motora e movimentos involuntários (discinesia)14. As ocorrências que não melhoram com o neuroestimulador são os distúrbios da fala, da deglutição, do equilíbrio e o risco de quedas, o freezing (congelamento da marcha) sem influência do período off (quando o paciente não está sob efeito da medicação) e os transtornos do humor14-15.

Tornar o paciente mais independente nas suas atividades diárias é o objetivo do tratamento fisioterapêutico, sendo assim melhorando a qualidade de vida 16. A prática fisioterapêutica não tem a capacidade de bloquear ou retardar a progressão da doença, porém preserva a integridade do funcionamento muscular e osteoarticular, melhorando a mobilidade funcional, o risco de queda, a instalação mais rápida da demência, e apresenta bons resultados sobre a disposição e humor16. Como se trata de uma doença progressiva, as intervenções fisioterapêuticas não devem ser em curto prazo, mas se tornar parte do estilo de vida 16. É utilizado um programa funcional que engloba todos os segmentos corporais, enfatizando movimentos extensores, abdutores, rotatórios e alongamentos ativo-assistido, exercícios ativos e de reforço muscular, treino de equilíbrio e coordenação, exercícios posturais, exercícios respiratórios, exercícios de mímica facial, treino de marcha e treino de transferência para manter ou otimizar amplitude de movimento, fortalecimento muscular, melhora da postura, melhora do equilíbrio e prevenir deformidades e contraturas16-17.

Quando feito junto à fisioterapia, o exercício físico, o paciente apresenta melhora na função cardiovascular e respiratória, além de proporcionar o desenvolvimento cognitivo e motor dos pacientes¹. Estudos mostram que o exercício físico tem resultados positivos no controle de progressão da doença, ajudam no desenvolvimento da função pulmonar, elevam a força muscular, otimiza o equilíbrio, a marcha e auxiliam também na autoestima e na confiança do paciente18. Os exercícios devem sempre ser adaptados de acordo com a capacidade do praticante sendo orientado por um profissional capacitado18.

Com a evolução da DP complicações secundárias podem surgir nos pacientes, levando a dificuldade de execução das AVDs, essas atividades incluem tarefas simples de auto cuidado como se alimentar, ir ao banheiro, se vestir, arrumar-se e cuidar da higiene

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4

pessoal, com isso o paciente se torna mais dependente. O fato de alguns indivíduos não conseguirem realizar esse tipo de tarefa interfere diretamente na qualidade de vida, sendo um fator multidimensional que depende do controle de sintomas da doença e pode desencadear desordens cognitivas, depressão e ansiedade2-4-10-19.

Diante dos estudos recentes sobre exercícios aeróbicos em pacientes com DP, pode-se perceber a falta de estudos complementares, contudo essa pesquisa foi feita com o intuito de ampliar o planejamento de exercícios e possibilitar mais projetos sobre o assunto, sendo assim contribuindo para um atendimento mais adequado, tendo estímulos novos com exercícios diferentes que podem vir a trazer mais benefícios na qualidade de vida e atividades diárias aos pacientes.

O objetivo desta pesquisa foi conhecer as repercussões dos exercícios aeróbicos sobre as atividades de vida diária em pacientes com o diagnóstico de Parkinson.

METODOLOGIA

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e pesquisa do Centro Universitário do Triângulo sob o parecer de número 3.105.466. A abordagem foi prática e qualitativa, sendo os indivíduos avaliados antes e após o programa de treinamento, com objetivo explicativo. Os dados foram coletados em pacientes diagnosticados por um neurologista em tratamento na Associação Parkinson do Triângulo, Organização não governamental (ONG), em Uberlândia MG.

Além de indivíduos com o diagnóstico de DP, os critérios de inclusão inseriram os pacientes que preencheram corretamente o termo livre e esclarecido e as perguntas da Escala Unificada de avaliação da Doença de Parkinson. De acordo com o critério de exclusão foram eliminados da pesquisa os participantes que desistiram ao longo do tratamento. Inicialmente a amostra foi composta por 17 pacientes com diagnóstico de DP incluindo 5 mulheres e 12 homens, ao longo do tratamento houve 3 desistências sendo2 mulheres e 1 homem, 6 participantes não completaram o número mínimo de atendimentos, sendo assim, participaram desta pesquisa, 8 pacientes do gênero masculino, com idades variando de 46 a 83 anos, com média de 61 anos e 11 meses.

A coleta de dados foi feita na Associação Parkinson do Triângulo, o protocolo fit foi realizado duas vezes na semana durante quatro semanas. Cada sessão teve duração de aproximadamente 30 minutos sendo subdividido em: 5 minutos de aquecimento, 20 minutos de exercícios aeróbicos utilizando bolas e bastões, finalizando com 5 minutos de resfriamento. A pressão arterial foi aferida no início e ao término de cada sessão de treinamento. Antes do atendimento os pacientes foram abordados e receberam as necessárias orientações sobre o programa de tratamento, como seria feito, quantas sessões os pacientes iriam realizar, quanto tempo de duração de cada sessão, quais exercícios seriam feitos e quantas repetições seriam realizadas.

Todos os dados dos pacientes foram analisados através da Escala Unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS), que consiste em 42 itens subdivididos em: atividade mental, comportamento e humor, atividades de vida diária, exploração motora e complicações da terapia medicamentosa. Avaliando os sinais e sintomas, seu escore varia de 0 a 4, sendo que o valor máximo indica maior comprometimento da doença e o mínimo menor comprometimento.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todos os pacientes faziam o uso do medicamento Levopoda, 2 integrantes utilizavam remédio para depressão e 4 para hipertensão arterial sendo betabloqueados. Para o cálculo da Frequência Cardíaca de Treinamento (FCT) foi feito o uso da fórmula de karvonen em pacientes que não eram betabloqueados, os que eram betabloqueados foi feito um cálculo específico, ou seja, Frequência Cardíaca Limite (FCL) para controlar a intensidade do exercício aeróbico executado.

Os pacientes responderam à Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson, antes e após o tratamento. O escore de cada pergunta pode variar de 0 a 4, sendo que o valor máximo da somatória de todas as questões referentes às AVD‟S é 52 e o mínimo é 0, quanto maior a pontuação mais elevado é o comprometimento pela doença e o valor mínimo indica tendência à normalidade, foi realizada a somatória de cada questão antes e após o tratamento dos itens da seção das atividades de vida diária (AVD´S) cuja numeração vai de 5 a 17.

Tabela 1 – Somatória das questões 5 a 17 da Escala Unificada para Doença de

Parkinson antes e após o tratamento.

Antes Após

Fala

11 12

Salivação

9 9

Deglutição

7 7

Escrita

21 18

Cortar alimentos

10 9

Vestir-se

10 9

Higiene

3 8

Girar no leito

7 6

Quedas

3 4

Freenzing

6 8

Marcha

10 7

Tremor

11 9

Queixa sensitiva

3 4

Na tabela 1 pode- se observar que tanto a salivação quanto a deglutição não tiveram nenhuma interferência após a conduta, porém ocorreu melhora no tremor, o que pode ter beneficiando a escrita, o manuseio/corte de alimentos, o ato de se vestir, a marcha e o girar no leito, resultados esses também observados. Já na fala, quedas, freenzing, queixa sensitivas e principalmente a higiene apresentaram uma redução.

No presente estudo, em função do número reduzido de participantes e das alterações discretas nos itens analisados, foi mais pertinente à análise individual dos pacientes.

(6)

6 Tabela 2– Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa à

“fala”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 01 00

Comprom. superficial. Sem dificuldade em ser entendido.

03 04

Comprom. moderado. Solicitado a repetir frases, às vezes.

04 04

Total 08 08

Quando observado a tabela 2 pode-se perceber que houve um agravo, pois um dos pacientes que considerou não ter nenhum comprometimento no primeiro questionário relatou ter comprometimento moderado após o tratamento.

De acordo com o estudo feito em 2003 por Dias e Limongi, quando abordado o tratamento de distúrbios da fala em pacientes com a DP e comprovado que o tratamento conservador mais eficaz para a melhora da fala é o LSTV “Lee Silverman Treatment Voice” que é um método de tratamento alinhado com as teorias de aprendizado motor onde indivíduos aprendem a aumentar a intensidade da voz, melhorar sua qualidade e variabilidade da frequência e, portanto contribuir para maior inteligibilidade durante a comunicação oral deve ser administrado por fonoaudiólogo treinado e certificado para utilizar o método. Deve-se ressaltar que, em virtude da complexidade de fatores que envolvem os processos de reabilitação vocal nesses indivíduos, uma estratégia terapêutica bem sucedida requer equipe multidisciplinar que inclui neurologista, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo especialista, esse tratamento não foi abordado na presente pesquisa, por isso o resultado não foi satisfatório.

Tabela 3 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa

à “salivação”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 03 01

Excesso mínimo de saliva, perceptível. Pode babar à noite

02 05

Excesso moderado saliva, Pode apresentar alguma baba.

02 02

Excesso acentuado de saliva. Baba frequentemente.

01 00

Total 08 08

Apesar de quando comparado à somatória das questões relacionadas à salivação (Tabela 1) não apresentarem interferência, ocorreu uma tendência de melhora no excesso acentuado de saliva, pois no primeiro questionário aplicado um dos pacientes apresentava este excesso e no segundo questionário relatou que estava com excesso mínimo de saliva.

Para a diminuição da salivação conforme a literatura é recomendada se possível, retirar os medicamentos que podem agravar o quadro, como os inibidores da acetilcolinesterase e os antipsicóticos21. Um estudo recente de 2018, realizado

(7)

7

pelos autores Franck, Fernandes, Costa e Rosso abordou o tratamento com toxina botulínica (TB) para a sialorreia que é definida como uma inabilidade de controlar as secreções orais, resultando em acúmulo de saliva na cavidade oral; o ptialismo decorre do seu extravasamento para fora da cavidade oral, esse tratamento com TB é que apresenta maior evidência de eficácia em relação aos demais32.

Além disso, o próprio tratamento medicamentoso dopaminérgico ajustado pode contribuir para o controle da salivação, apesar da resposta ser apenas parcial, fármaco esse que já estava sendo utilizada pela amostra da presente pesquisa. Essa terapia com Levodopa tende a estabilizar o quadro, o que pode ter ocorrido na nossa amostra21.

Tabela 4 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão

relativa à “deglutição”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 03 02

Engasgos raros 03 05

Engasgos ocasionais 02 01

Total 08 08

Quanto à deglutição demonstrada na tabela 4, também não foi encontrada alterações.

A não interferência do tratamento com exercício aeróbico na deglutição (Tabela 4) pode também estar relacionada com o medicamento Levodopa que estava sendo utilizado por todos os participantes da pesquisa, pois segundo Martinez que realizou uma pesquisa em 2010, sobre a influência de Levodopa em pacientes com DP, foi comprovado que o medicamento promove melhora na diminuição do atraso reflexo da deglutição e aumento da mobilidade das estruturas orofaríngeas e manutenção do quadro22.

Tabela 5 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa ao

“tremor”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Ausente 03 03 Presente, mas infrequente. 01 02 Moderado, mas incomoda o paciente. 02 02 Grave, interfere em muitas atividades. 02 01 Total 08 08

(8)

8

tremor grave, visto que no primeiro questionário dois pacientes consideraram ter tremor grave, e no segundo apenas um caso.

O tremor avaliado nesta tabela diz respeito ao tremor de repouso. Segundo James, em sua análise sobre o Diagnóstico diferencial dos tremores, foi registrada uma frequência típica de 3-6 Hz mais em uma, ou em ambas as mãos, sendo geralmente assimétrico menos notado no mento, nos lábios, na língua e nos pés eletromiograficamente, que foi caracterizado pelo resultado de atividade alternante de músculos agonistas e antagonistas. A flexão-extensão dos dedos combinada com a adução-abdução do polegar produz o clássico tremor em “contar dinheiro”, ou em “enrolar fumo”25. O medicamento Levodopa que é responsável pela diminuição da rigidez, bradicinesia e tremor, tem seus efeitos potencializados quando associado ao protocolo fit que auxilia na melhora da mobilidade e funcionalidade 14.

Tabela 6 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa à “escrita”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Um pouco lenta, ou pequena. 01 02 Menor e mais lenta, mas as

palavras são legíveis.

03 02

Gravemente comprometida, mas nem todas as palavras.

02 04

A maioria das palavras não é legível

02 00

Total 08 08

Como foi demonstrada uma diminuição no tremor grave (Tabela 5) verificou-se também uma tendência de melhora na escrita (Tabela 6), uma vez que antes, dois participantes relataram que a escrita era gravemente comprometida e que a maioria das palavras não eram legíveis, e após o tratamento julgaram que tinham um comprometimento moderado.

A redução da capacidade de escrever palavras legíveis em um período de tempo curto sem demonstrar lentidão pode ser diretamente relacionada com o tremor de ação que é aquele que ocorre quando há contração voluntária dos músculos, podendo ser subdividido em: postural, cinético, de posição e de ação específica e, ainda, isométrico25. Com a melhora do tremor de ação, sucedeu resultados positivos na escrita tendo menos lentidão depois do protocolo fit de exercício aeróbico executado pelos pacientes estudados.

Tabela 7 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes questões relativas a

(9)

9

Respostas Antes Após

Normal 02 01

Lento e desajeitado, mas não precisa de ajuda.

03 05

Capaz cortar alimentos, lento, desajeitado. Pode precisar ajuda

02 02

Alimento cortado por outros, pode alimentar-se, lentamente.

01 00

Total 08 08

Visto que a diminuição do tremor grave influenciou resultados positivos na escrita (Tabela 6), pode se relacionar com a tendência de melhora da manipulação de alimentos (Tabela 7). Sendo assim, no questionário antes do tratamento um dos indivíduos que disseram que precisavam de ajuda para cortar e manipular os alimentos considerou no questionário após os exercícios que tinham lentidão em executar a manipulação, porém não precisavam de ajuda.

Os benefícios que o exercício aeróbico proporcionou tanto no tremor de repouso (Tabela 5) quanto tremor de ação (Tabela 6) pode ser correlacionado com ganhos nos movimentos executados para cortar e manipular alimentos, principalmente pela diminuição do tremor de ação25.

Tabela 8 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa

a “vestir-se”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após Lento mas não precisa de ajuda 07 07 Necessita de ajuda para abotoar e

colocar os braços nas mangas

00 01

Necessita de bastante ajuda, mas consegue fazer algo sozinho.

01 00

Total 08 08

O item “vestir-se” na tabela 8 apresentou uma tendência de melhora, sendo que antes uma pessoa que respondeu que necessitava de bastante ajuda para se vestir, contestou no segundo questionário que precisavam de pouca ajuda.

Conforme Duchesne, em 2016, declarou o exercício físico tem resultados positivos no controle de progressão da doença, ajudando no desenvolvimento da função pulmonar e elevando a força muscular, com isso é possível alcançar efeitos satisfatórios ao executar as atividades de vida diária como no quesito “vestir-se”18. Acredita-se que tais resultados se devam ao aumento da contração muscular e na melhora do condicionamento físico devido ao protocolo utilizado com exercícios aeróbicos.

(10)

10 Tabela 9 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa

à “higiene”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 05 00

Lento mas não precisa de ajuda 03 08

Total 08 08

Quando analisado o item higiene na tabela 9, observa-se um retrocesso, pois cinco dos participantes que no questionário anterior ao tratamento relataram ser “normal” disseram no questionário após o tratamento que tinham lentidão, porém não precisavam de ajuda.

A piora no quesito “higiene” pode ser correspondente à fadiga que na presente amostra foi relacionada ao cansaço referido, no estudo de 2018 abordado por Scheffer, Junior e Latini sobre Fadiga e prática de atividade física na doença de Parkinson foi relatado que o aumento da fadiga muscular durante a contração muscular tem sido demonstrado em pacientes com DP em comparação com indivíduos controle saudáveis. Sendo assim, foi verificado um aumento de 50% na fadiga em pacientes com DP, embora não tenha existido diferença na geração de força máxima entre pacientes com DP e indivíduos controle33.

A fadiga é definida como diminuição progressiva na capacidade de realizar exercício (tipo 1), até sua interrupção total devida à própria fadiga (tipo 2), comum em indivíduos sedentários e destreinados. Sujeitos fisicamente ativos apresentam fadiga tipo 1, ou seja, a interrupção da atividade ou exercício físico geralmente é voluntária, e não devido ao tipo 2. Subjetivamente, a fadiga é descrita como uma enorme sensação de cansaço falta de energia ou sentimento de exaustão, já a fadiga subjetiva pode ser classificada em física, caracterizada pela quantidade de esforço que o sujeito sente ou precisa para concluir determinadas atividades, por exemplo, para realizar um trabalho manual, ou qualquer movimento que exija força gerada pelo músculo esquelético; ou mental, que se refere ao esforço aplicado para prestar atenção em uma tarefa26. No entanto, na DP, as alterações de movimento e as disfunções motoras, além do comprometimento do desempenho motor, criam uma barreira para a realização de atividades físicas, estando diretamente relacionadas a um estilo de vida sedentário, além de uma capacidade diminuída para exercício e, portanto, um baixo condicionamento físico34.

Durante a realização do tratamento foi observado em todos os pacientes um cansaço devido ao sedentarismo, já que nenhum deles não praticava nenhum tipo de atividade física, apesar do cansaço ter diminuído ao longo das sessões, seria necessário que os participantes continuem executando exercícios físicos aeróbicos para que a fadiga tenha uma diminuição significativa e desta forma contribua para a melhora de todas as atividades de vida diária incluindo a higiene.

(11)

11 Tabela 10 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa

a “girar no leito e colocar roupas de cama”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 02 03

Lento e desajeitado, mas não precisa de ajuda.

05 04

Pode girar sozinho, colocar lençóis, com grande dificuldade.

01 01

Total 08 08

Quando analisado a tabela 10 podemos observar uma tendência de melhora, visto que no primeiro questionário dois dos pacientes consideravam “normais”, e no segundo questionário três casos consideraram normalidade.

Conforme a resolução positiva no item “vestir- se” pelo aumento do condicionamento físico e a melhora na capacidade de contração muscular dos membros superiores e inferiores que o protocolo fit pode ter proporcionado aos participantes deste estudo, pode-se relacionar com a execução de “girar no leito e colocar roupas de cama”18. Sendo assim, o fortalecimento muscular possibilita que os indivíduos com DP realizem suas atividades de vida diária com maior facilidade.

Tabela 11 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão

relativa à “quedas (não relacionada ao freezing)”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Nenhuma 06 05

Quedas raras 01 02

Cai ocasionalmente, menos de uma vez por dia.

01 01

Total 08 08

Ocorreu um aumento das quedas, dado que no questionário antes do tratamento seis dos pacientes relataram não ter sofrido nenhuma queda, e no questionário após o tratamento apenas cinco, relatando ter sofrido queda, porém raramente.

De acordo com o resultado negativo relacionado à queda, podemos correlacionar com o protocolo fit que proporcionou ganhos motores e o fortalecimento tanto dos membros superiores quanto inferiores, e com isso os participantes da pesquisa ficaram mais ativos. De acordo com a pesquisa realizada em 2008 sobre quedas em idosos, pelos autores Buksman, Vilela, Pereira, Lino e Santos, aparentemente, as pessoas mais ativas são as que têm maior risco de cair, pelo grau de exposição, sendo um fator comportamental importante, além disso, as alterações intrínsecas e extrínsecas27. Dentre os fatores intrínsecos, destacam-se as alterações sensórias motoras inerentes ao processo de envelhecimento (alterações visuais, paresias, diminuição de flexibilidade e de mobilidade e declínio cognitivo),

(12)

12

sendo que em pacientes com DP apresentam maiores alterações nas reações de equilíbrio. E os fatores extrínsecos, fortemente associados às dificuldades propiciadas pelo ambiente (buracos, escadas e terrenos irregulares)27.

A amostra utilizada para o referente estudo, não apresentou bons resultados apenas com o protocolo fit de exercícios aeróbicos, portanto seria necessário realizar um treino de equilíbrio específico, além de novas orientações sobre as atividades realizadas pelos pacientes para a diminuição do fator de risco compotamental27-28.

Tabela 12 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão

relativa à “freezing quando anda”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Nenhum 03 02

Raro freezing, quando anda, hesitação no inicio da marcha

04 04

Freezing ocasional, enquanto anda

01 02

Total 08 08

Quando observado a tabela 12 percebe-se um aumento do freenzing, pois antes da interferência três dos participantes relataram não ter freenzing, e depois apenas dois responderam que não tinham e relataram ter freenzing ocasional.

Conforme a análise feita pela autora Didio, no ano de 2016 sobre Freezing da Marcha na Doença de Parkinson: Análise de Fatores Associados, o freenzing é definido como um fenômeno clínico transitório e de curta duração, que incapacita o indivíduo a iniciar ou continuar a marcha, apesar da intenção de andar. Geralmente ocorre no início da marcha ou nas mudanças de direções e é descrito pelos pacientes como uma sensação de ter os pés “grudados no chão”, sendo um sintoma comum nos indivíduos com DP30. O fator associado ao freenzing é a severidade, o tempo da doença e o uso prolongado da medicação dopaminérgica29-30.

Sendo assim, seria necessário que os pacientes realizassem um treino específico de marcha e equilíbrio, explorando a propriocepção e estímulos auditivos para aumentar o equilíbrio e diminuir freenzing, já que apenas com o exercício aeróbico não proporcionou tal resultado.

Tabela 13 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão

relativa à “marcha”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Normal 00 02

Pequena dificuldade. Pode não balançar braços, arrasta perna.

06 05

Dificuldade moderada, necessita de pouca ajuda ou nenhuma

02 01

(13)

13

Verificou-se uma tendência de melhora da marcha (Tabela 13), visto que no questionário antes do tratamento dois pacientes consideraram ter dificuldade moderada, e no questionário após o tratamento apenas um caso e marcha normal em dois pacientes.

Protocolos que envolvem coordenação, destreza, iniciação da marcha, mudanças rápidas de direção e passos largos pode ser o melhor caminho para aumentar a autonomia, a independência e a qualidade de vida. Sendo assim, o exercício físico principalmente o aeróbico, é benéfico para pacientes com DP, pois reduz distúrbios da marcha, sendo importante ferramenta no auxílio da terapia medicamentosa23.

Tabela 14 – Distribuição de frequências de respostas dos pacientes à questão relativa

às “queixas sensitivas relacionadas ao parkinsonismo”, antes e depois do tratamento.

Respostas Antes Após

Nenhuma 05 05

Dormência e formigamento 03 02 ocasional, alguma dor.

Dormência, formigamento e dor frequente, mas suportável.

00 01

Total 08 08

Ao observar a tabela 14, pode-se perceber um aumento das queixas sensitivas dos pacientes com DP, pois participantes que no primeiro questionário não consideravam ter dormência e formigamento, relataram no segundo questionário que apresentavam estes sintomas.

Conforme a piora da dormência e formigamento, a opção de tratamento mais eficaz de acordo com um estudo realizado em 2012, pelos autores Santos, Peracini, Franco, Nogueira e Souza, é a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) que é um método que se baseia nos princípios da estimulação máxima do aparelho neuromuscular, com o auxílio de padrões de movimentos diagonais e aplicação de estímulos sensoriais, como os auditivos, visuais, cutâneos e proprioceptivos31.

As técnicas utilizam contrações musculares concêntricas, excêntricas e isométricas, combinadas com resistência graduada e procedimentos adequados, todos ajustados para atingir as necessidades individuais fornecendo ao terapeuta ferramentas necessárias para ajudar o paciente a atingir uma função motora mais eficiente31.

Dessa forma a realização da FNP associada ao exercício aeróbico traria maiores benefícios aos pacientes com DP31. A amostra utilizada não recebeu este tipo de tratamento, por isso não alcançou resultados satisfatórios.

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14 CONCLUSÃO

Pode- se observar diante dos resultados obtidos, repercussões nos itens avaliados pela Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson na amostra avaliada, apesar de não ter ocorrido uma interferência estatística significativa, quando avaliado individualmente há uma tendência de melhora na diminuição do tremor, o que pode ter beneficiado a escrita, o manuseio/corte de alimentos, o ato de se vestir, na marcha e o girar no leito. Porém tanto a salivação quanto a deglutição não tiveram nenhuma interferência após a conduta, e já na fala, quedas, freenzing, queixa sensitivas e principalmente a higiene apresentaram certo agravo. Sendo assim conclui-se que o protocolo fit trouxe benefícios relacionados às atividades de vida diária.

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