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Myrtaceae na floresta atlântica de terras baixas do Estado de Pernambuco

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Academic year: 2021

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(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA VEGETAL. MYRTACEAE NA FLORESTA ATLÂNTICA DE TERRAS BAIXAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO. BRUNO SAMPAIO AMORIM. Orientador: Prof. Dr. Marccus Alves Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Pernambuco, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Biologia Vegetal.. RECIFE 2011.

(3) Amorim, Bruno Sampaio Myrtaceae na floresta atlântica de terras baixas do Estado de Pernambuco / Bruno Sampaio Amorim. – Recife: O Autor, 2011.. 134 folhas : il., fig. Orientador: Marccus Alves Dissertação (mestrado) – Universidade Pernambuco. CCB. Biologia Vegetal, 2011 Inclui bibliografia e anexos. Federal. de. 1. Mata Atlântica 2. Taxonomia (Biologia) I. Título.. 634.909811. CDD (22.ed.). UFPE/CCB-2011-137.

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(5) BRUNO SAMPAIO AMORIM. MYRTACEAE NA FLORESTA ATLÂNTICA DE TERRAS BAIXAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Dissertação Apresentada à Banca Examinadora:. ________________________________________ Orientador: Prof. Dr. Marccus Alves - UFPE. __________________________________________ 1º Examinador: Prof. Dra. Marli Pires Morim - JBRJ. __________________________________________ 2º Examinador: Prof. Dra. Maria de Fátima Araújo Lucena – UFCG. _________________________________________ 1º Suplente: Prof. Dra. Maria de Fátima Agra - UFPB. ___________________________________________ 2º Suplente: Prof. Dra. Carolyn Proença - UnB.

(6) A Dr. Roger McVaugh in memorian Dedico.

(7) “É preciso não sentir medo” J. P. Sartre.

(8) AGRADECIMENTOS Agradeço a FACEPE, pela bolsa de Mestrado e auxílios, ao Programa de PósGraduação (PPGBV-UFPE) e à Rede Latino-Americana de Botânca pelos auxílios financeiros. Ao meu orientador Prof. Dr. Marccus Alves, por ter participado de mais esta importante etapa na minha formação profissional e aos meus colegas de Laboratório que também me auxiliaram, tanto em campo como fazendo com que a rotina diária de trabalho não se tornasse apenas uma rotina: Anderson Alves-Araújo, Teresa Buril, Katarina Pinheiro, Tiago Pontes, Aline Melo, Kalinne Mendes, Debora Cavalcanti, Edlley Pessoa, Gessica Costa, Suellen Santos, Marcos Chagas, a meus companheiros do mestrado Juan Garcia-Gonzales e Jussara Souza e a dois ex-integrantes: Diogo Araújo e Jefferson Maciel, onde sempre que possível trabalhamos em prol da botânica regional. Agradeço aos curadores e funcionários de todos os Herbários visitados (ALCB, ASE, HST, HUEFS, IPA, JPB, MO, NY, PEUFR, PH, RB, SP, SPF, UFP e UFRN), especialmente a Marlene Barbosa, curadora do herbário UFP por toda acessibilidade e compreensão. Aos Gestores das UC’s visitadas e escolhidas para o desenvolvimento da dissertação, especialmente a João Oliveira e Caroline Mallmann, gestores da APA Guadalupe, a quem tive grande apoio com as coletas na região. À família Rabelo, proprietários da RPPN Fazenda Tabatinga, aos irmãos Diógenes de Oliveira Paes Barreto e José Lourenço de Oliveira Neto, proprietários da Fazenda Morim e aos grupos proprietários da Usinas São José e da Usina Trapiche. Ao Pesquisador Dr. Wayt Thomas do New York Botanical Garden por toda a atenção, desde o auxílio na hora de conseguir o visto para os EUA, ao alojamento e bibliografia. A Stella Sylva do NYBG pela amizade e por ter me hospedado em sua residência quando estava bem longe de casa. A Alina Freire-Fierro da Academy of Natural Sciences of Philadelphia, pela amizade e pelo “português” nas horas em que eu mais precisei. Aos Pesquisadores Dr. John Pruski e Dra. Rosa Ortiz-Gentry do Missouri Botanical Garden por tudo que fizeram por mim em Saint Louis..

(9) Ao Dr. Leslie Landrum pelo convite e oportunidade de apresentar meu trabalho à comunidade científica internacional. A Ana Raquel Lourenço pelas discussões sobre a família e a Marla Ibrahim e Jair Eustaquio pela disponibilidade e vontade de formar uma nova geração de pesquisadores de Myrtaceae. A Regina Carvalho, amiga, ilustradora, artista plástica e companheira de almoço no Baracho. Também responsável pela realização deste trabalho, pois sem ela tudo teria sido bem mais difícil. Agradeço a Raphael Viegas, amigo e com quem dividi moradia a maior parte do mestrado. A Luciana Viegas, pelo companheirismo e aos dois juntos por terem me proporcionado a oportunidade de ter um afilhado! Dante Viegas. A Flavio Amorim, tio, amigo e padrinho pelo incentivo e apoio logístico quando as coisas pareciam não ter solução. A Taciana Albuquerque, com quem passei os melhores anos de minha vida, pela compreensão de ter um companheiro taxonomista! E aos meus pais, Marcio Amorim e Marcia Sampaio por tudo que fizeram e fazem por mim e por acreditarem no filho biólogo taxonomista vegetal..

(10) ÍNDICE. Resumo............................................................................................................................01 Abstract............................................................................................................................02 Introdução Geral Sistemática...........................................................................................................04 Distribuição..........................................................................................................06 Histórico...............................................................................................................06 Floresta Atlântica.................................................................................................08 Manuscrito 1 Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae...............................20 Resumo................................................................................................................21 Abstract................................................................................................................22 Introdução............................................................................................................23 Metodologia.........................................................................................................24 Resultados e Discussão........................................................................................25 Figuras.................................................................................................................58 Manuscrito 2 Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco.........................................................................................................64 Resumo................................................................................................................65 Abstract................................................................................................................66.

(11) Introdução............................................................................................................67 Metodologia.........................................................................................................68 Resultados e Discussão........................................................................................70 Figuras...............................................................................................................102. Manuscrito 3 Myrtaceae of Lowland Atlantic rain Forest of Pernambuco, Northeastern Brazil Guia de Imagens Field Museum........................................................................109 Prancha 01……………………………………..........................………………110 Prancha 02………………….........................................................…………….111 Manuscrito 4 Capítulo: Myrtaceae – In: Alves-Araújo, A.; Melo, A.; Burtil, M.T. & Alves, M. (Orgs). Árvores da Usina São José: guia de campo...........................................112 Calyptranthes dardanoi.....................................................................................113 Campomanesia dichotoma.................................................................................114 Eugenia umbelliflora.........................................................................................115 Eugenia umbrosa...............................................................................................116 Myrcia guianensis..............................................................................................117 Myrcia spectabilis..............................................................................................118 Myrcia splendens...............................................................................................119 Myrcia sylvatica.................................................................................................120 Myrcia tomentosa..............................................................................................121 Psidium guajava................................................................................................122 Considerações Finais.....................................................................................................123.

(12) Anexos...........................................................................................................................124 Legenda das Figuras Manuscrito 1 Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae Figura 01: a-c. Calyptranthes dardanoi - a. hábito b. flor; c. fruto. d. Campomanesia dichotoma – inflorescência com flores e fruto. e. Eugenia candolleana – inflorescência com botões florais. f. Eugenia dichroma – inflorescência com frutos. g. Eugenia excelsa – inflorescência com frutos. h. Eugenia florida – inforescência. (a B.S. Amorim 430; b B.S. Amorim 389a; c J.D. Garcia 1173; d B.S. Amorim 449b; e B.S. Amorim 444; f J.A.N. Souza 591; g B.S. Amorim 764 h E. Pessoa 108)......................................................................58. Figura 02: a-b. Eugenia hirta – a. hábito; b. inflorescência com fruto. c. Eugenia aff. prasina – inflorescência com frutos. d. Eugenia punicifolia – inflorescência com flor e fruto. e. Eugenia umbelliflora – inflorescência com botões florais. f. Eugenia umbrosa – inflorescência com frutos. g. Eugenia uniflora – inflorescência com flor e frutos. h-j. Myrcia bergiana – h. inflorescência; i. botão floral; j. fruto. (a B.S. Amorim 645; b - B.S. Amorim 529; c B.S. Amorim 691 d B.S. Amorim 524; e T.N.F. Guerra 120; f B.S. Amorim 424; g B.S. Amorim 320; h B.S. Amorim 433; i B.S. Amorim 479; j L.M. Nascimento 681)......................................................................................................................60. Figura 03: a-b. Myrcia guianensis - a. botão floral; b. fruto. c-d. Myrcia racemosa – c. botão floral; d. fruto. e-f. Myrcia spectabilis – e. fruto; f. detalhe dos lobos do cálice. g-h. Myrcia splendens – g. folha; h. detalhe da venação primária. i-j. Myrcia sylvatica – i. folha. j. detalhe da venação primária. k-l. Myrcia tomentosa – k. detalhe dos lobos do cálice; l. fruto. m-o. Myrcia verrucosa – m. botão floral; n. fruto; o. detalhe dos lobos do cálice. p-q. Myrciaria ferruginea – p. inflorescência com botões florais; q. fruto. r. Psidium guajava – fruto. s-t. Psidium guineense – s. inflorescência com botões florais; t. fruto. (a B.S. Amorim 445; b B.S. Amorim 411; c D. Cavalcanti 32; d B.S. Amorim 454; e-f J.A.N. Souza 630; g-h B.S. Amorim 388; i-j B.S. Amorim 318;.

(13) k-l B.S. Amorim 422; m D.R. Siqueira 120; n-o A.C.B. Lins e Silva 355; p-q B.S. Amorim 438; r B.S. Amorim 499; s B.S. Amorim 421; t B.S. Amorim 494)......................................................................................................................62. Manuscrito 2 Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco Figura 01: Áreas de Coletas. – FTB. RPPN Fazenda Tabatinga. – USJ. Usina São José (Complexo de Fragmentos). – COA. Mata Cova da Onça. – PED. Parque Estadual de Dois Irmãos. – JBR. Jardim Botânico do Recife. – EET. Esec de Tapacurá (Complexo de Fragmentos). – Zumbi. Resec Mata do Zumbi. – UTP. Usina Trapiche (Complexo de Fragmentos). – RBS. REBIO de Saltinho (Complexo de Fragmentos). – MPC. APA de Guadalupe: Mata da Pedra do Conde. – USM. Usina Morim (Complexo de Fragmentos)...............................102 Figura 02: Figura 2. A-B. Calyptranthes dardanoi Mattos. – A. flor. (B.S. Amorim 389a) – B. Fruto. (J.D. Garcia 1173) – C. Campomanesia aromatica. – Fruto. (O. Figueiredo - IPA 70299) – D. Campomanesia dichotoma. – Inflorescência. (B.S. Amorim 449b) – E. Eugenia brevistila. – Flores. (I.I.A. Falcão 968) – F. Eugenia candolleana. – Inflorescência. (B.S. Amorim 444) – G. Eugenia dichroma. – Frutos. (J.A.N. Souza 591) – H. Eugenia excelsa. – Frutos. (I.B. Lima 862) – I. Eugenia florida. – Inflorescência. (E. Pessoa 108) – J. Eugenia hirta. – Inflorescência. (B.S. Amorim 529) – K. Eugenia luschnathiana. – Inflorescência. (S.I. Silva – UFP7437) – L. Eugenia aff. prasina. – Frutos. (B.S. Amorim 691) - M - Eugenia punicifolia. – Inflorescência. (B.S. Amorim 524)....................................................................................................................104. Figura 03: A. Eugenia umbelliflora. – Flores. (T.N.F. Guerra 120) – B. Eugenia umbrosa. – Frutos. (B.S. Amorim 424) – C. Eugenia uniflora. – Inflorescência. (B.S. Amorim 320) – D-E. Gomidesia blanchetiana. – D. flor. (J.R.R. Cantarelli 203) – E. Fruto. (M.F.A. Lucena 1820) – F-G. Marlierea excoriata. – F. Flor. (B.S. Amorim 516) – G. Fruto. (R.B. Santos 46) – H-I. Marlierea tomentosa. – H. Flor. (A. Filho 269) – I. Fruto. (P.C. Lobo 25373) – J-L. Myrcia bergiana – J..

(14) Inflorescência. (B.S. Amorim 433) – K. Flor. (B.S. Amorim 479) – L. Fruto. (L.M. Nascimento 681) – M-O. Myrcia densa. – M. Folha. (T.L.C. Nadia – UFP34137) – N. Detalhe da pilosidade. (T.L.C. Nadia – UFP34137) – O. Fruto. (T.L.C. Nadia – UFP34137) – P. Myrcia guianensis. – Fruto. (B.S. Amorim 411) – Q. Myrcia insularis. – Fruto. (K. Almeida 17) – R. Myrcia multiflora. – Flor. (I.M. Cruz 36) – S. Myrcia racemosa. – Fruto. (B.S. Amorim 454) – T-U. Myrcia spectabilis. – T. Fruto. (J.A.N. Souza 630) – U. Detalhe dos lobos do cálice imbricados. (J.A.N. Souza 630)..........................................................................106. Figura 04: A-B. Myrcia splendens. – A. Folha. (B.S. Amorim 388) – B. Detalhe da venação primária. (B.S. Amorim 388) C-D. Myrcia sylvatica. C. Folhas. (B.S. Amorim 318) – D. Detalhe da venação primária. (B.S. Amorim 318) – E. Myrcia tenuivenosa. – Fruto. (L. Kollman 6380) – F. Myrcia tomentosa. – Fruto. (B.S. Amorim 422) – G-I. Myrcia verrucosa. – G. Flor. (D.R. Siqueira 120) – H. Fruto. (A.C.B. Lins e Silva 355) – I. Detalhe dos lobos do cálice. (A.C.B. Lins e Silva 355) – J-K. Myrciaria ferruginea. – J. Inflorescência. (B.S. Amorim 438) – K. Fruto. (B.S. Amorim 438) – L-M. Myrciaria floribunda. – L. Inflorescência. (O.F. Lopes – IPA 44499) – M. Fruto. (F. França – IPA 53525) – N-O. Myrciaria glazioviana. N. – Flor. (B.S. Amorim 660) – O. Fruto. (B. Pickel 5616) – P-Q. Plinia rivularis. – P. Inflorescência. (A. Lima 70-5724) – Q. Detalhe da inflorescência. (A. Lima 70-5724) – R-S. Psidium cattleianum. - R. Flor. (P. Ferreira 70-50) – S. Fruto. (P. Ferreira 70-50) – T. Psidium guajava. – Fruto. (B.S. Amorim 499) – U-V. Psidium guineense. U. Inflorescência. (B.S. Amorim 421) – V. Fruto. (B.S. Amorim 494) – X-Y. Psidium oligospermum. – X. Flor.. (V.. Sobrinho. –. UFP100). –. Y.. Fruto.. (V.. Sobrinho. –. UFP100)............................................................................................................108 Manuscrito 3 Myrtaceae of Lowland Atlantic rain Forest of Pernambuco, Northeastern Brazil Guia de Imagens Field Museum Figura 01: 1,2. Calyptranthes dardanoi. – 3,4. Campomanesia dichotoma. – 5. Eugenia dichroma. – 6. Eugenia florida. – 7, 8. Eugenia hirta. – 9, 10. Eugenia.

(15) punicifolia. – 11, 12. Eugenia umbelliflora. – 13, 14. Eugenia umbrosa. – 15. Eugenia uniflora. – 16. Marlierea excoriata. – 17. Myrcia bergiana. – 18, 19. Myrcia guianensis..............................................................................................110 Figura 02: 20. Myrcia multiflora. – 21, 22. Myrcia racemosa. – 23, 24. Myrcia spectabiblis. – 25, 26. Myrcia splendens. – 27, 28. Myrcia sylvatica. – 29, 30. Myrcia tomentosa. – 31, 32, 33. Myrciaria ferruginea. – 34. Myrciaria floribunda. – 35. Myrciaria glazioviana. – 36, 37. Psidium guajava. – 38, 39. Psidium guinense...............................................................................................111 Manuscrito 4 Capítulo: Myrtaceae – In: Alves-Araújo, A.; Melo, A.; Burtil, M.T. & Alves, M. (Orgs). Árvores da Usina São José: guia de campo Fig. 01. Calyptranthes dardanoi........................................................................113 Fig. 02. Campomanesia dichotoma...................................................................114 Fig. 03. Eugenia umbelliflora............................................................................115 Fig. 04. Eugenia umbrosa..................................................................................116 Fig. 05. Myrcia guianensis................................................................................117 Fig. 06. Myrcia spectabilis................................................................................118 Fig. 07. Myrcia splendens..................................................................................119 Fig. 08. Myrcia sylvatica...................................................................................120 Fig. 09. Myrcia tomentosa.................................................................................121 Fig. 10. Psidium guajava...................................................................................122.

(16) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. RESUMO [Myrtaceae na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco] Myrtaceae apresenta cerca de 2300 espécies e 30 gêneros de distribuição Sul-americana, onde Chile e Brasil são os países com a maior ocorrência de gêneros endêmicos. A Floresta Atlântica é considerada como um dos centros de diversidade para a família, onde é a sexta mais representativa com 636 espécies, das quais 80% são endêmicas deste Domínio. Em Pernambuco, a Floresta Atlântica é classificada como estacional semi-decidual, caracterizada pela pluviosidade de 1000-1600 mm/ano e um período seco acima de quatro meses, sendo a faixa tratada por terras baixas situada entre 20-100 msm. Este trabalho teve como objetivo quantificar a biodiversidade de Myrtaceae na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. Foram realizadas coletas sistemáticas em oito Unidades de Conservação e diversos remanescentes situados na Floresta Atlântica de Terras Baixas de Pernambuco durante o período de dezembro de 2008 a dezembro de 2010, e analisadas as coleções dos principais Herbários nacionais e internacionais. Foram encontradas 38 espécies de Myrtaceae, das quais 60% são endêmicas para Floresta Atlântica. Eugenia e Myrcia são os gêneros mais representativos com 12 spp. cada, seguidos de Psidium com quatro spp., Myrciaria com três spp., Campomanesia e Marlierea, com duas spp. cada e Calyptranthes, Gomidesia e Plinia com uma espécie cada. Eugenia é o gênero que apresenta maior número de espécies endêmicas (8 spp.), seguido de Myrcia (6 spp.). No total, foram registradas uma nova ocorrência para a região Nordeste (Myrciaria glazioviana), cinco novas ocorrências para a Floresta Atlântica ao Norte do São Francisco (Eugenia brevistyla; Marlierea excoriata; Marlierea tomentosa; Myrcia insularis e Myrcia tenuivenosa), e uma nova ocorrência para o Estado de Pernambuco (Eugenia luschnathiana). Para a categorização do nível de ameaça para conservação das espécies foram adotados os critérios da IUCN, onde se pode verificar que algumas das espécies podem ser consideradas consideradas extintas regionalmente pela falta de coleta nos últimos 50 anos (Eugenia brevistyla e Marlierea tomentosa), espécies consideradas criticamente em perigo por apresentarem ocorrência restrita a poucos remanescentes de Floresta Atlântica (Myrcia insularis, Myrcia verrucosa e Myrciaria glazioviana) e também espécies consideradas ameaçadas de extinção (Eugenia dichroma e Myrcia densa) por ocorrerem em poucos fragmentos, porém numa faixa mais extensa de Floresta Atlântica. 1.

(17) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. Palavras chave: neotrópicos, Brasil, Nordeste, Eugenia, Myrcia, taxonomia.. ABSTRACT [Myrtaceae of Lowland Atlantic rain Forest of Pernambuco] Myrtaceae comprise approximately 2300 species and 30 genera with South American distribution, where Brazil and Chile are countries that have the biggest number of endemic genera. The Atlantic rain Forest is known as one of the diversity center of the family and Myrtaceae is the sixth more representative, with 636 species of which 80% are endemic. The Atlantic Forest of Pernambuco is know as a semidecidous seasonal forest, it has the rainfall of approximately 1000-1600 mm/year and a dry period of more than four months. The forest found at 20-100 msm, is the Lowland Atlantic Forest. The aim of this work is quantify the Myrtaceae biodiversity in Lowland Atlantic rain Forest of Pernambuco. Eight UC’s and diverse remanescents of Atlantic Forest, were selected and systematic field trips were conducted in a period of December 2008 to December 2010. In this period, with the field trips and visits to the main national and international Herbaria collections, 38 species of Myrtaceae were registered. Sixty percent of then, are endemic to the Atlantic rain Forest, Eugenia and Myrcia are the genera most representative, with 12 spp. each, followed for Psidium with four spp., Myrciaria with three spp., Campomanesia e Marlierea with two spp. each and Calyptranthes, Gomidesia and Plinia with only one specie each. The genera that have most endemic species are Eugenia (8 spp.) and Myrcia (6 spp.). They are cited here one new record for the Northeast region (Myrciaria glazioviana), five new records for the Atlantic Forest in North region of São Francisco river (Eugenia brevistyla; Marlierea excoriata; Marlierea tomentosa; Myrcia insularis and Myrcia tenuivenosa) and one new record for Pernambuco (Eugenia luschnathiana). The IUCN criteria was adopted for the conservation and endangered levels, species were could be considered as regionaly extinct (Eugenia brevistyla and Marlierea tomentosa) because they were not collected in the last 50 years, others as critically endangered species (Myrcia insularis, Myrcia verrucosa and Myrciaria glazioviana) that are restricted for few remanescents of Atlantic rain Forest and some endangered of extintion species (Eugenia dichroma and Myrcia densa) that occour in few remanescents but in a more extended area of Atlantic rain Forest. 2.

(18) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. Keywords: neotropics, Brazil, Northeastern, Eugenia, Myrcia, taxonomy.. 3.

(19) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. INTRODUÇÃO GERAL. SISTEMÁTICA. Myrtaceae pertence à Ordem Myrtales, a qual é uma de suas famílias “core” (Dahlgren & Torne 1984). De acordo com Dahlgren & Torne (1984) esta Ordem sofreu diferentes circunscrições e é definida pela combinação de dois caracteres anatômicos do lenho: o tipo de perfuração dos elementos de vaso e os feixes vasculares bicolaterais (Van Vliet & Bass 1984). Quando combinados com caracteres morfológicos do embrião (Tobe & Raven 1983), reúne 14 famílias - Onagraceae, Trapaceae, Lythraceae, Oliniaceae,. Combretaceae,. Alzateaceae,. Penaeaceae,. Rhynchocalycaeae,. Crypteroniaceae, Memecylaceae, Melastomataceae, Psiloxylaceae, Heteropyxidaceae e Myrtaceae. Quando comparada com classificações baseadas em filogenia molecular (APG III 2009), Myrtales apresenta uma nova circunscrição, porém preservando a maior parte das famílias consideradas como “core” em classificações anteriores e que tinham por base apenas caracteres morfológicos: Combretaceae, Myrtaceae (incl. Heteropyxidaceae e Psiloxylaceae), Penaeaceae (incl. Oliniaceae), Lythraceae (incl. Punicaceae, Sonneratiaceae e Trapaceae), Melastomataceae (incl. Memecylaceae), Onagraceae e Vochysiaceae. Neste contexto, a combinação dos seguintes caracteres faz com que seja um grupo facilmente diferenciado: folhas opostas, coléteres (tricomas glandulares na face adaxial na base do pecíolo), estípulas diminutas quando presentes, flores com cálice valvar e persistente, ovário ínfero e multiovulado, endosperma escasso e flavonóides myrcetina (APG III 2009). Myrtaceae é tradicionalmente é dividida em duas subfamílias, cada uma com aproximadamente o mesmo número de espécies: Myrtoideae, concentrada na América tropical mas com representantes na África e sudeste da Ásia e Leptospermoideae, com espécies na Ásia e Austrália e apenas um gênero monoespecífico na América (Kawasaki & Holst 2004). Cerca de 2.300 espécies e 30 gêneros (Govaerts et al. 2010) pertencem à tribo Myrteae (sensu McVaugh 1968). Na América do Sul, Chile e Brasil apresentam a maior ocorrência de gêneros endêmicos, como por exemplo, Amomyrtus e Legrandia no Chile e Accara, Algrizea, Curitiba e Neomitranthes no Brasil (Govaerts et al. 2010).. 4.

(20) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. As Myrtaceae neotropicais, maior parte pertencentes à subtribo Myrtoideae, apresentam-se como arbustos a árvores com ritidoma esfoliante e glândulas oleíferas presentes. O indumento é unicelular com tricomas simples ou em forma de “T”. As folhas são opostas (alternas nas espécies cultivadas) e simples, com superfície glandular-punctada, margem inteira e venação marginal presente. As inflorescências são axilares ou terminais, do tipo panícula, racemo (com eixo primário desenvolvido ou reduzido), dicásio ou ainda com flores solitárias. As flores são actinomorfas e bissexuais com o hipanto presente e fundido ao ovário, que pode estar prolongado ou não acima do mesmo. As sépalas são de 4-5, abertas no botão floral ou formando uma caliptra com abertura regular ou irregular e as pétalas são 4-5 e de coloração branca a raro avermelhada (Acca, Myrrhinium). Os estames são numerosos (4-8 em Myrrhinium) e o ovário é ínfero com 2-18 carpelos e lóculos iguais ao número de carpelos, o estilete é tipicamente filiforme com estigma capitado e a placentação é axilar com 2 ou mais óvulos por lóculo. Os frutos são carnosos (cápsulas em Leptospermoideae) com as sépalas persistentes ou decíduas e as sementes de 1 a várias, com endosperma ausente e embrião diferenciado.. A família é conhecida por apresentar espécies nativas de importância econômica devido a seus frutos comestíveis, a exemplo do araçá (Psidium guineense), jabuticaba (Myrciaria cauliflora), pitanga (Eugenia uniflora), cambuci (Campomanesia phaea) e também por espécies de origem asiática como o jambo (Syzygium jambos), azeitonaroxa (Syzygium cumini) e o cravo-da-índia (Syzygium aromaticum),. este último. utilizado como condimento. Espécies com propriedades medicinais como a goiaba (Psidium guajava) (Oh et al. 2005), pitanga (Fiuza et al. 2008) e murta (Eugenia punicifolia) são comuns na família, além das espécies de eucalipto (Eucalyptus sp.) que apresentam uso diverso na indústria madeireira, cosmética, farmacêutica, de celulose entre outros (Kawasaki & Holst 2004). Em Myrtaceae, a polinização é realizada predominantemente por insetos, especialmente por abelhas, com exceção das espécies com flores avermelhadas (Acca sellowiana e Myrrhinium atropurpureum) que são polinizadas por pássaros (Kawasaki & Holst 2004). A auto-polinização também é observada e a ocorrência de espécies híbridas é freqüente (Landrum et al. 1995). A dispersão de sementes por vertebrados 5.

(21) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. frugívoros é realizada por diferentes grupos de pequenas a grande aves, além de macacos e morcegos (Gressler et al. 2006).. DISTRIBUIÇÃO A família apresenta cerca de 3.800 espécies e 133 gêneros e distribuição pantropical, onde Austrália, Sudeste Asiático e América tropical são os centros de diversidade (Wilson et al. 2001). No Brasil, Myrtaceae é representada por 927 espécies, sendo 707 endêmicas do país (Sobral et al. 2010) e 636 espécies ocorrentes na Floresta Atlântica com cerca de 80% delas endêmicas a este Domínio (Sobral et al. 2009). Na América do Sul, a Floresta Atlântica é considerada como um dos centros de diversidade para a família, onde é a sexta mais representativa (Stehmann et al. 2009). Para a região Nordeste, das 260 espécies catalogadas de Myrtaceae, 216 tem registro na Floresta Atlântica e destas, 29 estão indicadas para o Estado de Pernambuco (Sobral et al. 2010).. HISTÓRICO. Myrtaceae apresenta um histórico de estudos desde o início do século XIX, onde cerca de 111 espécies eram conhecidas para a família (McVaugh 1968). Os primeiros estudos taxonômicos foram realizados por De Candolle em 1826 (apud McVaugh 1968), que incluiu os representantes americanos (exceto o gênero monoespécífico Tepualia) como pertencentes à Tribo Myrtae. De Candolle também realizou os primeiros arranjos sistemáticos na Tribo, com base na morfologia dos embriões, dividindo-a em três grupos que posteriormente foram tratados por Otto V. Berg em 1855 como subtribos: Myrciinae, Eugeniinae e Pimentiinae (McVaugh 1968). Entre os estudos de Otto Berg, na segunda metade do século XIX, destacam-se as Myrtaceae centroamericanae (Berg 1855), a Florae brasiliensis myrtographia (Berg 1855-1859) e Revisio myrtacearum americae (Berg 1855-1861), nos quais foram descritos cerca de 1.000 novas espécies e 30 novos gêneros (apud McVaugh 1968). No século XX, os estudos em Myrtaceae americanas se intensificaram a partir da segunda metade do século, especialmente com os trabalhos de Rogers McVaugh. Seus estudos são focados na revisão taxonômica de gêneros e publicação de novas espécies 6.

(22) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. (McVaugh 1956; 1963a), além de floras para as Guianas (McVaugh 1958a; 1969), Peru e Guatemala (McVaugh 1958b; 1963b) e propostas de arranjos sistemáticos para a subtribo Myrtae, além de discussões a respeito da complexidade de segregação entre gêneros, a exemplo de Myrcia DC. e Gomidesia O. Berg (McVaugh 1968). Ainda nas décadas de 50 a 70, Diego Legrand revisou gêneros como Gomidesia para os trópicos (Legrand 1958) e as espécies brasileiras de Marlierea (Legrand 1962), além de flórulas locais (Legrand & Klein 1967-1978). Nas décadas de 80 e 90, as publicações ao nível neotropical seguiram com Leslie Landrum, com as revisões de Myrceugenia (Landrum 1981) e Campomanesia, Pimenta, Blepharocalyx, Legrandia, Acca, Myrrhinium e Luma (Landrum 1986). No início da dácada de 90, os estudos de Myrtaceae no Brasil se intensificaram com a sinopse dos gêneros Paramyrciaria Kausel e Myrciaria O. Berg (Sobral 1991; 1993), Siphoneugena O. Berg (Proença 1990) e estudos sistemáticos e morfológicos para família de maneira generalista, como visto em Barroso et al. (1991) e Barroso et al. (1999). A partir do final da década de 80, flórulas locais de Myrtaceae foram publicadas, a exemplo da Serra do Cipó (Kawasaki 1989) em Minas Gerais, do Pico das Almas (Nic Lughadha 1995) na Bahia, da Reserva Ecológica de Macaé de Cima, no Rio de Janeiro (Barroso & Peron 1994) e da Reserva Ducke, no Amazonas (Souza et al. 1999). Nos anos 90, Landrum & Kawasaki (1997) publicaram a sinopse dos gêneros de Myrtaceae ocorrentes no Brasil. Na primeira década século XXI, diversas publicações a nível regional foram disponibilizadas, principalmente voltadas para as regiões Sudeste (Arantes & Monteiro 2002; Morais & Lombardi 2006; Souza et al. 2007; Mazine & Souza 2008; Souza & Morim 2008) e Sul (Soares-Silva 2000; Sobral 2003; Romagnolo & Souza 2006). Para a região Nordeste, especialmente ao norte do Rio São Francisco, os estudos de Myrtaceae são mais escassos, recentes e direcionados às áreas de Floresta Atlântica, incluindo às Restingas (Barros 2005; Silva 2009; Lourenço 2010).. Realizando estudos citogenéticos na década de 40, Atchinson (1947) apresentou contagens cromossômicas para as subfamílias Myrtoideae e Leptospermoideae. Nos anos 60, Moussel (1965), além de contagens cromossômicas realizou também análises cariotípicas para as mesmas. A partir de 2006, as Myrtaceae Neotropicais foram alvo de. 7.

(23) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. estudos de citogenética mais amplos (Itayguara & Forni-Martins 2006; Itayguara & Forni-Martins 2007; Itayguara et al. 2008). Já na década de 90, Conti et al. (1996) corroboraram o monofiletismo de Myrtales utilizando marcadores moleculares (rbcL). Gadek et al. (1996), utilizaram marcadores matK para propor uma recircunscrição da família com a inclusão dos gêneros Psiloxylon (Psiloxylaceae) e Heteropyxis (Heteropyxidaceae), formando assim um clado monofilético com estes gêneros basais dentro de um grande grupo de Myrtaceae s.l. Posteriormente, Wilson et al. (2001) apresentaram uma filogenia de maior porte com a inclusão da maioria dos gêneros de Myrtaceae extra-americanos e alguns americanos. Em seguida, Wilson et al. (2005) propuseram um novo arranjo interno de Myrtaceae s.l., também empregando matK como marcador. No mesmo ano, Lucas et al. (2005) apresentaram uma filogenia, desta vez voltada para os os táxons de Myrtaceae com frutos carnosos, que em sua maioria são representantes americanos. Nesta obra, os autores questionaram a tradicional classificação da tribo Myrtae baseada na morfologia dos embriões para distinção das três subtribos. A filogenia proposta é baseada na combinação de marcadores ITS e psbA-trnH e corroborou o polifiletismo das subfamílias, como sugerido por McVaugh (1968). No estudo filogenético mais abrangente realizado para grupos americanos de Myrtaceae, Lucas et al. (2007) utilizaram uma análise combinada de ITS, ETS, psbA-trnH e matK com caracteres morfológicos, o que permitiu inferências filogenéticas e biogeográficas mais robustas.. A FLORESTA ATLÂNTICA A Floresta Atlântica é um dos 34 hotspots de biodiversidade reconhecidos no mundo (Mittermeier 2005) que perderam pelo menos 70% de sua cobertura vegetal original, mas que, juntas abrigam mais de 60% de todas as espécies terrestres do planeta (Galindo-Leal & Câmara 2005). Essas áreas críticas ocupam menos de 2% da superfície terrestre e a Floresta Atlântica está entre os cinco hotspots mundiais mais importantes (Myers et al. 2000), sendo o gênero Myrcia s.l. um de seus indicadores de endemismo (Charlotte et al. 2006). É caracterizada como um mosaico de biodiversidade, composta de vários tipos de vegetação (MMA 2000) abrigando pouco mais de 15.700 espécies de plantas, as quais 49% são endêmicas, em uma mistura de tipos vegetacionais florestais 8.

(24) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. (Stehmann et al. 2009). Esta diversidade biológica é resultado em grande parte de sua extensão latitudinal e de sua ampla variação de altitude (Pinto & Brito 2005). Encontra-se em situação crítica de alteração de seus ecossistemas naturais, pois seu domínio abriga 70% da população humana, além das maiores cidades e os mais importantes pólos industriais do Brasil. A destruição foi mais acentuada durante as últimas três décadas, o que resultou em sérias alterações para os ecossistemas que o compõem, devido, em particular, à alta fragmentação de hábitat e perda de biodiversidade. (MMA 2000; Pinto & Brito 2005).. Devido o seu alto nível de. degradação, apenas 11,7% de sua extensão original foi preservada com cerca de 245.000 fragmentos, sendo que apenas 1,62% é legalmente protegida. Os três maiores fragmentos de Floresta Atlântica estão nas regiões Sudeste e Sul e juntos abrangem pouco mais de 13% de toda a Floresta restante. A maior parte dos fragmentos, ca. de 83%, são menores que 50 ha (Ribeiro et al. 2009). A Floresta Atlântica ao Norte do Rio São Francisco corresponde a todas as porções deste Domínio situadas entre os Estados de Alagoas e Rio Grande do Norte, e representa o limite setentrional da Floresta Atlântica (Tabarelli et al. 2006). Seus remanescentes apresentam apenas 5% da cobertura original (Galindo-Leal & Câmara 2005) e uma área total de ca. 4.000.000 ha (Ribeiro et al. 2009). A Floresta Atlântica ao Norte do rio São Francisco é classificada como estacional semi-decidual e caracterizada pela pluviosidade de 1000-1600 mm/ano e um período seco acima de quatro meses (Veloso 1992; Thomas & Barbosa 2008). A faixa tratada por terras baixas de Pernambuco está situada entre 20-100 msm (Veloso 1992; Thomas & Barbosa 2008). No Estado de Pernambuco, a Floresta Atlântica ocupa a zona costeira, com uma extensão de 187 Km (CPRH 2003), onde a porção sul caracteriza-se pela dominância de colinas arredondadas, separadas umas das outras por vales fluviais, enquanto que ao norte o clima é menos úmido e os interflúvios são de superfície plana (Andrade 1974). O solo de maneira geral é argiloso e profundo, rico em umidade e por um regime pluviométrico favorável às formações vegetacionais do tipo higrófilo (Sobrinho 2005). Os fragmentos ocupam uma área de extrema importância biológica, porém são insuficientemente conhecidos (MMA 2000) e alguns deles são considerados como Unidades de Conservação. Estes remanescentes encontram-se em elevados níveis de fragmentação e são pequenos e isolados, sendo metade deles menores que 10 ha e a 9.

(25) Amorim, B.S. 2011. Myrtaceae Juss. na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. maior parte localizados em topos de morros em áreas urbanas ou circundados por matriz de cana-de-açúcar (Andrade-Lima 1957; Ranta et al. 1998). Em Pernambuco, a maioria dos remanescentes tem sido atingida pela prática de queimadas para o cultivo da cana-de-açúcar, expansão das áreas policultoras, retirada indiscriminada de madeira e lenha e expansão imobiliária desordenada. Além disso, o desflorestamento em áreas de cabeceiras e de declividades superiores a 30%, concorre para a vulnerabilidade das nascentes e exposição dos solos à erosão, tendo, ainda, como conseqüência o assoreamento dos rios, riachos e reservatórios da área (CPRH 2003). Os remanescentes florestais mais expressivos estão situados nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, São José da Coroa Grande, Sirinhaem e Tamandaré, na porção sul do Estado, em Recife, Camaragibe e São Lourenço da Mata, na porção metropolitana e Igarassu e Goiana, na porção norte (CPRH 2003).. A mata norte do Estado de Pernambuco tem sido alvo de estudos florístico/taxonômicos em diferentes famílias de angiospermas (Alves-Araújo et al. 2008; Alves-Araújo & Alves 2010; Araújo & Alves 2010; Melo et al. 2010; Pontes & Alves 2010; Buril & Alves 2011). Assim, com enfoque na família Myrtaceae, o primeiro capítulo desta Dissertação tem como objetivo o estudo taxonômico-descritivo, seguindo o padrão das referências citadas anteriormente, das espécies ocorrentes na Reserva Ecológica Mata da Usina São José e remanescentes relacionados e localizados no Município de Igarassu, mata norte de Pernambuco. O segundo capítulo tem como enfoque as espécies ocorrentes nas Terras Baixas do Estado de Pernambuco, e como objetivo conhecimento da diversidade da família nos remanescentes de Floresta Atlântica, apresentando chave de identificação, comentários e ilustrações dos caracteres diagnósticos das espécies. Complementam esta dissertação dois guias de campo com imagens coloridas das principais espécies da área de estudo.. Referências Alves-Araújo, A.; Araújo, D.; Marques, J.; Melo, A.; Maciel, J.R.; Uirapuã, J.; Pontes, T.; Maria de Fátima de Araújo Lucena, M.F.A.; Bocage, A.L.D & Alves, M. 2008. Diversity of Angiosperms in Fragments of Atlantic Forest in the State of 10.

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(34)

(35) Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae Bruno Sampaio Amorim1,2 & Marccus Alves1. 1. Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária, CEP: 50670-901, Recife, Pernambuco, Brasil.. 2. Autor para correspondência: brunosarim@yahoo.com.br (Pós-Graduação em Biologia Vegetal – PPGBV). Título abreviado: Myrtaceae da Usina São José, PE.. 20.

(36) Resumo (Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae) Myrtaceae é representada no Brasil por 928 espécies e tem a Floresta Atlântica como um de seus centros de diversidade, apresentando 636 espécies, das quais 77,5% são endêmicas. Neste estudo foram tratadas as 23 espécies da família encontradas em fragmentos de Floresta Atlântica de Terras Baixas na Usina São José ao norte do estado de Pernambuco. Eugenia é o gênero mais representativo com dez espécies (E. candolleana, E. dichroma, E. excelsa, E. florida, E. hirta, E. aff. prasina, E. punicifolia, E. umbelliflora, E. umbrosa, E. uniflora), seguido de Myrcia com oito espécies (M. bergiana, M. guianensis, M. racemosa, M. spectabilis, M. splendens, M. sylvatica, M. tomentosa, M. verrucosa), Psidium com duas espécies (P. guajava e P. guineense) e Calyptranthes, Campomanesia, e Myrciaria com uma espécie cada (Calyptranthes dardanoi; Campomanesia dichotoma; M. ferruginea). São apresentados chave de identificação e comentários sobre as espécies, além de ilustrações dos caracteres diagnósticos. Palavras chave: taxonomia, florística, Terras baixas, Floresta Atlântica, Neotrópicos, Brasil. 21.

(37) Abstract (Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae) Myrtaceae comprises in Brazil 928 species. The Atlantic Rain Forest is a center of diversity of the family with 636 species and 77,5% of them are endemic. This study presents 23 species of Myrtaceae which were found at Usina São José in fragments of Lowland Atlantic Rain Forest of Northern Pernambuco. Eugenia is the richest genus with ten species (E. candolleana, E. dichroma, E. excelsa, E. florida, E. hirta, E. aff. prasina E. punicifolia, E. umbeliflora, E, umbrosa, and E. uniflora), followed by Myrcia with eigth species (M. bergiana, M. guianensis, M. racemosa, M. spectabilis, M. splendens, M. sylvatica, M. tomentosa, and M. verrucosa); Psidium with two species (P. guajava and P. guineense) and Calyptranthes, Campomanesia and Myrciaria with one specie each (Calyptranthes dardanoi, Campomanesia dichotoma, and. M. ferruginea). Identification keys, descriptions,. comments and illustrations of the species are presented. Key words: taxonomy, floristics, endemic, Atlantic Rain Forest, Neotropics, Brazil.. 22.

(38) Introdução. Myrtaceae apresenta distribuição pantropical, onde Austrália, Sudeste Asiático e América tropical são centros de diversidade, e compreende 133 gêneros e próximo de 3800 espécies (Wilson et al. 2001), dos quais 30 gêneros e cerca de 2300 espécies (Govaerts et al. 2010) pretencem à tribo Myrteae (sensu McVaugh 1968). No Brasil, Myrtaceae é representada por 927 espécies, sendo 707 endêmicas do país (Sobral et al. 2010). O Domínio da Floresta Atlântica é um dos centros de diversidade da família, a qual é a sexta mais representativa (Stehmann et al. 2009) com 636 espécies, sendo 77,5% endêmicas (Sobral et al. 2009). Os gêneros mais representativos são Eugenia e Myrcia, com 1070 e 394 (sensu Govaerts et al. 2010) espécies respectivamente e 600 e 350 (sensu Stehmann et al. 2009) espécies respectivamente, das quais 241 e 132 espécies ocorrem no Domínio Atlântico (Stehmann et al. 2009). Espécies de Myrtaceae ja foram estudadas e apresentam propriedades farmacêuticas conhecidas, a exemplo do efeito antidiabético das folhas de Psidium guajava L. (Oh et al. 2005) e anti-hipertensivo, diurético, adstringente, e para problemas intestinais das folhas de Eugenia uniflora L. (Fiuza et al. 2008). Para o Brasil, existem 55 espécies nas listas vermelhas da Biodiversitas, IUCN e MMA (Sobral et al. 2009) sendo a exploração madeireira como o principal fator de risco para seu desaparecimento. Apesar dos diversos estudos taxonômicos disponiveis, a maioria deles está concentrada nas regiões Sudeste (Arantes & Monteiro 2002; Morais & Lombardi 2006; Souza et al. 2007; Mazine & Souza 2008; Souza & Morim 2008) e Sul (Legrand & Klein 1967-1978; Soares-Silva 2000; Sobral 2003; Romagnolo & Souza 2006). No 23.

(39) Nordeste os estudos taxonômicos ainda são escassos (Barros 2005; Silva 2009; Lourenço 2010).. Materiais e Métodos. A Usina São José (USJ) localiza-se na Zona da Mata Norte, a 28 km de Recife, no município de Igarassu – Pernambuco (7º40’21,25”–7º55’50,92”S e 34º54’14,25”– 35º05’21,08”W) (Trindade et al. 2008). Possui uma área total de 280 km2 e cerca de 100 fragmentos florestais com diferentes áreas e formatos. Para a classificação dos habitats nos fragmentos estudados, foi adotado Silva et al. (2008). As coletas foram realizadas durante o período de 2008–2011 e concentraram-se em seis fragmentos selecionados com área entre 30-400 . As amostras botânicas foram submetidas às técnicas usuais em taxonomia vegetal (Mori et al. 1985) e depositadas no herbário UFP, com duplicatas a serem distribuídas aos herbários MO, NY, RB e SP. Adicionalmente, foram incluídas informações obtidas a partir das coleções depositadas nos herbários ALCB, ASE, HST, HUEFS, IPA, JPB, MAC, MO, NY, PEUFR, PH, RB, SP, SPF, UFRN e UFP (acrônimos segundo Thiers 2010). As identificações foram realizadas com o auxílio de bibliografia especializada (McVaugh 1969; Landrum 1986; Sobral 1993; Soares-Silva 2000; entre outros) e por comparação com amostras previamente identificadas por especialistas, incluindo tipos. A caracterização das inflorescências, tipologia dos frutos e morfologia foliar seguiram McVaugh (1956), Spjut (1994) e Hickey (1973), respectivamente. A estrutura dos resultados abaixo apresentados segue as monografias previamente publicadas para a área de estudo (Alves-Araújo & Alves 2010; Melo et al. 2010; Pontes & Alves 2010; Buril & Alves 2011). 24.

(40) Resultados e Discussão Na USJ, Myrtaceae está entre as famílias com maior diversidade taxonômica, com 23 espécies (Alves-Araújo et al. 2008). Destas, Eugenia é o gênero mais representativo, com dez espécies, seguido de Myrcia com oito, Psidium com duas e Calyptranthes, Campomanesia e Myrciaria com uma espécie cada. A família é composta por espécies endêmicas da Floresta Atlântica (próximo de 50%) e espécies que apresentam ampla distribuição na América do Sul. Eugenia e Myrcia apresentam o maior número de espécies endêmicas (quatro espécies cada), seguido de Calyptranthes, Campomanesia e Myrciaria com uma espécie cada. Myrcia verrucosa, considerada até então restrita para o estado do Espírito Santo (Sobral et al., 2006, 2010) é registrada pela primeira vez para a Floresta Atlântica nordestina.. Tratamento taxonômico. Myrtaceae Juss.. Árvores, arvoretas ou arbustos; ramos jovens pilosos, tronco em geral com córtex esfoliante. Folhas opostas, simples, broquidódromas, pontuações translúcidas presentes; estípulas ausentes. Inflorescência tipo panícula, racemo, dicásio ou flores solitárias; flores bissexuadas, actinomorfas, diclamídeas, cálice-4-5-lobado ou caliptriforme, corola-4-5mera; hipanto prolongado ou não acima do ovário; androceu polistêmone; estigma capitado; ovário ínfero. Frutos baga. Semente 1 a numerosas, coloração uniforme ou maculada, lisa ou muricada. 25.

(41) 1. Inflorescência tipo panícula (Fig. 2 h). 2. Folhas com venação primária sulcada adaxialmente 3. Folhas ovadas, pecíolo ca. 1 mm compr.; lobos do cálice com ápice rotundocirculares; frutos elipsoides............................................................18. Myrcia sylvatica 3’. Folhas elípticas a obovadas, pecíolo >3mm compr.; lobos do cálice com ápice agudo ou cálice caliptriforme com opérculo apiculado; frutos globoides a subgloboides. 4. Folhas 4-8 cm compr. 5. Cálice com lobos de comprimento desigual, 4 maiores com 2 mm compr., 1 menor com 1mm compr., ápice agudo; frutos lisos; semente de coloração uniforme..........................................................................19. Myrcia tomentosa 5’. Cálice com lobos de comprimento igual, ápice falciforme; frutos verrucosos; semente maculada............................................................20. Myrcia verrucosa 4’. Folhas 11-15 cm compr. 6. Cálice caliptriforme, calíptra apiculada; disco estaminal glabro; estilete glabro.........................................................................1. Calyptranthes dardanoi 6’. Cálice não caliptriforme, lobos imbricados, ápice rotundo; disco estaminal piloso; estilete com base pilosa.........................................16. Myrcia spectabilis 2’. Folhas com venação primária plana a saliente adaxialmente. 7. Tricomas ferrugíneos..............................................................13. Myrcia bergiana 7’. Tricomas não ferrugíneos 8. Cálice com lobos de comprimento desigual, 3 maiores com 2 mm compr., 2 menores com 1 mm compr.; ovário 3-locular.........................14. Myrcia guianensis 26.

(42) 8’. Cálice com lobos de comprimento igual; ovário 2-locular. 9. Lobos do cálice com ápice rotundo; disco estaminal piloso; estilete com base pilosa; frutos elípsoides........................................................17. Myrcia splendens 9’. Lobos do cálice com ápice agudo; disco estaminal glabro; estilete glabro; frutos globoides..................................................................15. Myrcia racemosa 1’.Inflorescência tipo racemo (eixo primário desenvolvido ou reduzido), dicásio ou flor solitária 10. Inflorescência com eixo primário desenvolvido (Fig. 1 e, h) ou reduzido (Fig. 1 g, 2 b). 11. Inflorescência com eixo primário desenvolvido, ” 1 cm compr. 12. Eixo primário da inflorescência de 1,5-2,5 cm compr.; bractéolas lanceoladas; disco estaminal piloso; estilete com base pilosa................3. Eugenia candolleana 12’. Eixo primário da inflorescência de 2,6-4,5cm compr.; bractéolas rotundas; disco estaminal glabro; estilete glabro.........................................6. Eugenia florida 11’. Inflorescência com eixo primário reduzido, • cm compr. 13. Hipanto prolongado acima do ovário; frutos com lobos do cálice decíduo................................................................................21. Myrciaria ferruginea 13’. Hipanto não prolongado acima do ovário; frutos com lobos do cálice persistente. 14. Inflorescência com ramificação de apenas dois eixos secundários; brácteas2; bractéolas rotundas ....................................................9. Eugenia punicifolia 14’. Inflorescência com ramificação de mais de dois eixos secundários; brácteas-2 ou mais; bractéolas elípticas ou lanceoladas. 15. Venação secundária 4-7 pares. 27.

(43) 16. Inflorescência com eixo secundário 15-20 mm compr.; cálice 8costado;. disco. estaminal. piloso;. frutos. 8-. costados.......................................................................12. Eugenia uniflora 16’. Inflorescência com eixo secundário 2-7 mm compr.; cálice não segmentado;. disco. estaminal. glabro;. frutos. não. segmentados........................................................................7. Eugenia hirta 15’. Venação secundária 8 ou mais pares. 17. Folhas com venação secundária 14-16 pares; disco estaminal piloso.........................................................................4. Eugenia dichroma 17’. Folhas com venação secundária 8-12 pares; disco estaminal glabro. 18. Folhas com venação marginal até 2 mm da borda; bractéolas lineares 19. Folhas até 5 cm larg.; eixo secundário da inflorescência 10 mm compr.; brácteas elípticas; frutos globoides, lisos; semente globoide, coloração uniforme............................... 5. Eugenia excelsa 19’. Folhas 5,5-6,5 cm larg.; eixo secundário da inflorescência 1 cm compr.; brácteas lanceoladas; frutos elipsoides, rugosos; semente elipsoide, maculada..........................8. Eugenia aff. prasina 18’. Folhas com venação marginal 3-4 mm da borda; bractéolas lanceoladas a discóide-lanceoladas. 20. Folhas 5-9,5 cm compr., venação secundária 8 pares; pecíolo 4 mm. compr.;. frutos. subgloboides,. lisos;. semente. imaculada....................................................10. Eugenia umbelliflora. 28.

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