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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Schaiane Martins de Oliveira

Ijuí, RS, Brasil

2014

(2)

1

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Schaiane Martins de Oliveira

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária, Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, da

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

(UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária.

Orientadora: Med. Vet. MSc. Denize da Rosa Fraga

Supervisor: Med. Vet. César Augusto Zolinger

Ijuí, RS, Brasil

2014

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Schaiane Martins de Oliveira

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________ Denize da Rosa Fraga, MSc. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________ Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Banca)

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3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que me apoiaram nesta caminhada, principalmente a minha família.

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AGRADECIMENTOS

Chega a penúltima etapa desta história, que torna-se um reflexo de todo o meu empenho e determinação até o presente momento. Porém, isto só está sendo possível, pois pude contar com o incentivo, ajuda e força de determinadas pessoas, que aqui faço questão de ressaltar:

Agradeço primeiramente ao Pai velho do Céu, que me deu o dom da vida e ilumina meu caminho para que eu possa ser um instrumento de sua vontade.

Aos meus Pais, Valmir e Cleusa, que sem sombra de dúvida são pessoas de uma evolução espiritual superior e nunca deixaram que nenhuma dificuldade abalasse a busca por esta conquista, sendo sempre os meus maiores AMIGOS e até mesmo abrindo mão de certas coisas para me darem aquilo que fosse necessário. Esta conquista é nossa! O dia em que me tornar metade do que vocês dois SÃO E REPRESENTAM já me considerarei uma pessoa digna, AMO VOCÊS!

Ao Marlon que sempre me incentivou e ajudou de uma forma ou outra, GRACIAS POR SER MEU IRMÃO.

A minha orientadora Denize da Rosa Fraga pela dedicação, profissionalismo e paciência durante o período de estagio.

Ao meu supervisor César Augusto Zolinger que se mostrou sempre disposto a me ajudar, me tratando como uma colega e não como uma estagiária.

A Agropecuária Três J, pela oportunidade de realização de estágio, que contribuiu de forma significativa para a formação profissional.

Fica aqui o meu agradecimento e minha gratidão a todas estas pessoas, que com certeza tiveram influência para que hoje eu esteja concluindo mais uma etapa da minha vida!

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5

RESUMO

Relatório de estágio curricular supervisionado curso de Medicina

Veterinária

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

AUTORA: SCHAIANE MARTINS DE OLIVEIRA ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA Data e Local da Defesa: Ijuí, 04 de junho de 2014.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na Agropecuária Três J Ltda, localizada em Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, totalizando 150 horas, realizado no período de 18/02/2014 a 04/04/2014, sob orientação da Professora Médica Veterinária MSc. Denize da Rosa Fraga e supervisão do Médico Veterinário César Augusto Zolinger. Durante o período do estágio foram acompanhados atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, de medicina veterinária preventiva e ainda atividades de rotina da agropecuária, com ênfase nas espécies bovina e equina. No presente trabalho serão relatados dois casos clínicos, um deles sobre suspeita de pitiose equina e outro sobre deslocamento de abomaso em bovino de leite. Este estágio proporcionou um conhecimento à parte de modo que foi possível confrontar, e somar, com o aprendizado adquirido durante as disciplinas acadêmicas auxiliando no desenvolvimento do senso crítico, sendo de fundamental importância para vida profissional.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014... 11 Tabela 2 – Atividades desenvolvidas na área de medicina veterinária

preventiva durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014... 11 Tabela 3 – Atendimentos clínicos realizados durante o período de

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014... 12 Tabela 4 – Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014... 13 Tabela 5 – Atendimentos obstétricos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014... 13

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LISTA DE ANEXO

Anexo A Anexo B – –

FIGURA 1 DA SUSPEITA DO CASO DE PITIOSE EQUINA. A: Equino com suspeita de Pitiose equina. B: Lesão no membro anterior direito. C: Lesão no focinho do animal. D: Kunkers encontrado no focinho... FIGURA 2 DO DESLOCAMENTO DE ABOMASO EM VACA DE LEITE. A: Auscultação do ping metálico. B: Tricotomia do flanco esquerdo. C: Sutura da cavidade. D: Animal em estação após a realização da cirurgia...

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 11

2.1 Atividades em medicina veterinária preventiva ... 11

2.2 Atendimentos clínicos... 12

2.3 Procedimentos cirúrgicos ... 12

2.4 Atendimentos obstétricos e ginecologicos ... 13

3 RELATOS DE CASO... 14

4 CONCLUSÃO ... 24

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 25

5.1 Referências bibliográficas referentes ao caso clínico I: Suspeita de Pitiose equina em égua mestiça Quarto de Milha ... 25

5.2 Referências bibliográficas referentes ao caso clínico II: Deslocamento de abomaso para o lado esquerdo em vaca holandesa ... 25

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9

1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na Agropecuária Três J Ltda, localizada na Rua Otto Rudhel, nº 83, Centro – Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18/02/2014 a 04/04/2014, totalizando 150 horas, sob a supervisão do Médico Veterinário César Augusto Zolinger e orientação da Médica Veterinária Denize da Rosa Fraga. O estágio foi efetuado na área de clínica e cirúrgica de grandes animais.

Augusto Pestana é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Pertence à mesorregião do Noroeste Rio-Grandense e à microrregião de Ijuí. Está localizado a 320 km a noroeste de Porto Alegre e a 1.540 km a sudoeste de Brasília. Dista cerca de 120 km da fronteira com a Argentina. Na comparação entre os 496 municípios gaúchos, Augusto Pestana ocupa a 201ª posição em população, a 178ª em Produto Interno Bruto(PIB), a 149ª em PIB per capita, a 135ª em qualidade de vida (IDH-M) e a 58ª em qualidade de gestão fiscal (IFGF). O município integra o Conselho Regional de Desenvolvimento do Noroeste Colonial.

Conhecido como o Recanto da Produção, a economia municipal é baseada na produção primária, com 95% da área mecanizável. A atividade primária se dedica à produção de grãos como soja, trigo e milho, pecuária leiteira e de corte, piscicultura, hortigranjeiros e floricultura, despontando atualmente o cultivo do fumo, amendoim, alho e cana-de-açúcar, parreiras e pepino. Com o incentivo da Administração Municipal estão surgindo às agroindústrias familiares que utilizam a matéria-prima produzida no município como a de cachaça, de vinhos, rapaduras, frutas cristalizadas e geléias, queijos, erva-mate e panificados, que colocam o município em destaque a nível regional. O número total é de cerca de 1.784 propriedades rurais, predominando a pequena propriedade com módulo de até 20 hectares. Destacam-se ainda: o comércio, a indústria, o artesanato e prestação de serviços, fábricas de móveis, olarias, ervateiras, empresas de transporte, em especial para as de confecção de vestuário que estão crescendo extraordinariamente, gerando novos empregos e divisas ao município.

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A empresa 3J tem uma matriz localizada na cidade de Augusto Pestana e uma filial em Joia, possui dois médicos veterinários que prestam assistência veterinária e atendimento clínico e cirúrgico às propriedades rurais, principalmente nas áreas de clínica de grandes animais, medicina veterinária preventiva, inseminações artificiais e fomento.

Durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi acompanhada a rotina dos médicos veterinários na área de clínica e cirurgia de grandes animais, sendo a maioria dos atendimentos diagnosticados em bovinos de leite. Ainda foi acompanhada a rotina das atividades da Agropecuária 3J, procedimentos cirúrgicos e de medicina veterinária preventiva.

A partir do auxílio e do acompanhamento de futuros colegas de profissão o estágio teve por objetivo proporcionar o contato com o processo na prática, assim como aproximar os conhecimentos de modo que fosse possível confrontar, e somar, com o aprendizado adquirido durante a graduação.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão, resumidamente, descritas na Tabela 1.

Tabela 1 – Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014.

Tipo de Atividade n %

Medicina veterinária preventiva 117 39,7

Atendimentos obstétricos 105 35,6

Procedimentos cirúrgicos 49 16,6

Atendimentos clínicos 24 8,1

Total 295 100

2.1 Atividades em medicina veterinária preventiva

As atividades desenvolvidas na área de medicina veterinária preventiva durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão descritas na Tabela 2.

Tabela 2 – Atividades desenvolvidas na área de medicina veterinária preventiva durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014.

Tipo de Atividade n %

Vacinação contra IBR, BVD e Leptospirose Vermifugação

Vacinação contra brucelose

44 37 36 37,6 31,6 30,8 Total 117 100

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2.2 Atendimentos clínicos

Os atendimentos clínicos realizados durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão descritos na Tabela 3.

Tabela 3 – Atendimentos clínicos realizados durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014.

Atendimentos clínicos Espécie n % Tristeza parasitária bovina

Mastite subclínica Bovino Bovino 7 6 29,2 25,0 Úlcera de sola Laminite

Corpo Estranho na via respiratória

Bovino Equino Bovino 2 1 1 8,3 4,2 4,2

Suspeita de Pitiose Equino 1 4,2

Cetose Bovino 1 4,2 Leptospirose Bovino 1 4,2 Onfaloartrite Bovino 1 4,2 Pneumonia Trauma Lombar Bovino Bovino 1 1 4,2 4,2 Tripanossomiase Equino 1 4,2 Total 24 100 2.3 Procedimentos cirúrgicos

Os procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão descritos na Tabela 4.

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Tabela 4 – Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014.

Procedimentos Cirúrgicos Espécie n % Amochamento térmico Orquiectomia Casqueamento Bovino Bovino Bovino 20 13 8 40,8 26,5 16,3

Deslocamento de Abomaso Bovino 3 6,1

Orquiectomia Suíno 3 6,1

Orquiectomia Equino 1 2,0

Colocação de argola no focinho Bovino 1 2,0

Total 49 100

2.4 Atendimentos obstétricos e ginecológicos

Os atendimentos obstétricos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão descritos na Tabela 5.

Tabela 5 – Atendimentos obstétricos e ginecológicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na empresa Agropecuária Três J Ltda, Augusto Pestana – Rio Grande do Sul, no período de 18 de fevereiro a 04 de abril de 2014.

Atendimentos Obstétricos e Ginecológicos Espécie n %

Palpação retal Bovino 72 68,6

Palpação retal Ultrassonografia Inseminação Artificial

Protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo Inseminação Artificial

Infusão intrauterina para endometrite Coleta de embrião Retenção de placenta Equino Equino Equino Bovino Bovino Bovino Equino Bovino 10 10 5 4 1 1 1 1 9,5 9,5 4,8 3,8 0,9 0,9 0,9 0,9 Total 105 100

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3 RELATOS DE CASO

RELATO DE CASO I

Suspeita de Pitiose equina

Schaiane Martins de Oliveira, Denize da Rosa Fraga, César Augusto Zolinger

RESUMO

A pitiose é uma doença granulomatosa que atinge equinos, provocando quadro infeccioso na pele e tecido subcutâneo. A enfermidade caracteriza-se pelo desenvolvimento de lesões granulomatosas de aparência tumoral com presença de massas branco-amareladas, chamadas de “kunkers”. O objetivo deste relato é

descrever um quadro clínico de suspeita de Pitiose equina e compará-lo com a

literatura, ocorrido no período de estágio curricular, em uma propriedade na cidade de Augusto Pestana, região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Após identificação do animal, na anamnese o proprietário relatou que o animal apresentou emagrecimento progressivo, ferimentos na pata e focinho, estava com dificuldade de locomoção e apresentava redução do apetite. Aplicou-se Detomidina®, via intravenoso, na dose de 0,1mL/100kg, para tranquilizar o animal, foi realizada limpeza exaustiva com amônia (CB-30®), na dose de 10mL para 30 litros de água nas feridas, remoção das miíases e Kunkers que estavam presentes no focinho. Ivegard® 1%, por via subcutânea, na dose de 1mL/50kg, Fortibiótico Plus®, via intramuscular, na dose de 1 frasco para 400Kg/PV e ainda foi aplicado, via tópica, Galmetrin Plus®. Recomendou-se a aplicação de um imunoterápico (Pitium-vac). Após 30 dias da primeira aplicação do imunoterápico o animal já apresentava melhora do quadro clínico. A pitiose é uma doença que merece destaque pela dificuldade de se impor uma terapia eficiente e pelo risco que representa para a vida do animal.

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15

A Pitiose equina é uma doença causado por fungos, principalmente o Pythium

insidiosum (sinônimo Hypomices destruens), mas também pode ocorrer pelo Basidiobolus coronatus (sinônimo B. haptosporus var. minor), Conidiobolus coronatus (sinônimo Entomophthora coronata) (RADOSTITS et. al., 2010). Conforme

Miller e Campbell (1982), em uma pesquisa realizada no norte tropical da Austrália revelou que 77% dos granulomas de equinos eram causados pelo Pythium

insidiosum, 18% pelo B. haptosporus e 5% pelo C. coronatus.

É uma enfermidade crônica, cosmopolita, de áreas temperadas, tropicais e subtropicais. Pythium insidiosum é um microrganismo aquático que se caracteriza por formação de zoósporos biflagelados, procedentes de esporângios filamentosos, que são a forma de propagação do agente. Os zoosporos são liberados periodicamente em águas pantanosas e infectam eqüinos e outros mamíferos que freqüentam esses locais. Os zoósporos móveis são atraídos para o pelo dos animais, penetram na pele através de lesões preexistentes, produzindo a enfermidade (SALLIS et. al., 2003).

A doença é conhecida por outros nomes como hifomicose, zigomicose, dermatite granular, “bursattee”, “Florida leeches”, granuloma ficomicótico e “swamp cancer” (CHAFIN et. al., 1995). Esta doença atinge equinos, provocando quadro infeccioso na pele e tecido subcutâneo caracterizando-se pela presença de granulomas (MEIRELES et. al., 1993), este é uma lesão de aspecto proliferativo, caracterizado por um crescimento benigno do tecido de granulação hipertrófico.

Além da pitiose cutânea e intestinal, outros órgãos e tecidos podem ser atingidos secundariamente, a literatura descreve principalmente o envolvimento intestinal como uma forma mais frequente, porém, lesões ósseas e metástases podem ocorrer para os pulmões e linfonodos regionais. Desta forma, propriedades que tem equinos com pitiose tem perdas econômicas significativas no desempenho destes animais (LEAL et. al.,2001).

Durante o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária foi atendido um equino, fêmea, de raça mista com Quarto de Milha, de aproximadamente 450Kg, com suspeita de Pitiose Equina. Após identificação do animal, na anamnese o proprietário relatou que o animal apresentou emagrecimento progressivo, possuia ferimentos na pata e focinho, estava com dificuldade de locomoção e redução do apetite.

(17)

Conforme o trabalho publicado por Sallis et. al., (2003), ao avaliar 14 casos de pitiose na região de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, as lesões observadas situavam-se nas porções distais dos membros, principalmente dos posteriores e na região ventral do abdômen. Essas áreas são mais afetadas por serem mais susceptíveis a lesões traumáticas e por ficar em contato com a água no momento em que os animais entram nos açudes, lagoas e banhados para beber água ou pastar a vegetação que brota nesses locais.

As lesões cutâneas em equinos caracterizam-se macroscopicamente por granulomas subcutâneos ulcerados, entrecortados por galerias ramificadas (trajetos fistulosos), preenchidas por material necrótico, amarelado, seco e friável, denominados Kunkers, que se desprende facilmente do tecido fibrovascular circunjacente (SANTOS et al., 1987).

Assim, os dados encontrados corroboram com a literatura. As lesões na pata e no focinho encontradas eram sero-sanguinolentas ou hemorrágicas e no focinho havia a presença dos kunkers e ainda míiase. A partir da presença de Kunkers, das feridas e ao fato de o animal estar em região alagada, e ser relatado no período de verão, levou o veterinário a suspeitar de Pitiose equina.

Tradicionalmente, o diagnóstico de pitiose é realizado pelos sinais clínicos, histopatologia, isolamento e identificação do agente, técnicas sorológicas como imunodifusão, ELISA e imunohistoquímica e mais recentemente por PCR (MENDOZA et. al., 1996). O diagnóstico diferencial inclui habronemose, amiloidose, carcinoma das células escamosas, aspergilose e osteomielite (RADOSTITS et. al., 2010). Neste relato para o diagnóstico foi realizado apenas pelos sinais clínicos, sem a realização de exames complementares.

Para o tratamento da égua, aplicou-se via intravenoso Detomidina®1, na dose de 0,1mL/100kg para tranquilizar o animal, foi realizada limpeza exaustiva com água, desinfetante e desengordurante a base de amônia (CB-30®2), na dose de 10mL para 30 litros de água nas feridas. No focinho foi realizada a retirada das miíases e dos Kunkers. Também foi aplicado Ivegard®3 1%, por via subcutânea para combater as míiases, na dose de 1mL/50kg, Fortibiótico Plus®4, por via intramuscular, sendo um

1 Solução Injetável de Detomidina a 1%. Laboratório Syntec do Brasil Ltda, Cotia – SP. 2

CB-30 TA 1L (Cloreto de alquil dimetil benzil amônio e poliexietilenonilfenileter). Laboratório Ouro Fino, Cravinho – SP.

3Ivegard 1% 50ml (Ivermectina). Laboratório Labgard Saúde Animal, Porto Alegre – RS. 4Fortibiótico Plus 8,4g (Benzilpenicilina). Laboratório UCB, Jaboticabal –SP.

5

Galmetrin Plus 500ml (Cipermetrina e Diclorvos). Laboratório Biogénesis Bagó Saúde Animal Ltda, Curitiba – PR.

6

Pitium-Vac (Proteínas liofilizadas do fungo Pythium insidiosum). Laboratório de Pesquisas Micológicas (LAPEMI) da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS.

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17

frasco para 400Kg/PV para impedir infecções secundárias, e ainda foi aplicado via tópica, Galmetrin Plus®5, solução que é um larvicida de uso externo em forma de spray. Recomendou-se também a aplicação de três doses de imunoterápico (Pitium-Vac®6) no intervalo de 14 dias, que tem ação contra pitiose equina e é formulada especialmente por encomenda direta ao laboratório quando se tem diagnóstico de Pitiose Equina.

Atualmente diversos protocolos para o tratamento da pitiose têm sido utilizados, principalmente em eqüinos, incluindo tratamento químico (antifúngicos), cirúrgico e de imunoterapia. Porém a imunoterapia, proposta inicialmente por Miller (1983), surgiu como uma alternativa concreta para o controle da doença e tem apresentado resultados animadores. Este pesquisador desenvolveu um imunobiológico (imunoterápico) a partir de culturas do próprio agente, utilizando um macerado de hifas, sonicadas e acondicionados em frascos.

O imunoterápico é constituído de elementos do Pythium insidiosum e visa promover a recuperação ou melhora dos casos clínicos. Como reação a aplicação do imunoterápico pode ocorrer um abcesso frio no local da injeção.

Complicações da doença podem ocorrer, levando o animal a apresentar osteíte e laminite, as quais culminam geralmente, com a eutanásia (Miller, 1983).

A literatura cita que desde 1993, o Laboratório de Pesquisa Micológicas da Universidade Federal de Santa Maria (Lapemi), como referência na produção de um imunoterápico contra a pitiose em equinos, este foi desenvolvido em conjunto com a Embrapa Pantanal. Este imunoterápico, com o nome de Pitium-Vac foi registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), visando a obtenção de patente de invenção para a UFSM e EMBRAPA (SANTURIO, 2004). A PITIUM-VAC é um imunoterápico contra pitiose em equinos, de uso veterinário e com venda apenas sob receita veterinária. Em equinos o produto não possui contra-indicações.

O veterinário emitiu prognóstico reservado, visto que o curso clínico da doença varia de dias a meses e sua extensão depende do tempo de evolução das lesões, caracterizadas pelo crescimento exuberante de tecido fibrovascular, kunkers, ulceração, exsudato sero-sanguinolento, prurido e emagrecimento progressivo dos animais (SALLIS et. al., 2003).

O tratamento de infecções causadas pelo Pythium insidiosum em animais é complicado pelas características singulares do agente. O sucesso das diferentes

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formas de tratamento é variável e, em muitos casos influenciados pelo tamanho e duração da lesão, idade e estado nutricional do animal (SANTURIO et. al., 2006). Neste caso relatado, após 30 dias da aplicação da primeira dose de imunoterápico, o animal apresentou melhora do quadro clínico.

O tratamento mais eficaz segundo a literatura é a excisão cirúrgica, embora o reaparecimento seja comum, em cerca de 30% com lesões maiores, porém a ablação do granuloma com laser pode reduzir a taxa de recidivas. As lesões maiores normalmente são tratadas com medicamentos. Lesões fúngicas respondem ao tratamento com intravenoso com iodeto de sódio ou via oral com iodeto de potássio. Após excisão cirúrgica de lesões extensas, a utilização de anfotericina, por via sistêmica, também apresenta bons resultados, combinado com infiltração local. O uso de itraconazol é eficiente no tratamento das infecções do septo nasal pelo C.

coronatus (RADOSTITS et. al., 2010). De acordo com Santurio et. al., (2006), outras

drogas utilizadas até o momento são o cetoconazole, miconazole e fluconazole. Ainda, é recomendável realizar biópsia de lesões granulomatosas e ulcerativas na pele de equinos na fase inicial da doença, para possibilitar o tratamento correto (SALLIS et. al, 2003), porém o médico veterinário não realizou, pois pela a anamnese e sinais clínicos pode concluir sobre o diagnóstico definitivo.

Cloncui-se, até então, que o animal teve melhora do seu caso clínico, apesar de a pitiose ser uma doença que merece destaque pela dificuldade de se impor uma terapia eficiente e pelo risco que representa para a vida do animal. Se a doença for diagnosticada precocemente pode ser possível a realização de excisão cirúrgica e tratamento medicamentoso bem sucedido. Também é importante destacar que, em virtude do Pythium insidiosum resistir a maioria dos antifúngicos, as pesquisas com imunoterapia avançaram de maneira significativa.

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RELATO DE CASO II

Deslocamento de abomaso para o lado esquerdo em vaca holandesa

Schaiane Martins de Oliveira, Denize da Rosa Fraga, César Augusto Zolinger

RESUMO

O deslocamento de abomaso à esquerda (DAE) é o distúrbio abomasal mais detectado e representa a principal razão para cirurgia abdominal nos bovinos leiteiros. Este ocorre quando o mesmo sai de sua posição normal, deslocando-se para o lado superior e esquerdo do abdômen, entre o rúmen e a parede abdominal esquerda. Esta patologia é de grande importância, pois acarreta em prejuízos financeiros aos produtores, sendo que incluem ainda queda na produção de leite durante o processo e no custo da cirurgia, diminuindo a rentabilidade dos sistemas de produção. Relata-se um caso ocorrido no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, de deslocamento de abomaso, onde os sinais clínicos, o método de diagnóstico e o tratamento foram comparados com o descrito na literatura. Após identificação do animal, na anamnese o proprietário relatou que o animal havia diminuído a produção de leite bruscamente e ingeria pequenas quantidades de alimentos. Ao realizar o exame clínico geral, houve redução dos movimentos ruminais; “ping” metálico sobre a fossa paralombar esquerda e em regiões craniais a ela. A partir destes sinais clínicos o veterinário diagnosticou deslocamento de abomaso para a esquerda, e posteriormente realizou abomasopexia. O animal apresentou melhora clínica após a cirurgia. O deslocamento de abomaso é um assunto amplamente discutido, porém o aparecimento de tal distúrbio diminui a produção leiteira podendo aumentar os custos de produção.

Palavras-chave: Abomaxopexia. Cirurgia. Vaca de leite.

O deslocamento de abomaso à esquerda (DAE) ocorre quando o mesmo sai de sua posição normal sobre o assoalho da cavidade abdominal, situado na linha

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média para a direita, deslocando-se para o lado superior e esquerdo do abdômen, entre o rúmen e a parede abdominal esquerda. Quando isto ocorre para a direita (DAD) também pode ser classificado como dilatação ou torção de abomaso se posicionando dorsalmente na cavidade abdominal pelo lado direito (RADOSTITS et. al., 2010).

Conforme Rebhun, (2000), esta doença gera perdas econômicas e pesam no orçamento dos produtores, pois incluem queda na produção de leite durante o processo e elevado custo cirurgico, diminuindo a rentabilidade dos sistemas de produção. Ainda, é comum as doenças do abomaso serem associadas com doenças metabólicas, estresse da lactação e insuficiência nutricional. Já para Barros Filho e Borges (2007), as técnicas conservativas (rolamento do animal e exercício forçado) têm um custo econômico bastante baixo, mas os resultados não são totalmente satisfatórios. As doenças do abomaso mais frequentes são: deslocamento do abomaso à esquerda (DAE), deslocamento de abomaso à direita (DAD); torção do abomaso (vôlvulo), úlceras abomasais, impactação associada com indigestão vagal e impactação abomasal dietética.

Durante o período do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi atendida uma vaca da raça holandesa, de primeira cria, 2,5 anos de idade, pesando 450 kg e 3,5 de escore de condição corporal (escala de 1 a 5) com suspeita de deslocamento de abomaso anteriormente relatada pelo proprietário.

A anorexia é um dos primeiros sinais clínicos que ocorrem nas vacas com deslocamento de abomaso à esquerda, e como consequencia Azevedo (2013) observou a queda na produção de leite, que ocorre repentinamente e pode alcançar 50%. Após a identificação do animal deste relato, na anamnese o proprietário relatou que o animal havia diminuído a produção de leite bruscamente e ingeria pequenas quantidades de alimentos, estando de acordo com o citado pela literatura.

No exame físico, segundo Roriz, (2010), a percussão associada com a auscultação do terço superior do abdômen esquerdo, entre a 9ª e 12ª costela, vai revelar altos sons metálicos (“ping”) que formam uma área circular, sendo isto característico do deslocamento de abomaso para a esquerda. Sendo este achado clínico o de maior importância no diagnóstico do DA sendo que também é possível alcançar o abomaso distendido em animais com deslocamento de abomaso através da palpação retal (CÂMARA et. al., 2010).

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Ao realizar o exame clínico geral na vaca relatada, constatou-se que a frequência cardíaca e a temperatura retal estavam dentro dos parâmetros normais para a espécie e os movimentos ruminais estavam abaixo do esperado (1 a 2 mov/min). Na auscultação verificou-se “ping” metálico sobre a fossa paralombar esquerda e em regiões craniais a ela, o que coincide com o citado acima por Camara et. al, (2010). A partir destes sinais clínicos o veterinário fez o diagnóstico de deslocamento de abomaso para a esquerda, que só poderia ser confirmado após laparotomia exploratória.

Para Buchanan et al., (1991), o tratamento do deslocamento de abomaso esquerdo pode ser conservativo ou cirúrgico. Para Begg (1950), o método do rolamento é uma alternativa conservativa de terapia do DAE. Nesse caso o bovino é colocado em decúbito dorsal e sua posição é ligeiramente mudada para a esquerda e direita. Com movimentos de balotamento do abdômen tenta-se posicionar o abomaso no lado direito. Porém este método não é muito utilizado, pois o risco de torção é alto.

Segundo Niehaus, (2008), as técnicas pelo flanco são mais utilizadas pela maior versatilidade em manipular diferentes estruturas abdominais, entretanto, a maior vantagem destes procedimentos encontra-se na possibilidade de realização com o animal em estação (TRENT, 2004).

A abomasopexia é uma fixação “às cegas” e é realizada por uma laparotomia com fixação do abomaso. Para sua realização é usado uma agulha curva com cerca de 20 cm para a abomasopexia, sendo este o método utilizado para o tratamento deste relato de caso. Como vantagens o autor citou a simplicidade da técnica e o seu baixo custo. Em relação às desvantagens, a necessidade de segurança absoluta no diagnóstico, o fato do abomaso não poder ser visualizado e a sutura poder ocorrer em lugar inapropriado (STRAITON E MCINTEE, 1959; HULL, 1972; BARROS FILHO, 2008). Quando necessário, a terapia deve ser acompanhada de reposição de fluidos e correção de alterações do equilíbrio ácido básico e hidroeletrolíticas (BARROS FILHO E BORGES, 2007).

Neste caso, foi realizado procedimento cirúrgico de abomasopexia para a correção do deslocamento. Após a contenção do animal fez-se a limpeza do local, ampla tricotomia e antissepsia com amônia quaternária (CB-30®1). Para a limpeza dos materiais cirúrgicos e das mãos também foi utilizado o produto CB-30®1 diluindo em água. Foi utilizada a Anestesia Local®2, com lidocaína, feita na linha de incisão e

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em L, por via intramuscular e sub cutânea. Após estes procedimentos deu-se início ao procedimento cirúrgico.

Após incisão ampla localizou-se o abomaso deslocado a esquerda, confirmando assim o diagnóstico. Realizou-se então, a sutura no abomaso para posterior fixação na porção ventral do abdômen, com fio náilon nº 0,8mm e pontos contínuos fixando a serosa e muscular, deixando aproximadamente 50 cm de fio em cada lado da sutura para realizar a fixação. O processo seguinte foi o esvaziamento do órgão, que foi feito com o auxílio de um equipo cortado acoplado a uma agulha. A outra extremidade do mesmo foi inserida em um recipiente com água, assim, pode-se controlar a saída do ar.

Posteriormente o abomaso foi fixado na porção ventral do abdômen, passando uma agulha em uma das extremidades que estava suturada no abomaso, levando-a protegida pela mão do veterinário pelo interior do abdômen até o local escolhido, sendo este fixado o mais próximo de sua posição anatômica. Após passar a agulha com o fio para o lado de fora do abdômen, fixou-se com um botão confeccionado com o fundo de uma garrafa pet.

Antes de realizar a sutura, foi aplicado Floxiclin®3 na cavidade e assim pode-se realizar a sutura do peritônio e da muscular com pontos em Sultan. Por fim, antes da fixação da pele foi aplicado o pó do Fortibiótico®4 que consiste em penicilina e assim fez-se a sutura de pele com pontos de Wolf e aplicado spray Mata bicheira vingador®5 no local da incisão e do botão. Foi aplicado ainda Azium®6 e Megacilin®7, sendo este último receitado por mais 2 dias, subsequentes ao da cirurgia. Também o veterinário recomendou oferecer mais feno ao animal para expandir o rúmen.

O método utilizado para o tratamento do deslocamento de abomaso deve ser executado de forma a causar o menor estresse ao animal e deve impedir recidivas. (CANNAS et al., 2002).

Enfim, o animal teve melhora dos sinais clínicos após o procedimento cirúrgico e até o presente momento não ocorreu recidivas. Porém em sistemas de 1

CB-30 TA 1L (Cloreto de alquil dimetil benzil amônio e poliexietilenonilfenileter). Laboratório Ouro Fino, Cravinho – SP.

2Anestésico Vansil 50ml (Lidocaina). Laboratório Vansil Saúde Animal, Descalvado – SP. 3

Floxiclin Injetável 50ml (Enrofloxacino). Laboratório Biofarm, Jaboticabal m- SP. 4Fortibiótico Plus 8,4g (Benzilpenicilina). Laboratório UCB, Jaboticabal –SP. 5

Mata Bicheira Vingador 475ml (Clorpirifós, diclorvós e violeta genciana). Laboratório Ouro Fino, Cravinhos – SP.

6Azium Solução Injetável 10ml (Dexametasona). Intervet Schering-Plough Veterinária, Cotia –SP. 7

Megacilin PPU Plus 100ml (Benzilpenicilina e Piroxican). Laboratório Agener União Saúde Animal, Embu-Guaçu – SP.

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produção intensiva, como por exemplo, a pecuária leiteira, a seleção, o manejo de criação e a exploração intensiva visando à máxima exigência do animal para a produção de leite estão etiologicamente relacionados ao aparecimento de distúrbios metabólicos. O aparecimento de tais distúrbios diminui a produção leiteira podendo aumentar os custos de produção. O deslocamento de abomaso continua sendo um assunto bastante estudado. Novos trabalhos são constantemente publicados trazendo novas discussões sobre o assunto. Muito se sabe, mas parece que ainda há muito por saber. É uma doença com aumento na incidência de rebanhos e que exige a busca constante pela prevenção.

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4 CONCLUSÃO

A realização do estágio curricular é de fundamental importância para que os acadêmicos possam colocar em prática os conceitos teóricos estudados ao longo da graduação. Além disso, é de grande importância para a formação profissional do graduando vivenciar os métodos de produção efetivamente postos em prática cotejados com os mencionados conceitos teóricos, pois permite uma avaliação da realidade da produção agropecuária no Estado. Assim, o graduando amplia seus conhecimentos e torna-se um profissional mais habilitado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, bem como as exigências do meio acadêmico.

Através deste estágio supervisionado realizado na Agropecuária 3J, foi possível acompanhar atividades de rotina da empresa e pesquisas que foram uma experiência enriquecedora, pois o contato com o processo na prática proporcionou ampliar meus conhecimentos de modo que foi possível confrontar, e somar, com o aprendizado adquirido nos bancos escolares, e desenvolver senso crítico, o que será de fundamental importância na minha vida profissional.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5.1 Referências bibliográficas referentes ao caso clínico I: Suspeita de Pitiose equina em égua mestiça Quarto de Milha

CHAFFIN M.K., SCHUMACHER, J. & MCMULLAN, W.C. 1995. Cutaneous pythiosis in the horse. Veterinary Clinics of North America:Equine Practice. v.11, p.

91-103. Disponível em:

http://europepmc.org/abstract/MED/7634168/reload=0;jsessionid=mDH78p0FMoWg w3nFb9HM.24. Acesso em 16 maio 2014.

LEAL A.B.M. et. al. Pitiose equina no pantanal brasileiro: Aspectos clínico-patológico de casos típicos e atípicos. Pesquisa Veterinária Brasileira. 21: 151-156. 2001. MEIRELES, M.C.A. et. al. Cutaneous pythiosis in horses from Brazil. Mycoses. v.

36, p. 139-142, 1993. Disponível em:

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1439-0507.1993.tb00702.x/abstract. Acesso em 16 maio 2014.

MENDOZA L., AJELLO L. & MCGINNIS M.R. Infections caused by the oomycetous pathogen Pythium insidiosum. Journal de Mycologie Médicale. v.6, p.151-164. 1996. Disponível em: http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=2527615. Acesso em 16 maio 2014.

MILLER, R.I.; CAMPBELL, R.S.F. 1982. Câncer do Pântano. In: RADOSTITS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9ª ed. p:1154, 2010.

MILLER, R.I. Investigations into the biology of three ‘phycomycotic’ agents pathogenic for horses in Australia. Mycopathologia. v.81, p.23-28, 1983. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007/BF00443905. Acesso em 16 maio 2014. RADOSTITS, O.M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9ª ed. p:1154-1155, 2010.

SALLIS, E.S.V.; PEREIRA, D.I.B.; RAFFI, M.B. Pitiose cutânea em eqüinos: 14 casos. Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.5, p.899-903, set-out, 2003.

SANTOS, M.N. et al. Pitiose cutânea em eqüinos no Rio Grande do Sul. Pesq Vet Bras, v.7, n.3, p.57-61, 1987.

SANTURIO, J.M. et. al. Pitiose: uma micose emergente. Acta Scientiae Veterinariae. v.34, n.1, p.1-14, 2006.

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SANTURIO, J.M. Pythium insidiosum: avaliação de imunoterápico para equinos, utilizando-se coelhos como modelo experimental. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS, 2004.

5.2 Referências bibliográficas referentes ao caso clínico II: Deslocamento de abomaso para o lado esquerdo em vaca holandesa

AZEVEDO, M. C. C. Deslocamento de abomaso à esquerda em bovinos de leite. 2013. 40p. Relatório Final de Estágio, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2013.

BARROS FILHO, I.R.; BORGES, J.R.J. 2007. Deslocamento do abomaso. In: Riet-Correa, F., et al. Doenças de Ruminantes e Eqüídeos, 3ª ed., v.2, p.356-366.

BARROS FILHO, I.R. Métodos de correção do deslocamento do abomaso: existem novidades?, 2008, Recife. Anais... Recife: VIII Congresso Brasileiro de cirurgia e anestesiologia veterinária, 2008.

BEGG, H. Diseases of the stomach of the adult ruminant. Vet. Rec., v.62, p.797-808.

1950. Disponível em:

http://www.cabdirect.org/abstracts/19522202594.html;jsessionid=DF5027077401FD6 A7FA7F55DC10532FE. Acesso em 17 maio 2014.

BUCHANAN, M. et. Al. Medical treatment of right-sided dilatation of the abomasum in cows. Vet. Rec. v.129, p.111-112, 1991. Disponível em: http://171.67.117.160/content/129/6/111.abstract. Acesso em 17 maio 2014.

CÂMARA, A.C.L. et. al. Fatores de risco, achados clínicos, laboratoriais e avaliação terapêutica em 36 bovinos com deslocamento de abomaso. Pesq. Vet. Bras. v.30, n.5, p.453-464, maio 2010.

CANNAS, J.S. et al. Deslocação de abomaso: novos conceitos., 2002, Oeiras. Anais... Oeiras: Congresso de Ciências Veterinárias, 2002. p. 39-62.

HULL B.L. Close suturing technique for correction of left abomasal displacement. Owa State Vet. v.34, p.142-144. 1972.

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REBHUN, W. C. Doenças do gado leiteiro. São Paulo: Ed. Roca, p.153-155; 463-466, 2000.

RORIZ, F.J.C. Deslocamento do abomaso em bovinos leiteiros. Dissertação de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro/Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, Departamento de Ciências Veterinárias, 96p. 2010.

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Anexo A – FIGURA 1 DA SUSPEITA DO CASO DE PITIOSE EQUINA. A: Equino com suspeita de Pitiose equina. B: Lesão no membro anterior direito. C: Lesão no focinho do animal. D: Kunkers encontrado no focinho

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Anexo B – FIGURA 2 DO DESLOCAMENTO DE ABOMASO EM VACA DE LEITE. A: Auscultação do ping metálico. B: Tricotomia do flanco esquerdo. C: Sutura da cavidade. D: Animal em estação após a realização da cirurgia

Referências

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