• Nenhum resultado encontrado

O sistema de preclusão no Novo Código De Processo Civil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O sistema de preclusão no Novo Código De Processo Civil"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

KARINE DREWS

O SISTEMA DE PRECLUSÃO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Ijuí (RS) 2017

(2)

KARINE DREWS

O SISTEMA DE PRECLUSÃO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Projeto de pesquisa da monografia final do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, apresentado como requisito parcial para a aprovação no componente curricular Metodologia da Pesquisa Jurídica. DCJS - Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientador: MSc. Joaquim Henrique Gatto

Ijuí (RS) 2017

(3)

Dedico este trabalho à todos que de uma forma ou outra me auxiliaram e ampararam

durante estes anos da minha

caminhadaacadêmica, especialmente à minha família e meus amigos, pelo incentivo, apoio e confiança em mim depositados.

(4)

AGRADECIMENTOS

Desafio tão grande quanto escrever esta monografia é encontrar palavras para agradecer aos que me impulsionaram nessa trajetória.Inicialmente, agradeço aos meus pais, Osvaldo e ClediDrews, e irmãos, Magali DrewsRobeck e Regis Fernando Drews, por tudo o que fizeram por mim durante todos os anos da minha vida, me passando a certeza de que não estou sozinha nessa caminhada, e sem os quais nada disso seria possível. O afeto, o orgulho e a admiração que tenho por vocês é algo imensurável,são poucas todas as honrarias do mundo para demonstrar meu amor e gratidão. Vocês são a prova de que apenas é realidade o sonho que se sonha junto. Obrigada por tudo!

Aos amigos, colegas, professores e todos os demais com quem convivi ao longo desses anos, e que, de uma forma ou de outra, apoiaram minha jornada acadêmica, em especial aos professores de processo civil da UNIJUÍ, que com a clareza de seus ensinamentos despertam em inúmeros acadêmicos o gosto pela matéria.

À todos que me auxiliaram profissionalmente durante a jornada acadêmica, com ênfase ao pessoal da 1ª Vara Cível da Promotoria de Justiça de Ijuí, os quais fizeram com que tivesse a certeza que estou no caminho certo, me apaixonando cada vez mais pelo Direito, e que servirão sempre de exemplo e inspiração ao longo do caminho que seguirei.

Ao meu querido Mestre e Orientador Joaquim Henrique Gatto, pela sua paciência, dedicação e disponibilidade para que este Trabalho de Conclusão de Curso tivesse êxito e chegasse ao final, bem como à esta Universidade, sеu corpo docente, direção е administração, os quais oportunizaram o meu crescimento pessoal e profissional, fundado no mérito е na ética aqui presentes.

(5)

“Se uma Justiça lenta demais é decerto uma Justiça má, daí não se segue que uma justiça muita rápida seja necessariamente uma Justiça boa. O que todos devemos querer é que a prestação jurisdicional venha a ser melhor do que é. Se para torná-la melhor é preciso acelerá-la, muito bem: não, contudo, a qualquer preço”. José Carlos Barbosa Moreira.

(6)

RESUMO

O presente trabalho de pesquisa monográfica visa analisar o sistema de preclusão processual civil, demonstrando a importância do fenômeno, sua aplicação como princípio e técnica efetiva no processo. Para tanto, faz-se, em dois capítulos, o estudo dos aspectos acerca do instituto, partindo de uma análise histórica breve, passando então a examinar sua natureza jurídica e a conceituá-lo, considerando seus fundamentos e princípios informadores, bem como detalhando suas espécies e formas de manifestação dentrodo processo com o advento do novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015).

Palavras-Chave: Novo Código de Processo Civil. Sistema de preclusão. Processo Civil. Efetividade.

(7)

ABSTRACT

The present work of monographic research aims to analyze the system of civil procedure preclusion, demonstrating the importance of this phenomenon, its application as a principle and effective technique in the process. In order to do so, in two chapters, the study of aspects of the institute is undertaken, starting with a brief historical analysis, then examining its legal nature and conceptualizing it, considering its foundations and informing principles, as well as detailing its species and ways of manifestation within the process, considering the advent of the new Code of Civil Procedure (Law 13,105 / 2015).

Keywords: New Code of Civil Procedure.Preclusion system. Civil Procedure. Effectiveness.

(8)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 09

1 CARACTERIZAÇÃO DO INSTITUTO DA PRECLUSÃO ... 11

1.1 Raízes históricas ... 12

1.2 Conceito ... 13

1.3 Finalidade ... 16

1.4 Natureza jurídica ... 20

2 A PRECLUSÃO NO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO ... 23

2.1 Espécies de preclusão ... 23

2.1.1 Preclusão temporal ... 23

2.1.2 Preclusão lógica ... 25

2.1.3 Preclusão consumativa ... 26

2.2 Preclusão para o juiz ... 28

2.3 Extensão da preclusão ... 30

CONCLUSÃO ... 33

(9)

INTRODUÇÃO

A presente monografia tem como objeto de estudo o sistema de preclusão com o advento da Lei 13.105/2015. Tal instituto é um tema nodal dentro do processo civil, de difícil conceituação, classificação e delimitação. Contudo, possui forte presença em todo o desenrolar do processo, tendo papel determinante em sua estruturação, o que motivou o presente trabalho.

Como se sabe, o processo é uma sucessão ordenada de atos destinado a alcançar a obtenção da prestação integral da tutela jurisdicional, sendo vedada a repetição de atos processuais e o retorno a fases já ultrapassadas. Daí a relevância do instituto da preclusão.

As temáticas sistematizadas no presente estudo são dispostas objetivando o desenvolvimento do tema, demonstrando a importância do fenômeno, sua aplicação como princípio e técnica efetiva no processo, haja vista que é este que possibilita que o processo tenha um desenvolvimento adequado e apto a atingir seu objetivo final, preservando a sequência válida e lógica dos atos processuais, bem como ditando seu ritmo e sua dinâmica.

Para tanto, parte-se da análise histórica e da conceituação do instituto, seguindo a ideia de que a preclusão consiste na perda da possibilidade de praticar algum ato, sendo um fenômeno endoprocessual que afeta diretamente direitos e faculdades individuais, a fim de impulsionar o processo.

Após, passa-se a análise de sua finalidade e sua natureza jurídica, ante ao caráter indispensável do instituto da preclusão para a efetiva aplicação da justiça, uma vez que, na busca por precisão e celeridade, esta traça limites ao exercício de faculdades processuais, assegurando às partes garantias constitucionais de efetividade da justiça, celeridade,

(10)

segurança jurídica e razoável duração do processo, sendo, desse modo, fundamental para seu bom andamento.

Por fim, a temática possui especial relevância quando analisa as espécies e as formas de manifestação do instituto da preclusão no processo, com o advento do Novo Código de Processo Civil, detalhando as suas várias espécies de acordo com o fato gerador, sendo possível perceber um regime legal de preclusões rígido em relação a alguns aspectos e flexível quanto a outros.

Nesse contexto, cabe destacar que o NCPC trouxe importantes alterações em relação ao instituto. Como exemplo, alterou o momento de sua ocorrência no que concerne a questões decididas no curso do processo em primeiro grau de jurisdição, diante das quais não é cabível agravo de instrumento. Nestes casos, o NCPC inovou autorizando a renovação de tais questões em sede de razões ou contrarrazões de apelação, quando, então, se não suscitadas, ocorrerá os efeitos da preclusão.

(11)

1 CARACTERIZAÇÃO DO INSTITUTO DA PRECLUSÃO

Sabe-se que todo processo é uma sucessão de atos jurídicos ordenados, com o escopo de atingir a prestação da tutela jurisdicional por meio da sentença, com a qual o magistrado põe fim a controvérsia que lhe foi trazida. Como refere FredieDidier Jr. (2007, p. 248), “é uma marcha para frente, uma sucessão de atos jurídicos ordenados e destinados a alcançar um fim, que é a prestação da tutela jurisdicional”.

No entanto, para que isso ocorra, é necessário que todo procedimento coloque limites para que as partes exerçam suas faculdades processuais, impedindo, com isso, o retrocesso à questões já discutidas e decididas pelo magistrado em momento anterior. É esse o papel da preclusão.

A esse respeito, Araken de Assis (2015, p. 1401) refere:

A paulatina superação dos momentos e das fases inerentes ao procedimento, através da extinção de faculdades e poderes, revela-se fundamental para assegurar o movimento permanente do processo. Trata-se, pois, de consumar atos e fases processuais, em razão da inatividade [...].

Nesse sentido, o instituto da preclusão torna-se o responsável por impulsionar as fases do procedimento, bem como impedir que questões já apreciadas pelo magistrado voltem a ser examinadas, permitindo, assim, um avançar constante em direção à solução da controvérsia.

Trata-se, portanto, de uma técnica para assegurar ordenação e agilidade ao processo, possibilitando o efetivo desenvolvimento por meio da imposição de limites às partes em relação à prática de atos processuais. Nas palavras do processualista Enrico Tulio Liebman (1984, p. 235-236), “[o] andamento ordenado e coerente do processo é obtido não só através dos prazos, mas também das preclusões”.

Feitas essas primeiras colocações, esclarece-se que o presente capítulo tem por objetivo caracterizar o instituto da preclusão, partindo de uma breve análise histórica sobre o tema, ou seja, a origem do instituto da preclusão, passando então a conceituá-lo, analisando seus fundamentos e princípios informadores, bem como buscando compreender sua finalidade

(12)

dentro do processo civil, a fim de possibilitar o posterior detalhamento de suas espécies e as formas de manifestação no processo com o advento do Novo Código de Processo Civil.

1.1 Raízes históricas

Formada a partir do latim preclusio, mais especificamente do vocábulo preacludere, a expressão preclusão pode ser traduzida basicamente, no ato de fechar, encerrar, obstruir, impedir.

O fenômeno da preclusão possui raízes remotas, estando presente nos mais diversos ordenamentos ao longo dos tempos, em maior ou menor medida. O fenômeno advém do direito romano-canônico e germânico, época em que aparecia como uma espécie de ameaça jurídica.

A preclusão por fases do processo já era vista no antigo direito germânico. Acredita-se que os germânicos foram os pioneiros a tratar da preclusão (FERRAZ, 2016, p. 99). Para eles, o processo era estruturado em duas fases principais: a probatória e a do julgamento (ROCHA, 2011, p. 18). Essa estruturação do processo germânico em fases distintas acabava por permitir que o processo se desenvolvesse intercalado por sentenças, as quais decidiam questões processuais à medida que iam surgindo. Ressalta-se que cada fase era sempre encerrada por sentença, e cada sentença prolatada era imediatamente apelável. Uma vez não impugnada, operava-se a imutabilidade da decisão.

Quanto ao processo civil romano, observa-se que é dividido pela doutrina em três períodos, a saber: per legis actiones, per formulas e cognitio extraordinária. No primeiro período, o formalismo vigente conferia ao processo romano uma carga fortemente preclusiva. Após presentes as partes perante o magistrado e realizado o ritual solene que devia ser seguido à risca, sob pena de inadmissibilidade do pedido, as partes e o juiz ficavam impedidos de alterar o objeto do processo. Seguindo o mesmo formalismo, se uma das partes deixasse de comparecer a audiência designada, o processo era imediatamente sentenciado de forma favorável a parte presente, não existindo revelia (SICA, 2008, p. 7-8).

(13)

No entanto, em seu terceiro período, houve a redução dos formalismos nos atos processuais, o que acabou por influenciar sobre o regime preclusivo do processo. Nesse sentido, disserta Sica (2008, p. 13):

Veja-se, por exemplo, que se passa a admitir o instituto da revelia: citado o réu e ausente à audiência com o Magistrado, julgava-se o processo em favor do autor. Como vimos isso seria impensável sob o regime do ordo iudiciorum privatorum. Introduziu-se, pois, um efeito preclusivo ligado à omissão das partes em etapa processual em que antes não era admitido.

Já no direito canônico, também se observava a existência de fases fechadas por sentença que, se não atacada, tornava-se imutável, mantendo-se a característica fortemente preclusiva que o processo germânico ostentava. Neste, no entanto, a preclusão era muitas vezes posta de lado, uma vez que, se um ato não tivesse sido praticado e a parte jurasse tê-lo feito, com base na boa-fé, lhe era devolvido o prazo processual.

Possível perceber que naquela época a preclusão assumia um caráter punitivo, ou seja, era visto como uma espécie de ameaça jurídica, como pena ou sansão, tendo sofrido inúmeras mudanças ao longo dos tempos, como veremos no decorrer do presente capítulo.

1.2 Conceito

Contextualizadas as raízes históricas do surgimento da preclusão, necessário se faz definir o instituto. Nesse contexto, é a Oskar Von Bülow que se atribui as primeiras formulações sobre o fenômeno da preclusão. Foi ele quem, ao final do século XIX, identificou um fenômeno processual que implicava na perda de um direito em virtude do não cumprimento de uma determinada atividade no momento estabelecido, resultando na impossibilidade de praticar a atividade processual omitida, divulgando suas ideias sobre o tema na obra Civil prozessualische Fiktionemund Wahrheiten, de 1879 (ROCHA, 2011, p. 22).

Para ele, a inércia das partes em praticar determinado ato processual no momento em que devido, não constituía uma violação dos deveres processuais, mas sim falta de exercício de direitos, tendo como consequência a impossibilidade de praticar a faculdade processual omitida.

(14)

A sistematização do fenômeno, no entanto, se deve ao processualista italiano Giuseppe Chiovenda. Inspirado nas lições de Bülow, e ao observar que todo processo, na busca por precisão e rapidez, impõem limites ao exercício de faculdades processuais, Chiovenda nomeou a consequência daí advinda, qual seja, a impossibilidade de se exercer determinada faculdade processual fora do momento estabelecido, de “preclusão”, termo inspirado na poenapraeclusi1 do direito comum (ROCHA, 2011, p. 17, 26).

Nesse sentido, Chiovenda (apud SICA, 2008, p. 7) expressou:

Todo processo, uns mais, outros menos, e da mesma forma o nosso processo, com o fim de assegurar precisão e rapidez ao desenvolvimento dos atos judiciais, traça limites ao exercício de determinadas faculdades processuais, com a consequência de que, além de tais limites, não se pode usar delas. Emprestei a essa consequência o nome de preclusão.

Chiovenda foi o responsável por sistematizar o instituto dentro do ordenamento jurídico, sendo o primeiro teórico a conceituar a preclusão diferenciando-a de coisa julgada, e dando a esta contornos próprios de um instituto processual.

No entanto, esse resultado não foi alcançado pelo autor em um único estudo, mas em vários, publicados ao longo de mais de trinta anos. A preclusão como forma de extinção de uma faculdade processual, já ganhava espaço em ensaios publicados pelo autor em 1905, estando presente em obras como Principidi diritto processuale civile, de 1928, Cosa giudicata e competenza, de 1932 e Cosa giudicata e preclusione, de 1933, na qual o processualista expôs a versão derradeira do conceito de preclusão (ROCHA, 2011, p. 23).

Sistematizou Chiovenda (apud FERRAZ, 2016, p. 105):

[...] entendo por preclusão a perda, ou extinção, ou consumação de uma faculdade processual que sofre pelo fato:

a) ou de não se haver observado a ordem prescrita em lei ao uso de seu exercício, como prazos peremptórios, ou a sucessão legal das atividades e das exceções; b) ou de se haver realizado uma atividade incompatível com o exercício da faculdade, como a propositura de uma exceção incompatível com a intenção de impugnar uma sentença;

c) ou de já se haver validamente exercido a faculdade (consumação propriamente dita).

(15)

Seguindo o mesmo raciocínio, o processualista Enrico Tulio Liebman (1984, p. 235-236), dissertou:

Por preclusão entende-se a perda ou extinção do direito de realizar um ato processual, em virtude:

a) do decurso do prazo;

b) da falta do exercício do direito no momento oportuno, quando a ordem legalmente estabelecida para a sucessão das atividades processuais importar em uma consequência assim grave;

c) da incompatibilidade com uma atividade já realizada; d) do fato de já se ter exercido o direito uma vez.

Desta forma, a preclusão pode ser definida como a perda de uma situação jurídica ativa processual, impedindo a prática de um ato, em virtude do decurso de prazo para fazê-lo ou em razão do exercício de faculdade com ele incompatível,sendo esse conceito aceito pelos processualistas contemporâneos sem maiores divergências.

Sobre o assunto, o autor José Frederico Marques (1971, p. 285), disserta:

Sob o ponto de vista objetivo, a preclusão é um fato impeditivo destinado a garantir o avanço progressivo da relação processual e a obstar o seu recuo para fases anteriores do procedimento. Do ponto de vista subjetivo, é a perda de uma faculdade ou direito processual que, por se haver esgotado ou por não ter sido exercido em tempo e momento oportuno, fica praticamente extinto.

Também seguindo a ideia de Chiovenda, o doutrinador Moacyr Amaral dos Santos (2003, p.60), refere que:

“Preclusão consiste na perda de uma faculdade ou direito processual, que, por se haver esgotado ou não ter sido exercido em tempo e momento oportunos, fica praticamente extinto. Essa conceituação se aproxima da de CHIOVENDA, que, a nosso ver, foi quem mais claramente focalizou o instituto, o qual se diga de passagem, não se acha ainda precisamente definido. Para o insigne mestre italiano, preclusão consiste “na perda de uma faculdade processual por se haverem tocado os extremos fixados pela lei para o exercício dessa faculdade no processo ou numa fase do processo”. Não muito diversa da definição de COUTURE, segundo quem consiste na “ação e efeito de extinguir-se o direito de realizar um ato processual, já seja por proibição da lei, por haver-se deixado passar a oportunidade de verificá-lo, ou por haver-se realizado outro com aquele incompatível”.

Desta forma, possível perceber que Chiovenda tem seu pensamento seguido até hoje por praticamente todos os doutrinadores processuais. Não raras as vezes em que a doutrina define a preclusão como perda, extinção ou consumação de uma faculdade processual, não se tendo ainda sistematização que seja capaz de melhor explicar o fenômeno.

(16)

Sendo assim, pode-se dizer que a preclusão consiste na perda do direito de realizar um determinado ato processual, seja por se haver esgotado ou não ter sido praticado em tempo ou momento oportuno, impedindo o retrocesso a etapas processuais já ultrapassadas.

Assim definido o instituto da preclusão, passamos a verificar sua finalidade dentro do ordenamento jurídico.

1.3 Finalidade

Considerando o processo como uma sucessão de atos jurídicos ordenados, com o escopo de atingir a prestação da tutela jurisdicional por meio da sentença, a preclusão possui papel determinante para promover a ordem no desenvolvimento das etapas processuais.

Nesse contexto, uma vez instaurado, o processo não pode ficar a mercê das partes, em razão do predomínio do interesse público sobre o particular. Iniciada a relação processual, exige-se que esta se desenvolva, mediante o impulso do juiz ou das partes, e seja concluída de forma mais breve possível.

Para que isso ocorra, a lei traça a sequência dos atos do processo, impondo regras que ordenam a participação e o papel das partese do juiz, garantindo,com isso, que cada procedimento seguiráo caminho preestabelecido. Se o processo não obedecesse a uma ordem determinada, fácil é imaginar o caos e a confusão que se instauraria, resultando em um grave retardamento da marcha processual.

Chiovenda (apud AMORIM, 2016, p. 44) ao localizar a preclusão dentro do ordenamento jurídico, expôs:

O ordenamento jurídico não se limita a regular cada uma das diferentes atuações processuais, sua forma e seu conjunto, mas também sua sucessão na relação processual; daí nasce uma ordem legal nos atos processuais. O que se propõe o legislador é dar a maior precisão ao processo, tornar possível a declaração definitiva dos direitos e garantir sua rápida execução. Porém, o que mais eficazmente atende a esse fim é a instituição da preclusão.

O instituto da preclusãorepousa, portanto, no ideal de ordenação, buscando dar ao processo um formalismo garantidor da observância de um sistema preestabelecido, conferindo

(17)

à este um movimento constante e lógico, e evitando agires desordenados, que comprometeriam seus resultados, garantindo às partes a segurança de que necessitam.

Nesse sentido, possui papel fundamental na disciplina interna do processo,tornando-se o responsável pela regulação dos atos processuais epossibilitando o efetivo desenvolvimento do processo por meio da imposição de limites ao exercício das atividades processuais das partes, permitindo, assim, que o processo prossiga com rapidez e regularidade.

Ao analisar a função do instituto da preclusão, Didier Jr. (2007, p. 249) salienta que:

A preclusão é instituto fundamental para o bom desenvolvimento do processo, sendo uma das principais técnicas para a estruturação do procedimento e, pois, para a delimitação das regras que compõem o formalismo processual. A preclusão apresente-se, então, como um limitador de exercício abusivo dos poderes processuais das partes, bem como impede que questões já decididas pelo magistrado possam ser reexaminadas, evitando-se, com isso, o retrocesso e a insegurança jurídica.

Desse modo, a preclusão possui papel determinante para a estruturação do processo, vez que busca preservar a sequência válida e lógica dos atos processuais,de forma que “a passagem de um ato processual para outro supõe o encerramento do anterior, de tal forma que os atos já praticados permaneçam firmes e inatacáveis” (CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO, 2012, p. 365), tendo, portanto, o mérito de evitar o retrocesso e a insegurança jurídica.

No mesmo sentido, Cintra, Grinover e Dinamarco(2012, p. 365) registram que:

O instituto da preclusão liga-se ao princípio do impulso processual. Objetivamente entendida, a preclusão consiste em um fato impeditivo destinado a garantir o avanço progressivo da relação processual e a obstar ao seu recuo para as fases anteriores do procedimento. Subjetivamente, a preclusão representa a perda de uma faculdade ou

de um poder ou direito processual”.

Desta forma, portanto, impulsiona as fases do procedimento em busca da solução do litígio, bem como impede que questões já apreciadas pelo magistrado voltem a ser examinadas, sendo garantia de um rápido e ordenado desenvolvimento do processo.Como refere Alvim (2005, p. 426), a preclusão “é a espinha dorsal do processo”.

(18)

Gize-se que, todo processo, buscando precisão e rapidez, traça limites ao exercício de faculdades processuais, pelo que não há processo sem preclusão. Desse modo, “[a] preclusão pode serconsiderada um verdadeiro princípio da teoria dos prazos porque ela infere em toda a dinâmica do andamento processual”. (ALVIM, 2005, p. 426).

Ademais, apreclusão está presenteem todas as fases do processo, podendo ter uma aplicação maior ou menor, de acordo com o sistema processual, sendo resultado de atos comissivos ou omissivos. Como expõe Didier Jr. (2007, p. 250), “[t]odo o percurso processual se orienta pela diretriz da preclusão. É ela (preclusão) que permite que todo o processo se desenrole progressivamente de forma ordenada, segura, coerente, rumo ao seu destino final”.

Importante frisar que, mais do que apenas assegurar a ordenação do processo, a preclusão possui caráter indispensável para a realização das garantias constitucionais de efetividade da justiça, celeridade, segurança jurídica e razoável duração do processo, sendo, portanto, fundamental para seu bom andamento. É direito constitucional do cidadão o cumprimento pelo Estado do procedimento legal previsto na ordem jurídica processual.

Indo mais além, pode-se dizer que à preclusão serve também à preservação da ética no processo, uma vez que veda comportamentos contraditórios e surpresas maliciosamente planejadas, que comprometeriam os resultados do processo.

A esse respeito, leciona Didier Jr. (2007, p. 250):

Frise-se: a preclusão não serve somente à ordem, à segurança e à celeridade do processo. Não se resume à condição de mera mola impulsionadora do processo. A preclusão tem, igualmente, fundamentos ético-políticos, na medida em que busca preservar a boa fé e a lealdade no itinerário processual. A preclusão é técnica, pois, a serviço do direito fundamental à segurança jurídica, do direito à efetividade (como impulsionadora do processo) e da proteção à boa-fé. É importante essa observação: como técnica que é, a preclusão deve ser pensada e aplicada em função dos valores

a que busca proteger.

Desta forma, possível perceber que a ideia central da preclusão estáno fato de que a organização jurídica não se limita a regular as atividades processuais e a sua forma, mas regula o próprio desenvolvimento da relação processual, estabelecendo uma ordem legal entre essas atividades, de modo a tutelar, também, a confiança e a boa-fé no processo.

(19)

A ideia de segurança jurídica que o instituto da preclusão nos traz, está ligada ao direito da pessoa à estabilidade em suas relações jurídicas, trazendo a certeza de que estas não podem ser alteradas numa imprevisibilidade que as deixe inseguras.

A preclusão é, portanto, um mecanismo destinado a garantir que o desenrolar do processo seja ordenado e célere, embasado nos princípios da isonomia, da lealdade processual, da responsabilidade das partes e de seus procuradores.

Ressalta-se que a preclusão atinge todos os integrantes da relação processual, ou seja, além das partes, o fenômeno afeta também o juiz. Como exemplo, podemos citar as questões já decididas pelo juiz de primeira instância com sentença ainda apelável. Nesse caso, as questões precluem em relação ao juiz que as tenha decidido, mas não em relação ao juiz superior.

Entretanto, cabe frisar que a preclusão não gera qualquer direito à parte contrária, resultando, apenas, em situações que, se somadas a outras, poderão ensejar o nascimento de direitos. Assim, por exemplo, a revelia não faz surgir para o autor o direito a uma sentença de procedência do pedido, mas apenas uma situação jurídica que lhe é favorável, uma vez que produz a presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor.

Portanto, observa-se que com a preclusão, ocorre o exaurimento do direito processual pelo seu exercício e imposição de obstáculo à sua efetivação em razão de conduta incompatível adotada em momento anterior, no âmbito de uma relação jurídica processual já estabelecida e tem seus efeitos nela mesmo exauridos.

Por fim, importante salientar que, embora guardem certas afinidades, a preclusão não se confunde com outros fenômenos como decadência, prescrição, nulidade ou coisa julgada, pois é fenômeno endoprocessual, que só gera efeitos dentro do processo em curso, diferentemente dos demais fenômenos que não são necessariamente sentidos no âmbito restrito de um processo em curso.

(20)

1.4 Natureza jurídica

Embora o próprio Chiovenda tenha informado que extraiu o nome do instituto da poenapraeclusi do direito comum, expressão que tem como significado “pena de preclusão”, é valido ressaltar que a maior parte da doutrina entende que, embora possa causar prejuízos à parte, a preclusão não pode ser entendida como uma pena ou sanção processual (ROCHA, 2011, p. 17).

De acordo com a doutrina majoritária, a preclusão possui natureza de fato jurídico processual impeditivo, haja vista que a sua essência está no impedimento de se realizar determinados atos processuais. Nesse sentido, Marques (1971, p. 285), define que “a preclusão é um fato impeditivo destinado a garantir o avanço progressivo da relação processual e a obstar o seu recuo para fases anteriores do procedimento”.

Segundo Didier Jr. (2007, p. 256), “[e]ntende-se que a preclusão está intimamente relacionada com o ônus, que, como se sabe, é situação jurídica consistente em um encargo do direito”. Para melhor compreendermos essa idéia, necessária a compreensão do conceito de ônus.

Sobre o assunto, Alvim (2005, p. 426) esclarece que “[a] ideia de ônus, consiste em que a parte deve, no processo, praticar determinados atos em seu próprio benefício: consequentemente, se ficar inerte, possivelmente esse comportamento acarretará consequência danosa para ela”.

Com efeito, a ideia de ônus processuais vem atrelada a ideia de obrigação. Todo processo precisa ser impulsionado pelas partes com vistas a solução do litígio, razão pela qual o ordenamento jurídico estabelece consequências processuais decorrentes tanto da inércia como da atuação das partes no tocante ao seu impulsionamento.

Conforme disserta Dinamarco (apud TOSCAN, 2015, p. 74):

A ordem processual conta com a vontade dos litigantes como mola propulsora que induz cada um deles a participar ativamente do processo civil mediante atos destinados a gerar resultados favoráveis. Como o melhor e mais autorizado juiz dos interesses de um sujeito é ele próprio, a lei institui ônus a cargo de cada uma das

(21)

partes, sabendo elas que desempenhá-los é melhorar suas próprias oportunidades e negligenciá-los significa oferecer oportunidades melhores ao adversário.

Nesse sentido, o ônus é um imperativo de interesse próprio, possibilitando que as partes determinem suas condutas por cumpri-los ou descumpri-los, estando cientes de que da postura que assumirem advirão consequências processuais, e de que a marcha processual prosseguirá independentemente do comportamento adotado. Desse modo, se não aforar o pedido, o autor se arrisca a jamais ver satisfeita sua pretensão. Da mesma forma, se não exercer a defesa, o réu corre risco de perder a causa.

Gize-se que a preclusão é um fato jurídico secundário, ou seja, que diz respeito à modificação ou à extinção de uma única faculdade ou de uma única obrigação, não extinguindo ou impedindo, portanto, todo o processo, mas somente uma faculdade processual.

Sendo assim, a preclusão consiste na impossibilidade da prática de atos processuais fora do momento e da forma adequados, contrariamente à lógica, ou quando já tenham sido praticados válida ou invalidamente, não se confundindo com as sanções processuais, as quais, por sua vez, estão relacionadas ao não cumprimento de uma obrigação, sendo a consequência jurídica da inobservância de uma norma jurídica, da prática de atos ilícitos.

Portanto, afasta-se o caráter de pena da preclusão, porquanto não se trata de uma sanção processual, mas sim de um limite a uma atividade que não decorre de uma violação legal, mas da consumação de um interesse ou da incompatibilidade pelo desenvolvimento processual alcançado, ou seja, do não atendimento de um ônus.

A preclusão consiste, assim, no fato de que depois da realização de determinados atos ou do transcurso de certos prazos, resta precluso à parte o direito de realizar outros atos processuais posteriores.

Nessa perspectiva, o demandado que não contesta a demanda não viola uma obrigação, ficando sujeito à sanções, mas apenas se abstém de exercer seu direito de defesa, e nem por isso haverá, necessariamente, de perder a demanda, que poderá ser julgada improcedente.

(22)

Em resumo, a sanção decorre da prática de atos ilícitos, enquanto a preclusão é consequência da prática de determinados atos lícitos.

(23)

2 A PRECLUSÃO NO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO

No sistema processual brasileiro, a teoria chiovendiana foi, em linhas gerais, amplamente acolhida. A doutrina brasileira é praticamente uníssona em aceitar que a preclusão concerne à perda de uma faculdade processual, havendo um certo consenso sobre o instituto entre os doutrinadores, como veremos a seguir.

2.1 Espécies de preclusão

Conforme dispõe o art. 507 do NCPC, “[é] vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão”. No entanto, várias podem ser as causas determinantes da preclusão. Com base nestas, Chiovenda classificou tal instituto em três espécies: temporal, lógica e consumativa, sendo esta divisão adotada pela maioria dos doutrinadores, e denominada como tripartição chiovendiana. Tal classificação, é feita com base no fato gerador da preclusão, ou seja, é efeito jurídico que decorrerá da perda do prazo da prática de ato incompatível ou do exercício do poder.

A esse respeito, Santos (2003, p. 61) refere:

Conforme as causas de que provém, a preclusão se diz temporal, lógica e

consumativa. Diz-se temporal, quando proveniente do esgotamento do prazo para o

exercício da faculdade processual: esgotado o prazo para o oferecimento de contestação, impedido estará o réu de apresentá-la. Preclusão lógica se dá quando a prática de um ato se faz incompatível com a prática de outro,v.g.: valendo-se a parte de um documento como fundamento do seu direito, estará impedida de suscitar a sua nulidade por coação na sua formação. Por consumativa se entende a preclusão resultante de ato decisório (sentença, decisão interlocutória), que, uma vez transitado em julgado, o torna irrevogável e impede o reexame da questão por ele decidida.

Dito isto, passaremos a análise de cada uma das espécies de preclusão consagradas em nosso ordenamento.

2.2.1 Preclusão temporal

O processo se desenvolve no tempo, percorrendo um caminho preestabelecido. Para que isto ocorra, no entanto, são fixados prazos para o cumprimento dos atos processuais, os quais são essenciais a toda e qualquer ordem jurídica.

(24)

Por prazos, entende-se o período compreendido entre o termo inicial e final, dentro do qual a lei ordena, permite ou proíbe a prática de algum ato. Se não fossem estes, os processos não teriam um curso ordenado, o que certamente levaria a perpetuação dos litígios. Portanto, a fixação de tempo para a prática de cada ato é uma forma de acelerar o processo, assegurando às partes segurança e rapidez.

Contudo, a inobservância dos prazos processuais traz como consequência a chamada preclusão temporal, firmada pelo decurso do prazo preestabelecido sem a concretização do ato processual, importando em diversas consequências jurídicas dentro do processo em face do acontecimento natural consistente no decurso do tempo, com o propósito de fazê-lo avançar.

No entanto, deve se observar se trata-se de prazos próprios ou impróprios, haja vista que a preclusão temporal só ocorre quando se tratar de inobservância de prazos próprios, ou seja, aqueles concedidos às partes, pois apenas nestes casos ocorrem consequências e efeitos de caráter processual.

Outra análise relevante é em relação aos prazos peremptórios e dilatórios. Aqui, cabe destacar que o Novo Código de Processo Civil trouxe inovações em seu artigo 191, possibilitando a fixação de calendário para a prática dos atos processuais, mediante convenção entre as partes, podendo ser alterados – dilatados ou reduzidos – tanto os prazos dilatórios quanto os peremptórios.

Sica (2008, p. 129), se refere à preclusão temporal como o “fenômeno que extingue a faculdade da parte pela fluência de prazo ou pela superação de uma fase do processo. Em ambos os casos, há transcurso de tempo, mas ele é marcado de forma diversa”. Dessa forma, a preclusão temporal pode ser definida como aquela em que há a perda do poder processual, derivada da inobservância da ordem legalmente prevista para o exercício das faculdades processuais, como os prazos peremptórios ou a sucessão legal de atividades e exceções. Ou seja, ocorre em razão do decurso do prazo previsto em lei para a prática do ato processual, ou pela não observância de uma forma para a prática do mesmo.

Sob essa perspectiva de que a preclusão resulta da inobservância do momento apropriado para o exercício dos direitos processuais, cabe ressaltar que a lei determina que as

(25)

partes devem apresentar ao mesmo tempo, com a petição inicial e a contestação, todas as matérias de ataque e defesa que desejam arguir. No mesmo sentido, é defeso ao autor alterar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, após a citação, e em nenhuma hipótese depois do saneamento (art. 329, CPC/2015). Ademais, sob a égide do Novo Código de ProcessoCivil, a reconvenção deve ser apresentada na própria contestação (art. 343, CPC/2015). Nesses casos, a preclusão incide não propriamente em virtude do decurso de prazo em si, mas sim pela superação do momento próprio para o exercício do direito.

De outra banda, a preclusão ocorre, por exemplo, quando a parte ré não oferece contestação no prazo legal, conforme determina o art. 223 do NCPC, o qual dispõe que “[d]ecorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa”. Gize-se que a preclusão temporal somente ocorre se a parte não puder provar que sua omissão se deu por justa causa, caso em que, preenchidos os requisitos de tal, ocorrerá a devolução do prazo.

Como se pode perceber, ocorrendo a preclusão temporal, a fase anterior do processo fica superada e o movimento processual se encaminha, por meio de outros atos, em direção a fase final do processo.

2.2.2 Preclusão lógica

A contradição, a incoerência e a inconstância são inimigas de um processo ordenado e célere e, sobretudo, dos princípios da lealdade e da boa-fé que devem nele imperar. Nessa linha, Didier Jr. (2007, p. 253) refere que “[q]uando a parte ou o magistrado adota um comportamento que contrarie comportamento anterior, atua de forma desleal, frustrando expectativas legítimas de outros sujeitos processuais”, motivo pelo qual não pode, posteriormente, “adotar um comportamento totalmente contraditório, o que quebra a confiança gerada e revela ardil, deslealdade, evasão”. É nessa percepção que repousa a ideia da preclusão lógica.

(26)

A preclusão lógica se dá quando a parte perde a possibilidade de praticar determinado ato, se anteriormente houver praticado algum outro com ele incompatível, ou seja, se a parte praticar ato logicamente incompatível com outro anteriormente já exercitado, o segundo será inadequado, não quanto à sua forma, mas sim quanto a um de seus pressupostos processuais objetivos (ausência de fatos extintivos).

Sob tal perspectiva, tem-se que a preclusão lógica consiste na perda de uma faculdade processual em razão de ter sido praticado um ato incompatível com o exercício da faculdade conferida. Sendo assim, haverá preclusão lógica sempre que um ato que a parte pretende praticar for incompatível com sua conduta processual anterior, uma vez que, ao praticar determinado ato, a parte abre mão de outro, presente ou futuro.

Importante ressaltar que a preclusão lógica não deriva de inércia da parte, mas sim da prática de um ato antecedente e logicamente conflitante com o praticado posteriormente, sendo, portanto, consequência da prática do primeiro ato. É o que ocorre, por exemplo, na hipótese em que a parte aceita expressa ou tacitamente a decisão ou sentença, o que é incompatível com a faculdade de recorrer dela, conforme determina o art. 1.000 do NCPC, bem como no caso do art. 952 do NCPC, o qual determina que a parte que arguiu incompetência relativanão pode suscitar conflito.

Desta forma, portanto, quando entre dois ou mais atos faltar coerência, o ato sucessivo não pode ser praticado e, caso seja, deve ser desconsiderado, uma vez que este faria retroceder a marcha do processo, tornando-o mais lento.

2.2.3 Preclusão consumativa

Por fim, passamos à análise da terceira modalidade de preclusão segundo a classificação de Chiovenda, denominada preclusão consumativa. Nas palavras de Didier Jr. (2007, p. 253):

A preclusão consumativa consiste na perda de faculdade/poder processual, em razão de ter sido exercido, pouco importa se bem ou mal exercido. Já se praticou o ato processual pretendido, não sendo possível corrigi-lo, melhorá-lo ou repeti-lo. Observa-se quando já se consumou a faculdade/poder processual.

(27)

Tal modalidade baseia-se no princípio do ne bis in idem2, impedindo a repetição da prática do ato processual, quando a faculdade correspondente já tiver sido exercida, seja de forma distinta, seja da mesma forma, com o escopo de preservar a ordem e a celeridade do processo.

Aqui, cabe observar que pouco importa se o primeiro ato praticado é válido ou inválido. Isso porque, conforme prevê o art. 200, caput, do NCPC, a produção dos efeitos decorrentes das declarações bilaterais ou unilaterais de vontade das partes ocorre imediatamente após o seu exercício, exaurindo-se, assim, a faculdade da parte de exercê-lo novamente.

Nesse sentido, para que ocorra a consumação obstativa da reiteração do ato, basta que haja a sua prática. Portanto, uma vez praticado o ato, não é mais possível repeti-lo ou aperfeiçoá-lo, haja vista que já se consumou.

É o que ocorre, por exemplo, na hipótese em que a parte, ao oferecer contestação ou interpor recurso de apelação, realiza tal ato no décimo dia do prazo, mas esquece de arguir um fundamento importante. Como já exerceu sua faculdade de contestar ou de recorrer, não poderá a parte, conforme prevê o art. 223, caput, do NCPC, repetir, melhorar ou corrigir o ato nos cinco dias restantes do prazo, uma vez que este já restou consumado no décimo dia do prazo.

Da mesma forma, toda a matéria de defesa deverá ser arguida no momento de apresentação da peça contestatória, conforme previsto no art. 336 do NCPC, o qual dispõe que: “[i]ncumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir”. Caso não observada tal regra, ocorrerá a preclusão consumativa.

Em suma, a preclusão consumativa consiste na perda do poder processual em razão da prática da faculdade processual prevista na lei. Ou seja, se já se exerceu a faculdade processual pretendida, independente de se bem ou mal exercida, não poderá a parte exercê-la

2 O princípio do ne bis in idem, geralmente tratado na esfera do direito penal, onde encontra ampla aceitação,não é estranho ao Direito Processual Civil. Dentro da preclusão consumativa, no entanto, tal princípio baseia-se na impossibilidade de repetição de um mesmo ato no processo, assumindo papel preponderante, especialmente quando ligado ao princípio da utilidade,haja vista que serve ao impulsionamento do processo.

(28)

novamente, pois com ato anterior devidamente realizado, o efeito jurídico do mesmo resta perfectibilizado.

2.2 Preclusão para o juiz

A preclusão atinge todos os integrantes da relação processual, ou seja, além das partes, o fenômeno afeta também o juiz. Nesse contexto, embora a construção clássica do conceito do instituto trazido por Chiovenda ressalte apenas a perda de faculdades processuais das partes, tal extensão é amplamente admitida, tendo o próprio Chiovenda, em seu estudo, demonstrado a aplicabilidade da preclusão às questões decididas pelo juiz.

De início, gize-se que é comum na doutrina brasileira o uso da designação preclusão pro judicato para se referir à preclusão dos poderes do juiz. No entanto, o uso de tal termo está incorreto. Segundo o entendimento de Wambier (2016, p. 596):

A expressão foi cunhada na doutrina italiana para se referir a um fenômeno muito específico, cuja ocorrência é inclusive extremamente discutível (seja no direito italiano, seja no direito brasileiro): o decurso de um prazo que geraria consequência também fora do processo (impedindo inclusive o ajuizamento de uma nova ação) e não apenas dentro dele.

Nas palavras de Assis (2015, p. 1407), “[a] expressão preclusão pro judicato significa, literalmente, preclusão como se tivesse sido julgado, e, não, preclusão para o juiz. É o modo de expressar a eficácia preclusiva da coisa julgada prevista no art. 508”.

Dito isso, passamos à aplicação da preclusão para o juiz. Neste ponto, no que se refere aos poderes do órgão judiciário, a preclusão opera de forma hierárquica. Assim sendo, o juízo a quo deve se curvar às decisões proferidas pelo juízo ad quem em sede recursal, não podendo o juiz contrariar decisões proferidas nas instâncias hierarquicamente superiores.

Para melhor entendermos a limitação que a preclusão exerce sobre o próprio juiz prolator da decisão, cabe transcrever o art. 505, caput, do NCPC, o qual dispõe que “[n]enhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:[...]”. Portanto, salvo os casos expressamente previstos em lei, as questões decididas precluem em relação ao juiz que as tenha decidido, mas não em relação ao juiz superior. Em

(29)

tal caso, ocorre a chamada preclusão consumativa, diante da qual não pode o juiz, em regra, a não ser diante de novas alegações ou de fatos novos, decidir novamente a questão já decidida.

Quanto às questões sobre as quais não é possível a impugnação imediata, ante a taxatividade do art. 1.015 do NCPC, aplica-se o art. 1.009, § 1º do mesmo Código, que dispõe que:

As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.

Desse modo, tais questões não se sujeitam a preclusão, sendo reexamináveis na futura apelação, se requerido pela parte.

Importante lembrar ainda que a preclusão não incide sobre matérias de ordem pública, as quais, conforme explica Wambier (apud FERRAZ, 2016, p. 112) “podem ser alegadas, a qualquer tempo e decretadas pelo juiz de ofício inexistindo, pois, preclusão. São vícios insanáveis, pois que maculam irremediavelmente o processo”. Na mesma linha, Assis (2015, p. 1404) refere que “[o]s poderes de direção do órgão judiciário, envolvendo a resolução de questões relativas ao processo, tendo por objeto os pressupostos processuais e as condições da ação, debatidas previamente com as partes, nunca precluem”.

Nesse sentido, ao decidir uma questão, o juiz está vinculado a ela no que se refere a sua redecisão, o que não se confunde, no entanto, com o prazo que possui para alterar a sentença nos casos de erro material e para atender aos embargos de declaração. Aqui, ressalta-se que não ressalta-se cogita a ocorrência da preclusão temporal para o juiz, haja vista que ele não sofre qualquer consequência processual pela inobservância dos prazos que lhe são impostos pelo art. 226 do NCPC. Portanto, usando um exemplo, caso o juiz deixe de proferir sentença no prazo estipulado pela lei, não desaparece sua vinculação ao processo, podendo proferir o ato posteriormente.

Assim, conforme as palavras de Wambier (2016, p. 595), “[p]roibir o juiz que descumpre os prazos de exercer os seus poderes apenas traria mais prejuízos par aqueles fins em função dos quais os prazos judiciais são postos”.

(30)

Em relação à preclusão lógica, em regra, esta também não se aplica em relação aos poderes do juiz, ocorrendo apenas muito excepcionalmente, como no caso em que o juiz, ao invés de exercer juízo de retratação no agravo, dá cumprimento à decisão agravada, ocorrendo a preclusão da possibilidade de se retratar depois.

Desta forma, portanto, possível perceber que a aplicação da preclusão ao juiz é uma necessidade inegável dentro do sistema processual. Por meio desta, impõe-se limites também ao juiz em relação à possibilidade de retificação e alteração de decisões anteriores, impedindo, assim, decisões oscilantes que tumultuem o processo e tragam insegurança.

2.3 Extensão da preclusão

Há uma grande discussão acerca da extensão que se deve dar à eficácia preclusiva da coisa julgada. A coisa julgada é tradicionalmente dividida pela doutrina em material e formal, vinculando-se especificamente às sentenças não mais passíveis de exame. Já a preclusão, se refere não só às decisões finais (sentenças), mas também às decisões proferidas no curso do processo (interlocutórias).

De acordo com a doutrina majoritária, tem-se que a coisa julgada material somente atua sobre as sentenças definitivas, impedindo que a questão meritória venha a ser novamente discutida em outro processo – e pressupõe a existência da coisa julgada formal, que, por sua vez, representa a impossibilidade de a decisão final, seja qual for, ser novamente discutida nos autos em que proferida, ou seja, imutabilidade da sentença pela preclusão dos prazos para recurso. Importante ressaltar que a coisa julgada formal é pressuposto para a coisa julgada material, vez que esta somente poderá existir depois daquela.

Fato é que a preclusão apresenta-se no processo, à medida que, no curso de tal, determinadas questões são decididas e eliminadas, apresentando-se também no momento final, quando é pressuposto necessário da coisa julgada.

Sobre o tema, Didier Jr. (2007, p. 260) disserta:

De um lado, a observância das preclusões simples, que ocorrem ao longo do processo, funciona como uma força motriz deste feito, impulsionando-o obstinadamente rumo ao seu destino final (provimento jurisdicional). Chegado o seu

(31)

fim, tem-se a preclusão máxima – a irrecorribilidade da decisão final, chamada por alguns de coisa julgada formal –, que, recaindo sobre provimento jurisdicional de mérito e fundado em cognição exauriente, projeta efeitos para fora do processo: forma-se a coisa julgada material.

Nessa linha, percebe-se que a impossibilidade de modificação da sentença se dá quando ocorre o chamado trânsito em julgado, o qual torna a decisão judicial imutável e indiscutível. Quando afinal, a decisão deixa de ser instável e passa a ser estável, ocorre o que chamamos de coisa julgada.

Encerrado o processo, com o transito em julgado da sentença de mérito, nada mais há a alegar, sendo tal sentença imutável e indiscutível. É o que determina o art. 508 do NCPC: “[t]ransitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido”. Portanto, com a formação da coisa julgada, haverá também preclusão envolvendo todas as questões suscitadas, discutidas e mesmo suscitáveis no processo.

Desse modo, entende-se que a eficácia preclusiva da coisa julgada abrange todas as possíveis causas de pedir que pudessem ter embasado o pedido formulado. A coisa julgada implica, assim, o julgamento de todas as causas de pedir que pudessem ter sido deduzidas, mas não foram.

Por fim, buscando distinguir coisa julgada e preclusão, Assis (2015, p. 1405) refere:

Em princípio, a preclusão das faculdades das partes e dos poderes do juiz se distingue da coisa julgada, porque repercute unicamente no interior do processo, ou seja, ad intra. Por definição, a utilidade da autoridade de coisa julgada decorre da circunstância de surtir efeitos ad extra, ou seja, em outro processo – por exemplo, idêntico ao primeiro, a teor do art. 337, § 2º.

A coisa julgada formal incide em todos os processos. Se a sentença é terminativa, ou seja, esta extingue o processo sem resolução do mérito, então não produzirá qualquer efeito externo ao processo, haja vista que não haverá a coisa julgada material. No entanto, produz efeitos ad intra, aplicando-se somente ao processo em que se resolveu a questão, haja vista que o juiz não examinou a relação jurídica de direito material. Portanto, se houver nova propositura da demanda, tal só será acolhida caso corrigida a falha que ensejou a extinção do processo sem resolução do mérito.

(32)

Nessa vertente, a coisa julgada vem à baila como a preclusão máxima do processo, buscando trazer segurança jurídica aos casos definitivamente julgados.

(33)

CONCLUSÃO

Como visto no presente trabalho, o instituto da preclusão possui raízes remotas, estando presente nos mais diversos ordenamentos ao longo dos tempos. Tal fenômeno consiste na perda do direito de realizar um determinado ato processual, seja por se haver esgotado ou não ter sido praticado em tempo ou momento oportuno. Gize-se que, todo processo, buscando precisão e rapidez, traça limites ao exercício de faculdades processuais, pelo que não há processo sem preclusão.

Chiovenda foi o responsável por sistematizar o instituto dentro do ordenamento jurídico, sendo o primeiro teórico a conceituar a preclusão diferenciando-a de coisa julgada, e dando a esta contornos próprios de um instituto processual. Como demonstrado, a preclusão atinge todos os integrantes da relação processual, ou seja, além das partes, o fenômeno afeta também o juiz, sendo várias as causas que a determinam. Com base nestas, analisamos cada uma das suas espécies conforme a tripartiçãode Chiovenda, que classifica a preclusão em temporal, lógica e consumativa. Tal classificação é feita com base no fato gerador da

preclusão, ou seja, é efeito jurídico que decorrerá da perda do prazo da prática de ato incompatível ou do exercício do poder, sendo possível perceber que esta divisão foi adotada pela maioria dos doutrinadores.

Como dito, uma vez instaurado, o processo não pode ficar a mercê das partes, em razão do predomínio do interesse público sobre o particular. Portanto, iniciada a relação processual, exige-se que esta se desenvolva, mediante o impulso do juiz ou das partes, e seja concluída de forma mais breve possível.

Para que isso ocorra, a lei traça a sequência dos atos do processo, impondo regras que ordenam a participação e o papel das partes e do juiz, garantindo, com isso, que cada

(34)

procedimento seguirá o caminho preestabelecido. Se o processo não obedecesse a uma ordem determinada, fácil é imaginar o caos e a confusão que se instauraria, resultando em um grave retardamento da marcha processual.

Nesse contexto, verificou-se que tal instituto possibilita que o processo tenha um desenvolvimento adequado, preservando a sequência válida e lógica dos atos processuais, uma vez que impede o retorno a fases processuais já ultrapassadas, permitindo, com isso, um avanço constante em direção à solução da controvérsia.

Conclui-se, portanto, quemais do que apenas assegurar a ordenação do processo, a preclusão possui caráter indispensável para a realização das garantias constitucionais de efetividade da justiça, celeridade, segurança jurídica e razoável duração do processo, sendo, portanto, fundamental para seu bom andamento.

(35)

REFERÊNCIAS

AMORIM, Custódio Feitoza. O fenômeno da preclusão: princípio, instituto e técnica na efetiva prestação da tutela jurisdicional. Recife: UNICAP, 2011. 136 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Mestrado em Ciências Jurídicas, Pró-reitoria Acadêmica, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2011. Disponível em:

<http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/4/TDE-2011-09-09T161806Z-430/Publico/dissertacao_custodio_amorim.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016.

ARRUDA ALVIM, José Manoel de. Manual de direito processual civil. 9. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

ASSIS, Araken de. Processo civil brasileiro: parte geral: institutos fundamentais. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015.

BRASIL. Lei 13.105/2015, Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 10 jun. 2017.

CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 28. ed.São Paulo: Malheiros Editores, 2012.

DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil. 7. ed. Salvador: Edições JusPODIVM, 2007.

FERRAZ, Eric Cesar Marques. Direito processual civil: da preclusão aparente. Revista

Síntese – Direito civil e processual civil. São Paulo, n. 99, p. 97-119, jan./fev. 2016.

LIEBMAN, Enrico Tulio. Manual de direito processual civil. Tradução de Cândido Rangel Dinamarco. Rio de Janeiro: Forense, 1984.

MARQUES, José Frederico. Instituições de direito processual civil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1971, v. 2.

ROCHA, Raquel Heck Mariano da.Preclusão do processo civil. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011.

SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2003, v. 3.

(36)

SICA, Heitor Vitor Mendonça. Preclusão processual civil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. TOSCAN, Anissara. Estática e dinâmica das preclusões processuais civis: revistando o

instituto. Curitiba: UFPR, 2015. 276 p. Disponível em:

<http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/37985/R%20-%20D%20-%20ANISSARA%20TOSCAN.pdf?sequence=3>. Acesso em: 17 out. 2016.

WAMBIER, Luiz Rodrigues; TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil: teoria geral do processo. 16. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.

Referências

Documentos relacionados

Destaque-se, em termos estruturais, a opção pelo seguimento de uma operatória específica da narrativa histórico-biográfica, em boa hora reabilitada pela historiografia mais recente

Sabe-se que o consumo de moda não se dá apenas pelo ambiente físico, mas por outros meios que, para alguns consumidores torna-se fácil e prático, com isso

62.. cujos nomes são Oséias, Joel, Amos, Abdias, Joñas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Estes são chamados 'menores' porque seus discursos

q) - DEMANDA CONTRATADA - demanda relativa a cada segmento Horo-Sazonal a ser disponibilizada, por parte da CEB, obrigatoriamente e a qualquer tempo, colocada no ponto de entrega

Quer quanto à acção declarativa, quer quanto à acção executiva, a regra é a de que o novo Código se aplica às acções que se encontrem pendentes à data da

O presente trabalho foi desenvolvido para estimar a evapotranspiração horária e regional do Perímetro Irrigado Califórnia no município de Canindé do São Francisco-SE através

LISTA DE SIGLAS AE- Atitude ao Endividamento AF- Atitude Financeira BEF- Bem-estar Financeiro CadÚnico- Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal CCSH- Centro de

Entendam bem os filhos de Deus, de uma vez para sempre, que o EVANGELHO DO VERBO não é segundo estes ou aqueles, ou segundo religiões ou bandeirolas quaisquer, porque É PROGRAMA