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Suporte Básico de Vida Pediátrico

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Academic year: 2021

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ÍNDICE

1. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

2. SUPORTE BÁSICO DE VIDA PEDIÁTRICO 3. OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA

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1. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

Procedimentos que se sucedem de forma encadeada e constituem uma

cadeia de atitudes em que os elo se articulam entre si:

1, Reconhecimento precoce da gravidade da situação: prevenir a PCR

2, Suporte Básico de Vida: otimizar a oxigenação

3, Ligar 112: pedir ajuda diferenciada

4, Suporte Avançado de Vida/Desfibrilhação/ Cuidados pós-reanimação:

restaurar a qualidade de vida (estabilizar)

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IMPORTANTE!

 Principal causa de PCR na idade pediátrica: HIPÓXIA

Prioridade é otimizar a

oxigenação

(insuflações iniciais e SBV).

 Arritmia + frequente: BRADICARDIA (evolui para assistolia)

Prioridade é o

SBV

e não o rápido acesso a um desfibrilhador.

 1 reanimador:

SBV de imediato 1min e ativar o INEM

 Mais que 1 reanimador:

1 ligar de imediato 112

ou

procurar ajuda, enquanto

o outro inicia SBV

.

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2. SUPORTE BÁSICO DE VIDA PEDIÁTRICO

2.1 Avaliação das condições de segurança

Avaliar as condições de segurança para o reanimador, para a vítima e para

terceiros, antes de abordar a criança.

Procurar pistas sobre o que possa ter causado a emergência. Estes aspetos

podem modificar a abordagem (ex. situação de trauma) ou ajudar na

definição da etiologia da PCR.

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2.2 AVALIAÇÃO INICIAL /ESTIMULAÇÃO

Avaliar a reatividade da criança:

 Aproxime-se da criança e avalie se responde: “Estás bem, sentes-te bem? “,

enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros.

A

criança pequena não deve ser abanada

, estimule-a mexendo nas mãos e/ou

pés, chamando-a em voz alta.

 Se a criança responder, mexer, falar ou chorar: avaliar a situação e, se

necessário, deixá-la e ligar 112, reavaliando-a frequentemente.

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2.3 Pedido de ajuda

Sozinho: pedir ajuda gritando “Preciso de ajuda! Está aqui uma criança

desmaiada!”

Não abandone a criança para ir pedir ajuda, nem atrase o início do SBV.

Duas pessoas: 1 ativa o INEM (112), enquanto outra prossegue com o

algoritmo.

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2.4. SEQUÊNCIA ABC

A : Via Aérea (Airway) – Permeabilizar

O relaxamento do palato mole, da epiglote e própria língua, podem causar obstrução da VA. Permeabilização:

 Extensão da cabeça – elevação do queixo

Colocar-se ao lado da criança em decúbito dorsal.;

Coloque a palma da mão na testa da criança e incline a cabeça para trás;

Com a outra mão eleve o queixo, com os dedos indicador e médio no bordo do mento. Não pressione os tecidos moles abaixo do queixo, pois pode causar obstrução da VA.

(9)

 Subluxação da mandíbula

Manobra mais eficaz para abertura da VA e é a indicada nas situações de suspeita de trauma (imobilização da coluna cervical), ou se a técnica anterior não for eficaz.

Colocar-se atrás da cabeça da criança;

Colocar 2 ou 3 dedos debaixo dos ângulos da mandibula, elevando-a (empurrando para a frente), com os polegares apoiados nos malares.

Para maior estabilidade, os cotovelos do reanimador devem estar apoiados na superfície em que a criança está deitada.

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B : Ventilação (Breathing)

Após permeabilização da VA:

Avaliar, no máximo durante 10 seg, se respira normalmente: “ver, ouvir e sentir” (VOS); O reanimador deve aproximar a sua face da criança olhando para o tórax e:

VER - se existem movimentos torácicos;

OUVIR - se existem ruídos de saída de ar pela boca ou nariz; SENTIR - na sua face se há saída de ar pela boca ou nariz.

Se a criança respira normalmente e não há evidência de trauma: posição de recuperação, ligar 112 e reavaliar se mantém ventilação adequada.

Se a criança não respira normalmente : manter a permeabilidade da VA, remover qualquer obstrução óbvia e efetuar 5 insuflações.

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INSUFLAÇÕES

Duração de 1 seg, com volume suficiente para causar expansão torácica visível. Não é a idade que determina o tipo de ventilação, mas sim o tamanho da vítima.

 Técnica de ventilação boca a boca-nariz (lactentes)

Encher o “peito de ar”, adaptar a boca à volta da boca e do nariz do lactente e insuflar. Quando não consegue boa adaptação da boca à volta da boca e nariz deve ventilar boca-a-boca, ocluindo as narinas para evitar a fuga de ar.

 Técnica de ventilação boca-a -boca (criança)

Adaptar a boca sobre a boca da criança. Pinçar as narinas com os dedos da mão que faz a extensão da cabeça.

Se insuflações ineficazes: rever a VA, reposicionar a cabeça e garantir a selagem.

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C: CIRCULAÇÃO (CIRCULATION)

Após as 5 insuflações iniciais:

Determinar se a criança tem circulação espontânea, através da pesquisa de sinais de vida (máx. 10seg) - movimento, tosse, respiração normal não agónica.

Profissional de saúde: palpar pulso central enquanto pesquisa outros sinais de vida. Lactente: pulso braquial Criança: pulso carotídeo

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 Se apresenta alguns sinais de vida, mas não respira/respiração inadequada: insuflações numa frequência de 12 a 20 c/m;

Sozinho: 112, levando a criança, de forma a manter as insuflações.

Reavaliar e manter as insuflações até respirar normalmente ou chegada da ajuda.

 Criança recupera a respiração normal (sem trauma): posição de recuperação.

Sem sinais de vida: iniciar de imediato compressões torácicas, mantendo uma alternância de 15 compressões com 2 insuflações.

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COMPRESSÕES TORÁCICAS

Objetivo: conseguir um fluxo sanguíneo capaz de manter viáveis os órgãos vitais, até ao retorno da circulação espontânea.

•1cm acima do apêndice xifóide, deprimir o esterno a 1/3 da altura do tórax (+-4 cm no lactente e 5 cm na criança), a uma frequência de pelo menos 100 a 120/m.

•Entre as compressões é fundamental a completa rexpansão torácica, sem retirar as mãos/dedos.

•A qualidade das compressões é essencial no prognóstico da situação, pelo que devem ser rápidas, com força suficiente e minimizando as interrupções.

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COMPRESSÕES TORÁCICAS NO LACTENTE

 Técnica dos dois dedos

(1 reanimador)

Mantendo a permeabilidade da VA (extensão da cabeça com uma mão), colocar a ponta de dois dedos da outra mão sobre a metade inferior do esterno e comprimir o tórax na vertical.

Após cada série de 15 compressões, retirar os dedos para fazer a elevação do queixo e efetuar 2 insuflações, continuando sucessivamente 15:2.

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 Técnica do Abraço

(2 reanimadores: um efetua compressões e o outro insuflações) •Compressões: colocar-se aos pés do lactente ou lado. Colocar

os dois polegares (apontados para a cabeça), lado a lado sobre a metade inferior do esterno;

Se lactente muito pequeno sobrepor os dois polegares. As mãos devem envolver o tórax do lactente e apoiar o dorso;

•Insuflações: posicionar-se à cabeça do lactente e efetuar 2 insuflações após cada série de 15 compressões.

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COMPRESSÕES TORÁCICAS NAS CRIANÇAS

Posicionar-se ao lado da criança, e, colocar a base de uma mão na metade inferior do esterno, levantar os dedos de forma a que só a base da mão faça pressão.

Com o braço esticado, sem fletir o cotovelo, e de forma que o ombro fique perpendicular ao ponto de apoio da mão, pressiona o tórax, usando o peso do seu corpo.

Após cada 15 compressões, permeabilizar a VA e efetuar 2 insuflações – 15:2. Em crianças maiores ou quando o reanimador é

pequeno, poder-se-á utilizar o método do adulto: 2 mãos entrelaçadas.

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2.5 Ligar 112

1 reanimador (opção alta voz): manter manobras de SBV durante 1m (5 ciclos de 15 compressões:2 insuflações) e só depois ligar 112.

Responder às questões: ONDE, O QUÊ, QUEM, COMO.

2 reanimadores: confirmar que o 112 foi ativado e manter SBV na sequência 15:2.

Só não se realiza 1m de SBV antes de pedir ajuda, quando a criança colapsa subitamente e o reanimador está sozinho. Pois a causa provável da PCR é uma arritmia e a criança pode necessitar de desfibrilhação.

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3. OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA

A obstrução da VA por corpo estranho (OVACE) é uma situação frequente: alimentação e objetos (brinquedos).

O socorro pode ser iniciado de imediato, ainda com a vítima consciente.

Na OVACE a criança começa imediatamente a tossir, na tentativa de o expelir. A tosse espontânea é mais eficaz e segura do que qualquer manobra.

OVACE : dificuldade respiratória de início súbito, tosse e estridor.

OVA por infeção ou inflamação: os mesmos sinais mas início menos abrupto e com febre. Não estão indicadas manobras de desobstrução da VA.

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3.1 Abordagem

LACTENTE -

pancadas interescapulares e compressões torácicas

Decúbito ventral com a cabeça mais baixa que o tronco (gravidade ajuda na remoção do CE), suportando a cabeça com uma mão e apoiando o tórax no antebraço e/ou na coxa:

Colocar o polegar num dos ângulos da mandibula, e 1 ou 2 dedos no mesmo ponto no outro lado.

 Aplique até 5 pancadas, secas, nas costas, entre as 2 omoplatas, com a base da mão, usando uma força adequada ao tamanho da criança.

Após as pancadas, se não conseguiu deslocar e remover o CE, e o lactente continua consciente, passe à aplicação de compressões torácicas.

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Compressões torácicas

Segure a cabeça do lactente na região occipital e rode-o em bloco (decúbito dorsal) sobre o antebraço. Mantenha a cabeça inferior ao do resto do corpo.

Faça compressões torácicas, mas mais secas e a um ritmo mais lento com o objetivo de deslocar o CE. Faça até 5 compressões, se necessário, para tentar desobstruir a VA.

O objetivo não é realizar as 5 compressões, mas que alguma consiga desobstruir a VA.

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CRIANÇA -

pancadas interescapulares e compressões abdominais

As pancadas são mais eficazes se estiver com a cabeça para baixo.

Se criança pequena: colocada ao colo do reanimador, como no lactente.

Se não for possível, apoiar a criança numa posição inclinada para a frente, e aplicar até 5 pancadas interescapulares.

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Compressões abdominais

Colocar-se de pé ou ajoelhado atrás da criança e passa os seus braços por baixo dos braços da criança: Fecha um punho e coloca-o entre o umbigo e o apêndice xifóide;

Apertando esse punho com a outra mão, puxa de forma seca para trás e para cima, aplicando até 5 compressões abdominais.

Cuidado para não aplicar pressão sobre o esterno e a grelha costal para evitar trauma torácico.

O objetivo não é fazer as 5 compressões, mas que alguma consiga remover o CE.

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Reavaliação

Após as 5 compressões torácicas ou abdominais verifique se houve saída do CE ou remova apenas se for visível. Repita sequências de 5 pancadas / 5 compressões até a obstrução ser resolvida.

Se resolvida: avaliar o estado da vítima. É possível que parte do CE ainda permaneça no trato respiratório. Se existir qualquer dúvida procurar ajuda médica.

As compressões abdominais poderão causar lesões internas, pelo que se foram realizadas, a criança deve ser vista por um médico.

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4. POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO

•Prevenir a obstrução da VA pela queda da língua e reduzir o risco de aspiração de vómito ou secreções.

•Se suspeita de trauma: só mobilizar a vítima se for impossível manter a permeabilidade da VA de outro modo, e respeitar simultaneamente o alinhamento da coluna cervical.

A posição de recuperação nas crianças é igual à do adulto – PLS.

• Lactentes: decúbito lateral, usando uma almofada ou um lençol dobrado, colocado por trás, a nível das costas, para manter a posição estável.

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Segundo Manual de Suporte Básico de Vida Pediátrico – INEM; Versão 3.0 - 1ª Edição 2017

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