RELATÓRIO DE VIVÊNCIA
1º dia:
Iniciamos o primeiro dia de nossa vivência com o acolhimento na Universidade Ceuma, onde os Facilitadores e Comissão Organizadora se apresentaram e depois cada vivente fez uma breve apresentação, falando seu nome e curso, assim já foi possível ter uma visão de como seria a composição da nossa equipe no projeto VERSUS.
Após esse momento, todos nós participamos de uma dinâmica em que formamos uma roda e depois foi passado um barbante e este teria que passa pela mão de todos os participantes no intuito de formar uma grande teia. E o propósito disto seria introduzir para nós o conceito de Rede.Para a formação de uma rede é necessário a integração de vários membros e é essa integração bem feita que faz com que a rede seja bem articulada e eficaz.
Terminando a linda manhã, houve a criação dos Núcleos de Base em que a sua finalidade seria a discussão da vivência permitindo a maior integração e contato entre os participantes, evitando que os contatos ficassem restritos aos Grupos de Vivência e também permitindo o compartilhamento de experiências distintas.
No turno da tarde, fizemos a vivência na Atenção Primária, visitando a UBS, chamada de Centro de Saúde Djalma Marques localizada no bairro Matões-Turu no município de São Luís. Esta unidade de saúde possui uma estrutura relativamente boa, tivemos a oportunidade de conversar com a Diretora que esclareceu algumas dúvidas a respeito do funcionamento daquela UBS. Na fala da diretora, ela concentra boa parte dos problemas daquela unidade a função dos ACS, ela refere a falta de compromisso com o horário de serviço desta classe. Não foi possível tirarmos a prova deste relato pois não conversamos com nenhum ACS para saber sua posição a respeito das “acusações”.
No período Noturno,tivemos uma maravilhosa aula com o Drº Marcos Pacheco sobre SUS em que foi enfatizado o histórico do SUS e o seu funcionamento atualmente. E assim finalizamos o nosso primeiro dia.
2º dia:
Abrimos o dia com a aula ministrada pela enfermeira Iolanda sobre vários temas a respeito da Atenção Primária, como Estratégia de Saúde da Família e vários programas de saúde, a
exemplo do programa Mais Médicos.Além da aula,houve um espaço para discussão com todos e um dos temas mais discutidos foi o Programa Mais Médicos que gerou bastante polêmica no grupo. Ainda foi falado sobre o que poderia melhorar nas Universidades para que pudesse haver uma maior integração dos estudantes de graduação com atenção primária e aumentar o interesse destes por esse ramo da atenção em saúde.
Fechando a manhã, foi discutido nos Núcleos de Base (NB) as visitas as UBS do dia anterior sendo feito um intenso compartilhamento de vivências entre os vários componentes. Retornando as atividades após o horário de almoço tivemos uma dinâmica com a adorável facilitadora Lidiane, logo após fizemos a confecção de uma enorme bandeira VERSUS
marcantes da história de construção do SUS.
Durante a noite, foi feito atividade a respeito de como as opressões fazem mal a saúde, foram colocadas várias imagens sobre vários temas como agressão a mulher, aos negros, aos
homossexuais que foram discutidas em NB. Logo depois, finalizando a noite houve o teatro do oprimido que fez refletirmos a respeito do que podemos fazer pelas pessoas que estão sofrendo alguma opressão.
3º dia:
Iniciamos as atividades com a visita à APAE, onde tivemos a oportunidade de conhecer a complexa estrutura que é abrigada naquela instituição. Pode-se perceber que há uma gestão bastante comprometida com o funcionamento adequado dos serviços ali prestados.
É o único local que faz o teste do pezinho em todo o Maranhão, com um prédio próprio para executar esta função, sendo composto por uma equipe multiprofissional. Tivemos a
oportunidade de ver de perto tudo que está por trás da Triagem Neonatal e como esse simples exame faz diferença na vida das famílias.
A APAE possui ainda serviço ambulatorial aberto a toda população que contempla mais de 30 especialidades médicas, possuindo estrutura para realização de exames como tomografia computadorizada, raio X, mamografia e ainda exames laboratoriais.
Há também a existência de uma Clínica-escola da Faculdade CEST, que dá assistência a população com os serviços de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entres outros serviços.
Um ponto que chama atenção é a Educação de crianças excepcionais, e foi por meio desse eixo que toda a estrutura anteriormente citada floresceu. Observamos como se inicia o processo de desenvolvimento dessas crianças (aos sete anos de idade) até a finalização de suas atividades de aprendizagem aos 17 anos. Essas crianças possuem acompanhamento integral sendo assistidos por médicos, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogo e assistente social.Foi observado uma satisfação dos usuários pelos serviços prestados, quanto aos profissionais percebemos também satisfação com seu ambiente de trabalho e também autonomia para propor projetos que visam a melhoria do atendimento naquela instituição.
No turno Vespertino, tivemos uma atividade que propôs a construção de uma disciplina que pudesse ajudar os acadêmicos a conhecer melhor o SUS,meu grupo fez a proposta de montarmos uma disciplina de féria que consistia no acompanhamento de pacientes de maneira integral,podendo assim vivenciartodas as etapas da atenção à Saúde.
4º dia:
Começamos a reunião fazendo a discussão com o grupão sobre a vivência do dia anterior, foi mais uma oportunidade de reforçar os pontos apresentados nos NB.
No turno vespertino, fomos visitar o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) onde tivemos uma ótima recepção pela psicóloga e assistente social que explicaram todo o funcionamento daquela instituição. Podemos perceber que o CRAS possui muitas limitações para o seu adequado funcionamento como a falta de Educadores Sociais, para fazer a busca ativa das pessoas que estão em situação de risco, e a imensa área de cobertura do mesmo, no entanto, isto não se tornar decisivo para a qualidade do atendimento ali prestado devido o compromisso daqueles profissionais, e isso reforça que, para que as coisas” andem “de uma forma adequada no SUS um grande passo é a vontade de cada profissional de querer fazer sua função bem feita.
O CRASé um órgão sócio-existencial, descentralizado e tem como objetivo a prevenção da violação dos direitos de qualquer pessoa. Ele possui dois eixos principais: o Bolsa Família (programa de geração de renda) e o PRONATEC (qualificação social). No entanto, o Bolsa Família é o serviço mais procurado nesta instituição sendo responsável por ajudar várias pessoas que não possuem um valor mínimo em reais para sobreviver.
Neste local, há também o Serviço de Fortalecimento de Vínculo dirigido aos vários grupos específicos como grupo de mulheres, usuários do Bolsa Família, de gestante e de famílias. Ele visa a melhor assistencial social e psicológica a esses usuários.
No turno Noturno fomos contemplados com uma palestra sobre Atenção Psicossocial. 5º dia:
Iniciamos nossas atividades com discussão nos NB sobre as vivências do dia anterior e ainda os vários aspectos da atenção psicossocial na rede SUS.
Pela tarde,houve a leitura de um texto também sobre assistência psicossocial e a discussão deste.
Finalizando as atividades do dia foi cedido um tempo para confecção de relatórios de vivência.
6ºdia:
Pela manhã nos deslocamos até a UPA do Parque Vitória no entanto não foi possível nossa entrada neste local pois a gestora alegou que a equipe não estava completa e que era melhor irmos outro dia, sem dúvida foi bastante frustrante para todos nós, esse comportamento não foi nada profissional e deixou a impressão de despreparo desta profissional,não só com nós, mas também com sua função diária.
completa de todas as UPAs do maranhão, e realmente sua estrutura é muito ampla,bem organizada, os profissionais que estavam no plantão nos receberam muito bem e foi muito gratificante esta visita.
Conhecemos toda a estrutura física do local, fomos acolhidos por um enfermeiro que se encarregou de nos explicar toda a dinâmica de atendimento daquela unidade de
urgência/emergência, conversamos um bom tempo com a assistente social que estava de plantão e a mesma não mediu palavras em nos informar como é o seu trabalho naquele nível de assistência e deu para perceber que se lá funciona muito bem é mérito de uma equipe competente e compromissada com a função que exerce.
7º dia:
Pela manhã discutimos sobre a Rede Cegonha com a leitura do texto e discussão no NB,ao final teríamos que expressar o que foi entendido desta rede e em meu grupo foi feito uma paródia com a música Ana Júlia.
Quem vê hoje em dia o SUS assim Não sabe o que é sofrer
Ter que ver alguém parir, sem assistência
Contemplar a vida com um olhar, querendo prosperar Na certeza de um amor
Sem se achar um nada Pois tem que ter carinho Produzir o cuidado É preciso humanizar...
Humanizaaarrrr, Humanizaaaarrrr
Com essa discussão foi possível perceber a importância da rede cegonha para a promoção do parto humanizado,acompanhando a mulher desde o pré-natal até o final do puerpério e dando também assistência integral ao seu filho.
8º dia:
Pela manhã, iniciamos com uma dinâmica onde foi abordada a importância de ouvir o paciente prestando atenção na sua fala e expressão. Sabemos que uma boa relação
profissional-paciente se faz quando ambos se respeitam, quando há uma boa interação entre eles. Logo após, estudamos e debatemos sobre a portaria nº1459, de 24 de junho de 2011, que institui a Rede Cegonha, que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério bem como a criança o direito de nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudável.
Ao final fizemos um organograma exposto no quatro da sala de aula, listando os componentes da rede cegonha que eram vistos na Maternidade Marly Sarney visitada por nós.
À tarde, fizemos uma prática de humanização visitando o Asilo de Mendicidade localizado no bairro do São Francisco, lá foi possível conhecer as pessoas sem o foco na doença, ou o ser que está precisando de tratamento ou de uma consulta, lidávamos com eles como amigos e que estávamos ali para trazer alegria e descontração a todos eles. Foi maravilhoso.
No turno noturno, tivemos uma aula sobre Vigilância Sanitária em que foi abordado o contexto histórico de sua construção, suas principais atribuições e seu funcionamento. A aula foi
bastante enriquecedora; 9º dia:
No turno matutino, nos deslocamos até a HEMOMAR onde estava previsto uma visita por toda a instituição e conversa com os profissionais a respeito de suas funções e o funcionamento da instituição.Infelizmente,não foi possível realizar esta programação pois a pessoa responsável por fazer o HEMOTUR conosco não iria de manhã para o local.
Pela tarde, visitamos o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) onde fomos recepcionados por duas profissionais de enfermagem que nos explicaram a dinâmica daquela instituição e técnicas de armazenamento de imunobiológicos.;além do armazenamento esse Centro também é responsável pelo transporte e distribuição para todo o estado do Maranhão. Os imunobiológicos saem do CRIE, sendo distribuídos para 19 CRIE regionais, para secretaria municipal e de lá para as UBS.
Quanto a estrutura do local não é satisfatória, o local parece mais um grande galpão do que uma instituição da área da saúde.O departamento administrativo fica junto com algumas geladeiras que fazem o armazenamento de imunobiológico,todos em uma grande sala;a higiene do local não é também satisfatória, possui materiais que não são mais utilizados na entrada do Centro,como cadeiras,mesas,etc.; a temperatura é elevada dentro do "galpão" e não há uma sala de espera.
A coordenadora do local relatou que já foi mandado um ofício para o órgão competente pedindo a retirada dos materiais que geram entulho na entrada do CRIE.Ela também se mostrou bem esclarecida a respeito de sua função e de outros aspectos relacionada a mesma,se mostrando uma boa profissional.
Em outro compartimento do local tem uma enorme sala,onde se localizam as
informação de insumo e estratégia, em que pode se fazer um controle de todos os insumos, e pode ser também visualizados dos os pedidos que são feito para o CRIE.
10º dia:
Iniciamos nossas atividades reunidos em NB em que foi proposto a leitura da Política Nacional de Humanização, também foi feita uma discussão a respeito da seguinte preposição: Não se trata de humanizar o humano, mas de enfrentar e lhe dar com relação de poder, trabalho e afeto. Logo após, o grupão se reunião para discutir em conjunto o que foi discutido em cada NB.
Pela tarde, fomos visitar o Hospital Geral, no entanto quando chegamos lá “não existia” mais hospital Geral e sim o Hospital de Câncer do Maranhão. Quando iniciamos o tur pelo hospital tudo estava sendo modificado e os pacientes que eram deste hospital foram transferidos para outro centro de alta complexidade, o Hospital Carlos Macieira, que deu para entender com toda aquela situação era que aquilo tudo não se passava de uma modificação para fins eleitorais, as famosas obras eleitoreiras, pois os profissionais daquela instituição ficaram sabendo de toda aquela mudança à menos de um mês, o que dá a entender que não foi “nada planejado”, como seria o correto para um Hospital Oncológico.
11º dia:
Último dia de vivência, o sentimento de satisfação e sensação de dever cumprido se manifestava em nossos corações.
Fizemos uma visita pela manhã no Parque Botânico da Vale.
