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Uma análise da condicionalidade educacional do Programa Bolsa Família em Tacima-Pb

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DULCILENE DE ARAÚJO

“TRANSPONDO A LINHA DA POBREZA?”:

Uma análise da condicionalidade educacional do Programa Bolsa Família em Tacima-Pb

GUARABIRA – PB

2014

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DULCILENE DE ARAÚJO

“TRANSPONDO A LINHA DA POBREZA?”:

Uma análise da condicionalidade educacional do Programa Bolsa Família em Tacima-Pb

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em História da Universidade Estadual da Paraíba, em cumprimento à exigência para obtenção do grau de Licenciada em História.

Orientador: Prof. Ms. Azemar dos Santos Soares Júnior

GUARABIRA – PB

2014

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Agradecimentos

____________________________________________________________

Agradeço primeiramente a Deus por me amar tão plenamente, me dar forças diariamente e ter planos tão maravilhosos para a minha vida. Por me permitir trilhar o caminho do bem.

Aos meus familiares: minha querida mãe Josefa Maria da Conceição que sempre deu o seu melhor para educar a mim e a meus irmãos. És eternamente minha melhor amiga; meus irmãos, em especial aqueles que, mas me ajudaram quando precisei, são os melhores irmãos do mundo, em especial ao meu querido e amado irmão Leandro de Araújo que sempre esteve ao meu lado; meu avô José Francisco Gonçavel (In memoriam) que nos criou e ensinou o que é o amor.

À minha querida amiga/irmã Katiúscia Chistinne por toda trajetória seguida ao longo do curso, bem como, minha amiga e companheira de todos os momentos Edvirgens Bezerra sempre incentivando a ser uma pessoa melhor; obrigado por nunca desistir de mim. Agradeço ainda aos meus colegas de classe que sempre me apoiaram: Damião e Fernando Oliveira.

A todos os professores do curso de História da Universidade Estadual da Paraíba, que ao longo desses anos, pacientemente nos permitiram aprender a aprender, nos ensinaram o ofício de ser historiador, nos encantaram com as delícias da sala de aula, da arte de educar, de fazer poesia com o estilete de Clio. Agradeço especialmente aos professores leitores desse trabalho: Susel Rosas uma pessoa maravilhosa que tive a graça de encontra-la durante minha trajetória acadêmica, a você vai todo meu carinho, respeito e admiração, e Rosilene Agapito

; e a meu orientador Azemar dos Santos Soares Júnior por me permitir seguir caminhos certeiros. A vocês todo meu carinho, admiração e respeito.

A todas as pessoas e amigos que participaram direta e indiretamente desse momento

ímpar da minha vida.

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“de certa forma melhorou muito, mas não acabou com a pobreza e está muito longe disso acontecer, e por isso todo ano tem aumento, mas em compensação estão gastando muito com a copa, com o custo do alimento ai muita coisa esta sendo esquecida, tem muita gente sem moradia, tem muita gente ainda passando fome, e assim os hospitais estão uma calamidade em todo lugar, e aqui mesmo onde agente morra estar sem médico há muito tempo, então é tudo muito difícil. ...é algo muito pouco e que realmente e não da pra supri todas as despesas, então se fosse uma coisa é, assim até mas um valor um pouco maior talvez desse até uma melhorada boa”.

Beneficiaria do PBF do Município De Tacima – Pb. (Ana Lúcia;

Sitio Abreu).

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“TRANSPONDO A LINHA DA POBREZA?”:

Uma análise da condicionalidade educacional do Programa Bolsa Família em Tacima-Pb

ARAÚJO, Dulcilene de.

Resumo: Esse artigo tem por objetivo analisar o Programa Bolsa Família a partir das vivências das famílias beneficiadas na cidade de Tacima- Pb. O Governo Federal há alguns anos vem trabalhando em busca do desenvolvimento de políticas públicas que alcancem os brasileiros mais vulneráveis a pobreza. O Programa busca a diminuição do nível de pobres no país, complementando a renda familiar, com o objetivo de melhorar o acesso à saúde e garantir à educação por parte dessa parcela mais carente. Assim, apresenta em seu regulamento condicionalidades no campo da saúde e da educação e o cumprimento dessas é de extrema importância para manter o recebimento desse benefício. Portanto, a partir dos critérios estabelecidos enquanto “condicionalidade” buscamos entender o que mudou na vida das famílias contempladas. Para isso, utilizamos a metodologia da História Oral na intenção de coletar as informações dos pais de alunos e professores da turma do quarto ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Emídio dos Santos.

Palavras-chave: Programa Bolsa Família, condicionalidade e educação.

INTRODUÇÃO

Agitação, tumulto e desespero. Assim fora definido as ações vivenciadas nas agências da Caixa Econômica Federal nos estados do Nordeste do Brasil no dia 19 de maio de 2013. A notícia de que o programa do governo federal Bolsa Família seria extinto espalhou-se como rastilho de pólvora. O Jornal da Paraíba publicou na edição que circulou dois dias após a movimentação, que “o boato levou beneficiários a tentar sacar o dinheiro em casas lotéricas e terminais de autoatendimento da Caixa Econômica”. Apesar dos esforços por parte do governo em desmentir a notícia por meio de notas e a reafirmar a validade do calendário de pagamento, os terminais de autoatendimento foram depredados. O caos havia se instalado.

O periódico paraibano fez questão de divulgar a opinião das pessoas assustados com a notícia de um possível fim do programa:

Larguei o que estava fazendo e sai correndo para uma lotérica no supermercado aqui

perto de casa, mas não consegui tirar o dinheiro. Tinha muita gente e o pessoal da

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lotérica avisou que tinha acabado o dinheiro em caixa. A confusão piorou porque ninguém acreditou e chamaram os seguranças do supermercado (JORNAL DA PARAÍBA, 21 mai. 2013).

A generalização do tumulto fez bradar declarações como: “estou sem acreditar que isso é boato porque todo mundo veio”. Ora, tratava-se dos valores pagos pelo Programa Bolsa Família a milhares de brasileiro, que, em elevado número, sobrevivem quase que exclusivamente dessa fonte de renda. A inquietação e revolta não era apenas pela possibilidade de não conseguir sacar o dinheiro daquele mês, mas também perder o auxílio, que por sua vez, significaria o retorno a um estado de miséria. A notícia fez homens e mulheres perderem o sono e a compostura.

Estudar o Programa Bolsa Família é buscar entender os critérios estabelecidos para ser inserido, bem como, o que é feito com esse auxílio no cotidiano das famílias. Foi com esse objetivo que demos início a essa pesquisa. Nesse sentido, afirmamos que o principal motivo de interesse despertado para a escolha da temática foi acompanhar na cidade de Tacima

1

- Pb o alto número de famílias beneficiadas pelo programa e quase nenhuma mudança na sua estrutura de vida, muito menos em incentivos para uma boa educação dos filhos nas escolas.

Entender esse processo era desafiador, mas, totalmente possível.

Utilizaremos em nossa pesquisa a principal exigência do Programa Bolsa Família - a condicionalidade escolar – para escolher os nossos interlocutores. Aplicamos a metodologia da História Oral “que consiste na realização de entrevistas gravadas com indivíduos que participaram de, ou testemunharam acontecimentos e conjunturas do passado e do presente”

(ALBERTI, 2005, p. 156) para a confecção desse trabalho. Para isso, selecionamos a memória de três beneficiados pelo programa. Todos os entrevistados são pais de alunos do 4ª ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Emílio dos Santos.

Tentamos entender por meio de suas confidências cotidianas como as famílias se apropriam desse dinheiro, e, como os pais lidam com a condicionalidade escolar do Programa Bolsa Família.

1

O povoamento da região que hoje corresponde à cidade de Tacima teve início ainda no século XVII. No

entanto, historiadores fazem referência à presença de expedições portuguesa e holandesa no período de 1643 a

1645, pois existem registros de que eles foram até o Rio Grande do Norte a procura da célebre “Mina de

Cunhaú”. Atualmente, Tacima conta com uma extensão territorial de 246,659 Km, sendo em sua maior parte

composta pela zona rural, assim como sua população que conta com 10.262 habitantes. Assim sendo, o seu

IDHM é inferior a demanda nacional com apenas 0.551. Desenvolveu-se pelo comércio, atividade essa

beneficiada pela localização geográfica, pela imensa cultura de algodão e pela atividade criatória, trazida pelos

primeiros moradores do local. Por volta de 1870foi elevada à vila pelo Decreto Lei Estadual 1.164, de 15 de

novembro de 1938 e finalmente a criação do município aconteceu em 30 de abril de 1959, por força de Lei

2.046.

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Sabemos que o Brasil possui uma enorme desigualdade de distribuição de renda no país, causada por toda uma trajetória histórica e um sistema econômico capitalista massacrante. Portando, estudar a atuação do Programa Bolsa Família é entender como ao longo da recente história desse país o governo federal inventou vários programas sociais visando à melhoria dessa situação. Vale lembrar que todos os programas – Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Vale Gás - foram incorporados ao Programa Bolsa Família, que é um audacioso programa de transferência de renda, atualmente o maior do mundo.

O Programa Bolsa Família foi criado em 20 de outubro de 2003 pela Medida Provisória Nº 132, convertida na Lei nº 10.836 de 09 de janeiro de 2004 e implantado pelo Governo Federal Brasileiro com a perspectiva de combater a pobreza e a fome no país, exige das famílias beneficiadas o cumprimento de condicionalidades, entre elas a frequência escolar das crianças.

Reafirmamos que estudar o Programa Bolsa Família é tentar solucionar inquietações gestadas a partir de minha experiência pessoal no exercício do cadastramento do Cad Único na cidade de Tacima – Pb. Recebíamos diariamente aquela multidão faminta pela melhoria de vida. Porém, percebíamos diversos entraves na escolha das famílias contempladas que iam desde possuir os documentos exigidos e cumprimento das regras estabelecidas até ao fato de fazer parte da politicagem local e ser selecionado por essa via.

Portanto, após realizar o levantamento bibliográfico e coletar a memória dos interlocutores, ficou assim organizado o texto: na primeira parte traçamos o percurso histórico do Programa Bolsa Família, a análise dos critérios estabelecidos para ser merecedor do auxílio, bem como, a sua condicionalidade; a segunda parte foi reservado para a análise dos questionários dos pais dos alunos do 4º ano do ensino fundamental, ganhadores do benefício e moradores da cidade de Tacima no interior da Paraíba. Trata-se de mostrar as rupturas e permanências após a participação do Programa: O que mudou? Eis a grande pergunta. Para conhecer a resposta, convido o leitor ao texto.

Um programa para a família

O Programa Bolsa Família, que tem contribuído para a redução da pobreza no país,

foi criado no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme medida

provisória nº 132 em 20 de outubro de 2003. O programa tem por objetivo a redução imediata

da pobreza e, por consequência, a desigualdade de rendimento na medida em que transfere

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renda para um grupo de famílias elegíveis, impondo-as algumas condicionalidades que abrange os direitos básicos, como a educação e a saúde.

Trata-se da fusão de três benefícios em um: ainda no governo Fernando Henrique Cardoso foi implementado benefícios de auxílio à população carente, na época o Bolsa Escola, Auxilio Gás e Bolsa Alimentação. Dessa forma, o governo seguinte tratou de unificar os três benefícios em um só, o Bolsa Família. Para tanto, viabilizou o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal

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(Cadastro Único ou CadÚnico), responsável por permitir conhecer a realidade socioeconômica das famílias cadastradas. Com a unificação foi possível identificar famílias de baixa renda e caracteriza-las em dois seguimentos: renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou renda mensal familiar total de até três salários mínimos.

Portanto, o Programa Bolsa Família visou ao longo de sua trajetória se constituir em um programa de transferência de renda com condicionalidades, tendo como objetivo principal combater a pobreza no Brasil e para isso atua em duas frentes: interpretando a pobreza como insuficiência monetária, almejando seu alívio em curto prazo via transferência direta de renda;

e admitindo o caráter multidimensional da pobreza. Dessa forma, o governo impõe algumas condicionalidades às famílias beneficiadas, ligadas tanto a saúde, quanto a educação, no qual esta última visa desfazer o ciclo Inter-geracional da pobreza por meio de estímulos ao aumento do capital humano.

“Para Silva (2007, p. 142) a transferência de renda é entendida enquanto uma transferência monetária direta efetuada a indivíduos ou a famílias. O pressuposto central é de que articular uma transferência de renda com políticas e programas estruturantes, principalmente no campo da educação, saúde e trabalho, direcionadas as famílias pobres, pode interromper o ciclo vicioso da pobreza do presente e a sua reprodução no futuro”.

Portanto, uma articulação entre uma transferência monetária com políticas e programas estruturantes, direcionados as famílias pobres, pode possibilitar a construção de

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O CadÚnico é coordenado pelo MDS, e deve ser obrigatoriamente utilizado para a seleção de beneficiários de

programas sociais do Governo Federal, como o PBF. Sendo a seleção do PBF feita com base nas informações

registradas pelo município ou Distrito Federal no CadÚnico, com base nesses dados que o MDS seleciona as

famílias que serão beneficiadas pelo programa. O PBF é um programa de transferência direta de renda, que

beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza

(com renda mensal por pessoa de até R$ 70). Tem como foco principal os brasileiros em situação de extrema

pobreza, contabilizados em 16 milhões. Embora também tenha como campo de atuação os brasileiros em

situação de pobreza. O programa tem como base a garantia de renda, inclusão produtiva e o acesso aos serviços

públicos. Integrando assim a estratégia Fome Zero lançada também pelo governo Lula, que tem como objetivo

assegurar o direito humano à alimentação adequada, promover a segurança alimentar e nutricional, contribuir

para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável

à fome.

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uma política de enfrentamento à pobreza e à desigualdade social. Esse conceito nos parece ser o mais adequado para os programas de transferência condicionada de renda, como o Bolsa Família. Que não tem apenas como objetivo aliviar a pobreza imediata e sim quebrar o ciclo de pobreza.

Muitas famílias brasileiras carentes e extremamente pobres não enviavam seus filhos para a escola, por falta de condições financeiras. Então, essas crianças e adolescentes interrompem seus estudos e entram no mercado de trabalho precocemente para ajudar no sustento da família. Tornando-se trabalhadores com pouca formação educacional - pouco qualificados –, e, por isso recebendo baixos salários, repetindo o ciclo de reprodução de pobreza. Assim, o governo federal visou reduzir dois problemas relevantes à sociedade brasileira: o analfabetismo e a dificuldade ao trabalho por falta de qualificação profissional.

No mesmo sentido, buscou retirar milhares de famílias da linha de miséria. Com o Programa as famílias alcançam a renda mínima, criando condições de manter suas crianças e adolescentes na escola. Essas futuras gerações com uma maior formação educacional criam possibilidades de elevação de renda, quebrando o ciclo de reprodução de pobreza. A educação, nessa perspectiva, é vista como a principal maneira de viabilizar o fim de tamanha desigualdade social, encontrada no Brasil. Como dizia Paulo Freire (2012, p. 36) “se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.

Já nasce como um projeto bastante audacioso, especulando críticas e a esperança de um país melhor. Reafirmamos que tratava-se de articular duas dimensões essenciais à superação da fome e da pobreza. A promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família; o reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações; e a coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e demais documentos.

Condicionalidades do Programa Bolsa Família

As condicionalidades do Programa Bolsa Família são compromissos assumidos pelo

poder público e pelas famílias beneficiárias nas áreas de Saúde e Educação. As famílias

devem assumir e cumprir esses compromissos para continuar recebendo o benefício, já o

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poder público é responsável pela oferta dos serviços públicos de saúde, educação e assistência social.

O objetivo dessa condicionalidade é elevar o grau de efetivação de direitos sociais por meio do acesso aos serviços básicos de saúde, educação e assistência social. Partindo do pressuposto de que as famílias que não acessam os serviços sociais básicos são mais vulneráveis. Dessa forma, o acompanhamento das condicionalidades tem como objetivo reforçar o direito de acesso das famílias aos serviços de saúde e de educação e responsabilizar o poder público pelo atendimento; monitorar o cumprimento de compromissos pelas famílias beneficiárias; identificar, nos casos de não cumprimento, situações de maior vulnerabilidade, de forma a orientar as ações do poder público para o acompanhamento destas famílias.

Nesse sentido, as famílias beneficiárias deveriam assumir o compromisso com a saúde de seus filhos: “acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de sete anos” (CAMPELO; NERI, 2013, p. 05). Mulheres entre 14 e 44 anos devem fazer o acompanhamento e, se gestantes ou nutrizes (lactantes), devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e da saúde do bebê, participando também de atividades educativas ofertadas pelas equipes de saúde sobre aleitamento materno e a promoção da alimentação saudável.

Outro ponto dessa condicionalidade é a educação: matricular todas as crianças e adolescentes na escola e cumprir a frequência mensal mínima estabelecida, que é de 85% da carga horária para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos e de 75% da carga horária para jovens de 16 e 17 anos. De acordo com a Secretaria Nacional de Renda e Cidadania as condicionalidades na área de educação são: a obrigatoriamente de matricular as crianças e adolescentes de 06 a 15 anos em estabelecimento regular de ensino; assegurar a frequência escolar de no mínimo 85% da carga horária mensal do ano letivo, informando sempre à escola em casos de impossibilidade do comparecimento do aluno à aula e apresentando a devida justificativa; informar de imediato ao setor responsável pelo Programa Bolsa Família no município, sempre que ocorrer mudança de escola e de série dos dependentes de 6 a 15 anos, para que seja viabilizado e garantido o efetivo acompanhamento da frequência escolar

3

; informar de imediato ao setor responsável pelo Bolsa Família no município, sempre que ocorrer mudança de escola e de série dos dependentes de 16 e 17 anos, para que seja viabilizado e garantido o efetivo acompanhamento da frequência escolar.

3

Os jovens entre 16 e 17 anos devem ter frequência escolar de no mínimo 75% da carga horária mensal do ano

letivo.

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De acordo com o Informe Bolsa Família Nº 74, são motivos justificáveis considerados pelo sistema de Acompanhamento da frequência escolar: doenças do aluno (comprovada ou avaliada pela escola); doença ou óbito na família (comprovada/avaliada pela escola);

inexistência da oferta de serviço educacional; fatores impeditivos da liberdade de ir e vir (enchentes, falta de transporte, violência urbana na área escolar e calamidades).

Ainda de acordo com o referido documento os motivos que não possuem justificativas consideradas pelo Sistema de Acompanhamento da frequência escolar são; gravidez precoce;

escola não informou o motivo; mendicância/trajetória de rua; envolvimento com drogas;

negligência de pais ou responsáveis; trabalho infantil e jovem;

violência/discriminação/agressividade no ambiente escolar; abuso sexual e exploração sexual;

violência doméstica.

A gestão do acompanhamento das condicionalidades na área de educação é de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC). Esse acompanhamento é realizado por profissionais da educação em todos os municípios do país, dos estados e do Distrito Federal, com a parceria e apoio da SENARC/MDS. Na área de educação o acompanhamento é realizado em cinco períodos, compostos por cinco bimestres, excluindo-se os meses de dezembro e janeiro, destinados às férias escolares.

Por fim, assistência social: crianças e adolescentes com até 15 anos em situação de risco ou que tenham sido retiradas do trabalho infantil pelo PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), devem participar dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) oferecidos pelo PETI e obter frequência mínima de 85% da carga horária mensal. Serviços sócios educativos e de convivência.

Após uma década de funcionamento do Programa Bolsa Família, alguns resultados

forma divulgados por Campelo e Neri (2013, p. 19) como a priorização dada à mulher como

titular do cartão magnético – hoje, 93% dos titulares são mulheres – proporcionaram o

empoderamento feminino em espaços públicos e privados. O ganho de autonomia das

mulheres e de ampliação da cidadania. É um dos principais indicadores do potencial

intrínseco de mudança na sociedade, dependente apenas do impulso proporcionado por

políticas adequadas. O Programa Bolsa Família vem apresentando resultados relevantes na

redução da desnutrição e da insegurança alimentar e nutricional. Superando ações

descontinuadas e parciais, como a distribuição de cestas básicas, o programa integrou-se ao

esforço de construção de uma Política de segurança alimentar e nutricional, tendo

proporcionado melhora efetiva no acesso dos segmentos mais vulneráveis aos alimentos. O

aumento nos gastos em alimentação das famílias beneficiárias foram tanto maiores quanto

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maior era sua situação de insegurança alimentar. Entre os impactos mais relevantes, pode-se lembrar da redução da prevalência de baixo peso ao nascer, um dos principais fatores associados à mortalidade infantil. Para as famílias beneficiárias com menor renda, esta queda é maior que para os demais grupos.

Como destaca Santos (2010) tal redução é observada mesmo entre os filhos de mães de baixa escolaridade. A melhora das condições de saúde das crianças era esperada como impacto do Bolsa Família, e as evidências científicas disto têm sido amplamente registradas.

Os trabalhos reunidos nesta publicação resgatam as principais delas. Além da contribuição do programa para a redução da desnutrição infantil, a diminuição da mortalidade infantil foi expressiva entre as famílias beneficiárias do programa – tanto a mortalidade relacionada à resistência a doenças infectocontagiosas quanto a relacionada à desnutrição e à diarreia. O atendimento básico à saúde dos grupos mais vulneráveis foi fortalecido em consequência das condicionalidades do Bolsa Família, com reflexos importantes na saúde da gestante e da criança. Os impactos positivos também são observados no aumento da porcentagem de crianças de até 6 meses alimentadas exclusivamente por amamentação, assim como na porcentagem de crianças a completar o calendário de vacinação – porcentagens maiores entre os beneficiários do Bolsa Família que entre os não beneficiários. O programa também reduziu substancialmente as taxas de hospitalização entre menores de 5 anos.

Na educação, esperava-se que as condicionalidades reduzissem os indicadores de evasão e regularizassem a trajetória escolar, permitindo melhores médias de frequência e aprovação e menor defasagem idade-série para as crianças das famílias beneficiárias. Ao longo de dez anos, tais objetivos foram alcançados. As condicionalidades contribuíram para a redução das taxas de crianças fora da escola, tanto para meninos quanto para meninas, em todas as faixas entre os 6 e os 16 anos.

Diretora da escola

A diretora da escola foi bastante sucinta em relação ao seu posicionamento quanto aos

alunos oriundos de famílias beneficiadas pelo PBF. Ela os trata de maneira igual aos alunos

não beneficiados, se colocando a disposição das famílias para auxiliar no cumprimento das

condicionalidades do programa. Ela relatou que várias vezes solicitou a intervenção do

conselho tutelar devido à negligência dos pais quando a frequência escolar das crianças e a

falta de higiene das crianças quando enviadas para a escola, sendo que a grande maioria

desses casos ocorreu com alunos de famílias beneficiadas pelo programa.

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Ela acredita que o PBF é uma grande a ajuda para as famílias dos alunos daquela escola, logo que segundo palavras da própria diretora “a escola está localizada em uma área muito carente”, em minha opinião o termo “carente” usando pela diretora não está muito adequado, logo que a carência de um indivíduo pode ser de várias coisas e não propriamente dito do dinheiro, em minha concepção o termo correto seria “baixa renda”, dando-se a entender de imediato que estamos falando da questão financeira das famílias.

A diretora desenvolve um papel singularmente importante no cumprimento das condicionalidades na educação do PBF, de maneira que demonstra preocupação com as crianças e seu desenvolvimento. Porém não está totalmente inteirada sobre o assunto, sempre fazendo referência a Secretária de Educação.

Transpondo a linha da falta de educação?

A coleta de dados foi realizada por meio de questionário contendo perguntas subjetivas para as famílias. Pra tanto utilizamos o instrumento quali-quantitativo para analisar os dados obtidos na perspectiva teórico prático, ou seja, propondo hipóteses para existência dos dados. Para Gil (1999, p. 56) a construção de um questionário, consiste basicamente em traduzir os objetivos da pesquisa em questões específicas, por isso o questionário foi desenvolvido em cima dos objetivos. A observação feita no ambiente escolar abrange a frequência das vinte crianças de uma turma do quarto ano do ensino fundamental do turno matutino. Nosso olhar buscou observar o posicionamento da gestão escolar em relação ao condicionamento proposto pela escola. Pudemos perceber que a turma foi extremamente receptiva com a nossa presença dentro de sala de aula. Ao decorrer dos dias observamos a rotina das crianças, desempenho e a qualidade dos conteúdos.

Os problemas acerca das informações do Programa são muitos. Na tentativa de identificar se as famílias eram ou não beneficiadas pelo PBF, descobrimos/confirmamos o que já desconfiávamos: os dados muitas vezes não são atualizados por parte das famílias junto à escola; ou talvez por parte do Ministério da Educação junto à escola. Para tanto, resolvemos nos deter aquelas divulgadas pela Escola Municipal de Ensino Fundamental João Emílio dos Santos.

A turma possuía uma rotina bem organizada, a professora procurava a melhor maneira

de instituir o dia escolar das crianças, buscando sempre conciliar as atividades com o lúdico,

de maneira que estimulasse ainda mais a aprendizagem das crianças. Observamos ainda que

dificilmente a turma estava completa, sempre faltava uma criança ou outra, o número médio

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de presentes na aula era de aproximadamente doze alunos. O que nos faz concluir que a frequência escolar não era boa, visto que dos vinte alunos da turma nunca houve um dia que o número de presentes ultrapassasse quinze discentes. Desses, apenas dez foram contemplados com o Programa Bolsa Família.

Observamos que um grupo de quatro alunos eram muito ausentes, apareciam na escola vez ou outra, fazendo com que tivessem o pior rendimento dentre os seus colegas. O que mais chama atenção nesse histórico é que esses alunos eram beneficiados pelo Programa, portanto sua frequência esporádica parecia ser no sentido de assegurar o vínculo com a escola, e, portanto, manter o benefício. Não existia preocupação alguma por parte da família com a aprendizagem dos alunos.

Esse fato confirma o discurso que a professora faz em relação à frequência das crianças na escola e a aprendizagem das mesmas. Ao questionarmos sobre as formas de solucionar a ausência dos alunos e tentar incentivar o crescimento pessoal através do conhecimento, a docente Rubia Alves informou que tentou estratégias como “Chamar os pais para uma conversa na escola e alertar da importância da frequência escolar para a criança beneficiada ou não pelo Programa Bolsa Família”; como também “incentivar os próprios alunos a gostar da escola, a aprender, a saber ler e escrever”, pois só assim estaria contribuindo para a “manutenção do benefício e contribuindo para a formação pessoal e profissional dos meus alunos”.

Com a observação percebemos que as famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, muitas vezes ficam mais assustadas com a possibilidade da perda do benefício do que com o prejuízo na aprendizagem da criança. Essa condicionalidade do Programa não requer uma atuação mais frequente com as famílias, no sentido de formar uma consciência critica quanto à verdadeira necessidade de manterem seus filhos na escola, para que o futuro deles não se pareça com o passado dos pais. Exige apenas a permanência, independente das condições.

O objetivo da condicionalidade do PBF na educação é melhorar a condição intelectual das crianças na escola. Como assegura a docente: “essas crianças na escola agora, no futuro serão adultos escolarizados, com melhores empregos e melhores salários”. Uma forma de quebrar o ciclo da miséria nas famílias dessas crianças e consequentemente no Brasil.

Todas as famílias classificaram como muito importante os filhos frequentarem a

escola. E responderam também que todos os filhos em idade escolar frequentam a escola

regularmente. Falaram da importância do programa, mas também todas sem exceção

criticaram o programa alegando que o que recebia não dava pra nada. Procuramos saber se o

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que sabiam sobre o Programa, e a resposta foi unanime: “paga uma bolsa para ajudar no sustento da família e mantém os meninos na escola”. Assim, nos impressionou foi à falta de conhecimentos dos pais em relação ao Programa, bem como, a falta de orientação por parte da secretaria responsável.

Questionamos ainda sobre os aspectos positivos do Programa, mesmo sem conhecer, mas pela importância que tem em suas vidas. As respostas falam que “é muito bom” e que “só precisa que aumente mais, pois é muito pouco”. Sobre os pontos negativos, a resposta é sempre a mesma: “não [...] tudo estar muito bom, só precisa aumentar a bolsa para ficar melhor”. A única inconformidade é em relação ao valor do benefício, que ao ver das nossas interlocutoras deveria sofrer aumento constante. No mais, as falas são reveladoras de uma conformidade com o Programa Bolsa Família, capazes de gerar certa dependência.

Durante as conversas sobre o Programa Bolsa Família observamos que as condições de moradia dessas famílias são de acentuada pobreza, em especial por ser uma área rural, sem muita perspectiva de qualidade de vida. Além de todos esses fatores percebemos que há um comodismo dos beneficiários do Programa, pois em sua maioria não tem outra fonte de renda.

Assim, acreditamos que acontece uma desvalorização do Programa, pois os pais não tem orientação de como deveria ser aplicado o benefício, sobre o funcionamento do Programa e sua importância para a educação dos seus filhos. O último lugar em que o recurso é aplicado parece ser na educação dos seus filhos. A única coisa que se preocupa é com a frequência dos seus filhos, não com a educação.

Em fala sobre o Programa Bolsa Família a presidenta Dilma Rousseff afirmou que os beneficiados “são os últimos brasileiros extremamente pobres inscritos no cadastro a transpor a linha da miséria. Não estamos dizendo aqui que não haja mais brasileiros extremamente pobres”. Tal alegação dá respaldo para manutenção e ampliação do beneficio, porém, sem orientação direta para além dos muros das escolas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essa pesquisa teve como objetivo geral, compreender como se dá a condicionalidade,

educacional, do Programa Bolsa Família. Partindo desse objetivo foram utilizados como

instrumentos de pesquisa: análise da condicionalidade e a observação de uma turma de 4º ano

do ensino fundamental, para entender como ela se dá, além de entrevista com agentes da

escola e questionário feitos com as famílias. Compõem os objetivos específicos; Observar e

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analisar a condicionalidade educacional e o desempenho dos alunos de uma turma de 4ª ano do Ensino Fundamental; Analisar a bibliografia relacionada ao Programa Bolsa Família;

Analisar como a escola lida com essa condicionalidade do Programa Bolsa Família.

As famílias das crianças observadas percebem e reconhecem a importância da educação para um bom desenvolvimento dos filhos no decorrer da vida, classificando o benefício como muito importante para o sustento familiar. Às famílias beneficiadas pelo PBF, classificam o beneficio como muito importante para a renda familiar, e as que por motivo de descumprimento de condicionalidades perderam o benefício, sentem muito a falta desse complemento para a compra de alimentos básicos.

As famílias que responderam o nosso questionário, querem e buscam dar o melhor para o seus filhos, desejando que eles tenham uma condição social melhor no futuro. Porém a cadeia hereditária (ciclo da pobreza) impede que haja uma locomoção social, reproduzindo a riqueza onde há riqueza e a pobreza onde há pobreza.

Mesmo assim insisto que a educação é pedra fundamental para o alicerce das nossas vidas, pois é ela que faz a diferença na sociedade.

Abstract: This article aims to analyze the Bolsa Família Program from the experiences of the beneficiaries in the city of Tacima Pb-The Federal Government has been working for some years in pursuit of the development of public policies that meet the Brazilians more vulnerable to poverty. The program seeks to decrease the level of poor in the country, supplementing the family income, with the goal of improving access to health and education by ensuring that poorer portion. Thus, presents in its regulation conditionalities in the field of health and education and the fulfillment of these is extremely important to keep the receipt of this benefit. Therefore, from the criteria as "conditionality" seek to understand what has changed in the lives of families covered. For this, we use the methodology of oral history in an attempt to gather information from parents and teachers of students in the class of the fourth year of elementary school of Municipal Elementary School Emidio João dos Santos.

Keywords: Bolsa Familia Program, compliance and education.

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Referências

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ALBERTI, Verena.Ouvir contar. Textos em História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

BRASIL – Lei No 10.836, de 09 de janeiro de 2004. BRASIL – Medida Provisória Nº 132, de 20 de outubro de 2003.

CAMPELO, Tereza; NERI, Marcelo. Programa Bolsa Família uma década de inclusão e cidadania. Brasília: IPEA, 2013.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo:Atlas, 1999.

REGO, Walquiria Leão.Vozes do Bolsa Família: autonomia, dinheiro e cidadania / Walquiria Leão Rego, Alessandro Pinzani – São Paulo: Editora , 2013.

SILVA, MOS. O Bolsa Família: problematizando questões centrais na política de transferência de renda no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: v. 6. P. 1429, 2007.

SPOSATI, Aldaíza. Modelo brasileiro de proteção social não contributiva: concepções fundantes. In: Concepção e gestão da proteção social não contributiva no Brasil. Brasília:

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, UNESCO, 2009. Disponível em:

http://www.mds.gov.br/sagi/estudos-e-pesquisas/publicacoes/livros/.

(20)

Anexos

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Questionário

Dados pessoais:

Nome: Marilene Galdino da Silva

Está cadastrada no Bolsa Família desde o ano de: desde o inicio 2003 Quantas pessoas vivem em sua casa?8

Quantos filhos frequentam a escola? 6

Questões:

1. Hoje em dia o Bolsa Família tem atendido muitos cidadãos. Em sua opinião o que é esse programa? Ou o que você conhece/sabe sobre o Bolsa Família?

sei não, não sei nada do programa

2. Por que você resolveu inscrever sua família no Bolsa Família? Como você ficou conhecendo o programa?

Através da Prefeitura

3. Você recebeu alguma orientação de como usar o beneficio? Como você utiliza esse dinheiro?

Pra comprar comida, só pra alimentação.

4. Você sabia que a principal finalidade do dinheiro pago pelo Programa as famílias deve ser investido na educação dos seus filhos? Você utiliza para esse fim?

Utilizo.

5. Você acompanha o rendimento escolar dos seus filhos? Vai com frequência a escola?

sim

6. O que mudou na vida de sua família após receber o auxilia do Bolsa Família?

Mudou um bocado de coisa, esse beneficio ajuda pra mim compra alimentação pra eles, roupas e calçados.

7. Você possui emprego e/ou outra fonte de renda para complementar o salário da família?

Não. Não tenho emprego

8. O que você gostaria que melhorasse no Programa Bolsa Família?

Eu sei lá, não sei te dizer não, não sei explica.

9. Cite pontos positivos do Programa Bolsa Família.

Eu sei lá homem.

10. Cite os pontos negativos do Programa Bolsa Família.

Não tem ponto negativo não.

11. Quais foram os critérios que você utilizou para fazer parte do Programa Bolsa Família?

Não sei explicar isso não. Só sei que no inicio tirava 140, hoje recebo 602, e isso é muito

bom, mas se tive aumento era melhor.

(21)

Questionário

Dados pessoais:

Nome: MaricelíaMendoça da Silva

Está cadastrada no Bolsa Família desde o ano de: 2003 Quantas pessoas vivem em sua casa? 5

Quantos filhos frequentam a escola? 2

Questões:

1. Hoje em dia o Bolsa Família tem atendido muitos cidadãos. Em sua opinião o que é esse programa? Ou o que você conhece/sabe sobre o Bolsa Família?

...é pra mim é ótimo graças á Deus, só tenho esse mesmo.

2. Por que você resolveu inscrever sua família no Bolsa Família? Como você ficou conhecendo o programa?

Eu fiquei conhecendo porque mandaram o recado pra mim, foi através da agente de saúde.

3. Você recebeu alguma orientação de como usar o beneficio? Como você utiliza esse dinheiro?

Disse, disse, ele disse que só era pra comer.

4. Você sabia que a principal finalidade do dinheiro pago pelo Programa as famílias deve ser investido na educação dos seus filhos? Você utiliza para esse fim?

Eu ajudo aos meus filhos aqui e o resto pago minhas contas e pronto.

5. Você acompanha o rendimento escolar dos seus filhos? Vai com frequência a escola?

Com certeza eu digo a eles como é as coisas, pra eles ficarem direito na escola, e também vou a escola saber as coisas, quando eles fazem algo errado principalmente Artur, ele é muito danado.

6. O que mudou na vida de sua família após receber o auxilia do Bolsa Família?

Mudou muito pra mim graças á Deus é quase um aposento, quanto recebia não lembro, mas hoje recebo 460 é que teve um aumento de dez por cento.

7. Você possui emprego e/ou outra fonte de renda para complementar o salário da família?

Não, não tenho. Só quando aparece serviço na agricultura ai meu marido vai trabalhar, mas é difícil.

8. O que você gostaria que melhorasse no Programa Bolsa Família?

o que poderia melhorar, é pra mim é bom aumentar, por que a pessoa que pega minha filha, tudo é muito caro não dá pra nada.

9. Cite pontos positivos do Programa Bolsa Família.

eu mesmo no programa acho tudo muito bom.

10. Cite os pontos negativos do Programa Bolsa Família.

Não existe negatividade no programa

11. Quais foram os critérios que você utilizou para fazer parte do Programa Bolsa Família?Eu

disse que só tinha a agricultara e quando aparecia algum dia de serviço pra o meu marido, eles

perguntaram se eu pagava o gás e disse que sim, eu pago o bujão.

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Questionário

Dados pessoais:

Nome: Ana Lúcia da Costa

Está cadastrada no Bolsa Família desde o ano de: 2006 Quantas pessoas vivem em sua casa? 5

Quantos filhos frequentam a escola? 3

Questões:

1. Hoje em dia o Bolsa Família tem atendido muitos cidadãos. Em sua opinião o que é esse programa? Ou o que você conhece/sabe sobre o Bolsa Família?

Na minha opinião é um programa muito bom, porque ajuda muita gente, como não tem outra renda é um programa muito bom.

2. Por que você resolveu inscrever sua família no Bolsa Família? Como você ficou conhecendo o programa?

Porque não tinha condições de trabalho aqui, e se torna uma renda. Através da agente de saúde,

3. Você recebeu alguma orientação de como usar o beneficio? Como você utiliza esse dinheiro?

É que é pra manter as crianças na escola, e pra não faltar na aula. Pra compra comida, calçados e roupas.

4. Você sabia que a principal finalidade do dinheiro pago pelo Programa as famílias deve ser investido na educação dos seus filhos? Você utiliza para esse fim?

Sim.

5. Você acompanha o rendimento escolar dos seus filhos? Vai com frequência à escola?vou sempre, gosto de me manter informada.

6. O que mudou na vida de sua família após receber o auxilia do Bolsa Família?

Há muita coisa, porque é uma coisa certa todo mês e agente compra comida, roupas e calçados, porque eles precisam e eu não tenho outra renda outro meio de vida.

7. Você possui emprego e/ou outra fonte de renda para complementar o salário da família?

Não.

8. O que você gostaria que melhorasse no Programa Bolsa Família?

“de certa forma melhorou muito, mas não acabou com a pobreza e está muito longe disso

acontecer, e por isso todo ano tem aumento, mas em compensação estão gastando muito com

a copa, com o custo do alimento ai muita coisa esta sendo esquecida, tem muita gente sem

moradia, tem muita gente ainda passando fome, e assim os hospitais estão uma calamidade

em todo lugar, e aqui mesmo onde agente morra estar sem médico há muito tempo, então é

tudo muito difícil. ...é algo muito pouco e que realmente e não da pra supri todas as

despesas, então se fosse uma coisa é, assim até mas um valor um pouco maior talvez desse até

uma melhorada boa”.

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9. Cite pontos positivos do Programa Bolsa Família.

É o positivo é que você sabe que todo mês você tem esse dinheiro, chega o começo de ano, quando os meninos começam na escola tem dinheiro pra o material escolar, roupas. Isso é muito positivo.

10. Cite os pontos negativos do Programa Bolsa Família.

É que ela bem poderia dá um aumento, mas significativo, porque pra uma casa com muita Família não aguda quase nada é muito pouco. Pergunto quanto ela recebe: diz: no inicio recebia 134, mas agora com o aumento recebo 236.

11. Quais foram os critérios que você utilizou para fazer parte do Programa Bolsa Família?

É que agente é agricultor e a única fonte de renda é a agricultura e tem ano que não dá nada,

ano que não tem chuva, esse foi o principal critério.

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Foto 1. Senhora Marilene e alguns filhos. Senhora Marilene e alguns filhos.

Referências

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