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J. bras. pneumol. vol.31 suppl.2

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Academic year: 2018

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Rom berg,(1 ) em 1 8 9 1 , pu bl i cou a pr i m ei r a des-cri ção de hi pert ensão art eri al pul m onar (HAP) com dados da necropsi a de um paci ent e com cardi om egal i a e h i per t r of i a de ven t r í cu l o di r ei t o, cl assi f i -can do- a com o escl er ose da ci r cu l ação pu l m on ar . W ood,(2 ) em 1 9 5 0 , em u m a sér i e de 2 3 3 casos su s-pei t ados de car di opat i a con gên i t a, 1 5 2 dos qu ai s su bm et i dos a cat et er i sm o car dí aco, def i n i u sei s d el es co m o d e h i p er t en são p u l m o n ar i d i o p át i ca. Logo a segui r, Dresdal e et al.(3 ) rel at aram t rês casos de m ul heres j ovens com di spnéi a grave aos esf or-ços, el et rocardi ogram a com pat ível com hi pert rof i a d e ven t r í cu l o d i r ei t o , r ad i o g r am a d e t ó r ax co m d i l a t a ç ã o d o t r o n c o d a a r t ér i a p u l m o n a r e acen t u ada el evação das pr essões da ar t ér i a pu l -m onar observada at ravés de cat et eri s-m o do coração d i r ei t o , d e et i o l o g i a i n ex p l i c ad a. Est es au t o r es con si der ar am t ai s paci en t es com o por t ador as de um a f orm a pri m ári a de hi pert ensão pul m onar, na qual o aum ent o da resi st ênci a vascul ar pré- capi l ar p r o d u zi r i a h i p er t r o f i a d o c o r a ç ã o d i r ei t o , à sem el h an ça d a h i p er t r o f i a ven t r i cu l ar esq u er d a causada pel a hi pert ensão art eri al si st êm i ca. Assi m com eçou a h i st ór i a da h i per t en são ar t er i al pu l -m onar, cuj o i -m pact o e i nt eresse -m édi co se f ez sent i r a par t i r do su r t o de casos decor r en t es do u so do anorexígeno am i norex, na Europa cent ral , no f i nal da década de 1 9 6 0 .

Em 1 9 7 3 , a Or gan i zação M u n di al da Saú de(4 ) reuni u um grupo de t rabal ho para di scut i r o probl em a da HAP, com r ecom en dações qu e per m i t i -ri am , a segui r, um a abordagem m ai s si st em at i zada do t ema. Em 1981, o Nat ional Heart , Lung and Blood I n st i t u t e o f H eal t h , n o s EUA , c r i o u o Reg i st r o Naci onal de paci ent es com hi pert ensão pul m onar pr i m ár i a, cu j os pr i m ei r os r esu l t ados f or am apr e-sen t ados em 1 9 8 7 .(5) O segu n do en con t r o pat r o-ci n ad o p el a Or g an i zação M u n d i al d a Saú d e, em 1 9 9 8 ,(6) e u m gr an de si m pósi o i n t er n aci on al em 2 0 0 3(7 ) der am a devi da di m en são ao pr obl em a e f i rm aram a def i ni t i va i nst i t uci onal i zação da hi per-t ensão arper-t erial pulmonar como uma realidade clínica. A p o ssi b i l i d ad e d e se o b ser v ar a c i r c u l aç ão p u l m o n a r c en t r a l p el o ec o d o p p l er c a r d i o g r a m a

N ossas diret rizes em hipert ensão pulmonar

t r ou x e a h i per t en são pu l m on ar at é o con su l t ór i o do pn eu m ol ogi st a. A an gi ot om ogr af i a com pu t a-dori zada hel i coi dal abri u um a j anel a não i nvasi va para quase t oda a ci rcul ação pul m onar. A bi bl i o-graf i a i nt ernaci onal , sob o apoi o ent usi asm ado da i ndúst ri a f arm acêut i ca, passou a of erecer perm a-nent ement e i nf ormações sobre a pat ogeni a, a f i si o-pat ol ogi a, os novos recursos que permi t i am a i den-t i f i cação de HAP e as possi bi l i dades de se of erecer t rat ament o aos paci ent es nem t ant os, é verdade -qu e pr ocu r avam os m édi cos com di spn éi a.

Em 1 9 9 6 , d u r an t e o co n g r esso d a So ci ed ad e Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em Belo Hori zont e (M G), prepusemos a cri ação da Comi ssão de Circulação Pulmonar, cujos primeiros signat ários f oram os ilust res e saudosos prof essores M ario Rigat t o e Oct ávi o Ri bei r o Rat t o, am bos com si gn i f i cat i va cont ribuição ao est udo da circulação pulmonar. Os t em as m ai s preval ent es da ci rcul ação pul m onar -t romboembolia venosa e hiper-t ensão ar-t erial pulmonar - passaram a receber espaço nos event os da SBPT e a serem discut idos com acent o local.

Tem os agora nossas esperadas di ret ri zes para a HAP. O Dr. Rogério Souza assumiu a responsabilidade por sua coordenação, não só por ser o presi dent e d a c o m i ssão , m as t am b ém p el o m ér i t o d e su as i m port ant es cont ri bui ções ao t em a, com o at est am as pu bl i cações n aci on ai s e i n t er n aci on ai s de seu grupo.(8- 10) Nossa real i dade não é a mesma dos cen-t r os pr odu cen-t or es de con h eci m en cen-t o e com gr an des i nvest i ment os em pesqui sa. A t ríade di spnéi a/ ecocar-diograma com HAP/ sildenaf il banaliza o manejo da doença e of erece ri scos aos paci ent es. Novos f ár-m a c o s a ser eár-m l a n ç a d o s n o p a í s p r ec i sa ár-m d e norm at i zação cl ara para o m el hor cust o- benef íci o d en t r o d e n o ssa r eal i d ad e so c i al e ec o n ô m i c a. Cumpriment os a t odo selet o grupo de colaboradores pel o servi ço prest ado à SBPT e a seus paci ent es.

Sérgio Saldanha M enna- Barret o

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REFERÊN CIAS

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2 . Wood P. Congenit al heart disease. A review of it s clinical aspect s in t he light of experience gained by means of modern t echniques. Br M ed J. 1950;2(4681):69 3 - 8 .

3 . Dresdale DT, Schult z M , M icht om RJ. Primary pulmonary hypert ensi on. I. Cl i ni cal and haemodynami c st udy. Am J M ed. 1951;11(6):686- 705.

4 . Hat ano S, St rasser T. edit ors. Primary pulmonary hypert ension: Report on a WHO M eet ing. Geneve: Geneva: World Healt h Organizat ion; 1975. 45p.

5 . Rich S, Dant zker DR, Ayres SM , Bergofsky EH, Brundage BG, Det re KM , et al. Primary pulmonary hypert ension: a nat ional prospect ive st udy. Ann Int ern M ed. 1987;107(2):216- 23. 6 . Rich S, edit or. Primary pulmonary hipert ension. Execut ive

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7 . Proceedi ngs of t he 3rd W orl d Sym posi um on Pul m onary Ar t er i al Hyper t en si on . Ven i ce, It al y, Ju n e 2 3 - 2 5 , 2 0 0 3 . J Am Col l Car di ol . 2 0 0 4 ;4 3 (1 2 Su ppl S):1 S- 9 0 S. 8 . Souza R, Bogossian HB, Humbert M , Jardim C, Rabelo R,

Amat o M B, et al. N- t erminal- pro- brain nat riuret ic pept ide as a haemodynamic marker in idiopat hic pulmonary art erial hypert ensi on. Eur Respi r J. 2005;25(3):509- 13. 9 . Souza R, Amat o M BP, Demarzo SE, Deheinzelin D, Barbas

CSV, Caruso P, et al. Ação da adenosina na circulação pul-monar de pacient es com hipert ensão art erial pulpul-monar. J Bras Pneumol. 2005;31(1):20- 4.

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